O coração e os Cuidados de Saúde Primários - Início · Proporção de obesos >= 14 A, c/ cons....

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O coração e os Cuidados de Saúde Primários Albertina Mendonça Óbidos, 01 de novembro 2013 XIX Jornadas de Cardiologia de Santarém

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O coração e os Cuidados de Saúde Primários

Albertina Mendonça

Óbidos, 01 de novembro 2013

XIX Jornadas de Cardiologia de Santarém

Promover a articulação entre CSP e Cuidados Hospitalares

Dar a conhecer…Refletir… Uniformizar… Partilhar… Obter contributos…

Caracterização do ACES

Onde estamos

Lezíria do Tejo NUTS III

Onde estamos

Lezíria do Tejo NUTS III ACES LEZÍRIA

Almeirim Alpiarça Cartaxo Chamusca Coruche Golegã Rio Maior Salvaterra Magos Santarém

Onde estamos

9 concelhos

73 freguesias

3.500 km2

ACES LEZÍRIA Almeirim Alpiarça Cartaxo Chamusca Coruche Golegã Rio Maior Salvaterra Magos Santarém 200.000

utentes

Quem somos

102 - Médicos 170 - Enfermeiros 150 – Assist. Técnicos 90 - Assist. Operacionais 37 - TDT 22 - Técn. Superiores

600

Colaboradores

Quem somos

102 - Médicos 170 - Enfermeiros 150 – Assist. Técnicos 90 – Assist. Operacionais 37 - TDT 22 – Técn. Superiores

25 Unidades Funcionais

5

UCSP

10

USF

8

UCC

1

USP

1

URAP

600

Colaboradores

200.000 utentes

170.000 utilizadores

O que fazemos

175.000 Com Médico de Família

25.000 Sem Médico de Família

• Na preparação da alta hospitalar…

• Ter em consideração que….

Promover a articulação….

Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC)

maior risco ou dependência física e

funcional

Âmbito domiciliário e comunitário

doença que exija acompanhamento

próximo

especialmente às pessoas, famílias

e grupos mais vulneráveis

Cuidados de saúde

Apoio psicológico

e social

Decreto-Lei nº 28/2008

ECCI

EGA C. SAÚDE

UNIDADE DE CUIDADOS PALIATIVOS

UNIDADE DE LONGA DURAÇÃO E MANUTENÇÃO

(+90 DIAS)

UNIDADE DE CONVALESCENÇA

(30 DIAS)

UNIDADE DE MÉDIA DURAÇÃO E REABILITAÇÃO

(90 DIAS)

ECL ECL

EGA HOSPITAL

ECR

Toda a área geográfica do ACES Lezíria tem ECCI

Grande complexidade

de cuidados

Cuidados diários

Ações paliativas

Reabilitação

Utentes com critério para ECCI

Itens de satisfação no Programa de Cuidados Continuados

Integrados e Visita Domiciliária

No encaminhamento para unidades de internamento da RNCCI

A manter ou melhorar os movimentos (autonomia)

Na prevenção de complicações como úlceras de pressão, desidratação, etc…

No tratamento de feridas

No controlo de sintomas

No ensino e controlo da medicação

Na disponibilidade para ajudar o cuidador nas suas dificuldades

Na prevenção da exaustão do cuidador

No envolvimento do utente e familiares nas decisões

Na preparação dos familiares e doente em fase final de vida

No apoio no luto

• Ausência de cuidados após alta

• Avaliações sociais demoradas

• Dificuldade na articulação com o médico de família

• Taxa moderadora

Constrangimentos se não existir referenciação pela EGA do hospital

• Apoio de equipa multiprofissional no seu ambiente natural

• As transferências são mais céleres

• Dispensa de taxas moderadoras no âmbito da ECCI

Oportunidades

Referenciação para a ECCI pela equipa hospitalar

O coração e os Cuidados de Saúde Primários

Algumas reflexões…

Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Orientações Programáticas

Estilos de vida saudáveis

• Evitar comportamentos de risco…

• Prevenir tabagismo

• Promover exercício físico

• Promover equilíbrio na dieta

• Combate à obesidade

Fatores de risco modificáveis

• Hipertensão

• Dislipidémia

• Diabetes

Documento publicado em www.dgs.pt a 05/09/2012

Programas que contribuem ao longo do ciclo vital

• Parentalidade (UCC)

• Saúde Infantil (USF/UCSP)

• Saúde Escolar (UCC)

• Saúde de Adulto/Idoso (USF/UCSP)

• Diabetes (USF/UCSP)

• Hipertensão (USF/UCSP)

• Classes de Mobilidade (UCC)

• ECCI (UCC)

• …….

