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Níveis de Atividade física por Acelerometria, IMC e Qualidade de vida de escolares Portugueses residentes na Cidade do Porto Larissa Maria Lira Aires Porto, 2019

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Níveis de Atividade física por Acelerometria, IMC e Qualidade

de vida de escolares Portugueses residentes na Cidade do

Porto

Larissa Maria Lira Aires

Porto, 2019

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Níveis de Atividade física por Acelerometria, IMC e Qualidade

de vida de escolares Portugueses residentes na Cidade do

Porto

Orientador: Professora Doutora Maria Paula Santos.

Larissa Maria Lira Aires

Porto, 2019

Dissertação apresentada com vista à

obtenção do grau de Mestre em Atividade

Física e Saúde, da Faculdade de Desporto

da Universidade do porto ao abrigo do

Decreto de Lei nº.74/2006 de 24 de Março.

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AIRES, L. M. A. (2019). Níveis de Atividade física por Acelerometria, IMC e

Qualidade de vida de escolares Portugueses residentes na Cidade do Porto.

Porto: Aires, L. Dissertação de Mestrado em Atividade Física e Saúde

apresentada à Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.

PALAVRAS-CHAVE: ATIVIDADE FISICA HABITUAL, INATIVIDADE FÍSICA,

EXCESSO DE PESO, QUALIDADE DE VIDA.

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Financiamento

Esta dissertação foi realizada ao abrigo do Centro de Investigação em Atividade

Física, Saúde e Lazer (CIAFEL), uma unidade de investigação e

desenvolvimento (I & D) alojada na Faculdade de Desporto da Universidade do

Porto FCT/ UID/ DTP/ 00617/2019

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ter chegado até aqui, agradeço as

pessoas que acreditaram em mim e me apoiaram nessa trajetória, a minha

família, em especial a meu pai que sempre dedicou o seu tempo a acompanhar

meus estudos, agradeço a meus amigos, pela paciência e apoio nessa fase.

Agradeço a Doutoranda Juliana Mendes que esteve sempre disposta a

me ajudar, me ensinou muito ao decorrer deste segundo ano do mestrado, me

dando apoio para que eu finalizasse a minha dissertação.

Agradeço a minha orientadora Maria Paula Santos por ter me acolhido em

seu projeto e me dado a oportunidade de desenvolver o meu trabalho, por todo

acompanhamento e orientação para que esse trabalho pudesse ser realizado.

Agradeço de coração a Faculdade de Desporto da Universidade do Porto-

FADEUP, e todos os professores que a compõe, ao qual me acolheu por esses

anos, sendo de extrema importância para meu crescimento pessoal e

profissional.

A todos o meu muito obrigado!

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ÍNDICE GERAL

AGRADECIMENTOS ................................................................................................. VII

ÍNDICE GERAL ............................................................................................................ IX

ÍNDICE DE TABELAS E FIGURAS .......................................................................... XI

LISTA DE ABREVIATURAS E SIMBOLOS ........................................................... XIII

ÍNDICE DE ANEXOS ................................................................................................ XIII

RESUMO......................................................................................................................XV

ABSTRACT...............................................................................................................XVII

1. Introdução .......................................................................................................... 18

2. Revisão da Literatura ....................................................................................... 19

2.1 Saúde .............................................................................................................. 19

2.2 Adolescência e as suas Modificações ....................................................... 21

2.3 Bem-Estar e Qualidade de Vida ................................................................. 22

2.4 Níveis de Atividade Física ........................................................................... 26

2.4.1 Ativos Fisicamente ................................................................................. 26

2.4.2 Níveis de Atividade Física por Acelerometria ................................... 29

2.4.3 Inatividade e Sedentarismo .................................................................. 31

2.5 Possíveis consequências da Inatividade Física ....................................... 34

3. Materiais e Métodos ......................................................................................... 37

3.1 Amostra ........................................................................................................... 37

3.2 Índice de Massa Corporal ............................................................................ 37

3.3 Níveis de Atividade Física ........................................................................... 38

3.4 Qualidade de Vida ......................................................................................... 39

4. Resultados ................................................................................................................. 40

5. Discussão ........................................................................................................... 43

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5.1 Limitações do estudo ........................................................................................ 47

6. Conclusão .......................................................................................................... 48

7. Referências ........................................................................................................ 50

8. ANEXOS .................................................................................................................... 70

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ÍNDICE DE TABELAS E FIGURAS

TABELA 1:

Fonte: INE (2018), Índice de bem-estar da População Portuguesa

TABELA 2:

Gráfico da amostra dividido por género e idade.

TABELA 3:

KIDSCREEN-10 index, média de bem-estar dos adolescentes da amostra.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIMBOLOS

ACSM: American College of Sports Medicine

ADA: American Diabetes Association

AF: Atividade Física

AF: Atividade Física

AFH: Atividade Física Habitual

AFM: Atividade Física Moderada

AFV: Atividade Física Vigorosa

BMI: Body Mass Index

EC: European Commision

IBE: Índice de bem-estar

INE: Instituto Nacional de Estatística

IMC: Índice de Massa Corporal

IOTF: International Obesity Task Force

KG: Kilogramas

M: Metros

METS: Equivalente Metabólico de Tarefa

MVPA: Moderate-to-vigorous Physical Activity

NAF: Níveis de Atividade Física

OMS: Organização Mundial de Saúde

QOL: Quality of life

QV: Qualidade de Vida

SPSS: Statistical Package of Social Sciences

UE: Uniao Europeia

<: Menor que

>: Maior que

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ÍNDICE DE ANEXOS

ANEXO I:

Consentimento enviado aos encarregados de educação.

ANEXO II.

Diário de uso dos Acelerometros.

ANEXO III.

Folheto explicativo sobre os acelerómetros.

ANEXO IV.

KIDSCREEN-10 index

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RESUMO

O tema atividade física é bastante discutido atualmente, tanto pelos possíveis

benefícios proporcionados pela sua prática, como também pelos malefícios

causados pela inatividade física. A adolescência é uma fase de extrema

importância, durante este período grandes mudanças ocorrem a nível físico,

emocional e psicológico, sendo uma fase essencial a ser influenciado praticas

saudáveis visando melhorias na vida do individuo a longo prazo. O objetivo deste

trabalho foi avaliar os níveis de Atividade física (NAF), Índice de Massa Corporal

(IMC) e Qualidade de vida (QV) de adolescentes estudantes de escolas publicas

do Porto, e as possíveis correlações e diferenças entre sexos para as variáveis

acima mencionadas. A amostra constitui 65 adolescentes (47.7%) raparigas e

(52.3%) rapazes, com idades entre 12 a 17 anos, sendo a média de idade 15,4

(IC 95% = 14,97 – 15.93). Os dados foram recolhidos a partir dos questionários

KIDSCREEN-10, IPEN-Adolescentes e Acelerómetro modelo Actigraph GT3X+,

a analise estatística foi realizada através do programa SPSS. Não foram

encontradas correlações significativas entre as variáveis NAF e IMC, NAF e QV

e IMC e QV, e foram encontradas diferenças significativas entre os sexos apenas

para variável NAF (p=0.019), sendo os rapazes mais ativos que as raparigas da

amostra. Respetivamente ao IMC e QV dos adolescentes, não foi observada

diferenças significativas entre os sexos, a maioria da amostra apresentou IMC

classificado como normal e scores altos de qualidade de vida. A grande

percentagem de indivíduos classificados como inativos, é um alerta para que

programas de promoção e incentivo a atividade física sejam desenvolvidos,

principalmente para as raparigas.

PALAVRAS-CHAVE: ATIVIDADE FÍSICA, INATIVIDADE FÍSICA,

ADOLESCENTES, BEM-ESTAR, QUALIDADE DE VIDA, INDICE DE MASSA

CORPORAL, DOENÇAS CRONICAS, SOBREPESO, OBESIDADE, SAÚDE.

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ABSTRACT

The subject physical activity is discussed a lot today, both for the possible

benefits provided by its practice, as well as the harm caused by physical inactivity.

