O Cartaxinho 3 + Suplemento República

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O Cantinho do 1º Ciclo P16 Nº3 Junho ‘10 1 Ctx Festa da Árvore Alunos do 1º ciclo recuperam tradição do princípio do século XX A vida de uma bailarina Conversámos com a bailarina e professora Lydie Carnier P10 Visitámos a APAAC Reportagem sobre a insti- tuição que se dedica à defe- sa e bem-estar dos animais abandonados do Cartaxo. P11 Suplemento Especial O Cartaxo na Primeira República No âmbito das comemorações do centenário da Primeira República, apresentamos relatos e fotografias que retratam o Cartaxo do início do século passado. Entrevista ao actor José Pedro Gomes Conversa a propósito da sua passagem pelo Centro Cultural P10 O actor Ricardo Sá falou connosco O actor que interpreta a personagem de Leo, na série Mo- rangos com Açúcar, em exclusivo para o Car- taxinho. P15 P07 Transportes no Cartaxo Pesquisámos as alternativas disponíveis para os cidadãos do concelho. P12

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Terceiro número do jornal escolar do Agrupamento de Escolas Marcelino Mesquita do Cartaxo. Dezasseis páginas de notícias do Agrupamento e do concelho e ainda um suplemento especial dedicado ao Cartaxo na Primeira República.

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O Cantinho do 1º Ciclo P16

Nº3 Junho ‘10 1 Ctx

Festa da ÁrvoreAlunos do 1º ciclo recuperam tradição do princípio do século XX

A vida de uma bailarinaConversámos com a bailarina e professora Lydie Carnier

P10

Visitámos a APAACReportagem sobre a insti-tuição que se dedica à defe-sa e bem-estar dos animais abandonados do Cartaxo.

P11

Suplemento EspecialO Cartaxo na Primeira RepúblicaNo âmbito das comemorações do centenário da Primeira República, apresentamos relatos e fotografias que retratam o Cartaxo do início do século passado.

Entrevista ao actor José Pedro GomesConversa a propósito da sua passagem pelo Centro Cultural P10

O actor Ricardo Sá falou connoscoO actor que interpreta a personagem de Leo, na

série Mo-rangos com Açúcar, em e x c l u s i v o para o Car-taxinho.

P15

P07Transportes no CartaxoPesquisámos as alternativas disponíveis para os cidadãos do concelho.

P12

Page 2: O Cartaxinho 3 + Suplemento República

o nosso agrupamento02 o nosso agrupamento 03

Editorial

Ficha TécnicaCoordenação:Prof. Isabel MorangoProf. Jorge Garradas

Concepção Gráfica:Prof. Jorge Garradas

Professores Colaboradores:Ana Cristina MartinsAna Paula SantosAna SerraCesina BonaErmelinda NogueiraMaria do Céu CostaMaria João Marques Mariana CesárioSandra Pereira

Impressão:Novagráfica do Cartaxo, Lda.Estrada Nacional 3, km 25,750 -Apart. 1312071-909 Cartaxo

Tiragem:500 exemplares

Propriedade:EB 2, 3 José TagarroRua Marcelino Mesquita2070-102 CartaxoTelefone: 243700310

Concluir o 9º ano significa terminar um importante ciclo de estudos. Quando chegámos à EB 2,3 José Tagarro ainda éramos infantis, frágeis, mas

tão únicos.

A cada ano que passava novas amizades fazíamos, novas capacidades conquistávamos. As dificuldades iam sendo ultrapassadas com a ajuda de professo-res espectaculares e de todos aqueles que connosco colaboraram. Claro que não podemos esquecer o nosso Director!

Agora, que este ciclo terminou, os nossos 5 anos nesta Escola foram, re-almente, felizes!

Agora, no fim des-te longo percurso, os finalistas conseguem perceber que tudo va-leu a pena, que todos os testes atrás de tes-tes, que todos os pro-fessores, todos os tra-balhos e tanta matéria valeram bem a pena!

Cinco anos que nunca serão esquecidos e serão sempre re-lembrados, por todos, como um só!

Os finalistas

Nunca esqueceremos cada canto, cada momento, cada choro e cada lágrima, cada pro-fessor com todas as suas quali-dades e defeitos.

Estamos gratos por tudo o que nos foi fornecido, por tudo o que conse-guimos alcançar.

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tempo”.Final-

m e n t e , foi só o r g a -nizar a exposi-ção na Galeria H a v e -r ide i a s p a r a d i v u l -gar os t r a b a -lhos realizados, mostrando assim que assuntos relativos à História e à Edu-cação Visual podem ser sérios, mas

o nosso agrupamento04 o nosso agrupamento o nosso agrupamento 07o nosso agrupamento 0504

A equipa do Cartaxinho quis conhe-cer melhor aqueles adultos que, depois de um dia de trabalho, têm coragem para vir até à escola aprender aquilo que não aprenderam em idade esco-lar.

Todos os entrevistados têm uma ra-zão para terem abandonado os estu-dos: para uns, os pais não os deixaram estudar, os tempos eram outros e as oportunidades não eram iguais para

• Ana Rute, Catarina Dias, Catarina Santos Educação e Formação de

Adultos no AgrupamentoNovas oportunidades para voltar a estudar

todos; o Sr. Emídio e a D. Maria não quiseram estudar; a D. Maria viveu a guerra do Ultramar em Angola onde ir à escola era praticamente impossí-vel, nessa altura.

Claro que os novos desafios da nos-sa sociedade impeliram estas pessoas

para voltarem à escola, quase todos os alunos têm uma grande vontade em aprender mais e estão a gostar muito desta experiência, até porque todos os professores os incentivam para não desistirem.

