O blogue da SMS, - Casa de Sarmento · hipotecário contraído para efeitos de ... campanha de...

20

Transcript of O blogue da SMS, - Casa de Sarmento · hipotecário contraído para efeitos de ... campanha de...

Page 1: O blogue da SMS, - Casa de Sarmento · hipotecário contraído para efeitos de ... campanha de escavação e limpeza, com o ... de ossos de pequenos animais)
Page 2: O blogue da SMS, - Casa de Sarmento · hipotecário contraído para efeitos de ... campanha de escavação e limpeza, com o ... de ossos de pequenos animais)

O blogue da SMS, pedraformosa.blogspot.com, está há mais de um ano no espaço virtual, divulgando informação sobre temática vimaranense ou sobre as actividades culturais da Sociedade. As Efemérides vimaranenses, laboriosa e pacientemente coligidas por João Lopes de Faria têm alimentado diariamente o blogue, bem como os Tesouros Sarmentinos, guardados nos Museus da Sociedade, ou ainda as caricaturas de João de Meira, sobre conhecidas figuras da sociedade vimaranense do final do século XIX ou da primeira metade do século XX. Os acontecimentos de maior relevo da actividade cultural da SMS ao longo do último ano aqui têm ficado igualmente registados, podendo ser consultados não só pelos associados, mas por todos aqueles que se interessam pela vida da Sociedade.

Algumas dezenas de moleiros da freguesia de Oliveira do Bairro, uns ainda no activo e outros já desligados desta profissão, completamente em vias de desaparecimento, visitaram o moinho recuperado da Quinta da Ponte, antigo solar de Martins Sarmento, em Briteiros. A visita decorreu no passado dia 10 de Setembro, no âmbito de um convívio entre

os moleiros de Oliveira do Bairro e elementos da Associação Cultural e Recreativa Moínhos dos Rios Torto e Febras, de Briteiros . O moínho da Quinta da Ponte constituirá o núcleo de referência do futuro Museu dos Moínhos, que esta colectividade está a organizar em parceria com a SMS e ficará sedeado junto ao Museu da Cultura Castreja.

Pensada em 1881, para homenagear o mais ilustre dos vimaranenses, a Sociedade Martins Sarmento, para nascer, teve que respeitar uma condição imposta pelo homem de quem tomou o nome, que fez saber que só aceitaria a homenagem dos seus concidadãos se, em vez de erigido um monumento, fosse criado um instituto que se assumisse como um organismo vivo que contribuísse para a elevação cultural da população. Assim surgiu a SMS, a Promotora da Instrução Popular. De Francisco Martins Sarmento a SMS recebeu, para além do nome, as suas colecções arqueológicas e biblioteca, os monumentos de que era proprietário, bem como o essencial dos meios materiais que asseguraram a sua continuidade. Com esse património inicial e o trabalho dedicado de sucessivas gerações de homens da cultura de Guimarães, a SMS ganhou raízes e tornou-se na principal referência cultural de Guimarães, assumindo uma dimensão única no panorama cultural português, tendo a seu cargo dois museus, uma biblioteca, um arquivo, importantes colecções de materiais arqueológicos, etnográficos, numismáticos,

bibliográficos, documentais e artísticos, vários Monumentos Nacionais e Imóveis de Interesse Público, um significativo património imobiliário com inegável valor cultural (a sede, projectada por Marques da Silva, integrando o belo claustro medieval de S. Domingos, o palacete onde viveu Martins Sarmento, o Solar da Ponte). As receitas que a SMS gera com as suas actividades, somadas ao apoio que recebe da Câmara Municipal de Guimarães, são, há muito tempo, insuficientes para fazer frente aos encargos decorrentes das tarefas de conservação, valorização, divulgação e disponibilização pública dos seus bens culturais e patrimoniais. Os pesados investimentos que foram feitos ao longo dos últimos quinze anos em obras inadiáveis na sede, na criação do Museu da Cultura Castreja e na revalorização da Citânia de Briteiros, com a criação de condições de acolhimento e de visitabilidade ímpares, esgotaram as reservas financeiras da Instituição. Os novos desafios que se colocam hoje à SMS impõem que se avance para uma nova fase da sua existência, que passará

necessariamente pela adequação do seu modelo de gestão à realidade dos novos tempos. A experiência dos últimos anos tem demonstrado que a aposta em parcerias com outras entidades pode produzir resultados frutuosos. A Casa de Sarmento – Centro de Estudos do Património aí está para o demonstrar: resultando da cooperação com a SMS e a CMG, esta Unidade Cultural da Universidade do Minho tem dado corpo a um projecto com características únicas no tratamento e disponibilização dos nossos acervos patrimoniais, acrescentando-lhes uma visibilidade que está muito para além dos meios de que a SMS dispunha. A Direcção da SMS está segura de que o caminho a seguir passa pelo estabelecimento de parcerias que podem acrescentar valor ao património e à actividade cultural da Instituição. Nesse sentido, continua trabalhar com o Ministério da Cultura num projecto que, quando concretizado, permitirá assegurar à SMS um futuro sustentável.

A Direcção

Page 3: O blogue da SMS, - Casa de Sarmento · hipotecário contraído para efeitos de ... campanha de escavação e limpeza, com o ... de ossos de pequenos animais)

No dia 8 de Março, reuniu a Assembleia Geral da SMS para apreciar o Relatório de Gestão relativo ao ano de 2005. Este revelou a forte carência da instituição em termos de pessoal qualificado, dado que foi necessário recorrer a um conjunto de novos colaboradores, conduzindo a um significativo acréscimo na rubrica de custos com pessoal. Em termos de custos e perdas, a rubrica Custos Financeiros teve também uma significativa subida, com as despesas inerentes ao pagamento do crédito hipotecário contraído para efeitos de financiamento do investimento do Museu da Cultura Castreja e da Citânia de Briteiros. Relativamente aos proventos e ganhos, registou-se uma ligeira subida na rubrica de Acessos e Quotas, mas os subsídios à Exploração viram a sua dimensão diminuir consideravelmente.

Em termos de balanço, é de realçar o impacto decorrente do legado do saudoso Prof. Emídio Guerreiro, que se divide em três vertentes, patentes no capital próprio da instituição: - Dotação Financeira (70 mil euros) para prémio de melhor aluno da licenciatura de Matemátia - Ensino da Universidade do Minho; - Doação de quase 80 mil euros, que foi destinada à criação da Sala Emídio Guerreiro; - Constituição do fundo de pensões com a dotação inicial de 159 mil euros, a atribuir a quatro pensionistas, por períodos pré- definidos. O seu valor a 31/12/2005 ascendia a 152.700 euros. Nesse sentido, e tomando como ponto de partida os resultados de 2005, a SMS enfrenta, actualmente, um momento de importantes decisões: ou continua pelo caminho de qualificação de

recursos e promoção do acervo cultural e histórico (e aí será necessário encontrar formas de financiar essa opção) ou opta por um caminho de minimização e de gestão corrente dos seus activos. Em termos de contabilidade, as movimentações de fundos das candidaturas estão convenientemente individualizadas, consoante o determinam as obrigações por nós assumidas para com as entidades patrocinadoras. Deu-se continuidade ao processo de reconhecimento contabilístico dos subsídios ao investimento recebidos a propósito do Museu da Cultura Castreja, bem como à amortização desse equipamento. Seguiram-se os critérios valorimétricos utilizados no ano findo.

No âmbito do ciclo de Arte Contemporânea em curso na Galeria da Sociedade Martins Sarmento, esteve patente, nos meses de Abril e Maio, a exposição Um Segundo, de Cláudia Lopes. Um relógio que bate e que se sente... Um tempo que se traduz numa unidade tão rígida e tão fixa que rege uma vida um ciclo. Um tempo implacável, impiedoso que não

espera por ninguém, que modela a nossa vida e que constrói sistemas e rotinas. Um tempo que passa, voa, pára e foge.... e de repente... tudo acaba ou tudo começa. O teu tempo, o meu tempo. Quanto tempo tens? Quanto tempo perdes?

Cláudia Lopes

Page 4: O blogue da SMS, - Casa de Sarmento · hipotecário contraído para efeitos de ... campanha de escavação e limpeza, com o ... de ossos de pequenos animais)

A Sociedade Martins Sarmento comemorou a data da Revolução dos Cravos, 25 de Abril, com a inauguração de uma sala de convívio, na sede da instituição, dedicada ao Professor Emídio Guerreiro. Na mostra que assinalou este acto evidenciou-se, entre outros documentos, o rascunho das palavras que o velho resistente proferiu, no seu regresso a Portugal, após o 25 de Abril de 1974:

“O 25 de Abril é um cântico de alegria, é uma aleluia da ressurreição da Liberdade! Ao voltar à minha Pátria, depois de 42 anos de ímpio exílio, toda a minha gratidão inolvidável é para esses jovens oficiais, sargentos e soldados das forças armadas que me restituíram uma Pátria livre. As minhas felicitações entusiásticas à Junta de Salvação Pública e ao seu Presidente General Spínola pelas medidas democráticas e humanas que constituem os primeiros elementos da nova Sociedade Portuguesa. A minha homenagem comovida aos mártires que nas prisões e no exílio acumularam tantos sofrimentos! Coincidência curiosa! Foi também em 25 de Abril de 1965 que foi descoberto em Espanha o cadáver de um eminente português que foi o General Humberto Delgado. E neste 25 de Abril de 1974, com o triunfo do ideal que o General Delgado ofereceu, em holocausto, a

sua vida, um povo livre reclama justiça para os autores e responsáveis de um dos crimes mais horrorosos da História.

Viva o Movimento das Forças Armadas!

Viva a Liberdade! Viva Portugal!”

A homenagem a Emídio GuerreiroA Direcção da Sociedade Martins Sarmento, em homenagem ao seu sócio honorário Professor Emídio Guerreiro, instituiu um prémio anual que foi entregue este ano pela primeira vez à melhor aluna da licenciatura de Matemática – Área de Especialização em Ensino, da Universidade do Minho e atribuiu o seu nome a uma das salas da sua sede. A Sala Prof. Emídio Guerreiro foi inaugurada oficialmente no dia 25 de Abril, com uma exposição biográfica, organizada a partir do espólio pessoal que Emídio Guerreiro entregou à guarda da SMS, antes de falecer. O Professor Emídio Guerreiro, político, cientista, homem da cultura, sempre se manteve fiel aos ideais da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade, tornando-se, para sucessivas gerações, num exemplo de persistência e de recusa do conformismo e da resignação. Cidadão de Portugal e do mundo, por todo o lado ergueu a bandeira da dignidade humana, tendo sido testemunha lúcida e actuante num tempo marcado por esperanças e convulsões. Foi este cidadão exemplar de Guimarães que a Sociedade Martins Sarmento recordou no dia que indicou para que lhe fossem prestadas as homenagens que lhe entendessem fazer, o dia da Liberdade.

