O Cavaleiro Da Dinamarca

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O Cavaleiro da Dinamarca – resumo O Cavaleiro da Dinamarca conta a história de um nobre dinamarquês que vivia naquele frio e gélido país do Norte da Europa. Numa noite de Natal, o Cavaleiro, reunido com toda a sua família à volta da lareira, anunciou que tinha decidido partir em peregrinação até Jerusalém, na Terra Santa. A longa viagem, que começaria na Primavera, não permitiria ao Cavaleiro passar o Natal seguinte, em casa. A mulher, os filhos e os criados, que muito o estimavam, ficaram muito tristes por essa longa ausência. Então, o Cavaleiro prometeu que, realizada a viagem, voltaria, dali a dois anos, a tempo da noite de Natal. O Cavaleiro partiu de barco. Ao longo da sua viagem por várias terras, teve muitas experiências e aventuras, durante as quais lhe foram oferecidas riquezas e adquiriu conhecimento, ouvindo histórias e visitando lugares maravilhosos. Chegando a Jerusalém, rezou no Jardim das Oliveiras, banhou-se nas margens do rio Jordão e passou a noite de Natal na gruta de Belém, demorando-se cerca de dois meses na Palestina. No regresso, conheceu um mercador de Veneza com quem fez amizade. Juntos visitaram as maravilhosas cidades do mar Mediterrâneo, entre as quais Jaffa e Ravena, antes de chegarem a Veneza, onde o Cavaleiro ficou hospedado, durante algum tempo, no palácio do mercador. O Cavaleiro deliciou-se com os muitos monumentos da linda cidade e com as mercadorias mais exóticas de todo o mundo que ali passavam. Um dia, num

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O Cavaleiro da Dinamarca – resumo

O Cavaleiro da Dinamarca conta a história de um nobre dinamarquês que vivia naquele

frio e gélido país do Norte da Europa. Numa noite de Natal, o Cavaleiro, reunido

com toda a sua família à volta da lareira, anunciou que tinha decidido partir em

peregrinação até Jerusalém, na Terra Santa. A longa viagem, que começaria na

Primavera, não permitiria ao Cavaleiro passar o Natal seguinte, em casa. A mulher, os

filhos e os criados, que muito o estimavam, ficaram muito tristes por essa longa

ausência. Então, o Cavaleiro prometeu que, realizada a viagem, voltaria, dali a dois

anos, a tempo da noite de Natal. O Cavaleiro partiu de barco. Ao longo da sua viagem

por várias terras, teve muitas experiências e aventuras, durante as quais lhe foram

oferecidas riquezas e adquiriu conhecimento, ouvindo histórias e visitando lugares

maravilhosos. Chegando a Jerusalém, rezou no Jardim das Oliveiras, banhou-se nas

margens do rio Jordão e passou a noite de Natal na gruta de Belém, demorando-se cerca

de dois meses na Palestina. No regresso, conheceu um mercador de Veneza com quem

fez amizade. Juntos visitaram as maravilhosas cidades do mar Mediterrâneo, entre as

quais Jaffa e Ravena, antes de chegarem a Veneza, onde o Cavaleiro ficou hospedado,

durante algum tempo, no palácio do mercador. O Cavaleiro deliciou-se com os muitos

monumentos da linda cidade e com as mercadorias mais exóticas de todo o mundo que

ali passavam. Um dia, num jantar entre amigos, o mercador contou-lhes a história de

Jacob Orso e da sua pupila Vanina, com quem o tutor queria casar um dos seus

familiares. Mas quis o destino que Vanina se apaixonasse, numa noite de lua cheia, por

Guidobaldo, um capitão de um navio. Este, que passava de gôndola, vendo, durante

algum tempo, Vanina pentear o seu longo cabelo dourado na varanda, elogiou-lhe a sua

beleza. Em agradecimento, Vanina atirou-lhe o seu pente de marfim e, mais tarde,

fugiram juntos num navio, rumo à felicidade. Passado alguns dias, o Cavaleiro decidiu

partir e o mercador ofereceu-lhe um cavalo que o levou pelo Norte de Itália. Visitou

Ferrara, Bolonha e Florença, onde ficou hospedado em casa do banqueiro Averardo e

onde escutou as maravilhosas histórias do pintor Giotto, do seu mestre Cimabue e de

Dante, e do amor deste por Beatriz, prematuramente falecida e que o poeta encontrou,

em sonhos, no Paraíso. Em seguida, o Cavaleiro tentou tomar um navio em Génova,

mas ficou doente, antes de chegar a esta cidade, recolhendo-se num convento, onde foi

tratado pelos monges com ervas e plantas naturais. Quando conseguiu chegar a Génova,

já todos os barcos tinham partido. O Cavaleiro decidiu então retomar, a cavalo, a sua

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viagem de regresso, em direcção ao norte. Em Antuérpia, foi recebido por um banqueiro

amigo de Averardo e, num jantar, conheceu um capitão que lhe mostrou três cofres: um,

com pérolas, outro, com ouro, e outro, com pimenta, cofres trazidos de uma viagem da

rota dos Portugueses pela África. No dia seguinte, o Cavaleiro, já muito atrasado, partiu

a cavalo e, no dia 24 de Dezembro, véspera de Natal, chegou à região onde ficava a sua

casa. Aqueceu-se na casa de uns lenhadores, na floresta e, quando já estava a anoitecer,

partiu com intenção de cumprir a sua promessa. Mas o escuro e a neve, que entretanto

tinham caído, apagaram todos os trilhos dos caminhos e o Cavaleiro perdeu-se. Numa

noite escura, onde apenas se distinguiam os olhos dos lobos e se ouvia o som de um

urso que se aproximava, o Cavaleiro pediu aos animais uma trégua, naquele dia santo, e

eles afastaram-se. Por isso, o Cavaleiro fechou os olhos e rezou a Deus. Quando os

abriu, viu ao longe uma claridade que pensou ser uma fogueira feita por algum

lenhador. Mais animado, prosseguiu a viagem e, ao aproximar-se, verificou que a

claridade, que se tornava cada vez mais intensa, iluminava tudo à sua volta. Foi, então,

que o Cavaleiro deparou, muito surpreendido, com a sua casa e com o grande pinheiro

do seu jardim iluminado, que os anjos tinham enfeitado com milhares de estrelas para

lhe mostrar o caminho. Foi assim que nasceu a tradição do pinheiro de Natal, decorado

e iluminado, que a família do Cavaleiro, em memória daquela ajuda divina, passou a

fazer todos os anos. Da Dinamarca, este costume espalhou-se para o resto do mundo.