O contexto da formação do profissional economista
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7/22/2019 O contexto da formao do profissional economista
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FAE CENTRO UNIVERSITRIO
NCLEO DE PESQUISA ACADMICA
CINCIAS ECONMICAS
RODRIGO MARCIAL LEDRA RIBEIRO
O CONTEXTO DE FORMAO DO PROFISSIONAL ECONOMISTA
RELATRIO PARCIAL DE PESQUISA
CURITIBA
MAIO DE 2012
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7/22/2019 O contexto da formao do profissional economista
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RODRIGO MARCIAL LEDRA RIBEIRO
O CONTEXTO DE FORMAO DO PROFISSIONAL ECONOMISTA
Relatrio parcial de Pesquisaapresentado ao processo seletivo doPrograma de Apoio IniciaoCientfica (PAIC) !"#!"$% da &A' Centro niversit*rio% na lin+a de'conomia e ,ultidisciplinaridade-
.rientador/ 0elosa de Puppi e 1ilva
CURITIBA
MAIO DE 2012
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1 INTRODUO
A!"#$ %&'(!)$*+) ,+-.$& "$ !".&+#/+ ' $('&.$& .+#+ + (+".'.+ ' $ 3/).!4!($.!,$
#$ %')5/!)$6 '"4$.!7$"#+ 5/' '!).' /* %&+8-'*$6 (+*%+).+ %+&9 1: %&+8-'*$)
)+8&' $ %$&.!(!%$+ #+ '(+"+*!).$ "+ *'&($#+ #' .&$8$-;+
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as rela@es polticas e de poder% 2em como a antropologia% filosofia% psicologia%
sociologia% entre outras *reas do con+ecimento% podem contri2uir na resposta aos
questionamentos% que podem ainda ser acentuados por tal/ ningu3m fala nada ou
ningu3m quer escutar nada so2re a crise?
Independentemente das respostas que possam ter os questionamentos acima%
serve de lio aos economistas a necessidade de compreender e eplorar as rela@es da
economia com as demais *reas do con+ecimento e resgatar ou firmar a confia2ilidade e
a credi2ilidade de sua atuao profissional-
>iante da pro2lem*tica acima% adicionamse os seguintes questionamentos/
aquele realiBado por um indivduo que pensa so2re sua atuao profissional 8por que eu
vou faBer o curso de economia?9D aquele realiBado por um estudante de economia 8ondeeu vou tra2al+ar quando eu me formar?9D aqueles realiBados por profissionais de
organiBa@es pE2licas e privadas 8por que eu vou contratar um economista?9D e aquele
feito por um coordenador de um curso de economia 8que profissional economista
atender* os anseios da sociedade?9-
4em mesmo os economistas apresentam uma r*pida% o2=etiva e certeira
resposta quando questionados so2re/ 8o que vocF faB?9- Pode at3 responder que 3
economista ou onde tra2al+a% mas nesse momento passou 8um mundo9 diante de seuspensamentos- Isto ocorre porque o economista insere em seu pensamento diversas
vari*veis que utiliBa para tomar decis@es- 'nto% qual 3 a reposta o2=etiva e assertiva
para a seguinte pergunta/ 8o que o economista faB9? 4o podemos levar minutos ou
+oras respondendo por que as pessoas se perdero em um emaran+ado de informa@es%
assim como ns o faBemos-
Guestionase% portanto% cotidianamente a atuao% a formao e o
posicionamento dos profissionais economistas- Al3m destas =ustificativas% podesecomplementar a importHncia e relevHncia deste estudo pelas indaga@es atuais so2re a
sustenta2ilidade (CAPRA% !!) a formulao de polticas pE2licas% os impactos
tecnolgicos e a 2usca de so2revivFncia das pessoas% organiBa@es (.4% "
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insuficiFncias tericas- A partir disto +aver* a possi2ilidade de surgirem novas teorias e
leis do comportamento econ7mico-
Acima% a conformao da =ustificativa e do conteto desta pesquisa est* de
acordo com a lin+a de pesquisa proposta por este Programa de Apoio Iniciao
Cientfica (PAIC) porque tem como escopo o di*logo das CiFncias 'con7micas com as
demais *reas do con+ecimento- Contudo% a2orda% a partir do conteto atual da CiFncia
'con7mica% as formas assumidas pela 'conomia Aplicada% firmandose nos raciocnios
seguidos pela 'conomia diante da ,ultidisciplinaridade (&A' C'4KR.
4I5'R1IKLRI.% !")-
"-" PR.MN',A
'ste estudo 2usca compreender o conteto da filosofia e da +istria da ciFncia%o conteto das indaga@es mundiais por mel+ores condi@es de vida% e%
consequentemente% o conteto da atuao do profissional economista e o da formao
dos economistas% alin+ando ao meio de vida atual% as +a2ilidades propostas pelo ensino%
pesquisa e etenso- Como pro2lema de pesquisa adotase/ Gue fatores contetualiBam
o processo de formao do profissional economista?
12 OBHETIVOS
121.M6'KI5. O'RAN/
ContetualiBar a formao do profissional economista-
122.2=etivos 'specficos/
A2ordar 2revemente a +istria da ciFncia e da filosofia da ciFncia e o
Pensamento Compleo% apontando os limites da especificidade das *reasdo con+ecimento% a multidisciplinaridade e a interdisciplinaridade-
>iscorrer 2revemente so2re os pro2lemas mundiais atuais e so2re temas
de discusso multidisciplinar-
'lencar as potencialidades e as fragilidades do profissional economista% a
partir de sua percepo% percepo dos estudantes de ensino m3dio e deorganiBa@es pE2licas e privadas-
Apresentar os elementos fundamentais de lgica do pensamento
econ7mico-
Relacionar o conteto atual da ciFncia e do mundo atual formao do
economista-
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"-$ ,'K.>.N.OIA
Kratase de uma pesquisa eploratria e de m3todo dedutivo e cun+o qualitativo- .quadro " a2aio mostra as fontes pesquisadas para alcanar os o2=etivos do estudo% 2em como aorganiBao do estudo-
QUADRO 1 OBHETIVOS6 FONTES E ORGANIJAO DO ESTUDO
.M6'KI5. &.4K'1 .ROA4IAQ. >. '1K>.
1 A8+$& 8&','*'".' $ ;!).=&!$#$ (!K"(!$ ' #$ 4!-+)+4!$ #$ (!K"(!$ '+ P'")$*'".+ C+*%-'+6$%+".$"#+ +) -!*!.') #$')%'(!4!(!#$#' #$) &'$) #+
(+";'(!*'".+6 $*/-.!#!)(!%-!"$&!#$#' ' $!".'!)(!%-!"$&!#$#'
Niteratura e 2i2liografia so2re/
a +istria da ciFncia e filosofia daciFncia-
o pensamento compleo emultidisciplinaridade-
Principais autores/
F&!.3+4 C$%&$@ !-.+" H$%!$))/@ E#?$&M+&!"@ R/%'&. S;'-#&$'@ R'">D')($&.')@ T;+*$) S /;"@ $&-P+%%'&
" P'41A,'4K. C.,PN'S.
11 BREVE ISTRICO SOBRE A CINCIAE FILOSOFIA DA CINCIA
12 O PENSAMENTO COMPLEXO
1 MULTIDISCIPLINARIDADE EINTERDISCIPLINARIDADE
2 D!)(+&&'& 8&','*'".' )+8&' +)%&+8-'*$) */"#!$!) $./$!) ' )+8&'.'*$) #' #!)(/))+*/-.!#!)(!%-!"$&
Niteratura e 2i2liografia so2re/
crises econ7micas- desenvolvimento e sustenta2ilidade- polticas pE2licas-C!K"(!$ T'("+-+?!$ ' S+(!'#$#'
Principais autores/
B+&!) F$/).+@ E&!( +8)8$*@ A#$*S*!.;@ A*$&.$ S'"@ I?"$( S$(;)@B&/"+ L$.+/&@ H+)'%; S(;/*%'.'&
CRI1' ' 11K'4KAMINI>A>'
21 BREVE ISTRICO DAS CRISESECONMICAS
22 ANSEIOS E ESFOROS PARA ASUSTENTABILIDADE
2 AS CONTRIBUIES DAS POLTICASPBLICAS PARA A
SUSTENTABILIDADE
2 O PAPEL DA CINCIA E DATECNOLOGIA NA BUSCA PELASUSTENTABILIDADE
E-'"($& $) %+.'"(!$-!#$#') ' $)4&$?!-!#$#') #+ %&+4!))!+"$-'(+"+*!).$6 $ %$&.!& #$ %'&('%+#+) ')./#$".') #' '")!"+ *>#!+ '#' +&?$"!7$') %8-!($) '%&!,$#$)
R')/-.$#+) #$ C+*!))+ P&=%&!$ #'A,$-!$+
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C$#$ /* #+) .'*$) 5/' )'&+ #!)(+&&!#+)
%+))/'* 8!8-!+?&$4!$) ')%'(Y4!($) 5/')'&+ #'.$-;$#+) ' $%+".$#+) "$*'.+#+-+?!$ #').' %&+3'.+6 #'%+!) #')'-'(!+"$#+)6 #' $(++ (+* + ?&$/ #'/.!-!#$#' ' #!4!(/-#$#' %$&$ $ !"!(!$+(!'".Y4!($ .