E foi precisamente com uma das professoras desta turma que o Car-taxinho foi conversar. A professora Helena Pais disse-nos que a grande maioria destes alunos apenas quer aprender a ler, escrever e contar para conquistarem mais autonomia no dia-a-dia.

Apesar de ter muito prazer em dar aulas a alunos de diferentes faixas etá-rias, a professora Helena sentiu algu-mas dificuldades porque estes alunos são adultos e já têm uma bagagem muito grande de ideias e experiências, é mais difícil ensinar um adulto do que uma criança.

Estes alunos aprendem sobretu-do matérias que lhes permitem lidar mais facilmente com a realidade que enfrentam no quotidiano, ao mesmo tempo que vão reflectindo sobre valo-res fundamentais da vivência humana. A professora Helena Pais (em baixo ao centro) com as repórteres do Cartaxinho e

os alunos da turma do curso EFA

Promoção e Educação para a SaúdeTrabalho da equipa responsável pela Educação para a Saúde/Educação Sexual

• Ana Cristina Martins e Sandra Pereira

No presente ano lectivo, todas as escolas portuguesas tiveram que pro-mover projectos de Educação Sexual junto dos seus alunos.

A Escola E B 2, 3 José Tagarro já dinamizou, em anos anteriores e em conjunto com o Centro de Saúde e no âmbito das Ciências Naturais e Área

de projecto, trabalhos nesse sentido; todavia só neste ano é que estes pro-jectos se tornaram mais abrangentes e adequados à nova realidade.

A equipa responsável pela Educação para a Saúde/Educação Sexual relatou ao Cartaxinho todo o trabalho realiza-do durante o ano lectivo 2009/2010:•Nomeação de um grupo de traba-

lho pela Direcção da Escola;

•Análise da nova legislação;

•Reuniões do grupo de traba-lho com o Cen-tro de Saúde;

•Pesquisa sobre o trabalho de-senvolvido em outras escolas;

•E l a b o r a ç ã o do projecto de Educação Se-xual do Agru-pamento na qual foi feita a distribuição dos temas pelos dife-rentes anos de escolaridade;

•Pesquisa e selecção de propostas de actividades a desenvolver de acordo com os temas;

•Pesquisa, selecção e aquisição de material didáctico;

•Sessões sobre sexualidade para os 6º e 8º anos dinamizadas por enfer-meiras do centro de saúde;

•Planificação da implementação do Gabinete de Apoio e Informação;

•Recolha de dúvidas dos alunos atra-vés da caixa de perguntas.

•Vitrina no átrio de entrada com o tema “A nossa sexualidade” onde,

Painel do PES/ES

entre outras informações, foram dadas as respostas às questões co-locadas na caixa de perguntas e foi disponibilizado o livro grande da sexualidade para leitura semanal

•Os conselhos de turma aplicaram o projecto realizando as actividades adequadas às necessidades de cada turma.No início do próximo ano lectivo

estão agendadas duas peças de teatro-debate para os alunos de 3º ciclo: Nem muito simples nem demasiado complica-do (tema: sexualidade juvenil) e (In)Dependências (tema: consumos noci-vos de substâncias).

Sessão dinamizada pela Enfermeira Albertina

Velázquez fora do seu tempoExposição de trabalhos na EB23 José Tagarro

• Cesina Bona

A ideia base para esta exposição sur-giu durante um diálogo entre as pro-fessoras de Educação Visual e de His-tória, Cesina Bona e Isabel Morango, respectivamente.

Como os movimentos artísticos do século XX fazem parte dos conteúdos da disciplina de História no nono ano de escolaridade, surgiu a hipótese de se poder realizar, com os alunos da turma B, um trabalho que abordasse e

desenvolvesse aqueles conteúdos. Assim, nas aulas de Educação Vi-sual, os alunos da turma consoli-daram os conhecimentos sobre os diferentes movimentos artísticos

através de pesquisa bi-bliográfica e visiona-mento de filmes.

Cada alu-no escolheu então um dos movi-mentos ar-tísticos da p r i m e i r a Pop art

metade do século XX e realizou o trabalho prático.

O traba-lho con-sistiu em interpretar a pintura “ I n f a n t a M a r g a -rita”, da

autoria do pintor espanhol do século XVII Diego Velázquez, de acordo com a época do movimento artístico ante-riormente escolhido, como se o refe-rido pintor tivesse vivido “fora do seu Fauvismo

Neo-realismo

Pop art

podem também ser abordados e de-senvolvidos de forma bastante diver-tida.

O original

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o nosso agrupamento06 o nosso agrupamento 07o nosso agrupamento 07

O nosso grupo no Museu da Marinha

Unidade de Apoio EspecializadoNotícias e actividades realizadas

• Alunos e professores da U.E.E.

Os alunos desta Unidade frequen-tam aulas de hidroterapia, uma vez por semana. Esta actividade tem de-corrido, ao longo do ano lectivo, nas Piscinas Municipais do Cartaxo. Te-mos vindo a participar em Encontros de Natação Adaptada, em Santarém e em Almeirim. Têm sido momentos muito enriquecedores para todos nós.

Fomos com a turma do 6.ºE numa visita de estudo ao Museu da Marinha e ao Aquário Vasco da Gama. Fizemos um piquenique nos jardins de Belém.

Aprendemos muito sobre embarca-ções e animais marinhos.

Os alunos da U.E.E. praticam natação No dia 20 de Maio, participámos na Estafeta Nacional “Pobreza e Exclu-são: Eu Passo!”. Esta actividade re-sultou de um convite da turma PIEF, desta escola.

