O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO SOBRE PRECAUÇÕES...

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Bruna Barbosa de Jesus Viviane Cristina Mariano Viviane de Oliveira O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO SOBRE PRECAUÇÕES E ISOLAMENTOS

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Bruna Barbosa de Jesus

Viviane Cristina Mariano

Viviane de Oliveira

O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO SOBRE

PRECAUÇÕES E ISOLAMENTOS

Bruna Barbosa de Jesus 001200901349

Viviane Cristina Mariano 001200901262

Viviane de Oliveira 001200901173

O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO SOBRE

PRECAUÇÕES E ISOLAMENTOS

Projeto de pesquisa apresentado à disciplina de

Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso de

Enfermagem, do Centro de Ciências

Biológicas e da Saúde da Universidade São

Francisco, sob orientação da Prof.ª MS.

Gisleide Carvalho Góes Fernandes como

exigência para aprovação.

Mas, como está escrito:

“Nem olhos viram, nem ouvidos

ouviram, nem jamais penetrou em

coração humano o que DEUS tem

preparado para aqueles que o amam.”

1° Coríntios 2:9

Dedicatória

Dedicamos este trabalho a DEUS por

ter nos proporcionado a oportunidade

de viver, evoluir a cada dia e

principalmente por ter colocado

pessoas pelo nosso caminho que

fizeram muita diferença em nossas

vidas.

Agradecimentos

A DEUS em primeiro lugar por ter me

dado essa oportunidade e me sustentar

até aqui;

Aos meus pais José e Vera pelo apoio

e dedicação,

A minha irmã Ingrid pela ajuda nos

momentos difíceis,

Ao meu namorado Jonas pelo carinho

e grande incentivo, e que você saiba

que é meu porto seguro,

A minha orientadora Profª Gisleide pela

atenção e paciência,

As minhas colegas de trabalho Viviane

Mariano e Viviane Oliveira por me

agüentarem,

Quero dividir com vocês essa conquista

tão importante pra mim,

Sem vocês a vitória não seria

completa, obrigada!

Bruna Barbosa de Jesus

Agradecimentos

Gostaria de iniciar dizendo que hoje vivo uma realidade que antes mais se

parecia um sonho, mais para que esse sonho fosse realizado foi preciso muito

esforço, determinação, perseverança, paciência, ousadia para chegar aonde

cheguei, nada disso conseguiria sozinha agradeço muito a todos que de uma forma

ou outra ajudaram que este sonho fosse realizado.

Agradeço primeiramente a DEUS, por ter me guiado e iluminado em todos os

momentos fáceis e difíceis, que considero como matérias-primas de aprendizado.

Agradeço aos meus pais, Laércio e Maria Helena, meus maiores exemplos.

Obrigada por cada incentivo e orientação, pelas orações em meu favor, pela

preocupação para que nada acontecesse comigo durante o meu trajeto de todos os

dias.

Aos meus avôs e os demais familiares, por terem confiado e acreditado, para

que eu concluísse mais uma etapa desta vida mesmo a distancia.

Não posso me esquecer do Nico que faz parte da família o mesmo trocou

muitos pneus da Suzi nesses quatro anos de caminhada.

Ao meu namorado, Juliano, por todo amor, carinho, paciência e compreensão

que tem me dedicado.

Aos meus amigos que me acolheram em suas casas para que eu pudesse

dar continuidade ao curso em especial a Tâmara e a família dela no inicio do curso,

e as meninas que moraram na república em especial a Aline e agora no final do

curso, a Grasiele e seu esposo Alexandre que me acolheram. Também não posso

me esquecer da equipe do PACS Cachoeira em especial as agentes de saúde que

me ajudaram muito com relação aos dias de estágio.

Aos meus colegas de classe, gostaria de agradecer pela paciência, sorriso,

abraço, pelas mãos que sempre se estendiam quando eu precisava. Esta

caminhada não seria a mesma sem vocês. Agradecer também às minhas

companheiras de TCC, Bruna e Viviane Oliveira, pelas trocas de conhecimento, pelo

trabalho e pelas reuniões tão gostosas que sempre realizávamos e não posso me

esquecer das comidas que em todas as reuniões nunca faltava.

À professora Gisleide Carvalho que, com muita paciência e atenção, dedicou

do seu valioso tempo para me orientar em cada passo deste trabalho.

E a todos os professores que de uma forma ou outra contribuíram na minha

vida acadêmica e na minha futura vida profissional.

Obrigada a todos que mesmo não citando aqui mais que de uma forma ou

outra contribuiu muito para essa etapa em minha vida.

Viviane Cristina Mariano

Agradecimentos

Primeiramente gostaria de agradecer a Deus

que nunca me abandonou, peço que me perdoe

pelos meus erros, e que eu possa ser sempre ser

um instrumento do seu amor eterno. Esse momento

tão sublime, não poderia se concretizar sem a vossa

benção.

Quero também agradecer a minha filha

Patrícia pela sua compreensão, paciência e pelo seu

amor, ao Jair pelo seu amor incondicional, a minha

família que me compreendeu nos momentos tão

difíceis da minha vida, e que sempre manterão as

portas abertas para me acolher, aos meus amigos

que mesmo em um inicio incerto, confuso e

incomum, onde todos os estranhos fariam parte de

nossas vidas, e que apesar de tantos contratempos

aprendemos a serem colegas, amigos e irmãos,

agradeço também de uma forma especial as minhas

companheiras de TCC: Vivi e Bruna, e não poderia

deixar de falar dessas figuras que foram essência

em minha vida acadêmica, são eles meus

professores e mestres, agradeço a vocês por todo

empenho para que eu chegasse nesse momento

todo especial, Gisleide sem você essa conclusão

não seria possível, agradeço por toda orientação

que você nos deu, nos transmitindo suas

experiências e apoiar-nos em nossas dificuldades.

Viviane de Oliveira

FERNANDES, G.C.G; JESUS, B.B; MARIANO, V.C; OLIVEIRA, V. O conhecimento

do enfermeiro sobre precaução e isolamento. Trabalho de Conclusão de Curso,

curso de Enfermagem da Universidade São Francisco. Bragança Paulista-SP, 2012.

RESUMO

Para diminuir os riscos de transmissão de microorganismos é necessário ter o conhecimento das medidas de precauções e isolamento. Os tipos de precauções existentes são padrão, utilizadas para todos os pacientes e em conjunto com estas, temos as baseadas na transmissão, sendo três tipos: precauções por aerossóis, por gotículas e por contato, podendo ser utilizadas isoladamente ou combinadas entre si. Este estudo teve como objetivo identificar o conhecimento e a utilização de medidas pelos Enfermeiros em relação às precauções e isolamento; verificar o conhecimento dos enfermeiros sobre os diferentes tipos de isolamentos e a adesão entre os enfermeiros sobre a utilização de medidas de precauções. Tratou-se de um estudo exploratório descritivo, com abordagem quali/quantitativa, no qual foi aplicado um questionário abordando dados de identificação pessoal e profissional e dados de conhecimento sobre o tema para os enfermeiros que atuam em diversos setores de um Hospital Geral do interior de São Paulo. Os resultados demonstraram o predomínio da faixa etária entre 30 a 45 anos; tempo de formação 1 a 5 anos de formado; turno de trabalho ocorreu na maioria no período diurno, em geral os enfermeiros possuem conhecimento acerca do assunto abordado, mas encontram dificuldades para aplicação das medidas de precaução e isolamento. Concluímos que apesar dos enfermeiros demonstrarem conhecimento sobre o assunto, encontram dificuldades em aderir às medidas, entre elas a falta de materiais, o numero insuficiente de profissionais, falta de conscientização. Acreditamos que esta pesquisa poderá contribuir para o desenvolvimento de alternativas para melhorar a assistência de enfermagem e ampliação do conhecimento, revela também a necessidade da educação continuada e permanente nas unidades. Sugerimos a realização de novas pesquisas, na qual seja avaliado o conhecimento dos acadêmicos de enfermagem sobre o tema. Palavras-chaves: precauções, isolamentos, enfermagem e conhecimento.

ABSTRACT

To reduce the risk of microorganisms´ transmission is necessary to have knowledge of precautions and isolation measures. The types of existing precautions are standard used for all patients and in conjunction therewith, have those based on transmission, three types: precautions aerosols, droplets and by contact, they may be used alone or in combination. This study aimed to identify the knowledge and use of measures by nurses regarding precautions and isolation, check the nurses' knowledge about the different types of insulation and adhesion between the nurses on the use of precaution measures. This was an exploratory descriptive approach in which we applied a questionnaire addressing data identifying personal and professional data and knowledge on the topic for nurses working in different sectors of a General Hospital in city of Sao Paulo state. The results demonstrated predominant age between 30 to 45 years; training time 1-5 years of graduation; work shift occurred mostly during the day, usually nurses have knowledge about the subject, but find it difficult to apply precautionary measures and isolation. We conclude that despite nurses demonstrate knowledge on subject, they find it difficult to adhere to measures, including the lack of materials, insufficient number of professionals, lack of awareness. We believe that this research will contribute to the development of alternatives to improve nursing care and expansion of knowledge, also reveals the need for continuing education and permanent units. We suggest a new research, which is assessed knowledge of nursing students on the topic. Keywords: precautions, insulation, nursing and knowledge.

