O consumo
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O Consumo
Noção de Consumo
• O Consumo é a atividade que consiste na fruição de bens e serviços pelos indivíduos, pelas empresas ou pelo governo, e que implica a posse e destruição material (no caso dos bens) ou imaterial (no caso dos serviços). Constitui-se na fase final do processo produtivo, precedido pelas etapas da produção, distribuição e comercialização.
Consumo Final• O Consumo Final é o consumo realizado pelas
famílias. Os bens de consumo final são aqueles que são utilizados diretamente na satisfação das necessidades e que não são objeto de mais nenhuma transformação ”empresarial”, apenas aquela que executamos particularmente.
• Ex: Comprar farinha para fazer um bolo em casa.
Consumo Intermédio• O Consumo Intermédio: as empresas adquirem
bens a outras empresas para os transformar em bens de consumo final.
• Ex: Quando uma fábrica adquire fruta para fazer sumos, ou tecidos para confeções.
• À exceção dos investimentos em equipamento, todos os consumos das empresas são consumos intermédio.
Consumo Essencial• O Consumo Essencial consiste no consumo de
bens e serviços destinados à satisfação de necessidades primárias, ou seja, de bens indispensáveis.
• Ex: alimentos, vestuário, habitação, educação e transportes.
Consumo Supérfluo• O Consumo Supérfluo são os consumos
destinados à satisfação de necessidades terciárias.
• Ex: cosméticos, bijutarias, perfumes, sauna.
Fatores de consumo• O consumo é um fenómeno social complexo,
condicionado por múltiplos factores (económicos e extra-económicos) e, como já vimos, com influência sobre a vida humana e a do planeta.
Rendimento• Rendimento dos Consumidores: o consumo é
função do rendimento.• Uma alteração no nível de rendimentos dos
consumidores reflecte-se no consumo, mas tem diferentes efeitos consoante o tipo de bens e serviços (depende da sua importância).
• Quando os bens são essenciais, a variação do rendimento pode não afectar o seu consumo, ao contrário dos bens supérfluos.
Preços• Nível dos Preços: o consumo liga-se directamente
ao problema do preço dos bens, dado que dele depende a capacidade aquisitiva dos consumidores:
• Uma subida generalizada dos preços dos bens pressupõe uma diminuição na capacidade aquisitiva das famílias, se os respectivos rendimentos se mantiverem. Esta situação, obriga os consumidores a abdicarem de consumos não essenciais, atribuindo uma maior parcela do seu rendimento à satisfação das necessidades básicas.
• Perante produtos similares, consumimos o mais barato e/ou aquele que apresente uma melhor relação preço/qualidade.
Moda• A sua influência nos consumos é, por vezes, o
reflexo da publicidade no consumidor.• Moda, publicidade, técnicas de venda são
factores de natureza sociocultural que se reflectem no acto do consumo. Dão ao consumidor o conhecimento dos produtos existentes e a informação sobre a sua qualidade, ajudando-o a optar. Mas também podem condicionar a sua capacidade de escolha, ao criar motivações desajustadas das necessidades efectivas do indivíduo.
Publicidade• Cria no consumidor a necessidade de utilizar os
produtos usados nos spots publicitários. A publicidade joga com a necessidade de se ser aceite pele colectividade, levando-as a consumos estereotipados e ostentatórios, símbolos de ascensão social.
Noção de Consumismo• Consumismo é o ato de
consumir produtos e/ou serviços. Há várias discussões a respeito do tema, entre elas o tipo de influência que as empresas, por meio da propaganda e da publicidade, bem como a cultura industrial, por meio da TV e do cinema, exercem nas pessoas. Muitos alegam que elas induzem ao consumo desnecessário, sendo este um fruto do capitalismo e um fenómeno da sociedade atual.
Económico• Economicamente, o consumo tem duas vertentes,
uma positiva outra negativa. Por um lado, o consumo impulsiona a economia através do escoamento de produtos que origina uma produção em massa que requer mão-de-obra. Este ciclo é positivo pois contribui para o crescimento económico de um país, região ou sociedade. No entanto, o consumismo leva, muitas vezes, ao recorrer do crédito fácil que posteriormente traz encargos que podem não ser cumpridos (como é visível em muitas situações no nosso país).
Ambientais• No sector do ambiente, é onde o consumismo
deixa uma pegada mais negativa pois numa sociedade de consumo, as dimensões do lixo produzido são enormes e inevitáveis. E infelizmente, ainda não há ou há poucos sistemas de tratamento de lixo que dêem resposta a este grave problema.
Rendimentos e poder de compra
• É o valor de uma moeda, expresso em termos da quantidade de bens ou serviços que uma unidade dessa moeda pode pagar. Quando se consegue comprar a mesma quantidade de bens ou serviços em duas moedas diferentes fazendo o câmbio de uma para a outra, diz-se que a taxa de câmbio expressa paridade do poder de compra entre as duas moedas.