Professor Emídio Guerreiro

Page 5: O blogue da SMS, - Casa de Sarmento · hipotecário contraído para efeitos de ... campanha de escavação e limpeza, com o ... de ossos de pequenos animais)

Décadas após as grandes e vistosas campanhas do Coronel Mário Cardozo, que sucederam às escavações de Martins Sarmento no século XIX, a Citânia mantém-se um dos mais emblemáticos e enigmáticos sítios arqueológicos de Portugal. Não se esgotou todavia o manancial de informação que é a Citânia, uma extraordinária reserva científica, nas palavras do Dr. Sande Lemos, coordenador geral da campanha de trabalhos arqueológicos que ali decorreram ao longo do mês de Julho

Campanha de escavação 2006Dando continuidade à intervençãoarqueológica levada a efeito durante o Verãode 2005, teve lugar na Citânia mais umacampanha de escavação e limpeza, com oapoio da Universidade do Minho.A intervenção restringiu-se também aomês de Julho, aproveitando o Estágio deCampo dos estudantes de Arqueologia daU.M., mantendo-se, porém, a hipótese de dar continuidade à escavação no mês de Setembro, ou até noutras épocas do ano.Em 2005, os trabalhos incidiram sobre aUnidade Habitacional 12, no Sector 5, maisconhecida por Casa da Espiral, junto da plataforma da capela de S. Romão, tendo sido abertas quatro sondagens de escavação. Na altura, verificou-se a preservação de níveis de ocupação da Idade do Ferro na área, apesar das escavações intensivas de Martins Sarmento, no século XIX. Com efeito, o grau de incidência da decapagem de Sarmento foi identificado no registo arqueológico. No decorrer da escavação, foram identificados diferentes métodos construtivos proto-históricos, além de materiais arqueológicos

datados da II Idade do Ferro, época da aparente construção (ou reparação) das estruturas circulares da Casa da Espiral.Detectou-se também a conservação de estratos arqueológicos na área correspondente à plataforma nivelada da capela actual, para lá do muro limite da casa intervencionada.

Sectores de intervençãoNo presente ano, concluiu-se a decapagemde dois sectores abertos na intervenção de2005, num dos quais se detectou um vazadouro de detritos (vala arredondadapreenchida por fragmentos de cerâmica delouça de utilização comum, dollia e fragmentos de ossos de pequenos animais)junto de uma das estruturas circulares, do lado de fora. No outro, onde se tinha registado já um considerável nível de abandono da II Idade do Ferro, identificaram-se também estratos correspondentes a uma ocupação humana anterior à reorganização do espaço urbano da Citânia, com alguns interessantes fragmentos decorados e um alfinete de cabelo, em bronze.Além destes dois sectores foram abertas quatro novas sondagens, além de uma operação de limpeza na Unidade Habitacional 6 (a Casa de Câmalo).

Estruturas de utilização funeráriaDe um modo geral, detectaram-se expressivos indícios da ocupação do espaço integrada numa anterior e completamente diferente lógica de organização daquele monumento. Por debaixo dos complexos domésticos de pedra, actualmente visíveis, e correspondentes à reorganização proto-urbana da Citânia, conservam-se os vestígios de implantação

humana anterior, que obedeceu a critérios e princípios diferentes.Ainda no pátio da Casa da Espiral , detectaram-se duas pequenas estruturas deprovável utilização funerária, mas comvestígios pouco evidentes. Além disso,confirmou-se a complexificação estratigráfica da zona do terreiro da capela, não escavada por Sarmento ou por Mário Cardozo, e onde continuam a detectar-se níveis superficiais de revolvimento, com materiais mais recentes (nomeadamente uma moeda de D. Luís), seguidos de camadas de abandono onde se recolhem materiais proto-históricos misturados com materiais romanos e, finalmente, nos níveis mais profundos, materiais exclusivamente datados da Idade do Ferro.

Lajeado na Casa de CâmaloNa Casa de Câmalo surgiu, por debaixo da acumulação sedimentar das últimas décadas, um fantástico lajeado que ocupava a totalidade do pátio.Neste ano, uma parte dos estudantes estevena Citânia exclusivamente dedicada aotratamento dos materiais retirados daescavação, montando o seu laboratório decampo numa das casas reconstruídas.Esperamos poder vir a dar seguimento àintervenção arqueológica na Citânia, sendoque só assim poderemos atingir dados maisconclusivos acerca das diferentes fases deocupação e reorganização daquele sítioparadigmático.O nosso agradecimento aos estudantes daUM, pelo interesse demonstrado nesta intervenção.

Page 6: O blogue da SMS, - Casa de Sarmento · hipotecário contraído para efeitos de ... campanha de escavação e limpeza, com o ... de ossos de pequenos animais)

Nos terrenos envolventes ao Museu daCultura Castreja existe um amplo espaço,ladeado de árvores e rio, que permaneceuabandonado durante décadas. O objectivo érevitalizar o espaço com a criação de umaquinta proto-histórica, onde se poderãocultivar as mesmas espécies cultivadas pelosnossos antepassados castrejos. As espéciesvegetais e animais seleccionadas para tomar o seu lugar na quinta pretendem igualar o meio natural envolvente dos castros e citânias, fazendo-nos recuar dois mil anos, antes do milho e da vinha terem dominado a paisagem minhota.A selecção das espécies vegetais e animaisa serem produzidas e introduzidas foi baseada em material bibliográfico que explora as fontes escritas e arqueológicas relacionadas com a época castreja. Esta recolha e análise levou a uma selecção de espécies que exemplifica o quotidiano, englobando as seguintes vertentes: alimentação humana, alimentação animal, fabrico de tecidos e artefactos, usos medicinais, combustível e extracção de materiais para tinturaria.Com o complemento da construção de uma

unidade habitacional nos terrenos juntoao rio há o objectivo de reproduzir estasactividades, fazendo um retorno ao passado,ao entrarmos na quinta. Esta começa a tomarforma física, saindo da idealização do virtualpara o real.A quinta proto-histórica está a ser divulgada. Foram negociadas parcerias e colaborações com associações e instituições de várias áreas, como a agricultura biológica, aprotecção ambiental, a protecção e criaçãoanimal de raças autóctones, as actividadeslúdicas e pedagógicas, entre outras.A Direcção Regional de Agricultura deEntre Douro e Minho acolheu o projecto comentusiasmo, devido ao seu carácter único einovador no nosso país, e mostrou interesseem participar com o apoio técnico necessário,assim como o fornecimento de espéciesvegetais e animais de variedades e raçasautóctones.O local, por si só, é bastante bucólico, como pequeno rio que serpenteia e delimita oterreno, os carvalhos que proporcionamsombras agradáveis, o silêncio quebrado pelosino da igreja e pelo chilrear das aves, com avisão da Citânia coroada no monte, como

que zelando por todo o vale. O seu aspecto foi recentemente melhorado com uma limpeza do terreno e lavra no solo, onde já foram plantadas aveleiras. Brevemente as árvores vão ser tratadas com podas selectivas, os muros vão começar a ser reconstruídos, os percursos definidos e as áreas de sementeira e plantação a serem delineadas, de modo a avançar com as sementeiras de cereais no Outono e aromáticas no início de Primavera, assim como a plantação de fruteiras. A produção agrícola tem os objectivos demonstrativos referidos, mas também estará disponível a quem queira adquirir produtos agrícolas de boa qualidade!Inserida na quinta proto-histórica, estáplaneada uma área de actividadesarqueológicas, para explorar e desenvolver a arqueologia experimental e simulações,estando já a ser utilizada nas actividades noâmbito do serviço educativo da SociedadeMartins Sarmento, com a simulação deescavações arqueológicas para crianças.Dado o interesse da iniciativa, aqui fica oconvite a visitar o Museu da Cultura Castreja e o seu espaço envolvente!Isabel Sofia (Eng.ª Agrónoma)

Page 7: O blogue da SMS, - Casa de Sarmento · hipotecário contraído para efeitos de ... campanha de escavação e limpeza, com o ... de ossos de pequenos animais)

No passado mês de Maio, foi inaugurado otrilho pedestre da Citânia, que se estende aolongo das freguesias de Donim e S. Salvadorde Briteiros. Trata-se de um território que,para além de oferecer paisagens naturais derara beleza, dispõe de excepcionais condiçõesque permitiram a fixação das primeirascomunidades agro-pastoris da península.Os vestígios de ocupação destas formascivilizacionais que povoaram o território, pelo menos a partir do século X a. C., podem ser observados nos castros de Santa Iria, deSabroso e, principalmente, na Citânia deBriteiros. Em grande medida, o percursopedestre da citânia é uma recriação de um dos muitos passeios realizados por MartinsSarmento na prospecção e recolha deelementos etnográficos e arqueológicos daregião do médio Ave, o que nos permiterevisitar os locais descritos por aquele sábio.

Um percurso rico em atracções culturaisDas lendas das mouras encantadas na ponte medieval de Donim e do Penedo da Moura na Citânia de Briteiros, às crenças ligadas ao processo de fabrico do pão testemunhadas pelos inúmeros moinhos de água, podemos

obter informações que atestam a veracidade dos registos daquele sábio, no último quartel do século XIX.Esta viagem no tempo permite-nos, também, observar a evolução dos engenhos de moagem, através da comparação entre as mós da Citânia com os moinhos dos rios Torto e Febras, ou as azenhas do rio Ave.A Citânia de Briteiros, no monte de S. Romão, e o Museu da Cultura Castreja, na aldeia de S. Salvador de Briteiros, são dois espaços museológicos de extraordinária

importância para o conhecimento da civilização castreja do noroeste peninsular: dos artefactos em ouro, com decorações muito elaboradas, até aos trabalhos de pedra, de que são exemplos emblemáticos as pedras formosas, os objectos de uso pessoal, os instrumentos e alfaias usados nas actividades quotidianas, permite-nos imaginar que a civilização castreja dos povos do noroeste possuía formas culturais e artísticas bastante evoluídas. Mas este espólio não se limita ao período castrejo. Os achados arqueológicos identificam outros períodos importantes da ocupação até ao início do período moderno.

