O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO · caso não seja muito fã de e-Sports. E realmente não é...

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O O O s paulistanos que estão com saudade do cinema terão uma opção em tempos de pandemia. O estádio do Palmeiras, o Allianz Parque, anun- ciou na segunda-feira (4) a criação de um 'drive-in' a céu aberto. A ideia é ter eventos, como exibições de filmes, em que as pessoas não precisem sair do carro e, portanto, tenham riscos reduzidos de contaminação por Covid-19. Batizada de Arena Sessions, a iniciativa não tem data para começar porque ainda não há licença para a operação do estádio nesse formato. A administração do local espera conseguir o aval dos órgãos públicos junto com as medidas de relaxamento no isolamento social. A ação, no entanto, deverá seguir os protocolos e as reco- mendações da Organização Mundial da Saúde para evitar maiores riscos. O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR REDAÇÃO 1 NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1489 - TERÇA-FEIRA, 5 / MAIO / 2020 dólares é o empréstimo que a Ligue 1, da França, pegará para compensar o fim do repasse da TV com a temporada encerrada 245 mi Sem eventos, Allianz Parque lança 'drive-in'

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Os paulistanos que estão com saudade do cinema terão uma opção em tempos de pandemia. O estádio do Palmeiras, o Allianz Parque, anun-ciou na segunda-feira (4) a criação de um 'drive-in' a céu aberto. A ideia

é ter eventos, como exibições de filmes, em que as pessoas não precisem sair do carro e, portanto, tenham riscos reduzidos de contaminação por Covid-19.

Batizada de Arena Sessions, a iniciativa não tem data para começar porque ainda não há licença para a operação do estádio nesse formato. A administração do local espera conseguir o aval dos órgãos públicos junto com as medidas de relaxamento no isolamento social. A ação, no entanto, deverá seguir os protocolos e as reco-mendações da Organização Mundial da Saúde para evitar maiores riscos.

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR REDAÇÃO

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N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1489 - TERÇA-FEIRA, 5 / MAIO / 2020

dólares é o empréstimo que a Ligue 1, da França, pegará para compensar o fim do repasse da TV com a temporada encerrada245mi

Sem eventos, Allianz Parque lança 'drive-in'

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A estreia acontecerá com sessões de filmes clássicos, com o estádio todo de-corado como os 'drive-ins' dos anos 1950 e 1960; o modelo de cinema ganhou popularidade especialmente nos Estados Unidos em décadas passadas.

Em nota, o diretor de marketing e inovação do Allianz Parque, Márcio Flores, apontou que o projeto tenta ajudar a população a sair da sensação de isolamento. "Tivemos a ideia quando percebemos que as pessoas têm saído em seus carros para dar uma volta na cidade sem um destino definido. Será inesquecível entrar na arena de carro com a família e participar de um evento nesse formato", afirmou.

Com o carro, os espectadores poderão acompanhar os filmes nos telões da arena e em telas de LED montadas no espaço. Haverá também serviço de alimentação, com a entrega feita diretamente no veículo, para evitar maiores contatos entre as pessoas. A programação, que ainda não foi divulgada pela impossibilidade de estabelecer datas por enquanto, será exibida nas redes sociais do Allianz Parque.

Para participar dos eventos dentro da arena, será cobrada uma taxa que varia entre R$ 95 e R$ 150 por veículo, a depender da exibição do dia. Além de filmes, o local deverá ter a exibição de shows e palestras. A administração do estádio es-pera que a nova iniciativa possa sair do papel entre maio e junho.

Assim como outras arenas, o Allianz Parque tem sofrido com a falta de eventos; o futebol está suspenso e as apresentações musicais foram adiadas. No último mês, o estádio já havia criado uma iniciativa para promover 'lives', apresentações ao vivo com transmissão pela internet, dentro do complexo. O jogador Felipe Melo, o skatista Bob Burnquist e a cantora Anitta participaram do projeto.

P E R T O D E V O LTA , K - L E A G U E V I R A ' Q U E R I D I N H A ' D A T V

A liga sul-coreana de futebol será a primeira com-petição profissional a voltar às atividades, no próximo final de semana. Isso tem feito com que a agência Spor-tradar, responsável pela venda de direitos internacionais da liga, venda os direitos de transmissão a vários países.