LISTA DE TABELAS

TABELA 01: Distribuição dos enfermeiros de acordo com a faixa etária (N22). Bragança Paulista, 2012............................................................................................31 TABELA 02: Distribuição dos enfermeiros de acordo com seu turno de trabalho na instituição (N22). Bragança Paulista, 2012................................................................32 TABELA 03: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros quanto às ações realizadas individualmente para evitar a transmissão de doenças entre pacientes (N22). Bragança Paulista, 2012.................................................................36 TABELA 04: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros quanto às doenças que são transmitidas através de contato (N22). Bragança Paulista, 2012............................................................................................................................42 TABELA 05: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros quanto às doenças que são transmitidas através de aerossóis (N22). Bragança Paulista, 2012............................................................................................................................42 TABELA 06: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros quanto à barreira de proteção imprescindível nas precauções por gotículas (N22). Bragança Paulista, 2012.............................................................................................................43 TABELA 07: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros quanto à barreira de proteção imprescindível nas precauções por aerossóis (N22). Bragança Paulista, 2012.............................................................................................................44

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 01: Distribuição da população estudada de acordo com o tempo de formação (N22). Bragança Paulista, 2012.................................................................32 GRÁFICO 02: Distribuição de enfermeiros conforme o tempo de trabalho na instituição (N22). Bragança Paulista, 2012................................................................33 GRÁFICO 03: Distribuição da população estudada com relação se já haviam trabalhado na área da saúde antes da formação acadêmica (N22). Bragança Paulista, 2012.............................................................................................................34 GRÁFICO 04: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros relacionadas ao entendimento sobre o conceito de precaução padrão (N22). Bragança Paulista, 2012............................................................................................................................35 GRÁFICO 05: Distribuição das respostas obtidas pelos enfermeiros relacionados ao conhecimento sobre as precauções de contato (N22). Bragança Paulista, 2012............................................................................................................................39 GRÁFICO 06: Distribuição das respostas obtidas pelos enfermeiros relacionados ao conhecimento sobre a transmissão de doenças através de gotículas (N22). Bragança Paulista, 2012............................................................................................41 GRÁFICO 07: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros em relação ao uso da mascara N95 (N22). Bragança Paulista, 2012..........................................45 GRÁFICO 08: Distribuição de enfermeiros quanto ao profissional que realiza orientação aos familiares sobre precauções e isolamento (N22). Bragança paulista, 2012............................................................................................................................46

LISTA DE SIGLAS

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

APECIH – ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DE

INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE.

CCIH – Comissão de Controle de Infecção Hospitalar.

CDC – Centers for Disease Control and Prevention.

CME – Central de material e esterilização.

EPI – Equipamento de Proteção Individual.

HC – Hospital das Clínicas.

HIV – Vírus da Imunodeficiência Humana.

NR32 – Norma regulamentadora 32.

OMS – Organização Mundial de Saúde.

OPS – Organização Panamericana de Saúde.

PFF2 – Peça Facial Filtrante II.

PP – Precaução Padrão.

PU – Precaução Universal.

s/n – se necessário.

UTI – Unidade de Terapia Intensiva.

µm – unidade de medida micra.

12

SUMÁRIO

RESUMO ............................................................................................................................................... 8

LISTA DE TABELAS .......................................................................................................................... 10

LISTA DE GRÁFICOS ....................................................................................................................... 11

SUMÁRIO ............................................................................................................................................ 12

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 14

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................................ 17

2.1 Histórico e evolução das praticas de precaução e isolamento ................................... 17

2.2 Formas de transmissão dos agentes infecciosos ......................................................... 18

2.2.1 Transmissão por contato ........................................................................................... 18

2.2.2 Transmissão por gotículas ........................................................................................ 19

2.2.3 Transmissão por aerossóis ....................................................................................... 19

2.3 Sistema de Precauções e Isolamentos ........................................................................... 20

2.3.1 Precaução Padrão ...................................................................................................... 20

2.3.2 Precauções por contato ............................................................................................. 21

2.3.3 Precauções por gotículas .......................................................................................... 22

2.3.4 Precauções por aerossóis ......................................................................................... 22

2.4 A importância da atuação do enfermeiro no Sistema de Precauções e Isolamentos

24

3 JUSTIFICATIVA .......................................................................................................................... 26

4 OBJETIVO GERAL .................................................................................................................... 27

4.1 Objetivos Específicos ......................................................................................................... 27

5 METODOLOGIA ......................................................................................................................... 28

5.1 Desenho de estudo ............................................................................................................ 28

5.2 Local de estudo ................................................................................................................... 28

5.3 População/Amostra ............................................................................................................ 28

5.4 Coleta de dados .................................................................................................................. 29

5.4.1 Procedimento .............................................................................................................. 29

5.4.2 Critérios de exclusão .................................................................................................. 29

5.4.3 Instrumento .................................................................................................................. 29

5.4 Procedimento Ético-Legal ................................................................................................. 30

6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................................... 31

13

7. CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 47

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................... 50

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 51

10. APÊNDICES ............................................................................................................................ 55

10.1 Apêndice A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ...................................... 55

10.2 Apêndice B – Questionário ............................................................................................... 56

11. ANEXOS .................................................................................................................................. 61

11.1 Anexo A – Carta de Autorização .......................................................................................... 61

11.2 Anexo B – Ficha de Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa ............................. 62

11.3 Anexo C – Carta de Apresentação do Projeto de Pesquisa ........................................ 63

14

1. INTRODUÇÃO

Conforme ANVISA (2000), a hospitalização traz algumas consequências para

o paciente, um dos grandes riscos do ambiente hospitalar é a transmissão de

bactérias e outros patógenos de um paciente para o outro pela susceptibilidade e

através dos profissionais de saúde, por isso há necessidade de empregar medidas

de precauções e isolamentos para determinados casos como, por exemplo, um

paciente com uma bactéria multirresistente. Outro meio de se utilizar o isolamento

são as doenças transmissíveis, de acordo com o tipo de transmissão será o tipo de

isolamento.

O avanço no conhecimento cientifico impulsionou a adoção de novas

tecnologias e intervenções sendo uma delas as diferentes formas de isolamento

(NICHIATA et al., 2004).

Semmelweis, em 1847, questionou os casos de febre puerperal e descobriu

que a simples lavagem das mãos de médicos após as necropsias realizadas,

diminuíam os casos de morte das puérperas evitando a transmissão de doenças de

um paciente para o outro (CARDOSO, SILVA, 2004).

Em 1863 Florence Nightingale já utilizava estratégias para minimizar os riscos

de transmissão, enfatizando os cuidados com os pacientes e com o meio ambiente

(CARDOSO, SILVA, 2004).

As primeiras recomendações sobre precauções e isolamentos foram

publicadas em 1877, nelas eram recomendadas a separação de pacientes

infectados dos não infectados, mas a transmissão continuou, porque a doença em

questão não era considerada (COUTO, PEDROSA, NOGUEIRA, 2003).

Somente entre 1877 a 1897, através de Pasteur e Koch, houve novas

intervenções sobre o controle de doenças infecciosas, com o estabelecimento de

uma causa microbiológica das doenças (NICHIATA et al., .2004).

As práticas de precaução e isolamentos são muito antigas e vem se

aprimorando a cada dia, sendo essencial que os profissionais de saúde adquiram

consciência que estão interferindo nos mecanismos naturais das defesas orgânicas

(DANTAS et al., 2010).

15

O profissional de saúde é o principal veículo de transmissão de

microorganismos, o que ocorre através do contato direto (mãos) ou contato indireto

(fômites) com o próprio paciente (UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO

MINEIRO, 2011).

Na década de 90, surgiu a necessidade de uma nova política de isolamento,

pois foram identificadas variações de interpretação e confusão a respeito da política

anterior. Foi publicada então, uma orientação revisada sobre precauções de

isolamentos para hospitais. Nesta visão, foram feitas as seguintes alterações: as PU

(Precauções Universais) foram substituídas pelas PP (Precaução Padrão) e as

precauções baseadas na transmissão das doenças (precaução por contato,

aerossóis e gotículas) passaram a ser usadas em adição às PP (APECIH, 1999).

Entre os tipos de precauções existentes temos as precauções padrão, que

são utilizadas para todos os pacientes e em conjunto com estas temos as

precauções baseadas na transmissão, sendo três tipos: precauções por aerossóis,

por gotículas e por contato, elas podem ser utilizadas isoladamente ou combinadas

entre si (APECIH, 2012).

Para minimizar os riscos de transmissão de microorganismos de um paciente

para o outro é necessário ter o conhecimento sobre os mecanismos de transmissão

e seguir a adoção de medidas de precaução para cada tipo de isolamento.

Independente do diagnóstico do paciente, antes mesmo de se detectar a doença

transmissível é necessário adotar as medidas de precaução padrão que devem ser

utilizadas para todo e qualquer paciente independente do diagnóstico ou estado

infeccioso presumido (OLIVEIRA, CARDOSO, MASCARENHAS, 2010).

As precauções padrão aplicam-se quando o profissional entra em contato

com sangue, fluídos e todos os líquidos corporais entre essas precauções se

enquadram a lavagem das mãos, uso de luvas como barreira protetora evitando o

contato com excreções, aventais, máscara e óculos quando houver risco de

respingos nessas áreas. Medidas simples de precaução padrão podem reduzir ou

mesmo evitar a disseminação dos microorganismos (BOLICK, 2000).

As precauções baseadas na transmissão são utilizadas para pacientes com

suspeita ou infecção confirmada ou colonização por patógenos epidemiologicamente

relevantes.

16

Conforme Moura (2004) o conhecimento prévio e o treinamento dos

profissionais de saúde para medidas preventiva de isolamento são atributos

necessários para as instituições, devido à possibilidade de ocorrência de surtos.

A equipe de enfermagem deve possuir conhecimento e estar capacitada,

sobretudo com relação à transmissão de patógenos para que possa evitar suas

formas de disseminação (AGUIAR, LIMA, SANTOS, 2008).