C.4K'SK. AKAN
1 ECONOMIA EMULTIDISCIPLINARIDADE
2 ECONOMIA E SUSTENTABILIDADE
O PROFISSIONAL ECONOMISTA
A FORMAO DO PROFISSIONALECONOMISTA
FONTE9 ELABORADO PELOS AUTORES
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2 ISTRIA E FILOSOFIA DA CINCIA9 ABORDAGENS ATW O
PENSAMENTO COMPLEXO
A filosofia 3 um termo cu=a conceituao no atingiu consenso% al3m disto% o
seu o2=eto de estudo% ao contr*rio das ciFncias% no 3 definido com clareBa- Ainda
assim% +* mais de vinte s3culos% Plato encontrou definio para filosofia que relaciona
e articula alguns dos significados do termo/ A filosofia como uso do sa2er em proveito
do +omem- (AMMAO4A4.% p- JJ% !!:)-
>e acordo com The Oxford Dictionary of Philosophy ("
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levantamento +istrico so2re a filosofia e a ciFncia% eplicando o surgimento da
filosofia ocidental e da filosofia moderna% assim como o desenvolvimento da raBo e do
m3todo cientfico nos respectivos perodos +istricosD () 1egundo% ser* feita uma
introduo so2re o pensamento compleo% fundada quase que eclusivamente na o2ra
de 'dgar ,orin% em que sero apresentadas algumas das propostas e desafios ao
pensamento apresentados pelo autorD ($) Kerceiro% ser* levantada a importHncia da
a2ordagem interdisciplinar da realidade% relacionandoa com o pensamento compleo-
ma veB con+ecido o camin+o traado pela raBo% pelos m3todos cientficos e
pela filosofia de forma geral% podemse compreender com maior clareBa os movimentos
filosficos recentes destacados- 'm outras palavras% a parte final deste captulo A
interdisciplinaridade e o pensamento compleo pode ser mais 2emcompreendida apartir do todo% atrav3s da sequFncia dialgica da +istria da filosofia-
-" MR'5' 0I1K]RIC. 1.MR' A CIX4CIA ' &IN.1.&IA
4essa seo ser* feita uma 2reve an*lise do camin+o traado pela raBo e pela
lgica- .s su2captulos foram escol+idos visando proporcionar uma compreenso
+istrica do progresso da raBo na civiliBao ocidental- .s temas escol+idos foram/ (")
. conteto para o surgimento do pensamento cientficofilosfico% traando suas
origens desde a Or3cia antigaD () . m3todo cientfico formulado por >escartes% a
lgica cartesiana e seu pro=eto filosficoD ($) .s anseios empiristas e o m3todo indutivo
de &rancis MaconD (J) .s limites e as categorais do con+ecimento de 'mmanuel antD
(W) . m3todo de falsificao de arl PopperD e% por fim% (Y) os paradigmas cientficos%
apontados por K+omas +un-
. fato de se a2ordar a filosofia na Or3cia antiga e% logo aps% a filosofiamoderna% deiando os movimentos filosficos da idade media em segundo plano% no
implica% de forma alguma% na negao da importHncia dos pensamentos desenvolvidos
neste perodo-
1egundo C;[.'-'. ("
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Imperioso destacar o imenso valor das o2ras filosficas no medievo e dos
desenvolvimentos intelectuais realiBados nesta 3poca- Alguns dos autores% fatos
+istricos e correntes filosficas que se destacam na Idade ,3dia so/ . platonismo
cristo% desenvolvido por 1anto Agostin+oD o contato com a filosofia *ra2eD o
aristotelismo cristo% desenvolvido por 1o Kom*s de AquinoD e o surgimento%
desenvolvimento e crise da escol*stica- (,ARC.4>'1% !!W)
A ideia de modernidade est* relacionada ruptura com o pensamento de
tradio medieval- . tra2al+o de Ren3 >escartes assim como o tra2al+o de &rancis
Macon estruturou de forma mel+or aca2ada o pensamento moderno- Am2os os autores
foram influenciados pela corrente filosfica da 2aia idade m3dia% a escol*stica-
'nquanto Macon apresentou re=eio escola% eistem divergFncias quanto influFnciada escol*stica em >escartes/ Alguns consideram que sua o2ra foi uma Reforma na
filosofia tradicional% enquanto outros a interpretam como uma tentativa de se
fundamentar a Igre=a Catlica no novo conteto cientfico- (I2id-% !!W)
>urante o s3culo S5III o pensamento filosfico variou entre o sensualismo
empiricista e o racionalismo% tendo uma que2ra com o aparecimento da filosofia crtica
de ant- . autor Alemo 2uscou demonstrar a perspectiva de que 3 possvel 8o
con+ecimento a prioride espao e tempo somente porque so formas impostas pornossas prprias mentes so2re a eperiFncia9 (Kraduo livre% .S&.R>% !!"% p- !W)-
arl Raimund Popper% filsofo da ciFncia% apresenta a teoria da refuta2ilidade%
segundo a qual s so cientficas as +ipteses que pode passar pelo crivo da eperiFncia%
estas% que s podem ser falsificadas% nunca a2solutamente confirmadas-
K+omas u+n apresenta uma perspectiva +istrica e sociolgica na formao
do con+ecimento% apresentando a conceituao de paradigmas da ciFncia% o autor
eplica as fases atrav3s das quais ocorrem revolu@es cientficas-
"-"-" A conteto da filosofia pr3moderna
'iste certo consenso entre os autores so2re onde% quando e porque surgiu a
filosofia ocidental- Costumeiramente% se indica a Or3cia Antiga% no s3culo 5I antes de
cristo% como o 2ero da filosofia e da ciFncia- Isto no significa% contudo% que
anteriormente no ocorreram tentativas de se compreender a realidade% mas que estas
tentativas no estavam fundadas em um princpio filosfico cientfico-
(,ARC.4>'1% !!W% Iniciao +istria da filosofia)-
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Algumas afirma@es de movimentos filosficos orientais apresentaram% em
determinados momentos +istricos% aproima@es ao que era afirmado pelos pr3
socr*ticos 'stes movimentos% contudo% no foram seguidos do aparecimento de
1crates% diminuindo sua importHncia relativa na +istria da filosofia- (,ARUA1% !!J%
0istria da filosofia)-
'ntre alguns dos fatos +istricos so2re a Or3cia Antiga que elencados como
fundamentais para o surgimento da filosofia% esto/ (") A intensificao das rela@es de
troca eercidas na regio e racionaliBao decorrente desta pr*ticaD () A coeistFncia
com mercadores de diferentes culturas e% portanto% eplica@es de realidade e mitos
diversosD ($) A relativa esta2ilidade poltica alcanada na Or3cia no s3culo 1eto antes
de cristo% com a diminuio dos movimentos migratrios do s3culo anterior- (,A1IP%!!"% 0istria da filosofia ocidental)
1o2re os pressupostos da filosofia Orega% 6uli*n ,aras (!!J% p-") acredita
que o
+eleno se encontra num mundo que eiste desde sempre e que como talnunca constitui pro2lema% =* estando pressuposto em toda questo- 'ssemundo 3 interpretado como natureBa e por isso como princpio% ou se=a% comoaquilo de onde emerge ou 2rota toda realidade concreta/ aparece% portanto%como dotado de virtualidade% de capacidade produtiva- ,as% ao mesmotempo% 3 uma multiplicidade/ no mundo +* muitas coisas que so mut*veis edefinidas pela contrariedade- Cada uma delas tem uma consistFnciaindependente% mas elas no so sempre% variam/ e suas propriedades soentendidas como termos de oposi@es e contrariedades/ o frio 3 o contr*rio doquente% o par% do mpar etc-D essa polaridade 3 caracterstica da mente antiga-As propriedades inerentes s coisas permitem sua utiliBao numa t3cnicaque se diferencia radicalmente dos procedimentos m*gicos% que mane=am ascoisas como poderes-
4este encadeamento de fatos% Kales de ,ileto 3 apontado como o primeiro
filsofo% =* que foi ele o primeiro estudioso da natureBa e apresentava um pensamento
causal sem incorrer% de imediato% em solu@es mticas- Al3m disto% Kales sustentava
eistFncia de um elemento primordial- 4este creditava que o ponto de partida para os
processos materiais era a *gua% que% segundo ele% em maior ou menor proporo estaria
presente em todos os o2=etos- A partir da arquou elemento primordial% desenvolvem
se outras teorias que 2uscam eplicar a ordem natural da realidade- Atrav3s de discursos
lgicos% fundados em argumentos% os gregos distanciaramse de respostas mticas
provenientes do divino- .utra caracterstica do pensamento filosfico cientfico 3 o seu
car*ter crtico (,ARC.4>'1% !!W% Iniciao +istria da filosofia)-
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"-"- Ren3 >escartes ,3todo Cartesiano
A contri2uio de >escartes para o desenvolvimento da ciFncia e da filosofia