Adolescence is an extremely important phase, during this period a lot of changes

occur physically, emotionally and psychologically, being an essential phase to be

influenced healthy practices aiming at long-term improvements in the individual's

life. The objective of this study was to evaluate the levels of Physical Activity

(MVPA), Body Mass Index (BMI) and Quality of Life (QOL) of adolescents from

public schools in Porto, and the possible correlations and differences between

genders for the above variables. mentioned. The sample consists of 65

adolescents (47.7%) girls and (52.3%) boys, aged 12 to 17 years, with a mean

age of 15.4 (95% CI = 14.97 - 15.93). Data were collected from the KIDSCREEN-

10, IPEN-Adolescents and Accelerometer model Actigraph GT3X+, statistical

analysis was performed using the SPSS program. No significant correlations

were found between the variables MVPA and BMI, MVPA and QOL and BMI and

QOL, and significant differences were found between genders only for the MVPA

variable (p= 0.019), being the boys more active than the girls in the sample.

Regarding the BMI and QOL of adolescents, no significant differences were

observed between genders, most of the sample had BMI classified as normal and

high quality of life scores. The large percentage of individuals classified as

inactive is a warning for programs to promote and encourage physical activity,

especially for girls.

KEY WORDS: PHYSICAL ACTIVITY, PHYSICAL INACTIVITY, TEENS,

WELFARE, QUALITY OF LIFE, BODY MASS INDEX, CHRONIC DISEASES,

OVERWEIGHT, OBESITY, HEALTH.

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1. Introdução

O tema atividade física é bastante discutido e alvo de atenção atualmente,

tanto pelos benefícios proporcionados pela prática, como também pelos

malefícios causados pela inatividade física. Considerada essencial na promoção

e manutenção da saúde e da qualidade de vida, sendo capaz de proporcionar

melhorias ao corpo e mente (Guedes et al., 2012). Os benefícios proporcionados

pela prática de atividade física, aliada a manutenção e melhoria da saúde, bem

como, o próprio prazer que tal prática oferece, são alguns dos motivos que vêm

contribuindo decisivamente para o aumento do número de pessoas que iniciam

um programa de atividade física (Pereira, 2012).

O termo saúde é definido como ‘’Estado de completo bem-estar físico,

mental e social e nao apenas a ausência de doença ou enfermidade”

(Organização Mundial de Saúde, 2015). Partindo disto, a atividade física pode

ser considerada um dos principais fatores responsáveis pela melhoria da saúde

e qualidade de vida, uma vez que a prática da mesma pode proporciona

benefícios de forma global, tanto em nível físico e psicológico, como também

social (Loyen et al., 2016). Desta forma possivelmente influenciando a qualidade

de vida, já que a saúde é um importante precursor da mesma, à medida que os

níveis de bem-estar e qualidade de vida aumentam, os níveis de doença

diminuem (Giesta, 2016).

É na adolescência, que grandes mudanças ocorrem, sendo elas físicas,

emocionais e psicológicas, sendo esta fase essencial a influenciar praticas

saudáveis que terão efeito positivo na vida do individuo, tendo mais chances de

tornarem-se adultos saudáveis (Barbosa et al., 2016; J. O. Ferreira et al., 2013).

Nesta fase ocorre uma evolução na autonomia, as alterações fisiológicas e

maturacionais ocorrem provocando uma mudança acerca da imagem corporal,

tanto em rapazes como em raparigas, essa fase é marcada também pelo

aumento dos gastos energéticos (Mendes & Morouço, 2016).

A preocupação surge quando os gastos energéticos não são suficientes,

consequência da inatividade física e sedentarismo, este comportamento pode

trazer serias consequências a saúde do individuo, sendo um dos principais

fatores desencadeadores de doenças crônicas, uma delas é a obesidade (P. J.

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P. Dias et al., 2014; Ozemek et al., 2019; Richmond et al., 2014). Este aspeto é

ainda mais preocupante quando se trata de adolescentes, uma vez que hábitos

adquiridos na infância são ainda mais difíceis de alteração na vida adulta, e que

adolescentes doentes tem maiores chances de se tornarem adultos doentes

(Barbosa et al., 2016; Conde & Borges, 2011).

O objetivo deste trabalho foi abordar os possíveis fatores associados aos

níveis de atividade física, Índice de Massa Corporal, e Qualidade de vida de

adolescentes escolares portugueses, as possíveis correlações entre as

variáveis, e investigar se existem diferenças entre os sexos para NAF, IMC e QV,

uma vez que esses são importantes indicadores de saúde.

2. Revisão da Literatura

2.1 Saúde

O conceito de saúde vem se modificando e agregando conceito ao longo

dos anos. Quando se fala em saúde, não se pode defini-la como apenas a

ausência de doenças, pois, a saúde de um indivíduo depende de outros fatores

(Figueiredo & Cardoso, 2014). Segundo a OMS (2015), a saúde pode ser

definida como “A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e

social e nao apenas a ausência de doença ou enfermidade”.

O atual panorama da sociedade tem incentivado o culto ao corpo acima

de tudo. Estas alterações comportamentais relacionadas a busca pela imagem

perfeita, tem deixado de lado os aspetos relacionados a saúde e tem sido

apontada como a causa de inúmeros distúrbios como anorexia, bulimia,

depressão, ansiedade (Conti et al., 2012). Sendo assim, percebe-se que a

imagem corporal pode desencadear diversas perturbações mentais, a falta do

bem-estar físico pode fazer com quem o individuo busque desesperadamente

pela perfeição corporal com metodologias que podem colocar sua saúde em

risco, ou que o mesmo não consiga tomar atitudes necessárias para o alcance

do seu peso ideal e saudável julgando-se prepotente, incapaz de fazer algo, e

com pensamentos negativos sobre a sua aceitação em meio social, visto que

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nao possui o corpo ‘’ideal’’ eleito pela sociedade, afetando o seu bem-estar

(Marques et al., 2016; Lemes et al., 2018)

O controlo nutricional e a prática de atividade física são duas variáveis

importantes e devem ser consideradas para manter uma boa saúde, sendo

necessárias na rotina dos jovens e adolescentes (A. F. Dias et al., 2017) . A

busca por hábitos saudáveis promove o bem-estar físico e psicológico

interferindo diretamente na saúde dos adolescentes (Luz et al., 2018).

No caso da atividade física estudos apontam para a existência de uma

relação proporcional entre atividade física e estado de saúde, com redução de

mortalidade e doenças crônicas de 20% a 30%. Entretanto, esses benefícios são

alcançados pelos adultos (18 a 64 anos) que cumprem com o nível mínimo de

atividade física recomendável, ou seja, 150 minutos de atividade física moderada

a vigorosa, ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana (Warburton &

Bredin, 2017). No caso dos jovens com idade entre 5 a 17 anos a recomendação

é que acumulem 60 minutos diários de atividade física, sendo de intensidade

moderada a vigorosa (OMS, 2010). Essa recomendação é importante para que

o indivíduo se mantenha fisicamente ativo, mantendo o corpo em bom

funcionamento (OMS, 2018).

A atividade física é considerada um fator protetor da saúde, desde que

seja praticada regularmente, ainda na infância, aumentando as chances de ter

uma vida adulta saudável, prevenindo e controlando doenças crônicas (J. O.

Ferreira et al., 2013; Pearson et al., 2014), também é extremamente importante

a realização de avaliações físicas regularmente nas escolas, visando intervir de

maneira rápida e eficaz contra o sobrepeso e a obesidade, tendo em vista a

crescente dos mesmos na atualidade e que estas podem afetar a saúde do

individuo (López-Sánchez et al., 2019). Dados coletados durante uma avaliação

física podem mostrar índices de predisposição e/ou obesidade. O intuito dessas

avaliações seria combater esses problemas, proporcionando melhorias na saúde

dos alunos.