Trilho desenvolve-se ao longo do Ave e afluentesNão menos importante, o espaço naturalao longo do rio Ave e dos afluentes Torto eFebras, oferece-nos a possibilidade deobservar espécies animais e vegetais que vãorareando.O percurso pedestre faz-se ao longo decaminhos rurais, numa extensão de 9 km,percorrido em aproximadamente 4 horas.

A Citânia de Briteiros continua a dar quefalar e com muitos tesouros por desvendar…Já no séc. XIX, Martins Sarmento deixou-nos importantes registos sobre arte rupestre com base nos seus estudos realizados entre Douro e Minho.É com base em alguns desses registos, eatravés da prospecção arqueológica, que têmvindo a ser descobertas e relocalizadas algumas destas manifestações rupestres quenão são facilmente detectadas, uma vez que se encontram bastante desgastadas de

erosão, e devido ao facto fundamental de queestas representações, para serem perceptíveisdeverão ter luz adequada, o que, por vezes,não acontece escapando-nos da vista. Paraisso, têm de ser aplicadas algumas técnicascomo a luz rasante através de holofotes ouescolher horas adequadas.Os motivos até agora detectados são na sua grande maioria covinhas, de grandes ou pequenas dimensões, algumas isoladas, eoutras em associação, sugerindo uma maiorcomplexidade, na maior parte das vezes,

fazendo parte de alguma representação,seguindo-se os círculos com covinhas ao centro, círculos concêntricos, podomorfos e, por último, espirais.No entanto, há um longo caminho a percorrer. A prospecção é apenas o primeiropasso no estudo. Não faz sentido estudar aCitânia como um acto isolado. O estudo daarte rupestre pode e deve complementar osdados obtidos através das escavações realizadas no passado e no presente. D.C.

Está disponível na Internet o inventário da Secção de Etnografia do Museu da Sociedade Martins Sarmento, composto por um acervo muito diversificado, quer quanto à natureza, quer quanto à proveniência. Esta colecção distribui-se por onze núcleos distintos: fundo vimaranense, cultura popular, trabalho do linho, fundo religioso, fundo ultramarino, armas, cerâmica, fotografia, zoologia, mineralogia e diversos. Dos materiais desta

secção museológica destacam-se os que integram o fundo vimaranense, que reúne um importante espólio ligado à História local de Guimarães. Aí se encontram, por exemplo o foral manuelino de 1517, as chaves simbólicas de Guimarães e vários conjuntos de padrões de medidas que pertenceram à Câmara de Guimarães.A Secção de Etnografia do Museu da Sociedade Martins Sarmento encontrase actualmente

em reserva, sendo objecto de exposições temporárias parcelares.A colocação deste inventário na Internet permite dar a conhecer um património rico e diversificado que tem estado inacessível ao público.O inventário está disponível no espaço na Internet da Casa de Sarmento - Centro de Estudos do Património. http://www.csarmento.uminho.pt

Page 8: O blogue da SMS, - Casa de Sarmento · hipotecário contraído para efeitos de ... campanha de escavação e limpeza, com o ... de ossos de pequenos animais)

O prestígio dos serviços educativos é muito recente, sendo notório que, nos últimos anos, entre as diversas funções dos museus, existe uma relevante e importante função educativa. Para este efeito é de assinalar a importância da participação activa dos diversos sectores dos museus, dos professores e das comunidades, bem como a organização de parcerias, para a elaboração conjunta de projectos que tenham como mote o património museológico/cultural.Actualmente, as acções museológicas nãosão efectivadas somente a partir dos objectos e das colecções existentes nos museus. O processo museológico pretende ser cada vez mais uma acção educativa e de comunicação que cative o visitante dos museus fazendo com que este passe a compreender o objecto, a manifestação cultural. Esta análise e compreensão deverá ser como que um pontode partida para o levantamento de questões,para comparações, para estabelecimento derelações entre o antigo e o novo, para fazer a ponte entre os objectos e a cultura do visitante, reforçando através destes mecanismos o valor do património cultural como vector de produção de conhecimento e estimulante da criatividade

Serviços EducativosOs museus contemporaneamente já não são entendidos como espaços inactivos, comoinstituições histórico-socialmente condicionadas! Não são considerados produtos prontos ou acabados! São antes o resultado das acções dos sujeitos que o estão construindo e reconstruindo, a par e passo.A partir deste tipo de reflexões é que a Sociedade Martins Sarmento com a colaboração de Lígia Aarão (Artes Plásticas) e Alexandra Esteves (História) em parceria com a Casa de Sarmento na pessoa de Daniela

Cardoso (Arqueologia) está a desenvolver os Serviços Educativos no sentido de realizar e potenciar uma complementaridade entre a educação formal, assegurada pelas escolas e a não formal, de que se ocupam os museus.Estudos actualizados indicam que as escolas são o público mais numeroso dos museus, daí que a principal aposta dos Serviços Educativos da SMS tenha sido a de desenvolver projectos como: a realização de visitas guiadas para alunos das escolas com o apoio de jogos pedagógico/didácticos; os Cursos de Verão; O Museu vai à Escola; Curso de Páscoa. Todas estas iniciativas realizaram-se no âmbito da Arqueologia, da História e das Artes Plásticas. Realizou-se ainda um Workshop na área da Arqueologia Experimental.

O Museu vai à EscolaUm dos projectos desenvolvidos pelos Serviços Educativos da Sociedade MartinsSarmento foi O Museu vai à Escola que contou com o apoio da Casa de Sarmento e da Câmara Municipal de Guimarães. Tratou-se de uma iniciativa inovadora, que “levou” o Museu à Escola, com o objectivo de criar e desenvolver junto das crianças o gosto pela história, pela arqueologia e pelos museus. Esta iniciativa apostou na conjugação das vertentes lúdica e educativa e visou também dar a conhecer ao público mais jovem algumas das peças mais significativas que integram o núcleo museológico da Sociedade Martins Sarmento e da História do Concelho de Guimarães.

Cursos de VerãoJá as duas últimas actividades deste ano, como o Curso de Verão para crianças com idades compreendidas entre os 6 e 10 anos, decorreu de 4 a 27 de Julho e baseou-se em actividades que decorreram com a programação seguinte: elaboração de “cerâmica da Idade do Ferro”,

“fantoches” e “hora do conto” (com os oradores convidados, professores Fernando Capela Miguel e Ana Maria André); visualização de um filme; arqueologia experimental (com a participação do arqueólogo Jorge Sampaio do Parque Arqueológico do Côa); teatro sobre a história da Citânia de Briteiros; visita guiada à Citânia de Briteiros; bem como a simulação de uma escavação na futura “Quinta Proto Histórica do Solar da Ponte”, em Briteiros. Esta última actividade teve a colaboração de Isabel Sofia (Engenharia Agrónoma) colaboradora da SMS e do Centro Social da Junta de Freguesia de Polvoreira que colaborou com o transporte das crianças e a quem se agradece a prestimosa cooperação.

Arqueologia ExperimentalJá o Workshop de Arqueologia Experimental, para jovens com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos, teve o objectivo de incentivar faixas etárias diferentes das restantes actividades realizadas pelos serviços educativos da SMS ao longo do ano. Esta iniciativa pretendeu incentivar os jovens para a arqueologia e mostrar-lhes a funcionalidade dos instrumentos pré-históricos utilizados no passado. Esta actividade contou também com a participação do arqueólogo Jorge Sampaio, do Parque Arqueológico do Côa.Após uma breve análise e avaliação das actividades em geral realizadas pelos serviços educativos da SMS, pode fazer-se um balanço geral positivo constatando-se que têm decorrido com sucesso. Perspectiva-se a sua continuidade pelo contributo que têm vindo a dar à comunidade e pela visibilidade que tem proporcionado ao próprio Museu da Sociedade Martins Sarmento.D.C.

Page 9: O blogue da SMS, - Casa de Sarmento · hipotecário contraído para efeitos de ... campanha de escavação e limpeza, com o ... de ossos de pequenos animais)

No passado mês de Julho realizou-se naCitânia de Briteiros, pela terceira vez, o evento Citânia Viva, organizado pela Sociedade Martins Sarmento e pela Casa do Povo de Briteiros. O evento decorreu com normalidade, particularmente durante as encenações do Conselho de Anciãos e do Encontro de Comunidades, que tinham sido já encenados em 2005. A grande novidade no evento deste ano foi o Ritual Fúnebre, no qual os figurantes participaram com grande entusiasmo, animados pelo flautista e percussionista da Sociedade Musical de Guimarães.Um sol bastante forte e altas temperaturas acabaram por condicionar um pouco a afluência de visitantes que, no entanto, ali acorreram em cerca de duas centenas.A população local (cerca de 60 pessoas) tomou parte no evento de recriação, desenvolvendo laços cada vez mais fortes com Património Histórico da região.

O eventoO evento visou reconstituir um cenárioquotidiano da Idade do Ferro, período áureode ocupação humana deste sítio arqueológico.Tratando-se de uma experiência recente, quese confronta com dificuldades de restituição de materiais arqueológicos (foi necessário, por vezes, recorrer ao improviso) e com escassez de informação concreta, a recriação não terá sido perfeita. Mas, de um modo geral, pensamos que os visitantes ficaram

elucidados acerca da cultura e do modo de vida das populações que habitaram este local no I milénio a.C.

Actividades encenadas:O Conselho de AnciãosEsta actividade baseou-se fundamentalmente no facto de existir, na Citânia, uma grande estrutura circular (não existindo nenhuma outra com tamanhas dimensões), com um banco corrido ao longo da parede interior. Está implantada numa zona de onde se domina um amplo território potencial de exploração e que aparentemente não era residencial, mas espaço de utilização pública. Tudo indica que ali tenha funcionado uma entidade parlamentar, da qual não se conhece a natureza dos membros, nem as prerrogativas. Daí que o nome Conselho de Anciãos seja fictício. Do conselho poderiam fazer parte anciãos, guerreiros, sacerdotes, ou outros. Também não sabemos se se tratava de um órgão de representação igualitária, ou um conselho oligárquico, composto por uma elite administrativa (hipótese mais plausível).Posto isto, a encenação não foi propriamente uma recriação, mas uma composição simbólica, incluindo uma “queimada”, tradição popular do Noroeste peninsular.