est* condensada% principalmente% em seu >iscurso do ,3todo% Regras para a >ireo do
'sprito- Com esta o2ra% >escartes retoma a noo adotada principalmente pelos
estoicos de raBo como guia de todo gFnero +umano- 4egase% portanto% a raBo como
su2ordinada ao intelecto e passa% novamente% a ser considerada como capacidade de
discernimento do verdadeiro e do falso% natural a todos os +omens (AMMAO4A4.%
!!:)-
4as palavras de >escartes (p- "% !!$)%
o poder de 2em =ulgar e distinguir o verdadeiro do falso% isto 3% o que sedenomina o 2om senso ou a raBo% 3 naturalmente igual em todos os +omens-A diversidade de nossas opini@es no prov3m do fato de uns serem maisracionais do que os outros% mas tosomente em raBo de conduBirmos onosso poensamento por diferentes camin+os e no considerarmos as mesmascoisas-
4a segunda parte do >iscurso do ,3todo% >escartes apresenta quatro preceitos
em oposio grande quantidade de preceitos que compun+am a lgica% em sua
3poca caractersticos de sua 2usca pela verdade-
Primeiro/ A intuio% definida pelo autor como 8nunca aceitar como verdadeira
nen+uma coisa que eu no con+ecesse evidentemente como tal% isto 3% evitar% com todo
o cuidado% a precipitao e a preveno s incluindo nos meus =uBos o que se
apresentasse de modo to claro e distinto9 (I2id-% p-$")-
1egundo/ A an*lise% que consistia 8em dividir cada uma das dificuldades que
devesse eaminar em tantas partes quanto possvel e necess*rio para resolvFlas9 (I2id-%
p- $")-
Kerceiro/ A sntese% que significa 8conduBir por ordem os meus pensamentos%
iniciando pelos o2=etos mais simples e mais f*cies de con+ecer% para c+egar [---\ ao
con+ecimento mais composto% e supondo tam23m% naturalmente uma ordem de
precedFncia de uns em relao aos outros9 (I2id-% p- $)-
Guarto/ A enumerao% por fim% representa 8faBer% para cada passo%
enumera@es to completas e revis@es to gerais% que eu tivesse a certeBa de no ter
omitido nada9 (I2id-% p-$)-
1eguindo o m3todo por ele proposto% 8>escartes tem de renunciar ao mundo[---\ ele se disp@e a pensar que tudo 3 falsoD mas concluiu que +* algo que pode no sF
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lo/ sua eistFncia9 (,ARUA1% !!J% p- $$)- >este impasse% o autor c+egou sua
concluso do ^cogito, ergo sum;penso% logo eisto-
"-"- . 'mpirismo de &rancis Macon e o 1ensualismo de >avid 0ume
4as filosofias de Macon e 0ume% em especfico% e na filosofia Inglesa% em
geral% eiste uma preocupao maior quanto teoria do con+ecimento e a eperiFncia%
se comparados aos autores racionalistas-
. empirismo e o m3todo indutivo foram introduBidos no s3culo S5I por
&rancis Macon- . autor apresenta a perspectiva de que o con+ecimento +umano s 3
possvel at3 onde =* se foi o2servada a lgica da natureBa neste sentido% a investigaocientfica seria realiBada por eperiFncias que revelariam as verdadeiras causas dos
fen7menos- (C.45'4KR`% Angela ,- Compreender 0ume% !!avid 0ume% assim como os demais empiristas% partia do pressuposto de que as
ideias so2re o real partiam da eperiFncia do sensvel- . autor escocFs% contudo% levou
as conclus@es empiristas ao etremo% a ponto de sua doutrina ser c3tica-
. ceticismo de 0ume faB crticas s no@es de (a) causalidade e (2) identidade
pessoal- Guanto causalidade% ele acredita que 3 a eperiFncia que nos ilumina este
conceito% a causa no antecede eperiFncia% 8o que a eperiFncia nos revela 3 uma
con=uno constante entre fen7menos% e no uma coneo necess*ria que c+amamos de
causalidade9 (,ARC.4>'1% p-";% !!W)- 'm relao identidade pessoal% nem
mesmo o ogito cartesiano est* livre de crticas- . ^eu_% para 0ume tam23m seria
composto por uma soma de eperiFncias e percep@es coletadas com o passar do tempo-
>esta forma% o eu 3 fruto da imaginao% no tem realidade su2stancial (,ARUA% !!J)-
"-"-$ ant% as categorias e os limites do con+ecimento
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Immanuel ant 2uscou apresentar uma resposta de cun+o racionalista para o
ceticismo apresentado por 0ume- . autor alemo formulou sua filosofia transcendental
2uscando superar a dicotomia racionalempirista 'nquanto a primeira creditava todas
as verdades indu2it*veis so2re a realidade ao pensamento e raBo% a segunda perce2ia
como con+ecimento v*lido somente aquele derivado das eperiFncias-
ant% em sua r!tica da ra"#o pura% investiga 8as condi@es de possi2ilidade do
con+ecimento% ou se=a% o modo pelo qual% na eperiFncia de con+ecimento% su=eito e
o2=eto se relacionam e em que condi@es esta relao pode ser considerada legtima9-
(,ARC.4>'1% !!W% p- !
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ou ainda% 8a indagao acerca da validade ou verdade de enunciados universais que
encontrem 2ase na eperiFncia9 (P.PP'R% "
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transformar sentenas- 1e% depois disso% ainda +ouver quem levante dEvidas%a Enica coisa que podemos faBer 3 pedirl+e que aponte o erro nas fases dedemonstrao ou que reflita mais aprofundadamente acerca da questo- 4oque se refere s ciFncias empricas% a situao 3 semel+ante- Kodo enunciadoemprico pode ser apresentado [---\ de maneira tal que todos quantos
dominem a t3cnica adequada possam su2metFlo a prova- 1e% como resultado%+ouver re=eio do enunciado% no 2asta que a pessoa nos fale acerca de seusentimento de dEvida ou a propsito de seu sentimento de convico no quese refere s suas percep@es- . que essa pessoa deve faBer 3 formular umaassero que contradiga a nossa% fornecendonos indica@es para su2metFlaa prova- 1e ela deia de agir assim% s nos resta pedirl+e que faa novo emais cuidadoso eame de nosso eperimento e que reflita maisdemoradamente-
"-"-W K+omas 1- +un e os paradigmas da ciFncia
K+omas u+n apresenta nova perspectiva so2re o desenvolvimento cientfico-
Partindo de uma concepo +istrica e sociolgica da ciFncia% u+n questiona oentendimento de progresso do con+ecimento como constante e linear- >e acordo com
este entendimento% as teorias cientficas mais recentes estariam fundadas em outras
teorias% mais antigas% apresentando sempre acr3scimo em seu conteEdo- 4esta
concepo de +istria da ciFncia% os tetos cientficos antigos estariam sempre contidos
e superados pelos tra2al+os cientficos mais novos-
Contudo% u+n discorda com este encadeamento de ideias e% por isso%
apresentou outra percepo de desenvolvimento cientfico- Para ele% o desenvolvimentocientfico estaria fundado no surgimento% desenvolvimento e crise de paradigmas-
1egundo u+n (!!:% p-!)% paradigma/
>e um lado% indica toda a constelao de crenas% valores% t3cnicas etc-%partil+adas pelos mem2ros de uma comunidade determinada- >e outro%denota um tipo de elemento dessa constelao/ as solu@es concretas deque2raca2eas que% empregadas como modelos ou eemplos% podemsu2stituir regras eplcitas como 2ase para soluo dos restantes que2raca2eas da ciFncia normal-
A ciFncia normal% citada pelo autor% corresponde ao perodo em que o o2=eto e o
metodo de determinada comunidade cientfica =* foram esta2elecidos% consiste%portanto% na 8[---\ atividade na qual a maioria dos cientistas emprega inveitavelmente
quase todo seu tempo% 3 2aseada no pressuposto de que a comunidade cientfica sa2e
como 3 o mundo9 (04% !!:% p-J)- 4esta fase% temse o avano rigoroso do
empreendimento cientfico% os pressupostos lgicos do paradigma so levados s suas
Eltimas consequFncias% at3 o momento em que surgen pro2lemas% ou anomalias% que no
mais podem ser respondidos pelo paradigma eistente-
'nto%
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[---\ quando isto ocorre isto 3% quando os mem2ros da profisso no podemmais esquivarse da s anomalias que su2vertem a tradio eistente da pr*ticacientfica ento comeam as investiga@es etraordin*rias que finalmenteconduBem a profisso a um novo con=unto de compromissos% a uma nova
2ase para a pr*tica da ciFncia- .s episdios etraordin*rios nos quais ocorre
essa alterao de compromissos profissionais so denominados [---\ derevolu@es cientficas (04% !!:% p-J)-
"- . P'41A,'4K. C.,PN'S.