Iniciámos o percurso na rotunda que se situa no lado norte da cidade do Cartaxo e terminámos na rotunda que se situa na parte sul. Assistimos ainda a um espectáculo realizado pe-los alunos desta escola e que envolveu fandango, dança e trampolins, e a uma largada de pombos.

Todos os alunos participaram nes-tas actividades com muito empenho e alegria.

Estafeta “Pobreza e Exclusão : Eu Passo!”

À pesca no Museu da Marinha

No âmbito das comemorações do centenário da República, a Câmara Municipal do Cartaxo e a Assem-bleia Municipal convidaram o Agru-pamento Marcelino Mesquita para se associar à iniciativa “A Árvore do Centenário”, integrada nas comemo-rações do dia Mundial da Árvore.

Neste sentido, decidiu-se integrar nesta actividade os alunos do 4º ano de escolaridade desta Escola, consi-derando que à época da Implantação da República, era a escola oficial da cidade.

Existem vários registos de 1911, 1913 e 1918 alusivos à Festa da Ár-vore que se realizava na nossa Escola e onde os alunos eram sensibilizados para o valor e importância da árvore.

Os alunos da Escola EB 1 nº 1 do Cartaxo também recrearam um des-file e também aqui os promotores deste evento se inspiram na descrição publicada na obra “Mestre Cid e a Escola do seu tem-po, Cartaxo 1890-1929” e passamos a citar: “(…) Também foi resolvido que no dia da fes-ta se reunis-sem na Praça

15 de Dezembro (…) donde deviam sair formados para o novo edifício escolar, onde seriam planta-das as árvores (…), tendo sido escolhi-das duas palmeiras e uma acácia”. Se-guia-se uma sessão solene e após a sua conclusão alunos e professores eram convidados a assis-tir gratuitamente a uma sessão no “salão animatográfico da vila”.

Os alunos da es-cola “do Centro” recriaram com em-penho e dedicação

estes tempos.

Alunos do 1º ciclo recriam a Festa da ÁrvoreO Agrupamento Marcelino Mesquita na iniciativa “A Árvore do Centenário”

A primeira escola masculina do Cartaxo

Os alunos preparados para a actividade

Plantando uma árvore Os elementos da autarquia também participaram

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o nosso concelho 09o nosso concelho08

• Jéssica Cortinhas e Joana Serafim

Desta vez quisemos ser mais ar-rojados e tentámos entrevistar um dos maiores humoristas portugueses da actualidade, José Pedro Gomes , que actuou no Centro Cultural do Cartaxo no passado dia 29 de Maio. Depois de algumas peripécias à vol-ta do “conseguir ou não a entrevis-ta”, fomos bafejadas pela sorte e este grande senhor do mundo cómico recebeu-nos muito gentilmente. As questões abordaram vários temas e ficámos satisfeitas com a colabora-ção de José Pedro Gomes.

A peça apresentada inspira-se nos defeitos e nas particularidades do

Português. Foi escolhido como ade-reço principal o galo de Barcelos porque é um dos principais símbolos de Portugal e tem um grande im-pacto visual. José Pedro Gomes fez a peça de maneira divertida para que os portugueses fizessem uma espécie de introspecção e se rissem de si pró-

José Pedro Gomes e as jornalistas do Cartaxinho

prios. Esta peça estreou no Casino de Lisboa, irá percorrer todo o país, embora com algumas dificuldades relacionadas com a própria logística.

Para José Pedro Gomes, os pro-gramas de humor televisivos têm contribuído para desenvolver este género teatral; de facto, a televisão lançou muitos actores cómicos que

José Pedro Gomes em exclusivo para o CartaxinhoEntrevista a um actor de excelência

mantêm hoje um estatuto privilegia-do junto do público. José Pedro Go-mes tornou-se um desses actores aos 30 anos por acaso, ser actor cómico nunca foi o seu principal objectivo pois era uma coisa inatingível para ele.

No entanto, a sua paixão pelo te-atro é antiga; após ter começado a fazer teatro amador, surgiram várias propostas que ele agarrou com em-penho e entusiasmo.

António Feio foi, sem dúvida al-guma, o actor que o marcou mais. Além de um grande amigo de 14 anos, mantém uma relação de muita cumplicidade em cena. Para Zé Pe-dro, António Feio é um grande en-cenador e foi com ele que aprendeu muito do que sabe hoje.

Para quem quer abraçar a carreira de actor, José Pedro Gomes deixa al-guns conselhos e alertas: “Ao início tudo é muito difícil” e “Hoje em dia ninguém dá o devido valor à arte de representar.”

Teatro no Centro CulturalCompanhia Causa.Ac apresenta as peças Terra 8 e Conferência de um Macaco

No passado dia 28 de Maio, o palco do Centro Cultural do Cartaxo rece-beu mais um leque de actores que dig-nificaram a arte de representar. Terra 8 e A Conferência do Macaco foram levadas à cena para grande agrado dos espectadores – alguns alunos do Car-taxo e Pontével.

A primeira peça retrata o Planeta

Terra nas suas oito facetas mais con-troversas: água, trabalho, mobilidade, demografia/migração, línguas, saúde e guerra. Os alunos assistiram aos qua-dros “Mobilidade” e “Demografia/Mi-gração”. O debate final permitiu per-ceber que os autores e actores desta peça quiseram mostrar capítulos principais da vida das pessoas com os quais nos confrontamos todos os dias e onde o for-te domina sempre o mais fraco. Muitas destas histórias são verídicas, como é o caso de um rapaz que escrevia poe-sia e foi encontrado morto debaixo de um camião, em Veneza, ao lado do seu caderno de poemas que acabou por ser publicado pelo Município daque-la cidade. Também são verdadeiros os

muitos casos de Emigrantes que saem da Líbia e chegam mortos a Itália. A Europa é um lugar de destino e de so-nho de muitas pessoas vindas de Áfri-ca, Brasil e Leste; quando cá chegam têm que enfrentar muitos estereótipos da nova “Cultura acolhedora”.