Pensando na manutenção e promoção da saúde, a nutrição e a atividade

física podem produzir inúmeros benefícios à saúde mental e bem-estar do

indivíduo, atuando também de forma positiva em adolescentes vulneráveis a

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desencadear doenças crônicas não-transmissíveis, ou com problemas psíquicos

(Hosker et al., 2019). Consequentemente, o descontrole em algumas dessas

variáveis é capaz de trazer riscos à saúde do indivíduo.

2.2 Adolescência e as suas Modificações

Na adolescência, grandes mudanças físicas, emocionais e psicológicas

ocorrem. Reflexões sobre o corpo também aumentam durante essa fase, sendo

esta, uma fase de extrema importância a ser influenciado e desenvolvido como

um todo, trata-se de uma fase de estabelecimento de autonomia e merece

atenção para a adoção de boas práticas para a vida adulta (J. O. Ferreira et al.,

2013; Malina, 2001).

As mudanças fisiológicas na adolescência ocorrem de modo diferente

entre os sexos. Nas meninas, por volta dos 8 anos de idade já se inicia o

desenvolvimento da mama (início da maturação sexual), seguido da menarca,

que normalmente acontece entre os 10 e os 15 anos, onde ocorre acúmulo de

tecido adiposo. Já nos meninos, a maturação sexual se inicia entre os 10 e 13

anos de idade, com o crescimento dos testículos (Mendes & Morouço, 2016).

Independente do sexo, o crescimento e as mudanças na fase da adolescência

são intensos (OMS, 1995).

Mudanças na composição corporal também ocorrem durante a

adolescência, apresentando diferenças entre os sexos feminino e masculino, as

raparigas tendem a ganhar cerca de 1,14 kg ao ano de tecido adiposo, enquanto

os rapazes não possuem alterações significativas na massa gorda durante o

período de puberdade (M. M. de Ferreira, 2016). Devido às alterações

morfológicas específicas da puberdade, as meninas apresentam um maior

acúmulo de gordura subcutânea quando comparada com os meninos da mesma

idade (Pérez & Mattiello, 2018).

Em ambos os sexos o nível de atividades física diminui com a idade,

principalmente no período da adolescência (Konharn et al., 2015; Malina, 2001).

Acontece de forma mais acentuada nas meninas (a partir dos 12 anos) e nos

meninos (13-16 anos) (Bacil et al., 2015). Nas meninas, o início das

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características secundárias, como desenvolvimento mamário, pode provocar

desconforto e menor autoestima, ao mesmo tempo acontece mudanças

hormonais e na composição corporal. Entretanto, nos meninos ocorre o pico de

velocidade de altura, que vem associado ao aumento da força e massa muscular,

favorecendo um melhor desempenho esportivo, estes são fatores que podem

afetar ou influenciar os níveis de atividade física (Bacil et al., 2015).

A adolescência é uma fase de extrema importância, período essencial

para influenciar hábitos saudáveis tendo maior probabilidade de se tornarem

adultos saudáveis (Malina, 2001). Período de grande crescimento e

desenvolvimento maturacional, mas também é uma fase perigosa na vida dos

adolescentes, onde não só as mudanças internas podem afetar o estilo de vida

do individuo, como também a influencia dos contextos sociais a comportamentos

de risco, os maus hábitos alimentares dos adolescentes podem causar

consequências a saúde, dentre elas a obesidade, adolescentes obesos tem

maior probabilidade de se tornarem adultos obesos e desenvolverem doenças

crônicas afetando a saúde (Conde & Borges, 2011).

Pesquisas mostram que os adolescentes também podem ser

influenciados pelo comportamento dos pais em relação a alimentação (Linhares,

et al., 2016), e atividade física (Silva & Costa júnior, 2011), sendo assim é

importante a atenção dos pais sobre quais tipos de exemplos estão oferecendo

aos filhos. Além disso, os jovens são bastantes influenciados pela mídia e muitas

vezes não sabem qual tipo de nutrientes estão consumindo (Engler et al., 2016).

Estes fatores podem ser determinantes na vida do individuo.

2.3 Bem-Estar e Qualidade de Vida

O bem-estar pode ser definido como o grau em que cada indivíduo julga

a qualidade da sua vida favoravelmente como um todo, envolvendo aspetos

como a saúde, as relações, a satisfação com o trabalho, dentre outros (Costa,

2016). Está diretamente ligado a qualidade de vida, uma vez que o bem-estar

condiz com a satisfação com parâmetros da vida (Costa, 2016).

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Nos últimos anos, o interesse de pesquisas relacionadas ao bem-estar

vem aumentando, estas, apontando que o bem-estar é um importante fator

relacionado a qualidade de vida dos indivíduos (Azevedo et al., 2013). Sendo

assim, é extremamente importante ser explorado na adolescência, visto que é

um período significativo de mudanças no desenvolvimento humano, a nível

social, físico, cognitivo e emocional, além de ser uma fase de construção de sua

identidade, com o desenvolvimento de competências pessoais e sociais

(Azevedo et al., 2013).

De acordo com o Índice Nacional de Estatística (INE) 2018, o bem-estar

da população portuguesa vem em crescente evolução. Em 2004, o Índice de

Bem-Estar (IBE) era de 100 pontos percentuais (p.p.), já em 2017, este mesmo

índice alcançou a marca de 131,4 p.p. O domínio saúde também apresentou um

importante crescimento, apontando um índice de 137,5 p.p. em 2017, dado que

em 2004 se tinha um valor de 100 p.p. (INE, 2018). Respetivamente a qualidade

de vida em 2004 marcava 100 p.p., e no ano de 2017 alcançou a pontuação de

145,9 pp. A população portuguesa apresentou melhoras consideráveis em quase

todos os domínios relacionados ao bem-estar. A melhoria do bem-estar

consequentemente refletira na melhoria da qualidade de vida, visto que ambos

estão interligados (Costa, 2016).

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Fonte: INE (2018), Índice de bem-estar da População Portuguesa

A qualidade de vida é entendida como a perceção de bem-estar que o

indivíduo possui, de acordo com diversos domínios de sua vida, levando em

consideração seu estado de saúde (Figueiredo & Cardoso, 2014); Rother &

Rempel, 2017). Possuindo um conceito amplo a qualidade de vida é afetada de

forma mais complexa pela saúde e estado psicológico do indivíduo, relações

sociais e nível de dependência, variando de pessoa a pessoa e pode se modificar

com o passar dos anos (Piccoli et al., 2014). Sendo de carater subjetivo e

multidimensional incluindo bem-estar físico, psicológico, mental, social e

funcional (Figueiredo & Cardoso, 2014; Rother & Rempel, 2017).

Partindo do exposto, é inevitável falar da constante mudança em que a

população vive seja na parte econômica, política ou social, expondo os

indivíduos a situações que possivelmente podem modificar o seu bem-estar, sua

saúde e qualidade de vida, são exemplos o estresse, ansiedade, inatividade

física, compulsões alimentares, etc (Lemes et al., 2018). Alguns estudos,

demonstram que o aumento dos comportamentos sedentários e da quantidade

de indivíduos com sobrepeso e obesidade de forma global, em conjunto com a

redução nos níveis de atividade física nos jovens, têm sido apontados como os

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principais fatores de risco para o desenvolvimento de patologias sejam elas

físicas ou psicológicas, podendo desta forma contribuir para reduções no bem-

estar e a qualidade de vida desses indivíduos (F. K. D. Santos et al., 2017).

Neste sentido a atividade física surge como aliado a saúde sendo capaz

de proporcionar sensação de bem-estar nos adolescentes, diminuindo sintomas

de depressão, ansiedade e estresse (Baldursdóttir, 2016), podendo melhorar a

atenção, a autoestima, e o autocontrole de jovens e adolescente (Guidarini,

Guimarães & Araújo, 2017), Além disso existe relação direta entre condição

física e bem-estar emocional, mostrando a necessidade de implementação de

programas para melhorar a condição física dos alunos (Guidarini et al., 2017).

Na adolescência, fase crítica e sensível do desenvolvimento humano, a

prática regular de atividade física aparece como um elemento essencial para

conseguir um melhor desenvolvimento físico, cognitivo e social, indicadores

relevantes para uma boa qualidade de vida (Elias, 2014; Loyen et al., 2016).