A Sportdigital Fussball, da Alemanha, comprou os di-reitos da K-League, que também já tinha fechado negó-cio para China, Hong Kong e Croácia, além de acordos por streaming para Inglaterra, Cingapura e Holanda.

C O R I N T H I A N S T E M D É F I C I T D E 1 7 7 M I E M 2 0 1 9

O Corinthians apresentará a seu conselho um balanço financeiro com um déficit de R$ 177 milhões em 2019. O saldo negativo recorde foi di-vulgado pelo site "Meu Timão".

Sem a verba de luvas de televisão como nos outros anos, nem a venda de jogadores a preços expressivos, o Corinthians teve grandes dificuldades no último ano. A mudança no paga-mento do dinheiro da TV, que passou a ter só 40% de receita fixa e o restante é variável pela performance esportiva e pelo número de aparições na TV ab-erta, reduziu drasticamente os ganhos.

O clube só tornará o balanço pú-blico após aprovação no Conselho.

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O P I N I Ã O

E-sports precisa de formato atraente

Em tempos de esporte paralisado, os jogos eletrônicos foram elevados ao protagonismo. O que era fechado a um nicho crescente, ganhou mais espaço na televisão, inclusive em canais abertos. Mas, se essa indústria

quiser se consolidar como algo realmente popular, precisa mudar o formato. As trans-missões simples das partidas são duras de assistir para a maioria.

Até então, os duelos de e-Sports estavam focados em um público específico de jovens diretamente ligados a esse universo. Mas, para alguém de fora, cenas de League of Legends não fazem qualquer sentido. E mesmo em um cenário mais próximo, caso das simulações esportivas, falta muito para que as imagens sejam alinhadas à realida-de, de tal maneira que o espectador supere o fato de ser apenas um 'game'.

O mercado de jogadores virtuais é grande e ainda pouco explorado, mas não exis-te nenhuma evidência que mostre que ele tenha força para se tornar relevante para além de seu próprio nicho. Logo, quando uma emissora compra essa briga, ela tem que ter em mente que a transmissão tem que ir além das imagens do Playstation.

Para ser justo, parece que essa foi a ideia do SBT com o torneio de Fifa. Com a presença de comediantes e de jogadores com jogo de cintura para entrar na brinca-deira, o jogo eletrônico deve ficar de pano de fundo para a realização de um grande

programa de entretenimento. E, ao criar laços com os espectadores, talvez os atletas até ganhem torcida no momento de atuar nos campos virtuais. Ao se tratar de fute-bol, isso é possível mesmo para quem nunca pegou em um controle.

Mas essa não é regra. Alguns canais esportivos têm apostado na modalidade, normalmente com a imagem do jogo e do jogador simultaneamente. Não há grandes interações, fora o que é realizado no vídeo game. E, nesse caso, é difícil de aguentar caso não seja muito fã de e-Sports. E realmente não é fácil de imaginar que a modali-dade consiga um alcance maior do que ela consegue atualmente.

Há uma tendência do mercado e da mídia de forma geral em supervalorizar mo-dalidades em crescimento, muito porque é difícil mensurar o real alcance. Aconteceu, por exemplo, com o UFC, hoje limitado ao seu público mais fiel. Com o e-Sports, acontece algo semelhante, potencializado pela ausência de esporte na televisão. A massificação pode até acontecer, mesmo que seja temporária, mas, para isso, é preciso ter em foco que é o entretenimento precisa ir além do que é jogado.

Mera exibição de imagens de vídeo

game faz pouco sentido para quem

não participa do universo dos jogos

POR DUDA LOPES

diretor de novos negócios da Máquina do Esporte

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Pandemia breca plano de running

da Olympikus

Um vídeo divulgado na noite de segunda-feira, reunindo alguns dos principais jogadores de futebol do Brasil, colocou ainda mais em dúv-ida a retomada do esporte no país.

"O povo brasileiro ama e quer o futebol. Nós amamos e queremos voltar, nossas famílias precisam de nós. Somos todos pelo trabalho, mas precisamos pensar na saúde de todos nós. Tomar uma decisão sem nos consultar não é legal", diz o vídeo que foi gravado por jogadores de clubes das Séries A e B nacional.

