O debate em torno da globalização

Os Céticos:

Atualmente os níveis de interdependência económica não são incríveis nem suscetíveis de uma surpresa, pois estes possuem precedentes.

Concordam que talvez nos dias de hoje haja um maior contacto, interação e relação entre os países de todo o globo.

A economia não é verdadeiramente globalizada como todos defendem, pois existe uma carência de integração de muitas regiões no comércio, e um protagonismo da tríade que apenas agrava esta situação.

A regionalização é fulcral p/ os céticos (este é conseguido através da formação de grandes blocos financeiros).

Principal argumento dos céticos: A crescente regionalização/aparecimento dos grandes blocos é a prova de que a economia se tornou menos integrada e não o contrário.

- Global (amplitude geográfica)

+Intenso (bolsas de atividade económica)

Os governos nacionais ainda são figuras respeitadas e essenciais na regulação de toda a atividade económica em solo nacional.

Os hiperglobalizadores:

A globalização é um fenómeno extremamente real, cujas consequências podem ser sentidas em qualquer canto do globo.

Processo indiferente às fronteiras nacionais.

Este processo está a criar uma nova ordem global produzida por poderosos fluxos de comércio que rompem fronteiras.

Os mercados detêm uma supremacia em relação aos governos nacionais.

Deste modo os países deixam de ter controlo das suas economias.

Instituições regionais e internacionais (UE,OMC...) e questões além fronteiras descredibilizam os governos nacionais aos olhos dos cidadãos devido à perda de poder dos governos nacionais e sua submissão a estes órgãos à escala global.

Deste modo findam os estados-nação e o poder dos governos nacionais é fragilizado e cai no esquecimento.

Transformacionalistas:

Posição mediana.

Vêem a globalização como uma força fundamental agindo por trás do amplo espectro de mudanças que estão hoje moldando as sociedades modernas.

Os governos ainda detêm bastante poder, apesar do avanço da interdependência global.

Essas transformações não restringem somente à economia, mas são igualmente proeminentes nos domínios da vida política, cultural e pessoal.

Afirmam ser a globalização um processo dinâmico e aberto que está sujeito à influência e a mudança

A globalização é um processo descentrado e reflexivo, caracterizado por conexões e fluxos culturais que funcionam de um modo multidirecional.

Não crêem que os países estão perdendo sua soberania, mas sim estão a passar por um processo de reestruturação que responde a novas formas de organização económica e social.

Os governos estão a ser forçados a adotar uma postura mais ativa e aberta ao exterior, que os leve a governar dentro das complexas condições da globalização.