Contratualização Relacionada com os fatores de risco e estilos de vida saudáveis

Nota -1,2,3 de âmbito nacional e 4 e 5 de âmbito local

Indicadores contratualização externa

ACES e ARSLVT

Realizado

Ano 2012

Objetivo

ARSLVT

Valor

Contratualizado

Proporção inscrita >= 14 A, c/ hábitos tabágicos 22% 50% 44%

Taxa de internamento DCV entre residentes < 65 A 10,27 7,68 9,7

Incidência de amputação major membro inferior (DM)

em residentes 0,36 0,4 0,33

Proporção de obesos >= 14 A, c/ cons. vigil. Obesid.

2A 41,23% 58% 58%

Proporção DM c/ última HgbA1c ≤ 8,0% 45,92% 55% 55%

Indicador da contratualização interna

entre ACES e USP

Meta

Implementação de projeto estruturado de prevenção e controlo do tabagismo de âmbito populacional, em Estabelecimentos de Educação e Ensino que lecionem o 3º Ciclo

Abranger pelo menos 75% dos Estabelecimentos que lecionem o 3º ciclo, na área de influência do ACES

As minhas reflexões… A escolha do 3º ciclo é discutível….

0

5

10

15

20

25

30

10 11 12 13 14 15 16 NR

%

Idade

Distribuição percentual dos alunos do 5.º e 7º anos segundo a idade

515 inquiridos das 3 escolas do concelho Cartaxo

Cardiopneumologista Sandra Rodrigues UCC Cartaxo Ano letivo 2011/2012

Cardiopneumologista Sandra Rodrigues UCC Cartaxo Ano letivo 2011/2012

0

5

10

15

20

25

30

35

10 11 12 13 14 15

%

Idade

Distribuição percentual dos alunos 5º e 7º ano com experiência com tabaco segundo a idade

Nota - Indicador 2 e 3 é opção da Unidade

Indicadores da contratualização interna ACES e USF / UCSP

Percentagem de hipertensos com registo de pressão arterial em cada semestre

Proporção de utentes com diabetes, com o último registo de HgbA1c inferior ou igual a 8,0 %

Proporção inscrita >= 14 A, c/ hábitos tabágicos

CSP e Prevenção do Tabagismo

Efetividade do aconselhamento a fumadores

• Por cada 25 consultas de apoio intensivo, 1 fumador deixa de fumar

• Por cada 50 consultas de intervenção breve, 1 fumador deixa de fumar

* Ashenden R et al. Asystematic review of the effectiness of promoting lifestyle change in General Practice. Family Practice.1997.

Formação/Programa Prioritário de Prevenção e Controlo do Tabagismo

Monitorizar risco de diabetes tipo 2

Indicadores da contratualização interna ACES e USF Modelo B

Percentagem de inscritos com peso e altura registados nos últimos 12 meses

Percentagem de diabéticos abrangidos pela consulta de enfermagem

Percentagem de casos com registo de gestão do regime terapêutico

Percentagem de diabéticos com pelo menos um exame aos pés registado no ano

Percentagem de hipertensos com registo de pressão arterial em cada semestre

Percentagem de hipertensos com vacinação antitetânica atualizada

Percentagem de hipertensos com pelo menos um registo de IMC nos últimos 12 meses

Monitorizar risco de úlcera de pé diabético

Regime medicamentoso

Exercício físico

Hábitos alimentares

Gestão do Regime Terapêutico

5 149

Gestão do regime terapêutico

17 755

Diabéticos

47 329

Hipertensos

Gestão do Regime Terapêutico

Focos altamente sensíveis aos cuidados enfermagem

Úlcera de pressão

Dor Papel de

prestador de cuidados

Autocuidados

Gestão/ adesão ao

regime terapêutico

(FILIPE PEREIRA, 2009)

1ª experiência ao nível de auditoria aos registos de Enfermagem

Partilhar para obter contributos…

• Despacho nº 2783/2013, deve o Conselho Clínico e de Saúde, realizar auditorias trimestrais à qualidade dos registos informáticos.

• Devem ser implementados planos de melhoria.

• Trimestralmente os resultados devem ser comunicados à tutela.

• Responsável: – Cada unidade escolhe interpares

1 Enfermeiro e 1 Médico como relator

• Peritos: – Todos os médicos e enfermeiros da unidade

– Todos são auditores e são também auditados

– Sorteio para saber quem avalia quem

Responsáveis e peritos?

