O Colégio, 40 anos depois - colegiodelamas.comO Colégio, 40 anos depois O DO JORNL ÉGIO LICEAL DE...
Transcript of O Colégio, 40 anos depois - colegiodelamas.comO Colégio, 40 anos depois O DO JORNL ÉGIO LICEAL DE...
ENE FEIRASColégio teve forte presença
neste certame. Além de ter
participado com actividades de
animação, trouxe prémios. P 2
NOVO EDÍFICIOQUASE PRONTO
DESPORTO ESCOLAR
Agora que já se vê a obra,
apresentamos este novo
espaço que está prestes a ser
inaugurado. P 7O Colégio fez a festa no
dia em que celebrou o 40º
aniversário. P 8
Veja nesta edição o balanço
muito positivo em termos
desportivos. P 7, 12 e 13DIA DO COLÉGIO
Nesta edição oferecemos
um suplemento que ilustra
estes 40 anos do Colégio.
Convidamos os nossos leitores
a viajarem pelas recordações e
pela história de todos aqueles
que por aqui passaram.
JORNAL DO COLÉGIO LICEAL DE SANTA MARIA DE LAMAS . TRIMESTRAL . ANO XIII . ABRIL | MAIO | JUNHO 2009 . €0,75
EDIÇÃO COMEMORATIVA
O Colégio, 40 anos depois
SUPLEMENTO DO JORNAL DO COLÉGIO LICEAL DE SANTA MARIA DE LAMAS . não pode ser vendido separadamente
SUPLEMENTO DO JORNADO L DO COLÉGIO LICEAL DE SANTA MARIA DE LAMAS não pode ser vendido separadamente
especial 40 anosNo quadragésimo aniversário do Colégio, o Entrelinhas apresenta aos seus leitores um suplemento que pretende ilustrar aqueles que foram os anos mais marcantes da vida desta escola.
A par de uma breve cronologia, pode ser feita uma “viagem” pelas recordações e pela história comum de todos aqueles que por aqui passaram.
1959
de Lamas, expressamente para servir de base à
-
1963
-
-
01/10/1969
-
-
02/11/1973-
-
1973/1974
-
-
24/10/1974-
-
16/05/1975-
-
09/07/1984-
1984/1985-
1986/1989
-
-
1989/1990
-
CASA DO POVO CASA DO POVCASA DO PP 19691966969699 fotografia do Dr. António ografia do Dr. António
otografia do Dr. António otografia do Dr. Antónioografia d António
o ntónio o Joaquim Vieira junto da pJoaquim Vieira junto da pJoaquim Vieira junto da pJoaquim Vieira junto da prm Vieira junto da prJoaquim Vieira junto da prm Vieira junto da prim Vieira junto da primeira turma do Colégio.
imeira turma do Colégio.imeira turma doimeira turma doimeira turma dmeira turma dmeira turma do Colégio.a turma d gioimeira turma do
SUPLEMENTO ESPECIAL 40 ANOS
| 39 | ENTRElinhas | ABRIL . MAIO . JUNHO 20092
ENE FEIRAS, 26 A 29 DE MARÇO NO EUROPARQUE
Colégio com forte participação e também com prémios
inic
iati
vas
Foto
s: P
rofe
sso
r D
an
iel P
ed
rosa
Decorreu no Europarque, no passado mês de Março a iniciativa ENE feiras - Educa-ção, Negócios e Emprego. O Colégio marcou
presença, não só com o stand, mas também com actividades de animação. A iniciativa teve como objectivos princi-
pais potenciar as diferentes actividades eco-
nómicas existentes no concelho e fomentar
a oportunidade de ligação ao mundo empre-
sarial e dos negócios, bem como proporcio-
nar oportunidades de emprego, actividades
educativas e formativas, aos jovens alunos.
GRUPO DE DANÇAS MODERNAS transportou a plateia para osanos oitenta, com os ABBA.
RITMARE o grupo de percussão apresentou parte do esquema Pulse que viria a apresentar mais tarde no Concurso de Artes Performativas, arrecadando o primeiro prémio.
GRUPO DE DANÇAS URBANAS actuou para uma grande assistência.
ORQUESTRA JUVENIL actuou divulgando uma iniciativa inovadora no ensino da música.
STAND apresentava o Colégio e a sua oferta educativa. A janela
interactiva ainda permitiu fazer alguns desenhos com crianças.
CONCURSO DE INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE na imagem
vemos a área de exposição e os trabalhos dos alunos do Colégio.
ENTREGA DE PRÉMIOS o Presidente da Câmara Municipal, Alfredo Hen-
riques entregou os prémios aos nossos alunos vencedores. Na foto o aluno
Luís do 11º do Profi ssional de Informática recebe o prémio de Inovação.
ABRIL . MAIO . JUNHO 2009 | ENTRElinhas | 39 | 3
Auto - Retratos
Autores: alunos do 11ºB - Artes Visuais
Professor: Margarida Coelho
Técnica: Lápis de cor sobre papel
Como foi feito: A base de trabalho foi a Pop Art. Foram realizadas
fotografi as dos alunos, trabalhadas em Adobe Photoshop, e poste-
riormente projectadas as linhas orientadoras do retrato para a folha
de desenho. Depois o aluno à vista realizou todo o trabalho de volu-
me com utilização de lápis de cor. De salientar que, apesar das linhas
orientadoras do desenho terem sido realizadas com a ajuda de pro-
jecção, é sempre necessário fazer acertos com base na observação
da imagem impressa. O trabalho de cor é de grande rigor e exige
bastante domínio da técnica escolhida, neste caso o lápis de cor.
Venceu prémio? Sim, prémio de criatividade, variante de artes plás-
tcas para o ensino secundário.
PARABÉNS,
COLÉGIO!
Em defesa do amor Devido à licenciosidade dos costumes e ao pansexualismo que lavra na socie-dade actual, o amor está em crise, tornando-se cada vez mais difícil encontrar um amor casto, nobre e puro. A sexualidade escravizada ao prazer imediato e incontro-lável, aliada à superfi cialidade de relacionamentos, fáceis e rápidos, esbarra para a libertinagem e a irresponsabilidade. Abundam aqueles que, durante aquilo a que chamam namoro, sob pretexto de exigências daquilo a que chamam amor, tudo julgam legítimo, mesmo as liberda-des e intimidades mais ousadas. Consideram ser amor o que é apenas egoísmo, procura do próprio prazer, instrumentalização dos outros. De resto, é este o ensina-mento duma grande parte dos fi lmes e tele-novelas com que a nossa televisão vai dando o seu contributo para a corrupção dos costumes. Alguns, que se dizem católicos, classifi cam as exigências da moral cristã como obsoletas, ultrapassadas, reminiscências do tempo em que se considerava como tabu tudo o que se referia ao sexo. Ora, os preceitos do Decálogo são imutáveis, não evolucionam ao sabor dos preconceitos em voga ou das conveniências da moda. O 6º e o 9º mandamentos não são imposições arbitrárias da parte de Deus Criador, mas representam a defesa do lar, do verdadeiro conceito do amor, da dignidade feminina, da educação dos fi lhos e do futuro da sociedade. Profanam o amor aqueles que o confundem com explosões de sensualidade ou com a satisfação passageira de tendências instintivas. O amor autêntico alimenta-se da renúncia, do espírito de sacrifício, da doação sincera e a título exclusivo. As
relações sexuais perdem a sua nobreza e legitimidade quando não representam a expressão física duma doação total e defi nitiva, para se transformarem em mera fonte de prazer grosseiro e efémero, nivelando-se com as reac-ções dos animais. As relações sexuais, próprias de seres humanos, cons-cientes e livres, pressupõem uma maturidade física e psi-cológica, uma decisão da vontade e até um certo grau de independência económica, indispensável para o sustento e estabilidade da família. A mulher, que se deixa seduzir e que se presta a partilhar prazeres sexuais fora do ma-trimónio, avilta-se, trilha um caminho lamacento em que perde a sua dignidade, transforma-se em instrumento de prazer, tornando-se mais a fêmea que se procura do que a esposa e a mãe que se estima e venera. O casamento não é uma simples formalidade jurídica. É a proclamação ofi cial do amor, que une os esposos, pe-rante a Igreja e o Estado. Para os católicos trata-se de um rito sagrado, de um grande sacramento, fonte de graças e de bênçãos, que, no dizer de São Paulo, simboliza a união de Jesus Cristo e da Sua Igreja. O amor não tem todos os direitos. Está sujeito a leis que deve respeitar e a limites que legitimamente não pode ul-trapassar. Perante Deus Criador, essas aventuras sentimen-tais e as uniões meramente civis são actos ilegítimos que colocam quem os pratica à margem da lei divina e da co-munidade eclesial, comprometendo não apenas a salvação das suas almas, mas também, na imensa maioria dos casos,
o seu equilíbrio psíquico, o futuro dos fi lhos e a confi ança mútua, factor essencial para a harmonia conjugal e a estabilidade matrimonial. Quando o sexo proclama a sua autonomia relativamente aos preceitos morais, torna-se arrogante, exigente e volúvel, transformando-se numa fonte de corrupção moral e de desagregação social, visto deixar de estar ao serviço do aperfeiçoamento integral do homem e do bem da colectividade. Para ter sentido e valor humano, o amor deve ter os dois elementos constitutivos da natureza: o espiritual e o físico. Quando falta um destes elementos, torna-se im-possível a realização do ideal expresso na Sagrada Escritura: serem dois num só ou numa só carne. Por isso Häring afi rma que “a desintegração da sexualidade acarre-ta consigo a desintegração da personalidade e das relações sexuais”. Quem desco-nhece esta verdade nunca chegará a saborear a delicadeza do verdadeiro amor. Tanto a harmonia conjugal e a felicidade dos esposos como o bem dos fi lhos e a vitalidade da Igreja e do Estado estão largamente dependentes da fundação de lares solidamente constituídos, alicerçados no amor mútuo que só será autêntico se for exclusivo e irrevogável. Na medida em que for desconhecida ou menosprezada esta doutrina, multiplicar-se-á o número dos casais infelizes, dos lares desfeitos e das crianças órfãs, apesar de terem os pais ainda vivos. A Igreja, com a sua doutrina, que muitos consideram antiquada e excessiva-mente austera, não faz mais do que defender o verdadeiro amor das suas múltiplas deturpações e interpretar as exigências da Lei Divina, do bem dos fi lhos e dos pró-prios cônjuges, assim como os interesses superiores da sociedade. Deus é essencialmente Amor. É esta a Sua identidade, que nos foi revelada por Jesus Cristo, Deus feito Homem. O amor é a vida de Deus e é este amor que Ele comunica aos Seus fi lhos, inseridos pelo Baptismo em Cristo, como discípulos que constituem a Comunidade que fundou, a Igreja, da qual é a Cabeça.Quem ama de verdade tem em si a vida de Deus – fomos criados à Sua imagem e semelhança. Devemos, por isso, amar de maneira absolutamente gratuita e desin-teressada. Amar é fazer o bem a quem nos faz bem e a quem nos faz mal. Amar é romper todas as cadeias de preconceitos e discriminações, fabricados pelo egoísmo humano, e dar-se desinteressadamente a todos. Disse Jesus, na Última Ceia, aos Seus discípulos: “Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Como Eu vos amei, amai-vos uns aos outros”. Amar, como Cristo nos amou, é a única força capaz de realizar o milagre da huma-nização da nossa sociedade. Jesus dá-nos o “Seu mandamento” para que sejamos felizes já agora, neste mundo, recebendo a plenitude na casa do Pai. A felicidade está no dom de si mesmo. Quando conseguirmos compreender a grandeza e o signifi cado do que é o Amor, poderemos então Amar, não só a Deus, mas também a nós mesmos e aos outros.
António Vieira
Para ter sentido
e valor humano,
o amor deve ter
os dois elementos
constitutivos
da natureza: o
espiritual e o físico
ENE FEIRAS, CONCURSO DE INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE
Alunos do Colégio mostram os seus projectos Apresentamos aqui alguns dos projectos levados a este concurso, de âmbito concelhio. O concurso visa incentivar dife-rentes talentos e promover o espírito competitivo dos jovens em diversas áreas de estudo, designadamente: artes visuais, ciência e tecnologia. Os projectos seleccionados foram apresentados na mostra ENE – educação, negócios e emprego.
Lanterna Red Green Blue (RGB)
Autores: Renato e José, 11º Electrónica
Professor: Hernâni Mendes
Descrição: A “lanterna RGB” é um produto adaptado de uma lanterna
convencional. A característica inovadora é a utilização de Díodos Emis-
sores de Luz (LED) com as três cores primárias: Vermelho, Verde e Azul.
Assim, variando a intensidade de luz de cada cor, obtemos um largo es-
pectro de luz. A “lanterna RGB” pode ser usado para iluminação com
intensidade variável, ou para criar um ambiente único e variado graças
aos controles incorporados.
Como foi feito: Apenas foi utilizado a caixa de uma outra lanterna para
albergar todo o projecto. O produto “lanterna RGB”, utiliza um microcon-
trolador que lê a informação dos três botões acessíveis ao utilizador, e
actualiza a intensidade dos LED’s respectivos à cor seleccionada pelo
botão. Cada LED é independente e está ligado ao microcontrolador.
O software controla cada cor através da técnica de Pulse With Mo-
dulator (PWM), utilizando uma resolução de 8 bits. A alimentação é
garantida por uma pilha de 9V.
Jogo da Sueca no computador
Autores: Luis Amorim, Fernando Azevedo e Filipe Lisboa, Curso Informá-
tica, 11º ano
Professor: Samuel Reis
Descrição: trata-se de uma mesa que, por baixo da tampa tem quatro
computadores ligados em rede. Toda a programação foi desenvolvida para
que os jogadores tenham o ambiente de um jogo com cartas em papel.
Como foi feito: O projecto surgiu de um conjunto de alunos... que deci-
diu passar o jogo tradicional para uma forma virtual, usando todo o co-
nhecimento de hardware e software adquiridos ao longo destes anos.
Venceu prémio? Sim, prémio de inovação, de nível secundário no
ano de 2008/2009.
PARABÉNS,
COLÉGIO!
Estação automatizada
Autores: Curso de Electrónica
Professor: Cândido Silva
Motor Stirling Máquina capaz de converter energia térmica em
energia mecânica.