'dgar ,orin caracteriBa e critica o paradigma filosfico construdo a partir da
lgica Cartesiana- 1egundo o autor francFs% a teoria da simplicidade que teve origem
em >escartes fundamentase em duas ideias centrais/ A >is=uno% ou se=a% a tentativa
de se encontrar verdades claras% distintas e autoevidentesD e a Reduo% que visa recriaro compleo a partir da organiBao do simples (,.RI4% !!Wa)-
1egundo ,orin (!!Wa% p-") o paradigma da simplificao acarreta em uma
inteligFncia cega% que% por sua veB% 8[---\ destri os con=untos e as totalidades% isola
todos os seus o2=etos do seu meio am2iente- 'la [a inteligFncia cega\ no pode conce2er
o elo insepar*vel entre o o2servador e a coisa o2servada9-
. autor% ento% visa esta2elecer um novo paradigma% compleo% que supere ou
pelo menos este=a atento aos pro2lemas insuper*veis lgica Cartesiana- . autor%assim% define compleidade/
b primeira vista 3 um fen7meno quantitativo% a etrema quantidade deintera@es e interferFncias entre um nEmero muito grande de unidades- [---\,as a compleidade no compreende apenas quantidades de unidade eintera@es que desafiam nossas possi2ilidades de c*lculo/ ela compreendetam23m incerteBas% indetermina@es% fen7menos aleatrios- A compleidadenum certo sentido sempre tem relao com o acaso (,.RI4% !!Wa% p-$W)-
'm sua o2ra CiFncia com ConsciFncia (!!W2)% ,orin alerta para duas
possveis m*sinterpreta@es de compleidade- Primeiro% no se deve considerar
compleidade como resposta% mas antes% como desafio ao pensamentoD 1egundo% a
compleidade no pode ser confundida com completude% no 3 isto que a filosofia
significa% pelo contr*rio% seu o2=etivo 3 apresentar a multidimensionalidade dos o2=etos%
assim como as suas interrela@es para com os su=eitos do con+ecimento- 4este sentido%
em relao ao segundo malentendido% o autor afirma que a compleidade 8[---\ no quer
dar todas as informa@es so2re o fen7meno estudado% mas respeitar suas diversas
dimens@es9 (,.RI4% !!W2% p-"::)-
-
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,orin (!!W2% p-"::) apresenta% de forma no complea% as avenidas que
conduBem ao desafio da compleidade/
" 1egundo o autor% o primeiro camin+o 3 o da irreduti2ilidade do acaso e da
desordemD .u se=a% a irreduti2ilidade e indeduti2ilidade de uma sequFncia de nEmeros
ou de acontecimentos que esto presentes no universo e ativos em seu desenvolvimento-
4o se pode resolver a incerteBa que as no@es de desordem e de acaso traBemD at3
mesmo o acaso no est* certo de ser acaso (I2id-% p-":;":
-
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produtos so necess*rios produo daquilo que os produB- [---\Consequentemente% a compleidade no 3 s um fen7meno emprico (acaso%eventualidades% desordens% complica@es% mistura de fen7menos)D acompleidade 3% tam23m% um pro2lema conceitual e lgico que confunde asdemarca@es e as fronteiras 2em ntidas dos conceitos como ^produto_ e
^produto_% ^causa_ e ^efeito_% ^um_ e ^mEltiplo_ (,.RI4% !!W2% ";";$)
: A s3tima avenida 3 a da crise de conceitos fec+ados e claro- 4esta avenida
se retoma noo de ruptura para com o pensamento cartesiano de que a clareBa e a
distino das ideias evidFncia sua verdade- A crise dos conceitos fec+ados e claros
corresponde a crise das demarca@es a2solutasD 3% tam23m% crise da demarcao entre o
o2=eto e o meioam2iente- Para o autor% 3 preciso unir autoorganiBao com eco
organiBao (I2id-% p-";$)
; A oitava avenida 3 a volta do o2servador em sua o2servao- Princpio que=* era aceito e enfatiBado nas ciFncias scioantropolgicas% gan+a em importHncia nas
ciFncias ditas ^naturais_- 0eisen2erg eplica que o su=eito o2servador interfere em sua
o2servao microfsica% enquanto Mrillouin afirma que toda aquisio de informao via
o2servao 3 paga em energia- .u se=a% 8a teoria% qualquer que se=a ela e do que ela
trate% deve eplicar o que torna possvel a produo da prpria teoria e% se ela no pode
eplicar% deve sa2er que o pro2lema permanece9 (,.RI4% !!W2% p-";W";Y)
,orin 2usca% portanto% uma ciFncia unida a partir da transdisciplinariedade% deuma realidade multidimensional% e o pensamento compleo 8[---\ ao traBer um princpio
de incerteBa e de autorreferFncia% ele traB em si um princpio autocrtico e
autorrefleivoD atrav3s destes dois traos% ele =* traB em si mesmo sua potencialidade
epistemolgica9 (,.RI4% !!W% p-JW)-
1egundo Ponc+irolli e Ponc+irolli (!"% p-""!)%
possvel entender a filosofia do pensamento compleo de ,orin a partir deum tetragrama/
a) .s sistemas vivos se desenvolvem em um processo de organiBao ativa(ordem)D
2) Koda informao encontra outra que a procede (interao)Dc) 'ste processo gera interferFncias (desordem)Dd) necess*ria uma disposio de rela@es entre os elementos que
produBem um sistema para desco2rir qualidades descon+ecidas que seepressam com as atividades (organiBao)-
"-$ ,NKI>I1CIPNI4ARI>A>' ' I4K'R>I1CIPNI4ARI>A>'
6apiassu
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2 CRISE E SUSTENTABILIDADE
&alar so2re as crises e definir sustenta2ilidade- Kraar a interrelao entre crises e asustenta2ilidade- ^A negligFncia sustenta2ilidade pode conduBir uma criseinsuper*vel_-
-" MR'5' 0I1K]RIC. >A1 CRI1'1 'C.4V,ICA1
&alar de ,alt+us e a teoria da superproduoD arl ,ar e a crtica aocapitalismoD 0o2sonD 6o+n ,anard enes e a crtica mo invisvel- 'nto falar dascrises escol+idas-
-"-" Crise de "A K'C4.N.OIA 4A M1CA P'NA11K'4KAMINI>A>'
-$-" . papel da ciFncia na 2usca pela sustenta2ilidade
-$- . papel da tecnologia na 2usca pela sustenta2ilidade
O CONTEXTO DO PROFISSIONAL ECONOMISTA
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. conteto em que o profissional economista vive se transforma ao longo do
tempo e do espao- Apesar de eistirem con+ecimentos relativamente perenes na ciFncia
econ7mica% a lei% a ideologia% a estrutura e a con=untura econ7mica diferem +o=e do que
eram nos s3culos passados- >a mesma forma% as percep@es das fun@es do economista
diferem geograficamente- As epectativas% por eemplo% so2re o economista na d3cada
de ". 'C.4.,I1KA
$-"-" C.R'C.4 Consel+o Regional de economia
$-"- C.&'C.4 . Consel+o &ederal de economia
$-"-$ C'A K+e Council of 'conomic Advisors
Interns+ip% 1enior and 1taff economists opportunities-
http://e!catio"#
portal.com/articles/co"omists&obDescriptio"a"Re'!ireme"tsfor(tarti")a*
areerasa"co"omist.html
$- P'1GI1A1 1.MR' . C.4K'SK. >. PR.&I11I.4AN 'C.4.,I1KA
http://education-portal.com/articles/Economists_Job_Description_and_Requirements_for_Starting_a_Career_as_an_Economist.htmlhttp://education-portal.com/articles/Economists_Job_Description_and_Requirements_for_Starting_a_Career_as_an_Economist.htmlhttp://education-portal.com/articles/Economists_Job_Description_and_Requirements_for_Starting_a_Career_as_an_Economist.htmlhttp://education-portal.com/articles/Economists_Job_Description_and_Requirements_for_Starting_a_Career_as_an_Economist.htmlhttp://education-portal.com/articles/Economists_Job_Description_and_Requirements_for_Starting_a_Career_as_an_Economist.htmlhttp://education-portal.com/articles/Economists_Job_Description_and_Requirements_for_Starting_a_Career_as_an_Economist.html -
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'sta seo do terceiro captulo utiliBar* trFs tra2al+os de concluso de curso
realiBados por alunos formandos da &A'- .s temas a2ordados integram o conteto local
em que vive o profissional economista- .s tra2al+os utiliBados so/
(") . primeiro tem como ttulo/ 8Como se caracteriBa a demanda das
organiBa@es empresariais e pE2licas pelos alunos egressos dos cursos de ciFncia
econ7mica de Curiti2a?9- 'ste tra2al+o foi apresentado por P+ilipp raus% orientado
pelo professor ,aros a+talian% &A' centro universit*rio em outu2ro de !"- 'ste
KCC auiliar* na construo do conteto em que vive o profissional economista frente a
demanda por mo de o2ra especialiBada em economia- raus descreve como seu
o2=etivo 8identificar e compreender as percep@es e os interesses das organiBa@es
empresariais e pE2licas quanto a2soro do mercado de tra2al+o dos alunos egressosdos cursos de CiFncias 'con7micas de Curiti2a9 (p-"")-
