O carnaval

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Introdução

Este trabalho fala sobre o tema integrador, “Todos Diferentes Todos Iguais”.

O nosso trabalho conta a historia do carnaval, quando nasceu e até a actualidade.

Falamos também sobre o carnaval de Sesimbra e o carnaval do rio de Janeiro.

O carnaval é uma das comemorações que é vivida por praticamente todos os povos

do mundo, é uma comemoração com muitos séculos, claro que só a partir do século

XIX é que começou a ter maior precursão e desde ai até aos dias de hoje tem

sempre evoluído.

O mais importante da história do carnaval é que mesmo passados séculos nunca

deixou de ser comemorado por todo o mundo.

O Carnaval

O Carnaval é um período de festas regidas pelo ano lunar no Cristianismo da Idade

Média. O período do Carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou "carne vale" dando

origem ao termo "Carnaval". Durante o período do Carnaval havia uma grande

concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com

seus costumes. O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da

sociedade vitoriana do século XIX. A cidade de Paris foi o principal modelo exportador

da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio

de Janeiro se inspirariam no Carnaval francês para implantar suas novas festas

carnavalescas.

História e etimologia

A festa carnavalesca surge a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela

Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse longo período

de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que

antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma. A palavra "carnaval"

está, desse modo, relacionada com a ideia de "afastamento" dos prazeres da carne

marcado pela expressão "carne vale", que, acabou por formar a palavra "carnaval".

Em geral, o Carnaval tem a duração de três dias, os dias que antecedem a Quarta-feira

de Cinzas.

Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, estes dias são chamados

"gordos", em especial a terça-feira (Terça-feira gorda, também conhecida pelo nome

francês Mardi Gras), último dia antes da Quaresma. Nos Estados Unidos, o termo

mardi gras é sinónimo de Carnaval.

No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval

incorporaram os bailes de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos. Ao

carácter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e

progressivamente a festa foi tomando o formato actual.

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O carnaval de Sesimbra

O Carnaval tem uma grande tradição em Sesimbra, tanto nas manifestações satíricas,

nas cegadas e cavalhadas (evocadoras dos tempos medievais) como nos bailes

nocturnos que várias colectividades organizaram desde finais do século XIX.

Após o 25 de Abril nasceu o Carnaval organizado, em resultado da sincronia dos grupos

que frequentavam os bailes. Posteriormente, surgiram também as primeiras escolas de

samba, que na terça-feira gorda desfilavam em plena avenida marginal. Recorrendo a

uma linguagem crítica, estas escolas abordam temáticas e problemas sociais nos seus

sambas de enredo.

Para a organização destes desfiles formaram-se associações de índole cultural e social,

que funcionam como pontos de encontro para jovens e não só, onde aprendem música e

dança.

O Carnaval de Sesimbra tem vindo a assumir-se como um dos momentos culturais e

sociais mais significativos no concelho, não só pelo seu aspecto lúdico, mas pela coesão

social que envolve.

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O carnaval do Rio

Durante todo o período colonial as diversões que aconteciam na cidade do Rio de

Janeiro durante o carnaval não eram diferentes dos outros pontos do brasileiro.

Toda uma série de brincadeiras reunidas sob o termo Entrudo podiam ser encontradas

nas ruas e nas casas senhoriais da cidade.

No final do século XVIII, essas diversões consistiam basicamente no lançamento mútuo

de limões de cheiro (dentro das casas senhoriais) ou qualquer outro tipo de líquidos ou

pós (nas ruas).

Após a Independência do Brasil, a elite carioca decide afastar-se do passado lusitano e

incrementar a aproximação com as novas potências capitalistas.

A cidade e a cultura parisienses serão os parâmetros a guiar as modas e modos a serem

importados.

No final de 1920 o Brasil procurava criar uma identidade capaz de diferenciá-lo dentro

da nova ordem mundial estabelecida após a Primeira Grande Guerra.

O conceito da pele negra destacava-se mundialmente valorizando as produções culturais

negras como a Arte africana e o jazz.

A festa carnavalesca e o novo ritmo de base negra recentemente erguido, o samba, foi a

base para a formação de um sentido de brasilidade.

A valorização do samba e da cor da pele acabariam por aumentar o interesse da

intelectualidade nos novos "grupos de samba" que surgiam nos morros cariocas.

Esses grupos passariam a apresentar-se "no asfalto", ou seja, longe dos guetos dos

morros, sendo chamados de escolas de samba.

Tratados inicialmente como uma espécie de curiosidade "folclórica", esses grupos

foram pouco a pouco, cativando a sociedade carioca com o seu ritmo marcado, com a

sonoridade inesperada e com os temas populares das suas letras.

Mantidas por décadas como elementos secundários da folia carnavalesca carioca, as

escolas de samba adquiririam grande proeminência a partir da década de 1950, com a

incorporação da classe média aos desfiles, consequência da aproximação entre as

escolas e intelectuais de esquerda.

A partir daí elas subiram muitos degraus do sucesso, até se tornarem o grande evento

carnavalesco nacional.

Apesar de iniciado "oficialmente" na sexta-feira gorda, o carnaval de rua carioca

começa já em Novembro quando as escolas de samba da cidade passam a realizar os

chamados "ensaios técnicos" no Sambódromo.

Verdadeiros desfiles onde o canto, a evolução e o ritmo são os elementos principais,

esses eventos vêm atraindo a população de todo o mundo que enchem as arquibancadas,

torcendo e cantando com as suas escolas.

Uma verdadeira festa popular que captura cada vez mais o interesse dos turistas

desejosos de assistir e participar de um carnaval essencialmente popular.

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As Diferenças

O Carnaval do Rio e o Carnaval de Sesimbra são completamente diferentes, o espírito é

o mesmo e a vontade de viver os 4 dias de folia é igual.

A grande diferença que os separa é os desfiles das escolas de samba, o Rio de Janeiro

vive o ano a pensar e a elaborar o carnaval, tem patrocínios o ano inteiro para poderem

dar asas a imaginação, e com tudo isto conseguem ter o melhor carnaval do mundo,

quem gosta mesmo de carnaval sonha com o sambódromo.

O carnaval em Sesimbra começa a ser vivido mais ou menos 4 meses antes dos grandes

desfiles, não existe uma entrega completa dos portugueses ao carnaval, ensaiam, fazem

fatos mas não vivem só para isso. São carnavais que se distinguem essencialmente pela

riqueza, ou seja, o poder económico das escolas de samba.