O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO...O Flamengo encerrou os primeiros seis jogos do Estadual com R$...

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O O Ú nico clube a não ter os jogos transmitidos pela TV, o Flamengo é também o único entre os grandes do Rio de Janeiro a conseguir lucrar com a bilhe- teria no Campeonato Carioca. Até agora, só o Rubro Negro tem o saldo positivo nos borderôs, algo que foi raridade na primeira fase da Taça Guanabara. O Flamengo encerrou os primeiros seis jogos do Estadual com R$ 465 mil de lucro nas bilheterias. O Vasco foi o que menos pagou para entrar em campo até agora: R$ 91 mil de prejuízo. O Fluminense vem a seguir, com R$ 783 mil no ver- melho. O Botafogo soma R$ 893 mil de despesas para atuar neste Carioca. A disparidade entre os valores se deve por dois motivos. O primeiro é o regula- mento da competição. Ela praticamente faz a bilheteria do jogo ser destinada em O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR ERICH BETING E BERNARDO BESOUCHET 1 NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1433 - TERÇA-FEIRA, 11 / FEVEREIRO / 2020 de usuários cadastrados na plataforma alcançou o aplicativo Strava, que mensura o ritmo de mais de 30 atividades físicas dos atletas 50 mi No Rio, só Flamengo lucra com bilheteria

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Page 1: O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO...O Flamengo encerrou os primeiros seis jogos do Estadual com R$ 465 mil de lucro nas bilheterias. O Vasco foi o que menos pagou para entrar em campo

O O

Único clube a não ter os jogos transmitidos pela TV, o Flamengo é também o único entre os grandes do Rio de Janeiro a conseguir lucrar com a bilhe-teria no Campeonato Carioca. Até agora, só o Rubro Negro tem o saldo

positivo nos borderôs, algo que foi raridade na primeira fase da Taça Guanabara. O Flamengo encerrou os primeiros seis jogos do Estadual com R$ 465 mil de

lucro nas bilheterias. O Vasco foi o que menos pagou para entrar em campo até agora: R$ 91 mil de prejuízo. O Fluminense vem a seguir, com R$ 783 mil no ver-melho. O Botafogo soma R$ 893 mil de despesas para atuar neste Carioca.

A disparidade entre os valores se deve por dois motivos. O primeiro é o regula-mento da competição. Ela praticamente faz a bilheteria do jogo ser destinada em

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR ERICH BETING E BERNARDO BESOUCHET

1

N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1433 - TERÇA-FEIRA, 11 / FEVEREIRO / 2020

de usuários cadastrados na plataforma alcançou o aplicativo Strava, que mensura o ritmo de mais de 30 atividades físicas dos atletas50mi

No Rio, só Flamengo lucra com bilheteria

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sua maioria ao time de menor torcida. Quando a equipe grande é a mandante e ganha o jogo, ela fica com 60% da receita líquida positiva. Quando perde, tem di-reito a apenas 40%. Se o jogo termina empatado, os dois times dividem igualmen-te o lucro. Se houver prejuízo na bilheteria, ele é integralmente pago pelo grande.

Quando o time grande é visitante, a única diferença na divisão de receitas é quando o jogo tem prejuízo. Se o grande perde o jogo e a bilheteria é negativa, ele arca com 60% das despesas. Se empata, a divisão é por igual. Se o grande ven-ce, ele tem de arcar com "apenas" 40% do prejuízo financeiro da partida.

O Flamengo conseguiu minimizar o efeito dessa regra negociando com os times que mandam os jogos contra ele a atuar no Marcanã. Até agora, todos os jogos do time na Taça Guanabara foram realizados no estádio. Para o pequeno, atuar no Maracanã, mesmo às custas da perda do mando de campo, é uma estratégia que se mostra eficiente para o time conseguir faturar mais em bilheteria.

Só para se ter uma ideia, no último sábado, o Madureira foi ao Maracanã e re-cebeu R$ 185 mil de bilheteria após perder para o Flamengo. No outro jogo que tinha feito contra um grande, o Botafogo, o prejuízo do time havia sido de R$ 34 mil. Nos dois casos, a equipe era mandante do jogo. Só um foi no Maracanã.

O outro motivo que faz o Flamengo ganhar mais com bilheteria é a demora em fechar o acordo com a Globo para ceder os direitos de transmissão do Carioca. Sem fechar com nenhuma plataforma, o único jeito de acompanhar o time é no estádio. Isso tem aumentado a receita de bilheteria, mas está longe de chegar ao valor de R$ 18 milhões que o clube receberia da emissora pela cessão dos direitos.

