O dependente quimico 13 11

8
Com a mudança no comando do governo estadual, o convênio anteriormente estabele- cido com as comunidades terapêuticas para o acolhimento temporário de dependentes químicos está comprometido, e, a partir desta quarta, pacientes podem receber alta prema- tura por falta de verba para continuar o atendi- mento. O Programa Aliança pela Vida, pelo qual a cooperação é viabilizada, é mais um atingido pela política da atual gestão de rea- valiar serviços anteriores e paralisar repasse de verbas e convênios até que sejam definidas novas estratégias para o mandato. Com a interrupção do pagamento dos contratos, as comunidades enfrentam dívidas acumuladas, salários atrasados e falta de alimentos, medi- camentos e serviços. De acordo com o presidente do Centro de Reabilitação Gileade, Elder Marcelo Pádula, o Estado não faz nenhum repasse desde de- zembro, e as comunidades não têm mais co- mo manter os pacientes. “Aluguel, conta de água, funcionários, conta de luz, os pagamen- tos estão todos atrasados. Cheguei a fazer um empréstimo de R$ 8.000. As famílias já foram avisadas, e está todo mundo aflito com essa situação. O que foi pensado para ser uma so- lução está se tornando um problema”, lamen- ta. A reportagem ouviu outras três comunida- des, em regiões distintas do Estado. Em todos os casos, seus gestores confirmam o proble- ma. Segundo o presidente da Federação das Comunidades Terapêuticas Evangélicas do Brasil (Feteb), Welington Vieira, a decisão de liberar os pacientes antes do prazo, no caso de não haver um posicionamento do governo estadual, é geral. Nesta terça, entidades se reuniram com as famílias para explicar a situação. “Estou com meu filho internado há quase três meses. A expectativa era que ele ficaria mais ou menos seis meses. Estou com medo de haver uma recaída e não estou preparada para isso. Sou sozinha, aposentada, tenho quase 70 anos e estou doente. Ele bebia muito e usava drogas. Se ele voltar a usar drogas, não consigo cuidar dele”, relatou uma mãe, que pediu para não ser identificada. O outro lado. A Secretaria de Estado de Saú- de informou que sem a aprovação do Orça- mento estadual de 2015, ainda em discussão na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), não há como aplicar recursos. A expectativa é de aprovação ainda nesta se- mana. Além disso, a secretaria esclareceu que to- das as entidades foram informadas sobre a situação e que a manutenção do Aliança pela Vida, assim como a de outros programas, está “em processo de redefinição”. Saiba mais Como é. As comunidades atendem pessoas carentes e encaminhadas pelo Estado. Elas não arcam com nenhuma despesa. Há exce- ções, de pacientes sem encaminhamento do governo, que pagam uma taxa social em torno de R$ 500 ao mês, bem menor que o cobrado em clínicas particulares, com preço mínimo por volta de R$ 7.000 por mês. Interno. O atendimento oferecido pelas clíni- cas é o único tipo de acolhimento gratuito oferecido em Minas. Há internação só em ca- sos de crise ou de problemas de saúde decor- rentes da dependência. Ela acontece em nove dos 29 Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) ou em hospitais psiquiátricos, como o Galba Veloso e o Raul Soares, mas eles não contemplam o tratamen- to de desintoxicação (acolhimento).

description

 

