O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO · Tanto que, naquela Copa do Mundo, o jogo com melhor re-sultado...

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O O C om uma audiência prévia média de 21 pontos na transmissão da reprise de Brasil 2x0 Alemanha da final da Copa do Mundo de 2002, índice que já vinha sendo alcançado nas transmissões ao vivo do Campeonato Paulista, a Globo decidiu manter a aposta de mostrar jogos históricos da seleção brasileira na tarde de domingo, mantendo a entrega do pacote de futebol em sua grade. Para o próximo final de semana, a emissora anunciou que fará a exibição de Brasil 4x1 Argentina, partida que marcou a conquista da Copa das Confederações de 2005. A escolha do jogo para ser exibido se deu por meio de uma enquete on-line. O duelo, que foi realizado na Alemanha, venceu a disputa com 49,5% dos mais de cem mil votos. Em segundo lugar ficou o título da Copa das Confederações 2013. O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR ERICH BETING 1 NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1474 - SEGUNDA-FEIRA, 13 / ABRIL / 2020 euros foi o valor pago por uma camisa de Rafael Nadal em um leilão beneficente realizado pela Liga ACB de basquete 20,5 mil Audiência leva Globo a manter VTs da seleção

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Com uma audiência prévia média de 21 pontos na transmissão da reprise de Brasil 2x0 Alemanha da final da Copa do Mundo de 2002, índice que já vinha sendo alcançado nas transmissões ao vivo do Campeonato Paulista,

a Globo decidiu manter a aposta de mostrar jogos históricos da seleção brasileira na tarde de domingo, mantendo a entrega do pacote de futebol em sua grade.

Para o próximo final de semana, a emissora anunciou que fará a exibição de Brasil 4x1 Argentina, partida que marcou a conquista da Copa das Confederações de 2005. A escolha do jogo para ser exibido se deu por meio de uma enquete on-line. O duelo, que foi realizado na Alemanha, venceu a disputa com 49,5% dos mais de cem mil votos. Em segundo lugar ficou o título da Copa das Confederações 2013.

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR ERICH BETING

1

N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1474 - SEGUNDA-FEIRA, 13 / ABRIL / 2020

euros foi o valor pago por uma camisa de Rafael Nadal em um leilão beneficente realizado pela Liga ACB de basquete20,5mil

Audiência leva Globo a manter VTs da seleção

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Para alcançar a boa audiência da transmissão deste domingo, a Globo apostou em um grande esquema de divulgação do jogo. No site e dentro de sua programa-ção, a emissora anunciou que exibiria a partida em sua narração original. Depois, reuniu alguns personagens do "penta", como o capitão Cafu e o narrador Galvão Bueno, para comentarem sobre as emoções que sentiram naquele dia.

"Confesso estar mais emocionado agora do que no estádio em 2002 Eu chorei e não tenho vergonha de dizer, não. Sabe por quê? Porque não vai acontecer de novo. É demais, demais, demais. Me disseram que teve foguetório na hora do gol. Os vizinhos soltaram foguete", afirmou empolgado o narrador daquele jogo.

Em 2002, a Globo foi a única emissora a transmitir a Copa do Mundo na TV aber-ta. Com o torneio realizado no Japão e na Coreia do Sul, as partidas aconteceram em sua maioria no período da madrugada, rendendo sempre altos índices de audi-ência, já que as pessoas estavam em casa para assistir à maioria dos jogos.

A final teve 67 pontos de audiência e 91% dos televisores de todo o país esti-veram sintonizados na emissora. Foi o melhor resultado já obtido pela Globo na transmissão de uma final de Copa do Mundo, já que além de ser a única emissora em TV aberta a mostrar o jogo, o horário das 8h da manhã de domingo fez com que menos aglomerações se formassem, o que reduz sensivelmente o número in-dividual de audiência. Tanto que, naquela Copa do Mundo, o jogo com melhor re-sultado no Ibope foi a semifinal contra a Turquia, que alcançou 69 pontos no Ibope.

A reexibição do jogo também teve bastante repercussão nas redes sociais, em que os ex-jogadores fizeram diversos comentários sobre suas atuações na partida.

L I V E D A M Á Q U I N A S E R Á C O M P R E S I D E N T E D O B A H I A

O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, será o convidado da Live desta segunda-feira nos canais da Máquina do Esporte no Facebook e no YouTube.