A Conferência do Macaco abordou duas questões fundamentais: a ques-

tão da evolução física e intelectual do homem e a pro-ximidade que o ma-caco tem de nós. O actor que encarnou este papel provocou muito riso em to-dos aqueles que as-sistiam às suas falas e movimentos de forma muito atenta e expectante. Todos perceberam que a Humanidade tem

evoluído para um estado que não é propriamente motivo de orgulho para ninguém, sobretudo quando trata mal

outros seres indefesos. Por outro lado esta evolução tem custos altíssimos para o Planeta, o Homem não está a ser nada inteligente no que concerne à gestão e sustentabilidade dos recursos naturais.

Terra 8

Conferência de um Macaco

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o nosso concelho10 o nosso concelho 11

A vida de uma EstrelaUma conversa com a grande bailarina e professora Lydie Carnier • Bruna Morgadinho, Carolina Costa, Catarina Vieira,

Catarina Oliveira, Inês Coelho, Rafaela Neves

Mais uma vez a nossa equipa sai à rua com o intuito de dar a conhecer à nossa comunidade um pouco sobre a personalidade da Grande Bailarina e Professora Lydie Carnier. É de nacio-nalidade Francesa e reside em Portu-gal há quarenta anos.

Entregou-se à arte de ensinar em 1979 como assistente do seu professor de Ballet. Mais tarde, a Bailarina abre a sua própria escola, em Havre (Fran-ça), em 1981). A sua modéstia revela-se e destaca-se, quando lhe perguntá-mos se desde sempre fora um talento nato na corrida ao estrelato e esta diz-nos que somente o seu mentor poderia avaliá-la e responder à nossa pergunta. Para assinalar o seu prestígio, a Asso-ciação Federal Maistres Danse Classi-

que, a mais consagrada no mundo da dança, recebeu-a como membro.

Esta Senhora sempre se identificou com o Mundo do Ballet ao qual tem dedicado toda a sua vida. Começou a

praticar Ballet com apenas seis anos mas foram duas óperas que a cativa-ram ainda mais a perseguir o seu so-nho: “Cendrillon” e “Giselle”. A sua

paixão pela dança Clássica fez com que se dedicasse a tempo inteiro ao mesmo, deixando de lado a “mísera hipótese de dançar qualquer outro es-tilo”.

As nossas jornalistas com a professora Lydie

Hoje em dia, lecciona na nossa cida-de, mais precisamente, na Sociedade Filarmónica Cartaxense. De momen-

to dedica-se somente ao ensino de crianças e jovens, que tenham persis-tência, trabalho e algum talento, ten-do em atenção que este não é o único ingrediente para a formação de um bom bailarino ou bailarina. É ainda Proprietária de uma loja de artigos de Ballet ao qual chamou de “Giselle”, em honra do espectáculo que a trouxe ao estrelato.

Em plena aula de dança

A professora Lydie na sua loja

Protecção aos animais do concelhoVisita à sede da Associação de Protecção aos Animais Abandonados do Cartaxo • Diogo Amado, Emanuel Joanico,

Miguel Fialho, Tiago Verga

A equipa do Cartaxinho quis con-hecer melhor aqueles que cuidam dos animais no Cartaxo e, nesse sentido, fomos visitar a APAAC - Associação de Protecção aos Animais Abandona-dos do Cartaxo, e conversámos com o seu responsável, o Sr. Miro.

Esta Associação foi fundada no dia 14 e Maio de 1990 e desde então tem trabalhado em prol dos animais, aju-dando todas as pessoas que querem cuidar, realmente, deles.

Visitámos as actuais instalações onde são albergados muitos animais. O local era uma antiga lixeira onde os camiões iam despejar o lixo, foi o local que a Câmara Municipal, na altura, disponibilizou para colocar os ani-mais. Claro que muito trabalho teve que ser feito, muita persistência teve que haver para tornar digno aquele lo-cal! A obra está à vista!

A APAAC tem cerca de 1600 só-cios, com cerca de 700 a pagar a quota mensal. As condições da clínica são claramente superiores às do canil até porque não é muito agradável para um animal permanecer fechado numa Box. A clínica tem condições para que um animal possa permanecer lá dois ou três dias enquanto está a ser

tratado. Para o canil vão, essencial-mente, aqueles animais que são recol-hidos, aqueles que estão para doação. Na clínica já há um leque de serviços muito mais abrangente; em termos de medicina veterinária, há raio-X, eco-grafias, ortopedia, clínica geral. Para desempenhar todas estas tarefas, a clínica conta com 3 funcionários – 2

assistentes e 1 gestor; no canil existe 1 gestor, 2 funcionários e jovens volun-tários que se agradam muito por estes serviços, sobretudo de passear os cães.

A Associação recolhe sobretudo cães e gatos, o número de recolhas vai vari-ando. O que vale é que também todos os dias há pessoas a levar para casa um ou mais animais; no canil só dão cães, à clínica, muitos vão buscar gatos. Como é óbvio, o nosso entrevistado adora e preocupa-se com os animais, já teve experiências bem dramáticas com alguns, sobretudo quando eles morrem por negligência ou descuido humano.

Com as férias à porta quisemos saber se este é um período de maior aban-dono dos animais. Felizmente que a APAAC disponibiliza, por um preço reduzido (3 Euros/dia), condições para que o animal possa permanecer e ser cuidado no canil enquanto as pes-soas vão para fora. Os serviços domi-ciliários também são uma realidade e até são mais desejáveis para o animal.