Transcript of O dependente quimico 13 11

Page 1: O dependente quimico 13 11

Com a mudança no comando do governo estadual, o convênio anteriormente estabele-cido com as comunidades terapêuticas para o acolhimento temporário de dependentes químicos está comprometido, e, a partir desta quarta, pacientes podem receber alta prema-tura por falta de verba para continuar o atendi-mento. O Programa Aliança pela Vida, pelo qual a cooperação é viabilizada, é mais um atingido pela política da atual gestão de rea-valiar serviços anteriores e paralisar repasse de verbas e convênios até que sejam definidas novas estratégias para o mandato. Com a interrupção do pagamento dos contratos, as comunidades enfrentam dívidas acumuladas, salários atrasados e falta de alimentos, medi-camentos e serviços. De acordo com o presidente do Centro de Reabilitação Gileade, Elder Marcelo Pádula, o Estado não faz nenhum repasse desde de-zembro, e as comunidades não têm mais co-mo manter os pacientes. “Aluguel, conta de água, funcionários, conta de luz, os pagamen-tos estão todos atrasados. Cheguei a fazer um empréstimo de R$ 8.000. As famílias já foram avisadas, e está todo mundo aflito com essa situação. O que foi pensado para ser uma so-lução está se tornando um problema”, lamen-ta. A reportagem ouviu outras três comunida-des, em regiões distintas do Estado. Em todos os casos, seus gestores confirmam o proble-ma. Segundo o presidente da Federação das Comunidades Terapêuticas Evangélicas do Brasil (Feteb), Welington Vieira, a decisão de liberar os pacientes antes do prazo, no caso de não haver um posicionamento do governo estadual, é geral. Nesta terça, entidades se reuniram com as famílias para explicar a situação. “Estou com meu filho internado há quase três meses. A expectativa era que ele ficaria

mais ou menos seis meses. Estou com medo de haver uma recaída e não estou preparada para isso. Sou sozinha, aposentada, tenho quase 70 anos e estou doente. Ele bebia muito e usava drogas. Se ele voltar a usar drogas, não consigo cuidar dele”, relatou uma mãe, que pediu para não ser identificada.

O outro lado. A Secretaria de Estado de Saú-de informou que sem a aprovação do Orça-mento estadual de 2015, ainda em discussão na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), não há como aplicar recursos. A expectativa é de aprovação ainda nesta se-mana. Além disso, a secretaria esclareceu que to-das as entidades foram informadas sobre a situação e que a manutenção do Aliança pela Vida, assim como a de outros programas, está “em processo de redefinição”.

Saiba maisComo é. As comunidades atendem pessoas carentes e encaminhadas pelo Estado. Elas não arcam com nenhuma despesa. Há exce-ções, de pacientes sem encaminhamento do governo, que pagam uma taxa social em torno de R$ 500 ao mês, bem menor que o cobrado em clínicas particulares, com preço mínimo por volta de R$ 7.000 por mês.

Interno. O atendimento oferecido pelas clíni-cas é o único tipo de acolhimento gratuito oferecido em Minas. Há internação só em ca-sos de crise ou de problemas de saúde decor-rentes da dependência. Ela acontece em nove dos 29 Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) ou em hospitais psiquiátricos, como o Galba Veloso e o Raul Soares, mas eles não contemplam o tratamen-to de desintoxicação (acolhimento).

Page 2: O dependente quimico 13 11

As autoridades do Egito prenderam neste domingo um brasileiro que tentou entrar no país pelo Aeroporto Internacional do Cairo com 3,6 quilos de cocaína. O chefe da alfândega do Aeroporto Inter-nacional do Cairo, Ahmed Abdelmayid, dis-se à agência oficial de notícias "Mena" que o brasileiro, de 30 anos e procedente de um voo que decolou de Doha, estava muito ner-voso logo após o desembarque. Ao verificarem a bagagem do passagei-ro, os agentes encontraram um fundo falso usado para esconder a droga. Em setembro do ano passado, a polícia egípcia prendeu um peruano e uma boli-viana que tentaram entrar no país com 9,7 e 2,18 quilos de cocaína, respectivamente. Segundo as autoridades, a situação de instabilidade e a agitação civil vividas pelo Egito nos últimos anos resultaram em um crescimento dos crimes no país, especial-mente do tráfico de drogas. O Egito, junto a Rússia, Paquistão e Irã, defende a tolerância zero contra o tráfico de drogas, com leis rígidas que preveem, inclu-sive, a pena de morte para traficantes.