O dirigente vai bater um papo com Erich Beting e os internautas sobre gestão do clube, estratégias de market-ing e direitos de mídia. Bellintani é um dos líderes das conversas que os clubes têm tido a respeito da venda de direitos internacionais de transmissão. Além disso, ele de-bate com a Turner o vínculo na TV paga no Brasileirão.

P R Ê M I O D E E - S P O R T S C R I A

A Ç Ã O S O L I D Á R I A

O Prêmio eSports Brasil reuniu os vencedores do Prêmio de Melhor Streamer das edições de 2017, 2018 e 2019, Felipe “Yoda”, Neto “Netenho” e Lucio “Cerol”, numa ação social com a CUFA, Central Única das Favelas.

Os três fizeram livestreams inter-agindo e jogando juntos, cada um utilizando seu respectivo canal. Todas as doações arrecadadas durante a ação foram destinadas ao programa Mães da Favela, criado no mês de abril para auxiliar mães solo moradoras de favelas de 17 estados e do Distrito Federal.

As doações são feitas através do site peb.gg. Elas já foram abertas desde a última sexta-feira, dia 10 de abril.

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O P I N I Ã O

Pandemia exige que esporte se reinvente

O futuro não é mais como era antigamente. A frase eternizada pelo Le-gião Urbana é aquela a que eu mais tenho recorrido para tentar passar a minha visão do que virá pela frente no mercado esportivo nacional. O

futuro com o qual havíamos planejado não será mais daquela forma que pensávamos.A edição de hoje de nosso Boletim traz duas reportagens que mostram bem como

o restante do mundo já se prepara para uma nova realidade nos eventos esportivos. As cidades-sedes de eventos acreditam que o comportamento das pessoas vai mudar e isso impactará na forma como nos relacionamos com os eventos. E as empresas de sportstech começam a pensar em maneiras para permitir que torcedores possam ir aos eventos esportivos de forma segura a todos: organizadores, fãs e, logicamente, atletas.

Tudo isso traz um reflexo direto na gestão dos eventos esportivos. Não será mais possível ter a ideia do evento e criá-lo, à es-pera de que o público vá consumi-lo tendo em vista apenas a preocupação da relação custo-benefício daquele momento.

Uma corrida de rua conseguirá reu-nir 5 mil atletas sem oferecer para o atleta qualquer proteção em relação ao risco de contágio do coronavírus? Um evento leva-rá milhares de fãs sem garantir que todos estão livres da doença e não serão um foco de proliferação em massa do coronavírus?

Será impossível fazer aquilo que fazí-amos antes, que era uma espécie de irresponsabilidade calculada. Aglomerávamos as pessoas e elas que eram responsáveis por manter suas saúdes em dia depois disso.

O que não podemos fazer é deixar o desespero financeiro falar mais alto do que a responsabilidade social. O que a pandemia deixa como legado é uma conscientização de que temos de ser preocupados em garantir a saúde de torcedores e atletas dentro de um evento. Não apenas em casos de atentados, brigas ou afins. Mas também pelo simples fato de que ao juntarmos muitas pessoas, somos responsáveis pela saúde delas até para não deixar que uma "gripezinha" se espalhe e adoeça milhares de pessoas.

Se, antes, a tecnologia era usada nos eventos esportivos para dar maior controle sobre o acesso das pessoas, agora ela será fundamental para que dê segurança para que os torcedores possam frequentar esses eventos. Se não fizer isso o quanto antes, o esporte estará fadado a só retornar a alguma normalidade quando a medicina conse-guir encontrar uma cura para o coronavírus. Se formos esperar isso acontecer, a única certeza que resta é de que a receita gerada em eventos esportivos cairá sensivelmente.

Não podemos deixar o desespero das

finanças se sobrepor à responsabilidade

sobre a saúde dos fãs e dos atletas

POR ERICH BETING

diretor executivo da Máquina do Esporte

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Cidades acreditam em queda de

eventos em 2021

O Banco Inter e o São Paulo anunciaram o prolongamento do contrato de patrocínio da institu-ição até o final deste ano, quando termina a gestão de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.