Quando comparados as diferenças dos níveis de qualidade de vida entre

os gêneros na adolescência, percebeu-se que os meninos possuem melhor

qualidade de vida que as meninas, isso pode se justificar pela prática de

atividade física e laborais mais vigorosas serem direcionadas aos meninos,

enquanto as meninas são direcionadas mais a atividades com a família (Piccoli

et al., 2014). Isso possivelmente explique o estudo europeu Kidscreen, em que

se verificou valores elevados nas dimensões associadas a atividade física para

o sexo masculino e valores menores para o sexo feminino (Kidscreen & Europe,

2006).

Durante á pratica de atividade física, substâncias são liberadas no

organismo, promovendo diminuição do estresse e melhoria do bem-estar físico

e mental (J. O. Ferreira et al., 2013). Uma dessas substâncias é a endorfina,

hormona produzido na glândula hipófise, durante e após a atividade física e

também em outras atividades consideradas prazerosas, capaz de proporcionar

efeito analgésico a dor, sensação de prazer, libertação, bem-estar e melhoria no

humor (Cruz, 2013).

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26

Sendo assim a atividade fisica é considerada fator influenciador na

promoção da qualidade de vida e bem-estar contribuindo também na melhora da

saúde e no desenvolvimento, além disso pode ter impacto positivo na diminuição

do percentual de gordura e na melhoria do condicionamento aeróbico, fatores

que contribuem significativamente com a QV, entretanto, não podemos limitar a

atividade física apenas a benefícios relacionados ao bem-estar físico, mas

também nos aspetos relacionados ao bem-estar psicológico, social e ambiental,

promovendo uma boa qualidade de vida (Rother & Rompel, 2017).

Desta forma, entendesse que é importante avaliar a QV dos adolescentes

visando identificar um possível baixo nível de bem-estar em alguns parâmetros

da vida, sendo possível identificar problemas de saúde, auxiliar na definição de

peso relativo, além de ser muito útil para planejar estratégias de promoção à

saúde, sendo um importante indicador de saúde (Abreu et al., 2016).

2.4 Níveis de Atividade Física

2.4.1 Ativos Fisicamente

A atividade física é definida como todo e qualquer movimento corporal que

resulta num gasto energético acima dos níveis de repouso (Glaner et al., 2013).

Desta forma, a pratica de atividade física diária, pode ser considerada como

importante aliada quando se refere à manutenção de peso corporal e prevenção

de doenças crônicas (Glaner et al., 2013). A recomendação para a população

adolescente é de 60 minutos de atividade física de intensidade moderada a

vigorosa diariamente, sendo a maior parte destas atividades aeróbica, e

incorporadas atividades vigorosas que incluem fortalecimento muscular e ósseo,

ao menos 3x por semana (OMS, 2018). É importante o cumprimento dessas

recomendações para que se tornem adolescentes saudáveis, evitando o

desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (Lavie et al., 2019).

A prática de AF é de extrema importância para o desenvolvimento do ser

humano, originando benefícios para a saúde, tornando a essencial, adolescentes

que aderem a prática de atividades físicas conseguem obter um

desenvolvimento saudável, como incremento nos níveis de aptidão

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cardiorrespiratória, maior força e resistência muscular, além de aumentarem as

chances de levar esse comportamento para a vida adulta, entretanto, para se

obter esses benefícios a atividade física deve ser regular e contínua (Malina,

2001; Poitras et al., 2016).

Dessa forma, a AF vem ganhando cada vez mais destaque na mídia como

um dos principais fatores responsáveis pela melhoria da saúde e da qualidade

de vida. Existe uma quantidade imensa de informações sobre os benefícios da

atividade física, dentre eles, melhoria na aptidão física e prevenção de doenças,

benefícios estes relacionados à saúde, tanto veiculadas pelos meios de

comunicação, quanto por artigos científicos (Guedes et al., 2012).

Nas últimas duas décadas, a população vivencia um aumento significativo

na prática de atividade física. Os benefícios proporcionados pela prática de

atividade física, aliada a manutenção e melhoria da saúde, bem como, o próprio

prazer que tal prática oferece, podem ser algum dos motivos que vêm

contribuindo decisivamente para o aumento do número de pessoas que iniciam

um programa de atividade física (Pereira, 2012).

Porém ainda existe uma percentagem preocupante de indivíduos inativos,

segundo estudos é notável a diferença sobre a prevalência de atividade física

entre os sexos, um dos motivos pode ser o estado de maturação, tendo em vista

que as meninas chegam antes nesse estágio, o qual pode influenciar

negativamente a perceção delas referentes a prática de atividade física devido

as mudanças biológicas e psicossociais que acontecem nesse período (Bacil et

al., 2015). Em Portugal, levando em consideração o sexo, as raparigas

apresentam níveis de baixo a moderado de atividade física, não cumprindo a

recomendação mínima desejada, entretanto, os rapazes apresentaram níveis

moderados de atividade física (F. K. D. Santos et al., 2017).

Aproximadamente 80,3% da população adolescente do mundo não atinge

os valores mínimos de atividade física recomendados diariamente (F. K. D.

Santos et al., 2017).

Observa-se que 4% dos adolescentes com idade entre 16 e 17 anos,

praticam o mínimo recomendado de atividade física (F. K. D. Santos et al., 2017).

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28

A implementação de programas de incentivo a atividade física é

extremamente importante, visto que a falta da mesma pode acarretar inúmeros

problemas de saúde (Lavie et al., 2019).

Os estudos epidemiológicos na área da atividade física e saúde vêm

crescendo nos últimos anos (Hallal et al., 2012). Diante o exposto, estudos

sugerem que tanto a pratica de atividade física quanto o exercício físico trazem

benefícios para a saúde, tais como: flexibilidade, força e resistência muscular

(Guedes et al., 2012). A sua prática é capaz de promover: maior

autoconhecimento, elevar a autoestima e melhorar o rendimento escolar,

mostrando que a atividade física é benéfica não apenas para a saúde física, mais

também de forma global, como nas variáveis anteriormente citadas (Lobo et al.,

2015).

Em uma sociedade moderna, onde existem inúmeros avanços

tecnológicos, alguns elementos interferem diretamente sobre o estado de saúde

das pessoas, ocasionando certos comportamentos de risco são exemplos:

inatividade física, comportamento sedentário, alimentação inadequada, etc

(OMS, 2015). É importante entender que a atividade física possivelmente não

torna o corpo imune de certas doenças, mas, que determinados hábitos de vida

prejudicam o estado de saúde do indivíduo (OMS, 2015).

É possível que a falta ou redução da AF no indivíduo, possa provocar no

organismo das pessoas, vários distúrbios e doenças que comprometem seu

funcionamento, dentre elas: doenças respiratórias, diabetes, hipertensão.

Pesquisas apontam que a atividade física produz inúmeros benefícios físicos,

sociais e psíquicos, mas seu foco geral é melhorar ou manter a saúde do

indivíduo e o bem-estar, relacionando mudanças positivas no stress, na

depressão, na ansiedade, aumentos de energia, autoconfiança e autoimagem

(Mendes & Morouço, 2016). Um estilo de vida de forma inativa pode aumentar

as chances de desenvolver obesidade e doenças crônicas já citadas, podendo

levar o individuo a morte.

Os níveis de atividade física (NAF) podem ser distribuídos da seguinte

forma: leve, moderado e vigorosa (Torquato et al., 2016). Para verificar esses

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níveis, pode ser utilizado um acelerômetro, a fim de alcançar a aceleração de um

indivíduo (Torquato et al., 2016).

A atividade física moderada e vigorosa pode estar relacionada ao IMC

(Índice de Massa Corporal) e a aptidão cardiorrespiratória, tendo efeitos diretos

e indiretos na qualidade vida (Eddolls et al., 2018). Existem também relações

diretas entre a atividade física e qualidade de vida nos parâmetros físicos,

psicológicos e na depressão, mostrando que a atividade física promove

benefícios de forma global nos indivíduos praticantes (Eddolls et al., 2018).