() . ttulo do segundo KCC utiliBado 3/ 8As percep@es e o interesse de
alunos do ensino m3dio de Curiti2a frente ao curso superior de CiFncias 'con7micas9-
&oi apresentado em deBem2ro de !" por Re2eca 5altl% tam23m orientada por ,aros
a+talian- 5altl Musca encontrar os motivos para a reduo no nEmero de matrculas no
curso de CiFncias 'con7micas- Assim% realiBa pesquisa de Campo qualitativa com J
alunos do ensino m3dio na grande Curiti2a 2uscando compreender como tais alunosveFm o curso de ciFncias econ7micas-
($) . terceiro Eltimo KCC tem como ttulo/ 8An*lise da competitividade do
curso de ciFncias econ7micas em Curiti2aPR9- Apresentado por >afna ,arin 1ilva%
'duardo Matagini% at+ Reguelin e Neandro &isc+er- 'ste tra2al+o foi orientado pela
Professora 0elosa de Puppi e 1ilva- &isc+er et al2uscam contetualiBar o curso de
ciFncias econ7micas no mercado regionalD apresentam os fatores sistFmicos% estruturais
e internos que determinam a competitividade do curso de ciFncias econ7micas naregio-
Importante ressaltar uma =ustificativa recorrente nos tra2al+os foi o fen7meno
da diminuio de matriculados nos cursos de CiFncias 'con7micas% em contrapartida ao
aumento no nEmero de matriculados na totalidade de cursos- A porcentagem de alunos
economistas no total de alunos universit*rios no Mrasil decresce entre "
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A demanda das organiBa@es empresariais e pE2licas pelos alunos egressos dos
cursos de ciFncia econ7mica de Curiti2a pode servir como amostra das eigFncias s
quais o profisisonal economista deve se adaptar-
. mercado de tra2al+o +o=e 3 muito mais compleo do que era a vinte ou trinta
anos atr*s% o ,undo passa de um perodo industrial para outro psindustrial- Com isso%
a formao e a eperiFncia do candidato se tornaram mais importantes no processo de
seleo de funcion*rio das empresas- 4o paradigma atual% as empresas procuram as
pessoas que conseguem mel+or se adaptar aos valores da organiBao e agregar valor na
persecuo dos o2=etivos da empresa- Contudo% no 3 possvel a construo de um
perfil ideal de candidato% as organiBa@es que dese=am 2ons resultados devem a=ustarse
de acordo com a realidade do mercado de tra2al+o (AN,'I>A% !!J apud RA1%!")-
>e forma geral% o resultado da pesquisa feita por raus indicou que as
empresas esto procura por funcion*rios com caractersticas como/ >inamismo% viso
+olstica% perseverana% flei2ilidade e pensamento estrat3gico- Ainda assim% o autor
aponta que o crit3rio de seleo das empresas d* grande importHncia ao lado
comportamental do candidato% ou se=a% sua +istria e valores pessoais-
As percep@es e o interesses das organiBa@es privadas so2re o papel doeconomista foram diferentes entre as empresas de pequeno porte e as empresas de
m3dio e grande porte-
4as organiBa@es empresariais de m3dio e grande porte o economista 3
2uscado% principalmente% para a *rea financeira e consultorias- .s resultados apontaram
que o economista 3 procurado pelas *reas de custos e conta2ilidade- 4as organiBa@es
empresariais de pequeno porte o profissional economista encontra menos espao% desta
forma% no foi possvel identificar em quais *reas atua com eceo da empresa quetra2al+a com investimentos em que o economista 3 fundamental na *rea de consultoria-
As percep@es e os interesses das empresas pE2licas diferem das empresas
privadas so2re o papel do economista- As empresas pE2licas apresentaram duas *reas de
atuao do economista dentro delas/ Primeiro% na *rea estrutural% desenvolver estudos e
pesquisas para a produo de macropro=etos de via2ilidade% possi2ilitando a
compreenso dos agentes do mercado das potencialidades% tendFncias e pro2lemas
apresentados pela economiaD 1egundo% na *rea con=untural% o esforo do economista
direcionase ao curto praBo% 2uscando fornecer informa@es para a tomada de decis@es
r*pidas e estrat3gicas-
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. economista tem um papel preponderante nas organiBa@es pE2licas e
perce2ese a tendFncia das faculdades de economia em propiciar uma formao que
atenda as necessidades das empresas pE2licasD .u se=a% em formar profissionas com
capacidades de an*lise con=untural e estrutural% assim como de formulao de respostas
para os diferentes pro2lemas econ7micos-
'istem departamentos de economia em praticamente todas as organiBa@es
pE2licas% nestas% em que o lado comportamental 3 deiado de lado em face da
necessidade t3cnica% de capacidade de pesquisa% com a qual o economista mais contri2ui
neste tipo de organiBao-
$- Percep@es dos estudantes de ensino m3dio so2re o economista
A pesquisa so2re as perecep@es dos estudantes de ensino m3dio so2re o
economista foi realiBada com alunos somente do terceiro ano do ensino m3dio% em
Curiti2a% principalmente nas regi@es mais distantes do centro da cidade- >os alunos
entrevistados WJ eram meninos% JW%W eram meninas e !%W no informaram o seo-
As quest@es mais relevantes para a caracteriBao do interesse dos alunos em
relao ao curso de ciFncias econ7micas foram so2re os seguintes temas/ (") . interesse
por assuntos no relacionados aos afaBeres escolaresD () A facilidade com mat3rias do
ensino m3dio e o interesse em cursar determinados cursos do ensino superiorD ($) .s
fatores que impelem a no se escol+er o curso de ciFncias econ7micasD (J) .
con+ecimento so2re o que 3 'conomia e o interesse por assuntos econ7micos-
A correlao entre as informa@es o2tidas nas quatro vari*veis supracitadas
acarretou nas seguintes conclus@es/
A) .s alunos do seo masculino se interessam mais em ciFncias econ7micas
do que os alunos do seo feminino- 4o +ouve correlao entre o local em
que vive o aluno% a renda familiar ou o nvel de escolaridade dos pais e o
interesse no curso de ciFncias econ7micas
M) &oi apontada correlao entre a leitura de =ornais e o interesse com o curso
superior de economia- . mesmo resultado de eistFncia de relao entre
as vari*veis foi o2tido para os alunos que regularmente acessam sites de
=ornais% por3m% em menor intensidade-
C) .s alunos que tFm interesse ou maior facilidade em matem*tica e +istria
tem leve interdependFncia com o interesse em ciFncias econ7micas
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>) .s alunos do ensino m3dio com parentes que atuam na *rea de ciFncias
econ7micas no apresentam maior interesse pelo curso-
Analisando os dados recol+idos e as conclus@es alcanadas% o estudo em
questo aponta para uma interrelao entre a perspectiva dos alunos% distorcida
negativamente% em relao s fun@es e as mat3rias em que o profissional economista
atua e a queda na demanda pelo curso de CiFncias econ7micas- A soluo para este
pro2lema seria a divulgao do curso e o esclarecimento das fun@es do economista-
$-$- Competitividade do curso de ciFncias econ7micas
Para analisar a competitividade no curso de ciFncias econ7micas em Curiti2a%Paran*% foi realiBada uma an*lise 1istFmica% 'strutural e Interna e posteriormente foi
aplicado o conceito da Keoria de Porter s infroma@es o2tidas-
.s fatores sistFmicos so aqueles que esto fora do Hm2ito de influFncia da
empresa e% ainda assim% determinam a competitividade do curso de ciFncias econ7micas
da &A'- .s indicadores considerados mais relevantes ao tema do tra2al+o foram
divididos em cinco *reas diferentes/ (") 1ociais% em que figuram o Undice de K+eil e o
I>0D () >emogr*ficos% composto por P'A% Kaa de desemprego e RendaD ($)
'ducacionais% em que foram considerados os Anos de 'studo% 'vaso 'scolar% Kaa
Nquida de 'scolariBao por 4veis de 'nsino% 'voluo da ,atrcula na 'ducao
1uperior de Oraduao por Orau AcadFmico e Guantidade Percentual de Institui@esD
(J) 'con7micos% em que esto presentes PIM e inflaoD (W) Infraestruturais e de
servios pE2licos% por fim% apresentam os ndices de Kransporte pE2lico e 1egurana
pE2lica-
.s fatores internos so aqueles que possi2ilitam instituio determinar a sua
competitividade% sua posio no mercado e o2ter os mel+ores resultados possveis- 1o