A importância de prevenção da transmissão é um fato, contudo, a inexistência

de estudos que registrem a adesão total dos profissionais de saúde aos protocolos

de precaução e isolamento adotados pelas instituições visando à disseminação de

microorganismos multirresistentes também é preocupante (MOURA 2004).

Este trabalho tem por finalidade avaliar o conhecimento dos Enfermeiros

sobre a importância da utilização de precauções e isolamentos, pois reconhecemos

que este profissional possui qualificação necessária para tal intervenção, diminuindo

assim a disseminação das doenças no ambiente hospitalar.

17

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Histórico e evolução das praticas de precaução e isolamento

Desde o século XIV, já existia a preocupação com o isolamento dos doentes,

os quais eram obrigados a permanecer em suas casas marcadas com um sinal

distintivo (FARREL 2003 apud APECIH 2012). A partir do século XVIII começa surgir

a ideia de transmissão, passando a identificar agentes microbiológicos e uma melhor

concepção da doença (NICHIATA et al., .2004).

Florence Nightingale em 1863 estabeleceu as primeiras recomendações

sistematizadas relacionadas ao cuidado do paciente, enfatizando a necessidade de

limpeza do ambiente hospitalar, os ensinamentos de Florence abordava a

transmissão de doenças por substâncias do corpo e os cuidados com o ambiente

hospitalar com relação ao ar puro, luz, calor, limpeza e a necessidade de separação

dos doentes infectados dos não infectados (NIGHTINGALE 1989 apud NICHIATA et.

al., .2004).

No final do século XIX, nos Estados Unidos, vieram às primeiras

recomendações sobre isolamento no ambiente hospitalar, orientando a internação

de pacientes com doenças infecciosas em quartos separados (BRUDNEY, DOBKIN,

1991 apud APECIH 2012).

Segundo a OMS e OPS apud Nichiata et. al. (2004), em 1960, definiu

isolamento:

“a segregação de pessoas infectadas durante o período de transmissibilidade

da doença, em local sob condições para evitar a transmissão direta ou

indireta do agente infeccioso a indivíduos suscetíveis ou que possam

transmitir a outros”.

O CDC (Centers for DiseaseControl e Prevention), dos Estados Unidos

publicou em 1970 um documento “Técnicas para isolamentos em hospitais”

orientando os hospitais quanto à utilização das precauções para isolamento de

pacientes com infecções, em 1975 este documento foi revisado e publicado

recomendando uma classificação com sete categorias de isolamento, segundo suas

vias de transmissão (CDC, 1970 apud NICHIATA et al., .2004).

18

No início da década de 80 os hospitais se depararam com a infecção

hospitalar por microorganismos multirresistentes, tendo a necessidade de um novo

sistema de isolamento.

Em 1983, o CDC lança a atualização do manual de isolamentos, com título

“Guideline for Isolation Precautions in Hospitals” neste documento as categorias de

isolamentos foram divididas em: precauções entéricas, estrita, de contato,

respiratória, para pacientes com tuberculose, com sangue e fluídos orgânicos

(APECIH 2012).

No Brasil em 1985, o Ministério da Saúde publicou o “Manual de Controle de

Infecção Hospitalar” com recomendações específicas sobre isolamentos com base

nas recomendações do CDC (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1985 apud NICHIATA et al.,

2004).

Em 1996 o CDC preconiza as Precauções Padrão e define as Precauções

baseadas na transmissão, as quais foram categorizadas em Precauções de Contato,

para Gotículas e Aerossóis, essas são as recomendações que têm orientado a

prática de isolamentos no Brasil até os dias atuais (APECIH 2012).

2.2 Formas de transmissão dos agentes infecciosos

Mecanismo de transmissão é a forma como os microorganismos são

transmitidos afetando o hospedeiro suscetível, podendo ser de transmissão direta

através de exposição ao sangue e outros fluídos corpóreos ou através de fonte

indireta por meio de vetor ou fômites. As principais vias de transmissão de

patógenos no ambiente hospitalar são por contato, gotículas e aéreas (APECIH

2012).

2.2.1 Transmissão por contato

É o mecanismo mais comum para disseminação de microorganismos no

ambiente hospitalar e se divide em duas categorias: transmissão por contato direto e

transmissão por contato indireto (CARMAGNANI, 2000).

19

Transmissão por contato direto é a disseminação de microorganismos de um

individuo a outro através de contato com superfície corporal e transferência física de

microorganismos, entre um hospedeiro suscetível e uma pessoa infectada ou

colonizada, durante um procedimento (profissional), ou entre pacientes, sem que

haja um objeto intermediário contaminado (MOLINARI, 2006).

Transmissão por contato indireto envolve o contato de um hospedeiro

suscetível com equipamento e materiais de uso comum contaminado (instrumentos,

agulhas, curativos), pertences pessoais, mãos contaminadas que não foram lavadas

ou luvas que não foram trocadas no atendimento a diferentes pacientes, através dos

EPIs do profissional da saúde (MOLINARI, 2006).

2.2.2 Transmissão por gotículas

As gotículas são partículas com tamanho >5 µm liberadas por meio da

transferência do patógeno ao hospedeiro através da tosse, fala, espirro, podendo

também ser liberadas por meio de procedimentos tais como aspiração traqueal,

entubação, fisioterapia respiratória com indução de tosse, entre outros. A distância

máxima para a transmissão é de aproximadamente até 1 metro, pelo ar e os

microorganismos se depositam no hospedeiro na conjuntiva ocular, mucosa nasal ou

boca (BATISTA, 2003 apud MESQUITA, 2006).

2.2.3 Transmissão por aerossóis

Os aerossóis são gotículas menores que 5µm liberadas através da

respiração, fala, tosse, ou espirros, devido o seu tamanho essas partículas podem

permanecer horas no ambiente suspensas no ar e até mesmo atingir longas

distâncias e ambientes diferentes, através das correntes aéreas propiciando uma

maior facilidade de inalação por hospedeiros suscetíveis (ANDRIOLLI et al ,1999

apud MESQUITA 2006).

20

2.3 Sistema de Precauções e Isolamentos

O CDC segundo Fernandes (2010) contempla em 1996 com o novo sistema

de precauções e isolamento, baseando-se em duas categorias: as precauções

padrão, que devem ser aplicadas a todos os pacientes, independentemente de sua

condição infecciosa (com ou sem a presença de doenças transmissíveis) e as

precauções específicas nos modos de transmissão, as quais são classificadas de

acordo com sua transmissão.

O objetivo principal de um sistema de precauções e isolamento é a prevenção

da transmissão de um microrganismo de um paciente, seja ele portador são ou

doente, para outro indivíduo, tanto de forma direta, como indireta. Para isso, são

adotadas medidas de prevenção em relação ao paciente e aos profissionais de

saúde, que podem servir de veículo de transmissão destes microrganismos

(FERNANDES, 2010 apud MOLINARI, 2006).

Segue abaixo as medidas de precauções padrão e as precauções

específicas, sendo elas precaução de contato, respiratórias para gotículas e

precauções respiratórias para aerossóis, lembrando que, dependendo da forma de

transmissão, pode ser necessária a utilização de mais de um tipo de precaução.

2.3.1 Precaução Padrão

A Precaução Padrão parte do princípio de que, quando não se sabe a

concentração de microorganismos nos diversos fluídos corporais do paciente, o

profissional da saúde precisa considerar todos como potencialmente infectados

(STARLING, SILVA, 1998 apud MOLINARI, 2006). As precauções padrão (PP) são

medidas indicadas para todo paciente independentemente do seu diagnóstico e/ou

na manipulação de equipamentos ou artigos contaminados ou sob suspeita de

contaminação, visando minimizar os riscos de infecção por microorganismos

veiculados pelo sangue, secreções, excreções, fluídos corporais, pele não íntegra e

mucosa tanto para o profissional quanto para transmissão de um paciente para o

21

outro. O objetivo da PP é reduzir as infecções nas instituições de serviços de saúde

(APECIH, 2012).

Conforme Carmagnani (2000) as PP compreendem as seguintes normas:

Lavagem das mãos antes e após contato com o paciente, com finalidade de

reduzir microorganismos;

Uso de luvas quando houver risco de contato com fluídos corpóreos, sangue,

excreções, secreções, procedimentos invasivos, mucosas e pele não íntegra,

devem ser trocadas entre um procedimento e outro no mesmo paciente;

Máscara cirúrgica, protetores faciais e oculares protegem a face de respingos

de material biológico, devendo ser de uso individual, a máscara deve ser

descartada após término do procedimento, os protetores faciais e os óculos

devem ser higienizados e só descartados quando estiverem danificados;

Avental deve ser utilizado sempre que houver risco de contato com material

biológico com o objetivo de proteger a roupa do profissional e diminuir os

riscos de transmissão de um paciente para o outro e descartado após o uso;

Materiais pérfuro-cortantes: não reencapar agulhas, não desconectá-las da

seringa, desprezar em local adequado e usar dispositivos de segurança

conforme NR32.

2.3.2 Precauções por contato

As Precauções por contato são utilizadas para pacientes suspeitos de

infecção ou de colonização por microorganismos epidemiologicamente importantes

(FERNANDES, 2010).

De acordo com APECIH (2012) as medidas de prevenção pelo contato

consistem em:

Quarto privativo, o paciente deve ser internado em quarto privativo, caso não

for possível, coorte de pacientes infectados ou colonizados pelo mesmo

microorganismos.

Higiene das mãos antes e após contato com paciente;

Avental vestir dentro do quarto e deve ser de uso individual, desprezado após

o uso.