Em um contexto mais amplo, a AF pode contribuir significativamente para

o afastamento do uso excessivo de écrans, algo comum nos dias atuais entre os

adolescentes, diminuindo a influência da mídia com relação ao consumo

deliberado de alimentos com grande valor calórico e baixo valor nutricional, que

passam uma imagem de serem saudáveis (Boas & Machado 2017). Além disso,

é considerado um importante recurso para aumentar o gasto energético dos

adolescentes, evitando o acúmulo de gordura, o que pode melhorar o

funcionamento do corpo, e, consequentemente, a qualidade de vida dos mesmos

(de Victo et al., 2017). Não praticar AF pode possuir um impacto negativo na

aptidão cardiorrespiratória dos adolescentes, uma vez que este é um período

marcado por mudanças fisiológicas, nas quais estes estímulos são

extremamente necessários para o seu desenvolvimento (de Victo et al., 2017).

A atividade física vigorosa (AFV), a aptidão cardiorrespiratória e o IMC

podem interferir na QV, a AF pode prevenir e tratar doenças crônicas não

transmissíveis, a AFV pode ser benéfica aos adolescentes tanto com relação ao

bem-estar como na qualidade de vida (Eddolls et al., 2018).

2.4.2 Níveis de Atividade Física por Acelerometria

A atividade física é complexa de se medir com precisão, métodos

baseados em laboratório são precisos e usados principalmente pela sua

validade, mas sua aplicabilidade clínica é limitada (Cafruni et al., 2012). Métodos

de autorrelato como entrevistas e questionários são simples e possuem custo

razoável, porém a precisão é questionável (Cafruni et al., 2012). Métodos

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30

objetivos como pedómetros podem medir a contagem de passos, mas não

podem medir a intensidade, frequência ou duração da atividade (Cafruni et al.,

2012). Os acelerómetros podem medir o comportamento da atividade física em

ambas as extremidades; do sedentário a níveis vigorosos de atividade física e

também pode fornecer dados objetivos sobre frequência, intensidade, tipo e

duração da AF, há precisão e facilidade de uso indicando a acelerometria como

a melhor medida para AF (Broderick et al., 2014).

Uma das formas de mensuração da atividade física é por meio de medida

direta das atividades realizadas, ou seja, com sensores de movimento, sendo

eles o pedômetro (utilizado em crianças e idosos) e o acelerômetro (equipamento

portátil e de baixo custo) (Ueno, 2013). Os acelerômetros são dispositivos

eletrônicos, possuem sensibilidade a variação na aceleração corporal, capaz de

medir de forma objetiva e direta em um, dois ou três planos (ântero-posterior,

médio-lateral e vertical), frequência e intensidade dos movimentos realizados

durante a atividade (Ueno, 2013), Sendo assim, o acelerômetro avalia a relação

entre força muscular, o movimento corporal e a aceleração, consequentemente

o gasto energético (Ueno, 2013), em função das características dos sinais de

aceleração, como o padrão de oscilação, o intervalo de tempo e a magnitude dos

mesmos (Sasaki et al., 2017). São detetores extremamente práticos e fiáveis, e

registram qualquer movimento corporal (Torquato et al., 2016), além de serem

aparelhos portáteis com sensores de movimento, que são sensíveis a

aceleração do corpo, transformando essas informações em unidades de gasto

calórico (Lopes et al., 2013).

Para realizar a mensuração da AF, os acelerômetros devem ser bem

fixados no corpo do participante por meio de uma cinta (geralmente elástica) ou

pulseira no local escolhido (por exemplo, quadril, punho, região anterior e

posterior da caixa torácica, coxas e tornozelo) (Sasaki et al., 2017), podendo

classificar a intensidade das atividades físicas em leve, moderada e vigorosa

(Torquato et al., 2016). Logo, é fidedigno o uso do acelerômetro para análise dos

níveis de atividade física (Torquato et al., 2016).

Eles apresentam contagens e representam a intensidade da AF, quanto

maior o número de contagens por minuto mais intensa terá sido a atividade

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física, podendo também fornecer informações acerca da frequência e duração

(Lopes et al., 2013). Os registos podem ser efetuados em intervalos de 1 (um)

segundo a 15 (quinze) minutos.

Em termos operacionais, a medida do acelerômetro (counts) deve ser

traduzida em uma variável com significado biológico ou comportamental. Este

processo é caracterizado como calibração, que envolve a identificação de

limiares relacionados à intensidade da atividade física, ou, a transformação dos

valores de counts em unidades de gasto energético, utilizando como métodos de

referência a observação direta ou a calorimetria (Torquato et al., 2016).

Também existem formas subjetivas de medir a atividade física, como

questionários com informações a serem auto reportadas pelos adolescentes,

porém esse método não pode ser usado como uma estimativa confiável em nível

individual para esta população (Rääsk et al., 2017). Já os acelerómetros

possuem alto índice de fidedignidade (r=0,89) na medição da AF, sendo

extremamente mais precisos que os questionários, medindo o volume de

atividade física de maneira direta (Guidarini et al., 2017).

Nas últimas duas décadas houve um aumento do uso de acelerômetros

para medir a quantidade de atividade física entre os adolescentes (Filho et al.,

2018). Diferentes tipos de acelerômetro foram calibrados em amostras com este

público nos últimos anos, sendo disponibilizados vários limiares e modelos de

predição, estes limiares de acelerômetros apresentam boa validade para a

estimativa da intensidade da atividade física em crianças e adolescentes (Lopes

et al., 2013).

2.4.3 Inatividade e Sedentarismo

A inatividade física pode ser ainda mais preocupante do que o

sedentarismo, estes dois termos ainda são bastantes confundidos atualmente

(Dumith S., 2010). Uma pessoa pode ser considerada inativa por não cumprir

com as recomendações propostas pela Organização de saúde, e mesmo assim

não apresentar um estilo de vida sedentário, como também o individuo pode ser

classificado como ativo cumprindo as recomendações propostas e mesmo assim

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ser sedentário por possuir um estilo de vida caracterizado por atividades com

dispêndio energético inferior a 1,5 METS (Equivalente metabólicos de tarefa),

por exemplo passar muito tempo sentado, deitado, a ver TV, computador, etc

(Lavie et al., 2019).

Já a inatividade física na adolescência, pode ser caracterizada como a

falta ou redução da atividade física no corpo, ou seja, quando não é atingida a

recomendação mínima de 60 minutos de atividade moderada a vigorosa por dia,

ambos oferecem riscos ao indivíduo (OMS, 2015).

Nos últimos cem anos aconteceram diversas mudanças na nossa

sociedade. Ocorreu o crescimento populacional, inúmeros avanços tecnológicos,

maior mobilidade urbana e aumento da expectativa de vida. Entretanto, a junção

de todos estes fatores, possivelmente tornou a população, em sua maioria,

inativa e sedentária (Lavie et al., 2019). Esse fato tornou-se uma preocupação

atual, visto que adolescentes sedentários possuem risco de desenvolver

síndromes metabólicas, destacando-se dentre elas a hipertensão arterial, o

acidente vascular cerebral, a diabetes e a obesidade (Lavielle-Sotomayor et al.,

2014).

É extremamente importante conhecer os fatores associados a inatividade

física e sedentarismo para a elaboração de estratégias de intervenção (Wu et

al., 2017). Em um estudo, realizado entre os anos de 2001 e 2016, sobre

atividade física insuficiente, os resultados mostraram que um quarto dos

indivíduos não estavam cumprindo as recomendações mínimas, caracterizando

uma população de 1,4 milhões de pessoas, estes com riscos de desenvolver

alguma doença ligada à inatividade física (Guthold et al., 2018).

Além disso, segundo a revista Lancet publicada em 2016, o custo da

inatividade física em Portugal esta entre 210 milhões e 460 milhões de euros,

gastos apenas com saúde publica e medicamentos.

