O Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAEd),§ão_SAERO.pdf · Uma das...

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O Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAEd),

da Universidade Federal de Juiz de Fora, é uma instituição que

operacionaliza (elabora e desenvolve) programas estaduais e

municipais destinados a mensurar o rendimento de estudantes

das escolas públicas.

A instituição também cria e promove cursos de formação,

qualificação e aprimoramento aos profissionais da Educação de

diversos estados do Brasil, além de desenvolver software para a

gestão de escolas públicas (como os projetos SisLAME e SIMADE)

com o objetivo de modernizar a gestão educacional.

O CAEd oferece ainda apoio para o desenvolvimento de projetos

educacionais promovidos por iniciativas privadas, a exemplo de

algumas ações da Fundação Roberto Marinho, Instituto Unibanco

e Fundação Oi Futuro.

O CAEd está organizado em cinco unidades:

Unidade de Pesquisa;

Unidade de Avaliação;

Unidade de Formação;

Unidade de Sistemas de Gestão;

Unidade de Administração.

É refletir sobre uma determinada

realidade a partir de dados e

informações, e emitir um julgamento que

possibilite uma ação.

Nas últimas décadas, paralelo às avaliações tradicionais,

outro procedimento de avaliação educacional tem

ganhado espaço: são as avaliações externas, geralmente

em larga escala, que têm objetivos e procedimentos

diferenciados das avaliações realizadas pelos professores

nas salas de aula. Entre esses objetivos, podemos destacar

a certificação, o credenciamento, o diagnóstico e a

rendição de contas. Essas avaliações são, em geral,

organizadas a partir de um sistema de avaliação cognitiva

dos estudantes e são aplicadas de forma padronizada para

um grande número de pessoas, entre os quais estão

estudantes, professores, diretores, coordenadores.

As avaliações em larga escala usam, como

instrumentos, testes de proficiência e

questionários, que permitem avaliar o

desempenho escolar e os fatores intra e

extraescolares associados a esse

desempenho.

Linha do tempo da avaliação educacional em larga escala no Brasil

Provas abertas

Provas objetivas

Observação/Registro

Portfólio

TEORIA CLÁSSICA TEORIA DA RESPOSTA

AO ITEM

Avaliação Interna/Escola

Processo da aprendizagem

AVALIAÇÃO

EDUCACIONAL

Avaliação Externa/Sistemas

Testes de proficiência

Questionários contextuais

Desempenho dos estudantes

Diagnóstica Formativa Somativa

Interna

Escola

Externa

Sistemas Interna

Escola

Externa

Sistemas

Interna

Escola

Externa

Sistemas

Pequena escala Larga escala

Avaliação

A diferença entre a avaliação interna e

externa está principalmente na metodologia

no que podemos fazer com os resultados.

Mas, tanto na avaliação interna quanto na

externa, como avaliar(?) e o que fazer com

a avaliação(?) são duas discussões

diferentes. A primeira remete-se à

especificações da ferramenta e, a segunda,

ao melhor uso dessa ferramenta.

Diagnóstico do

desempenho e

fatores que

interferem nesse

desempenho no

universo avaliado.

Acompanhamento / monitoramento da qualidade da educação ao longo do tempo.

Definição de subsídios para a formulação de políticas educacionais - foco qualidade e equidade.

Promoção de melhorias na relação com orgãos centrais e escolas e no ensino ofertado pela rede como um todo.

1.

2.

3.

4.

Resultados

Transversais ou

Longitudinais,

por diferentes

níveis.

Estado

Regionais

Municípios

Escolas

Turmas

Estudante

Por quê?