"Desde o início do contrato, procuramos estabelecer uma re-lação que fosse muito além da ex-posição na camisa. Queríamos uma relação de parceria, oferecendo benefícios para o clube e para a tor-cida. E, neste momento difícil, não poderíamos deixar de lado a relação de confiança que construímos com todos os são-paulinos. Seguiremos juntos", disse em nota João Vitor Menin, CEO do Banco Inter, que está no clube desde maio de 2017.

B A N C O I N T E R R E N O VA C O M O S Ã O PA U L O AT É D E Z E M B R O

A Nascar achou um caminho para ativar o patrocínio do site de apostas

Penn Interactive, que fechou este ano um patrocínio com a categoria.

Após ter sido pioneira na criação do torneio para pilotos em circuitos virtuais, a Nascar foi a primeira liga

esportiva a levar o e-Sports para a TV.E, a partir do próximo GP virtual,

dia 3 de maio, o site da Penn Inter-active já estará integrado ao Iracing.

com e ao app eNASCAR Finish Line, permitindo ao torcedor fazer apostas.

NASCAR VAI PERMIT IR

APOSTAS EM SUAS CORRIDAS

V IRTUAIS

POR REDAÇÃO

Algumas das sedes dos principais eventos esportivos do mundo acreditam que a pandemia do coronavírus terá um impacto considerável no mercado de eventos esportivos para os próximos anos. É isso o que aponta uma pesquisa fei-ta pela BCW Sports, braço esportivo da empresa de relações públicas Burson Cohn & Wolfe, com cem cidades no mundo.

No final de março, a BCW ouviu cem representantes de cidades-sedes de eventos esportivos. Em sua maioria, eles disseram que o covid-19 vai fazer com que o mercado de eventos esportivos sofra perdas consideráveis em 2020, sen-do que, para o próximo ano, o impacto ainda será sentido.

Para 84% dos entrevistados, este ano a pandemia causará grandes impactos negativos nos eventos esportivos. A partir do ano que vem, 58% considera que ainda haverá menor impacto negativo, enquanto 25% acham que ele continuará a ser muito grave, com cancelamentos de diversos eventos.

As cidades também acham que haverá uma mudança no hábito de realizar eventos esportivos. Para 37% delas, have-rá uma queda na realização de eventos internacionais. Por outro lado, uma parte das cidades acha que pode crescer a realização de eventos locais, incentivados pelo fim da pan-demia: são 12% os que acreditam que haverá aumento do número de eventos esportivos voltados para a comunidade.

A pesquisa da BCW Sports ainda aponta que as cidades creem que haverá menos apoio popular para realizar gran-des eventos após a volta às atividades normais da população.

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A VST Enterprises, empresa de tecnologia do Reino Unido, está em fase fi-nal de desenvolvimento de um aplicativo para tentar auxiliar no controle de entrada de torcedores em eventos esportivos, acelerando o proces-

so para liberar a presença de público em estádios. A empresa, que tem entre os sócios Mike Farnan, ex-diretor do Manchester United, quer criar uma espécie de “passaporte da saúde”, que asseguraria o atestado de saúde do torcedor.

O aplicativo funcionaria sob supervisão do governo britânico para prevenir o contágio do covid-19 e permitir a entrada de torcedores "limpos" nos estádios. A ideia é que o app seja usado em conjunto com um teste feito por profissionais de saúde britânicos, que validaria a informação sobre a condição de saúde do fã.

Para ser eficaz, o torcedor precisará atualizar o app com as informações sobre sua saúde e o teste para o covid-19. Só assim ele teria permissão para comprar um ingresso e para poder entrar em um evento esportivo. Com um raio de ação de 100m, o aplicativo seria escaneado por seguranças nas arenas esportivas, facilitan-do também o acesso do torcedor à arena. O app ainda não tem data para estreia.

A tecnologia do app pode ser integrada com aplicativos de saúde e esporte já existentes. Os donos da empresa querem, agora, levar a ideia ao Comitê Olímpico Internacional para tentar viabilizar o app para os Jogos Olímpicos, em 2021.

"O app garantirá que os fãs retornem aos eventos de forma segura. Não é uma solução mágica que vá lotar agora os estádios, mas gradual e faseada de permitir o retorno do torcedor ao evento esportivo. Mas para isso precisaríamos ter um plano de retomada do calendário esportivo", disse Louis-James Davis, fundador da VST.

Ingleses criam app que identifica saúde de fã

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POR REDAÇÃO