O dependente quimico 12 09

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Sou claro como a água ou vermelho homem, eu desejo introduzir-lhe no san- sorte de destruição. Ataco o sistema ner- como sangue. Gosto muito de ser pare- gue o verme da morte. Sou portador da voso, o coração, os pulmões, o estôma- cido com a água e com o sangue, porque doença, da pobreza, da loucura e do go, os intestinos, o fígado, os rins, enve- assim os homens me julgam tão bom crime. Sou o maior inimigo de todos os neno o sangue e vou matando o homem quanto eles e me convidam para todas homens. O meu prazer consiste em vê- aos poucos para que ele não perceba as cerimônias. Nos grandes banquetes, los no hospital, gemendo sob as mais que eu sou seu assassino. Os homens nas festas de casamento e batizado, lá cruciantes dores ou poder contemplá-los prudentes e ajuizados têm medo de mim estou presente, como se fosse o maior nas grades de um hospício ou na cadeia. e afastam-me para longe, pois sabem amigo de todos os homens, mas se eles Também sou o causador de quase todos que sou mais perigoso que a peste, que soubessem quem sou, todos fugiriam de os desastres. Sabem quem sou? Sou o causo maiores males e mato mais gente mim! ÁLCOOL. Batizam-me com diversos no- do que a guerra! Você que é jovem, se Sou o maior ladrão de felicidade, de mes. Chamam-me de vinho, cerveja, quiser entrar na minha, é só sentar em saúde, de paz e da economia. Enquanto pinga, licor, mas sou sempre o ÁLCOOL, um bar e me pedir... mas eu vou destruí- a água é pura e cristalina, boa e saudá- o grande inimigo do homem. Quando lo, vou sim... vel, procura dar vida, saúde e alegria ao penetro no indivíduo procuro fazer toda a

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Sou claro como a água ou vermelho homem, eu desejo introduzir-lhe no san- sorte de destruição. Ataco o sistema ner-como sangue. Gosto muito de ser pare- gue o verme da morte. Sou portador da voso, o coração, os pulmões, o estôma-cido com a água e com o sangue, porque doença, da pobreza, da loucura e do go, os intestinos, o fígado, os rins, enve-assim os homens me julgam tão bom crime. Sou o maior inimigo de todos os neno o sangue e vou matando o homem quanto eles e me convidam para todas homens. O meu prazer consiste em vê- aos poucos para que ele não perceba as cerimônias. Nos grandes banquetes, los no hospital, gemendo sob as mais que eu sou seu assassino. Os homens nas festas de casamento e batizado, lá cruciantes dores ou poder contemplá-los prudentes e ajuizados têm medo de mim estou presente, como se fosse o maior nas grades de um hospício ou na cadeia. e afastam-me para longe, pois sabem amigo de todos os homens, mas se eles Também sou o causador de quase todos que sou mais perigoso que a peste, que soubessem quem sou, todos fugiriam de os desastres. Sabem quem sou? Sou o causo maiores males e mato mais gente mim! ÁLCOOL. Batizam-me com diversos no- do que a guerra! Você que é jovem, se

Sou o maior ladrão de felicidade, de mes. Chamam-me de vinho, cerveja, quiser entrar na minha, é só sentar em saúde, de paz e da economia. Enquanto pinga, licor, mas sou sempre o ÁLCOOL, um bar e me pedir... mas eu vou destruí-a água é pura e cristalina, boa e saudá- o grande inimigo do homem. Quando lo, vou sim...vel, procura dar vida, saúde e alegria ao penetro no indivíduo procuro fazer toda a

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Destaque do mês, José Victor Lima, presidente do Operário F. C. de

Cataguases que vem mantendo o azulão nas competições importantes da região.

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Talvez seja por um motivo muito grave, quase insuportável que o levou para o caminho mais fácil: o caminho do uso das drogas. Talvez para fugir de sua realidade dura e implacável. Não estou aqui para julgar o seu motivo, mas sim ajudá-lo a ter mais consciência de seus atos e suas aflições.

Talvez naquele momento tenha sido a sua única saída, ou melhor dizendo, a única saída que você enxergava.

E agora? Como se sente?Solucionou o problema?Com você se sente hoje? Bem ou mal?A vida é muito dura, castiga as pessoas

em certos momentos. Alguns procuram soluções mais saudáveis, outros procuram caminhos que ao invés de solucionar o pro-blema aumentam mais ainda seus conflitos com o problema do vício e da dependência.

Acontece que você já entrou nessa! E como sair agora depois de já estar tão dependente?

Aquele problema que você tinha, antes de ser usuário de drogas, foi o que te levou a usá-las, mas... agora, com o uso das drogas você têm além daquele problema, mais alguns, e talvez ainda mais graves.

Além de não solucionar o problema, raiz do motivo do uso, agora você se encontrar mais debilitado, mais alienado, mais descompromissado com a vida, menos saudável, mais ansioso.