Encontro de comunidadesEste encontro visou recriar um acontecimento frequente, entre as diferentes comunidades da Idade do Ferro do Noroeste.

Enquadrado num vasto leque de actividades,como a negociação, o convívio, a competição,ou mesmo a hostilidade, uma comunidadeenviava aos seus vizinhos séquitos compostosde valorosos guerreiros. Estrabão, na sua geografia da Ibéria, descreve um clima deinstabilidade: “a maior parte deles,renunciando a viver da terra, passam a vidano banditismo e numa guerra contínua de uns com os outros. (…) Assim acontece que a terra abandonada perdeu frutos que cresciam espontâneos, e ficou povoada de malfeitores” (Estrabão, Geographia).O registo arqueológico, contudo, demonstrou o exagero destas hostilidades, tendo-se identificado numerosos indicadores de uma forte dinâmica económica. Tal é o caso da Citânia de Briteiros.

Ritual FúnebreOs ritos de encomendação da alma são uma componente cultural fundamental em qualquer período histórico. Surgem no registo arqueológico diferentes formas desepultamento. Na Idade do Ferro, a incineração era prática corrente, e tudo indica que cada família conservava as cinzas dos seus antepassados, dentro do espaço doméstico, guardadas em urnas cinerárias colocadas sob os pavimentos. Quanto aos rituais, dispomos de algumas descrições de autores latinos relativas às exéquias de Viriato, caudilho dos Lusitani, cuja relação cultural com os Callaeci (povos a Norte do

Page 10: O blogue da SMS, - Casa de Sarmento · hipotecário contraído para efeitos de ... campanha de escavação e limpeza, com o ... de ossos de pequenos animais)

As roupas, bastante simples, basearam-se na indumentária dos guerreiros, descrita pelos autores latinos, e coincidente com as estátuas de guerreiros galaicos recolhidas no Norte de Portugal, assim como com as gravuras rupestres do vale do Douro. Os adornos, como braceletes e fitas foram elaborados com couro.Dos adornos metálicos, apenas se reconstituíram algumas ourivesarias com materiais simples, como massas. Usaram-se também mós em pedra, circulares ou de vaivém, para exemplificar uma tarefa bastante comum em todas as famílias.

Douro) está ainda em parte por estabelecer, mas que aparenta diversas semelhanças. Citando as fontes clássicas, no funeral do guerreiro “O cadáver (…), magnificamente vestido, foi queimado numa pira altíssima, enquanto os soldados, tanto os de infantaria como os de cavalaria, corriam em formação em torno da pira, com as suas armas e entoando as suas glórias ao modo bárbaro. Não se retiraram dali até que o fogo da fogueira se extinguiu completamente.Terminado o funeral, celebraram combatessingulares sobre o seu túmulo” (Apiano,Bellum Ibericum).Noutro texto fala-se que “O cadáver (…) foi magnificamente honrado e teve maravilhosos funerais. Fizeram duzentos pares de gladiadores combaterem perante o seu túmulo, honrando assim a sua extraordinária coragem” (Diodoro Sículo, Bibliotheca).O que não se identificou ainda foi um local específico para a realização destes rituais: em espaço público ou privado? Dentro ou fora dos povoados? Na Citânia Viva, o local foi escolhido aleatoriamente.

Reconstituição de materiaisA concepção dos adereços usados na Citânia Viva teve por base as peças recolhidas no âmbito das investigações arqueológicas. As cerâmicas respeitaram as tipologias e as decorações, não se tendo conseguido reconstituir as pastas, originalmente bastante escuras e micáceas e com variados tipos de desengordurantes visíveis a olho nu.Os alimentos foram confeccionados com produtos simples, como carne, cereais, frutos secos e leguminosas, cuja utilização está documentada pela investigação arqueológica.

A reconstituição das armas baseou-se também nas descrições clássicas, e no espólioarqueológico conhecido. Os escudos (caetrae) estão representados nas estátuas, de forma circular, de pequenas dimensões, geralmente decorados, e ligeiramente convexos no centro; as falcatas ou espadas (gladium), curtas e de maior ou menor curvatura da lâmina, apresentam-se pouco visíveis e embainhadas nas estátuas, mas conhecem-se contudo exemplares exumados em escavações (para a Citânia Viva, usou-se como modelo a falcata recolhida na Citânia de S. Julião); as lanças (pillum) são armas simples, das quais se recolheram algumas pontas metálicas, não reconstituídas neste evento.Também não se restituíram os capacetes.Segundo Estrabão, estes povos “usam umpequeno escudo de dois pés de diâmetro,côncavo para diante, suspenso com talabartes de couro (…). Além disso, usam ainda punhal ou gládio. A maior parte usa couraças de linho; poucos, cotas de malha e um capacete de tríplice cimeira, ao passo que os demais têm elmos de nervos. Os peões usam também polainas de couro, e cada um traz diversos dardos; e alguns, lanças com ponta de cobre”. (Estrabão, Geographia).Os instrumentos musicais são uma das áreas mais nebulosas da Idade do Ferro. Tendo como ponto de partida um estrato do texto de Estrabão, em que diz “Enquanto bebem,bailam e fazem coros ao som da flauta e datrombeta, dando saltos no ar e caindo de joelhos” (Estrabão, Geographia), apenas se usaram flautas, trombetas em chifre e instrumentos de percussão simples.

A música tinha um papel importante nos rituais castrejos

Page 11: O blogue da SMS, - Casa de Sarmento · hipotecário contraído para efeitos de ... campanha de escavação e limpeza, com o ... de ossos de pequenos animais)

Antecedidas de uma conferência de imprensa em que foi apresentada a nova identidade gráfica da Sociedade Martins Sarmento, e de uma Assembleia Geral de sócios para aprovação do Relatório de Gerência 2005, as comemorações do 9 de Março, em honra do patrono da instituição, Francisco Martins Sarmento, juntaram centenas de estudantes de Guimarães, para a tradicional cerimónia do “Prémio”, em que foram galardoados os melhores alunos de vários graus de ensino do concelho de Guimarães.Dada a quantidade de alunos inscritos pelas escolas, a entrega dos prémios desenrolou-se em três sessões: de manhã (1º ciclo), de tarde (1º ciclo e prémios com patrocínio ao 2º e 3º ciclos) e à noite (ensino complementar e superior).Pela primeira vez, também, foi atribuído o

prémio “Emídio Guerreiro”, entregue durante a sessão solene da noite ao melhor aluno recém-licenciado do curso de Matemática da Universidade do Minho.Além deste, foram ainda atribuídos os prémios: “Governo Civil” e “CâmaraMunicipal de Guimarães”, ao aluno melhorclassificado no final da licenciatura em Engenharia de Sistemas e Informática da Universidade do Minho; “Engº Duarte do Amaral”, à aluna melhor classificada na licenciatura de História - ramo científico; “Alberto Vieira Braga”, ao aluno melhor classificado no final do 12º ano da Secundária Martins Sarmento; “Sociedade Martins Sarmento”, ao aluno melhor classificado no12º ano dos cursos tecnológicos da E. Francisco de Holanda; e “António de Azevedo”, ao aluno melhor classificado no

final do 12º ano no Curso Geral de Artes da E. S. Francisco de Holanda.Os alunos premiados e respectivos familiares foram ainda agraciados com um lanche e uma sessão de cinema, no Centro Cultural de Vila Flor, com a exibição do filmeWallace and Gromit: a maldição do Coelhomem, de Nick Park e Steve Box.Colaboraram nesta sessão o Cineclube e aCâmara Municipal de Guimarães.Aos alunos distinguidos na Festa escolar2006 foi entregue o livro Lendas de MourasEncantadas, de Maria José Meireles, comilustração de Alexandra Jordão Pires. Os livros foram oferecidos pelo sócio Abel Pinheiro Ribeiro da Silva, como homenagem à memória do seu pai, Lourenço Ribeiro da Silva.

A Sessão Solene do 9 de Março deste ano, como sempre realizada no Salão Nobre da Sociedade Martins Sarmento, contou com aintervenção do arqueólogo Francisco Sande Lemos, que falou sobre o tema Citânia de Briteiros: novas descobertas, fazendo uma primeira apresentação pública dos resultados das últimas prospecções arqueológicas na

Citânia de Briteiros. O orador foi apresentado por Henrique Barreto Nunes, Director da Biblioteca Pública de Braga e sócio da SMS.Durante esta sessão, procedeu-se à assinatura de um protocolo de cooperação entre a Sociedade Martins Sarmento e a Sociedade Musical de Guimarães. Assinalando a entrada em vigor do protocolo

assinado durante a sessão entre a Sociedade Martins Sarmento e a Sociedade Musical de Guimarães, houve intervenções do Quarteto de Clarinetes da Academia de Música Valentim Moreira de Sá, da SMG, que interpretou algumas árias das óperas O Rapto do Serralho e Bodas de Fígaro, de Wolfgang Amadeus Mozart.

