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OAB (MG) 56.053 O Tempo ção e ficou entre as cinco cidades que mais Imagine fazer um exame de urina em usam cocaína (1º lugar), ecstasy (4º) e todos os habitantes de uma cidade – do cen- maconha (4º). tro à periferia – para descobrir quais drogas Dados confiáveis. Conseguir dados con- ilegais as pessoas estão usando e qual é o fiáveis sobre o consumo de drogas ilegais consumo diário de cada droga. O estudo de em uma determinada cidade é uma tarefa um grupo de pesquisadores do Centro complicada. Por mais que autoridades Europeu de Monitoramento de Drogas e criem estimativas com base em apreensões Vício (EMCDDA, na sigla em inglês) fez de drogas, internações devido aos efeitos exatamente isso. A diferença é que, em vez colaterais e pesquisas feitas por amostra- de pedir uma amostra aos moradores, eles gem, a verdade é que esses dados são colheram o material onde não há necessida- somente isso: estimativas. A ideia do grupo de de pedir permissão: no esgoto. é coletar os dados de uma forma que não há O objetivo da pesquisa que analisou os erro de cálculo ou espaço para mentiras. detritos de 42 cidades de 21 países euro- Isso é possível porque, juntamente com peus é conseguir dados confiáveis sobre o todos os outros detritos gerados por uma consumo de drogas para que as prefeituras cidade, há, no esgoto, traços de todos os consigam criar políticas públicas com base compostos químicos ingeridos pelas pes- na informação, mas o resultado da pesquisa soas que moram naquele local, incluindo está sendo avaliado pela imprensa interna- alimentos, remédios e drogas ilegais. cional como uma espécie de ranking das cidades mais festeiras da Europa. Curiosidades O estudo, que foi publicado na revista “Addiction”, trouxe algumas curiosidades. A Fim de semana cidade holandesa de Amsterdã, onde o con- Os níveis de cocaína e ecstasy no esgoto sumo de maconha é liberado dentro das aumentam durante os fins de semana. coffee shops (cafeterias), não é a cidade onde mais se consome a erva. Esse posto Água potável ficou com a cidade sérvia de Novi Sad. Se o tratamento de esgoto não for efi- Já quando se fala de cocaína, quem cha- ciente, a droga pode estar presente na água mou a atenção foi Londres, no Reino Unido, potável. que ficou em segundo lugar no consumo do pó. Ética A razoavelmente desconhecida cidade Pesquisadores temem que dados belga de Antuérpia também chamou a aten- possam expor usuários.

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OAB (MG) 56.053

O Tempo ção e ficou entre as cinco cidades que mais Imagine fazer um exame de urina em usam cocaína (1º lugar), ecstasy (4º) e

todos os habitantes de uma cidade – do cen- maconha (4º).tro à periferia – para descobrir quais drogas Dados confiáveis. Conseguir dados con-ilegais as pessoas estão usando e qual é o fiáveis sobre o consumo de drogas ilegais consumo diário de cada droga. O estudo de em uma determinada cidade é uma tarefa um grupo de pesquisadores do Centro complicada. Por mais que autoridades Europeu de Monitoramento de Drogas e criem estimativas com base em apreensões Vício (EMCDDA, na sigla em inglês) fez de drogas, internações devido aos efeitos exatamente isso. A diferença é que, em vez colaterais e pesquisas feitas por amostra-de pedir uma amostra aos moradores, eles gem, a verdade é que esses dados são colheram o material onde não há necessida- somente isso: estimativas. A ideia do grupo de de pedir permissão: no esgoto. é coletar os dados de uma forma que não há

O objetivo da pesquisa que analisou os erro de cálculo ou espaço para mentiras. detritos de 42 cidades de 21 países euro- Isso é possível porque, juntamente com peus é conseguir dados confiáveis sobre o todos os outros detritos gerados por uma consumo de drogas para que as prefeituras cidade, há, no esgoto, traços de todos os consigam criar políticas públicas com base compostos químicos ingeridos pelas pes-na informação, mas o resultado da pesquisa soas que moram naquele local, incluindo está sendo avaliado pela imprensa interna- alimentos, remédios e drogas ilegais.cional como uma espécie de ranking das cidades mais festeiras da Europa. Curiosidades

O estudo, que foi publicado na revista “Addiction”, trouxe algumas curiosidades. A

Fim de semanacidade holandesa de Amsterdã, onde o con-

Os níveis de cocaína e ecstasy no esgoto sumo de maconha é liberado dentro das

aumentam durante os fins de semana.coffee shops (cafeterias), não é a cidade onde mais se consome a erva. Esse posto Água potávelficou com a cidade sérvia de Novi Sad. Se o tratamento de esgoto não for efi-

Já quando se fala de cocaína, quem cha- ciente, a droga pode estar presente na água mou a atenção foi Londres, no Reino Unido, potável.que ficou em segundo lugar no consumo do pó. Ética

A razoavelmente desconhecida cidade Pesquisadores temem que dados belga de Antuérpia também chamou a aten- possam expor usuários.