A principal preocupação vem de-pois da época da caça quando o aban-

Os nossos jornalistas com o Sr. Miro, nas instalações da APAAC

Logotipo da Associação de Protecção aos Animais Abandonados do Cartaxo

dono de cães se torna mais frequente. Abater um animal é coisa rara mesmo aqueles que têm alguma deficiência física; só são abatidos aqueles animais portadores de alguma doença conta-giosa que põem em perigo todos os outros. A APAAC acredita que todos os animais têm direito à vida!

Sobre a APPAC

A APAAC – Associação de Pro-tecção dos Animais Abandonados do Cartaxo, é uma Associação sem fins lucrativos, sediada no Cartaxo, que se dedica à defesa e bem-estar dos ani-mais abandonados lutando pelos seus direitos. Além de defender e preservar a vida animal e promover o respeito pelos animais, tem também, impor-tantes funções sociais no campo hi-gieno-sanitário.

Contactos:APAAC - Apartado 1742070 – 909 CARTAXOTelefone - 919 799 997

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Muitos daqueles alunos que termi-nam o 9º ano deparam-se com o pro-blema de ter que ir frequentar escolas fora do Concelho do Cartaxo. Claro que isso coloca imediatamente o pro-blema das acessibilidades. É preciso que o Cartaxo tenha meios de trans-porte que permitam as deslocações dos alunos para essa escola.

A equipa do Cartaxinho quis saber quais são os transportes que o Carta-

xo oferece. O autocarro e o comboio são os únicos transportes públicos que existem na nossa terra.

Santarém tem ligação com o Carre-gado, Reguengo e Santarém; o Car-taxo tem autocarro até vale da Pinta, Aveiras de Cima, Reguengo, Valada e

Setil. Na Cidade do

Cartaxo temos também o TUC (Transporte Urbano do Cartaxo).

Nas Estações de Santana - Cartaxo, Setil, Reguengo e Morgado que per-tencem ao concelho do Cartaxo param os comboios Re-gionais (CP regionais). Nas estações de Santana, Setil e Reguengo param os comboios com destino a Lisboa e Tomar e na estação de Morgado, os comboios com destino a Coruche e

Setil.Claro que para os mais endinheira-

dos, existem os táxis que funcionam

mais ou menos entre as 8 da manhã e as 9 da noite. Ao fim de semana há, pelo menos, 2 ou 3 táxis de serviço

Para mais informações pode ir ao site da CP e da rodoviária do Tejo em www.cp.pt e www.rodotejo.pt.

Muitos alunos sonham seguir uma carreira ligada ao mundo das Artes. Para muitos esse mundo fascinante está mais perto do que, na realidade, está.

O Cartaxinho foi entrevistar uma das alunas que frequenta e Curso de Artes na Escola Secundária do Car-taxo.

Esta nossa entrevistada almeja en-trar na Escola Superior de Teatro e

Cinema, na Amadora, onde poderá aperfeiçoar e adquirir toda a formação que necessita para o mundo artístico.

Na Escola Secundária do Cartaxo ou em qualquer outra escola, estar nesta área significa paixão absoluta, por isso todos os alunos adoram as aulas, não só por serem na maioria práticas mas pelo facto de haver uma maior ligação entre turmas, colegas e professores.

Muitas vezes, os alunos têm aulas na rua, onde pintam e desenham tudo aquilo que vêm, utilizando os mais di-

versos materiais. Esta aluna confi-denciou-nos que sempre teve uma enorme capaci-

dade para estragar, criar e inovar e, a partir, nasce o gosto, a originalidade e criatividade.

Escolheu esta área porque abrange diversas temáticas, culturas e sobretu-do, as artes dramáticas, ou seja, a Artes do Espectáculo. Aqui, terá a oportu-nidade de passar por diversas experi-ências, como a dança, música, teatro, expressão dramática, tudo o que tenha a ver com o "palco" e com o mundo do espectáculo.

o nosso concelho12 outras histórias 13

Concurso LiterárioContribuições de alguns participantesViajei por muitos sítios e encontrei…

Viajei por muitos sítios,Mas por onde não sei bem,Só sei que foi engraçadoE divertido também!

Encontrei várias coisas,Algumas muito estranhas!E o que eu viVou contar-vos aqui.

Eu ia distraídoA cantar pela montanhaQuando fui atraído Por uma visão estranha!

Parecia uma árvore,Mas não podia ser,Só que, para meu espanto, viUma oliveira a fazer chichi!

Mais adiante,Ficou pasmado o meu coração!Parecia um vulcãoE era mesmo umMas, em vez de deitar lava,Ele não parava e… espirrava!

E ainda houve outra coisa que me deixou espantadoFoi um autocarro a pedir boleia!Mas, se ele era um autocarro,Porque queria ser transportado?!

Este é o Mundo da Fantasia Que eu quero continuar a visitar…Foi tão giro, tão giro,Mas acabei por acordar!

Tiago Vieira, 5ºD

Certo dia…Não sabia, pois nãoOnde estava, o que fazia…Só queria ver televisão E comer bolacha Maria!

Que estranho, que estranho,A bolacha e a televisãoÀ minha frente apareceramE eu percebi entãoQue viajara ao Mundo da Magia.

Fui um saco buscarPara a magia guardar,Mas estava em todo o ladoNão a consegui apanhar!

Queria arranjar maneiraDe a magia agarrar,Mas como conseguir?Ela estava sempre a fugir!