Para combater esses altos índices de inatividade física que ocorrem

mundialmente, a Organização Mundial de Saúde lançou o Plano de Ação Global

para Atividade Física 2018-2030, visando promover um mundo com mais

pessoas ativas e saudáveis (OMS, 2018). O plano estabelece quatro objetivos:

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Criar sociedade ativas (aumentando o conhecimento, a compreensão e

valorização dos inúmeros benefícios da atividade física regular); Criar ambientes

ativos (criar e manter espaços seguros para a prática de atividade física); Criar

pessoas ativas (programas e oportunidades para a prática de atividade física

regular individualmente, em família e na comunidade); Criar sistemas ativos

(mobilização de recursos, parcerias multissetoriais e ações coordenadas para

aumentar a atividade física e reduzir o sedentarismo (OMS, 2018).

Quando analisamos o sedentarismo na União Europeia (UE), pode-se

observar que Portugal está com um grande índice de sedentários, situação

preocupante para o país, visto que o mesmo está ficando atrás apenas da

Inglaterra, que possui o maior índice de sedentarismo (Loyen et al., 2017). Na

américa latina, os países que dominaram com alto índice de sedentarismo foram:

Argentina, Brasil e Colômbia, necessitando a implantação de políticas de

incentivo de meios de transportes não motorizados, como andar de bicicleta ou

realizar caminhadas, além de proporcionar atividades recreativas e esportivas

nos momentos de lazer (Guthold et al., 2018). No Brasil, a taxa de sedentarismo

foi tão preocupante, que o Ministério da Saúde lançou um Plano Nacional de

Enfrentamento às Doenças Crônicas Não-transmissíveis, colocando a atividade

física como estratégia primordial para combater esse avanço (Kopp et al., 2014).

Entretanto, esse fato tornou-se uma preocupação atual, visto que

adolescentes sedentários possuem risco de desenvolver síndromes metabólicas

também relacionadas ao excesso de peso, destacando-se dentre elas a

hipertensão arterial, o acidente vascular cerebral, a diabetes e a obesidade

(Lavielle-Sotomayor et al., 2014) O excesso de peso está associado a problemas

de saúde crescentes no mundo inteiro, doenças crônicas não transmissíveis, que

quando não tratadas, podem levar o indivíduo a morte (F. G. S. Júnior et al.,

2017).

O estilo de vida sedentário pode desencadear, dentre várias doenças, a

obesidade, isso porque está cada vez mais frequente as pessoas diminuírem de

forma significativa o gasto calórico, bem como, quase sempre, aderem à dietas

com alimentos baratos, altamente ricos em energia e pouco ou nenhum valor

nutricional (Tomas et al., 2019).

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Na adolescência, ocorre um declínio na prática de AF, sendo

extremamente importante conhecer os fatores associados a inatividade física

para a elaboração de estratégias de intervenção (F. G. S. Júnior et al., 2017).

Diminuir o tempo de atividade física de baixo gasto energético, como ficar

sentado por muito tempo, deverá ser uma recomendação indispensável para se

obter uma vida saudável, além de praticar atividade física regularmente (Leiva et

al., 2017). O incentivo à prática de AF ainda na adolescência se faz essencial,

visto que, ao adquirir conceitos relacionados aos benefícios da atividade física

nessa fase, possam se tornar adultos ativos, diminuindo assim a ocorrência de

patologias que podem ser causadas pela inatividade física (Lavie et al., 2019).

2.5 Possíveis consequências da Inatividade Física

O comportamento sedentário e a inatividade física são as principais

causas de doenças crônicas e cardiovasculares (Lavie et al., 2019). Diante

desse exposto, torna-se extremamente relevante a necessidade de uma

abordagem mais expressiva e que promova intervenções eficazes (Lavie et al.,

2019). A American Diabetes Association relatou em um de suas declarações

recente, que possivelmente o sedentarismo e os baixos níveis de atividade física

sejam responsáveis pelo aumento e desenvolvimento do Diabetes Melittus

(Colberg et al., 2016)

O exercício físico e a atividade física devem ser recomendados e

prescritos para os indivíduos com diabetes, a fim de controlar a taxa de glicemia

e, consequentemente melhorar a saúde. Essas recomendações devem ser

adaptadas levando em consideração a individualidade biológica de cada

indivíduo, para que os mesmos possam desfrutar dos benefícios dessa prática

(Colberg et al., 2016)

Doenças como diabetes mellitus, hipertensão arterial, síndrome

metabólica e doenças cardiovasculares, podem ser ocasionadas pela inatividade

física e sedentarismo, principalmente pelo tempo que as pessoas ficam sentadas

(Leiva et al., 2017). Sendo assim, o aumento do tempo sentado pode está

relacionado com doenças metabólicas e doenças crônicas não-transmissíveis

(Leiva et al., 2017).

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Além disso os indicadores metabólicos de tensão arterial sistólica de

adolescentes portugueses mostraram que, 77,6% dos rapazes e 79,2% das

raparigas possuem risco de desenvolver hipertensão arterial (F. K. D. Santos et

al., 2017).

Em Portugal, a hipertensão arterial é o principal fator de risco para

desencadear doenças cardiovasculares (F. K. D. Santos et al., 2017). Sendo

assim a AF tem efeito positivo sobre a pressão arterial sistólica, qualidade de

vida de adolescentes e pode ser utilizado como terapia não-farmacológica no

tratamento de doenças como hipertensão arterial (L. R. A. Lima et al., 2017).

Outro problema de saúde que vem crescendo de forma alarmante no

mundo inteiro e se tornando uma epidemia global é a obesidade, que pode estar

relacionado com a inatividade física e sedentarismo, de acordo com a OMS, o

sobrepeso e a obesidade são definidos como um acúmulo excessivo e anormal

de gordura, prejudicando a saúde de um indivíduo, podendo leva-lo até a morte

(López-Sánchez et al., 2019).

A obesidade é uma doença multifatorial, que inclui fatores biológicos,

ambientais, socioeconômicos e psicológicos (Jardim & Souza, 2017).

Caracteriza-se pelo acúmulo exagerado de energia, na forma de gordura, no

tecido adiposo distribuído pelo corpo, enquanto o sobrepeso corresponde ao

excesso de peso previsto para o sexo, altura e idade, de acordo com os padrões

populacionais de crescimento, podendo representar ou não excesso de gordura

corporal (A. F. Dias et al., 2017). Cerca de 41% dos meninos e 39% das meninas

de Portugal tem sobrepeso/obesidade (F. K. D. Santos et al., 2017). Dados de

pesquisas recentes informam que 25% a 40% dos casos de sobrepeso e

obesidade estão associados a fatores genéticos (Burgos et al., 2015). É

importante que a obesidade seja tratada na adolescência, para que os jovens

não se tornem adultos doentes, com sérios problemas de saúde, dependentes

de medicamentos e com baixa qualidade de vida (Mendes & Morouço, 2016).

De acordo com pesquisas, cerca de 5 milhões de óbitos serão atribuídos

a essa doença no ano de 2020. A obesidade tornou-se significativa nos últimos

anos, representando riscos à saúde para doenças crônicas, como o Tipo 2 da

diabetes mellitus, hipertensão arterial, dislipidemia, ortopedia, e ainda

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problemas e distúrbios respiratórios durante o sono (Nor et al., 2019). Tem sido

estudada mais intensamente nas últimas décadas, devido ao grande aumento

do número de pessoas que estão sendo acometidas por essa patologia (Nor et

al., 2019). Os estudos intensificaram a partir de um relatório publicado pela

(OMS) em 2012, onde foi relatado que 2,8 milhões de pessoas morrem devido a

complicações causadas pela obesidade e o sobrepeso.

As principais doenças que a obesidade pode acarretar são: o

desenvolvimento de doenças cardiovasculares, resistência à insulina,

hipertensão arterial e hipercolesterolemia (Burgos et al., 2015), ainda pode estar

associada ao desenvolvimento de alguns tipos de câncer e diabetes (M. dos S.