Autores: 12º Electrónica
Professor: Cândido Silva
Helper
Autores: Curso Informática, 12º ano.
Professor: Samuel Reis
Descrição: trata-se de um computador criado para ajudar o Amadeu
que é invisual e é também aluno do Colégio. O computador permi-
te receber mensagens escritas que são convertidas em linguagem
gestual e som. Permite também escrever em simultâneo uma vez
que foi adaptado um teclado normal com Braille. Possui também um
software idêntico ao messenger para poder comunicar com os pais e
com outros amigos que também possam ter problemas de mudez,
cegueira e/ou surdez.
Venceu prémio? Sim, prémio no ano anterior de inovação, de nível
secundário no ano de 2007/2008.
PARABÉNS,
COLÉGIO!
Movimento
Autores: alunos do 12ºB - Artes Visuais
Professor: Margarida Coelho
Técnica: Tinta-da-china com caneta de aparo e pincel.
Como foi feito: Os alunos realizaram fotografi as suas em que re-
gistam uma acção. Depois essas fotografi as foram trabalhadas no
Adobe Photoshop, neutralizando o fundo da imagem e simplifi -
cando-a. Após este trabalho feito, os alunos imprimem o resultado
das imagens trabalhadas e à vista passam o desenho para o papel.
Feito o desenho, depois é trabalhado a tinta-da-china com caneta
de aparo e pincel.
Sem Título (colectiva)
Autores: alunos do atelier de fotografi a
Professor: Daniel Pedrosa
Técnica: fotografi a digital impressa sobre papel fotográfi co, cores,
20x25cm.
Como foi feito: O tema foi livre, os alunos exploraram o seu potencial
fotográfi co e foi feita, a partir da sua recolha, uma selecção das melho-
res imagens. Cada aluno levou duas ou quatro imagens a concurso.
Venceu prémio? Sim, o Diogo Pinto, prémio de criatividade, varian-
te de fotografi a para o ensino secundário.
apresentados na mostra ENE
PARABÉNS,
COLÉGIO!
Fragmentos
Autores: alunos do 11ºB e 12ºB - Artes Visuais
Professor: Margarida Coelho
Técnica: Gravura sobre MDF
Como foi feito: Decidimos explorar a gravura em relevo, realizada so-
bre placa de MDF. Este é um material macio e de densidade uniforme
que permite o talhe com goivas, conseguindo-se obter pormenores
bastante fi nos. Decidimos expor as matrizes, isto é as placas grava-
das, dando a conhecer ao público o suporte trabalhado que servirá
à impressão da imagem. “Fragmentos”, tema do projecto de grupo,
tem como base a ampliação de pradões encontrados na natureza. Os
alunos passam o desenho por si elaborado em papel vegetal à escala
do formato da placa de linóleo que depois é gravado com goivas e fi -
nalizado com um polimento com lixa de madeira. Este é um trabalho
extremamente duro e demorado que requer muita fi rmeza de mão
e paciência. Após a placa devidamente polida e limpa de poeiras,
passa-se à sua tintagem ao rolo com tinta de impressão.
| 39 | ENTRElinhas | ABRIL . MAIO . JUNHO 20094
No âmbito da Área de Projecto, os alu-nos do 5º Ano, Turma F, desenvolveram o tema “Circular em Segurança”, fazendo a sua divulgação no dia do Colégio. Estes alu-nos participaram com entusiasmo, desen-volveram competências e souberam aplicá-las em diferentes situações. «Vestimo-nos de igual, circulámos em
segurança, convivemos e foi muito fi xe.»
Jéssica Brito
«Neste dia, senti que estávamos alegres,
divertidos e sobretudo relaxados. Participei no
Duelo Final e correu muito bem.» Carolina «Gostei muito deste dia porque par-
ticipei em diferentes actividades e nunca
pensei que o Colégio fi zesse estas festas.»
Eduardo Gomes «Foi um dia diferente. Pude brincar e
conviver mais com os meus colegas. Até fo-
mos ao parque com a Directora de Turma
fazer um piquenique.» Daniel Amorim «Foi o primeiro aniversário que eu cá
passei a comemorar este grande dia para o
Colégio e para o seu Fundador.» LuísaProfessora Conceição Rua
Circular em SegurançaUm projecto multidisciplinar: 5º F
No passado dia 17 de Abril visitou o nos-so Colégio o ex-jogador de futebol Joaquim Silva (Martelinho). O desportista deslocou-se à nossa sala (5ºI) para uma entrevista na sequência do nosso projecto “Crescer em Segurança no Desporto”. O ex-jogador do Boavista é pai de um
aluno da nossa turma e encontra-se actual-
mente a treinar a equipa júnior do Feiren-
se. Revelou-nos que escolheu o nome de
“Martelinho” para a sua camisola de jogador
porque o seu avô era marceneiro e como se
magoava constantemente nos dedos, a sua
família fi cou a ser conhecida como a família
dos “Martelos”.
Martelinho respondeu a uma série de
questões colocadas por nós, relacionadas com
as lesões, a violência, o álcool, o taba-
co, as drogas, o “dopping” e a alimen-
tação, tendo como pano de fundo o
desporto.
O treinador mencionou que
sofreu várias lesões ao longo da
sua carreira de jogador e que o fu-
tebol, em particular, é um desporto
onde existe muito violência.
O treinador deu-nos vários
conselhos: o futebol é um despor-
to de equipa e os futebolistas, e
os desportistas em geral, devem deitar-se
cedo e ter regras: não devem ingerir bebi-
das alcoólicas; não fumar, nem usar drogas
e ter uma alimentação saudável.
“Muitos colegas meus regrediram na
carreira por não terem uma vida regrada”; “
Fumar não é compatível com a prática des-
portiva”; foram estas algumas das
palavras de Martelinho.
O ex-jogador do Boavista considera
que o “dopping” é ilegal, injusto, é en-
ganar se a si mesmo e é “fazer batota”,
sendo muito prejudicial à saúde, po-
dendo mesmo levar à morte.
No fi nal da entrevista foram tiradas
fotografi as e Martelinho deu-nos o
seu autógrafo. Foi uma aula muito
interessante, diferente e enriquece-
dora. 5º I, Docentes de Área de Pro-jecto: Fátima Janeiro e Mª João Rodrigues
CRESCER EM SEGURANÇA NO DESPORTO
Futebolista Martelinho fala da sua carreira
Um lugar no pódio dos nossos êxitos pedagógicos
ÁREA DE PROJECTO 2008/2009
No decurso deste ano lectivo ensaiei assumir, no Colégio, im-portante referência da minha identidade pessoal, social e cultural, no papel de observador livre, mas atento, das mais heterogéneas acções pedagógicas, das inter-relações grupais, das expressões de linguagem oral e gestual, pessoal e social, dos movimentos con-fl uentes de massa humana para certos locais de convívio, das “ma-nifestações” culturais e lúdicas e do potencial grau de realização/satisfação de todos os “meus” observados. Não realizei inquéritos.
Não fi z entrevistas.
Não testei variáveis.
Não desenhei qualquer registo gráfi co ou apontamento escrito.
Todavia, não podendo provar e explanar as minhas conclusões,
como exige o método científi co, com interpretações estatísticas ou
com comparações analíticas sustentadas com índices percentuais
positivos e/ou negativos, mas posso dar-vos conta daquela que foi
a mais signifi cativa e emblemática conclusão deste meu exercício:
somos uma amostra de massa humana extraordinária, uma comuni-
dade escolar verdadeiramente unida e comprometida com o desafi o
do labor educativo que queremos que seja semper ascendens.
Quanto às restantes conclusões, fossem elas resultados, não
da minha (sou aqui um sujeito infl uenciado) observação, mas de
um estudo ofi cial, o COLÉGIO estaria no PÓDIO da VITÓRIA… pelas
tantas e tão emblemáticas actividades desenvolvidas pelos nossos
alunos ao longo deste ano lectivo.
Neste mesmo podium, permito-me atribuir um lugar de particu-
lar relevo (medalha de ouro) a todos os Professores e Alunos de Área
de Projecto que, com o seu trabalho, responsabilidade e alegria de-
senvolveram um trabalho cuja qualidade, a todos nós, Colégio, hon-
ra. Américo Couto, Coordenador de Área de Projecto (Secundário)
A. Água: Bem precioso para saciar a sede e proporcionar diversão e lazer.
Amizade: Tesouro magnífi co que importa cultivar para se ser autentica-
mente feliz.
B. Balanço: Atitude de quem deseja pensar e avaliar a vida e as opções
essenciais.
Brincadeira: Valorização da diversão e da alegria como expressão de op-
timismo.
C. Caminhada: Fazer caminho ao andar, na descoberta do campo e da ci-
dade.
Cultura: Património da humanidade que manifesta a sua alma.
D. Desporto: Exercício físico para a saúde do corpo e da mente.
Deus: Companheiro especial para umas férias realizadas e em plenitude.
E. Emoção: Atenção àquilo que é importante e que a razão não entende.
Escrita: Forma de deixar a alma respirar e expressar-se através de palavras.
F. Família: Núcleo humano constituído pelas pessoas mais importantes do
mundo.
Festa: Acontecimento para celebrar com entusiasmo a vida, a família e os
amigos.
G. Grupo: Conjunto de pessoas que nos ajudam a crescer, amadurecer e
conhecer.
Gastronomia: Arte da boa cozinha e de comer bem com tempo.
H. História: Memória do passado que constitui a raiz do nosso presente.
Humor: Maneira séria de olhar o quotidiano com alguma graça e sem an-
gústias.
I. Inspiração: Procura de ambientes, ideias e sensibilidades novas e dife-
rentes.
Internet: Janela aberta importante para a descoberta do mundo e da
vida.
J. Jogo: Actividade vivida como passatempo divertido, de harmonia com
as regras.
Juventude: Estado de espírito de quem se nega a desistir de viver.
L. Leitura: Viagem de palavras noutros tempos e universos do real e do
fi ctício.
Liberdade: Dom para viver conscientemente, segundo o que somos e
acreditamos.
M. Museus: Espaço de contacto com a cultura, civilizações e história da
humanidade.
Música: Arte dos sons como expressão ímpar da sensibilidade humana.
N. Natureza: A nossa casa que importa conhecer, respeitar, contemplar e
amar.
Noite: Ambiente de descanso e sono mas, também, de convívio e diver-
são.
O. Oportunidades: Situações ideais para fazer, estar e ser, realizando so-
nhos.
Oração: Diálogo amigo com Deus, com a realidade do que somos e te-
mos.
P. Paisagens: Varandas do planeta para olhar e escutar, respirando a sua
harmonia.
Praia: Espaço mágico para recuperar forças e aproveitar os benefícios da
natureza.
Q. Quarto: Espaço ideal para dormir, descansar e encontrar-se consigo
mesmo.
Qualidade: Abertura inteligente àquilo que vale a pena, fugindo ao vazio
e ao banal.
R. Refrigeração: Preocupação em refrescar o corpo e o espírito, fugindo
ao calor.
Relaxamento: Descanso, na tentativa de relativizar as tensões e preocupa-
ções diárias.
S. Silêncio: Encontro connosco mesmos no santuário recôndito da nossa
consciência.
Solidariedade: Atitude nobre de dar e partilhar, sem preocupação de re-
ceber.
T. Trabalho: Actividade de boa utilização do tempo para fazer coisas dife-
rentes.
Turismo: Saída de si mesmo, indo ao encontro de outras pessoas, culturas
e realidades.
U. Umbigo: Contemplação de si mesmo, enquanto se descansa, sem fazer
nada.
Universalidade: Sentimento de quem olha cada pessoa como um irmão.
V. Valores: Princípios de vida segundo os alicerces existenciais que cons-
truímos.
Viagens: Mudança do ambiente e rotinas do quotidiano, aventurando-se
na novidade.
X. Xadrez: Jogo singular para exercitar a mente, o raciocínio e a inteligên-
cia.
Xarope: Medicamento a tomar no tempo livre para obter saúde e bem-
estar físico.
Z: Zelo: Preocupação em ser cuidadoso e delicado com as pessoas e as
coisas.
Zoologia: Consciência da riqueza e diversidade do mundo animal a des-
cobrir sempre.
DICIONÁRIO PARA AS FÉRIAS
Ideias para os tempos livres do VerãoProfessor Paulo Costa
ABRIL . MAIO . JUNHO 2009 | ENTRElinhas | 39 | 5
Neste artigo iremos destacar informações que consideramos relevantes para os alunos que rea-lizam exames nacionais e de equivalência à fre-quência. No ensino básico, os exames nacionais são
obrigatórios. A não realização de uma das provas
implica a não aprovação no 3º ciclo. Recorda-se
que o exame de Língua Portuguesa se realiza a
19 de Junho e Matemática a 22 de Junho (ambos
têm uma tolerância de 30 minutos, além do tem-
po regulamentar).
São admitidos aos exames nacionais do 9.º ano
de escolaridade todos os alunos, excepto os que,
após a avaliação sumativa interna, no fi nal do 3.º
período, tenham obtido classifi cação de frequên-
cia de nível 1 simultaneamente nas disciplinas de
Língua Portuguesa e Matemática; classifi cação de
frequência inferior a 3 em três disciplinas, excepto
se algumas delas for Língua Portuguesa e/ou Mate-
mática e nestas obtiver nível 2. A menção de Não
Satisfaz na Área de Projecto corresponde a classifi -
cação inferior a 3 numa disciplina para efeitos de
admissão a exame.
Os alunos com 15 anos ou que os completem
até 31 de Agosto e que reprovem no fi nal do 3.º
período em resultado da avaliação sumativa inter-
na, realizam os exames nacionais de Língua Portu-
guesa (escrita e oral) e Matemática e os exames de
equivalência à frequência em todas as disciplinas
em que obtiveram nível inferior a 3. A não realiza-
ção de exame em qualquer disciplina ou compo-
nente implica a retenção do aluno.
Nas disciplinas constituídas por 2 provas (escri-
ta e oral), a classifi cação de exame corresponde à
média aritmética simples, arredondada às unida-
des, das classifi cações das duas provas expressas
percentualmente e convertida posteriormente na
escala de níveis de 1 a 5, de acordo com a tabela
expressa no regulamento de exames do ensino
básico. Na época de Setembro os alunos realizam
exames de equivalência à frequência em todas as
disciplinas em que não obtiveram aprovação na 1.ª
Fase (excepto Língua Portuguesa e Matemática).