Então pensei… e pensei…E cheguei a uma conclusão:“Vou pedir um desejoPara parar esta confusão!”

E logo apareciEnrolada num blusão,A comer bolacha MariaE a ver televisão!Então gritei: “Casa!”Numa grande alegria!

Daniela Lopes , 5ºD

Viajei pelo Mundo da Magia e encontrei…

Viajei pela imaginação e encontrei uma repreensão!

Estava na aula de MatemáticaCom um sono de matar,Quando, quase num ápice,

Comecei a “viajar”:Eu era um peixe e pus-me a nadar!Pensei: “ Que coisa estranha se está a passar?!Azar, vou mas é aproveitar!”Viajei por todo o mar,E o que vi fez-me os olhos arregalar:À minha frente estava uma cidade de pasmar,Tão grande que nem conseguia acredi-

tar!Havia peixes de uma beleza sem igualE até um centro comercialDe décimo terceiro andar.Quando já estava a gostar Do que se estava a passar,A professora acordou-me, chateada!E eu, de tão envergonhada, Só me apetecia chorar!

Ana Ferreira, 6ºC

Viajei... e encontrei!

Certo dia, estava eu a ter aulas, quando, quase na hora de ir embora, a professora nos deu um T.P.C. : inventar uma história. Ao toque da campainha, fui para casa a pensar na história que eu havia de inventar. A professora deu-nos uma semana para a entregarmos. Cheguei a casa e fui para o meu quarto a pensar numa história. Pen-sei…, pensei…, pensei… e pensei… Mas nada, não me vinha nada à cabeça, zero… não tinha ideias. Passou um dia; dois dias; três dias; quatro; cinco; seis dias; e nada! Fal-tava apenas um dia para entregar o trabalho e …O que é que eu tinha feito? Nada! Depois das aulas, passei por um quiosque e vi, no Jornal de Notícias, uma notícia um pouco bizarra, esquisita, mas interessante. Dizia que havia um génio louco que teria inventado uma máquina de viajar na imaginação! E eu que precisava tanto de a testar! Fui ter com o tal cientista e ofereci-me para servir de cobaia. Então fez-me sentar numa cadeira e disse-me em voz baixa e maléfica: - Fecha os olhos, meu rapaz! E aconteceu… Estava mesmo lá, na minha imaginação! Mas, quando abri os olhos para a ver, fiquei bastante assustado! Estava vazia! Finalmente tinha percebido o que se passava comigo…

Pedro Catarino, 6ºC

O ensino das artes na nossa cidadeEntrevista com uma aluna do Curso de Artes da E.S. do Cartaxo

• Andreia Henriques, Carolina Ro-drigues, Patrícia Nunes, Patrícia Simão

• José Carlos Antão e Luís Gradiz

Transportes públicos no CartaxoO Cartaxinho pesquisou as alternativas possíveis

Estação de Santana-Cartaxo

Estação de Morgado

Estação de Reguengo

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outras histórias14 outras histórias 15

Não se deve fumar Pois o tabaco pode matar;Provoca doenças, mau hálito;Tonturas e mau estar.

Fumar é uma vergonhaE faz mal ao coração,Cancro pode provocarMorremos na solidão!

O tabaco mata Mesmo que tu penses que não.Faz muito mal à saúdeIntoxica o teu pulmão!

A vida sem fumoÉ boa e saudável.Vivemos mais anosUma vida admirável.

Dia Mundial sem Tabaco31 de Maio

• Alunos do 5ºB

Poesia Matemática

Bom dia, Sr. TriânguloComo vai isso aí em cima?Com a ponta do seu vérticeQualquer coisa rima.

Bom dia, Sr. Rectângulo, Encontramo-lo todos os dias,Está em qualquer ladoAté nas naus de Bartolomeu Dias.

• Catarina Fernandes e Tatiana Almeida

O quadrado e o rectânguloSão dois irmãozinhos.Um tem os lados todos iguaisE o outro tem comprimento a mais

• Bárbara Santos e Joana Ramalho

O triângulo tem três ladosMas gostava de ter maisE como é órfão, Gostava de ter pais.

O círculo é bem gordinhoE não pára de rolarE por ele ser assimNunca consegue parar.

A nossa dama de honorÉ um alinda bissectrizEla adora o seu nomePorque se chama Beatriz.

Esta foi a nossa históriaSobre a valente Matemática.Adivinhem quem a ela se juntou?A nossa linda gramática.

Dia Mundial da Criança1 de Junho

• Catarina Carmo, Joana Vicente, Marcelo Félix

Criança, tu és o confortoCriança, tu és o amorTu, que tens alegria nos teus olhosE que aos outros ofereces amizade.

Tu, que caminhas Sem maus pensamentosE que amas sem rodeiosVem comigo.Dá-me a tua mão.Criança, tu és o símboloDo amorDa pazE da liberdade.Tu és o fruto da inocênciaE da pureza.Criança, Ajuda-nos a construirUm mundo bom,Como tu,És a estrela brilhante!

Figuronas

A adição é uma operaçãoCuja capacidade de aumentaçãoPode fazer crescer a união!

Ricardo Fonseca e Pedro Catarino

A pirâmide pentagonalTem seis lados Completamente tarados! Cinco estão na diagonalFazendo uma roda infernalEnquanto o de baixo, na horizontal,Se sente muito malNuma solidão fatal!

Tiago Silva e Joana Vasconcelos

Lá estava um quadrado Muito bem sentado Quando olhou para o lado eE viu o seu companheiroO paralelepípedo, muito atrapalhadoPor ter perdido o seu lado dianteiro!