DERBYSHIRE, Inglaterra. A inexplicável vontade de comer coisas gordurosas após uma noite de bebedeiras continua pela manhã e pode render quase um quilograma a mais por semana na balança. A constatação é de um estudo encomendado pela organiza-ção inglesa Slimming World, com 2.042 pessoas. Além de fazer com que a pessoa perca o autocontrole na relação com a comida, cerca de três grandes copos de vinho ou quatro litros de cerveja são suficientes para fazer com que o dia seguinte seja de puro sedenta-rismo. Está se reconhecendo em um sábado ou domingo? O problema não é apenas seu. Metade das pessoas da pesquisa reconhe-ceu que esse era um padrão típico dos fins de semana. O consumo extra de 6.300 calorias nas 24 horas após a bebedeira foi dividido. Durante a noite, só em comida, os pesquisados consumiram, em média, 2.829 calorias ex-tras e mais 1.476 calorias em bebidas. Na manhã do dia seguinte, mais comidas gordas no cardápio, e 2.051 calorias extras consu-midas. Pela conta do YouGov – empresa de pes-quisa do Reino Unido responsável pelo estudo –, as calorias extras e a falta de atividade física no dia seguinte podem re-presentar 900 g a mais por semana na ba-lança. Mas especialistas alertam que o estudo demonstrou uma tendência, e não se trata de “ciência pura”. Das 2.042 pessoas acompanhadas na pesquisa, 50% disseram que a bebida alcoó-lica tinha impacto na sua escolha alimentar e que haviam cancelado suas atividades físi-cas no dia seguinte, optando por ficar em casa vendo TV e usando as mídias sociais. “O álcool estimula o apetite, nos faz querer comer mais alimentos não saudáveis e reduz nossas inibições, o que pode nos

levar a fazer escolhas erradas sem perceber quantas calorias a mais estamos consumin-do”, afirmou Jacquie Lavin, chefe de nutrição e pesquisa da Slimming World, ao “Tele-graph”. “Como apenas três ou quatro drinques são o gatilho para esse comportamento, claramente é muito fácil para as pessoas beberam álcool o suficiente para experimen-tar essas mudanças”. Segundo Jacquie, o álcool enfraquece o autocontrole e, por isso, deve estar asso-ciado com a obesidade. O Slimmimg World está pleiteando com o governo inglês a inclusão dessas calorias no rótulo de bebidas alcoólicas.

Alerta Dados.De acordo o livro “Sóbrio – Vença a Dependência do Álcool e Mantenha a Dignidade”, jovens que bebem antes dos 15 anos são mais propensos a ficar dependen-tes do que aqueles que começam aos 21 anos.

Page 3: O dependente quimico 13 11

Uma droga sintética chamada spice foi apontada como hospitalização de cinco estudantes britânicos, dois deles em estado crítico. Mas o que é Spice e por que ela é tão popular e causa tanta preocupação? Spice é o nome mais comumente asso-ciado a drogas criadas em laboratório com efeito semelhante à maconha, que é proibida em diversos países da Europa. No entanto, seus componentes químicos são diferentes e os efeitos colaterais foram pouco estudados até agora. Segundo especialistas, versões sintéticas como esta podem ser até cem vezes mais potentes do que a droga que ela imita. A popularização do spice preocupa mui-tos governos. A União Europeia vem aler-tando para as "severas consequências ad-versas" que podem ser geradas por seu uso. Apesar de usuários relatarem em fóruns que nunca sofreram efeitos colateral, a spice foi ligada a várias fatalidades na Austrália e na Rússia. Nos Estados Unidos, Connor Reid, de 19 anos, entrou em coma e depois morreu. "Pais, eduquem a si mesmos sobre as drogas sintéticas", disse sua família. "Elas estão se espalhando muito rápido. Façam isso por Connor." Substâncias que simulam o efeito da maconha, os canabinoides sintéticos, foram criadas há mais de 20 anos nos Estados Unidos para testes em animais que faziam

parte de um programa de pesquisa sobre o cérebro. Na última década, elas passaram a ser facilmente compradas por cidadãos comuns pela internet ou em tabacarias. Spice era originalmente o nome de uma marca, mas tornou-se um termo usado para se referir a estas novas drogas. Normalmente, estas substâncias são bor-rifadas sobre ervas, que são fumadas como a maconha comum. Também vêm em tabletes ou como um líquido para ser usado em cigar-ros eletrônicos. O governo britânico avalia banir todos os canabinoides sintéticos para dar fim ao que Trevor Shine, da empresa dedicada a identi-ficação de drogas Tic-Tac, chama de "um constante jogo de gato e rato". "Sempre que um tipo é banido, outro fora da restrição é criado", diz Shine. "Isso ocorre mais com canabinoides sintéticos do que com qualquer outra droga." O governo britânico diz que mais de 500 novas drogas já foram banidas, e vários sis-temas de alerta introduzidos e atualizados para identificar novas substâncias sendo vendidas no mercado. Autoridades do país acreditam que banir completamente os canabinoides permitiria que as forças de segurança tivessem mais poder para combater o comércio ilegal de todas elas, sem precisar diferenciar as ver-sões que podem ou as que não podem ter