No ensino secundário, os exames realizam-se en-
tre 16 de Junho e 23 do mesmo mês (1ª fase). A
2ª fase decorre entre 13 e 16 de Julho. Todas as
provas de exames nacionais têm uma tolerância
de 30 minutos, além do tempo regulamentar.
Nas disciplinas trienais, os conteúdos a ques-
tionar nas provas de exame incidem sobre o
programa do 12.º ano. Nas disciplinas bienais os
conteúdos a questionar nas provas de exame in-
cidem sobre a totalidade do programa. As provas
de equivalência à frequência incidem sobre a to-
talidade dos conteúdos programáticos.
Nas provas de ingresso não há reprovação.
Qualquer repetição desta prova na 2.ª fase obriga a
inscrição. No que diz respeito ao acesso ao ensino
superior é de referir que as provas de ingresso são
válidas para o ano da sua realização e nos dois anos
seguintes. Têm acesso à 1ª fase de candidatura os
alunos que realizaram todos os exames na 1ª fase
de exames e reuniram condições de candidatura;
os alunos que decidiram efectuar pela 1.ª vez exa-
mes na 2.ª fase (faltaram ou escolheram uma nova
disciplina) ou tendo condições de realizar o exame
optaram por só o efectuar na 2.ª fase.
Têm acesso à 2ª fase de candidatura os alunos
que não reuniram condições de admissão na 1.ª
fase de exames ou que reprovaram na 1.ª fase de
exames, reprovaram na frequência ou não obti-
veram a classifi cação mínima exigida nas provas
de ingresso; os alunos que repitam exames na 2.ª
fase para aprovação ou melhoria de classifi cação
e os alunos que repetiram provas de ingresso na
2.ª fase em anos anteriores.
A terminar, o Secretariado de Exames deseja a
todos os alunos boa sorte e que as provas decor-
ram com sucesso e de acordo com as suas expec-
tativas académicas. O Secretariado de Exames
Percurso no
ColégioHabilitações Literárias Percurso Profi ssional
Jacek Lukasz Kustra
Investigador da Philips Applied Technologies, nos Países Baixos
6º ao 12º ano • Licenciatura em Engenharia Electró-
nica e Telecomunicações pela Universi-
dade de Aveiro (especialização na área
de software de visualização médica).
• Mestrado em Engenharia Biomédica
pela Universidade de Aveiro.
• Foi vice-campeão nacional da I Divisão de Voleibol, no Esmoriz Ginásio Clube.
• Trabalhou no Instituto de Engenharia Electrónica e Telemática de Aveiro (IEETA),
primeiro como engenheiro de software para aplicações inter-hospitalares, a que se
seguiu um trabalho de investigação na área da imagiologia multimodal com resso-
nância magnética funcional e electroencefalografi a.
• Foi professor assistente na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda
(ESTGA), da Universidade de Aveiro.
• Actualmente trabalha na Philips Applied Technologies, no High Tech Campus,
em Eindhoven, Países Baixos, desempenhando funções na área de software para
aplicações médicas.
Mário José Neves de Lima
Professor Auxiliar e Investigador do Departamento de Electrónica, Telecomunica-ções e Informática (DETI), da Universidade de Aveiro.
5º ao 12º ano • Licenciatura, Mestrado e Doutora-
mento pela Universidade de Aveiro, em
Engenharia Electrónica e Telecomuni-
cações.
• Realizou estágio profi ssional na Portugal Telecom, na Direcção Central de Investiga-
ção e Desenvolvimento - Centro de Estudos de Telecomunicações (DCID/CET).
• É investigador do Grupo de Comunicações Ópticas da Universidade de Aveiro e do
Instituto de Telecomunicações - Pólo de Aveiro, na área científi ca de Comunicações
Ópticas.
• É Professor Auxiliar do Departamento de Electrónica, Telecomunicações e Informá-
tica (DETI), da Universidade de Aveiro.
ANTIGOS ALUNOS DO COLÉGIO
DISTINGUEMSE NA VIDA ACTIVA
Os notáveis VIII
Jacek Kustra e Mário Lima estudaram no Colé-
gio de Lamas, em intervalos temporais diferentes e,
coincidentemente, prosseguiram estudos na Uni-
versidade de Aveiro.
O primeiro, de origem polaca, abraçou uma ex-
periência profi ssional nos Países Baixos.
O segundo não protagonizou a denominada
“fuga de cérebros”, mantendo-se fi el à Universidade
onde se formou.
Em qualquer caso, constituem mais-valias num
campo de excepção, o da investigação. Professor Gautier de Oliveira
Colaboram nesta Edição:Textos de: Pedro Silva, Ricardo Félix, Pedro Brito, Catarina Silva - 8º G, Ana Lúcia, Inês Lima, Catarina Silva e Reinaldo Silva
- 8ºB, Diana Godinho - 12º C, Ana Sofi a Rodrigues Sousa - 8ºE, Catarina Marques - 9ºF, Mariana Costa - 9ºB, Mariana Liber-
dade - 12º A2, Juliana Milheiro - 12ºA2, Joana Ferreira - 8ªA, Bruna Castanheira - 8ºE, Isa Afonso - 10ºB, Francisco Brito - 8ºL,
Luís Conceição - CEF Op. Pré-Impressão, Mariana Costa – 9º B, Fabiana e Micaella - 11ºCD, Diana Filipa - 9º E, Lígia e Eduarda
- 10º A2, Diogo Mendes - 10ºA3 e Amélia Santos - 10ºA6.
Professores António Joaquim Vieira, Joana Vieira, Daniel Pedrosa, Margarida Coelho, Hernâni Mendes, Gautier de Oliveira,
Secretariado de Exames, José Maria Samuco, Fernando Vicente e Alexandra Salomé, José Eduardo Pascoal, Susana Ferreira
(Conservadora do Museu de Santa Maria de Lamas), Mário César Correia, João Sousa, Américo Couto, Conceição Rua, Fá-
tima Janeiro e Mª João Rodrigues, Paulo Costa, Associação de Pais do Colégio de Lamas, Grupo de Promoção da Leitura,
Pedro Almeida, Jacinto Santos, Complexo Desportivo, Rosa Clara Almeida e Teresa Sousa.
Fotografi as de: José Oliveira, professores Luis Filipe Aguiar, Nuno Vieira, Margarida Coelho e Daniel Pedrosa.
Director: Joana Vieira
Editor: Luis Filipe Aguiar
Design e Paginação: Daniel Pedrosa
NOTA: os artigos assinados são da responsabilidade dos autores.
JORNAL DO COLÉGIO LICEAL DE SANTA MARIA DE LAMAS TRIMESTRAL . ANO XIII . ABRIL | MAIO | JUNHO 2009
www.colegiodelamas.com
Rua do Colégio - Apartado 107
4536-904 Sta Maria de Lamas
fi ch
a té
cnic
a
Nos dias que correm, são cada vez mais gra-ves, e em maior número, os problemas discipli-nares com que os professores são confrontados na sala de aula. Por isso, estes têm que se prepa-rar para os resolver.
Em primeiro lugar, os professores precisam de
proteger a sua emoção diante do calor dos con-
fl itos e desacatos protagonizados por alunos. As
fricções constantes poderão desgastá-los profun-
damente, ao ponto de, mesmo sendo novos, pas-
sarem a contar os dias que faltam para a reforma.
Em segundo lugar, diante de qualquer situação
de indisciplina, sobretudo a indisciplina grave, a
melhor resposta é não dar qualquer resposta. Esta
ideia decorre do facto de nos primeiros 30 segun-
dos de tensão os seres humanos reagirem instinti-
vamente, como os animais, podendo cometer er-
ros graves. A emoção tensa obstrui o território de
leitura da memória, não permitindo a construção
de uma linha de pensamento lógico.
Em terceiro lugar, não adianta dar uma lição
de moral a quem teve um comportamento incor-
recto. Este procedimento é arcaico, não é efi caz e
não gera um momento educativo, na medida em
que, também o prevaricador, tem a sua emoção
tensa e a sua inteligência obstruída.
Para resolver confl itos na sala de aula, o
melhor é actuar de forma inesperada, levando os
alunos a refl ectir, a entrarem em confronto consi-
go mesmo. Não se trata de uma receita infalível,
no entanto pode ser muito efi caz.
Certo dia, numa aula, alguns alunos conversa-
vam descontraidamente. O professor pediu que
fi zessem silêncio, mas eles ignoraram-no. O profes-
sor insistiu, dirigindo-se ao aluno que falava mais
alto. Este respondeu em tom agressivo, dizendo:
“Você não manda em mim. Eu faço o que quiser!”
Nestas condições, todos esperavam que o
professor gritasse com o aluno ou que o expul-
sasse da aula – ordem de saída da sala, como se
diz hoje em dia. No entanto, optou pelo silêncio,
durante momentos, e respirou fundo para fa-
zer baixa a tensão que se abateu sobre ele. Em
seguida, surpreendeu os alunos, contando-lhes
uma história, para atingir com inteligência o seu
íntimo, levando-os a pensar, em particular o aluno
que teve uma atitude agressiva.
O professor contou a história das crianças e ado-
lescentes judeus que foram presos nos campos de
concentração nazis e que perderam todos os direitos.
Não lhes era permitido ir à escola nem brincar com os
seus amigos. Os alimentos que comiam não estavam
em bom estado de conservação e dormiam como
se fossem objectos amontoados num armazém. As
limitações não tinham fi m, ao ponto de não lhes ser
permitido receber o carinho dos seus pais.
Tudo se passava como se o mundo tivesse
desabado sobre eles. Choravam e ninguém os
consolava. Tinham fome e ninguém lhes dava
de comer. Chamavam pelos pais, mas ninguém
respondia. À sua frente apenas havia cães, arame
farpado e soldados armados.
Depois de contar a história, o professor disse:
“Vocês têm escola, têm professores, têm o carinho
dos vossos pais, têm refeições dignas, podem des-
frutar da companhia dos vossos amigos. Será que
valorizam o que têm?”
O autor da agressividade verbal contra o pro-
fessor fi cou em completo silêncio e não voltou a ser
o mesmo. Compreendeu que tinha muitas coisas
boas às quais não dava valor. Nesta situação, o pro-
fessor optou por não chamar à atenção do aluno in-
fractor para corrigir o seu comportamento, preferiu
confrontá-lo consigo mesmo, obrigou-o a pensar.
Com afecto e inteligência é possível atingir o
íntimo dos alunos e resolver, assim, efi cazmente
muitos dos confl itos por estes gerados. José Maria Samuco
Resolver confl itos na sala de aula
EXAMES 2008/2009
| 39 | ENTRElinhas | ABRIL . MAIO . JUNHO 20096
inic
iati
vas
COMPANHIA DE TEATRO APRESENTA ADAPTAÇÕES DE AUTORES PORTUGUESES
Companhia de teatro faz as delícias dos nossos alunos
DIA DO INGLÊS AVALON THEATRE COMPANY
Robin Hood and the Riddles of the Sherwood Forest
A Companhia de Teatro O Sonho deslocou-se ao nosso Colégio, nos dias 1 e 2 Junho, para apresentar a sua adaptação de textos de Almada Negreiros (Antes de Começar), de Luís de Camões (Os Lusíadas de Calções) e de Gil Vicente (Auto da Barca do Inferno).
Os diferentes espectáculos, nos quais a música, a luz e a in-
teracção com o público tiveram um papel central, proporcio-
naram uma abordagem didáctica e, ao mesmo tempo, diver-
tida e original de cada uma das obras, conseguindo que elas
ganhassem uma nova vida e permanecessem na memória de
todos os que tiveram o privilégio de assistir à representação.
Aliás, a receptividade demonstrada pelos alunos acabou por
corroborar a ideia de que a expressão dramática contribui
indiscutivelmente para a aprendizagem e para o desenvolvi-
mento integral dos alunos, afi rmando-se como um cativante
e completo recurso pedagógico.
Aproveitamos também para agradecer a todos aqueles
que passaram, ao longo de todo o ano lectivo, pelo Canto do
Conto, porque, com a sua disponibilidade, interesse e simpa-
tia, souberam tirar o devido proveito de cada uma das sessões,
confi rmando que o conhecimento também se pode construir
de uma forma eminentemente lúdica. Grupo de Promoção da Leitura
Hello, my friends!
Put your right hand in your heart and say: “For
Sherwood and England!”
Este foi o lema de Robin Hood, o protagonis-ta da peça de teatro Robin Hood and the Riddles of Sherwood Forest que, na sexta-feira, dia 17 de Abril, presenteou os alunos. Esta peça de tea-tro, composta por actores britânicos, como Beth Common, Keith Harle, Grant Shepherd e ainda a portuguesa Erica Amaro, tinha várias persona-gens, todas com a sua personalidade e estilo.
Sorrimos, dançámos, falámos e até participá-
mos nesta peça; uma mistura de alegria, tristeza,
“suspense”… divertimo-nos até fartar e, para to-
dos os espectadores, a pior parte do espectáculo
foi o fi m, a ida para as salas, onde voltaríamos ao
mundo real em que vivemos, longe do conto de
fadas a que assistimos.
Agora só resta a saudade e a esperança de
que a peça volte ao nosso Colégio. Até lá, “goo-
dbye and see you later!” Marcelo Jesus, Pedro Fer-reira, Pedro Sá, Rita Félix - 8º G
Palmas, entusiasmo e alegria predomina-
vam naquele auditório repleto de jovens eufó-
ricos. Ansiavam uma excelente representação
por parte de quatro actores profi ssionais polvi-
lhados com um enorme talento. Pertenciam à
Avalon Theatre Company, uma companhia de
teatro inglesa.
Logo no início desta peça interpretada
nesta língua estrangeira, (…) o público, cheio
de jovens e Professores, foi cativado pela ac-
tuação desta companhia. Numa mistura de
peça educativa com comédia, os actores des-
pertaram até ao fim o interesse de toda a pla-
teia.
Durante a representação, levaram ao palco
alguns jovens alunos do Colégio. Original e cria-
tiva, esta companhia deixou a todos os alunos
uma experiência enriquecedora e única.
Obrigado por nos terem divertido e ensinado
ao longo de 90 minutos. Rute Silva, Tiago Coe-lho, Tiago Ramos - 8º
Nesse dia, antes de a peça começar, os alunos
sentiam se um pouco preocupados pelo facto
de poderem não perceber o teatro. Mas não! Os
actores falaram calma e pausadamente e todos
perceberam.