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IGEntre os principais motivos da prática

estão reduzir a ´ansiedade social` na boate e economizar com bebidas dentro da casa noturna.

Basta um olhar atento sábado à noite para ver que o ´esquenta` não é algo ra-ro. Agora, pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) confirma que, para 41,3% dos jovens, ingerir á-lcool antes de entrar na boate é um hábi-to. Ao contrário do que muitos pensam, o gesto não é sinônimo de economia: adeptos da prática bebem ainda mais dentro das casas noturnas.

De acordo com o estudo, aqueles que vieram do ´esquenta` já entraram na boate com 0,23mg/L de álcool no sangue e saíram de lá com taxa de 0,34mg/L, o dobro do encontrado entre os que che-garam sóbrios. Além disso, 22,8% be-beram em ´binge` (cinco ou mais doses de bebida em poucas horas) antes da noitada.

Entre os principais motivos da prática estão reduzir a ´ansiedade social` na boate (39%) e economizar com bebidas dentro da casa noturna (37,7%). “Os

jovens acham que bebendo antes bebe-rão menos dentro da boate, ou fazem isso para já chegarem ´calibrados` lá. Álcool puxa álcool, por isso eles bebem mais, ou seja, não há economia de di-nheiro”, diz Zila Sanchez, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp e responsável pela pesquisa.O levantamento foi feito com 2.422 clien-tes de 31 casas noturnas. Eles foram entrevistados e se submeteram ao teste do bafômetro antes e depois da noitada.

A adesão ao ´esquenta` foi mais fre-quente entre homens de 18 a 25 anos, fumantes, solteiros e empregados.

Deles, 33% beberam em casa, 30% na rua e 26% no bar. Cerveja, seguido de vodka foram os produtos mais consumi-dos, sobretudo depois das 19h.

De acordo com Zila, o excesso de álcool aumenta as chances de acidente, de briga na boate e do comportamento sexual de risco (sexo sem proteção com parceito casual ou até mesmo sem con-sentimento). Ela acrescenta que algu-mas boates impediram a entrada de pes-soas alcoolizadas, mas o fato foi muito raro. “O álcool tira a percepção de riscos e as pessoas ficam mais vulneráveis”.

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Um estudo da Universidade de Washington, Seattle, publicou mudar e discutir as opções para isso. Além disso, foram feitas que existem poucos dados sobre a eficácia de intervenções breves tentativas em 10 minutos de sessão de acompanhamento por (1-2 sessões) para reduzir consumo o problemático de drogas. telefone dentro de 2 semanas da intervenção inicial. Os pacientes Esse é um problema comum em populações vulneráveis, em foram avaliados por utilizar drogas no início do estudo e aos 3, 6, 9 especial aquelas que procuram atendimento na ambientes e 12 meses seguintes.A média de dias de uso de drogas foi o médicos da rede de atenção (hospitais e clínicas de saúde da problema mais comum no início do estudo.comunidade que atendem pacientes de baixa renda). Foram 14,40 (para os que receberam intervenção breve) e

Com base na eficácia estabelecida de breves intervenções para 13,25 (para aqueles que receberam cuidados e atenções o uso problemático do álcool entre pacientes atendidos em habituais); aos 3 meses pós-intervenção, as médias foram 11,87 ambientes médicos, foram implementados programas de difusão (para os que receberam intervenção breve) e 9,84 (para aqueles nacional de rastreio, intervenção breve e encaminhamento para que receberam cuidados e atenções habituais). Durante os 12 tratamento para "álcool e drogas" em uma escala generalizada, de meses após a intervenção, não foram encontradas diferenças acordo com os dados do estudo. significativas de tratamento entre os dois grupos para o uso de

O estudo designou aleatoriamente 868 pacientes de sete drogas ou para desfechos secundários, os quais incluiem clínicas de atenção primária, no estado de Washington, que admissão a tratamento de abuso de substâncias, departamento de relataram consumo problemático de droga nos últimos 90 dias para emergência e internações hospitalares, prisões, morte e uma única breve intervenção (n = 435) ou cujo cuidado com drogas comportamentos que aumentam o risco de transmissão do vírus da havia sido aprimorado, que incluía um folheto e uma lista com imunodeficiência humana (HIV).informações de substâncias de abuso (n = 433). A intervenção Segundo o estudo, os resultados sugerem a necessidade de breve e única incluída em um folheto e uma lista de informes de cautela na promoção adoção generalizada destas intervenções abuso de substâncias, juntamente com os participantes dando para o uso de drogas na atenção primária.