Page 12: O blogue da SMS, - Casa de Sarmento · hipotecário contraído para efeitos de ... campanha de escavação e limpeza, com o ... de ossos de pequenos animais)

Hoje cumprimos um ritual que se repetedesde a fundação da Sociedade MartinsSarmento, nos longínquos inícios da década de 1880. Por essa altura, os homens que pretenderam homenagear Francisco Martins Sarmento em vida, falavam assim:“Poderia erigir-se um monumento em granito ou mármore, abrindo-lhe na base inscrições comemorativas; mas não será um anacronismo que neste século de actividade intelectual prefiramos a inscrição à associação, o mármore a um pensamento em actividade constante, a inércia de uma coluna ao vivido movimento de uma instituição, que deve prosperar se nunca lhe falecer a vossa protecção e a dos nossos conterrâneos?O monumento pode esboroar-se e desaparecer no fragor das tempestades, ou no vandalismo das guerras; a instituição, se cria raízes, se preenche uma necessidade real, se representa um progresso na educação social, vive além das convulsões, adquire condições de perpetuidade, permanece enquanto não está satisfeito o seu fim, enquanto se não torna inútil por novos progressos, vivendo ainda assim na memória dos que lerem as páginas da sua história”.Em vez do monumento, Francisco Martins Sarmento foi homenageado com uma instituição que perpetuou o seu nome e a sua obra, mas que representou um inegável “progresso na educação social” para toda esta região. A SMS nasceu como “Promotora da Instrução Popular” e cumpriu o seu desígnio:foi aqui que, em Guimarães, nasceu a formação profissional, incluindo a dirigida para o sexo feminino, o ensino artístico, a educação de adultos. A Escola Industrial Francisco de Holanda e o Liceu de Guimarães têm a sua origem estreitamente vinculada a esta Casa. Daqui partiram acções de alfabetização, nomeadamente no meio rural, por obra das Escolas Móveis promovidas pela acção dos homens da SMS.Mas a actividade dos pioneiros da SMS foi para além da promoção da instrução popular através da aprendizagem das primeiras letras ou dos rudimentos técnicos de uma profissão.Desde cedo se desenvolveram nesta Instituição outras dimensões da produção e difusão da cultura. Criou-se um Museu Arqueológico, que logo se tornou num modelo, abriram-se as portas da Biblioteca Pública, lançou-se uma revista científica, a revista de Guimarães. Todas estas obras ainda hoje persistem, adaptando-se aos novos tempos. Por outro lado, não esquecemos que a história do Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, da Biblioteca Raul Brandão ou do Museu Alberto Sampaio também passa por aqui. À medida em que o Estado passou a

assumir o papel que lhe cumpria na educação, a SMS foi aprofundando o seu perfil de instituição eminentemente científica, mas nunca esqueceu a sua vocação inicial de “Promotora da Instrução Popular”. Eis a razão porque ainda hoje a SMS celebra o seu aniversário com uma “Festa Escolar”.A Sociedade Martins Sarmento está, nos dias que correm, numa encruzilhada. Mas, entre nós, ninguém tem dúvidas em relação ao caminho a seguir. Os meios próprios de financiamento de que dispôs até aqui, acabaram por se esgotar com o esforço para a dotação da Citânia de Briteiros com meios de acolhimento condignos e com a criação do Museu da Cultura Castreja.A actual Direcção tem feito um grande esforço para assegurar o equilíbrio financeiro da Instituição, ainda ontem reconhecido pela Assembleia Geral, mas tem consciência de que não terá possibilidade de sucesso, se não se encontrar uma solução de sustentabilidade que passe pela assunção pelo Estado da sua quota parte nos encargos com a acção de protecção, estudo e disponibilização pública de um património que a todos pertence.A Direcção tem consciência de que a situação é complexa e de que a solução terá de ser arrojada. Todavia, o historial da Sociedade e o peso do seu património são a garantia de que, também ao nível do financiamento, a Sociedade saberá encontrar um modelo que vá de encontro aos novos tempos. A profunda reflexão que vem sendo feita sobre esta matéria e os contactos mantidos com o Ministério da Cultura e com a Câmara Municipal, concorrem para a convicção de que, será encontrada uma solução que assegure a sustentabilidade a esta casa de Cultura. O nosso problema é que a solução pode tardar mais do que aquilo que o nosso

calendário poderá suportar.Todavia, para lá dos problemas que a afligem, e que a cada dia que passa se tornam mais agudos, esta velha Sociedade não se tem deixado paralisar. A SMS continua viva e em plena actividade, enfrentando novos desafios com imaginação e criatividade.Ao longo deste ano, foi possível reduzir o nível de endividamento para cerca de metade, graças a receitas extraordinárias(e certamente irrepetíveis). Abriu-se a nova Galeria de Arte, dando-se início a um ciclo de exposições de Arte Contemporânea aberto a novas vozes emergentes na cena artística portuguesa.Deu-se um novo impulso ao Serviço Educativo, em que se desenvolveram diversasacções que têm permitido trazer as escolas ao Museu e levar o Museu às Escolas. Com recurso ao programa de estágios do Instituto de Emprego, foi possível inventariar e tratar as nossas colecções de etnografia e de numismática.Continuámos a colaborar com a Universidade do Minho, em diferentes níveis. A Casa de Sarmento prosseguiu com um trabalho que tem permitido dar visibilidade aos acervos desta Instituição. Por outro lado, estreitou-se a colaboração com os Serviços de Documentação, nomeadamente através de um conjunto de exposições nas Bibliotecas da UM com materiais da SMS. O Dr. Santos Simões sempre acreditou que o futuro da Sociedade Martins Sarmento passava pela abertura das nossas portas à Universidade do Minho, de modo a assegurar a sua sustentabilidade científica. Hoje ninguém terá dúvidas de que estava certo. E não esquecemos quão importante tem sido podermos contar com o cuidado e o apoio de dois amigos desta Casa que hoje se encontram

Na sessão do “9 de Março” o Presidente da Direcção da Sociedade Martins Sarmento, Dr. António Amaro das Neves, refere-se aos novos desafios que a instituição vai ter que enfrentar e vencer, nos próximos anos, para poder continuar a cumprir, eficazmente, a sua missão.

Page 13: O blogue da SMS, - Casa de Sarmento · hipotecário contraído para efeitos de ... campanha de escavação e limpeza, com o ... de ossos de pequenos animais)

entre nós: o senhor Reitor, Prof. António Guimarães Rodrigues, e o senhor Presidente da Comissão Instaladora da Casa de Sarmento, Prof. Carlos Bernardo.A Sociedade Martins Sarmento está inteiramente disponível para colaborar com a Universidade do Minho nas acções que contribuam para a afirmação do nosso território enquanto região de conhecimento e de cultura. Foi com esse espírito que a Direcção da Sociedade Martins Sarmento deliberou aderir, sem reservas mentais, à proposta do Conselho Cultural para a candidatura do Minho a região europeia da cultura para o ano de 2012. Podem contar connosco para ajudar a construir um projecto ganhador.A cooperação com a Universidade do Minho permitiu que esta Instituição voltasse à investigação e à produção de conhecimento na área da arqueologia, como fez nos tempos de Francisco Martins Sarmento e de Mário Cardozo. Este retorno às origens é devido ao Prof. Francisco Sande Lemos. Profundo conhecedor do acervo arqueológico e científico da Instituição e da obra de Francisco Martins Sarmento, é o principal responsável pelas campanhas de levantamento e

escavação que se têm realizado na Citânia de Briteiros, que têm revelado importantes contribuições para o aprofundamento do conhecimento da ocupação humana do espaço onde está implantado aquele sítio arqueológico.Em reconhecimento da sua acção em prolda SMS, ainda ontem a Assembleia Geraldesta Instituição deliberou, por aclamação,elevar Francisco Sande Lemos à condição desócio honorário, atendendo às suas dimensões científica, cultural e humana e aos excepcionais e relevantes serviços que tem prestado à Sociedade Martins Sarmento.Honra-nos, hoje, com uma palestra sobre as recentes descobertas na Citânia de Briteiros. Muitas vezes ouvimos dizer, no passado, que a Citânia de Briteiros já nada de novo tinha para dar. Veremos daqui a pouco que tal ideia anda muito longe da verdade. Será hoje assinado um protocolo de cooperação entre a Sociedade Martins Sarmento e a Sociedade Musical de Guimarães, que permitirá, nomeadamente, organizar um fundo arquivístico constituído por partituras, iconografia, sons gravados ou outros documentos de cunho musical com vista à sua divulgação através de diferentes meios,

nomeadamente através da Internet. A participação do quarteto de clarinetes nesta Sessão Solene integra-se já na cooperação entre as duas instituições, que pretendemos estreitar e alargar a novos níveis de interacção.Por último, uma palavra para os estudantes que hoje vão receber o prémio. Vir “ao prémio” é algo que acontece no dia 9 de Março desde 1883. Neste dia, reconhece-se o trabalho dos que mais se revelaram pela sua dedicação ao estudo. Dos prémios que hoje iremos entregar, permitam-me que destaque o que vai ser outorgado pela primeira vez, o prémio “Professor Emídio Guerreiro”. Por vontade expressa de Emídio Guerreiro, quando lhe anunciámos a intenção de instituir um prémio com o seu nome, este destina-se ao melhor aluno da licenciatura de Matemática, Ramo de Especialização em Ensino, porque ele toda a vida foi professor de matemática, disciplina pela qual tinha uma profunda paixão. Será difícil esquecer o encantamento jovial com que aquele homem, então a abeirar os 100 anos de vida, acolheu a notícia da decifração do “Teorema de Fermat”.A todos os premiados, os nossos parabéns.

Músicos da Academia Valetim Moreira de Sá, da Sociedade Musical de Guimarães, abrilhantaram a cerimónia do 9 de Março

Page 14: O blogue da SMS, - Casa de Sarmento · hipotecário contraído para efeitos de ... campanha de escavação e limpeza, com o ... de ossos de pequenos animais)

Na Sessão Solene do 9 de Março foi assinado um protocolo de cooperação entre a Sociedade Martins Sarmento e a Sociedade Musical de Guimarães com vista à preservação e estudo dos acervos museológicos de Guimarães.É do seguinte teor o texto protocolar aprovado pelas duas instituições:A Sociedade Martins Sarmento, com sede na Rua Paio Galvão, em Guimarães, adiante designada por SMS, representada pelo seu presidente de Direcção António Amaro das Neves e a Sociedade Musical de Guimarães, com sede no Largo da Condessa do Juncal, em Guimarães, adiante designada por SMG, representada pelo seu presidente de Direcção Armindo da Costa de Sá Cachada, consideram do maior interesse celebrar um protocolo de cooperação no âmbito das respectivas actividades de formação pedagógica, investigação e extensão cultural.Ouvidas as Direcções das respectivas instituições, celebra-se o presente protocolo tendo em vista o estabelecimento de bases de cooperação entre a SMS e a SMG, bem como

o aproveitamento das potencialidades e especificidades de cada uma das instituições na área da música.