Pois é, as drogas não são remédio para os problemas, mas, pelo contrário, aumen-tam seus problemas em dobro, em triplo e por aí vai, pois ela, na verdade, só mascara a realidade.

As pessoas a sua volta perdem a con-fiança em você, você começa a perder coi-sas, perder saúde, perder trabalho, perder

carinho.Agora não adianta mais chorar as

pitangas, bola pra frente! Você quer parar?Essa é uma pergunta importante. Quer

se augo agredir ou parar?Se quiser parar, o primeiro passo é

enxergar o seu problema. Enxergar que a droga só leva à decadência de um ser hu-mano numa degradação social, profissio-nal, familiar e da saúde.

O segundo passo é pedir ajuda. Não tenha medo, e procure um centro de reabili-tação.

O terceiro passo é entender como a dro-ga te prejudica, como ela altera todo o seu corpo, seu comportamento e seu psíquico.

O quarto passo é tentar enxergar que há outras coisas que dão prazer na vida, e mais do que isso, que o prazer que a droga lhe dava era pura ilusão, pois na verdade o desprazer que ela causa é arrasador.

O quinto passo é você determinar objeti-vos, metas saudáveis para você tentar atin-gi-las.

O sexto passo é somar essa mistura e ir à luta pela sua vida e sua saúde, colocando tudo isso em prática. Fácil não é, mas impossível muito menos.

O uso de drogas acontece a partir do momento que a pessoa não está conseguin-do lidar com as emoções, sejam elas de raiva, rancor, mágoa, inveja, fracasso, ira, ódio de alguém ou de alguma situação.

Como não consegue lidar com as emo-ções sentidas, a pessoa se sente perdida, sem saber o que fazer. Surge então o amigo de infância, ou um colega de escola, ou a (o) namorada (o), ou um cara simpático, ou mesmo numa festa onde rolam as ditas drogas ilícitas. Você experimenta, e sente a partir dos efeitos, pequenas horas de pra-

zer. Passa o efeito e você cai na realidade novamente, uma realidade com a qual você não está sabendo lidar. Então você se lembra daquela pessoas que te apresentou aquela ervinha, ou pozinho ou outras das várias drogas que existem, e corre atrás para espantar o mal-estar de seus senti-mentos de angústia. E cada vez mais, vai procurando, procurando... quando percebe, já está mergulhado e dominado por elas. O que antes era fácil de dominar passou a ser o dono desse jogo. A droga passa a con-trolar seus passos, você não faz nada sem ela, não reage por si próprio a não ser que ela te acompanhe. Cada dia que passa sem ela é um tormento. Nesse ponto você não consegue sair mais. Para muitos é um caminho sem volta.

Se você usa drogas para suprir a falta de alguém ou de algo, para esquecer de uma situação, para ter sua liberdade... saiba que suprir alguém com a droga não dá, pois a droga não é alguém, não é carinhosa, nem afetuosa. Esquecer uma situação com uma ilusão? Não seria melhor tentar resolver a situação ao invés de fugir dela? Ter sua liberdade? Acha mesmo que você está li-vre? E a dependência da droga? É a depen-dência mais maléfica que se pode ter.

Sei que tem coisas na vida que não são fáceis de resolver e nem de mudar, mas é possível mudar o seu pensamento sobre elas.

Se pensa que chegou no fundo do poço, então, pare de cavar. Proponha a si mesmo deixar a “fórmula mágica” ilusória das drogas e procure ajuda a fim de aperfeiçoar sua maneira de lidar com a vida e com seus problemas.

Extraído do texto da Psicoterapeuta Fabiana Freitas.

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Há muito tempo a minha esposa vem me pedindo para escrever algo sobre a mulher alcoólatra. De fato, reconheço que quando eu – ou qualquer outro – escreve sobre o alcoolismo, faço-o de tal maneira que o leitor pode facilmente con-cluir que o alcoolismo é um fenômeno que afeta quase exclusivamente o ho-mem. Escrevemos dessa forma porque as frases se tornam meio pesadas quan-do interrompidas constantemente por parênteses: “O (ou a) alcoólatra; o mari-do (ou esposa) que bebe demais; o filho (ou filha) que não quer admitir que ele (ou ela) tem um problema”. É bem mais fácil e menos confuso referir-se sempre ao pai, marido ou filho alcoólatra e depois explicar que também existem mulheres com esta doença.