os fatores empresariais% ou se=a% fatores que esto no Hm2ito de influFncia da empresa-
.s indicadores empresariais considerados mais relevantes ao tra2al+o so/ (")
'conomia de escalaD () >iferenciao do produtoD ($) Marreiras entrada e sadaD (J)
&inanciamentosD (W) Inovao e P>D (Y) ,areting e propagandaD (:) e Gualidade
versus Produtividade-
.s fatores estruturais so relativos aos mercados% figuram nesta *rea as
vari*veis mais importantes na determinao da competitividade relacionadas s rela@es
industriais e estrutura setorial-
-
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Antes de apontar as conclus@es etradas das vari*veis o2servadas% feBse uma
pesquisa eploratria% realiBada com os alunos em graduao no curso de ciFncias
econ7micas da &A'- As entrevistas possi2ilitaram a perspectiva do consumidor (os
alunos de economia) frente organiBao (&A')% os principais tpicos a2ordados foram
imagem e reputao da instituioD o preo da mensalidadeD facilidade de acesso em
termos monet*rios e de tempoD qualidade dos professoresD infraestruturaD
disponi2ilidade de livros na 2i2lioteca e encamin+amento profissional-
FUNDAMENTOS E RACIOCNIOS DO PENSAMENTO ECONMICO9 ALGICA DO PROFISSIONAL ECONOMISTA
Al3m disto% visando mel+or ilustrar as diferentes perspectivas em relao aos
economistas e o conteto em que ele esteve inserido no passado% sero apresentados os
apontamentos so2re a economia e so2re o profissional economista de alguns dos mais
importantes tericos da ciFncia econ7mica dos s3culos passados- Muscarse*
apresentar% tam23m% algumas das contri2ui@es proporcionadas pelos economistas
escol+idos%que complementaram% questionaram e inovaram o conteto e as fun@es
delegadas ao 2om economista_-
J-" .1 'C.4.,I1KA1
.s economistas escol+idos para compor o conteto econ7mico foram/ 6o+n
1tuart ,illD arl 0einric+ ,arD 6osep+ Alois 1c+umpeterD Nudhig 5on ,isesD e 6o+n
,anard enes- .s tpicos a2ordados em cada um dos autores foram escol+idos de tal
forma que demonstrassem a parcela de contri2uio do economista com maior
pertinFncia ao tema do captulo- 1ero destacados os contetos sociais% econ7micos e
intelectuais analisados ou propostos pelos autores- Antes% uma pequena introduo so2re
cada um dos economistas-
6o+n 1tuart ,ill% fil+o do eminente +istoriador 6ames ,ill% foi o respons*vel
por cristaliBar o pensamento econ7mico na metade do s3culo SIS- Por um lado% ,ill
teve influFncias dos tra2al+os de Ricardo% ,altus e 1mit+ e% por outro% da nascente
escola escola marginalista- 1ua o2ra ^Princpios de 'conomia Poltica_ dominou o
ensino da ciFncia econ7mica na Inglaterra por meio s3culo- ( PR'11,A4% !!Y)
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'm sua Auto2iografia (!!J)% ,ill atri2ui o sucesso de sua o2ra ao fato de no
ser um livro so2re ciFncia a2strata% mas% tam23m% de aplicao- . autor destaca o fato
de tratar econ7mia poltica como um fragmento da filosofia social-
arl 0- ,ar% con+ecido por sua influFncia no ide*rio socialistas% figura entre
os ecomistas escol+idos por ter construdo uma das mais fortes crticas economia
poltica cl*ssica- 1ua concepo de valor tra2al+o 3 um aperfeioamento das teorias de
1mit+ e Ricardo-
'm Ten great economists, from Marx to Keynes ("
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enes% por sua veB% foi um dos mais influentes economistas no que se trata de
constru@es de polticas pE2licas e de2ates acadFmicos- A partir da sua percepo da
economia em agregados econ7micos% ele conduBiu uma reviso da literatura classca
ortodoa% fundada na Nei de 1a- 'm sua o2ra Keoria geral do emprego% do =uro e da
moeda ("
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1egundo o autor%
'conomia poltica cl*ssica 3 toda a economia que [---\ investiga os neoscausais das condi@es 2urguesas de produo% ao contr*rio da economia
vulgar% que trata apenas das rela@es aparentes% rumina% continuamente omaterial fornecido% +* muito tempo% pela economia cientfica a fim deoferecer uma eplicao plausvel para os fen7menos salientes% que sirva aouso di*rio da 2urgueisa% limitandose de resto% a sistematiBar pedantemente ea proclamar como verdades eternas as ideias 2anais% presunosas% doscapitalistas so2re seu prprio mundo% para eles o mel+or dos mundos-(,ARS% p- "!$)
4este sentido% o autor alerta para a influFncia do pensamento da classe
dominante 2urguesa na investigao cientfica% assim como o negligenciado% mas
sempre necess*rio% desenvolvimento +istrico para se atingir o sistema de produo
atual- Para ,ar% 3 a voB do proletariado a respons*vel pela crtica ao capitalismo e
aponta como misso +istrica desta classe derru2ar o modo de produo fundado na
propriedade privada-
J-"-$ 6osep+ A- 1c+umpeter% a limitao da pesquisa e o desenvolvimento da economia-
1c+umpeter em A T'+&!$ #+ D')'",+-,!*'".+ E(+"*!(+("
-
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aprimorar a ciFncia econ7mica 8para seus prprios fins% construindose a partir dela
mesma9 ("
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4este sentido% ,ises faB os seguintes apontamentos/
A moderna teoria de valor estende o +oriBonte cientfico e amplia o campodos estudos econ7micos- >a economia poltica da escola cl*ssica emerge a
teoria geral da ao +umana% a praxeologia%.s pro2lemas econ7micos oucatal*ticos esto em2utidos numa ciFncia mais geral da qual no podem serseparados- . eame dos pro2lemas econ7micos tem necessariamente decomear por atos de escol+a/ A economia tornase uma parte em2ora at3agora a parte ela2orada de uma ciFncia mais universal/ a praeologia-(,I1'1% !"!% p-$)
. autor austraco fundamenta suas percep@es em relao economia e aos
economistas a partir do princpio do 1ingularismo ,etodolgico% qual se=a a
investigao praeolgica tratar a ao +umana em especfico- >ecis@es% segundo
,ises% so realiBadas pela escol+a individual- A perspectiva do singularismometodolgico% apresentada pelo autor% contrap@e a filosofia +olstica do universalismo-
>e acordo com Nudhig 5on ,ises% a profisso do economista% enquanto
criador de polticas pE2licas% decorre de uma filosofia intervencionistaD 4este cen*rio% o
o2=etivo do economista seria atuar principalmente no setor pE2lico e% com isso%
2eneficiar os grupos de presso com os quais tem rela@es mais intensas formulando
interven@es do governo no livremercado-
'm relao s universidades% ,ises critica a tendFncia de segmentao da
ciFncia econ7mica% que no passa% segundo ele% da apresentao de doutrinas dos v*rios
grupos de presso-
4este sentido% o autor faB o seguinte relato/
A economia no 3 passvel de su2diviso em se@esD lida invariavelmentecom a interconeo de todos os fen7menos da ao- .s pro2lemas catal*ticosno podem ser 2em perce2idos pelo estudo isolado de cada setor da
produo-[---\ A ciFncia econ7mica 3 um corpo Enico e indivisvel- (,I1'1%!"!% p-
-
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A Nei de 1a relata que toda oferta cria sua demanda e prop@e% desta forma%
que o capitalismo consiste em rela@es econ7micas +arm7nicas- 4o decorrer da +istria
do pensamento econ7mico o equili2rio entre os mercados de produtos e de fatores de
produo vem dividindo economistas (,.NN.% !!J)-
ma das consequFncias lgicas da Nei de 1a 3 que a demanda no atue como
o2st*culo ao mecanismo do mercado% ou se=a% no eiste insuficiFncia de demanda-
'nto% ao inv3s de seguir a tradio cl*ssica e considerar o poder de compra como no
escassa% como postula a lei de 1a% enes fundamentou a noo de demanda efetiva%
esta que no necessariamente acompan+a a oferta agregada- Ao propor os instrumentos
para a manipulao da demanda efetiva% enes negou a eistFncia de algum motivo
intrnseco ao capital que o torne escasso% ou se=a% para ele% o capital no tem a escasseB
como caracterstica o2rigatria-
4este sentido% enes afirma que o o2=etivo da poltica econ7mica pr*tica
deveria ser
conseguir [---\ um aumento no volume de capital at3 que ele deie de serescasso% de modo que o investidor sem funo deie de perce2er qualquer
2enefcio % e depois criar um sistema de tri2utao direta que permita a