Os quatro actores, no decorrer da peça, cha-
maram alguns alunos do público que, a muito
custo e cheios de vergonha, acabaram por acei-
tar - uma interacção engraçada.
No fi nal, Alunos e Professores saudaram os
actores pelo excelente trabalho e retiraram-se
aplaudindo. Pedro Silva, Ricardo Félix, Pedro Bri-to, Catarina Silva - 8º G
ABRIL . MAIO . JUNHO 2009 | ENTRElinhas | 39 | 7
No próximo mês de Setembro, quando se ini-ciar o novo ano lectivo de 2009/2010, o nosso Co-légio vai ter mais um edifício ao serviço de alunos e professores.
Trata-se do novíssimo equipamento do refeitó-
rio, obra notável de arquitectura da autoria do Arq.
Rui Guedes. Este edifício tem despertado a curiosi-
dade de todos quantos têm vindo a acompanhar,
mês após mês, o seu crescimento e transformação.
Agora que está quase pronto (embora com o refeitó-
rio já a funcionar em pleno desde Janeiro), estamos
ansiosos por conhecê-lo nos seus diversos espaços
e usufruir da modernidade das suas linhas arqui-
tectónicas. Ali encontraremos doze salas de aulas,
gabinetes, um salão em dois pisos para convívio e
recreio, balneários, para além do refeitório e cozinha.
Este novo edifício vai proporcionar à comunidade
escolar, para além do espaço de encontro e convívio,
outras funcionalidades como são o serviço de refei-
ções e as actividades de complemento curricular.
Existe um nexo especial entre Di-
reito e Economia. A economia estuda a
aplicação que os indivíduos fazem dos
recursos em bens e serviços; mas para
retirar utilidade económica desses bens
ou serviços, o indivíduo tem de ser titu-
lar de direitos a eles relativos.
Da mesma forma, para conferir di-
reitos (que são atribuídos aos indivídu-
os), a ordem jurídica pondera os interes-
ses em confronto na situação social real
tendo em conta a utilidade económica
desses mesmos bens e serviços. Isto sig-
nifi ca que direito e economia são duas
formas de encarar a mesma realidade,
que se complementam, porque intera-
gem e são interdependentes.
Apesar de haver diferenças de ob-
jectivos e de técnicas de análise, não se
podem ignorar mutuamente uma vez
que têm em comum o mesmo objecto:
comportamentos humanos e relações
sociais.
É certo que a economia procura a
solução que traga mais utilidade e efi -
ciência. E o direito procurará a solução
mais justa e equilibrada entre os diver-
sos interesses em causa.
Os juristas não podem ignorar a uti-
lidade económica dos bens e serviços
porque é em função desta utilidade
económica que se estabelecem os vários
direitos e obrigações. Do mesmo modo
que os economistas não podem ignorar
os aspectos jurídicos dos bens e servi-
ços porque as transformações da vida
económica acontecem através de actos
jurídicos, produtores de efeitos juridica-
mente relevantes.
Desta forma, impõe-se a colabora-
ção entre economistas e juristas para
conhecerem quer a terminologia, quer
o mecanismo intelectual de raciocínio
de cada um, sabendo precisamente a
colaboração de que necessitam dos
outros e a que podem solicitar.
Aos economistas é essencial conhe-
cer estes ramos do Direito, uma vez que
precisam de conhecer os instrumentos
jurídicos que lhes estão disponíveis,
quer para saber analisar a vida económi-
ca, como também para actuar sobre ela
e transformá-la na direcção que acham
mais conveniente. Sendo certo que, nes-
te caso, as suas razões de efi ciênci0061
estão submetidas às razões de Justiça
que o Direito coloca acima de tudo e de
que não abdica. Diana Godinho 12º C
As relações entre direito e economia Estando quase a terminar o ensino secundário e tendo sido aluna das disciplinas de Direito e Economia, dois ramos dis-tintos mas interligados nos seus conteúdos, venho levantar um pouco o véu sobre o que, realmente, estes ramos analisam.
Ilust
raçã
o P
rofe
sso
r D
an
iel P
ed
rosa
inic
iati
vas Esta iniciativa consistiu na realização de um
concurso sobre o tema “ Cultura e civilização
francesas”, aberto a toda a comunidade escolar.
A adesão foi grande, tendo se registado cer-
ca de 80 participantes. A todos agradecemos a
colaboração na nossa iniciativa.
Deixamos ainda aqui o registo de algumas
opiniões recolhidas “in loco” sobre esta iniciativa:
“- O concurso serve para testar a capacidade
de compreender uma cultura diferente da nossa”
(Bárbara Barbosa 5ºD)
“- No geral é fácil, gostei de participar!” (Jéssica 7º E)
“- É interessante porque desenvolve a nossa cul-
tura.” (Inês 9º H)
“- O concurso ajuda a convivermos e é educativo.”
(Jéssica 7º A)
“- É giro! Aprendo algumas coisas novas sobre a
França.” (Rute 7º A)
“- Achámos o concurso bastante didáctico!” (Ana
Lúcia, Inês Lima, Catarina Silva e Reinaldo Silva 8ºB)
Francês Divertido Decorreu no Dia do Colégio, 5 de Maio, uma iniciativa dinamizada por professores e alunos de Fran-cês, com o objectivo de sensibilizar a Comunidade escolar para a importância, a riqueza e a beleza da Cultura e Civilização francesas.
Lista dos vencedores:
Alunos do 2º e 3º Ciclos Alunos do Secundário Professores
Mariana Reis 5ºD
Pedro Ferreira 8º G
Filipe Sousa 8º G
Tiago Ramos 8º G
Ana Almeida 9º E
Diana Ribeiro 9º E
Cláudia Semedo 12º D Maria da Costa
Alzira Oliveira
No decorrer da apresentação, a Dr.ª Ana Cristi-
na teve o condão de estimular o debate, razão pela
qual a sessão decorreu num clima bastante positi-
vo e de interactividade entre todos os presentes.
Os factores de sucesso e insucesso dos alunos
e a promoção de um relacionamento optimizado
entre os Encarregados de Educação e os Professo-
res foram algumas das temáticas analisadas neste
debate que prendeu os intervenientes para além
da meia-noite.
Novo edifício pronto a funcionar em Setembro
ASSOCIAÇÃO DE PAIS
Relação escola/família em debate A APECL, Associação de Pais e Encarregados de Educação do Colégio de Lamas, promoveu a pales-tra “Família e Escola, uma Parceria para o Sucesso Educativo” que teve lugar no dia 22 de Maio, pelas 21.15h, no Auditório Principal, tendo como oradora a psicóloga Ana Cristina Barbosa.
EXTERIOR enquadramento do novo edifício a partir do interior do Colégio
SALA DE AULA na altura da foto, as salas de aula
encontravam-se em fase de acabamento.
SALÃO DE CONVÍVIO este salão de dois pisos
oferecerá um amplo espaço de convívio.
CANTINA espaço já conhecido pelos nossos alunos
uma vez que já se encontra em funcionamento.
EXTERIOR enquadramento do novo edifício a
partir da parte de trás do Colégio.
| 39 | ENTRElinhas | ABRIL . MAIO . JUNHO 20098
dia
do
colé
gio
, 5
de
Mai
o d
e 2
00
9Comemorando o Dia do ColégioFoi com o habitual entusiasmo e animação que o Dia do Colégio se assinalou uma vez mais.
E muitas foram as actividades que preencheram este dia particularmente especial da nossa vida escolar.
AUDITÓRIO foi o palco do auge deste dia quando, em uníssono, se cantaram os parabéns pelo aniversário do seu Fundador, Dr. Vieira.
AUDITÓRIO foi palco da apresentação do novíssimo Hino do Colégio, entoado por todos os presentes.
40 ANOS os alunos quiseram marcar esta data...
SALA DE AULA exposição do concurso de
Educação Visual e Tecnológica. EXTERIOR foi palco de várias actividades, na foto, a gincana.
ABRIL . MAIO . JUNHO 2009 | ENTRElinhas | 39 | 9
LABORATÓRIOS abriram portas à curiosidade e experimentação
POLIDESPORTIVO aqui decorreram muitas actividades deste dia.
POLIDESPORTIVO onde decorreu o torneio de futebol.
ESPAÇO dos clubes dinamizado
RECRIAÇÃO de Fernando
Pessoa e Camões. MODELISMO cativou os amantes da velocidade.
EXPOSIÇÕES diversas por todo o Colégio.
BLOCO IV manta “Crescer em Segurança”, iniciativa de EMRC.
MUSEU DE LAMAS
Um espaço dinâmico e vivo
can
tin
ho
do
mu
seu
Este ano, o Conselho Internacional de Museus (ICOM) escolheu o tema Museus e Turismo para a comemora-ção do Dia Internacional dos Museus (18 de Maio). De modo a assinalar esta data, o Museu de Santa Maria de Lamas (MSML) promoveu diversas actividades ao longo de todo o mês.
No âmbito do Imaginarius - Festival In-
ternacional de Teatro de Rua de Santa Ma-
ria da Feira, foi desenvolvido um projecto
de arte comunitária denominado “Textu-
ras”. A iniciativa cruzou várias linguagens
artísticas (teatro, vídeo e fotografi a) e este-
ve presente em vários locais do concelho.
A Casa da Cultura de Lourosa apresentou
uma exposição de fotografi a que cruzou
o registo do processo de construção des-
te projecto com uma recolha comunitária
de fotografi as antigas sobre a indústria
da cortiça. No Museu de Santa Maria de
Lamas foi exibida uma instalação vídeo
relativa ao processo de construção deste
projecto. Por último, na fábrica AJT, em
Mozelos, foi apresentado o espectácu-
lo de teatro, no qual os actores eram os
próprios trabalhadores da fábrica e que
funcionou como ligação entre o passado,
o presente e o futuro destas três comuni-
dades, usando o ciclo de vida do sobreiro
como uma metáfora para a vida humana.
Além deste projecto, entre 18 e 22 de
Maio foram desenvolvidas diversas activi-
dades educativas. Uma das propostas foi
a actividade Turistas de palmo e meio, um
percurso através do qual foram exploradas
diversas regiões do país com base nas colec-
ções do Museu. Disfarçados de turistas, os
visitantes percorreram o Museu em busca
de objectos oriundos de regiões específi -
cas. Pretendeu-se proporcionar uma forma
divertida de encarar o conceito de Museu,
apresentando o espaço museológico como
síntese de um mundo a ser explorado. Além
desta, foram também realizadas Viagens
pelo Barroco, percurso este que procurou
sensibilizar os visitantes para a história das
mentalidades, cultura e arte do período
Barroco, incidindo particularmente na Talha
Dourada (características, simbologia, técni-
cas e materiais) e sua presença no Museu.
Foi também inaugurada uma expo-
sição temporária de pintura - Quo Vadis?
- mostra de 21 obras da autoria do artista
plástico Fernando de Sousa que estará
patente no Museu até 16 de Julho.
Os sábados do mês de Maio foram
também preenchidos com uma Ofi cina
de Douramento. Direccionada a estudan-
tes de arte, artistas plásticos, professores
e interessados nesta área, esta ofi cina
procurou desenvolver em termos teó-
ricos e práticos a linguagem e técnicas
da Talha Dourada, assim como contribuir
para a utilização pedagógica desta arte,
como ferramenta de criação colectiva e
multidisciplinar.
Na primeira semana de Junho, o Mu-
seu comemorou o Dia Mundial da Crian-
ça com a visita do Capuchinho Vermelho
ao Museu e um peddy-paper. Os Santos
Populares são também assinalados com
visitas e actividades temáticas ao longo
de todo o mês.
Em Julho, além da Ofi cina de Verão
destinada a crianças, será desenvolvido
o projecto “Restauro ao Vivo no Museu”.
Através de uma nova parceria com a
Universidade Católica Portuguesa, o
Museu vai receber estagiários da Licen-
ciatura em Arte – Conservação e Restau-
ro, possibilitando assim as intervenções
em diversas imagens. A ideia do Res-
tauro ao Vivo tem por base uma maior
interacção entre o público e a realidade
museológica, permitindo ao primeiro,
no contexto da própria visita, a obser-
vação das intervenções que vêm sendo
feitas. A realização pública de acções de
conservação e restauro dentro do espa-
ço museológico apresenta desta forma
uma importante vertente pedagógica,
pretendendo elucidar e consciencializar
os visitantes através do confronto direc-
to com os problemas do espólio em in-
tervenção. Simultaneamente, o Museu
procura também diversifi car o carácter
das suas visitas, revelando-se um espa-
ço dinâmico em oposição ao frequen-
te preconceito do Museu “estático”. A
dinamização do espaço museológico e
a criação de visitas temáticas variadas,
neste caso em torno da Conservação e
Restauro, permitem ao Museu captar a
atenção de diferentes públicos e mudar
a concepção que estes têm do seu es-
paço e do seu espólio.
Desejamos um excelente Verão para
todos e esperamos recebê-los em breve
no Museu! Susana Ferreira (Conservadora
do Museu de Santa Maria de Lamas)
Depois de treinos semanais durante vários
meses, tivemos a "Prova Final", no dia 28 de Abril,
na prestigiada Universidade de Aveiro, com a
companhia agradável das Professoras Corina e
Ana Moreira, que também colaborou no nosso
progresso durante os treinos.
As Provas decorreram na parte da manhã. Em-
bora poucas equipas do nosso Colégio tenham
chegado ao último nível, todos fi zeram o melhor
que conseguiram, mais rápido ou mais lento. Mas
o esforço compensou, pois fi zemos uma presta-
ção bastante boa, conseguindo chegar ao 9º lu-
gar a nível nacional entre 101 escolas!
Foi um dia bem passado no meio de grandes "crâ-
nios matemáticos"! Ana Sofi a Rodrigues Sousa, 8ºE
Uma aventura matemática! Foi no fi nal do 1.º Período, que um par de alunos de cada turma do 3º ciclo recebeu um convite irrecusável: ir participar no Equamat, uma aven-tura virtual cheia de números e cálculos de 20 níveis, com a duração de 30 minutos, orientada pela Professora Corina Alves.