A manifestação acontece em meio a uma tentativa do governo de tornar o futebol um serviço es-sencial e, assim, acelerar a volta dos jogos ainda no mês de maio.

AT L E TA S S E P O S I C I O N A M C O N T R A V O LTA D O F U T E B O L

A NFL anunciou que não fará jogos da temporada regular da liga de

futebol americano em Londres e no México em 2020. Segundo a NFL,

"após vários estudos, a decisão de jogar a temporada nos EUA é a mel-

hor medida para atletas, clubes e fãs". De acordo com a liga, houve um

acerto com os parceiros comerciais nos dois países em que a NFL joga-ria, e os eventos foram adiados para

2021. Haveria um jogo na Cidade do México e quatro em Londres.

NFL DECIDE T IRAR JOGOS DO EXTERIOR

NA PRÓXIMA TEMPORADA

POR REDAÇÃO

A Olympikus começaria, neste ano de 2020, a segunda fase do plano de reposicionamento da marca com o projeto "Bota Pra Correr", criado para abraçar o corredor de rua.

Após realizar provas em lugares inusitados como Jalapão e Pantanal, a marca tinha previsto duas corridas para o segun-do semestre de 2020 e, ainda, o aporte às duas das maiores maratonas do país: São Paulo e Rio de Janeiro, que acon-teceriam neste primeiro semestre. Os planos, porém, foram colocados todos em espera após a pandemia do coronavírus.

"A gente primeiro precisa esperar para entender o calen-dário. A gente tinha duas corridas programadas para o se-gundo semestre em lugares inéditos e tinha as maratonas, que foram transferidas para o segundo semestre, mas isso ainda depende de legislação para que elas aconteçam", dis-se Márcio Callage, CMO da marca, na Live de segunda-feira organizada pela Máquina do Esporte em suas redes sociais.

Segundo Callage, a empresa não abandonará o projeto de corrida: "de alguma maneira a gente vai manter isso presen-te e vivo, só não dá para saber ainda em que grau. Estamos esperando passar esse momento para poder de fato repla-nejar o ano. Como a gente vai sugerir que uma pessoa vá correr na rua se ela pode contaminar a outra?", questionou.

O executivo ainda falou sobre os novos hábitos de treinos on-line, que moldaram a nova campanha da Under Armour para o mercado. A marca também é gerenciada pelo grupo Vulcabras. Clique aqui para conferir a íntegra do bate-papo.

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A temporada 2019/2020 do NBB está cancelada. Após a realização de uma assembleia geral realizada por videoconferência, os clubes decidiram, por unanimidade, pelo fim do torneio. Houve o consenso de que não há

previsão próxima para a realização dos jogos em segurança, a considerar as dife-rentes situações do coronavírus nos diversos estados que envolvem a competição.

Segundo apurou a Máquina do Esporte, um dos fatores fundamentais que deu segurança à liga para cancelar a temporada foi o apoio dos patrocinadores. Todos os parceiros oficiais foram sensíveis ao atual momento vivido pelo país e deram su-porte à decisão pelo cancelamento. Nos próximos dias, a gestão da Liga Nacional de Basquete deverá se reunir com os parceiros para estudar cada um dos acordos.

Esportivamente, ficou decidido que a classificação geral do momento em que o NBB foi paralisado servirá apenas para definir os clubes participantes de torneios internacionais da próxima temporada. Dessa forma, não haverá um time campeão.

Nas últimas semanas, a cúpula da liga e os clubes vinham discutindo como retor-nariam às quadras. Foi feito todo o planejamento para que a competição voltasse conforme as indicações da Organização Mundial da Saúde, com testes para todos os envolvidos, além de um plano de viabilidade financeira aos jogos eliminatórios.

Em nota, o médico Diego Gadelha, um dos responsáveis pelo grupo, justificou a decisão: "Se nós vivêssemos num país que estivesse mais avançado em relação à pandemia, poderíamos cravar hoje o retorno do NBB. Porém, nesse momento, o Brasil ainda não apresentou evoluções e não é possível seguir agora". Nesta terça--feira, às 16h o NBB fará uma live com seu presidente para falar com os fãs.

Clubes dão aval, e NBB cancela a temporada

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POR REDAÇÃO