G. Junior et al., 2018).

Os dados sobre a prevalência da obesidade e sobrepeso na adolescência

é alarmante, sendo necessário intervenção imediata com políticas de tratamento

e prevenção, tendo em vista que a obesidade nessa fase é fator predisponente

para sua evolução na fase adulta (M. dos S. G. Junior et al., 2018). Os maus

hábitos alimentares e a inatividade física são fatores relevantes que precisam

ser considerados responsáveis pelo aumento da ocorrência da doença (F. K. D.

Santos et al., 2017).

A prevalência de pré-obesidade em Portugal e de 34,8%, apresentando

índice maior no sexo masculino com 38,9% e índice menor nas mulheres com

30,7. Observando os dados obtidos para a fase da adolescência, 24% dos

adolescentes apresentam pré-obesidade. Foi identificado também que 40%

apenas da população está abaixo do peso ou no peso normal (A. Oliveira et al.,

2018). De acordo com os critérios da OMS, 20% da população adolescente

portuguesa apresenta obesidade. Com relação ao excesso de peso, seis (6) em

cada dez (10) pessoas em Portugal apresentam pré-obesidade, sendo maior a

prevalência entre as mulheres (A. Oliveira et al., 2018). A prevalência de

sobrepeso e/ou obesidade entre os jovens portugueses é alta, resultando em

41% para os rapazes e 39% para as raparigas (F. K. D. Santos et al., 2017).

Estudos preveem que em 2020 a população do país terá 21% dos homens

e 22% das mulheres com obesidade. Os dados são ainda maiores quando

estimados para 2030, onde se calcula 27% dos homens e 26% das mulheres

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estarão com obesidade (European Commission, 2013). Dados já mostravam em

2008 que 61,8% dos homens e 56,6% das mulheres apresentavam sobrepeso,

o que pode evoluir para a doença.

Tendo como base o 22° Congresso Português de Obesidade, organizado

pela Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade, em 2040, a obesidade

vai representar 20% dos 7 a 18 trilhões de dólares, gastos com cuidados de

saúde a nível mundial, ou seja, 2 trilhões de dólares serão investidos no

tratamento da obesidade e suas complicações (J. D. Silva, 2018).

Doenças crônicas-degenerativas na fase adulta podem ser prevenidas

com a prática de atividade física regular durante a infância e a adolescência, o

que torna relevante sua prática nesse período (Andrade & Castro, 2017).

Também é importante métodos para monitorização do sobrepeso e obesidade

como o IMC, visando interferir no combate a doença.

3. Materiais e Métodos

3.1 Amostra

A coleta de dados deste estudo foi realizada na Escola Secundária Aurélia

de Sousa e Escola Secundaria de António Nobre, a partir de amostra por

conveniência, onde os indivíduos se disponibilizaram a participar da pesquisa.

Para participar desta pesquisa os indivíduos deveriam estar a frequentar

o ensino secundário e ter idades entre 12 a 17 anos, sendo a participação por

livre e espontânea vontade.

A Princípio foi enviada aos pais ou responsáveis um formulário de

autorização, após assinado os adolescentes eram incluídos na pesquisa

preenchendo dois questionários nomeados KIDSCREEN-10 index e IPEN-

ADOLESCENTES, além disso utilizaram um acelerómetro modelo

Actigraph GT3X+ por 7 dias, a partir desses instrumentos foram obtidos os dados

apresentados no presente trabalho.

3.2 Índice de Massa Corporal

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Os dados obtidos referentes ao peso e estatura serão coletados através

do questionário IPEN-Adolescentes, posteriormente calculado de forma a obter

o IMC, sendo calculado através da fórmula: Massa corporal (kg) dividido pela

estatura (m) ao quadrado.

O IMC será classificado segundo Cole & Lobstein (2012), que sugere

cortes específicos para magreza, excesso de peso e obesidade, propostos

destinados para crianças e adolescentes, levando em consideração

determinadas faixas etárias e sexo.

Este método (IMC) foi escolhido pelo fato de se tratar de uma amostra

relativamente grande, sendo de fácil acesso e execução, como também rápido,

fiável e de baixo custo (M. M. de Ferreira, 2016).

Estudos apontam que a discrepância entre medidas referidas de peso e

altura obtidos por autorrelato e avaliação direta não foi significativa,

apresentando margem de erro mínima considerada aceitável. Desta forma

possibilitando o uso do IMC Auto reportado como metodologia para estudos de

prevalência e monitoramento da obesidade (Ekstrom et al., 2015; Pursey et al.,

2014).

3.3 Níveis de Atividade Física

Os níveis de Atividade Física do presente trabalho, serão medidos de

forma objetiva, a partir de acelerómetros Actigraph modelo GT3X+ (Actigraph,

Pensacola, FL). Os métodos objetivos como os acelerômetros apresentam

adequada validade e fiabilidade para medir a AF em crianças e adolescentes

(Torquato et al., 2016).

Os adolescentes utilizaram o acelerômetro posicionado no lado direito da

cintura pélvica, por sete dias consecutivos e durante todas as horas de vigília,

sendo orientados a não utilizar o aparelho durante o sono, o banho e atividades

aquáticas. Serão incluídos no estudo apenas os sujeitos com utilização mínima

de 4 dias de semana e 1 dia de final de semana e com um mínimo de 10 horas

de uso diário (Corder et al., 2008).

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Pedir aos participantes da pesquisa para que utilizem o aparelho por 7

dias, sendo necessário ⩾4 dias é uma boa forma de assegurar a inclusão do

individuo na análise, sendo um método apropriado para obter valores confiáveis

do acelerómetro (Barreira et al., 2015).

Os acelerómetros do modelo ActiGraph GT3X+, possuem elevada

capacidade de obter valores fiáveis de intensidade da atividade física e são

meios recomendados para monitorar a atividade física habitual de adolescentes

(Romanzini, 2012). Sempre que possível é indicado a utilização de medidas

objetivas de AF, ao invés da utilização de questionários (Ferro-Lebres et al.,

2017).

3.4 Qualidade de Vida

O questionário KIDSCREEN-10 index deriva-se do KIDSCREEN-52 e

KIDSCREEN-27, é a menor versão do KIDSCREEN e tem o objetivo de avaliar

a qualidade de vida relacionada a saúde de crianças e adolescentes, sendo as

respostas de autopreenchimento (Kidscreen & Europe, 2006).

O questionário possui o mesmo modelo de cabeçalho do KIDSCREEN-52

com questões relacionadas a idade, sexo e estado de saúde dos indivíduos. Para

as 10 questões existem 5 opções de respostas estruturadas em escala de

Likert de cinco pontos, nada (1); pouco (2); moderadamente (3); muito (4) e

totalmente (5). O valor total da cotação do instrumento pode variar entre 0 e 50.

Para que o individuo fosse incluso na pesquisa deveriam estar na faixa

etária entre 8 a 17 anos e responderem pelo menos 75% do questionário

(Kidscreen & Europe, 2006). As questões foram recodificadas, somadas,

aplicadas na formula proposta, os valores de escala resultantes foram trocados

pelas estimativas fornecidas pelo parâmetro Rasch person usando a sintaxe

SPSS, em seguida foram transformados em estimativas de parâmetro de pessoa

Rasch resultantes em valores Z e depois em valores T. Qualquer um desses

métodos leva a valores de T com médias de escala em torno de 50 e desvios

padrão em torno de 10, logo as pontuações dos grupos foram comparados com

a população de referencia de acordo com o país, idade e género propostos pelos

manuais e guias de utilização KIDSCREEN. (Kidscreen & Europe, 2006).

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Esta ferramenta é ideal para ser aplicada quando se possui um grande

grupo a ser avaliado e também pouco tempo para sua realização, sendo um

método mais rápido e pratico por possuir apenas 10 questões, sendo

unidimensional apresentando um Score global da QV que abrange aspetos

físicos, psicológicos e sociais (Ravens-Sieber, 2014).