22

Luvas devem ser utilizadas sempre que houver contato com o paciente;

Paramentação adequada, na seguinte ordem: avental → máscara (s/n) →

óculos protetor (s/n) → luvas → higiene das mãos ao sair do quarto.

Artigos e equipamentos devem ser de uso exclusivo;

Transporte do paciente deve ser restrito, quando necessário manter as

secreções contidas, avisar ao setor de encaminhamento sobre as precauções

de contato.

2.3.3 Precauções por gotículas

Para Nichiata et al.,(2004) as precauções por gotículas são indicadas para

evitar o risco de transmissão de agentes infecciosos veiculados por vias aéreas,

através de contato com a conjuntiva e com a mucosa do nariz ou da boca de um

individuo suscetível com gotículas de tamanho grande > 5µm.

Compõem as medidas de precauções por gotículas:

Quarto privativo, o paciente deve ser internado em quarto privativo, caso não

for possível, coorte de pacientes infectados ou colonizados pelo mesmo

microorganismo. Manter a porta fechada;

Higiene das mãos antes e após o contato com o paciente;

Máscara cirúrgica (obrigatória) ao entrar no quarto, inclusive para as visitas e

descartá-las ao sair do quarto;

Transporte do paciente deve ser restrito, quando necessário realizar o

transporte do paciente com a máscara cirúrgica no trajeto e enquanto se

manter fora do quarto, avisar ao setor de encaminhamento sobre as

precauções por gotículas.

2.3.4 Precauções por aerossóis

Para APECIH (2012) precauções por aerossóis visam prevenir a

disseminação de infecções de transmissão respiratória por aerossóis. A transmissão

23

por aerossóis é diferente da transmissão por gotículas, algumas partículas

pequenas, < 5µm eliminadas durante a respiração, a fala ou tosse se ressecam e

ficam suspensas no ar, podendo permanecer durante horas e atingir ambientes

diferentes, inclusive quartos adjacentes (são carreados por corrente de ar).

Quarto privativo ou coorte quando os pacientes apresentarem a mesma

doença, porta fechada e de preferência com sistema de ventilação com

pressão negativa e filtragem do ar. Caso a instituição não possua quartos

com essas características (quarto com pressão negativa), manter o paciente

em quarto privativo, com as portas fechadas e boa ventilação;

Higiene das mãos quando entrar em contato com o paciente;

Mascara tipo respirador de uso obrigatório para todos que entrarem no quarto,

Máscara PFF2 – Peça Facial Filtrante II (Máscara N95), uso individual e a

durabilidade depende da frequência de uso e acondicionamento adequado;

Transporte do paciente deve ser evitado, o paciente deve sair do quarto

utilizando mascara cirúrgica, avisar o setor sobre as precauções por

aerossóis.

Conforme APECIH (2012) estão apresentados no abaixo as indicações do tipo

de precauções recomendadas segundo o agente etiológico.

24

Indicações do tipo de precauções recomendadas segundo o agente etiológico.

Infecção/condição/microrganismo Precauções

Caxumba Precaução por Gotículas

Cólera Precaução por Contato

Conjuntivite Precaução Padrão

Coqueluche Precaução Por Gotículas

Dengue Precaução Padrão

Difteria Precaução por Contato

Herpes Zoster (disseminado) Precaução por Contato e Aerossóis

HIV Precaução Padrão

H1N1/Influenza Precaução por Gotículas

Impetigo Precaução por Contato

Malária Precaução Padrão

Meningite Precaução por Gotículas

Pediculose Precaução por contato

Raiva Precaução Padrão

Rubéola Precaução por Gotículas

Sarampo Precaução por Aerossóis

Sífilis Precaução Padrão

Tétano Precaução Padrão

Tuberculose Precaução por Aerossóis

Varicela Precaução por Contato e Aerossóis

Fonte:HTTP://www.cdc.gov/cidod/dhqp/pdf/isolation.pdf apud APECIH (2012).

2.4 A importância da atuação do enfermeiro no Sistema de

Precauções e Isolamentos

Florence definiu a atuação e a função da enfermagem como de auxiliar da

natureza, ou seja, oferecendo luz, água, aquecimento, nutrição, saneamento

adequados, higiene, limpeza, assepsia. A enfermeira deveria proporcionar melhores

condições, para que se pudesse atuar com o menor gasto de energia vital possível,

o foco era o controle do ambiente dos indivíduos e das famílias, tanto dos sadios

quanto dos enfermos (GEORGE, 2000 apud MOLINARI, 2006).

25

A enfermagem é uma profissão que não é mais apenas uma atividade que se

sustenta em atos de caridade, mas que vem conquistando seu espaço por

demonstrar conhecimento e domínio cientifico (GEORGE, 2000).

A equipe de enfermagem é responsável pela assistência ao paciente, portanto

a ela caberia à indicação de precaução específica, o mais precocemente possível

nas suspeita ou confirmação de doenças infecciosas. O enfermeiro como líder da

equipe de enfermagem deve ter o conhecimento das precauções e isolamentos

adequados para dar uma melhor assistência, prevenir as transmissões de doenças

no ambiente hospitalar e ser um multiplicador de conhecimento para sua equipe

(APECIH, 2012).

26

3 JUSTIFICATIVA

Essa pesquisa tem como finalidade avaliar o conhecimento dos Enfermeiros

com relação às precauções e isolamentos, tendo em vista que este profissional atua

como multiplicador de conhecimento para a equipe e na assistência ao paciente.

Com este trabalho vamos levantar o uso adequado das precauções para cada tipo

de isolamento e a necessidade de conhecimento do enfermeiro sobre este assunto

para minimizar a transmissão de doenças.

27

4 OBJETIVO GERAL

Identificar o conhecimento e a utilização de medidas pelos Enfermeiros em

relação às precauções e isolamento.

4.1 Objetivos Específicos

1. Verificar o conhecimento dos enfermeiros sobre os diferentes tipos de

isolamentos

2. Verificar a adesão entre os enfermeiros sobre a utilização de medidas de

precauções.

28

5 METODOLOGIA

5.1 Desenho de estudo

Trata-se de um estudo exploratório descritivo. Optamos por realizar uma

pesquisa com abordagem quali/quantitativa, pois mostra aquilo que se busca na

investigação e possibilita analisar as informações de forma mais objetiva do

significado das expressões dos sujeitos envolvidos na pesquisa (ALVES et. al,

2006), para avaliar de forma criteriosa a compreensão e o aprofundamento do

profissional Enfermeiro relacionado com os isolamentos e a aplicabilidade do uso

correto dos equipamentos nos diversos tipos de precauções.

Para a fundamentação cientifica a respeito do tema escolhido foram cruzadas

as seguintes palavras chaves: precauções, isolamentos, enfermagem e

conhecimento, pesquisadas nos bancos de dados BIREME, LILACS, SCIELO e

BVS.

5.2 Local de estudo

Esta pesquisa foi realizada em um Hospital de médio porte, situado em

Bragança Paulista, interior de São Paulo.

5.3 População/Amostra

A população estudada foi composta por 35 Enfermeiros que atuam nos

setores: pronto socorro, pediatria, maternidade, clinica médica, clinica cirúrgica, UTI

adulto, UTI neopediátrica, berçário, hemodiálise, centro cirúrgico, central de material,

CCIH e apartamento que trabalham nos turnos diurno, vespertino e noturno.

29

5.4 Coleta de dados

5.4.1 Procedimento

Inicialmente foi solicitado ao hospital selecionado autorização para a

realização do estudo (Anexo A), assim como o parecer do Comitê de Ética (Anexo

B), após autorização e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa foi realizado

contato com a enfermeira gerente do hospital selecionado comunicando-a da nossa

pesquisa e solicitando-a que avisasse os enfermeiros sobre a nossa intenção e a

reafirmação da importância da sua colaboração assim como dos enfermeiros das

unidades do hospital.

Foram incluídos os Enfermeiros que trabalham nos turnos diurno, vespertino e

noturno dos setores do pronto socorro, pediatria, maternidade, clinica médica, clinica

cirúrgica, UTI adulto, UTI neopediátrica, berçário, hemodiálise, centro cirúrgico,

central de material, CCIH e apartamentos; que concordaram em participar da

pesquisa, assinando o termo de consentimento (Apêndice A). Do total de 35

enfermeiros, somente 22 (62,8%) participaram da pesquisa.

5.4.2 Critérios de exclusão

Foram excluídos os Enfermeiros que se recusaram a participar da pesquisa e

os que se encontravam de férias, folga ou licença médica durante o período do

estudo. Dos 35 (100%) enfermeiros, um total de 13 (37,1%) enfermeiros não

preencheu os critérios de inclusão do estudo, sendo que 3 (8,5%) deles se

encontravam de férias, 4 (11,4%) se encontravam em atividades externas e 6

(17,1%) não responderam o questionário.

5.4.3 Instrumento

Para coleta de dados foi utilizado um questionário quali/quantitativo com

perguntas abertas e fechadas (Apêndice B) divididos em duas partes.

30

A primeira parte constou de um questionário com seis perguntas, que

abordaram características demográficas, tais como idade, tempo de formação,

tempo de trabalho na instituição, setor e turno de trabalho. A segunda foi composta

por um questionário com treze questões abordando o conhecimento em relação ao

conceito de precaução padrão, a principal ação que deve ser realizada para evitar à

transmissão de doenças, as principais vias de transmissão de patógenos, a

diferença entre transmissão por gotículas e aerossóis, as medidas utilizadas para

precauções de contato, quais as doenças que necessitam de precauções por

gotículas, por contato e por aerossóis, a barreira de proteção essencial pra gotículas

e para aerossóis, os fatores que dificultam a utilização das medidas de precaução, o

uso correto da mascara N95 e por quem são feitas as orientações aos familiares

quanto às medidas de precauções. A pesquisa foi realizada no mês de setembro de

2012. O sigilo dos entrevistados foi mantido. Estes estão representados pela letra E

(enfermeiro) seguido de um número em ordem crescente.