inteligFncia% a determinao% a +a2ilidade do financista% do empres*rio et hocgenus omne [---\ a dedicarse ativamente comunidade em condi@esraBo*veis de remunerao- ('`4'1% "
-
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in t+e lig+t of t+e past for t+e purposes of t+e future- 4o part of man_s natureor +is institutions must lie entirel outside +is regard- 0e must 2e purposefuland disinterested in a simultaneous moodD as aloof and incorrupti2le as anartist% et sometimes as near t+e eart+ as a politician- ('`4'1% p- "J"%"
-
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,ises ("eve
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ser interpretada como a capacidade dos o2=etos em propiciar 2emestar aos indivduos%
8no lida com o valor das coisas% mas com o valor dos servios que um +omem espera
delas o2ter9 (,I1'1% !"!% p- "Y")-
A lei da utilidade marginal decrescente surgiu com o movimento neocl*ssico% a
partir do tra2al+o de tres 2ril+antes autores% que no possuiam interela@es entre si%
eram eles/ jillian 1tanle 6evons% Carl ,enger e Neon jalr*s-
6evons definiu utilidade mariginal como/ 8A natureBa da riqueBa e do valor 3
eplicada pela considerao de quantidades infinitamente pequenas de praBer e de dor9
(04K% apud% 6'5.41% ";;Y%)-
'sta lei apresenta grande relevHncia na +istria do pensamento econ7mico por
estruturar a mais refinada crtica teoria de valortra2al+o- .s tra2al+os de 1mit+%Ricardo e ,ar foram duramente criticados a partir da perspectiva de valor su2=etivo
decorrente da lei da utilidade ,arginal-
J--J &luo circular da renda
. fluo circular da renda e do produto 3 um modelo econ7mico presente em
grande parte dos manuais de economia% ele apresenta/ (I) o fluo de 2ens e servios
comprados pelas famlias dos mercados de produtosD (II) .s fatores de produo
vendidos pelas famlias ao mercado de fatores de produoD (III) .s insumos
provenientes deste mercado para a produo nas empresasD (I5) os 2ens e servios
vendidos por essas empresas ao mercado de produtosD (5) e% finalmente% os fluos de
din+eiro provenientes destes movimentos-
Apesar do fluo circular da renda ser um modelo terico did*tico e de simples
compreenso% no est* livre de crticas- 1egundo autores como Ro2ert P- ,urp+
(!!;) e jillian N- Anderson (!"$)% o modelo 3 ecessivamente est*tico e pode
induBir a conclus@es equivocadas ao ignorar a estrutura do capital proposta por 0ae
(Hayek, Friedrich A., Monetary Theory and the Trade Cycle, M. Kelley, New Yourk, 1996)-
J--W &ronteira de possi2ilidade de produo
Rossetti afirma que eistem muitas com2ina@es possveis para a produo de2ens dentro de um sistema econ7mico% sendo uma tarefa difcil determinar qual seria a
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mel+or dentre as solu@es factveis- Para ele% a mel+or com2inao 3 aquela que 8estiver
mais a=ustada a uma escala de necessidades +ierarquiBadas% definida para a sociedade
como um todo9 (!""% p- "")-
4este sentido% ,anih afirma que/
A fronteira de possi2ilidades de produo mostra a com2inao de produtos[k\ que a economia pode potencialmente produBir- A economia pode
produBir qualquer com2inao so2re ou dentro da fronteira- Pontos fora dafronteira so invi*veis% dados os recursos da economia- (!!% pag- W)-
Concluindo% a escasseB dos recursos 3 a fronteira para as possveis
com2ina@es de produo% ou se=a% 3 impossvel ser ofertada uma quantidade infinita de
2ens ou servios-
J--Y Curva de aprendiBagem
As curvas de aprendiBagem analisam o aumento de produtividade e o
aperfeioamento dos tra2al+adores em suas designa@es% medida que as unidades de
produo aumentam% ou se=a% medida que os tra2al+adores se familiariBam com o
tra2al+o que devem desempen+ar se tornam mais eficientes- (0.R4OR'4D >AKARD
&.1K'R% !!J)
Pegar mais referFncias-
J--: Custo de oportunidade
1egundo ,anih (!!)% o custo de oportunidade representa quilo que deia
se de faBer#o2ter% para que se possa ser adquirida ou feita outra coisa em seu lugar- A
eistFncia de custos de oportunidade 3 decorrente da escasseB dos recursos% sendo
limitados% a sua utiliBao 3 onerosa e poderia ser utiliBada de outras formas-
Pegar mais referFncias
-" K'.RIA1 'C.4V,ICA1
&alar so2re teorias econ7micas?
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-"-" Keoria da competitividade
. mercado 3 composto pelas intera@es reais ou potenciais de duas unidades
econ7micas distintas por suas fun@es% os compradores e os vendedores- Como um dos
elementos fundamentais do mercado perfeitamente competitivo temse a
o2rigatoriedade de eistFncia de um nEmero suficientemente elevado destas unidades
econ7micas- 6* que% neste cen*rio% um comprador ou vendedor individual no teria
impacto significativo nos preos dos produtos (PI4>`C% RMI4&'N>D !!W)-
.utra caracterstica dos mercados perfeitamente competitivos 3 / .s mercados
perfeitamente competitivos tFm de apresentar todos os seus 2ens venda como
semel+antes% ou a2solutamente su2stituveis- (,A4IjD !!)Al3m das elementos do modelo do mercado em concorrFncia perfeita
supracitadas% 5asconcellos (!!
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6osep+ 1tiglitB apresentase como epoente do paradigma da informao- 'ste
autor indicou sucintamente os princpios fundamentais de seus estudos durante a Aula
,agna 8Information and the change in the paradigm in economics9 administrada aps
rece2er seu prFmio 4o2el em !!"-
4esta palestra% o autor afirma que o pro2lema da imperfeio da informao 3
algo recon+ecido pela maioria dos economistas- Apesar disso% os economistas
convencionais recaem em dois camin+os infrutferos/ (A) .u esperam que modelos de
informao imperfeita se comportem de modo semel+ante aos de informao perfeitaD
(M) ou% simplesmente no encontram maneiras de desenvolver modelos de informao
imperfeita-
Consciente deste pro2lema% 1tiglitB desvinculouse de algumas das premissas2*sicas do paradigma tradicional e procurou identificar% a partir de 2ases empricas%
quais so suposi@es v*lidas so2re o mercado e quais no o so- Assim sendo% criou
princpios gerais que o auiliaram na interpretao da realidade em situa@es
particulares% possi2ilitando suposi@es so2re informa@es-
1tiglitB condena a perspectiva tradicional de eficiFncia dos mercados quanto a
informao por restringir o pro2lema da informao somente escasseB- 1egundo ele%
os pro2lemas de informao esto relacionados a diversos outros fatores% tais como/ .sal*rio e a produtividade dos empregados% os nveis de risco de mem2ros de aplices de
seguros% a qualidade ou a dura2ilidade de produtos% entre inEmeros outros dados
significativos para a tomada de deciso por famlias ou firmas-
A teoria da informao pode ser compreendida como a "'?$+ da
transparFncia do mercado% um dos pressupostos fundamentais de um mercado de
concorrFncia perfeita-
Para 5asconcellos (!!
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J-"-$ Keoria da deciso
A relidade de cada indivduo 3 modelada por suas >ecis@esD conscientes ou
incoscientes% racionais ou irracionais% so elas quem definem quais oportunidades sero
concretiBadas em fatos% determinando% assim% o papel de cada um dentro da sociedade -
(0A,,.4>% ''4'`% RAI&&AD "RAKK% !!J p-$J$)-
1egundo 1alvatore ("
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podem eercer tres fun@es/ 'liminar as solu@es com valores negativosD mostrar os
valores necess*rios para satisfaBer eigFncias mnimasD e Indicar as quantidades
m*imas de insumos que podem ser utiliBadas-
&rederic 1- 0illier e Oerald 6- Ni2earman (!")% apontam para a teoria da
dualidade como uma das mais importantes desco2ertas dentro do Hm2ito da
programao linear- 1egundo os autores% todos pro2lema original (primal) tem um
correspondente pro2lema dual% mais do que isso% a relao entre os pro2lemas primal e
dual ser* sempre sim3trica-
1alvatore ("
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su2=etividade da noo de 8praBer9 e 8dor9D e % segundo% nas possveis ofensas aos
direitos individuais a partir de uma lgica utilitarista- (1A4>'N% !"")