TODOS PELA PAZ
A
concretização do projecto TRÊS DIAS PELA PAZ no qual todo o Colégio, no
transacto mês de Março, esteve, responsável e emocionalmente envolvido,
passou por várias fases de acção, tendo sido coroado com um livro de apon-
tamentos nominais (assinaturas) que será enviado a várias Instituições e/ou
Entidades Ofi ciais, Educativas e outras. A carta que aqui se publica introduz
este livro, dando conta dos objectivos e motivações do NOSSO PROJECTO.
COLÉGIO LICEAL DE SANTA MARIA DE LAMAS PROJECTO DE ACÇÃO ESCOLAR
ACTIVITY SCHOOL PROJECT
TODOS PELA PAZALL FOR PEACE
Exmº Senhor:
Cordiais saudações.
Somos uma escola que há quatro décadas (re)constrói, (re)adapta, inova e implementa sinergias formativas, didácticas e pedagógicas, as mais modernas e promotoras da mais sólida formação humana. No permanente encalço da concretização de metas educativas alicerçadoras de saberes e valores pré-realizadoras de futuros sonhos de muitas vidas, promovemos e desenvolvemos, no mês de Março transacto, em atitude de solidariedade com o mundo que sofre as vicissitudes da guerra, mais um projecto humanístico, desta vez subordinado ao lema da PAZ e que designamos “Três Dias Pela Paz”.
Uma escola aberta ao mundo, sem muros ideológicos e aberta aos valores universais que fomentam a concórdia, a paz e o amor entre os homens, independentemente da sua raça, cor, ideologia, uma escola que deve sentir como imperativo categórico seu a missão de participar activamente na construção de um mundo melhor, educando, doutrinando e cimentando nos jovens a prática e a vivência dos mais nobres valores humanos. Neste sentido, através da viabilização deste projecto, convidou todos os seus membros a construírem, no contexto escolar, uma UNIDADE de espírito solidário para com todas as vítimas da guerra no mundo.
Durante três dias, intensamente marcados por actividades pedagógico-humanísticas, a nossa escola transformou-se numa espécie de reservatório natural de paz onde o mote da inter-relação de todos os seus membros foi a fraternidade e a partilhaexpressiva de sentimentos de solidariedade omnipresentes em muitos dos seus espaços físicos e em muitas conversas entre alunos e professores.
Este projecto, desde a sua concepção até à sua efectiva realização, nunca foi nem pretendeu ser uma acção fechada em si mesma, para si mesma. Pelo contrário, ele afirma-se enquanto acção escolar, como um sinal anunciante ao mundo de que nós, Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas, estamos atentos e preocupados com os problemas do mundo, a aldeia global que queremos reconstruída com novos alicerces de paz e harmonia entre os homens.
No intento de darmos alguma visibilidade a este nosso propósito “escrevemos” este livro de apontamentos nominais através do qual nos damos a conhecer ao mundo pelo nosso próprio punho.
Este mesmo livro que oferecemos à Vossa Instituição é a coroa do nosso projecto que esperamos venha a merecer da V. Instituição qualquer tipo de continuidade… em prol da Paz que todos almejamos para o nosso mundo em guerra.
Semper Ascendens Professor Américo Couto
ABRIL . MAIO . JUNHO 2009 | ENTRElinhas | 39 | 11
O evento decorreu no ano em que
o projecto que lhe deu origem, o PmatE
(Projecto Matemática Ensino) celebra 20
anos de existência. Para além das já ha-
bituais áreas de saber, este ano e a título
experimental, as competições englobam
provas de Geologia.
O evento vai reunir cerca de 20 mil
alunos provenientes dos ensinos Básico
e Secundário de todo o país e também
de Moçambique. O nosso Colégio esteve
muito bem representado: 1º Classifi cado,
por escolas, na competição de Física e 3º
Classifi cado, por escolas, na competição
de Matemática.
Por equipas de alunos, salientam-se
os fantásticos resultados dos alunos:
Miguel Relvas da Silva, Daniel Alberto Oli-
veira Santos 1º lugar Fis 11 (nível 11º ano)
André Filipe Soares Pimenta, Ruben Fili-
pe Pereira de Sousa 2º lugar Fis 11 (nível
11º ano).
Ana Lúcia Santos e Silva, Ana Sofi a
Gomes Costa 3º Lugar Bio 10 11 (nível 11º
ano).
COLÉGIO 1º CLASSIFICADO NA COMPETIÇÃO DE FÍSICA
Operação pega-monstro
Com um enredo espacial, a Universidade de Aveiro realizou as competições nacio-nais de Matemática, Biologia, Física e Português, nos dias 28, 29 e 30 de Abril.
pré
mio
s
Professores Fernando Vicente e Alexandra Salomé
Olá Amigos!
Estamos a chegar ao fi m de mais um ano
lectivo! Aproveitamos para abordar as tão ba-
daladas energias renováveis, nomeadamente a
energia solar! Os painéis e colectores solares são
uma realidade em todas as novas construções:
como funcionam? Por fi m, fazemos duas suges-
tões para umas férias diferentes e recheadas de
Ciência!
Energia Solar
Na actualidade, assiste-se a uma progressi-
va destruição do nosso planeta Terra. Um dos
factores responsáveis por este facto é a incan-
sável procura de energia a fi m de sustentar o
desenvolvimento das sociedades. Esta energia
é proveniente principalmente de fontes não
renováveis, como os combustíveis fósseis e
nucleares. No entanto, preocupações ambien-
tais levam cada vez mais ao uso de energias
alternativas como a energia eólica, hídrica, ge-
otérmica, solar… Portugal, sendo dos países da
Europa com mais horas de exposição solar por
ano, decidiu aproveitar esta fonte de energia.
Uma das apostas feitas foi a construção da cen-
tral solar, situada em Serpa, no Alentejo. Esta é
a 2º maior do mundo e dispõe da capacidade
de transformar radiação solar em electricidade
sufi ciente para o consumo de oito mil pessoas.
Outra contribuição para o desenvolvimento da
exploração desta energia é a fábrica de painéis
solares, situada na Póvoa do Varzim, conside-
rada a maior no mundo e que produzirá cerca
de 90 mil painéis anualmente, dos quais 60% se
destinam ao mercado interno. Além disto, o go-
verno português está a incentivar a instalação
de painéis fotovoltaicos. No entanto, a energia
solar não é apenas utilizada para a produção de
energia eléctrica: pode também ser aproveitada
para sistemas de aquecimento e arrefecimento.
Como vemos, esta fonte de energia está
cada vez mais divulgada, entre nós – por que
não aderir também e instalar painéis solares
em nossa casa? Contribuiríamos para preser-
var planete, o que corresponde à melhoria das
nossas vidas. Tânia Ferreira, 10º A
Férias com Ciência
E que tal umas “férias científi cas”?! São várias
as Universidades que proporcionam aos alu-
nos programas de ocupação das férias, com
actividades científi cas de índole diversifi cada.
Aqui fi cam duas sugestões.
Escola de Verão de Física Criada em 2005, a Escola de Verão de Fí-
sica introduziu uma nova maneira de fazer
divulgação científi ca. Os melhores estudan-
tes do secundário são desafi ados a passar
uma semana em trabalho intenso, assistindo
a cursos, a palestras e desenvolvendo um
projecto científi co sob a supervisão de jovens
investigadores. Física é uma disciplina com
uma maneira muito particular de pensar e de
fazer. O mundo concreto da nossa experiên-
cia, do nosso quotidiano, da nossa tecnologia
exprime-se através de leis e conceitos abs-
tractos. Os Físicos exercem a sua actividade
neste diálogo permanente entre a acção e
o pensamento e promovem, por isso, uma
abordagem muito particular dos problemas,
que vão desde a investigação das leis funda-
mentais da natureza, até à criação e desenvol-
vimento de novas tecnologias, da electrónica
à medicina.
Escola de Química
A Escola de Química tem como objectivo pro-
porcionar um estágio no Departamento de
Química da Faculdade de Ciências do Porto a
alunos do Ensino Secundário que, integrados
numa equipa de investigação, participarão
no desenvolvimento de um projecto. A Es-
cola permitirá, assim, sensibilizar para a rele-
vância de uma área de Ciência com inegáveis
desafi os, proporcionando uma visão mais real
acerca das actuais oportunidades em Quími-
ca e do seu papel crucial na descoberta de
novas formas de contribuir para o progresso
e bem estar da humanidade.
Outras possibilidades: Escola da Saúde,
Escola da Matemática…
Mais informações http://universidadeju-
nior.up.pt/
Professor Fernando Vicente can
tin
ho
da
ciên
cia
1º CONCURSO DE ARTES PERFORMATIVAS
RITMARE vence 1º prémio em performance
O Grupo de Percussão Ritmare venceu o Concurso de Artes Performativas, na ver-tente de performance, com a apresentação “Pulse”.
Este concurso, aberto a todas as escolas do
Concelho, foi organizado pela Câmara Municipal
da Feira e decorreu nos dias 24 e 25 de Abril no
Cineteatro António Lamoso. Este concurso preten-
dia promover valores culturais e artísticos junto dos
jovens do concelho, incentivando o gosto pelas
artes performativas, e potenciar e divulgar a cria-
ção artística local. Nele participaram cerca de duas
centenas de jovens que foram avaliados por um
júri com base na apresentação e experimentação,
nível educacional de cada concorrente, raciocínio,
originalidade, criatividade, perfeição e clareza.
p
PARABÉNS,
COLÉGIO!
A
PARABÉNS,
COLÉGIO!
AUDITÓRIO ANTÓNIO JOAQUIM VIEIRA foto recolhida durante o ensaio geral.
| 39 | ENTRElinhas | ABRIL . MAIO . JUNHO 200912
Um balanço muito positivo Os cerca de quinhentos inscritos demonstram o elevado grau de adesão que o Desporto Escolar tem suscitado na nossa escola.
des
por
tofo
tole
gen
da
evol
uçã
o d
a ca
nti
na
Este ano lectivo, os resultados espelham,
novamente, a qualidade dos alunos e docen-
tes envolvidos. O Colégio esteve, mais uma
vez, representado ao mais alto nível: vários
grupos nas fases inter-CLDE e fases regio-
nais; cinco núcleos apurados para o nacional
(Setúbal 22,23,24 de Maio) e uma equipa na
fi nal nacional do Compal Air, (basquetebol
“3x3”) em Lisboa, com perspectivas de atin-
gir a fase ibérica.
Participarão nos nacionais as seguintes
modalidades: futsal, natação, ténis, danças
modernas e danças urbanas (a comitiva será
constituída por cerca de sessenta alunos e
cinco professores).
O coordenador do Clube do Desporto
Escolar e restantes Professores de Educação
Física envolvidos neste projecto, agradecem
a todos os Alunos, Pais e Professores das di-
versas disciplinas a disponibilidade, compre-
ensão e boa vontade demonstradas ao longo
do ano lectivo.
Uma palavra de apreço para a direcção
do Colégio que, como tem sido seu hábito,
apoiou incondicionalmente o grupo, incenti-
vando a participação de todos, pela promo-
ção do espírito competitivo e o Fair Play - (má-
ximas do Clube do Desporto Escolar).
O sarau de encerramento das actividades
do clube do Desporto Escolar teve lugar no
dia 5 de Junho, pelas 21 horas, no pavilhão
gimnodesportivo. A presença de todos foi
importante, contributo essencial para que
terminássemos o ano em festa). Professor Ja-cinto Santos coordenador do Clube do Despor-
to Escolar
ABRIL . MAIO . JUNHO 2009 | ENTRElinhas | 39 | 13
Cada vez mais surge a necessidade dos jo-
vens ocuparem os seus tempos livres através da
participação em actividades lúdicas, despor-
tivas, culturais e recreativas, proporcionando-
lhes, deste modo, efectivas condições de me-
lhoria da sua saúde física e psíquica. Fomentar
nos jovens o hábito pela prática da actividade
física, apurar a sensibilidade artística, estimular o
convívio social, promovendo a troca de experi-
ências e saberes, constituem objectivos impor-
tantes do processo educativo.
Neste sentido, pretende o Colégio rea-
lizar, nas suas instalações, um programa de
actividades Desportivas e Culturais para ocu-
pação dos tempos livres, do dia 06 ao dia 24
de Julho (de segunda a sexta feira), no horário
compreendido entre as 09:00h e as 17:30h.
Do elenco das actividades desportivas,
tendo sempre como objectivo o divertimento,
o bem-estar e a aprendizagem motora, cons-
tam as seguintes modalidades: Actividades
Aquáticas (Natação, Pólo Aquático, Mergulho,
etc.), Basquetebol, Voleibol, Dança, Ginástica.
No que diz respeito às actividades de âm-
bito cultural, o contacto com os Ateliers de Ex-
pressão Plástica proporcionará aos jovens no-
vas experiências relacionadas com o Desenho
(com diferentes materiais gráfi cos) e a Pintura,
para além do Cinema. Haverá ainda lugar, no
que toca à Informática e às novas Tecnologias
Educativas, para a divulgação e consequente
utilização das três Salas Multimédia de que o
Colégio dispõe. Está prevista, também, a uti-
lização dos laboratórios de Matemática, Por-
tuguês e o Clube de Inglês para actividades
lúdicas no âmbito destas disciplinas.
No intuito de facultar a todos os partici-
pantes um conjunto de experiências maxi-
mamente enriquecedoras, perspectiva-se, de
igual modo, a inclusão de actividades relacio-
nadas com a Música e Trabalhos Manuais .
Em cada dia o programa será constituído
por Actividades Aquáticas e, alternadamente,
por uma iniciativa de índole desportiva ou
cultural. Será distribuído o lanche a meio da
manhã e da tarde a todos os alunos. O almo-
ço será servido entre as 12:30 e as 13:30, no
refeitório do Colégio.
O preço de inscrição será de 100 Euros
para metade do dia e 140 Euros para todo o
dia, devendo a mesma ser efectuada junto dos
serviços administrativos do Complexo Despor-
tivo deste estabelecimento de ensino.
can
tin
ho
do
com
ple
xo
FÉRIAS DESPORTIVAS
Férias de Verão com actividades
multidisciplinares no Colégio de Lamas
De 06 a 24 de Julho de 2009De Segunda-feira a Sexta-feira, das 9:00h às 17:30h Dos 5 aos 13 anos
trib
un
a d
e h
istó
ria Depois de uma longa, mas não aborrecida via-
gem de autocarro, os alunos, exploradores, partiram
à descoberta de novos mundos, que remontam ao
passado português e a toda a nossa ligação eterna
com o ambiente marinho.
