O Caso de Amizade e Lealdade entre Homens e Cães.

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O Caso de Amizade e Lealdade entre Homens e Cães.

Jorge Felipe da Silva Cavalcante1

O afeto remodelou, através dos tempos, o modo como os homens e os cães se relacionam. E

continua a remodelar estes laços. Pesquisam revelam que muitos lares vêm os cães que acolhem como

membros da família, dando um novo grau a já existente relação de lealdade e amizade existente entre as

duas espécies. Atualmente os cães ocupam um lugar privilegiado nas considerações morais das pessoas.

Os cães demonstram grande capacidade de assimilar o estilo de vida social humano e isso explica porque

a evolução nos fez tão próximos a eles.

Palavras Chaves:

Antropologia, homens, cães, convivência, amizade, lealdade, relação, laços,

família.

Introdução

Iniciada entre 25 000 e 50 000 anos atrás, a relação entre homens e bichos

domesticados teve, a princípio, fins essencialmente utilitários. Cães vigiavam aldeias,

ajudavam a caçar e pastorear. Provavelmente a afeição, desde cedo, teve um papel nesse

1relacionamento. O primeiro indício concreto de um elo de emoção entre um humano e

um animal data de 12 000 anos: são restos fossilizados de uma mulher abraçada a um

filhote de cão, encontrados no Oriente Médio.

Das pinturas rupestres aos ratos e cachorros antropomórficos de Walt Disney, os

animais são vistos com um misto de estranhamento e familiaridade.

No século XIX, a teoria da evolução de Darwin desbancou o homem do ápice da

criação para reposicioná-lo como apenas mais um dos animais moldados pela seleção1

Acadêmico do IV Período do Curso de Design de Interface Digital do CESF – [email protected]



natural. Essa revisão tem implicações éticas radicais. O filósofo australiano Peter Singer

defende a igualdade plena de direitos entre homens e animais. Para ele, o "especismo" -

a ideia de que os humanos são superiores aos demais seres - é uma forma de

discriminação tão insustentável quanto o racismo. De certo modo, gatos e cachorros já

galgaram um lugar privilegiado nas considerações morais das pessoas.

1. A antropologia como ciências humanas

A antropologia é uma ciência que estuda o homem e todas as suas relações de

uma forma bem abrangente, na sociedade, economia, sentimentalmente,comportamentalmente e toda sua cultura. Como a antropologia pensa na sociedade

humana, passar por detalhá-la, assim como os homens que a compõem, e como esses se

relacionam, no aspecto físico. Há também a busca de buscar detalhes da relação dos

seres humanos com a natureza, ponto principal deste artigo, que também estuda a

especificidade cultural deste relacionamento.

Podemos aproveitar conceitos da antropologia evolucionista e seus método que,

através da comparação de dados, retirados das sociedades e de seus contextos sociais,

pode avaliar como as relações humanas evoluíram principalmente com a natureza e seus

elementos. Partindo então para a antropologia funcionalista m estreito paralelismo entre

as sociedades humanas e os organismos biológicos (na forma de evolução e

conservação) porque em ambos os casos a harmonia dependeria da inter-dependência

funcional das partes. As funções eram analisadas como obrigações, nas relações sociais.

A função sustentaria a estrutura social, permitindo a coesão, fundamental, dentro de um

sistema de relações sociais.



2. A importância do estudo da relação entre homens e cães no contexto

antropológico.

Vemos a partir do funcionalismo, que é uma filosofia sociológica que

originalmente tenta explicar as instituições sociais como meios coletivos de satisfazer

necessidades biológicas individuais, vindo mais tarde a se concentrar nas maneiras

como as instituições sociais satisfazem necessidades sociais, especialmente a

solidariedade social. A relação que se desenvolveu em bases de lealdade sem igual entre

homens e seus cães, buscando suprir as necessidades biológicas de cada um.

O cão de hoje é, tanto intencional como acidentalmente uma invenção do

homem. Os humanos fizerem como que este se tornasse um dos mais prolíficos

predadores que vivem ou viveram em terra, superando em muito o número dos

ancestrais lobos. O cão é uma história de sucesso de várias formas, devido à sua

habilidade de se adaptar ao ambiente humano em constante mudança.

Essa relação que evolui deste 15 mil anos atrás e continua sendo próspera, pode

observada através da análise funcional da analogia orgânica, onde instituições sociais

são funcionalmente integradas para formar um sistema estável e que uma mudança em

uma instituição irá precipitar uma mudança em outras instituições.

O ancestral do cão, o lobo asiático, escolheu viver próximo aos humanos. Aproximidade evoluiu para uma ligação íntima. Cada lada desse relação buscou durante

todo esse período exercer sua função específica na sociedade, sustentando, na maior

parte das vezes, a harmonia da estrutura social, permitindo que fosse criada uma

situação em que atualmente, no mundo inteiro observamos um indicador da posição dos

cães no centros da vida dos homens.



3. A importância da relação de amizade e lealdade entre homens

e cães no contexto social atual.