5.4 Procedimento Ético-Legal

O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

Universidade São Francisco. Participaram deste estudo os enfermeiros que atuam

no Hospital e que estiveram de acordo com o Termo de Consentimento.

Este estudo, embora realizado com seres humanos, não acarretou riscos à

saúde física e mental dos mesmos, visto que não foi utilizada nenhuma forma de

intervenção, a não ser a aplicação do questionário.

Asseguramos a cada participante da pesquisa a manutenção do sigilo da

informação prestada. Todos os instrumentos de coleta de dados foram arquivados e

sob responsabilidade do (a) pesquisador (a).

Foram cumpridos os termos da Resolução 196 (10/10/1996), do Conselho

Nacional de Saúde (BRASIL, 1996).

31

6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Para uma melhor compreensão e clareza, os resultados obtidos estão

apresentados da seguinte forma: Caracterização da população com o objetivo de

conhecer os aspectos básicos de identificação dos profissionais e a descrição a

cerca do conhecimento teórico/prático sobre precauções e isolamento para

compreensão dos dados relacionados ao conhecimento do tema proposto no

trabalho.

6.1 Caracterização da População Ao analisarmos o perfil demográfico dos enfermeiros entrevistados referente à

faixa etária, observamos que a idade entre 30 a 45 anos teve maior predomínio,

como mostra a TABELA 1.

TABELA 1 - Distribuição dos enfermeiros de acordo com a faixa etária (N22).

Bragança Paulista, 2012.

Idade (anos) Frequência %

18 a 25 3 13,6

>25 a 30 5 22,7

>30 a 45 13 59,1

> 45 1 4,5

Total 22 100,0 .

Para Oliveira, Cardoso, Mascarenhas (2010) a faixa etária encontrada variou

entre 22 e 27 anos, não coincidindo com os dados da nossa pesquisa.

Com relação ao tempo de formação, houve maior porcentagem de

profissionais entre 1 a 5 anos de formado, correspondendo a 9 (41%) da população

estudada, seguido por 5 a 10 anos de formação somando 7 (32%), maior que 10

anos 5 (23%) do total e com menor porcentagem os recém-formados de 6 meses a 1

ano correspondendo apenas 1 (4,5%) da população estudada, dados esses

apresentados no GRÁFICO 1.

32

GRÁFICO 1 - Distribuição da população estudada de acordo com o tempo de

formação (N22). Bragança Paulista, 2012

Para Cardoso e Silva (2004) um dos fatores que interfere no nível do

conhecimento destes profissionais é o tempo de formação.

Conforme a TABELA 2 sobre o turno de trabalho, grande parte dos

enfermeiros trabalha no turno diurno 10 (45,5%), enquanto que 6 (27,3%) dos

enfermeiros trabalham no noturno, no período vespertino tivemos 5 (22,7%), e

apenas 1 (4,5%) no período integral (diurno e vespertino).

TABELA 2 - Distribuição dos enfermeiros de acordo com seu turno de trabalho na

instituição (N22). Bragança Paulista, 2012.

Turno de Trabalho Frequência %

Manhã 10 45,5

Manhã/Tarde 1 4,5

Tarde 5 22,7

Noite 6 27,3

Total 22 100,0

De acordo com Oliveira, Cardoso, Mascarenhas (2010), a população

estudada se concentra na sua maioria no período diurno, o que coincide com os

dados da nossa pesquisa.

1 (4,5%)

9 (41%)

7 (32%)

5 (23%)

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

6m - 1 ano 1 - 5 anos 5 - 10 anos > 10 anos

me

ro d

e e

ntr

evi

stad

os

Tempo de formação

Tempo de formação

33

De acordo com o tempo de trabalho na instituição, apresentados no

GRÁFICO 2 os dados demonstram 7 (31,8%) trabalham entre 1 a 5 anos, 7 (31,8%)

entre 5 a 10 anos, seguido de 6 (27,3%) e de 6 meses a 1 ano 2 (9,1%).

GRÁFICO 2 - Distribuição de enfermeiros conforme o tempo de trabalho na

instituição (N22). Bragança Paulista, 2012.

O tempo na instituição de acordo com Cardoso e Silva (2004) é um fator que

influencia no nível de conhecimento do profissional.

O setor de atuação dos profissionais foi bem diversificado, sendo Centro

Cirúrgico 1 (4,5%), Clinica Cirúrgica 1 (4,5%), CME 1 (4,5%), Maternidade 1 (4,5%),

Maternidade/Clinica Médica/Clinica Cirúrgica 1 (4,5%), Pronto Socorro 2 (9,1%), UTI

Adulto 4 (18,2%), UTI Neo/Berçário 5 (22,7%), Supervisão 2 (9,1%), Pediatria 1

(4,5%), Apartamento 1 (4,5%) e Hemodiálise 2 (9,1%).

Em relação ao profissional já ter experiência anterior na área da saúde

tivemos pouco mais da metade 12 (55%) já ter trabalhado anteriormente e 10 (45%)

dos profissionais nunca trabalharam na área da saúde, dentre os que já

trabalhavam, a amostra foi composta por enfermeiros que já tiveram experiência

como técnicos e auxiliares de enfermagem, além de uma estagiária, como

demonstra o GRAFICO 3.

2 (9,1%)

7 (31,8%)

7 (31,8%)

6 (27,3%)

Tempo de trabalho na instituição

6m - 1 ano

5 - 10 anos

1 - 5 anos

> 10 anos

34

GRÁFICO 3 -Distribuição da população estudada com relação ao trabalho na área

da saúde antes da formação acadêmica (N22). Bragança Paulista, 2012.

6.2 Descrições a cerca do conhecimento teórico/prático sobre precaução e

isolamento

Este tópico refere-se ao conhecimento teórico/prático dos enfermeiros sobre o

conhecimento em relação às precauções e isolamentos. Foram aplicadas 13

questões, descritas e analisadas a seguir, de acordo com a ordem de aplicação.

No GRÁFICO 4 estão apresentados os dados quanto ao entendimento dos

enfermeiros em relação ao conceito de precaução padrão e observa-se que, 19

(86%) dos entrevistados responderam que devem ser aplicadas em todas as

situações de atendimento a todos pacientes, independente da suspeita de doença

transmissível, 2 (9%) responderam o uso de luvas quando existir possibilidade de

contato e 1 (4,5%) responderam que são precauções utilizadas somente para

pacientes com doenças infecciosas.

10 (45%)

12 (55%)

Já trabalhavam na área da saúde

Não Sim

35

GRÁFICO 4: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros relacionada ao

entendimento sobre o conceito de precaução padrão (N22). Bragança Paulista,

2012.

Para Alves et al. (2007) e Carneiro, Cavalcante (2004) a PP é a precaução

mais importante a ser aplicada no atendimento de todos os pacientes dentro do

hospital sem distinção, denominada de Precauções Padrão (PP) sendo as

precauções básicas e a mais importante devendo ser observada por todos os

profissionais de saúde no atendimento de qualquer paciente ou usuário do serviço

de saúde, independente do seu diagnostico ou suspeita de infecção.

Pelos dados apresentados na TABELA 3, podemos observar que 100% dos

entrevistados responderam a lavagem das mãos antes e após cada procedimento

como ações realizadas individualmente para evitar a transmissão de doenças.

19 (86%)

1 (4,5%)

2 (9,1%)

Precaução Padrão Devem ser aplicadas em todas as situações de atendimento a todos pacientes, independente da suspeita de doença transmissível.

São precauções utilizadas somente para pacientes com doenças infecciosas.

Uso de luvas quando existir possibilidade de contato com sangue, fluídos corpóreos, secreções e excreções, mucosas e pele íntegra.

36

TABELA 3: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros quanto às ações

realizadas individualmente para evitar a transmissão de doenças entre pacientes

(N22). Bragança Paulista, 2012.

Descrição das alternativas Freqüência %

Uso de luvas de procedimento - -

Óculos de proteção - -

Lavagem das mãos antes e após cada procedimento 22 100

Luvas, Avental, óculos e máscara cirúrgica - -

Nenhuma das alternativas - -

Total 22 100

Para Martini (2004) a lavagem das mãos é a principal medida de controle de

infecção hospitalar. Lavar as mãos é a forma mais simples e importante de se

prevenir à contaminação e quando realizada de maneira adequada diminui a

contagem de microorganismos nas mãos e as tornam um instrumento limpo e

seguro para o cuidado com os pacientes. (BARRETELLA et al, 200-).

Outro assunto pesquisado foi o conhecimento dos enfermeiros em relação às

principais vias de transmissão de patógenos. Pudemos observar que as respostas

em sua maioria foram com relação às vias de contágio respiratórias e contato. A

seguir as respostas dos enfermeiros.

Dentre as respostas obtidas tivemos um total de 13 (59%) responderam que

as principais vias de transmissão são as vias respiratórias e contato, sendo eles: E1,

E2, E3, E4, E6, E9, E10, E11, E12, E14, E15, E17 e E21, as respostas de 2 (9%)

dos enfermeiros (E18 e E20) foi contato direto e indireto, o E16 correspondendo a 1

(4,5%) não respondeu essa questão, dentre os demais obtivemos 6 (27,2%) com as

seguintes respostas:

E5: “Por contato direto com patógeno, transmissão pelo ar e contato indireto

via vetor”

E7: “Pelas mãos, vias aéreas, contato com fluidos corporais”

E8: “Sangue, fluidos, pele, secreções e fluidos corporais”

E13: “Horizontal, vertical, pelo ar, contato indireto, fômites, iatrogenia”

37

E19: “Contato (toque), fluídos ou secreções; Contato (sexual); Ar (gotículas e

aerossóis)”

E22: “Contato, aerossol, gotículas, sangue, secreção orofaringe, secreção

geral”

Para Carneiro, Cavalcante (2004) e para a APECIH (2012), as vias de

transmissão são divididas em: contato (direto e indireto), por gotículas, por via aérea,

por veiculo comum e por vetor.