Objetivo

Melhorar a qualidade da educação com promoção

da equidade

Desenho próprio da avaliação com vistas ao

atendimento das necessidades específicas

Rapidez no acesso às informações (menor tempo de processamento da base

de resultados)

Menor periodicidade entre os ciclos

avaliativos (ciclos anuais de avaliação)

Etapa Descrição Disciplina Rede

2 EF 2º Ano do Ensino

Fundamental

Língua Portuguesa e

Matemática Estadual

5 EF 5º Ano do Ensino

Fundamental

Língua Portuguesa e

Matemática Estadual

6 EF 6º Ano do Ensino

Fundamental

Língua Portuguesa e

Matemática Estadual

9 EF 9º Ano do Ensino

Fundamental

Língua Portuguesa e

Matemática Estadual

1 EM 1º Ano do Ensino Médio Língua Portuguesa e

Matemática Estadual

2 EM 2º Ano do Ensino Médio Língua Portuguesa e

Matemática Estadual

3 EM 3º Ano do Ensino Médio Língua Portuguesa e

Matemática Estadual

Itens Organizados em blocos Distribuídos em vários

cadernos

Em avaliações educacionais, a proficiência é uma medida

que representa um determinado traço latente (aptidão) de

um estudante, assim sendo, podemos dizer que o

conhecimento de um estudante em determinada

disciplina é um traço latente que pode ser medido através

de instrumentos compostos por itens elaborados a partir de

uma matriz de habilidades.

A “ferramenta” utilizada para calcular a proficiência é

denominada Teoria da Resposta ao Item – TRI, sendo

caracterizada por um conjunto de modelos matemáticos,

no qual a probabilidade de acerto a um item é estimada

em função do conhecimento do estudante.

É pela verificação de um padrão gerado pela análise das

respostas de todos os candidatos, que propiciará a definição

da curva característica de cada item, com a qual será

cotejado cada um dos acertos de todos os candidatos para gerar o índice de proficiência individual. Esse processo permite

estimar a proficiência de cada estudante, observando-se quais

- mais do que quantos - itens acertou, levando-se em conta as

proficiências que eram exigidas pelo modelo da TRI cuja expressão gráfica é a curva característica do item.

A curva característica de um item é uma representação

gráfica da probabilidade de acerto que estudantes com diferentes graus de proficiência teriam, estatisticamente, com

as características de cada item, pela determinação de cada um de seus parâmetros - discriminação, dificuldade e acerto

ao acaso.

225 200 175

Proficiência

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

0%

Pro

ba

bili

da

de

de

Ac

ert

o

275 250

A TRI nos permite:

Comparar resultados de diferentes avaliações,

como o SAEB.

Avaliar com alto grau de precisão a

proficiência de estudantes em amplas áreas do

conhecimento sem submetê-los a longos testes.

Comparar os resultados entre diferentes

séries, como o início e fim do Ensino Médio.

Exemplo hipotético:

Construindo uma escala para medir altura

Nossa altura afeta nossas ações e o que somos capazes de fazer.

Possíveis questões:

Você consegue guardar as malas no bagageiro interno de um ônibus?

Quando dorme à noite, seus pés ficam do lado de fora?

Você consegue alcançar produtos que ficam na prateleira de cima dos supermercados?

Alcançar prateleira superior

1,60m 1,70m 1,80m 1,90m

Alcançar malas no

bagageiro

Dormir com pés

para fora da

cama

Como todas essas questões estão associadas à altura da pessoa...

... podemos estimar sua medida com base no que ela é capaz, ou

não, de fazer.

Embora mais complexo, o processo de avaliação do

desempenho é o mesmo.

Como há uma certa progressão no desenvolvimento de

competências e habilidades, podemos ordernar estas habilidades

segundo sua complexidade e criar uma ‘régua’ para estimar o

desempenho.

Esta régua pode se estender para além de um ano ou etapa

escolar, abrangendo o conteúdo curricular do 5º ano do Ensino

Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio, como é feito

atualmente pela escala SAEB. Dessa forma, é possível comparar

não só resultados de estudantes dentro da mesma série, mas

também a progressão dos mesmos ao longo de todo o seu

aprendizado.

Uma das formas mais simples e objetivas de se analisar os resultados

da avaliação é através dos padrões de desempenho.

Estes padrões representam recortes na escala de proficiência, definidos

a partir dos objetivos e metas de aprendizagem de cada etapa e

disciplina avaliada.

Fatores socioeconômicos

Fatores familiares

Fatores individuais

Gestão e administração

Prática pedagógica

Condições de infraestrutura

Qualificação dos profissionais

Fatores

Extraescolares Fatores

Intraescolares

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