S I C R E D I A P O I A P R I M E I R A L I G A D E F U T E B O L V I R T U A L

PA I N G A M I N G F E C H A A C O R D O C O M T I N D E R

A cooperativa financeira Sicredi an-unciou o patrocínio à Kick-Off Elec-tronic League (KOEL), primeira liga de futebol virtual do Brasil. Pelo contrato, a marca da Sicredi estará nas estampas das camisetas que serão utilizadas pelos competidores individuais na final do torneio, assim como na comunicação visual dos jogos da liga, em backdrops e vinhetas, além da exposição na cobe-rtura feita nas redes sociais

Segundo a empresa, o objetivo é, além de apoiar o crescimento dos jogos eletrônicos, usar o patrocínio para se aproximar mais do público digital.

A Sicredi tem hoje o title sponsor do Paulistão e apoia a Copa do Brasil.

O Tinder fará sua primeira incursão no e-Sports com o patrocínio à paiN Gaming, uma das maiores equipes de e-Sports da América Latina. A parceria foi divulgada por meio de uma campanha nas redes sociais de ambos.

Inicialmente, o patrocínio terá duração de seis meses e contará com diversas ações com os jogadores e stream-ers, além da exposição da logomarca do Tinder nos uni-formes e nas escalações dos times da paiN, que ainda conta com os patrocínios de BMW e TIM.

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O P I N I Ã O

Flamengo perdeu empatia em tragédia

Tido como exemplo a ser seguido pelos resultados esportivos alcançado no último ano, o Flamengo começa a ver sua imagem debilitada pela to-tal incapacidade do clube em lidar com a gestão da crise pela perduração

do debate sobre a indenização das famílias das vítimas do incêndio no CT do clube.A situação só se agrava pela comparação do discurso de amparo total às famílias

com as atitudes pavorosas que o clube teve no último sábado, quando fez um ano do acidente. A diretoria do Flamengo parece estar totalmente descolada da realidade ao dizer que ampara as famílias, mas não permitir que parentes entrem no CT para rezar pelos meninos mortos há um ano alegando que foram "fora do horário" ao local, ou que não pediram autorização prévia para poder entrar no espaço onde, um ano atrás, seus garotos foram carbonizados por total desleixo do clube em cuidar das crianças.

O Flamengo que se gaba de poder pei-tar a Globo e abrir mão de R$ 18 milhões para querer R$ 81 milhões pelo Campeo-nato Carioca parece que conta as migalhas para pagar a indenização aos familiares dos meninos. É, mais uma vez, sintoma de um descolamento da realidade, ou da famosa relação de dois pesos e duas medidas.

Por que o clube pode se fazer de ví-tima na relação com a Globo, afirmando que ela faz dinheiro às custas dele, mas não é capaz de pagar mais para as famílias?

Tudo o que o Flamengo fez nas homenagens aos garotos neste primeiro ano do incêndio no Ninho mostra uma total falta de empatia do clube para com as pessoas. Uma missa em homenagem a eles, mas em que só foram os dirigentes Rubro Negros. O veto aos familiares que não pediram autorização no CT. A estapafúrdia nota oficial contra Faustão que relaciona a crítica do apresentador a uma conspiração da Globo...

O problema do Flamengo, agora, não é mais de gestão de crise. O clube precisa entender o seu papel como fonte inspiradora das pessoas. É uma questão de valores morais, não de valores financeiros, como parece ser a obsessão da diretoria do clube.

No primeiro ano sem os meninos, apenas o meia Diego apareceu no noticiário visitando alguns familiares e dando a eles, de presente, uma Bíblia. É, possivelmente, um gesto muito maior do que todos os outros feitos pelo clube que o emprega.

O Flamengo poderia pegar o dinheiro que abriu mão de receber no Estadual para tentar dar conforto material a quem perdeu o chão espiritual. É uma questão de empatia com aquele que foi, por irresponsabilidade do clube, duramente atingido.

Clube precisa entender que relação

com vítimas do Ninho é questão de

valor moral, não de valor financeiro

POR ERICH BETING

diretor executivo da Máquina do Esporte

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Rio Open fecha com empresa e renova área VIP

A montadora Audi contratou o Grupo WPP para gerenciar o projeto de patrocínio esportivo da empresa. A agência de marketing esportivo ganhou o contrato de consultoria estratégica para a Audi, que quer dar uma abordagem sus-tentável às alianças que possui no futebol, entre as quais com o Real Madrid e o Bayern de Munique.