Autor: OBID Fonte: medicalnewstodayfeedback sobre o seu uso de drogas, explorando os prós e contras do uso de drogas, aumentou a confiança dos participantes em

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maior barreira à recuperação do alcoólatra é sua resistência em Aaceitar o tratamento. Afinal, ele (ou

ela) também está influenciado pelo estig-ma que prevalece a respeito do mal: que os bebedores exagerados bebem assim porque são sem-vergonhas irresponsá-veis, porque não têm a força da vontade que tem os bebedores sociais ou, na melhor das hipóteses, porque são casos psiquiátricos com problemas psíquicos profundos. Até desaparecerem estes pre-conceitos falsos, as pessoas com esta séria enfermidade constitucional reluta-rão em admitir que precisam de ajuda.

Também não é verdade que o alcoó-latra precisa querer parar de beber antes de poder ser ajudado. A vasta maioria dos alcoólatras que começa um tratamento, o faz coagido pelas circunstâncias intolerá-veis de sua vida. E sua motivação para deixar de beber emerge durante o trata-mento, não antes.

Em 1979, minha esposa, Sônia, e eu visitamos vários dos mais conceituados centros de tratamento do mundo, loca-lizados nos Estados Unidos. Há certas características que eles têm em comum, começando pelo ato de proclamarem uma história de êxito: neles, a maioria das vítimas desta doença se recuperam. Milhares de alcoólatras que passaram por estes centros, e que até então estavam condenados à morte, agora vivem vidas construtivas e positivas, livres da depen-dência do álcool. Apenas precisam obe-decer um regime que não permite qual-quer forma de bebida alcoólica.

Para que os alcoólatras observem esta única restrição durante o resto de suas vidas, poderão ser necessários um modo de vida radicalmente alterado e mudan-ças profundas em suas atitudes pessoais,

a fim de reduzir o risco de recaídas. Estas mudanças, por sua vez, requerem uma educação intensiva sobre a natureza da enfermidade e seus efeitos na própria vítima.

Estes centros de reabilitação têm mui-tas outras coisas em comum. Suas equi-pes são caracteristicamente interdiscipli-nares. Isto quer dizer que lhes respeitam o papel de todas as disciplinas profissio-nais representadas pelas suas equipes – a medicina, a enfermagem, a psicologia, a assistência social, a teologia e a nova disciplina chamada “aconselhamento em alcoolismo” (uma função geralmente preen-hida por alcoólatras recuperados). Aliás, é bom frisar o reconhecimento dado ao papel positivo do alcoólatra recupera-do como terapeuta. Dos 550 estudantes que anualmente fazem o famoso curso do Rutgers University Center of Alcohol Studies, que habilita para trabalhar profis-sionalmente no campo de alcoolismo co-mo “conselheiro em alcoolismo”, aproxi-madamente 350 são alcoólatras recupe-rados.

Todos os centros de reabilitação incor-poram, de uma forma ou de outra, o pro-grama de Alcoólicos Anônimos (AA). Mui-to antes que as profissões focalizassem sua atenção na aquisição de habilidade específicas no tratamento de alcoólatras, membros recuperados de AA já ajudavam seus companheiros doentes a se recuperarem, compartilhando com eles a filosofia e as técnicas incorporadas no programa dos Doze Passos de AA. Aliás, muitos desses clínicas psiquiátricas norte-americanas. Assim, estes centros bem sucedidos invariavelmente adotam o conceito de alcoolismo como doença primária, enfatizando a importância da abstinência total do álcool e dos psico-

trópicos. As equipes dos centros estão empenhadas em ajudar o alcoólatra a encontrar meios não-químicos de lidar com as dores e pressões da vida. Centros de tratamento foram fundados por mem-bros de AA, constrangidos pelo trata-mento à base de psicotrópicos propor-cionado pelas clínicas psiquiátricas nor-te-americanas. Assim, estes centros bem sucedidos invariavelmente adotam o conceito de alcoolismo como doença pri-mária, enfatizando a importância da abs-tinência total do álcool e dos psicotró-picos. As equipes dos centros estão empenhadas em ajudar o alcoólatra a encontrar meios não-químicos de lidar com as dores e pressões da vida.