J-"-Y Keoria dos =ogos
A teoria dos =ogos a=uda a eplicar como se do as intera@es entre os agentes
de uma economia% 6ogo 3 a 8situao na qual os =ogadores (participantes) tomam
decis@es estrat3gicas que levam em considerao as atitudes e as respostas uns dos
outros9 (PI4>`C% RMI4&'N>D !!WD pag-J!;)D 'sta teoria considera% ainda% que
todo =ogador 3 racional e 2usca a estrat3gica que maimiBa seuPayoff% ou se=a% que l+e
proporciona o maior 2enefcio-. oligoplio tem como caracterstica 2*sica que cada firma deve considerar a
reao dos seus rivais para adotar a mel+or alternativa entre as suas prprias a@es- A
teoria dos =ogos 2uscou% portanto% esclarecer o comportamento oligopolstico%
(,A41&I'N>% 'dhinD "a mesma forma% na microeconomia% Nongo praBo 3 a pro=eo no tempo em
que todos os fatores de produo so vari*veis- 4a macroeconomia% longo praBo 3 o
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perodo em que determinado c+oque econ7mico =* teve seus efeitos dissipados na
economia-
J-$- Con=untura e estrutura
A noo de con=untura e estrutura pode ser correlacionada aos conceitos de
curto e longo praBo- Guanto as transforma@es estruturais% as polticas de atuao sero%
em sua maioria% de longo praBo- >a mesma forma% para uma modificao na ordem
con=untural% a atuao ser*% quase sempre% de curto praBo-
Rossetti% em seu livro ^Poltica e programao econ7micas_% define como
'strutura de determinado sistema econ7mico o resultado 8de um con=unto de +eranas+istricas% com2inadas com as caractersticas da sua atual constituio organiBacional9-
(R.11'KKI% "
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Cen*rios so pro=e@es de uma determinada con=untura futura% ou os meios
necess*rios para atingirem estas situa@es- As representa@es destes cen*rios utiliBamse
de ferramentas para tornar o cen*rio em questo mais factvel o possvel% descrevendo
meticulosamente os passos para se atingir o o2=etivo final-
A ela2orao de cen*rios no pretende ela2orar um futuro certo e inescap*vel%
nem desenvolver um ,undo fictcio inalcan*vel- Podem eisitir% inclusive% mElitplos
futuros potenciais- 'sta an*lise% so2re as possveis situa@es futuras% 3 uma maneira de
se facilitar decis@es no presente-
J-$-J .timiBao
1oluo tima% segundo >ominic 1alvatore% 3 8a mel+or das solu@es
factveis9 ("
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,anih (!!") relaciona a eficiFncia na alocao de recursos com a
maimiBao de ecedentes totaisD com os menores custos possveis na produo de
2ensD ou% com produtos que se=am consumidos pelos indivduos que l+es atri2uem maior
valor- Para ele% a an*lise desta relao pode ser feita por crit3rios o2=etivos-
1egundo 0orngren% >atar e &oster contudo% eficiFncia 3 8o grau em que um
o2=etivo ou meta predeterminada 3 cumprido9 (!!J% p- "J)- Para mel+or ilustrar esta
perspectiva% eles afirmam que uma veB determinada a 8quantidade relativa de recursos
usada para alcanar dado nvel de produo- Guanto menor for a quantidade usada ou
maior a produo para dado nvel de entrada% maior a eficiFncia-9(0.R4OR'4D
>AKARD &.1K'RD !!JD Pag- "J)
J-$-Y >istri2uio
A distri2uio de renda pretende determinar quo igualit*ria ou concentrada 3 a
renda em uma sociedade- A curva de NorenB 3 a ferramenta utiliBada para responder
quest@es neste sentido% desta% surge o Coeficiente de contrao de Oini% uma das
medidas tradicionais para determinar o grau de concentrao renda- (OR',A> et al%
!")
5asconcellos% com maior preciso% classifica distri2uio da seguinte forma/
A distri2uio de renda depende da produtividade do tra2al+o e dosdemais gatores de produo do mercado- .u se=a% ela depender* da oferta defatores e do preo que eles atingem no mercado- Assim% se deiarmos omercado funcionar livremente% teremos uma distri2uio de renda quedepender* da produtividade de cada indivduo no mercado de fatores% masque sofrer* a influFncia das diferentes dota@es iniciais de patrim7nio- .governo funciona como um agente redistri2uidor de renda- (!!
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J-J- I41KR,'4K.1 >. 'C.4.,I1KA
.s instrumentos do economista consistem nas ferramentas que podem ser
utiliBadas% com maior ou menor grau de eficiFncia% para se alterar a realidade- &oram
descritas% no quarto captulo do presente tra2al+o% algumas das principais leis e teorias
que permeiam o pensamento econ7mico- Contudo% tais raciocnios econ7micos so
apenas informao% enquanto no eistirem um ou mais su=eitos que os apliquem-
. con+ecimento econ7mico% neste sentido% indica as condi@es e os meios mais
eficaBes para a realiBao de finalidades- 'nquanto as leis econ7micas podem ser
interpretadas como as regras que delimitam as possveis atividades dos atores% as
Keorias e os demais raciocnios econ7micos esclarecem quais meios devem ser
empregados para se atingir o2=etivos com o menor desperdcio de recursos escassos-
A ciFncia econ7mica pode ser divida quanto o Hm2ito de aplicao de seus
estudos/ (a) Primeiro% no Hm2ito macroecon7mico% em que se destaca o plane=amento%
em especial% estatalD (2) 1egundo% no plano microecon7mico% em que figura%
principalmente% a &usiness intelligence-
Importante ressaltar que% apesar da distino conceitual entre micro e
macroeconomia% estes esto interligados% uma veB que a &usiness inteligence3% tam23m%uma forma de plane=amento- Podese falar% ento% que a economia est* relacionada a
alocao de recursos escassos-
J-J-" ,icroeconomicos% aBusinessIntelligence
Como foi apontado acima% a &usiness Inteligence 3 um dos principais
instrumentos da CiFncia 'con7mica% especialmente da ,icroeconomia- Podese atri2uir
ao termo &usiness Inteligence trFs conota@es diversas no ecludentes/
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[---\conceito que englo2a um vasto con=unto de aplica@es de apoio tomadade deciso que poss2ilitam um acesso r*pido% partil+ado e interactivo dasinforma@es% 2em com a sua an*lise e manipulaoD atrav3s destasferramentas% os utiliBadores podem desco2rir rela@es e tendFncias etransformar grandes quantidades de informao em con+ecimento Etil-
(1'T'1% Carlos- .NI5'IRA% 6os3- MAPKI1KA% ,iguelD !!YD p-
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pretende plane=ar% ento% como corol*rio temse seis postulados/ (")
. su=eito separado do o2=etoD () >iagnsticos da realidade fundados
na verdade o2=etiva% somente +* uma eplicao verdadeiraD ($)
'plicar fen7menos 3 desco2rir leis que regem a realidadeD (J) .
poder no 3 um recurso escassoD (W) 4o eiste incerteBa
maldefinidaD e% por Eltimo% os pro2lemas a que se refere o plano so
2emestruturados e tFm soluo con+ecida (,AK1% "
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\REFERNCIAS
A4>'R1.4% jilliam N- E%$")') E(+"*!($) ' ]G$).+) ').!*/-$".')^ E P$/-&/?*$"6 *$!) /*$ ,'7% 6an- !"$- >isponvel em/+ttp/##hhh-mises-org-2r#Article-asp?id"JRAKK% 'lia+u ,-% "% Amaur Patric et al% M$"/$- #' '(+"+*!$% 'ditora 1araiva% !"
0A,,.4>% 6o+n 1-D ''4' % Ralp+ N-D RAI&&A% 0ohardD S*$&. C;+!(') A%&$(.!($- G/!#' .+ M$!"? B'..'& #'(!)!+")D "
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,'4>'1% Oilmar &erreira-D MRA4C.% Oustavo Oonet- C/&)+ #' #!&'!.+(+").!./(!+"$-- :-'d- 1o Paulo/ 1araiva% !"-
,INN% 6o+n 1tuart-P&!"(Y%!+) #' E(+"+*!$ P+-Y.!($ (+* $-?/*$) #' )/$) $%-!($')Z 4!-+)+4!$ )+(!$- Introduo de j- 6- As+le 5olume 'ditora 4ova CulturalNtda- "
,INN% 6o+n 1tuart- A/.+8!+?&$%; +4 H+;" S./$&. M!--% K+e Pennslvanian 1tateniversit% !!J-
,I1'1% Nudhig 5on% A+ ;/*$"$6 U* T&$.$#+ #' E(+"+*!$D $- 'd- 1o Paulo-Instituto Nudhig 5on ,ises Mrasil% !"!-
,.NN.% ,aria de Nourdes R- O&.+#+!$ ' '.'&+#+!$ M+"'.&!$)9 A 5/').+ #$
"'/.&$-!#$#' #$ *+'#$ Revista de 'conomia Poltica% 5ol- J% n$(% >- N- M!(&+'(+"+*!$- W ed- 1o Paulo/ ,aronMoos% !!-
PR'11,A4% 1teven- F!4. M$3+& '(+"+*!).)9 A &'4'&'"(' G/!#'6- 'd- 4eh `or%Routledge% !!Y-
R.11'KKI% 6os3 Pasc+oal- I".&+#/+ Z E(+"+*!$- !- ed- 1o Paulo/ Atlas% !!ominicD M!(&+'(+"+*!$@ - 'd- 1o Paulo- ,cOrah0ill do Mrasil%"
-
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1A,'N1.4% Paul A- I".&+#/+ Z $"-!)' '(+"*!($- ;- ed- Rio de 6aneiro/ Agir%" 4$7'& $ (+!)$ ('&.$ Rio de =aneiro/ CiviliBao
Mrasileira% !""-
1C0,P'K'R% 6osep+ A- T'" G&'$. E(+"+*!).)9 F&+* M$& .+ '"') &irstpu2lis+ed in "uner 0um2lot% Merlim% Aleman+a% "