Abigaël Valada e Nádia Estrela

A evolução das consolasDa PS1 à PS3

Ontem de tarde fomos jogar PS3 com um amigo... os gráficos são per-feitos! A evolução dos jogos de vídeo é intensa, não pára, e a cada ano que passa essa evolução ocorre cada vez mais depressa. Decidimos apostar so-bre isso hoje, depois de ter debatido esse assunto com amigos. Estávamos a falar sobre a evolução da PS1 para a PS2 e da PS2 para a PS3. Vamos aos resultados:

Playstation 1 lançada em 1995:• CPU: MIPS R3000 a 33,8688

MHz • Mídia: CDs (para jogos e música)

• Sistema de Armazenamento: Car-tão de memória: 128 KB

• Controladores: 1 a 8 gamepads, DualShock

• Unidades vendidas: 102,49 mi-lhões

• Jogo mais vendido: Gran Turismo, 10,85 milhões de unidades

• Conectividade: PocketStation; Porta paralela

Playstation 2 lançada em 2000:• CPU: Emotion Engine 128-bit a

294 MHz (Slim:299 MHz) • GPU: "Graphics Synthesizer" a

147 MHz Mídia: DVD (para fimes e jogos),

CD (para música e retrocompatibili-dade com PlayStation)

• Sistema de Armazenamento: Car-tão de 8 Megabytes

• Controladores: 1 a 8 gamepads, DualShock 2

• Serviço Online: DNAS(Dynamic Network Authentication System)

• Unidades vendidas: 145 mi-lhões

• Jogo mais vendido: Grand Theft Auto: San Andreas, 17,53 milhões de unidades

• Retro-compatibili-dade: Plays-tation

• Conecti-vidade: Mo-dem, USB, Ethernet, Fi-reWire

P l a y s t a -tion 3 lança-da em 2006:

• CPU: Cell Broadband Engine a 3,2 GHz

• GPU: nVidia-SCEI RSX • Mídia: Blu-ray (para filmes e jo-

gos), DVD (para filmes e retrocompa-tibilidade com PlayStation 2), SACD (para música), CD (para música e re-

trocompatibilidade com PlayStation) • Sistema de Armazenamento: Dis-

co rígido: 20, 40, 60, 80, 120, 160, 250GB

• Contro-ladores: 1 a 7 Sixaxis/Du-alShock 3

• Servi-ço Online: PlayStation N e t w o r k , PlayStation Home

• Jogo mais vendi-do: Modern Warfare 2,

4,7 Milhões (no 1º dia) • Retrocompatibilidade: PlaySta-

tion (todos os modelos), PlayStation 2 (modelos de 20 GB, 60 GB e 80 GB 2007)

• Conectividade: Bluetooth, Wi-Fi, USB, Ethernet

• António Pinto e Duarte Raposo

Para esta edição do jornal decidimos fazer uma entrevista a uma estrela de um dos programas mais vistos, se não mesmo o mais visto da televisão Por-tuguesa, “Morangos com Açúcar”.Para isso metemos mãos ao trabalho

e conseguimos fazer uma breve entre-vista ao actor Ricardo Sá que inter-preta o papel de Leonardo Pimenta, o Leo nos “Morangos com Açúcar”.Visto que ele é bastante ocupado por

causa das gravações da série, colocá-mos as questões via correio electróni-co e obtivemos então as respostas na primeira pessoa…Eu (Ricardo) fiz 21 anos este ano, o

Leo fez 18, até foi presenteado com uma declaração de amor da Mariana a cantar no Bar Chiclete, lembram-se?Eu e o Leo temos personalidades

muito diferentes embora se toquem em alguns pontos, claro. O Leo é um cabeça no ar, ingénuo e brincalhão,

anda sempre relaxado e com apetite, amigo do seu amigo. Gosta muito de namorar a Mariana e também gosta do pai, que o criou. Ao longo do ano lectivo (11º) foi-se tornando mais res-ponsável e trabalhador na escola e na banda, o que lhe vai valer umas boas surpresas no final do ano... e vai ter

sucesso nos TRIBO e também com a Mariana! O esforço compensa, não é?Eu sou mais metódico e organiza-

do e só assim tenho conseguido fazer

tanta coisa ao mesmo tempo: estudos, teatro, televisão e até a estreia no ci-nema. Frequento o Curso Superior da Escola Superior de Teatro e Cinema, fiz o 12º aos 18 anos com boas notas e comecei por entrar em Gestão de Em-presas. No entanto, nesse mesmo ano, decidi seguir a representação e passei a fazer cursos de teatro e televisão e, para ajudar a pagar os estudos, traba-lhei alguns meses na Zara. Ingressei na Escola Superior de Teatro e Ci-nema no ano seguinte e fiquei muito contente pois fiquei em 12º lugar nas audições a nível nacional, entre alguns milhares de concorrentes. Entrar nos Morangos foi muito bom

pois compensou muito esforço e dedi-cação, e a personagem Leo foi um bo-nito presente, pois penso que consegui fazer crescer a personagem e torná-la adorada por muitos jovens. Tenho muitos sonhos….claro! Mas

neste momento sonho com férias, pois ando muito cansado mesmo! São muitos ensaios, canto, dança, música e gravações da série de verão, que está na recta final…

Entrevista ao actor Ricardo SáO bem conhecido Leo dos Morangos com Açúcar

O actor Ricardo Sá

• Inês Fernandes e Joana Alves

Page 9: O Cartaxinho 3 + Suplemento República

o cantinho do 1º ciclo16

Viagem de FinalistasAlunos do 4º ano da Escola nº1

jornalcarta

[email protected]

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Page 10: O Cartaxinho 3 + Suplemento República

Recordamos o grande ciclistaAlfredo Trindade

A equipa do nosso jornal foi até Valada conversar com o filho do ciclista Alfredo Trindade que nasceu a 26 de Junho de 1908 e foi contemporâneo e ami-go de José Maria Nicolau.

