O curumim que libertou a noite
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ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ DORILÊO DE PINA
PROFESSORA MARLI LÚCIA
PCTE: JOYCILENE
ALUNO 1
ALUNO 2
4º ANO A
Pequeno texto introdutório:Onde está a noite?
Todo dia era dia,
Pois a noite não existia.
Viviam presos os bichinhos.
Cri...cri...cri...
Ninguém ouvia!
Nem a luz dos vaga-lumes
Nem o pio das corujas.
Nem as estrelas do céu,
Nem a lua cor de prata
Nada...nada de breu!Só o dia existia! Só o sol brilhava eterno.
Nem descansar ele podia!
Quem será que a linda noite
Vai conseguir libertar?Só ouvindo esta históriaQue agora vou contar! Autor desconhecido
O curumim que libertou a noite
Muito, muito tempo atrás, a noite foi roubada e escondida dentro de uma grande cabaça pelo velho índio Jurupari. Ele levou a noite para um lugar distante e desconhecido. Sem a noite, as pessoas não podiam dormir, por isso viviam cansadas e tristes.
Certo dia, um pequeno curumim chamado Aquitã disse ao cacique:
─ Vou sair pelo mundo afora para encontrar a noite e libertá-la.
Todos da aldeia riram do pequeno curumim. Então, o grande cacique perguntou-lhe:
─ Aquitã, como você acha que libertará a noite se nem mesmo eu, que sou o grande cacique, consegui?
─ Por favor, deixe-me tentar. Será a minha prova para me tornar um guerreiro forte e valente como você.
Percebendo a determinação do pequeno curumim, o cacique decidiu deixá-lo partir. A aldeia reuniu-se para despedir-se de Aquitã. Cada um levou um presente. As mulheres lhe deram uma cesta cheia de frutas frescas e um grande pedaço de carne seca.
O guerreiro mais forte deu-lhe uma lança e disse:
─ Para partir a cabaça e libertar a noite, você deve dizer: Tupã! Guie minha lança até a cabaça para que a noite se faça!
O pajé deu-lhe uma borduna mágica e disse:─ Valente Aquitã, quando a escuridão tomar
conta de tudo, bata essa borduna três vezes no chão e diga: Borduna, borduna mágica.
Três vezes bato você no chão. Agora, faça um forte clarão.
O cacique deu-lhe uma canoa encantada e disse:─ Quando quiser voltar para a aldeia, diga a essa
canoa: Minha canoa, cheguei agora. Não perca tempo, leve-me embora.
E, assim, o pequeno curumim partiu determinado a encontrar a noite. Ele seguiu o seu caminho dizendo:
─Sou pequenino, mas muito valente! Vou buscar a noite que com o dia irá se casarPara todo o meu povo , vou dar estrelas de
presenteE o frescor da noite, para a gente descansar!
Aquitã entrou em sua canoa, remou por vários dias até chegar à outra margem do rio. Passou várias semanas caminhando até chegar ao pé da montanha. Ele a escalou até chegar ao topo, de onde podia avistar toda a Terra.
Aquitã desceu a montanha, chegou mais perto e viu Jurupari sentado numa pedra, com a grande cabaça bem segura nos braços. Ao seu lado, para protegê-lo havia uma enorme e gorda onça.
Aquitã pegou o último pedaço de carne seca e jogou na frente do animal, que imediatamente começou a comê-la. O velho Jurupari levantou-se desconfiado, deixando a cabaça em cima da pedra, e correu justamente na direção do curumim. Percebendo o perigo, Aquitã pegou sua lança e disse as palavras mágicas:
─ Tupã! Guie minha lança até a cabaça para que a noite se faça!
Logo em seguida, arremessou a lança, e a cabaça foi partida ao meio. Imediatamente, a noite, com toda a sua magia, começou a se espalhar. As estrelas, a lua, os vaga-lumes, os morcegos, os sapos, as corujas e todas as criaturas da noite foram libertas.
A escuridão tomou conta do mundo, e Jurupari, tentando encontrar o pequeno curumim, acabou caindo numa moita de espinhos, ficando cego para sempre.
Aquitã, sem saber que direção tomar, lembrou-se da borduna e disse:
─Borduna, borduna mágica, três vezes bato você no chão, agora faça um forte clarão!
No mesmo instante, na ponta da borduna, apareceu uma chama que iluminou a escuridão. Foi assim, que o pequeno curumim encontrou a canoa às margens do rio e, quase sem fôlego, disse as palavras mágicas:
─Minha canoa, cheguei agora, não perca tempo, leve-me embora.
Em seguida, pulou dentro da canoa, mas tão fraco e cansado estava que acabou adormecendo. Quando acordou, viu que estava na aldeia cercado pelo seu povo. A alegria foi tamanha que fizeram uma grande festa para comemorar a volta de Aquitã e celebrar a beleza da noite.
Aquitã, o pequeno curumim, foi transformado no mais novo guerreiro de sua aldeia. E esta história entrou pelo nariz do jacaré e saiu pela boca de uma mulher.
Conte outra quem quiser! Autor desconhecido
Sobre o texto introdutório...
a) Como seria a nossa vida se a noite não existisse?
b) O que aparece no céu somente à noite?
c) O texto introdutório esta escrito em versos ou em prosa?
ESTUDO DO TEXTOReleia o conto com atenção e responda
ao que se pede:a)Quem é o personagem principal da
história?
b) Como era o nome do curumim que libertou a noite?
c) O velho Jurupari escondeu alguma coisa dentro de uma cabaça. O que foi?
d) O curumim Aquitã era: ( ) idoso ( ) adulto ( ) jovem
e) O que foi que o pajé da tribo entregou ao corajoso curumim?
f) Como terminou a história?
g) O conto do curumim esta escrito em versos ou em prosa?
Um pouco de gramática!a) No conto do curumim, que sinal é usado
para dar voz a um personagem?
Retire do texto dois substantivos próprios:
Copie do texto dois substantivos comuns:
c) Separe as sílabas das palavras abaixo:
curumim:
Aquitã:
valente:
frescor:
Represente a lenda em forma de desenho