De acordo com as respostas colhidas em relação à diferença entre a

transmissão por gotículas e aerossóis foram encontradas 4 (18,1%) E1, E6, E12 e

E16 responderam que gotículas são partículas grandes (> 5 micra) são geradas

durante tosse e espirro e o aerossóis são partículas menores (< 5 micra) e ficam

mais tempo suspensa no ar, E3, E4 e E11 3 (13,6%) responderam que as gotículas

atingem a mucosa nasal e oral e os aerossóis penetram no trato respiratório, o E8 e

E2 12 (9%) disseram que gotículas é necessário o uso da mascara cirúrgica e para

aerossóis a máscara N95, o E18 e E20 2 (9%) disseram que as gotículas são

maiores e ficam pouco tempo suspensas no ar, já o aerossol são partículas menores

e ficam mais tempo suspensas no ar, 11 (50%) dos enfermeiros tiveram outras

respostas:

E2: “Gotículas: são partículas maiores em torno de 0,5 mm. Aerossóis: são

partículas menores que 0,5 mm”

E5: “O tipo de partícula, para transmissão, na transmissão por aerossol a

partícula fica suspensa no ar podendo atingir longas distâncias e na

transmissão por gotículas precipita no chão logo após a sua propagação,

ficando ativa em superfícies e equipamentos”

E7: “Gotículas são partículas maiores que 4mcg, ficam por pouco tempo no

ar. Aerossóis: são partículas menores ficam suspensas no ar por um tempo

maior”

E9: “Gotículas: contato com secreção. Aerossóis: o agente patogênico

permanece no ambiente”

E10: “Aerossóis: isolamento respiratório. Gotículas: devido perdigotos porem

ambos isolamentos seguem juntos não tem como separar gotículas de

aerossóis, precaução padrão para ambos simultaneamente”

38

E13: “gotículas: superiores a 5 micra geradas por tosse, espirros etc.

Aerossóis: disseminação de núcleos de gotículas ou pequenas partículas

inaliveis superiores no ar”

E14: “A diferença é que a gotículas são mais pesadas e não fica tanto tempo

no ar e os aerossóis permanecem muito mais tempo no ar e para eliminar e

mais difícil”

E15: “A transmissão por gotículas consiste em migroorganismo de tamanho

maior (> 5 micra) que tendem a decantar no ambiente. A via é a respiração,

tosse e secreção de vias aéreas. a transmissão por aerossóis consiste em

micro organismo menores (< 5 micra) que tendem a se manter em suspensa

no ar ambiente por tempo maior. A via de transmissão é também a

respiração, tosse e secreção”

E17: “O tamanho das partículas > ou < 5 micras e isso ira definir que tipo de

mascara deve ser utilizada em isolamentos respiratórios”

E19: “As gotículas são partículas maiores que a aerossóis por isso que não

alcançam longas distancias já os aerossóis são mais leves e se dispersam

para todo o ambiente sendo necessário o uso da mascara N95 mais filtro

Epa”

E22: “Isolamento transmissão por gotículas: transmitido pela secreção vias

aéreas em pequenas distancia < 1 metro. Transmissão aerossóis:

transmitidas pela secreção vias aéreas em grandes distancias, > 1 metro”

Para Carneiro, Cavalcante (2004) a transmissão por gotículas produzidas

como consequência do tossir, espirrar ou falar de uma pessoa infectada ou

colonizada. Também podem ser produzidas durante procedimentos do tipo

aspiração e broncoscopia. Devido ao peso, as gotículas atingem pequenas

distancias (cerca de 1 metro). A transmissão ocorre quando os microrganismos

presentes nas gotículas são transferidos para o hospedeiro ao atingir as mucosas

conjuntival, nasal ou oral. A transmissão por aerossóis acontece pela disseminação

de núcleos de gotículas (resíduos de gotículas evaporadas) eliminadas durante a

respiração, fala, tosse ou espirro. Esses núcleos de gotículas são de pequeno

tamanho (menor que 5 micra) e quando se ressecam ficam suspensos no ar,

podendo permanecer horas. Os microrganismos, dessa forma, podem propagar-se

39

amplamente por correntes de ar antes de serem inalados ou depositados no

hospedeiro suscetível.

O GRÁFICO 5 aborda o conhecimento dos enfermeiros em relação as

precauções de contato, a maioria dos entrevistados que corresponde a 17 (77,3%),

respondeu quarto privativo, luvas quando entrar em contato com o paciente e

equipamentos, avental, óculos e mascara descartável quando houver risco de

respingos, 4 (18,2%) respondeu quarto privativo, luvas quando entrar em contato

com o paciente e equipamentos, avental, óculos e mascara descartável quando

houver risco de respingos e equipamentos de uso coletivo e luvas ao entrar em

contato com o paciente; e apenas 1 (9%) não respondeu a questão, e as demais

alternativas não foram assinaladas.

Gráfico 5: Distribuição das respostas obtidas pelos enfermeiros relacionados ao

conhecimento sobre as precauções de contato (N22). Bragança Paulista, 2012.

De acordo com Alves et al. (2007) as medidas de precauções de contato

consistem em: internação do paciente em quarto privativo, ou interná-lo em um

quarto com outro paciente que apresente infecção pelo mesmo microrganismo.

Luvas e Lavagem das mãos: usar luvas limpas e não estéreis ao entrar no quarto do

1 (4,5%)

17 (77,3%)

4 (18,2%)

Precaução de contato NÃO RESPONDEU

quarto privativo, luvas quando entrar em contato com o paciente e equipamentos, avental, óculos e mascara descartável quando houver risco de respingos

quarto privativo, luvas quando entrar em contato com o paciente e equipamentos, avental, óculos e mascara descartável quando houver risco de respingos e Equipamentos de uso coletivo e luvas ao entrar em contato com o paciente;

40

paciente durante o tempo de atendimento, trocá-las após contato com material

infectante com alta concentração de microrganismo (fezes e secreções de feridas),

Máscara: seguir precauções padrão. Avental: usar avental limpo não

necessariamente estéril ao entrar no quarto, Equipamentos de Cuidado ao Paciente:

sempre que possível devem ser usados para um único paciente.

Para Fonseca, Silva (2006), as medidas de precauções por contato estão

indicadas para situações em que exista possibilidade de transmissão de agentes

infecciosos por contato direto ou indireto. Isto é, contato entre pacientes, contato

através do profissional de saúde (mãos) ou contato por meio de artigos. Quarto

privativo ou comum para o mesmo microrganismo, obrigatório o uso de luvas para

qualquer contato com o paciente, avental usar sempre que houver possibilidade de

contato das roupas do profissional com o paciente, com seu leito ou com material

infectante, artigos e equipamentos são todos de uso exclusivo para o paciente,

devem ser limpos e desinfetados (ou esterilizados) após a alta.

Conforme o GRÁFICO 6 quanto a transmissão de doenças através de

gotículas, observa-se que a maioria dos entrevistados respondeu meningite, H1N1 e

rubéola com 15 (68,2%), Sarampo, Difteria e Coqueluche 5 (22,7%) e Tuberculose,

Impetigo e Herpes Zoster com 2 (9,1%).

41

Gráfico 6: Distribuição das respostas obtidas pelos enfermeiros relacionados ao

conhecimento sobre a transmissão de doenças através de gotículas (N22).

Bragança Paulista, 2012.

Segundo APECIH (2012), as doenças transmitidas por gotículas que se

enquadram nesta resposta é meningite, H1N1 e rubéola.

Pelos dados apresentados na TABELA 4 quanto as doenças que são

transmitidas através de contato, a maioria dos enfermeiros 20 (90,9%) teve como

resposta pediculose, herpes zoster e cólera, e 2 (9,1%) dos enfermeiros teve como

resposta tétano, sarampo e raiva.

15 (68,2%)

2 (9,1%)

5 (22,7%)

Transmissão por Gotículas

Meningite, H1N1 e Rubéola

Tuberculose, Impetigo e Herpes Zoster

Sarampo, Difteria e Coqueluche

42

TABELA 4: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros quanto às

doenças que são transmitidas através de contato (N22). Bragança Paulista, 2012.

Descrição das alternativas Freqüência %

Dengue, Varicela e Coqueluche - -

Pediculose, Herpes Zoster e Cólera 20 90,9

Conjuntivite, Sífilis e Tuberculose - -

HIV, Impetigo e Malária - -

Tétano, Sarampo e Raiva 2 9,1

Total 22 100

Levin et. al. (2012 - 2014) relata como doença transmitida por contato

pediculose, herpes Zoster e cólera.

Com relação às doenças que são transmitidas por aerossóis 9 (40,9%) dos

enfermeiros responderam H1N1, Meningite e Tuberculose, e 13 (59,1%) dos

enfermeiros responderam Tuberculose, Sarampo e Varicela, estes dados estão

apresentados na TABELA 5.

TABELA 5: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros quanto às

doenças que são transmitidas através de aerossóis (N22). Bragança Paulista, 2012.