seu consumo reprimido. Acredita-se que a maior parte delas é pro-duzida na China. Em 2013, a União Europeia identificou 81 novas substâncias psicoativas, das quais 29 eram canabinoides sintéticos. Uma pesquisa realizada no Estado do Michigan, nos Estados Unidos, indica que ela é a segunda droga mais popular entre estudantes de ensino médio, atrás apenas da maconha. Alguns canabinoides artificiais são bem mais potentes que outros, e seu consumo está ligado a problemas cardíacos, respirató-rios e digestivos. Outra preocupação, segundo o governo americano, é que pode haver resíduos de metais nas misturas, prejudiciais ao organis-mo. Mas não foram realizados testes sufi-cientes para comprovar isso. Enquanto as autoridades de diversos paí-ses enfrentam dificuldades com o que vem se tornando um grande negócio, usuários são prejudicados pela falta de informação confiável. "Você não sabe o que está contido ali nem em que quantidade os produtos químicos foram usados", diz Mark Piper, da empresa de testes toxicológicos Randox Testing. "Além disso, não há qualquer uso farma-cêutico para estas substâncias, porque elas não foram feitas para serem usadas por humanos.”

Fonte:ABEAD(Associação Brasileira deEstudos do Álcool e outras Drogas)

Page 4: O dependente quimico 13 11

Nosso amigo, parceiro Vismar, esposo da amiga Mirtes,

proprietário da Casa de Carnes Cataguases, reuniu amigos e

familiares para comemorar mais um ano de vida, alegria, saúde e paz.

Page 5: O dependente quimico 13 11

Mais uma vez o Programa Show de Bola do Baiano eleva o nome de Cataguases no cenário nacional do futebol, onde encontra-se os maiores jogadores e jornalistas esportivos do Brasil. Neste momento, o Programa Show de Bola do Baiano encontra-se como um deles, palavras ditas pelo grande jornalista esportivo do Canal Interativo, Leonardo Baram. Eu, Marco Antônio Baiano, agradeço, do fundo do coração, as pessoas que proporcionaram a nossa ida na Granja Comary em 4 de junho de 2015: Mercearia Palmares (Sereno), OAB de Cataguases (todos os advogados), Vadinho Farinheiro (Ubá) e o Vereador Geraldo Majella. Lamentamos profundamente a não participação do poder público, mais uma vez.

Page 6: O dependente quimico 13 11

Celebrado no domingo, 31 de maio, o Dia Mundial Sem Tabaco alerta para os prejuízos do fumo. Segundo a Organiza-ção Mundial da Saúde (OMS), cerca de 2 bilhões de pessoas fumam - um terço da população mundial. A OMS estima que o tabaco é atualmente responsável por seis milhões de mortes no mundo a cada ano, com muitas delas ocorrendo prematura-mente. Desse total, cerca de 600 mil mor-tes ocorrem por conta dos efeitos do taba-gismo passivo. Em 2015, a OMS chama atenção para os prejuízos do comércio ilícito de tabaco, que torna o cigarro mais acessível para pessoas de baixa renda e crianças. A enti-dade defende que a irregularidade preju-dica as políticas fiscais de controle do tabagismo e diminui a capacidade dos go-vernos de destinar recursos para o desen-volvimento socioeconômico. Além disso, os produtos ilegais podem descumprir regras como advertências sanitárias nas embalagens. “O comércio ilícito de produtos do taba-co é, portanto, não apenas uma questão econômica, mas também um importante saúde e prioridade de segurança”, co-menta Mariana Pinho, consultora da área de Promoção da Saúde da Fundação do Câncer. O Dia Mundial Sem Tabaco deste ano também marca o primeiro ano após a