A SMS e a SMG propõem-se:1- Colaborar no desenvolvimento de actividades de índole cultural que sejam de interesse comum;2- Programar iniciativas de levantamento; estudo e edição em papel ou suporte digital dos acervos musicais de ambas as instituições;3- Fomentar acções de investigação do património musicológico vimaranense que se encontra disperso por várias instituições locais; 4- Promover e organizar conjuntamente exposições, seminários, congressos ou outras iniciativas de carácter musicológico;5- Cooperar na organização de um fundo arquivístico constituído por partituras, iconografia, sons gravados ou outros documentos de cunho musical com vista à sua divulgação através de diferentes meios,nomeadamente da Internet;

6- Colaborar nas iniciativas festivas decada uma das instituições, nomeadamente nas celebrações dos respectivos aniversários;7- A SMS procurará, sempre que possível, disponibilizar espaços para abrigar, de maneira condigna, o espólio arquivístico e instrumental da SMG;8- A SMS, no âmbito da sua participação na Casa de Sarmento, empenhar-se-á em apoiar o desenvolvimento da cooperação entre a SMG e a Universidade do Minho;9- A SMS procurará disponibilizar, sempreque necessário, o seu salão nobre ou outrosespaços para concertos da Orquestra de Sopros e outros grupos musicais da SMG, recebendo, em troca, a colaboração musical desta instituição nas suas iniciativas culturais e festivas, em moldes a formalizar. Para além das acções e iniciativas de cooperação designadas nas cláusulas anteriores, as partes poderão desenvolver outras de interesse comum nas áreas referidas.

Guimarães, 9 de Março de 2006

Page 15: O blogue da SMS, - Casa de Sarmento · hipotecário contraído para efeitos de ... campanha de escavação e limpeza, com o ... de ossos de pequenos animais)

A Assembleia Geral da Sociedade MartinsSarmento, reunida hoje, dia 8 de Março de2006, aprovou por aclamação a nomeação do arqueólogo Francisco Sande Lemos comosócio honorário da Instituição. Na propostasubmetida aos sócios constava o seguinte:Francisco Manuel Salgueiro de Sande Lemos é Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa e Doutor em Pré-História e História da Antiguidade pela Universidade do Minho, instituição onde ingressou em 1977, vindo aintegrar o quadro da Unidade de Arqueologia, de que foi presidente entre 1980 e 1988 e em 1994. Entre 1980 e 1988, exerceu funções de Director do Serviço Regional de Arqueologia da Zona Norte. De 1981 a 1991 foi vogal da Comissão Instaladora do Museu Regional de D. Diogo de Sousa. Integra o Conselho Cultural da Universidade do Minho desde a sua fundação, sendo actualmente o seu vicepresidente. Faz parte da Comissão Instaladora da Casa de Sarmento – Centro de Estudos do Património.Como arqueólogo, até ao seu ingresso na Universidade do Minho, centrou o essencial da sua investigação nos domínios do quaternário, do paleolítico e da arte rupestre. Desde 1977, tem sido responsável por

diferentes programas e projectos, de entre os quais se destacam o Estudo do Quaternário e Paleolítico do vale do rio Minho, o Salvamento de Bracara Augusta e o Estudo da Geira Romana.Actualmente, a sua principal actividade é desenvolvida na área da Arqueologia Urbana.Ao mesmo tempo, continua a debruçar-se sobre o estudo da Rede Viária Antiga, da Arqueologia da Paisagem na época romana e da História da Arqueologia Portuguesa.Há muito que colabora com a SociedadeMartins Sarmento, de que é sócio correspondente desde Novembro de 1991. Em 1999, participou activamente nas comemorações do centenário da morte de Martins Sarmento, nomeadamente na organização do Congresso de Proto-História Europeia. Contribuiu para o sucesso doseminário “A rede viária do ConventusBracaraugustanus”. Foi o responsável científico pela concepção e instalação do Museu da Cultura Castreja. Nos últimos anos, tem orientado os trabalhos de requalificação da Citânia de Briteiros. No âmbito da Casa de Sarmento, foi o responsável pelo desenvolvimento da visita virtual à Citânia, actualmente disponível na Internet. A actual Direcção convidou-o para o cargo de Director

Científico das valências arqueológicas da SMS, que exerce com grande dedicação, competência e generosidade.A Francisco Sande Lemos deve a Sociedade o retorno à sua actividade científica matricial: a investigação arqueológica, na esteira de Francisco Martins Sarmento e de Mário Cardozo. Profundo conhecedor do acervo arqueológico e científico da Instituição e da obra de Francisco Martins Sarmento, é o principal responsável pelas campanhas de levantamento e escavação que se têm realizado na Citânia de Briteiros, que têm produzido importantes contribuições para oaprofundamento do conhecimento da ocupação humana do espaço onde está implantado aquele sítio arqueológico.Tendo presentes as suas dimensões científica, cultural e humana e os excepcionais e relevantes serviços prestados à Sociedade Martins Sarmento, a Direcção propõe à Assembleia Geral, nos termos do n.º 3 do art.º 3.º dos Estatutos, a elevação do Doutor Francisco Manuel Salgueiro de Sande Lemos à categoria de sócio honorário da Sociedade Martins Sarmento.

Guimarães, 8 de Março de 2006

Page 16: O blogue da SMS, - Casa de Sarmento · hipotecário contraído para efeitos de ... campanha de escavação e limpeza, com o ... de ossos de pequenos animais)

Prémios entregues na sessão da manhã:

AZURÉM – PegadaMário Ismael Cardoso FernandesBALAZAR – CruzesJoão Marcelo Castro GonçalvesBRITEIROS (SALVADOR) – IgrejaAna Luísa Gomes BarbosaBRITEIROS (STª. LEOCÁDIA) – SerradoJoana Patrícia Oliveira MarquesBRITEIROS (STº. ESTÊVÃO) – RealRoberto Rafael Ribeiro CostaBRITO – CasaisAna Filipa Oliveira PereiraPatrícia Isabel Ribeiro MartinsBRITO – RibeiraAna Salgado SilvaTiago António de Sousa Teixeira OliveiraCALDELAS (CALDAS DAS TAIPAS) –CharnecaAna Cláudia Marques de OliveiraCALDELAS (CALDAS DAS TAIPAS) –PinheiralBruno Filipe Lopes RibeiroJoão Pedro Silvério DuarteRui Miguel Assis LoboCOLÉGIO Nª. SRª. DA CONCEIÇÃOJoão Francisco Nogueira OliveiraManuel Luís Faria TeixeiraCONDE – AulaAna João Granja Pinheiro CoelhoVítor Martinho Silva FernandesCOSTA – ArcelaFilipa Tâmara Teixeira Borges AraújoRuben Martins SilvaCOSTA - Mosteiro

João Paulo da Silva FreitasCOSTA – S. RoqueJoão André Guedes de AbreuCREIXOMIL – Alto da BandeiraAna Paula Reis MarquesLeonardo Chan BarbosaDONIM – PaçoTiago André Macedo CardosoFERMENTÕES – CaneirosAdelino Miguel Teixeira de FreitasSoraia Patrícia Ribeiro CostaFERMENTÕES – PenseloAna Margarida Freitas MatosGANDARELA – AgrasMarta Filipa Silva SampaioGONÇA – EstradaLuís Filipe Ribeiro VieiraGONDAR – CruzeiroJoana Marques MachadoGONDOMAR – Sr.ª da AjudaFlávio Augusto Rocha SilvaVera Lúcia Silva PereiraGUARDIZELA – MonteInês Salgado Ferreira de AbreuJorge Ferreira SalgadoGUIMARÃES – Oliveira do CasteloAna Alexandra Branco Faria LeiteAna Francisca Lopes Ribeiro Oliveira AbreuAndré Francisco Soares Carvalho AlvesTeixeiraCarla Daniela Ferreira NovaisInês Monteiro AlvesRafaela Leite da SilvaINFANTAS – RetortaBruno Miguel Pereira GuimarãesINFIAS – Cruzeiro

Filipa Manuela Martins FerreiraLONGOS – (St.ª Cristina)Ana Carolina Silva GomesJoel Gonçalves Gomes MendesLORDELO – AltoCatarina Sofia Pimenta BarrosLORDELO – CarreiroJoão Pedro Baptista Bezerra de MatosCátia Patrícia FerreiraFábio Manuel Ferreira OliveiraMASCOTELOSLuísa Daniela Pereira AlvesMESÃO FRIO – Cruz d’ArgolaAntónio Diogo Martins de SousaInês Margarida da Silva DiasMESÃO FRIO – Paço VieiraAndreia Filipa Costa OliveiraMESÃO FRIO – S. RomãoMiguel Ângelo de Castro CerqueiraMOREIRA DE CÓNEGOS – AncideGustavo Filipe Almeida RibeiroMOREIRA DE CÓNEGOS – VermisFábio Emanuel da Silva CunhaOLEIROS – BairroAna Margarida Machado OliveiraPINHEIRO – SouteloAlexandra Daniela da Silva TeixeiraPOLVOREIRA – Quinta do ValeDiana Isabel Teixeira AzevedoLuís Miguel da Costa OliveiraPONTE – CampelosMarco António Pimenta MarquesRONFE – ErmidaPedro Filipe Machado Lima de CarvalhoRONFE – GemundeAna Margarida Barroso Oliveira

Page 17: O blogue da SMS, - Casa de Sarmento · hipotecário contraído para efeitos de ... campanha de escavação e limpeza, com o ... de ossos de pequenos animais)

Flávia Vitória Marques Barbosa GonçalvesS. FAUSTINO – Ucha de BaixoJorge Miguel Vale FariaS. TORCATO – CorredouraAylana ZienbaevaSANDE (S. CLEMENTE) – VieiteMaria Helena da Silva AlvesSANDE (S. LOURENÇO) – AgrolongoCláudia Daniela Ferreira AntunesJoana Maria Alves da SilvaSANDE (S. MARTINHO) – IgrejaAna Luísa Rodrigues da SilvaCláudia Angélica Ferreira RibeiroSELHO (S. JORGE) – PevidémMiguel Mendes FerreiraSERZEDELO – EirinhaVítor Hugo Mendes Lemos FranciscoSERZEDELO – CalvárioJoana Maria Pereira DiasSERZEDO – OuteiroCatarina Lopes CardosoSILVARES – CasquinhoTânia Filipa Lima SalgadoSILVARES – TeixugueiraJuliana Carina Sousa do ValeHenrique Ferreira FontesSOUTO (STª. MARIA) – PenelaVânia Cristina dos Santos SousaSTA. EULÁLIA BARROSAS – DevesinhaAdriana Raquel Lopes BasílioMara Filipa Mendes SousaMarta Maria Sousa CardosoTABUADELO – LaceteDora Marlene Oliveira Lopes de AraújoTAGILDE – TorreÂngelo Miguel Dias AzevedoRita Isabel Almeida FerreiraURGEZES – BairroAna Lúcia Teixeira da SilvaVERMIL – MonteDaniel Rodrigues LopesVIZELA (S. JOÃO) – EnxertosAna Catarina Ferreira LeiteGustavo Fernando Marques Duarte de FariaVIZELA (S. JOÃO) – Joaquim PintoVasco Diogo Alves RibeiroVIZELA (S. MIGUEL) – TeixugueiraFilipe Gonçalo Pereira FerreiraVIZELA (S. PAIO) – CruzeiroLuís Daniel Magalhães Silva Pinto