“Desembarcámos” junto ao forte de Peniche, mo-
numento esse que acolhe o museu municipal desta
vila piscatória, e fi cámos de imediato maravilhados
com a sua grandiosidade e imponência. Atravessámos
uma espécie de ponte, e, para nosso grande espanto,
deparámo-nos com o mar! Sim, é verdade! O mar en-
trava no Forte, sem pedir licença, pois, obviamente,
era um morador muito antigo deste espaço…
Como somos curiosos, decidimos subir à Torre de
Vigia, para podermos fazer de conta que éramos
os marinheiros ou mesmo os guardas da fortale-
za que, em tempos, “albergou” muitos dos presos
políticos do nosso país, na fase de forte repressão
do Estado Novo. No entanto, fomos informados,
pelos nossos guias turísticos qualifi cados (os Pro-
fessores David Lima e Arsénio Sá), que não poderí-
amos explorar o lugar sem primeiro descobrirmos
um pouco da sua história.
Sendo assim, dividimo-nos em dois grupos, e
começámos a viagem pelo museu. Artefactos do
Paleolítico e de outras eras mais recentes, réplicas
muito reais de animais no seu ambiente natural,
barcos, utensílios de navegação e de guerra, celas
dos prisioneiros detidos pela PIDE e até os planos
de fuga e desenhos a carvão (elaborados pelo co-
nhecido Álvaro Cunhal). Aproveitámos, então, para
vislumbrar o horizonte cristalino, em que o céu e a
água se tocam, e onde parece acabar o mundo!
Entretanto, em grupinhos aqui e ali, fomos
satisfazendo a fome e o cansaço, ganhando ener-
gias para uma última mas pequena aventura: o
Cabo Carvoeiro…
Guiados pelo motorista, chegámos a um dos limi-
tes de Portugal Continental. A admiração, mais uma
vez, vibrou nos nossos corações, ao constatarmos que
as Berlengas podiam ser avistadas, lá ao longe!
No entanto, o que é bom não dura muito, e
tivemos de regressar… De novo, a viagem não foi
muito exaustiva, mas já era notória a nostalgia da-
quele lugar mágico. Ao chegarmos ao nosso Colé-
gio, despedimo-nos uns dos outros e daquele dia
espectacular, que, por mais que o tempo passe,
não vai sair da nossa cabeça nem do nosso cora-
ção! Catarina Marques, 9ºF, Mariana Costa, 9ºB
FORTE/MUSEU MUNICIPAL DE PENICHE
O mar e a história potuguesa unidos eternamente
No dia 22 de Maio de 2009, um grupo de alunos do nono ano do nosso Colégio teve a oportunidade e o prazer de visitar Peniche, um local histórico e sobretudo maravilhoso.
ia
| 39 | ENTRElinhas | ABRIL . MAIO . JUNHO 200914
No passado dia 5 de Maio, fomos invadidos. Algumas fi guras da literatura decidiram sair do Paraíso e contactar com a nossa comunidade estudantil. Tivemos Luís de
Camões, Fernando Pessoa, Florbela Es-panca e Sophia de Mello Breyner a va-guear pelo nosso espaço escolar. Estas personagens acordaram na
nossa escola e fi caram estupefactas com as modernices do nosso tempo, como por exemplo os telemóveis e câmaras fotográfi cas, especialmente Camões e Pessoa, que foram, aliás, as persona-gens que mais se destacaram, talvez devido aos seus trajes.
Um indivíduo de collants, fato de mosqueteiro e uma gran-de pena no chapéu e um outro de fato com um curioso bigode e uns engraçados óculos redondos e dourados não deixaram os nossos alunos desinteressados e alguns foram de tal maneira desinibidos que lhes tiraram fotografi as, deixando Camões e Pessoa surpreendidos por caberem num rectângulo tão peque-no como é o LCD das câmaras digitais. Foram, também, ao Grande Auditório deixar uma palavra de incentivo aos vencedores do Concurso Literário. Quem sorriu ao ver Pessoa e Camões a dirigirem-se a ele, foi o nosso fundador, o Dr. Vieira, que teve a honra de ser bafejado
com os votos de um feliz aniversário por estes dois intrusos. Ficou no ar a promessa de, no próximo ano, trazermos de novo estas caricatas personagens à escola. Porém, já não será a nossa escola… eu e o Daniel despedimo-nos assim, com este belo dia, do Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas, rumo ao Ensino Superior. Mas mesmo assim “se o engenho e a arte” nos permitirem, nós voltaremos e iremos trazer connosco a boa disposição de Pessoa e de Camões, tal como experiências do mundo lá de fora. Talvez… talvez, mas entretanto veremos primeiro Camões e Pessoa a distribuir sorrisos, no próximo 5 de Maio.
Mariana Liberdade12º A2
Passeio literário em conversa com Camões e Pessoa
Apelo à Segurança
Porque não apareceste?Tantas vezes chamei por ti!Senti a tua falta…Pensei em ti,Precisei de ti…E tu não vieste!
Segurança! Agora vens assim receosa:Pé ante pé, timidamente ocultaVens, como se uma parte de tiQue vive longe de mimMe pudesse proteger agora!
As lágrimas que já correramNo meu rosto inseguroQuando me senti perdida… Fechei os olhos que não temeram O escuro envolvente E sorrindo, brindei à vida!
Agora estou aqui,Estou bem e quero crescer! Quero crescerAntes que a insegurança se aproxime,Me faça duvidar, me faça arrependerMe faça contrariar os sonhos que quero viver!
Cresço dia após dia, Noite após noite, Esteja triste, esteja contente, Faça chuva, faça sol Seja sim, não ou indiferenteMas é certo que eu cresço!
Cresço também enquanto o InvernoPinta de cinzento o céuCresço enquanto a PrimaveraRealça o brilho das fl oresE continuo a crescer quando o Verão Brinda o mar com a luz da Lua e das Estrelas…
Estou a crescer num MundoEm que quase tudo me é permitidoConforme o que gosto ou anseio fazerNão encontro poços sem fundo,Palavras ou gestos sem sentidoApenas um bom lugar onde crescer!
Recordo uma pequena parteDuma vida de confi ançaCom um sorriso manhosoCom um olhar esperançoso Uma óptima lembrança:Sei poder crescer em Segurança!
Imaginem entrarmos Um dia qualquer Num mundo de Pernas para o ar e Sem cabeça para pensar
Nada era normal,Tudo era especial,Mesmo a cor do céu Era uma misturaDivertida e original
Todos os animais Eram sensacionais:Havia borboletas a mugir e bois a voar,Melros a coaxar, rãs e baleias a cantar… Havia panteras a deslizar e pandas a uivar;Cangurus sempre a espirrar e focas a pintar…Havia zebras a ladrar e tartarugas a miar,Rinocerontes, hipopótamos e elefantes a dançar…Havia ainda o tubarão, o pato, o ganso e o coelho que uma festa foram dar,E o papagaio, o crocodilo, o porco e o urso lá se foram juntar…Embora estes se tenham esquecido de convidarO peixe, a águia, o cisne e o gorila para festejar…O puma, o leão, o jaguar e o tigre Numa sessão de cinema se foram encontrar…Doente em casa estava o falcão, Com uma sopa de cobra feita pelo chimpanzé na anão…
Toda torta estava uma orca, que decidiu ir ao Dr. ColibriLá, encontrou um coral sem cor, Um golfi nho com o bico partidoUm morcego cheio de dorE um tucano que perdera o sentido…
Às compras foi o abutre com a sua namorada gaivota,Juntos com o fl amingo e a sua namorada cegonha,Lá fi zeram sensação, foram os casais do verão…O júri deste concurso foi a madame Caranguejo, o Dr. Açor, D. GrifoA Senhorita Avestruz e o Mecânico Bufo, que elegeram com paixão…
Lindo dia que estava com a lua a brilhar no céu colorido,Que lindo dia para fazer um piquenique divertido…Esta foi a ideia do leopardo vermelho, do lobo cor-de-rosa, Do lince às pintinhas e da chita às risquinhas…
Tinha sido o melhor dia de verão,Se não fosse as curiosas primas Jibóia e SerpenteQue quiseram roubar alguma comida a todos os convidados…
Mas cedo foram apanhadas, Pelo policia Búfalo, o agente Bisonte e o detective Touro.Tentaram fugir da prisão!Mas foram novamente apanhadas com comida na mão...
Todos nós nos perguntamos como será quando acabarmos o Secundário e iniciarmos a mági-
ca fase em que vamos poder decidir o nosso futuro. Sonhamos com uma maior autono-
mia, independência, liberdade de acção…mas esquecemo-nos de toda a responsabilidade que isso acarreta! Uma pequena retrospectiva do que fi ca para trás pode sempre ajudar a planear melhor o que estará para vir. Há mais ou menos oito anos, estava eu a en-trar neste Colégio, onde tudo era novo. Com o
passar dos anos fui fazendo amigos que ainda hoje me acompanham e colegas mais momen-tâneos, que também acabaram por deixar a sua marca. Tantos anos nas mesmas instalações, com os mesmos amigos, os professores também sempre com uma cara conhecida… Tudo isto provoca um receio que parece inevitável. E onde acaba o desejo e o entusiasmo por uma nova fase e começa esse receio? A incerteza parece-me ser para quase todos a palavra de or-dem. Incerteza quanto à média, incerteza quan-to ao curso, incerteza quanto à nova instituição em que iremos prosseguir os estudos, incerteza quanto aos novos colegas… E tudo isto não de-pende do quanto nos sentimos bem formados e bem preparados para encarar o que por aí vem: é próprio da nossa fase de desenvolvimento, onde a instabilidade e a mudança dominam e, por con-
seguinte, é difícil conseguirmos encontrar um porto seguro em que consigamos respirar fundo. A liberdade de escolha acaba por difi cultar ainda mais este cenário: são tantos os cursos, tantas as profi ssões, tantos os percursos pelos quais podemos optar e todos têm vantagens e desvantagens! Nesses casos temos ainda a árdua tarefa e abrir pequenos trilhos pelos quais pos-samos caminhar até chegar à nossa via-rápida. Quando avistamos os obstáculos, por vezes, temos vontade de desistir, tudo parece tão abs-tracto e confuso que o melhor mesmo é deixar de remar contra a maré e deixarmo-nos levar. Mas o que devemos ter em mente é que ninguém vai viver esta etapa por nós, e daqui por uns anos com certeza nos sentiremos orgulhosos de ter to-mado a decisão certa. E caso isso não aconteça, também nunca é tarde para mudar!
Juliana Milheiro12ºA2
Isa Afonso10ºB
Joana Ferreira, 8ªA Bruna Castanheira, 8ºE
12ºano: e agora?
Animais invertidos (ou o mundo ao contrário)
ABRIL . MAIO . JUNHO 2009 | ENTRElinhas | 39 | 15
O escritor português Pedro Almeida Vieira, que
já publicou magnífi cos ro-
mances, caracterizados pela
originalidade e pela consis-
tente recriação histórica, vol-
ta a surpreender-nos neste
romance constituído por 41
cartas redigidas pela disfor-
me mão esquerda (uma mão
que lhe dá extraordinários
poderes) de Alonso Perez
de Saavedra e dirigidas ao Governador de Badajoz,
Marquês Villanueva de Barcarrota. Nestas cartas,
Alonso vai-nos contando a sua vida, recheada de
peripécias e aventuras e onde a mentira sempre
esteve presente, até se tornar, por meio de burlas
e de falsifi cações, no primeiro Inquisidor Geral de
Portugal, durante o reinado de D. João III. Apesar
de ser um burlão, Saavedra é um homem justo e
pretende combater as crueldades da temível Inqui-
sição, lutando para que em Portugal o Santo Ofí-
cio não tenha o carácter brutal e sangrento do seu
congénere espanhol. O livro é também um retrato
das convulsões políticas, religiosas e sociais que
marcaram o século XVI. Fascinante. Professor João Sousa
overnador de Badajoz,
A MÃO ESQUERDA DE DEUSde Pedro Almeida VieiraBertrand, 320 páginas
“Nasci a 31 de Janeiro de 1979 - uma quarta-feira.
Sei que era uma quarta-feira
porque a data, na minha
mente, é azul e as quartas-
feiras são sempre azuis, tal
como o número 9 (...) Consi-
go reconhecer todos os nú-
meros primos até 9973 pela
sua qualidade de «seixos». É
esta a forma de trabalhar do
meu cérebro.”
Falar de Daniel Tammet, da sua afecção rara, co-
nhecida como o «síndroma de savant » (distúrbio
psíquico com o qual a pessoa possui uma grande
habilidade intelectual aliada a um defi cit de inte-
ligência) seria uma incursão difi cílima, não fora a
extraordinária lucidez e eloquência que o próprio
exterioriza nas suas inúmeras intervenções públi-
cas, em especial, na excelente obra autobiográfi ca
publicada em 2006 sob o título “Nascido num dia
azul”. Embora pertencendo ao espectro do autis-
mo Daniel Tammet tem a felicidade de não sofrer
de nenhuma das limitações mais graves que, nor-
malmente provocam incapacidades profundas a
ponto de impedir qualquer forma de explicar aos
outros os seus actos e os seus pensamentos. O seu
autismo é do tipo relativamente suave e altamente
funcional, e é clinicamente designado por síndro-
me de Asperger. Sua principal maleita tem a ver
com a presença de limitações que afectam a inte-
racção social e a imaginação.
Estamos, apesar de tudo, a falar de um miúdo
comum de um bairro da capital londrina, oriundo
de uma família especialmente numerosa (oito ir-
mãos). Neste breve ensaio vamos conhecer, melhor,
um pouco do estranho mundo de um “savant”.