regu lamentação da Le i Ant i fumo (12.546/11), que entrou em vigor e no dia 3 de dezembro. A norma, válida há seis meses em todo o país, proíbe fumar em ambientes coletivos fechados ou parcial-mente fechados e a propaganda do cigar-ro nos pontos de venda em todo o país. A Fundação do Câncer e entidades parcei-ras na causa cobravam a regulamentação desde a sanção da lei, em 2011. “O Brasil está empenhado em reduzir as perdas causadas pelo fumo passivo, que, segundo a OMS, é a terceira maior causa de morte evitável do mundo (nas primeiras posições, estão o tabagismo ativo e o consumo excessivo de álcool). Quem ganha é a saúde pública, em es-pecial a população que não fuma, mas convive com a fumaça do cigarro dos outros”, avalia Cristina Perez, também consultora de Promoção da Saúde da Fundação do Câncer.

Menos fumantes Graças à sua política de controle do tabagismo, referência no mundo, o Brasil reduziu em 28% o percentual de fumantes acima de 18 anos em oito anos. Em 1989, 34,8% da população acima de 18 anos era fumante; em 2003, o percentual observa-do foi de 22,4 %; em 2008, a taxa era de 18,5 %; em 2013, o percentual total de adultos fumantes foi de 14,7%. Os dados são da Comissão Nacional para Imple-mentação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (Conicq), do Ministé-rio da Saúde. “O resultado deve-se a medidas como aumentos progressivos de impostos, proi-bição de fumar em locais fechados e de publicidade, e promoção de produtos de

.tabaco nos meios de comunicação”, afirma Cristina Perez.

Os benefícios O cigarro possui ao menos 70 substân-cias cancerígenas com mais de 4.700 componentes tóxicos. O tabagismo está relacionado a cerca de 71% das mortes por câncer de pulmão, 42% das mortes por doenças respirató-rias crônicas e 10% das mortes por doen-ças cardiovasculares são atribuíveis ao tabagismo. Segundo Cristina Perez, psicóloga, apesar de todas as campanhas e informa-ções disponíveis que motivam o fumante a abandonar o cigarro, a decisão de parar é pessoal e requer dedicação e determi-nação. “As tentativas para deixar de fumar fazem parte do processo para se alcançar a cessação definitiva. Por isso, não desis-ta se não conseguir na primeira tentativa. Recorrer à ajuda profissional é um grande passo para o fumante estabelecer um compromisso de respeito com seu corpo e sua vida”, recomenda a especialista. A psicóloga aponta que os benefícios ao corpo são imediatos para quem deixa de fumar. Em 20 minutos, a pressão san-guínea e a pulsação voltam ao normal. Em duas horas, não há mais nicotina no sangue. Em oito horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza. Em dois dias, os aromas e sabores dos alimentos se tornam mais perceptíveis. “A família do ex-fumante também estará mais sau-dável, porque não estará mais exposta à fumaça do cigarro”, ressalta.

Fonte:ABEAD(Associação Brasileira deEstudos do Álcool e outras Drogas)

Page 7: O dependente quimico 13 11

Paris, França. A rápida absorção de gran-des quantidades de álcool, também conhecida como “binge drinking” (hábito de beber muito e rápido), tem aumentado entre os jovens ocidentais, a ponto de se tornar um fenômeno preocupante, de acordo com um relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) publicado ontem. Embora o consumo médio de álcool tenha diminuído ligeiramente há 20 anos entre os países da OCDE, o consumo ex-cessivo da bebida pelos jovens aumenta, segundo esse estudo. “Nossa principal preocupação é o consumo de álcool entre os jovens”, ressaltou Stefano Scarpetta, diretor para o emprego, política social e saúde na OCDE durante a apresentação do rela-tório “A luta contra o uso nocivo do álcool”. “Os níveis de ‘consumo perigoso’ e de ‘excesso de alcoolização episódica’ entre os jovens, especialmente as mulheres, têm aumentado em muitos países da OCDE”, resume o relatório da organiza-ção. Um episódio de binge drinking corres-ponde à absorção de cinco a oito drinques em uma única ocasião, como uma festa ou saída. Um consumo de álcool perigoso corresponde à absorção de mais de 210 gramas de álcool puro por semana para homens e mais de 140 gramas para mulher (um copo de vinho ou de cerveja é igual a 10 gramas). Parte do fenômeno do binge drinking deve-se ao fato de as bebidas alcoólicas estarem “mais acessíveis” para a compra por consumidores jovens, indica o rela-tório.