Prémios entregues na sessão da tarde:

AIRÃO (S. JOÃO) – RoupeireTatiana Marília da Costa FerreiraEva Sofia da Silva Oliveira RibeiroAIRÃO (STª. MARIA) – PoçasAna Isabel Marques Guedes FerreiraALDÃO – PuloMaria Catarina Castro RibeiroAZURÉM – PegadaPedro Manuel da Silva Aarão LeitãoAZURÉM – Santa LuziaAbílio Paulo Pinto Torres da CunhaBarbara Elisabete Xavier da SilvaJoão Paulo Alves Teixeira

Luísa Lopes CaldasRute Catarina Silva FerreiraVítor Manuel Ribeiro da SilvaBALAZAR – CruzesFilipe Rafael Ferreira MarquesBRITEIROS (SALVADOR) – IgrejaPedro Manuel Barbosa AlmeidaPedro Manuel Macedo RibeiroBRITEIROS (STº. ESTÊVÃO) – RealAna Rita Oliveira MendesBRITO – CasaisHelena Isabel Machado SousaHugo Marino Lima PereiraJosé Miguel Abreu NevesBRITO – RibeiraRita Margarida da Silva AraújoCALDELAS (CALDAS DAS TAIPAS) –PinheiralAna Sofia Saraiva MartinhoFlávio Daniel da Silva BaptistaInês Miguel Freitas Marques OliveiraVanessa Sofia Oliveira SampaioCOLÉGIO Nª. SRª. DA CONCEIÇÃOMaria Ana Gama Lobo Paula MartinsMarta Raquel de Abreu DiasMiguel Pedro Araújo MartinsCONDE – AulaAna Margarida Caetano da SilvaPaulo Daniel Ferreira FariaCOSTA – ArcelaSofia Manuela Magalhães EstevesCOSTA – S. RoqueBruno Miguel Castro RibeiroCREIXOMIL – Alto da BandeiraBárbara Cristina Ribeiro HenriquesDiogo Sousa RibeiroRita Miranda PereiraDONIM – PaçoElisete Manuela OliveiraFERMENTÕES – CaneirosAna Cláudia Vieira MoraisRui Pedro Freitas PereiraFERMENTÕES – MoteloBruno Manuel Novais LopesHugo Leandro Oliveira CastroJoão Vítor Oliveira FreitasFERMENTÕES – PenseloRicardo Daniel Fernandes da SilvaGANDARELA – AgrasSara Cristina Araújo GonçalvesGONÇA – EstradaMário Rafael Mendes MartinsGONDAR – CruzeiroAna Rita Alves AndradeGONDOMAR – Sr.ª da AjudaMarcos Alexandre Baptista AntunesGUARDIZELA – MonteNuno Filipe Araújo GonçalvesRicardo Carvalho MachadoGUIMARÃES – Oliveira do CasteloAna Filipa Lopes MarinhoEmanuel Fernandes NogueiraINFANTAS – RetortaAna Filipa Baptista FernandesINFIAS – CruzeiroVânia Patrícia Lopes Silva

LEITÕES – BarreiroAndreia Filipa Rocha da CostaJoão Filipe Gomes RibeiroLONGOS – (St.ª Cristina)Joana Sofia Vieira de FreitasLORDELO – AltoCristina Isabel Lopes FreitasLORDELO – CarreiroMariana Filipa Silva MachadoMárcia Gabriela Oliveira AlvesMASCOTELOSCatarina Isabel Cunha AlvesJoão Paulo Silva AbreuMESÃO FRIO – Cruz d’ArgolaAna Inês Fernandes GonçalvesJoão Fernando Ribeiro da SilvaCláudia Maria Rebelo TeixeiraMESÃO FRIO – S. RomãoAna Isabel Pissarro GonçalvesAna Paula Rodrigues SalgadoMarta Sofia Marques da SilvaMOREIRA DE CÓNEGOS – AncideCarlos André Cunha SoaresMOREIRA DE CÓNEGOS – IgrejaJoana Patrícia Caldas GuimarãesMOREIRA DE CÓNEGOS – OuteirinhoCatarina Fernandes da Silva FerreiraMOREIRA DE CÓNEGOS – VermisGabriela Almeida VazOLEIROS – BairroMarta Sofia Faria Machado OliveiraPEVIDÉM – BarreiroJoão Pedro Monteiro MachadoMafalda Cardoso OliveiraPINHEIRO – SouteloMaria Isabel Mendes OliveiraPOLVOREIRA – Quinta do ValeAlexandrine RibeiroLuís Ismael Salgado QueirósPOLVOREIRA – ValinhaAndré Filipe Alves CoelhoMarta Catarina Ferreira AlmeidaPONTE – CampelosJosé Rui Baptista SousaRONFE – ErmidaFátima Angélica Salgado DiasRONFE – GemundeAna Luísa Faria OliveiraPedro Miguel da Silva OliveiraRONFE – LourinhaVasco Sá Sousa MendesS. FAUSTINO – Ucha de BaixoBruno Rafael Ferreira AzevedoS. TORCATO – CorredouraAna Carolina Ribeiro OliveiraS. TORCATO – MosteiroSara Patrícia Oliveira MartinsAna Elisa Fernandes OliveiraSANDE (S. CLEMENTE) – VieiteCelso José Queirós CastroSANDE (S. LOURENÇO) – AgrolongoAna Catarina da Maia FerreiraSANDE (S. MARTINHO) – IgrejaCarlos Filipe da Silva FreitasFilipe José Alves GomesSELHO (S. JORGE) – Pevidém

Page 18: O blogue da SMS, - Casa de Sarmento · hipotecário contraído para efeitos de ... campanha de escavação e limpeza, com o ... de ossos de pequenos animais)

Ana Cristina Ferreira PereiraJoão Carlos Mendes PereiraSERZEDELO – EirinhaNuno Miguel Caetano AlvesSERZEDELO – CalvárioFrancisca Manuela Sampaio BarrosoSERZEDO – OuteiroDiana Patrícia Freitas BaptistaSILVARES – CasquinhoAna Patrícia Machado TeixeiraSILVARES – Teixugueira Ricardina Mendes VeigaSOUTO (STª. MARIA) – PenelaFilipa Alexandra Costa RibeiroSTA. EULÁLIA BARROSAS – DevesinhaAna Luísa Veiga de Oliveira Alves de SousaAna Rita Leite GomesPaulo César Ribeiro SalgadoTABUADELO – LaceteMiguel Ângelo Faria LopesTAGILDE – TorreAna Carina Machado da CostaJoão Manuel Freitas MonteiroURGESES – BairroMiguel Ângelo Silva RodriguesCláudia Rafaela Lemos FerreiraVERMIL – MonteAna Luísa Mesquita FernandesVIZELA (S. JOÃO) – EnxertosJorge Miguel Lopes AlmeidaSílvia Maria Ferreira de OliveiraVIZELA (S. JOÃO) – Joaquim PintoCatarina Peixoto MarquesVIZELA (S. MIGUEL) – TeixugueiraNelson Miguel Ferreira PoleriVIZELA (S. PAIO) – CruzeiroAna Beatriz Pinto FerreiraLORDELO - SamarFlávio Jacinto Ferreira da Cunha

Prémios com patrocínio entregues durante a sessão da manhã:

· Prémio “ANTÓNIO MARIA DE SOUSAVAZ VIEIRA” à aluna da Escola EB 1 de Barroco, Gémeos.Fernanda Isabel da Costa Salgado

· Prémio “BERNARDINO JORDÃO” à aluna do Lar de Santa Estefânia.Fernanda Eduarda Mendes Marques

· Prémio “LIVRARIA ORPHEU” à aluna do Lar de Santa Estefânia.Márcia de Jesus Oliveira Vieira

Prémios com patrocínio entregues durante a sessão da tarde:

· Prémio “ANTÓNIO MARIA DE SOUSAVAZ VIEIRA” ao aluno da Escola EB 1 de Barroco, Gémeos.Rui Fábio da Costa Sampaio

· Prémio “BERNARDINO JORDÃO” à aluna do Lar de Santa Estefânia.Ana Catarina Vaz Mendes

· Prémio “LIVRARIA ORPHEU” à aluna do

Lar de Santa Estefânia.Branca Sofia da Silva Mota

· Prémio “ZEFERINO CARDOSO” à aluna da Escola EB 1 de Soutelo, Pinheiro.Sílvia Andreia Pereira Salgado

· Prémio “FORTUNATO OLIVEIRAFREDERICO” ao aluno da Escola EB 1 de Paço, Donim.Pedro Miguel Ferreira Machado

· Prémio “LIVRARIA ORPHEU” à aluna da Escola EB 2, 3 D. Afonso HenriquesAna Sofia Nunes Alves Pinto

· Prémio “ROTARY CLUB DE GUIMARÃES” ao aluno da Escola EB 2, 3 de S. Torcato.Rui Pedro Oliveira Machado

· Prémio “FRANCISCO RIBEIRO DECASTRO” à aluna da Escola EB 2, 3 João de Meira.Ana Pereira Lemos

· Prémio “LIVRARIA IDEAL” à aluna da Escola EB 2, 3 de Caldas das Taipas.Ana Filipa Mendes da Silva

· Prémio “LIVRARIA IDEAL” à aluna da Escola Secundária de Caldas de Vizela.Débora Isabel Marques Duarte Faria

· Prémio “LIVRARIA IDEAL” ao aluno da Escola Secundária de Caldas de Vizela.Luís Manuel Pedrosa do Vale

· Prémio “LIVRARIA IDEAL” ao aluno da Escola Secundária de Caldas de Vizela.Pedro Miguel da Costa Pereira