Se a Matemática tiver alma, Daniel Paul Tam-
met conseguiu transpor as suas fronteiras e aceder
ao miolo dessa ciência. Daí, se calhar, a enorme in-
timidade no relacionamento que mantém com os
números “Os números são meus amigos e estão
sempre à minha volta. Cada um é único e tem a
sua própria personalidade. O número 11 é amisto-
so e o 5 é ruidoso, enquanto que o 4 é, ao mesmo
tempo, tímido e calado - é o meu número favorito,
talvez porque me faça lembrar eu próprio. Alguns
são grandes - 23, 667, 1179 - , enquanto outros são
pequenos: 6, 13, 581. Alguns são belos, como 333, e
outros são feios, como 289. Para mim, cada número
é especial (...) o número 1, por exemplo, é de um
branco brilhante e claro, como se alguém agitasse
uma lanterna em frente aos meus olhos. O 5 é um
estrondo de trovão, ou o som das ondas a embate-
rem nas rochas. O 37 é granuloso como os cereais,
enquanto que o 89 me lembra a neve a cair”.
Depreende-se dessa apaixonada percepção que
Daniel Tammet experimenta, na Matemática e nos
números, um certo estágio primário de felicidade
“Os números são a minha primeira língua, aquela
com que frequentemente penso e sinto (...) Quan-
do alguém descreve a visita que fez a um belo lu-
gar, recordo-me das minhas paisagens numéricas e
como me fazem feliz lá dentro”. Outra característica
deste “savant” é a sua extraordinária capacidade
para o cálculo mental rápido, a memorização de
grandes sequências e ainda a comunicação dos
procedimentos seguidos. Parafraseando o Dr. Da-
rold Treff ert, consultor científi co do fi lme Rain Man
(Encontro de irmãos), o que é fascinante em Daniel
Tammet não são as coisas que ele consegue fazer,
mas a sua extraordinária capacidade de, na primeira
pessoa, descrever como as faz: “Quando divido um
número por outro, vejo na minha cabeça uma es-
piral rodando para baixo em voltas sucessivamente
maiores, que parecem deformar-se e encurvar-se
(...) Quando multiplico, vejo os dois números como
formas distintas. A imagem muda e emerge uma
terceira forma - a resposta correcta. O processo
demora uma questão de segundos e acontece es-
pontaneamente. É como fazer Matemática sem ter
de pensar. Na ilustração, estou a multiplicar 53 por
131. Vejo ambos os números como formas únicas e
localizo cada uma delas espacialmente em frente
à outra. O espaço criado entre as duas formas cria
uma terceira, que eu percepciono como um novo
número: 6943, a solução para o produto (...) O meu
tipo de cálculo favorito são as potências (...) Vejo
cada resultado de uma potência como um padrão
visual distinto na minha cabeça. À medida que as
operações e os seus resultados aumentam, as for-
mas e as cores mentais que percepciono tornam-se
proporcionalmente mais complexas. Vejo a quinta
potência de 37 - 37 x 37 x 37 x 37 x 37 = 69 343 957
-como um grande círculo composto por círculos
mais pequenos, rodando no sentido dos pontei-
ros do relógio”. Um dos grandes desafi os que en-
frentou paralelamente ao de aprender o fi nlandês
em apenas uma semana, foi o de bater o recorde
europeu de recitar os 22 500 dígitos do π (pi). Eis
como descreve a memorização de uma sequência:
“Quando olho para uma sequência de números, a
minha cabeça começa a encher-se de cores, formas
e texturas que se entretecem espontaneamente,
formando uma paisagem visual. Estas surgem-me
sempre como muito belas (...) Para me recordar de
cada dígito, limito-me a seguir as diferentes formas
e texturas na minha cabeça e a ler os números que
lá estão (...) Para números muito compridos, como
o π (pi), quebro os dígitos em segmentos mais pe-
quenos. O tamanho de cada segmento varia, de-
pendendo dos dígitos que são. Por exemplo, se o
número me surge muito brilhante na minha ca-
beça e o seguinte é
escuro, visualizo-os
separadamente, en-
quanto um número
macio seguido de
outro número ma-
cio será lembrado
junto do outro. Conforme a sequência de dígitos
cresce, as minhas paisagens numéricas tornam-se
mais complexas e estratifi cadas, até que - como
acontece com o pi - se tornam num território intei-
ro na minha mente, composto por números.
É assim que eu «vejo» os primeiros vinte dígitos de
π (pi)”
No fundo, gostamos de nos sentir como Daniel
Tammet, não pela capacidade de aprender o fi n-
landês numa semana, nem pela agilidade na arti-
culação das inúmeras casas decimais do π (pi). É
pela potencialidade do deslumbramento que o
misterioso encanto da Matemática poderá vir a ter
sobre nós, numa espécie de recriação voraz de sen-
sibilidades perante os números. Cada sequência de
dígitos mais as suas operações, antes da sua objec-
tividade numérica e quantitativa, exprimirá estrofes
de um poema que exala cheiro, tilinta sons, costura
texturas, pincela cores, esculpe formas, enfi m cria
mundos que não fi cam só pelo imaginário compul-
sivo da abstracção mas desenvolve-se devolvendo
à realidade uma rede credível de concretizações
naquela harmonia que os professores de Matemá-
tica tanto anseiam materializar nas suas aulas.
Sim, é possível ser como Daniel Tammet, sem sín-
dromes nenhuns. Prof. Mário César Correia
1
l
à
u
n
t
c
v
o
m
p
NASCIDO NUM DIA AZULde Daniel TammetEstrela Polar, 252 páginas
A MÃO ESQ
LEITURAS
“Não se tem uma biblioteca para
arrumar os livros, mas para
guardar aqueles que é preciso ler”.
Umberto Eco
“A Ofensa”, do espanhol Ricardo Menéndez Salmón,
recentemente lançado pela
Porto Editora, é a prova de
como se pode contar uma boa
história em poucas páginas.
O autor narra-nos a vida de
Kurt Crüwell, um jovem alfaiate
alemão, que, no dia do seu 24.º
aniversário, fi ca a saber que
terá de se alistar no exército
por causa do início da 2ª Guer-
ra Mundial e deixar a família e a namorada, ironica-
mente judia, mergulhando numa realidade comple-
tamente nova, a da guerra, e enfrentando situações
para si inimagináveis. Neste livro, vemos a perspecti-
va do agressor, que, em simultâneo, é vítima, já que
tem de testemunhar atrocidades de guerra. Isso é
precisamente o que acontece ao pacato alfaiate Kurt,
quando, numa pequena localidade francesa ocupada
pelas forças nazis, vê um dos seus superiores ordenar
que grande parte da população, incluindo muitas
mulheres e crianças, fosse encarcerada na igreja lo-
cal, à qual de seguida atearam fogo. Nesse instante,
Kurt desmaia e quando acorda depara-se com uma
situação estranha: perdera toda a sensibilidade, física
e espiritual. Depois temos ainda uma história de amor
e, principalmente, uma análise dos comportamentos
humanos perante a guerra, ou melhor, perante situa-
ções específi cas de medo, de temor pela vida, que le-
vam os indivíduos a actuar de um modo impensável.
Um livro de leitura compulsiva. Professor João Sousa
j
m
o
t
t
r
c
m
q
p
da namorada, ironica-
A OFENSAde Ricardo Menéndez SalmónPorto Editora, 128 páginas
Carta aberta à inspiração (aguarda-se resposta)
Costumava escreverLentamente, pelas linhasFora das folhas Fora da minha mente…
Costumava esquecerQue de vez em quando voava
Por vezes esquecia,Voava para fora da EsferaSaía da AtmosferaE morria,Caía noutro planetaE fugia…
Sorria e dançava A nossa valsa desajeitadaSaltava, voavaDe volta para a minha vida
Nunca mais voltavaE eu não sabia porquêNunca mais voeiNunca mais danceiE apenas me lembrava Dos tempos que passeiSei poder crescer em Segurança!
A Solidão
Estar sozinho ou estar perdidoÉ algo que, dentro de mim, não faz sentido.Um pouco de carinho ou de amorDeve ser dado sem pedir qualquer favor.
Uma lágrima cai a cada minuto que passa.Sem memórias alegres, em alguns casos,é uma desgraça!Hoje, a maldade é demais!Tanta discriminação porquê?Somos todos iguais!
Alguém sofre na solidão…E procura em si um abrigo,uma nova forma de conviver,e, sobretudo, um ombro amigo.
Francisco Brito 8ºL
Luís ConceiçãoCEF Op. Pré-Impressão
| 39 | ENTRElinhas | ABRIL . MAIO . JUNHO 200916
No dia 2 de Abril, pelas 8 horas e trinta, um gru-po de 18 alunos dos 8º e 9º anos do Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas, acompanhado por três professores e sob a tutela do professor de Francês, Aníbal Neves, levantou voo nas asas de um sonho tornado realidade, rumo a Paris, a cidade Luz.
Foram cinco dias e quatro noites, num turbilhão
de emoções, visitas, num caleidoscópio de cores e
postais ao vivo desta cidade que, quando se conhece,
se torna para sempre o nosso lar de cultura e arte.
Após termo-nos instalado comodamente no
hotel Íbis La Villette, perto do Quai de l’Oise, parti-
mos imediatamente à descoberta da cidade.
Seria demasiado exaustivo e fastidioso des-
crever todos os lugares visitados – até porque a
exposição não faria jus ao esplendor da realida-
de - no entanto, não podemos deixar de referir en
passant entre outros: a grandeza e solidez de La
Conciergerie; a escalada alucinante à Tour Eiff el; a
imponência de Notre –Dame; o mistério e exotis-
mo do museu do Institut du Monde Arabe; a vida
anímica de Montmartre com a basílica do Sacré-
Cœur; a magnifi ciência do Château de Versailles;
a modernidade de La Défense; a longitude e a
agitação de Les Champs Élysées ; a arquitectura
brejeira do Moulin Rouge… Enfi m, todo um leque
de cultura, de séculos passados e de projecção
para o futuro, que nos deixou sem fôlego e com
a cabeça à roda, mas com horizontes muito mais
alargados. Porém, este ritmo vertiginoso não te-
ria sido possível sem o nosso fi el companheiro, o
Metro, que nos conduzia onde quer que a nossa
imaginação nos levasse.
Pessoalmente, gostaria de destacar a viagem
idílica ao longo de La Seine, nos famosos Bateaux-
mouches, em plena noite, que nos proporcionou
uma vista mágica e iluminada de Paris. Nem o frio
conseguiu apagar todo o calor e a fantasia com
que este rio nos encheu os corações!
De igual modo, fi cámos com a água na boca ao
avistar as célebres pirâmides do Louvre mas com o
apetite insatisfeito por não termos tido a oportunida-
de de percorrer os corredores labirínticos do Museu.
Como Paris não é só Arte, Cultura e Tradição,
o nosso professor programou também um dia de
diversão e de adrenalina no Parc Astérix, onde pu-
demos expandir todo o nosso entusiasmo e miti-
gar as saudades antecipadas desta nossa estadia.
A moda, fi nalmente, esteve ao rendez-vous e as
Galeries Lafayette seduziram-nos com o seu luxo e
glamour. As nossas carteiras é que não estiveram à
altura das nossas pretensões consumistas!
Enfi m, parafraseando Jacques Brel, Paris “c’est
Paris toujours” e acredito que, no futuro, regres-
sarei a essa cidade para reviver esses meus dias
de adolescente deslumbrada por um mundo que
me ultrapassou completamente mas que me dei-
xou numa doce nostalgia. Mariana Costa – 9º B
CINCO DIAS E QUATRO NOITES: UMA VISITA INESQUECÍVEL
Paris, je t’aime
visi
tas
de
estu
do
Neste lugar é, assim, preservado todo o acer-
vo do patrono e é aqui, também, que se realizam
actividades culturais e pedagógicas.
O conceito do Desenho que presidiu à cria-
ção da instituição está omnipresente em todo
este espaço e ambiente e refl ecte, de forma pro-
fundamente abrangente, todos os domínios da
criação artística.
Como tal, revela-se um espaço aberto à in-
vestigação pluri e multidisciplinar, a nível nacio-
nal e internacional, dando prioridade a intercâm-
bios com os países lusófonos.
Mais acessíveis ao público, estão a Sala do Acer-
vo, a Sala de Exposições Temporárias, com fi ns
didácticos, a Sala de Desenho, o Auditório, a Bi-
blioteca, a Cafetaria, a Banca de Vendas, a Resi-
dência temporária do artista convidado e jardins
agradabilíssimos.
Sobre o desenho, o Mestre Júlio Resende
tem, em muitos momentos do processo cria-
tivo, pensamentos expressos em escrita que
refl ectem a sua capacidade de saber e sentir o
acto criativo:
“Segundo Goethe, o desenho é a mais mo-
ral de todas as artes. Já no séc. XIII se afi rmava
não haver uma boa educação sem desenho.
Que dizem a isto os educadores de hoje?
“No plano do suporte, ou fora dele, o dese-
nho é alguma coisa perceptível, ou não é coisa
alguma.”
A nossa experiência no LUGAR DO DESE-
NHO. Ao longo dos anos da nossa formação ar-
tística é frequente estudarmos a vida e as obras
de artistas de renome, nacionais e estrangeiros,
de épocas mais ou menos passadas.
Entrar no espaço e na obra do artista e sen-
tir todo o ambiente que o rodeia é raro e nem
sempre nos lembramos que há razões de sobra,
perto de nós, para valorizarmos o que é nosso.
O LUGAR DO DESENHO é a oportunidade
de contemporizar com o ambiente, a obra e a
energia latente do seu criador.
Uma energia presente na disponibilidade ines-
perada que o Mestre Júlio Resende, com 91 anos,
nos dispensou ao longo de mais de uma hora.
Não contávamos com a possibilidade da
sua presença. O Mestre revelou, mais uma vez,
a disponibilidade que sempre manifestou de
estar ao dispor dos outros. O diálogo profícuo
que connosco manteve permitiu-nos certifi car
a profundidade do seu saber, do seu querer e
do saber transformar o pensamento em arte,
ao longo de toda a sua vida, motivando-nos a
prosseguir, face a quaisquer que sejam as ad-
versidades que encontremos no exercício das
nossas profi ssões e na vida.
Bem-haja pelo seu saber transformador! Profes-sora Rosa Clara Almeida
ACÇÃO DE FORMAÇÃO EVT 2º PERÍODO 2008/2009
O lugar do desenho Quando nos dispusemos a uma deslocação ao LUGAR DO DESENHO – FUNDAÇÃO JÚLIO RESENDE, sabíamos que esse lugar era muito mais que isso. Considerando o aspecto formal, o LUGAR DO DESENHO contém um espólio de cerca de dois mil desenhos que o pintor Júlio Resende reuniu ao longo da sua vida artística, iniciada nos anos 30 do século passado.