E por que não haveriam de existir? Se o alcoolismo é, em pelo menos 80% dos casos, uma enfermidade de origem orgâ-nica, cuja causa principal é uma predis-posição bioquímica do corpo à substân-cia chamada álcool, por que não have-riam de existir tantas mulheres quantos homens com esta predisposição? Tudo indica que existem. E por que não have-riam de existir tantas mulheres alcoóla-tras quantos homens alcoólatras? Aqui no Brasil, por uma única razão, a meu ver. Porque, para ser alcoólatra, é geral-

mente necessário ter aquela predisposi-ção orgânica, mas é também necessário beber bebidas alcoólicas. E, por motivos sócios culturais, a mulher brasileira ainda não bebe tanto quanto o homem brasileiro. Melhor dito, no Brasil, menos mulheres bebem do que homens. Ainda.Nos Estados Unidos, onde a mulher já bebe tanto quanto o homem, existe o mesmo número de mulheres alcoólatras quanto homes. Esta, pelo menos, é a opnião de muitas das maiores autorida-des do mundo no campo do alcoolismo, entre elas do Dr. Marvin Block, Robert G. Bell, Ruth Fox, Marty Mann, Muriel Nellis e Morris Chafetz. Estes eminentes profissionais consideram que prorporção de mulheres para homens alcoólatras nos Estados Unidos é de “cinquenta-cinquenta” . Que dizer, de cada cem ho-mens que bebem, dez a quinze desen-volvem o alcoolismo. E de cada cem mulheres que bebem, também dez a quinze desenvolvem o alcoolismo. Não há motivos para pensar que a coisa seja diferente no Brasil.

Não deve demorar muito para a mu-lher brasileira alcançar o grau de eman-cipação já adquirido pelas suas irmãs nos países “avançados” da Europa e América do Norte. Assim sendo, talvez seja uma boa hora de se falar aberta-mente sobre a mulher alcoólatra no Brasil.

Há bastante evidência de que a mu-lher hoje esteja bebendo muito mais, e com maior frequência, do que no passa-do. De fato, ela bebe menos cerveja do que o homem. Em compensação, bebe mais vinho e mais bebidas destiladas. A maior liberdade que a mulher tem adqui-rido nos últimos anos inclui maior liber-dade para beber. Contudo, é engano culpar o movimento de libertação da mu-

lher (ou mesmo os males que o movi-mento procura combater) como uma das causas do alcoolismo na mulher.

Os mitos e estereótipos sobre a mu-lher alcoólatra morrem devagar. O fato de serem diferentes as suas necessida-des e os seus problemas não quer dizer que são necessariamente piores. O que vemos é o velho padrão duplo, ainda tão enraizado na cultura latino-americana: aquele mesmo padrão que acha perfeita-mente razoável um homem “dar suas saidinhas” e “ter sua menina por fora”, aos mesmo tempo que taxa de ”primís-cua” ou coisa pior a mulher que tem suas próprias relações extramaritais.

Homem que bebe demais é aceitável. O beber exagerado é até prova de sua hombridade na mente de muitos. Mas mulher que bebe demais é vulgar, licen-ciosa e imoral. Que tragédia que ainda se pense assim no Brasil, pois uma das consequências é que, ao invés de procu-rar solucionar seu problema, a mulher brasileira procura escondê-lo. Procurar um tratamento para seu problema de be-bida, pensa a mulher, implicaria na ad-missão de que tudo o que estão dizendo a respeito dela é verdade.

Junto com o estigma associado à mu-lher que bebe exageradamente (sinal de que possa estar sofrendo do alcoolismo), existe o sentido de cavalaria que cria um círculo “protetor” de silêncio ao redor de-la. Curiosamente, os que falam mal da mulher que bebe demais estão lhe fazendo mais bem do que aqueles que não comentam seu comportamento com ela. Porque, se ela for alcoólatra, a me-lhor coisa que pode fazer é sentir a necessidade de se tratar logo, enquanto o círculo protetor de silêncio tende a perpetuar a doença na mulher.

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LONDRES, REINO UNIDO. Deixar o ses.cigarro contribui para o bem-estar men- Os que conseguiram deixar o cigarro tal, tendo o mesmo efeito que o uso de estavam menos deprimidos, menos an-antidepressivos, aponta um estudo pu- siosos, menos estressados e com uma blicado no periódico médico “British visão positiva da vida do que os que não Medical Journal” (BMJ). conseguiram abandonar o vício. A me-

De acordo com os pesquisadores bri- lhora foi perceptível nas pessoas afe-tânicos, que revisaram 26 estudos sobre tadas por transtornos mentais logo que o tema, o efeito de parar de fumar pode pararam de fumar.ser o “equivalente, ou superior, a de A coordenadora do estudo, Genma antidepressivos utilizados no tratamento Taylor, da Universidade de Birmingham, da ansiedade, ou de transtornos de espera que os resultados acabem com humor”. mitos como o que prega que o cigarro

Os fumantes incluídos nos trabalhos tem qualidades antiestressantes, ou eram “medianamente dependentes”, relaxantes. “Encontramos uma associa-com idade média de 44 anos, e fumavam ção entre uma pior saúde mental nos de dez a 40 cigarros por dia. Do total, fumantes”, diz.48% eram homens. Eles foram entrevis-tados antes de sua tentativa de parar de Flashfumar e, novamente, depois de conse- Vilão. Segundo a Organização Mundial guirem largar o hábito, em um intervalo de Saúde, o cigarro é responsável pela que variou de seis semanas a seis me- morte de 6 milhões de pessoas por ano.