Estimam-se cerca de 140 milhões de cães de estimação apenas na Europa e na

América do Norte, no Brasil esse número é próximo de 30 milhões, de acordo com a

Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais de Estimação, a Anfal

Pet. O mercado de produtos e serviços para animais de estimação movimenta 9 bilhões

de reais por ano no nosso país. Esses números já podem nos mostra a importância que

os cães exercem na vida de muitas pessoas, afetando assim, a sociedade como um todo.

Os cães demonstraram grande capacidade de assimilar nosso estilo de vida. Isso

talvez explique por que a evolução nos fez tão amigos deles, e não de outros primatas, o

que à primeira vista talvez parecesse mais lógico. Ao longo de sua convivência com os

humanos, o papel dos cães vem mudando mais rápido do que nunca. Alguns cães

existem por razões práticas, mas a maioria dos cães de estimação pelo mundo todo é

considerada membros peludas das famílias humanas. O homem recebe enormes

recompensas emocionais por morar com eles e, de várias formas, estas são parecidas

com as recompensas que obtêm ao cuidar de um filho. A diferença é que os filhos

crescem e saem de casa. Os cães, não.

Os valores originais dos cães são fundamentais ainda hoje. Eles passaram a

coordenar suas atividades com as dos humanos, pois são tão sociáveis quanto o homem

e, quando criados no ambiente social humano, se consideram parte da família.

Protegiam naturalmente o território onde moravam, latindo para avisar da chegada de

estranhos, e defendiam os assentamentos quando necessário. Acompanhavam os

homens nas caçadas e contribuíam para seu êxito, com sua alta velocidade e excelente



faro, além da facilidade inigualável de saber o que desejam-se deles ao ler gestos ou

olhares.

O cão se mudou com êxito para dentro dos lares humanos pois sempre teve

potencial genético de se adaptar a uma variedade de ambientes; mas ao se mudar para

nossa casas e nossa sociedade, essa habilidade foi estimulada. E isso acontece cada vez

mais atualmente. Há apenas algumas gerações, os cães eram criados para ter

temperamentos apropriados para trabalhos específicos, como guarda ou caça. O cão

herdou o cérebro flexível do ancestral lobo, e passou a usar essa habilidade para lidar

com as exigências da domesticação.

Independentemente do papel original, o cão é criado cada vez mais para

companhia e integração com membros da família humana e são amados por isso.

Conclusão

A relação com o cão é a mais antiga que existiu entre o homem e qualquer

mamífero e aconteceu porque ambos eram bons uns com os outros. A domesticação

consolidou essa relação. O cão é um animal de companhia favorito dos seres humanos

há milênios porque consegue de adaptar as necessidades em constante mudança da

sociedade. Até recentemente, o cão tinha papéis práticos e utilitários. Hoje, os principais

benefícios que trazem aos humanos são mais sociais e psicológicos. O filósofo francês

Jean-Jacques Rousseau, um dos luminares do século XVIII, escreveu uma vez sobre seu

cachorro Sultan, por quem nutria uma grande adoração: "Meu cachorro era meu amigo,

não meu escravo: sempre tínhamos a mesma vontade, mas não porque ele me

obedecesse".



Referências:

ANDERSON, Allen. Angel Dogs: anjos de quatro patas. São Paulo: Giz Editorial,2008.

MILLAN, Cesar. O encantador de cães: compreendendo o melhor amigo do homem. Campinas: Verus Editora, 2007.

MILLAN, Cesar. Cães Educados, donos felizes. Campinas: Verus Editora, 2007.

ROSSI, Alexandre. Adestramento Inteligente: com amor, humor e bom senso. SãoPaulo: CMS Ed., 1999.

GROGAN, John. Marley & Eu: A Vida e o Amor Ao Lado do Pior Cão do Mundo. SãoPaulo: Ediouro, 2006.

MEIER, Bruno; VAISMAN, Carol. Nossa Família Animal. Veja. Ed. 2122, julho. SãoPaulo: Editora Abril, 2009.

FOGLE, Bruce. Cães: raças, adestramento, saúde, comportamento, história. Rio deJaneiro: Jorge Zahar Ed., 2009.



INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR FUCAPICOORDENAÇÃO DE COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO EM

DESIGN DE INTERFACE DIGITAL

O CASO DE AMIZADE E LEALDADE ENTRE HOMENS E CÃES

Jorge Felipe da Silva Cavalcante

Manaus – AM2009



INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR FUCAPICOORDENAÇÃO DE COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO EM

DESIGN DE INTERFACE DIGITAL

O CASO DE AMIZADE E LEALDADE ENTRE HOMENS E CÃES

Manaus –

AM2009

Artigo apresentado ao curso degraduação em Design de InterfaceDigital do Instituto de Ensino SuperiorFucapi – CESF como requisito para

obtenção da nota final da disciplina deAntropologia.

O Caso de Amizade e Lealdade entre Homens e Cães.

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