PARC ASTÉRIX pose para a foto
junto de Astérix
PALÁCIO DE VERSAILLES interior
CENTRE GEORGE PONPIDOU alunos
em visita numa das salas de exposição
MUSEU DO LOUVRE interior
MONTMARTRE junto do famoso Moulin RougePONTE DE SULLY sobre o rio sena
TORRE EIFFEL à noite
Artes visitam Santiago de Compostela Na segunda semana do 3º período, foi realizada uma Visita de estudo a Santiago de Compostela por todas as turmas de artes vi-suais do ensino secundário.
Foram visitados os seguin-
tes locais: Centro Galego de Arte
Contemporânea, Catedral e cen-
tro histórico. Acompanharam a
visita os professores Olinda Reis,
Valdemar Melo, Abel Silva, Fran-
cisco e Margarida Coelho.
ABRIL . MAIO . JUNHO 2009 | ENTRElinhas | 39 | 17
Foram vários os objectivos defi nidos para
esta visita, nomeadamente motivar os alu-
nos para o estudo da obra literária “Os Lusí-
adas” de Luís de Camões (alunos do 9º ano),
e para a lírica camoniana (alunos de 10º ano);
conhecer um importante conjunto de obras
arquitectónicas ligadas aos Descobrimentos
marítimos como o Mosteiro de Jerónimos, o
Padrão dos Descobrimentos e a Torre de Be-
lém; consciencializar os alunos para o conhe-
cimento dos valores do passado.
Estava ainda escuro quando os alunos e
os professores tomaram rumo a Lisboa. Du-
rante o percurso, todos se distraíram a con-
versar e a ouvir música.
Quando chegámos a Lisboa, a primeira visi-
ta foi ao Mosteiro dos Jerónimos. Pudemos as-
sim admirar a grandiosidade deste monumento
e os túmulos deLuís de Camões, de Vasco da
Gama e de Fernando Pessoa. De seguida, o gru-
po dirigiu-se até à Torre de Belém, construção
comemorativa da Viagem de Vasco da Gama à
Índia, onde se tiraram fotografi as e de onde se
tem uma magnifi ca vista do Tejo.
Terminadas as visitas da manhã, almoçá-
mos, em grupos, nos Jardins de Belém.
Após o almoço, visitámos o Padrão dos
Descobrimentos, ex-libris de Lisboa. Ficámos
a saber que este monumento foi erguido pela
primeira vez, em 1940, de forma efémera, inte-
grado na Exposição do Mundo Português. A
sua construção defi nitiva data de 1960, quan-
do se celebrou o 5º centenário da morte do
Infante D. Henrique.
Seguimos depois para o Museu da Presi-
dência da República e, durante a visita, fi cámos
sempre com a esperança de ver o nosso Presi-
dente, que se encontrava a trabalhar no Palácio
de Belém, mas tal não foi possível. No interior do
museu, vimos coisas magnífi cas e inovadoras.
Pudemos ver expostos os presentes oferecidos
aos nossos Presidentes da República.
Terminadas as visitas, fomos de imediato
comprar os famosos e deliciosos pastéis de Be-
lém, polvilhados de açúcar e canela. Enquanto
esperávamos na longa fi la para sermos aten-
didos, íamo-nos deliciando com o cheirinho
agradável que nos fazia abrir o apetite.
Por volta das dezassete e trinta iniciámos
a nossa viagem de regresso. Fizemos uma pa-
ragem para o jantar e chegámos ao Colégio
por volta das vinte e uma e trinta.
Assim pudemos passar um dia de férias da
Páscoa de forma diferente e muito enrique-
cedora. Ana Sofi a e Diana Filipa 9º E ; Lígia e Eduarda10º A2
LISBOA E OS DESCOBRIMENTOS MARÍTIMOS
Visita de estudo promove aprendizagens
No passado dia 8 de Abril, os alunos das turmas do 9ºE, 10ºA2, e ainda os alunos do Clube de História, acompanhados pelos professores de Língua Portuguesa e de História, realizaram uma visita de estudo à cidade de Lisboa (Belém).
visi
tas
de
estu
do
No âmbito do tema “Os Transportes”, em
estudo na disciplina de Geografi a, os alunos
do 11ºCD, acompanhados pelo docente da dis-
ciplina, Professor Ricardo Coutada, realizaram
uma visita de estudo ao Porto, cujo principal
objectivo foi a utilização dos diversos modos
de transporte que esta cidade oferece.
Da parte da manhã, visitámos o aeroporto
Francisco Sá Carneiro, viajámos de metro para
Campanhã, onde apanhámos o comboio para
S. Bento.
Depois do almoço, visitámos a cidade no
autocarro panorâmico, o CitySightSeeing, e
embarcámos no típico barco rabelo, que ac-
tualmente é bastante procurado por turistas, a
fi m de descobrir as aprazíveis águas do rio Dou-
ro, realizando o percurso das pontes. Uma vez
terminada a viagem de barco, dirigimo-nos ao
Funicular dos Guindais, que nos ofereceu o privi-
légio de desfrutar uma encantadora vista sobre
o Douro e a Ponte D. Luiz I.
O fi nal da tarde já se aproximava, bem como
o fi nal desta visita de estudo, quando entrámos
no autocarro e nos dirigimos para o Colégio.
Foi uma saída bastante enriquecedora,
na medida em que confi rmámos e aplicámos
uma parte signifi cativa dos conhecimentos
transmitidos pelo professor. Fabiana e Mica-ella 11ºCD
O Porto e os transportes A cidade do Porto foi o destino dos alunos do 11º CD, cursos de Ciências Socioeconómicas e de Humanidades, no dia 12 de Maio.
OS TRANSPORTES
11:30 Saída do Colégio
12:20 Chegada ao Aeroporto
12:55 Entrada no Metro
13:35 Saída do Metro em Campanhã
13:46 Saída do Comboio em S.Bento
15:30 Autocarro CitySightSeeing
17:10 Barco Rabelo
18:10 18:40 Funicular dos Guindais
19:00 Autocarro público
O objectivo foi dar a conhecer aos alunos
uma das áreas protegidas em melhor estado de
preservação do litoral português, através de um
percurso pedestre de descoberta da Natureza,
contactando com a fauna e fl ora locais.
As visitas efectuaram-se durante a tarde,
onde os técnicos da Reserva aguardavam, no
Centro Interpretativo e de Acolhimento, para fa-
cultarem uma explicação inicial sobre a história
e as características daquele espaço protegido.
A RNDSJ situa-se no extremo de uma pe-
nínsula de areia que se estende entre Ovar e a
povoação de S. Jacinto, limitada a poente pelo
Oceano Atlântico e a Nascente por um dos bra-
ços da Ria de Aveiro. Do ponto de vista da divi-
são administrativa do território, a Área Protegida,
com uma superfície de aproximadamente 700
hectares, ocupa parte do território da fregue-
sia de S. Jacinto, no concelho de Aveiro. Com
excepção de uma pequena área que constitui
domínio privado, a maior parte da superfície da
reserva é de pertença do Estado.
Trata-se de uma zona costeira com praia,
dunas móveis e fi xas, mata de pinheiro-bravo
e charcos de água doce, local de passagem
ou de invernada de aves aquáticas migrató-
rias. O nome da RNDSJ provém do importan-
te e bem conservado cordão dunar litoral,
suporte de uma vegetação característica.
Depois de uma explicação teórica, passá-
mos à prática, percorrendo os trilhos da Re-
serva ao longo de cerca de 1. 30 h, numa ex-
tensão de 6 km, desde a Ria até ao mar, onde
os mais resistentes mostraram o que valiam.
No fi nal da tarde, regressámos ao Colégio,
enriquecidos com mais uma experiência geo-
gráfi ca que nos deu a conhecer, “in loco”, um
dos sistemas dunares mais bem conservados
do nosso litoral, e que possibilitou ainda um
convívio diferente entre professores e alunos.
Professor José Eduardo Pascoal
À descoberta das Dunas de S. Jacinto Teve lugar nos dias 12, 14 e 15 de Maio de 2009, mais uma iniciativa do Grupo de Geografi a, que envolveu alunos do 7º ano de escolaridade, numa da visita de estudo à Reserva Natural das Dunas de S. Jacinto.
| 39 | ENTRElinhas | ABRIL . MAIO . JUNHO 200918
BUCKINGHAM PALACE group photo outside
WESTMINSTER ABBEY outside and inside
with some details
MADAME TUSSAUD MUSEUM
NATURAL HISTORY MUSEUM The
giant Sequoia and the dinossaur’s
skeleton among many other things...TOWER BRIDGE DOMINION THEATRE The Musical “We will rock you”. Some students mentioned it
was the best part of the journey! The group posing for the photo before the musical…
HAMPTON COURT PALACE The famous clock and the gardens…
Londoneaster 2009
THE BRITISH MUSEUMRIVER THAMES Big Ben and hou-
se of Parliament while cruising.And still had some fun!!!
PARABÉNS, COLÉGIO! No dia 5 de Maio, toda a comunidade escolar assinalou, com alegria e festa, o aniversário do nosso Colégio. E, todos juntos, professores, alunos, funcionários, Direcção, cantámos, no Auditório, os parabéns ao Colégio pelos seus 40 anos de vida. Foi um momento de grande simplicidade, sem pompa e circunstância, mas que tocou todos os que ali se reuniram e que têm pelo Colégio um grande carinho. Naquele momento, sentimo-nos como fazendo parte de uma grande família unida que vive numa grande casa que nos acolhe e onde somos feli-zes. Este sentimento é mais forte sempre que nos reunimos e nos encontramos em momentos especiais, como, por exemplo, nos Saraus, no Dia do Colégio, nas competições do Despor-to Escolar, nas actividades realizadas no âmbito do Projecto Educativo, nos inúmeros eventos que se realizam no exterior e em que os nossos alunos vão representar o Colégio. Nesses momentos, vemos a nossa força e nosso valor e fi camos sur-preendidos connosco próprios e com as coisas maravilhosas
que conseguimos realizar. Mas que escola é esta? No Hino do Colégio, diz-se que esta é uma Escola Verdadeira, com espírito “Semper As-cendens”, em que há harmonia entre aluno e professor. Dito de uma manei-ra muito simples, é isto que nos dis-tingue: é uma Escola que ensina mas também educa, uma Escola que quer estar entre os primeiros, indo cada vez mais longe nos seus resultados e de-sempenhando cada vez melhor a sua Missão e, por fi m, mas mais importan-te do que tudo, uma Escola que está aberta a todos os alunos e em que as pessoas são o centro, a alma, o senti-do de todas acções e decisões. Os laços que ligam as pessoas, no nosso Colé-gio, são feitos de amizade, respeito e sintonia. Tudo se desenvolve em torno das pessoas – os pequenos alunos e os jovens alunos, com os seus profes-sores – e daquilo que elas conseguem construir: aprendizagens relevantes no âmbito das áreas disciplinares cur-riculares, projectos em áreas diversas do conhecimento, desde as ciências, às artes, às tecnologias, às línguas e humanidades, desenvolvimento e con-solidação de competências humanas e de cidadania. É assim o nosso Colégio! E mais um ano passou, mais uma li-nha da vida desta Escola se escreveu e um pouco mais cresceram os seus alu-nos, em conhecimento, em educação, em maturidade, em responsabilidade, em autonomia, em respeito pelos ou-tros, por si próprios e pelo mundo que os rodeia. Os professores e a Direcção traba-lharam empenhadamente no sentido de organizar a nossa Escola da forma mais adequada para proporcionar a todos os alunos as oportunidades e condições que os levem a ser, de fac-to, os primeiros em conhecimento e em qualidades humanas. Por isso, os professores sentem-se gratifi cados pelo sentimento da missão cumprida, pelo trabalho sério, rigoroso e exi-gente que desenvolveram com os seus alunos, traduzido nos bons resultados alcançados. Por sua vez, a Direcção traçou o caminho a seguir e manteve-
se alerta para que não houvesse desvios, para que fosse muito claro para toda a comunidade escolar quais são os valores que queremos ensinar e que respostas queremos dar aos desafi os que o mundo moderno nos coloca. As famílias confi aram no Colégio, pais e mães aqui vieram partilhar os seus anseios e expectativas, no sentido de conduzirem os seus fi lhos pelos caminhos do sucesso. E foi nesta dinâmica constante feita de interacções entre pessoas, feita dos seus sonhos, desejos, alegrias e vontades que se fez mais um ano de vida do Colégio, o quadragésimo, que todos vamos querer recordar como um ano determinante num percurso cujo destino será sempre, e por muitos anos, o de ser maior e o de chegar mais longe. Abracemos o nosso querido Colégio neste seu importante aniversário, olhemos para ele como se fosse a primeira vez e maravilhemo-nos com a grandeza simples desta nossa segun-da casa!
Joana VieiraDirectora Pedagógica
No Hino do
Colégio, diz-se que
esta é uma Escola
Verdadeira, com
espírito “Semper
Ascendens”, em
que há harmonia
entre aluno e
professor
O que eles disseram…
In this visit I learn that there are many diff erent
places in the world, each one with its beauty.
In my opinion the most beautiful place that we
visited was Piccadilly Circus because at night the
space lights up and the city gains a new “face”.
I love London but I loved even more the so-
cial conviviality with my friends and some new
friends, and, of course, with teachers. They hel-
ped us whenever needed.
This new experience and all around it will be
carved in my heart forever. Diogo Mendes, 10 A3
London... Well, what can I say about this trip?
It was amazing. The places we have visited
were really pretty, nice and interesting. I think Lon-
don is the perfect place to live. It has everything
we need, it is very modern and people are nice.
I love it! It was also great because I met new pe-
ople and made new friends which is good and
pleasant in a teenager life :)
I have a lot of good memories to remember
throughout my life, all the jokes, all the plays,
everything. What else can I say?… I loved it and I
hope to have the chance to repeat it and even to
live there, who knows! :) Amélia Santos, 10ºA6
Destination: London;
Objective: Improve everyone’s knowledge
of the city, its history and culture, and enhance
social interaction with the participants in this
study trip. It was great to experience its sights
and sounds.
Remember forever the moments we had, the
emotions we felt and the sights we’ll never forget!
Yes!...in the end, we were tired but extremely deli-
ghted with this experience. Teacher Teresa Sousa
with some details