Publicidade para jovens. Além disso, “produtos alcoólicos especificamente concebidos e comercializados para agra-dar aos jovens bebedores podem contri-buir para mudar a atitude dos jovens vis-à-vis ao álcool”, observa a OCDE. Por meio de publicidade direcionada aos jovens, esses produtos acabam sen-do associados à festa, música, sedução e até a esportes. “As tendências entre os jovens são um grande problema a partir de um ponto de vista social e da saúde pública”, considera a OCDE. Esse consumo excessivo está associado ao aumento do risco de aciden-tes rodoviários, em particular, e as causas de hospitalizações. Nos Estados Unidos, por exemplo, as hospitalizações por coma alcoólico entre jovens de 18 a 24 anos aumentaram em 25% entre 1999 e 2008. A proporção de meninos que aos 15 anos nunca beberam álcool caiu de 44%, em 2001 e 2002, a 30%, em 2009 e 2010. A proporção daqueles que aos 15 anos beberam pelo menos uma vez aumentou

de 30% para 43% no mesmo período. Para Stefano Scarpetta, é preciso ata-car este fenômeno por meio de uma com-binação de políticas gerais contra o alcoo-lismo e políticas orientadas para os jo-vens. Como medidas possíveis, ele cita a limitação da publicidade sobre o álcool, a redução dos níveis de álcool no sangue permitido aos condutores e taxas fiscais adicionais.

Flash Mortes. Segundo o estudo, o consumo nocivo de álcool já é responsável por mais mortes que a Aids, a violência e a tuberculose juntas.

Queda Dados. A ingestão de álcool per capita nos 34 países membros da entidade caiu cerca de 2,5% em 20 anos. O Brasil não fez parte do levantamento, que se concentrou na Europa e na América do Norte.

Page 8: O dependente quimico 13 11

Quantas vezes alguma esposa deses-perada, que veio me consultar a respeito do marido alcoólatra, me disse: "Não entendo esse meu marido. Eu sei que ele qur parar de beber. Onem ele chegou em casa bastante alcoolizado e chorando adoidado. Começou a bater a cabeça contra a parede, gritando: - Que há comi-go? Por que faço essas coisas? Meu Deus, me ajude a parar de beber! Coita-do, está sofrendo tanto! Ele quer parar de beber e não consegue. Que maldita doença essa que obriga as pessoas a beber contra sua própria vontade?" Não só a mulher está enganada, mas o alcoólatra também. Ele convenceu a si mesmo e à mulher que está louco para parar de beber e não consegue. Na rea-lidade, ele está louco para parar com as consequências ruins da bebida, sem ter que parar de beber. Ele nunca pensou em abandonar seriamente a bebida, a única saída para o seu alcoolismo. Assim sendo, há anos ele vem tentando beber igual aos outros, sem se criarem tantos problemas. Jamais lhe foi dito que ele não é igual aos outros; quando ele bebe

acontecem coisas que o levam a querer beber mais, surgindo-lhe o desespero. Chamar o alcoolismo de "doença" não quer dizer que o alcoólatra ingere sua droga contra sua vontade. Contra seu melhor juízo, talvez. Mas não contra sua vontade. Quando uma pessoa levanta o copo à sua boca, mesmo que tenha dito mil vezes que quer parar de beber, é por-que nesse momento ele está querendo beber. Toda vez que uma pessoa bebe, seja alcoólatra ou não, ele bebe porque quer. Se for alcoólatra então, sua dependência o fará querer beber muito. A chave da solução do alcoolismo é fazer o

alcoólatra querer parar de beber o sufi-ciente para que supere esses momentos de tentação. O conselho que dou às esposas de alcoólatras que me procuram, pedindo para saber como fazer seus alcoólatras pararem de beber, é o seguinte: "Não perca seum tempo tentando fazer seu marido parar de beber, pois você não vai conseguir. Ele é a única pessoa no mun-do que pode fazer isso. Você deve utilizar sua inteligência e sua energia no esforço de fazer ele querer parar de beber. Porque isso é algo que você pode fazer. Como? Deixando de ser facilitadora.