Outro fio comum nestes centros é o reconhecimento do alcoolismo como “doença da família”. Assim sendo, onde for possível, eles também expõem o cônjuge e os filos do alcoólatra à edu-cação sobre a enfermidade. Todos os centros indicam Al-Anon para os côn-juges e Alateen para os filhos. E, a fim de salvaguardar o progresso feito no de-correr do tratamento, os centros garan-tem a convalescência de seus pacientes encaminhado-os ao grupo de AA mais próximo de suas casas. Alguns pacientes podem temer que seu status profissional ou ocupacional seja ameaçado se expu-serem-se em reuniões abertas de Alcoó-licos Anônimos. Nestes casos, os centros os encaminham para grupos especiais de AA, frequentados, por exemplo, exclusi-vamente por médicos, padres, advoga-dos ou até pilotos de aviões comerciais.

Sem dúvida a arma mais poderosa oferecida por todos esses centros de tratamento é a educação sobre o pro-grama espiritual dos Doze Passos de Alcoólicos Anônimos.

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JOSÉ VÍTOR CAMILOBÁRBARA FERREIRA

A Justiça decidiu nesta sexta-feira (13), por unanimidade, pela prisão preventiva do juiz Amaury de Lima e Souza, afastado da Vara de Execuções Criminais de Juiz de Fora, na Zona da Mata. Ele foi preso em flagrante na madrugada de quinta-feira (12) por porte ilegal de armas e por suspeita de envol-vimento com uma quadrilha de tráfico internacional de drogas.

Após a sua prisão, o juiz foi trazido para a sede da Polícia Federal (PF) de Belo Horizonte e aguardava a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) sobre a legitimidade de sua pri-são. O magistrado apresentou um pedi-do de relaxamento da prisão e ainda a concessão da liberdade provisória (com ou sem fiança) ou a imposição de medi-das cautelares diversas da prisão. Na sessão desta sexta-feira, contudo, os magistrados entenderam que a conces-são desses pedidos não era cabível.

Um total de 25 desembargadores participaram do julgamento, sendo que apenas 20 votaram, já que os demais eram integrantes da diretoria. A prisão preventiva do juiz foi defendida por todos os desembargadores, que concordaram com a relatora, de que ele havia sido detido em flagrante após encontrarem armas em suas residências dele, mas também é investigado por tráfico de in-fluência e por participar de uma quadrilha de tráfico internacional.

A suspeita é que o magistrado tenha

praticado o crime de tráfico de influência para privilegiar inte-grantes da quadrilha desmembrada du-rante a Operação Athos, realizada na última terça-feira (10) quando 19 pessoas foram presas em to-do o país.

Os desembarga-dores entenderam que Souza poderia atrapalhar o anda-mento das investiga-ções, já que tinha

ligação direta com presos, e poderia ha-ver coerção de testemunhas, eliminação de provas e até possibilidade de fuga do suspeito se respondesse em liberdade. A relatora do processo, desembargadora Márcia Milanez, analisou todo o contexto investigatório e entendeu ser imprescin-dível a manutenção do magistrado preso “para garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal, além de propiciar a regular instrução criminal”.

Sigilo

A assessoria da PF informou que o caso corre sob sigilo e por isso maiores informações não serão repassadas. Entretanto, informações extraoficiais, dão conta de que o nome do juiz teria sur-gido durante o monitoramento da quadri-

lha. Ele teria sido flagrado em conversas com uma advogada também presa du-rante a operação - Andrea Elizabeth Le-ão Rodrigues, que defendia outros de-tidos.

Ela seria o elo entre o magistrado e os traficantes. A suspeita é que o juiz facili-taria a transferência e a flexibilização de sentenças. O advogado do suspeito pre-feriu não se pronunciar, já que ainda te-rão que estudar qual será a estratégia da defesa. Eles alegam terem comparecido ao julgamento pensando que defen-deriam apenas o flagrante pelas armas apreendidas e não pelo envolvimento na quadrilha.

O juiz está detido provisoriamente na sede do 39º Batalhão da Polícia Militar (PM), em Contagem, na região metro-politana de Belo Horizonte.

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