• Criar dinâmica de auditoria interna

• Promover a uniformização de registo

• Fazer o diagnóstico de situação

• Contribuir para os indicadores

Objetivos da 1ª auditoria

• A maioria das unidades respondeu prontamente ao desafio

• Foram auditados 830 registos de cada programa (SI, PF e Diabetes) • Criou momentos de discussão que contribuíram para melhorar a prática

clínica

Análise dos resultados da 1ª auditoria

PROGRAMA SAÚDE INFANTIL

Avaliação inicial Fenómenos Intervenções

Desenvolvimento

Infantil Diagnóstico

Precoce

Desenvolvimento

Infantil

Monitorizar peso

corporal

Monitorizar

altura corporal Mary Sheridan

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

652 78,6 788 94,9 771 92,9 749 90,2 418 50,4

–Programa com mais registos em conformidade,

–Exceto Escala de avaliação de desenvolvimento de Mary Sheridan,

–Maioria regista na avaliação inicial o diagnóstico precoce

Número

de

registos

auditados

Avaliação

inicial Fenómenos Intervenções

Saúde da

Mulher

Comportamento

de procura de

saúde…

Uso de

Contracetivos

Monitorizar

tensão arterial Monitorizar IMC

No âmbito do

informar…

830 484 58,3 648 78,1 533 64,2 415 50,0 410 49,4

PROGRAMA DE PLANEAMENTO FAMILIAR

– No total do ACES todos os itens ≥ 50%

–5 Unidades ainda não valorizam a avaliação inicial

– Necessidade de uniformização de intervenções /oportunidade para

prevenção de fatores de riscos

Avaliação inicial Fenómeno Diagnóstico Intervenções

Situações

Especiais Úlcera

Risco úlcera pé

diabético…

Monitorizar risco

úlcera do pé

diabético

Nº % Nº % Nº % Nº %

295 35,5 357 43,0 190 22,9 317 38,2

Fenómeno Diagnósticos Intervenções relacionadas com…

Gestão do

regime

terapêutico

Conhecimento

sobre

exercício físico

Conhecimento

sobre hábitos

alimentares

Conhecimento

sobre regime

medicamentoso

Ensinar

sobre

exercício

físico…

Ensinar

sobre

hábitos

alimentares

Ensinar

sobre

regime

medica-

mentoso…

Monitorizar

IMC

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

518 62,4 249 30,0 274 33,0 251 30,2 407 49,0 433 52,2 256 30,8 582 70,1

PROGRAMA DE DIABETES

• Programa de Diabetes

– Maior diversidade de registos,

– Dúvidas no registo correto para contribuir para indicador

– Gestão de Regime Terapêutico - novo indicador

– Intervenção autónoma nos ganhos em saúde

Análise dos resultados da 1ª auditoria

“O que não formos capazes

de nomear, não seremos

capazes de controlar,

financiar, ensinar, investigar

ou introduzir nas decisões

políticas”.

Norma Lang

1992

Pensamento

Grata pela vossa atenção

Portal do ACES http://10.16.5.210/acesleziria

[email protected]

Distribuição das respostas sobre impacto da sessão no futuro...

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

86,21

58,45

93,79

9,9

33,98

5,24 3,88 7,57 0,97

%

Passar informação... Dissuadi-los... Proteger-te...

NR

Não

Sim

Cardiopneumologista Sandra Rodrigues UCC Cartaxo Ano letivo 2011/2012

• Relativamente à intenção de “passar a informação aos familiares fumadores”, 86,21% referiu que sim. Quanto a “dissuadi-los de continuar a fumar”, as respostas dividiram-se quase a meio, tendo referido afirmativamente 58,45%. 93,79% dos alunos confirmaram que “vão proteger-se dos fumadores

1

•A equipa nomeia o enfermeiro relator.

• O enfermeiro relator solicita a listagem de utentes associados aos programas de SI (2010/01/01 a 2013/06/31), Diabetes (1943/01/01 a 1963/12/31) e PF (1983/01/01 a 1993/12/31)

2

• Para cada enfermeiro o relator seleciona, da listagem, 10 NOPs por programa, com ultimo contacto na sua Unidade no ano 2013, registando-os na grelha de auditoria.

• O relator distribui as grelhas por cada enfermeiro auditor, evitando sempre que possível que sejam auditados os registos dos utentes da lista que está à sua responsabilidade.

3 • O enfermeiro auditor verifica os registos sem abrir o contacto.

• Assinala-se com “0” quando o item não está presente e com “1”quando se encontra em conformidade

4

• Nos programas de SI e PF abre-se o histórico da avaliação inicial (2008/01/01 até presente data) e clica-se no botão “fechar” no ecrã principal para visualizar fenómenos e intervenções planeadas daquele utente, caso não se visualizem verificar na “consulta vigilância” no menu à esq.

• No programa Diabetes abre-se o histórico da avaliação inicial (2008/01/01 até presente data) e histórico do utente (2013/01/01 até à presente data)

5

• Os enfermeiros auditores devolvem as grelhas preenchidas ao enfermeiro relator uma semana depois.

• O enfermeiro relator compila os resultados na grelha resumo com nº de registos em conformidade e envia no prazo de uma semana, por mail para o ACES.

6

• O Conselho Clínico e de Saúde analisa os resultados e emite recomendações e ações de melhoria.

• Todas as grelhas ficam arquivadas em dossier próprio durante 2 anos na respetiva Unidade.

7 • Repete-se a auditoria na 1ª semana de dezembro, com outro grupo alvo de registos.

AUDITORIA INTERNA AOS REGISTOS DE ENFERMAGEM