• Se o rendimento em dinheiro se mantém constante, mas o nível de preços aumenta (portanto verifica-se inflação), o poder de compra desse rendimento diminui, porque o mesmo rendimento compra agora menos dos mesmos bens e serviços. A inflação, por si só, nem sempre implica a queda do poder de compra do rendimento real, posto que o rendimento pode subir mais rapidamente do que a inflação.
• Mais formalmente, poder de compra é o montante de valor de um bem ou serviço, comparado com o montante pago em moeda. Neste contexto, moeda pode ser uma moeda-commodity, como o ouro ou a prata, ou uma moeda fiduciária como euros ou dólares, sendo o dólar a moeda de reserva mundial.
• Tal como Adam Smith salientou, a posse do dinheiro dá-nos a capacidade de "comandar" o trabalho dos outros, por isso, em certa medida, o poder de compra é poder sobre outras pessoas, na medida em que elas estejam dispostas a trocar o seu trabalho ou bens por dinheiro ou moeda.
• Para um índice de preços, o seu valor no ano zero é frequentemente normalizado para o valor 100. O poder de compra de uma unidade de moeda, por exemplo, um euro, num dado ano, expresso em euros do ano base, é:
• onde é o índice de preços nesse ano. Assim, por definição, o poder de compra de um euro diminui à medida que o nível de preços aumenta.
• O poder de compra, em dinheiro corrente, de um montante de dinheiro corrente, daqui a anos no futuro, pode ser calculado usando a fórmula do valor actual:
• onde naturalmente é uma estimativa da taxa de inflação anual futura.
Rendimentos Primários• Os Rendimentos Primários são aqueles que
remuneram os fatores de produção através de salários, rendas, juros e lucros.
Credito• Ao definirmos o crédito ao consumo podemos
referir-nos a ele como um serviço bancário que pode ser contratado junto de uma sociedade financeira com autorização para os conceder e cuja finalidade se destina à aquisição de bens de consumo.
Noção de Poder de compra • O Poder de compra é a capacidade de adquirir
bens e serviços com determinada unidade monetária. Por exemplo, se você entrasse em um supermercado com x€ no ano de 1995 e conseguisse comprar um quantidade maior de itens do que nos dias de hoje, isso significa que essa base monetária tinha maior poder de compra no ano de 1995. O valor de troca é uma das funções da moeda, propriedade que possibilitou o desenvolvimento do comércio, observando-se ainda outras propriedades da moeda, tais como: medida de valor, reserva de valor, e valor de uso.
Noção de inflação• Em economia, inflação é a queda do valor de
mercado ou poder de compra do dinheiro. Porém, é popularmente usada para se referir ao aumento geral dos preços. Inflação é o oposto de deflação. Índices de preços dentro de uma faixa entre 2 a 4,5% ao ano é uma situação chamada de estabilidade de preços. Inflação "zero" não é o que se deseja, pois pode estar denunciando a ocorrência de uma estagnação da economia, momento em que a renda e, consequentemente, a demanda, estão muito baixas, significando alto desemprego e crise.
Noção de poupança• Em Economia, é a parcela da renda –
de pessoas, empresas ou instituições superavitárias – que não é gasta no período em que é recebida, e, por consequência, é guardada para ser usada num momento futuro.
Depósitos• É uma forma actualmente muito utilizada por
praticamente todas as classes sociais e que consiste na colocação das poupanças em depósitos à ordem ou a prazo nas instituições bancárias.
Investimento• É a forma de utilização das poupanças que
consiste na compra de bens de produção. É o caso da aplicação das poupanças na compra de um edifício para instalação de uma empresa, ou na compra de um novo sistema
• informático, ou ainda na compra de nova máquina para essa empresa. Em todos estes exemplos, a poupança está a ser
• utilizada para comprar bens que, por terem como finalidade a actividade produtiva, vão servir para gerar novos rendimentos. Recapitulando, podemos definir
Entesouramento• Foi durante muito tempo uma forma muito utilizada,
principalmente pelas populações rurais, de lidar • com as suas poupanças. Trata-se de guardar a moeda
não utilizada em casa para fazer face a eventuais futuras despesas. Ainda hoje, algumas famílias, normalmente de fracas possibilidades (mas que, apesar disso, conseguem efectuar algumas poupanças), guardam dinheiro em casa por desconfiarem dos bancos ou para sentirem o dinheiro mais próximo de si, pronto para qualquer eventualidade. No entanto, como facilmente podemos calcular, esta forma de poupança comporta riscos relacionados com a falta de segurança das habitações, possibilidade de assaltos, etc.