O Cartaxo em Festano início do século XX

O dia-a-dia no Cartaxo nos tempos da Primeira República

Suplemento EspecialO Cartaxo na 1ª República

O Cartaxo na Primeira Grande Guerra

Os jornalistas do Cartaxinho inves-tigaram e recolheram informações e fotografias que retratam episódios

da participação dos Cartaxeiros na Primeira Guerra Mundial.

Joaquim Coito CarapinhaUm soldado do Cartaxo na Guerra

Page 11: O Cartaxinho 3 + Suplemento República

O Cartaxo na Primeira RepúblicaII O Cartaxo na Primeira República III

A equipa do nosso jornal foi até Va-lada conversar com o filho do ciclista Alfredo Trindade, que nasceu a 26 de Junho de 1908.

Trindade participou em inúmeras

provas de ciclismo não só no nosso país como no estrangeiro. Ganhou a

Alfredo TrindadeRecordamos um grande Cartaxeiro

• José Carlos Antão terceira e a quarta Volta a Portugal. “Foi o primeiro leão a ganhar a Volta pelo S p o r t i n g ” - diz o seu filho

c h e i o de or-gulho.

Con-t e m -p o r â -neo do grande J o s é M a r i a Nicolau, sempre existiu entre es-tes dois filhos da terra uma gran-de rivalidade so-bretudo na Volta a Portugal e na paixão de um, pelo Benfica, e de outro, pelo Sporting. Essa rivalidade atra-vessava familia-res e amigos dos ciclistas, chegava

a dividir a própria po-pulação. Todavia estes

homens sempre se respeitaram mutu-amente apesar das suas grandes dife-renças.

Depois de ter andado a correr por outros clubes, voltou ao Sporting em 1936 onde permaneceu até quase ao fim da sua carreira. A sua última gran-de vitória foi quando, por motivos pes-soais, deixou o clube dos leões e correu a título individual a prova “Chama da Pátria” que ligava a Batalha a Lisboa. Foi depois dessa vitória que assinou pelo Belenenses.

O Cartaxo em FestaNo tempo da 1ª República

Page 12: O Cartaxinho 3 + Suplemento República

O Cartaxo na Primeira RepúblicaIV O Cartaxo na Primeira República V

FotogaleriaO Cartaxo no início do século XX

A velha rua direita junto ao largo do pelourinho

Aldeia da Palhota

Vender para comprar - Exposição de produtos agrícolas

Fonte no Largo do Hospital

Na feira tradicional

Na faina das vinhas - Uma pausa para a bucha

Edifício da Câmara Municipal adaptado do antigo convento de Franciscanos.

Conversa de camponeses

O símbolo de Vila Chã de Ourique

Page 13: O Cartaxinho 3 + Suplemento República

O Cartaxo na Primeira RepúblicaVI O Cartaxo na Primeira República VII

O Cartaxo na Primeira Grande GuerraImagens e acontecimentos da época

Esta revista nacional dá conta da importante récita que se realizou no Carta-xo, e cujo produto, conjuntamente com a Venda da Flor, reverteu para minorar a miséria e a desgraça de todos aqueles que participaram na Primeira Guerra Mundial e regressaram à Pátria mutilados.

Estas duas iniciativas renderam 1000 Escudos.“Elisa em primeiro lugar o que eu mais estimo é que este meu postal te vai encontrar de uma perfeita saúde, na companhia do teu marido e da minha sobrinha e da nossa família toda, pois eu até à data fico bem, sem novidade. Elisa vocês andam-me sempre com chatices, devido à tal pequena, pois tu vê lá a opinião delas e depois manda-me dizer, mas quan-do me escreveres não me venhas para cá meter o conto do vigário, porque se me vens para cá enganar, eu depois bem sei escrever.”

“Agora tu vê lá bem o que fazes, deixa-me ir entretendo até ao fim da guerra. Então não me contas que a nossa mãe tem andando muito zangada comigo, pois todos nós recla-mamos as nossas queixas, pois ela que vá sofrendo isso com paciência, que eu faço a mesma coisa. Com isto termino dá muitas saudades ao teu Francisco, e muitos beijos à Isaura e muitas saudades à Maria Rola e ao marido e os mesmos ao nosso José e à mulher e muitos beijos ao Arnaldo e muitas saudades à nossa Maria e muitos beijos ao Mário e dá muitos beijos e abraços à nossa mãe e tu re-cebe de mim uma viva saudade deste teu irmão que vos deseja ver. Joaquim Coito. Adeus até logo sim!”

From: 8 de Março de 1918

Eu não quero nem brincando,Dizer adeus a ninguém,Quem parte leva saudades,Quem fica saudades tem.

Um soldado do Cartaxo na Primeira Guerra Mundial

Joaquim Coito Carapinha

Nestas páginas está representada uma carta (e respectiva trans-crição) escrita por Joaquim Coito Carapinha à irmã, no ano de 1918, enquanto se encontrava em combate na Primeira Grande Guerra.Joaquim Coito Carapinha

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O Cartaxo na Primeira República VIII

Mestre Cid foi professor e cidadão do Cartaxo entre 1890 e 1928 Dedicou todo o seu trabalho a aperfeiçoar o en-sino e a proteger os menos bafejados pela ideia de igualdade social.

Mestre Cid. 30 anos a ensinar a ler, escrever e contar

Mestre CidUm grande pedagogo

João da Bona e família “Uma família da Ereira”, 1917

Uma família da época