· Prémio “FRANCISCO JÁCOME” ao aluno do Centro Juvenil de S. José.Armindo Duarte da Cunha Oliveira

· Prémio “ALBERTO SAMPAIO” à aluna da Escola EB 2, 3 Egas Moniz.Ana Manuela Mendes Pereira da Silva

· Prémio “ALBERTO SAMPAIO” ao aluno da Escola EB 2, 3 Egas Moniz.José Pedro Namora Leitão Machado

· Prémio “ALBERTO SAMPAIO” à aluna da Escola EB 2, 3 Egas Moniz.Rosa Manuela Cunha Mendes

· Prémio “JOSÉ SAMPAIO” à aluna da Escola EB 2, 3 de Briteiros.Cláudia Patrícia Alves de Macedo

· Prémio “ABADE DE TAGILDE” à aluna da Escola EB 2, 3 de Urgezes.Lígia Raquel da Costa Rocha

· Prémio “MÁRIO CARDOZO” ao aluno da Escola EB 2, 3 de Fermentões.Afonso Manuel Ferreira Gonçalves

· Prémio “MÁRIO CARDOZO” à aluna da Escola EB 2, 3 de Fermentões.Ana Isabel Ribeiro Silva

· Prémio “JOSÉ JOAQUIM PEREIRA CALDAS” à aluna da Escola EB 2, 3 de S. Paio

de Moreira da Cónegos.Anita Daniela Sousa Miranda

· Prémio “EDUARDO DE ALMEIDA” à aluna da Escola EB 2, 3 de S. João de Ponte.Adriana Isabel Machado Freitas

· Prémio “A. L. DE CARVALHO” ao aluno da Escola EB 2, 3 de Pevidém.Pedro Miguel Silva Rodrigues

· Prémio “ABEL SALAZAR” à aluna da Escola EB 2, 3 Abel Salazar, Ronfe.Maria João Coelho da Silva

Prémios com patrocínio entregues na sessão solene:

· Prémio “GOVERNO CIVIL DE BRAGA”e “CÂMARA MUNICIPAL DE GUIMARÃES” ao aluno melhor classificado no final da Licenciatura de Engenharia de Sistemas e Informática da Universidade do Minho.Ricardo Manuel Pereira Vilaça

· Prémio “ENGº DUARTE DO AMARAL” à aluna melhor classificada no final da licenciatura de História – Ramo Científico da Universidade do Minho.Sara Pereira Monteiro Pimenta Claro

· Prémio “PROFESSOR EMÍDIO GUERREIRO” à aluna melhor classificadano final da licenciatura de Matemática – Áreade Especialização em Ensino da Universidadedo Minho.Cristina Ferreira Teixeira

· Prémio “ALBERTO VIEIRA BRAGA” aoaluno melhor classificado no final do 12º anoda Escola Secundária Martins Sarmento.Carlos Eduardo Bastos e Marques da Silva

· Prémio “SOCIEDADE MARTINSSARMENTO” ao aluno melhor classificadono final do 12º ano nos Cursos Tecnológicosda Escola Secundária Francisco de Holanda.Rui Filipe Pedro Quelhas

· Prémio “ANTÓNIO DE AZEVEDO” àaluna melhor classificada no final do 12º anono Curso Geral de Artes da EscolaSecundária Francisco de Holanda.Ema Castro Alves

· Prémio “LIVRARIA ORPHEU” à alunamelhor classificada no final do 12º ano noCurso Científico Natural da EscolaSecundária da Veiga.Carla Sofia Veiga Rodrigues

· Prémio “DR. ALFREDO FERNANDES” à aluna melhor classificada no final do 12ºano no Escola Secundária de Caldas dasTaipas - apadrinhado por Seguros CarlosMarques.Ana Paula Leite Rodrigues

Page 19: O blogue da SMS, - Casa de Sarmento · hipotecário contraído para efeitos de ... campanha de escavação e limpeza, com o ... de ossos de pequenos animais)

Durante o mês de Julho, no Salão Nobre da Sociedade Martins Sarmento, foi feito olançamento de dois novos livros de autoria do jornalista e membro da Direcção da SMS, Armindo Cachada, intitulados: “Caldas das Taipas: das origens ao final do século XIX - Monografia e Roteiro Turístico” e “Guimarães -Cem anos da Marcha Gualteriana nas Festas da Cidade”.Trata-se de dois trabalhos de investigação, de contexto monográfico, importantes para o conhecimento de diferentes realidades do concelho vimaranense. Para o levantamento documental necessário à elaboração destes dois estudos, o autor socorreu-se, abundamentemente, da preciosa documentação existente na Biblioteca e Arquivos da Sociedade Martins Sarmento.

A freguesia de Caldas das Taipas foi elevadaa vila em 1940, mas ainda não dispunha de uma publicação monográfica que documentasse a sua importância histórica, patrimonial, cultural e turística, no contexto concelhio e regional. Esta publicação, que abarca o período histórico das origens ao final do século XIX foi, por isso mesmo, muito bem recebida nos meios culturais taipenses, que aguardam agora o segundo volume da obra, cuja temática abordará o desenvolvimento da localidade ao longo do século XX.Na investigação do seu trabalho, o autor partiu da situação estratégica de Caldas das Taipas na Bacia do Ave para compreender o posicionamento deste território em relação aos aglomerados populacionais da pré e protohistória. Com efeito, o vale do Ave, por onde se estende o território de Caldas das Tapas e das freguesias circunvizinhas, está cercado por colinas montanhosas onde, outrora, havia inúmeros povoados castrejos: a Citânia de Briteiros, o Castro de Sabroso, e os povoados fortificados de Santa Marta das Cortiças (Falperra), Outinho, São Bartolomeu, São Miguel-o-Anjo, Senhoras do Monte, Santa Eulália de Fermentões, Santiago de Pencelo, Prazins Santo Tirso e Prazins Santa Eufémia.Mais a nordeste, havia povoações fortificadas nos montes que envolviam a localidade de S. Torcato. As povoações que aqui viviam, na pré

ou na proto-história, encontravam os seus recursos de subsistência nas encostas e no vale do Ave: caça, pesca, pastoreio, florestas, frutas, água, agricultura e outros recursos.As descobertas arqueológicas e os escritos de Francisco Martins Sarmento, Mário Cardoso, Luís de Pina e outros arqueólogos mais recentes, constituíram um grande manancial informativo para a estruturação do conteúdo histórico e cultural referente às origens dos povos que habitaram primitivamente as Caldas das Taipas.De uma forma sucinta, o livro faz referência aos testemunhos físicos da presença dos primitivos povos em Caldelas e na região que é ainda possível identificar : Na préhistória– as inúmeras gravuras rupestres que é possível encontrar na Citânia ou em rochas dispersas pela zona envolvente a Caldelas; na proto-história - as velhas cidades fortificadas no alto dos montes, conhecidas por castros, com o seu tipo característico de habitação redonda; no início da era cristã - a presença romana na localidade, com os vestígios que ali ficaram: a Ara de Nerva, o complexo termal; o Penedo de Trajano, o miliário de Sande que identificava passagem por esta localidade da estrada romana que ligava a cidade de Bracara Augusta a Emerita Augusta; a ponte de S. João (Campelos); na Idade Média: - a passagem dos povos suevos, visigóticos e árabes.Aparecem, depois, no século X e XI, as primeiras

Guimarães comemorou, em Agosto de 2006, o centenário da criação das Festas da Cidade e Gualterianas, com um programa que procurou reconstituir os números festivos tradicionais de maior êxito popular ao longo de todo este período. Destes, a Marcha Gualteriana é, sem dúvida, o mais empolgante e o mais significativo, sem o qual as festas gualteriannas não teriam alcançado nem a longevidade, nem a projecção que hoje detêm no panorama festivo nacional. Entre as iniciativas destinadas a evocar a efeméride, a Comissão Artística da Marcha Gualteriana promoveu uma publicação monográfica sobre o centenário das festas da cidade, cuja investigação foi entregue ao jornalista Armindo Cachada, autor de outros estudos sobre a mesma temática.Com a elaboração deste trabalho, o autor

pretendeu efectuar um levantamento documental, o mais alargado mas também o mais sintético possível, sobre o que foram os cem anos de Gualterianas, comemoradas na edição festiva deste ano. Para tanto, pesquisou, ano por ano, os aspectos mais salientes das festas, desde os seus cartazes e folhetos de propaganda, ornamentações citadinas, programas festivos ou comissões organizadoras, às figuras que o tempo ligou definitivamente ao evento e a outros aspectos que, ao longo de décadas, foram cristalizando em tradições que hoje constituem um verdadeiro património cultural para Guimarães, património esse que se torna necessário continuar a investigar e conhecer, para melhor se poder valorizar e salvaguardar.

referências escritas à paróquia e localidade de S. Tomé de Caldelas. A obramonográfica bebe, depois, na informação recolhida pelas Inquirições realizadas ao longo do século XIII e início do século XIV, nos documentos de emprazamento de quintas pertencentes à Colegiada da Oliveira, nas Memórias Paroquiais de 1758, no Inquérito Paroquial de 1842 e em muitos outros documentos. Reconstitui, também, o historial da Igreja e paróquia de Caldelas e refaz o quadro dos párocos que assistiram religiosamente a localidade desde o séc. XIII à actualidade.A Capela de Santo António e a sua destruição; o Pontilhão das Taipas e eventual época da sua construção; a actividade termal e a indústria da cutelaria, são outros temas abordados nesta monografia, que o autor complementa com um elaborado guia turístico, onde se procura identificar os elementos históricos e patrimoniais que constituem, ainda hoje, os principais motivos de atracção turística na localidade de Caldas das Taipas.

Page 20: O blogue da SMS, - Casa de Sarmento · hipotecário contraído para efeitos de ... campanha de escavação e limpeza, com o ... de ossos de pequenos animais)

No átrio da Sociedade Martins Sarmento esteve patente ao público, durante o mêsde Agosto, uma exposição comemorativa do centenário da Marcha Gualteriana,número festivo à volta do qual se estruturam, anualmente, as Festas da Cidade deGuimarães.A exposição, organizada pela Associação Muralha, apresenta, com abundância defotografias, o trabalho de produção dos carros alegóricos, pelos obreiros daAssociação Recreativa da Marcha Gualteriana. Mostra, igualmente, alguns dosbonecos animados e adereços que costumam acompanhar e dar cor ao corso gualteriano.