Descrição das alternativas Freqüência %

H1N1, Meningite e Tuberculose 9 40,9

Rubéola, Sífilis e Caxumba - -

Tétano, Malária e Impetigo - -

Cólera, Dengue e Raiva - -

Tuberculose, Sarampo e Varicela 13 59,1

Total 22 100

Segundo APECIH (2012) e o Levin et. al. (2012 – 2014) define que

Tuberculose, Sarampo e Varicela são doenças transmitidas por aerossóis.

43

Na TABELA 6 estão descritos os dados dos enfermeiros quanto à barreira de

proteção utilizada na precaução por gotículas, segundo estes todos 22 (100%)

responderam referindo se a máscara cirúrgica.

TABELA 6: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros quanto à

barreira de proteção imprescindível nas precauções por gotículas (N22). Bragança

Paulista, 2012.

Descrição das alternativas Frequência %

Avental descartável - -

Máscara N95 - -

Óculos de proteção - -

Máscara Cirúrgica 22 100

Luvas de procedimento - -

Total 22 100

Conforme Levin et. al. (2012-2014) e ANVISA (2000) para precauções

respiratórias por gotículas é obrigatório o uso de máscara cirúrgica por todas as

pessoas que entrarem no quarto.

De acordo com a TABELA 7 que se refere à barreira utilizada na precaução

por aerossóis, 22 (100%) dos entrevistados referiram à máscara N95.

44

TABELA 7: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros quanto à

barreira de proteção imprescindível nas precauções por aerossóis (N22). Bragança

Paulista, 2012.

Descrição das alternativas Frequência %

Luvas de procedimento - -

Máscara Cirúrgica - -

Máscara N95 22 100

Avental descartável - -

Óculos de proteção - -

Total 22 100

Para Alves et. al. (2007) e Nichiata et. al. (2004) nas precauções por

aerossóis é necessário utilizar máscaras com capacidade de filtragem e vedação

lateral adequada denominada respirador N95.

Com relação às dificuldades encontradas pelos enfermeiros para aplicar as

medidas de precauções e isolamento, adquirimos as seguintes respostas: 6 (27,2%)

disseram que a dificuldade encontrada é a falta de conhecimento, sendo eles E1,

E4, E5, E6, E8 e E15, 7 (31,8%) relataram como dificuldade a falta de recursos

materiais e numero insuficiente de profissionais, são eles E3, E17, E18, E19, E20,

E21 e E22, 2 (9,1%) responderam que a falta de conscientização e adesão pelos

profissionais e familiares são fatores que dificultam a aplicação das medidas, sendo

eles E7 e E9, 2 (9,1%) não responderam essa questão E13 e E16, 1 (4,5%) disse

que não há dificuldade E12, 1 (4,5%) refere que a dificuldade é a falta de

treinamento E14, tivemos algumas outras respostas, tais como:

E2: “O pouco tempo de uso dos equipamentos; dificuldade em utilizá-los,

pressa para realizar procedimento simples”

E10: “Alto fluxo de profissionais e alunos em hospital escola, etc”

E11: “Conscientização da equipe multiprofissional quanto à importância da

higienização das mãos de forma correta é a principal dificuldade”

Os achados se coincidem com Turrini (2000) que diz que a falta de tempo, o

despreparo técnico do pessoal por falta de conhecimentos básicos e o número

45

inadequado de funcionários em relação ao número de pacientes, levam a falhas no

cumprimento de técnicas e rotinas pré estabelecidas. A compreensão da educação

dos profissionais de saúde deve incluir desde a orientação na admissão até a

educação continuada no serviço. Moura (2004) reforça a importância dos

treinamentos para a equipe como forma de atualização do conhecimento e assim

diminuir a disseminação de doenças.

Conforme demonstra o GRÁFICO 7 quanto ao uso adequado da máscara

N95, a maioria dos entrevistados respondeu uso individual, sem a máscara cirúrgica

por baixo com 15 (68,2%), seguida de 4 (18,2%) uso individual, com a máscara

cirúrgica por baixo e 2 (9,1%) uso descartável, sem a máscara cirúrgica por baixo.

Um dos entrevistados assinalou duas alternativas, sendo assim anulada essa

resposta.

Gráfico 7: Distribuição das respostas atribuídas pelos enfermeiros em relação ao

uso da mascara N95 (N22). Bragança Paulista, 2012.

De acordo com APECIH (2012) e Levin et. al. (2012-2014) deve-se verificar

se a máscara N95 está perfeitamente ajustada à face e com boa vedação, sendo a

mesma de uso individual e a durabilidade depende da freqüência de uso e do

acondicionamento adequado.

1(4,5%)

15 (68,2%)

4(18,2%)

2(9,1%)

Máscara N95ANULADA (B/D)

Uso individual, sem a máscara cirúrgica por baixo

Uso individual, com a máscara cirúrgica por baixo

Uso descartavel, sem a máscara cirúrgica por baixo

46

No GRÁFICO 8 estão apresentados os dados obtidos sobre quem seria o

profissional mais adequado para dar essa informação referente a orientação aos

familiares quanto às medidas de precaução e isolamento, e os resultados

encontrados foram 15 (68,1%) enfermeiro, 3 (13,6%) médico e o enfermeiro, 2 (9%)

enfermeiro e os auxiliares e técnicos 1 (4,5%) enfermeiro e técnicos de

enfermagem, 1 (4,5%) enfermeiro e psicólogo.

Gráfico 8: Distribuição de enfermeiros quanto ao profissional que realiza orientação

aos familiares sobre precauções e isolamento (N22). Bragança paulista, 2012.

Para Domingues et. al. (1999) a atuação do enfermeiro é de extrema

importância como orientador, além de ser o elo entre o paciente e a família, a equipe

multiprofissional deve estar preparada para orientar.

Conforme Cardoso, Silva (2004) o enfermeiro é um educador em potencial,

gerador e multiplicador de conhecimento.

15 (68,1%)

3 (13,6%)

2 (9,1%) 1 (4,5%) 1 (4,5%)

0

2

4

6

8

10

12

14

16

me

ro d

e e

ntr

evi

stad

os

Orientação aos familiares

47

7. CONCLUSÃO

Os resultados obtidos nesta pesquisa possibilitaram as seguintes conclusões:

Quanto à idade dos enfermeiros a maioria 13 (59,1%) se encontra na faixa

entre 30 a 45 anos.

Em relação ao tempo de formação 9 (41%) tem entre 1 a 5 anos de formado;

Relacionado ao turno de trabalho 10 (45,5%) atuam no período diurno;

Quanto ao tempo de trabalho na instituição 14 (63,6%) trabalham de 1 a 5

anos e de 5 a 10 anos, sendo 7 (31,8%) de 1 a 5 e 7 (31,8%) de 5 a 10 anos;

Referente ao setor de atuação atual na instituição 5 (22,7%) UTI neo/berçário

e 4 (18,2%) UTI adulto:

Quanto às características encontradas com relação ao trabalho na área da

saúde antes da formação acadêmica 10 (45%) nunca trabalharam na área da

saúde e 12 (55%) já trabalharam na área da saúde.

Relacionado à descrição a cerca do conhecimento teórico pratico dos

enfermeiros foi obtidos os seguintes resultados:

Quanto às precauções padrão 19 (86%) responderam que devem ser

aplicadas em todas as situações de atendimento a todos pacientes,

independente da suspeita de doença transmissível;

Com relação a principal ação realizada para evitar transmissão de doenças

22 (100%) responderam a lavagem das mãos antes e após cada

procedimento.

48

Referente às principais vias de transmissão de patógenos 13 (59%) disseram

vias respiratórias e contato;

Quanto à diferença entre transmissão por gotículas e aerossóis foi encontrado

4 (18,1%) descrevem que gotículas são partículas grandes (> 5 micra) são

geradas durante tosse e espirro e o aerossóis são partículas menores (< 5

micra) e ficam mais tempo suspensa no ar; 3 (13,6%) descrevem que as

gotículas atingem a mucosa nasal e oral e os aerossóis penetram no trato

respiratório; 2 (9%) disseram que para precaução de gotículas é necessário o

uso da mascara cirúrgica e para aerossóis a máscara N95; 2 (9%) disseram

que as gotículas são maiores e ficam pouco tempo suspensas no ar, já o

aerossol são partículas menores e ficam mais tempo suspensas no ar; 11

(50%) dos enfermeiros tiveram outras respostas.

Em relação às medidas de precaução de contato 17 (77,3%) responderam

que deveriam ser usados quartos privativos, luvas quando entrar em contato

com o paciente e EPIs como avental, óculos e mascara descartável quando

houver risco de respingos;

Referente às doenças que utilizam precaução por gotículas 15 (68,2%)

responderam ser a meningite, H1N1 e rubéola;

Em relação às doenças que utilizam precaução por contato 20 (90,9%)

responderam ser a pediculose, herpes zoster e cólera;

Quanto às doenças que utilizam precaução por aerossóis 13 (59,1%)

relataram a Tuberculose, Sarampo e Varicela.

Quanto à barreira de proteção imprescindível na precaução de gotículas 22

(100%) disseram máscara cirúrgica.

Refere-se à barreira de proteção na precaução por aerossóis 22 (100%)

comentaram ser a máscara N95.

49

Quanto às dificuldades para a utilização de medidas de precaução 7 (31,8%)

relataram a falta de recursos materiais e numero insuficiente de profissionais;

Quanto ao uso correto da mascara N95 15 (68,2%) dos enfermeiros

responderam uso individual, sem a máscara cirúrgica por baixo;

Quanto às orientações aos familiares sobre as medidas de precaução e

isolamento 15 (68,1%) responderam ser o enfermeiro;

50

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Percebemos no nosso período de estagio acadêmico no hospital, a importância

do cuidado de pacientes em isolamentos e suas medidas de precaução, e

compreendemos a necessidade de alguns cuidados para se evitar a transmissão de

doenças de um paciente para o outro. Entendemos que o enfermeiro deve ter

conhecimento sobre o assunto para prestar uma assistência adequada.