"Nosso objetivo é fazer com que os fãs experimentem nossos de-senvolvimentos sustentáveis, bem como nossas tecnologias futuras", disse Thomas Glas, diretor global de marketing esportivo da Audi.

O acordo fará com que o WPP planeje as ativações nos dias de jo-gos em casa de Real e Bayern.

A U D I C O N T R ATA W P P PA R A G E R I R C O N T R AT O S D E PAT R O C Í N I O

A WTA, entidade que comanda o tênis feminino, fechou um acordo

com a agência CSM para realizar toda a captação de patrocínios para ela.

O maior desafio da agência será encontrar um title sponsor para o cir-cuito feminino de tênis. Atualmente, a WTA conta com quatro patrocina-

dores principais: o Dubai Duty Free, a platforma de vídeos iQiyi, a marca de carros Porsche e a de tecnologia SAP.Desde 2010, quando a Sony Mobile saiu, que a WTA busca um parceiro.

WTA FECHA ACORDO E TERÁ

AGÊNCIA CSM PARA BUSCAR PATROCÍNIOS

POR REDAÇÃO

O Rio Open anunciou um acordo com a empresa de design Lider Interiores para reformular o Corcovado Club, área VIP do torneio de tênis que começa na próxima segunda-feira.

Pelo acordo, a Lider ficará responsável criar um design di-ferenciado para a área VIP, no espaço que serve de relaciona-mento para os patrocinadores da competição ATP 500.

"O Corcovado Club é uma área de relacionamento especial para os convidados. Nesta sétima edição, contamos com um projeto lindo da Líder Interiores com um quarteto de arqui-tetos que embelezaram o espaço de forma aconchegante. A nova fachada vem mais sofisticada e também dará um novo ar para o ambiente, mostrando toda a sua importância para o torneio", afirma Marcia Casz, diretora geral do Rio Open.

A empresa usará o torneio para apresentar novos móveis e se aproximar de um público internacional, já que o espaço é frequentado também por convidados de outros países.

"Para nós, é importante estar em um evento esportivo com a dimensão do Rio Open. É uma ótima oportunidade de in-centivar o esporte e de nos aproximar ainda mais do público e do mercado internacional. Somos design, mas não só de-sign", diz Tiago Nogueira, diretor de marketing da marca.

Além do projeto com a Líder, o Rio Open fechou um acor-do com a P&G Cenografia, que modificou toda a fachada do espaço de relacionamento. Fechado a convidados, a área é usada pelas empresas para ativarem o patrocínio ao Rio Open com um público mais restrito durante a competição.

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A disputa entre Flamengo e Globo pelos direitos de transmissão do futebol levou o clube a usar esse argumento para se defender das críticas feitas pelo apresentador Fausto Silva, o Faustão, sobre a demora flamenguista

em indenizar famílias dos meninos mortos no incêndio ao CT do time, há um ano.No domingo, em seu programa na Globo, Faustão fez duras críticas ao compor-

tamento do clube de não se preocupar com as famílias: "É inadmissível, indecente o comportamento dos diretores do Flamengo no caso do incêndio. O problema não é dinheiro, até porque dinheiro algum vai trazer as vidas de volta. O problema é principalmente de caráter, de ter a sensibilidade, um tanto de humanismo. Como é que esses dirigentes conseguem chegar em casa e olhar os filhos e olhar os ne-tos, sem nenhum respeito a quem perdeu as crianças", indagou o apresentador.

Na noite de segunda-feira, em nota oficial, o Flamengo atacou o apresentador, acusando-o de ter sido leviano ao fazer as críticas em seu programa. O clube listou uma série de ações que já fez para apoiar as famílias das vítimas. E, ainda, rela-cionou a fala de Faustão, conhecido por seus discursos inflamados em algumas ocasiões, de ter feito esse comentário a mando da emissora com quem o clube trava uma disputa relativa à repartição dos valores pagos pelos direitos do Carioca.

"Todos estes pontos (de auxílio às famílias) poderiam ser facilmente levantados pela equipe de produção da Rede Globo de Televisão antes das acusações. Como isto não foi feito, infelizmente nos leva a crer que tamanha agressividade tem como pano de fundo interesses comerciais não atendidos e que se sobrepõem ao trabalho de informar corretamente aos telespectadores", afirmou o clube na nota.

Flamengo ataca Globo em resposta a Faustão

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POR REDAÇÃO