Acreditamos que esta pesquisa poderá contribuir para o desenvolvimento de

alternativas para melhorar a assistência de enfermagem e ampliação do

conhecimento, colaborando para o crescimento profissional dos enfermeiros fazendo

com que os mesmos reflitam sobre o assunto buscando conhecimento e o seu

verdadeiro papel dentro dessa categoria, deste modo promova uma assistência de

enfermagem qualificada, prevendo complicações futuras, como a disseminação de

doenças, aumento no tempo de hospitalização, consumo excessivo de materiais

trazendo prejuízos tanto para o paciente quanto para instituição, e para o próprio

profissional.

De forma geral os enfermeiros em sua maioria possuem conhecimento sobre o

assunto abordado, porém relatam dificuldades de aplicação das medidas de

precaução e isolamento, sendo as mais citadas pelos mesmos à falta de material,

numero insuficiente de profissionais, falta de conhecimento, falta de conscientização

dos profissionais e familiares.

O resultado da pesquisa traz a necessidade da educação continuada e

permanente nas unidades, treinamentos frequentes para atualização dos

profissionais, treinamentos e orientação para os novos funcionários, estabelecer

uma rotina de orientação aos familiares dos pacientes que necessitam de algum tipo

de isolamento, elaboração de protocolos com as doenças e as vias de transmissão,

treinamento sobre o uso correto dos EPIs, distribuição adequada dos materiais,

ampliação do quadro de funcionários, cartazes informativos e orientação para

alunos, pois se trata de um hospital/escola, e um efetivo trabalho da CCIH.

A partir deste estudo sugere-se a realização de novas pesquisas, avaliar o

conhecimento dos acadêmicos de enfermagem sobre o tema, e também uma

pesquisa de observação para analisar a prática dos enfermeiros com relação à

utilização das medidas de precaução e isolamento.

51

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Controlede Infecção Hospitalar, Caderno A - Epidemiologia para o Controle de

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ENTOS.pdf Acesso em: 24 abr 2012.

55

10. APÊNDICES

10.1 Apêndice A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO (1ª via)

“O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO SOBRE PRECAUÇÕES E

ISOLAMENTOS”

Eu, _______________________________________________RG_____________, abaixo assinado, dou meu consentimento livre e esclarecido para participar como voluntário do projeto de pesquisa supracitado, sob a responsabilidade dos pesquisadores Gisleide C. G. Fernandes, Bruna Barbosa de Jesus, Viviane Cristina Mariano e Viviane de Oliveirado Curso de Enfermagemda Universidade São Francisco. Assinando este Termo de Consentimento estou ciente de que: 1 O objetivo da pesquisa é identificar o conhecimento e a utilização de medidas pelos Enfermeiros em relação às precauções e isolamento. 2 Durante o estudo serei submetido a um questionário. 3 Obtive todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente sobre a minha participação na referida pesquisa; 4 Estou livre para interromper a qualquer momento minha participação na pesquisa, o que não me causará nenhum prejuízo; 5 Meus dados pessoais serão mantidos em sigilo e os resultados gerais obtidos na pesquisa serão utilizados apenas para alcançar os objetivos do trabalho, expostos acima, incluída sua publicação na literatura científica especializada; 6 Poderei contatar o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Francisco para apresentar recursos ou reclamações em relação à pesquisa pelo telefone: 11 - 24548981; 7 Poderei entrar em contato com o responsável pelo estudo, Gisleide Carvalho, sempre que julgar necessário pelo telefone (11) 9789 4246; 8 Este Termo de Consentimento é feito em duas vias, sendo que uma permanecerá em meu poder e outra com o pesquisador responsável.

Local data

Assinatura do participante

____________________________________________________

56

10.2 Apêndice B – Questionário

I - Dados de identificação

1) Idade:

( ) 18 a 25 anos;

( ) Acima 25 a 30 anos;

( ) Acima 30 a 45 anos;

( ) Acima de 45 anos.

2) Há quanto tempo você é formado:

( ) De seis meses a um ano;

( ) De um a cinco anos;

( ) Entre cinco e dez anos;

( ) Há mais de dez anos.

3) Turno de trabalho:

( ) Manhã;

( ) Tarde;

( ) Noite.

4) Há quanto tempo você trabalha na instituição:

( ) De seis meses a um ano;

( ) De um ano a cinco anos;

( ) De cinco anos a dez anos;

( ) Há mais de dez anos.

5) Qual é seu setor de atuação atual:

( ) Pronto Socorro;

( ) Pediatria;

( ) Maternidade;

( ) Clínica Médica;

( ) Clínica Cirúrgica;

( ) UTI Adulto;

57

( ) UTI Neopediátrica;

( ) Berçario;

( ) Hemodiálise;

( ) Centro Cirúrgico;

( ) Central de Material.

6) Antes da formação acadêmica você já trabalhou na área da saúde:

( ) Sim, qual: __________________

( ) Não, nunca trabalhei.

II - Dados de conhecimento Teórico/Prático

1) O que você entende por Precaução Padrão:

A ( ) São precauções utilizadas somente para pacientes com doenças

infecciosas;

B ( ) Devem ser aplicadas em todasas situações de atendimento a todos

pacientes, independente da suspeita de doença transmissível;

C ( ) Lavagem das mãos e uso de luvas estéreis antes de entrar em contato

com o paciente;

D ( ) Uso de luvas quando existir possibilidade de contato

com sangue, fluídos corpóreos, secreções e excreções, mucosas e pele

íntegra;

E ( ) Nenhuma das alternativas.

2) Qual a principal ação que o profissional pode realizar isoladamente evitando a

transmissão de doenças de um paciente para o outro?

A ( ) Uso de luvas de procedimento;

B ( ) Óculos de proteção;

C ( ) Lavagem das mãos antes e após cada procedimento;

D ( ) Luvas, avental, óculos e máscara cirúrgica;

E ( ) Nenhumas das alternativas.

58

3) Quais são as principais vias de transmissão de patógenos?

R:____________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

________________________

4) Qual a diferença entre transmissão por gotículas e aerossóis?

R:____________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________

5) Das medidas abaixo qual você usaria para precauções de contato?

A ( ) Quarto privativo, luvas quando entrar em contato com o paciente e

equipamentos, avental, óculos e mascara descartável quando houver risco de

respingos;

B ( ) Quarto coletivo, luvas quando entrar em contato com paciente e

equipamentos, avental, óculos e máscara N95 quando houver risco de

respingos;

C ( ) Quarto privativo, luvas estéreis ao entrar em contato com paciente e

equipamentos de uso individual.

D ( ) Equipamentos de uso coletivo e luvas ao entrar em contato com o

paciente;

E ( ) Questão A e D estão corretas.

6) Das doenças abaixo assinale a alternativa que se utiliza precaução por

gotículas:

A ( ) Pediculose, Influenza e Varicela;

B ( ) Tuberculose, Impetigo e Herpes Zoster;

C ( ) Meningite, H1N1 e Rubéola;

D ( ) Sarampo, Difteria e Coqueluche;

E ( ) Varicela, Dengue e Conjuntivite;

59

7) Das doenças abaixo assinale a alternativa que se utiliza precaução por

contato:

A ( ) Dengue, Varicela e Coqueluche;

B ( ) Pediculose, Herpes Zoster e Cólera;

C ( ) Conjuntivite, Sífilis e Tuberculose;

D ( ) HIV, Impetigo e Malária;

E ( ) Tétano, Sarampo e Raiva.

8) Das doenças abaixo assinale a alternativa que se utiliza precaução por

aerossóis:

A ( ) H1N1, Meningite e Tuberculose;

B ( ) Rubéola, Sífilis e Caxumba;

C ( ) Tétano, Malária e Impetigo;

D ( ) Cólera, Dengue e Raiva;

E ( ) Tuberculose, Sarampo e Varicela.

9) Qual a barreira de proteção imprescindível nas precauções por Gotículas?

A ( ) Avental descartável;

B ( ) Máscara N95;

C ( ) Óculos de proteção;

D ( ) Máscara Cirúrgica;

E ( ) Luvas de procedimento.

10) Qual a barreira de proteção imprescindível nas precauções por Aerossóis?

A ( ) Luvas de procedimento;

B ( ) Máscara Cirúrgica;

C ( ) Máscara N95;

D ( ) Avental descartável;

E ( ) Óculos de proteção.

11) Quais são os fatores que dificultam a utilização das medidas de precauções?

R:____________________________________________________________

______________________________________________________________

60

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________

12) Qual o uso correto da mascara N95?

A ( ) Uso coletivo, com a máscara cirúrgica por baixo;

B ( ) Uso individual, com a máscara cirúrgica por baixo;

C ( ) Uso descartavel, sem a máscara cirúrgica por baixo;

D ( ) Uso individual, sem a máscara cirúrgica por baixo;

E ( ) Uso coletivo, sem a máscara cirúrgica por baixo;

13) Por quem é feita a orientação aos familiares, quanto às medidas de

precaução e isolamento na sua unidade?

A ( ) Médico;

B ( ) Enfermeiro;

C ( ) Outro profissional, cite: _____________________

D ( ) Não é orientado;

61

11. ANEXOS

11.1 Anexo A – Carta de Autorização

62

11.2 Anexo B – Ficha de Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa

63

11.3 Anexo C – Carta de Apresentação do Projeto de Pesquisa