Segundo Riley (2004), a partir de estudos foi constatado que crianças e

adolescentes com mais de 8 anos de idade tem capacidade para auto reportar

em questionários respostas confiáveis e validas sobre sua Qualidade de vida.

4. Resultados

Participaram do estudo 96 indivíduos, onde 21 foram excluídos por possuir

mais de 17 anos, 8 foram excluídos por não utilizarem os acelerómetros de

acordo com o protocolo proposto, e 3 foram excluídos por não preencherem o

questionário KIDSCREEN corretamente, resultando em uma amostra final de 65

adolescentes que possuíam de 12 a 17 anos, sendo a média da idade 15.4 (IC

95% = 14.97 - 15.93) entre eles 31 (47.7%) Raparigas e 34 rapazes (52.3%).

Gráfico da amostra dividido por género e idade

Inicialmente recorreu-se a análise descritiva dos dados, sendo estes:

Níveis de atividade física (NAF), Índice de massa corporal (IMC) e Qualidade de

vida (QV), respetivamente divididos por género.

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Os dados da pesquisa mostram que, nesta amostra de acordo com a OMS

(2018), onde propõe que os adolescentes de 12 a 17 anos devem cumprir com

<60 minutos de atividade física moderada a vigorosa por dia para serem

considerados ativos, apenas 9.7% das raparigas foram consideradas ativas e

90.3% inativas por não cumprirem a recomendação, já os rapazes 23.7% são

ativos e 76.5% são inativos. A média de NAF por dia para as raparigas é de

37.46 minutos e para os rapazes 49.27 minutos.

Respetivamente ao IMC 90.3% das raparigas apresentam peso normal e

9.7% apresenta excesso de peso, já os rapazes apresentam 88.2% peso normal

e 11.8% excesso de peso, a média do IMC para o grupo de raparigas é 20.34 e

para os rapazes 22.02, ambos apresentam uma média de IMC em torno do que

se classifica como Peso normal (IOTF, 2012)

Em relação a qualidade de vida; 29% das raparigas tem baixa qualidade

de vida, 32.2% uma qualidade da vida em torno da média e 38.7% uma boa

qualidade de vida, já em relação aos rapazes 17.6% possui baixa qualidade de

vida, 35.3% uma qualidade de vida na média, e 47.1% uma boa qualidade de

vida. Ambos os grupos apresentam boa qualidade de vida, sendo a média para

as raparigas 49.99 > 47,21 e para os rapazes 52.99 > 49.97 (Kidscreen &

Europe, 2006).

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Gráfico 3: Média de bem-estar da amostra nas 10 dimensões KIDSCREEN

Visando melhor entendimento sobre a Qualidade de vida do grupo de

adolescentes em questão, foi desenvolvido o gráfico baseado nas médias de

respostas auto reportadas pelos adolescentes do questionário KIDSCREEN-10

Index, onde pode ser observado que os adolescentes obtiveram médias mais

baixas nas questões relacionadas a saúde física, como por exemplo “Você se

sentiu bem e disposto? (3,95)”, “Você se sentiu com energia? (3,90)”. Além

dessas questões notou-se média baixa para a questao “Você esta indo bem na

escola? (3,59)”.

As outras questões respetivamente seguiram com médias mais alta:

“Você tem tido tempo suficiente para você mesmo? (4,31)”, Você tem feito coisas

que quer no seu tempo livre? (4,01), “Seus pais te tratam com justiça? (4,05)”,

Você se diverte com seus amigos? (4.30)”, Você se da bem com seus

professores? (4,26)”. Levando em consideração que médias baixas nas

questões “Você tem se sentido triste?” e “Você tem se sentido sozinho?” tem boa

significância, uma vez que estas questões possuem carater negativo. Em geral

os adolescentes de ambos os sexos obtiveram médias altas em todas questões

respetivas ao bem-estar, totalizando uma qualidade de vida alta.

Respetivamente aos testes de correlação foi aplicado o teste de qui-

quadrado para as variáveis IMC e NAF uma vez que as mesmas não possuem

normalidade, as variáveis foram divididas por sexo, os resultados deste teste

mostraram que as variáveis não possuem correlação sendo para as raparigas

p=0.00 e para os rapazes p=0.02, rejeitando h1.

Para as variáveis IMC e QV foi aplicado o teste não-paramétrico de

correlação de Spearman dividido por sexo, dada as características da amostra

não foi possível observar correlação significativa, sendo para as raparigas R= -

0.200 e P= 0.373 e para os rapazes R= -0.65 e P= 0.731, porém a correlação foi

negativa mais forte para as raparigas.

Foi realizado o teste paramétrico de correlação de Pearson entre as

variáveis NAF e QV, a amostra não permitiu encontrar resultados significativos

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e a correlação é negativa, porém fraca, sendo para raparigas R= -0.091 e P=

0.627 e para os rapazes R=0.027 e P=0.878.

Em seguida foram realizados testes para verificar se existem diferenças

entre os grupos feminino e masculino, para a variável MVPA por dia foi realizado

o teste t para amostras independentes, que constatou que p=0.019, rejeitando

h0, os dados da amostra possibilitam afirmar que para os grupos em questão

existem diferenças na pratica de atividade física por dia, sendo a media para as

raparigas: 37.46 e para os rapazes: 49.27. Em relação ao BMI foi aplicativo um

teste não-paramétrico para amostras independentes, onde se constatou que

p=0.400 rejeitando h1, mostrando que a diferença é insignificante podendo ser

considerados neste caso, como iguais. Para finalizar foi realizado o teste

paramétrico de Levene’s para variável QV, os resultados apontam que não

existem diferenças significativas p=0.169 rejeitando h1.

5. Discussão

Grande parte dos jovens da amostra foram classificados como inativos,

por não cumprirem as recomendações propostas pela OMS sendo 90.3% das

raparigas e 76.5% dos rapazes. Atualmente apresentam IMC normal e uma boa

qualidade de vida, porém sabe-se que a probabilidade de desenvolver doenças

cronicas e cardiovasculares são maiores na fase adulta e que a prática de

atividade física durante a infância e adolescência pode prevenir tais riscos

(Andrade & Castro, 2017; Tassitano et al., 2007). O incentivo a prática de

atividade física aliada a manutenção do peso corporal considerada como

saudável, se faz essencial neste período, aumentando a probabilidade de

tornarem-se adultos fisicamente ativos e saudáveis, diminuindo o risco de

desenvolver patologias. (Lavie et al., 2019; F. K. D. Santos et al., 2016).

Também foi constatada diferença na prática de atividade física entre os

sexos, mostrando que os rapazes costumam praticar mais AF do que as

raparigas (Cooper et al., 2015; Konharn et al., 2015; Konstabel et al., 2014). Os

motivos da inatividade física ainda são muito discutidos, podendo ser afetada

pelas classes sociais, culturais, ambientais, género, idade, ausência nas aulas

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de educação física e utilização de aparelhos eletrónicos (Bauman, 2012; F. G.

S. Júnior et al., 2017: Sallís, 2000), atingindo principalmente as raparigas (Bacil

et al., 2015), como foi visto nos estudos de Contreira et al., (2017), que visou

investigar a associação de tais aspetos sobre a inatividade física de

adolescentes. Além disso foi observado por outros autores, que os adolescentes

praticam mais atividade física durante a semana em comparação com os finais

de semana (Konharn et al., 2015; Collings et al., 2014).

Durante a infância os rapazes são mais frequentemente estimulados por

seus pais a praticarem atividades de maior intensidade, são exemplos desportos

como o futebol, já as raparigas costumam praticar atividades de menor

intensidade (T. C. Oliveira et al., 2010). Mudanças fisiológicas no corpo das

raparigas também podem influenciar na diminuição da prática de atividade física,

enquanto nos rapazes essas alterações podem torna-los mais motivados (Bacil

et al., 2015).

A AF tende a diminuir na fase da adolescência (Bacil et al.,2015; Cooper

et al., 2015; Konharn et al., 2015), fatores ambientais também podem influenciar

para que isso ocorra (J. D. Silva et al., 2018), por exemplo no estudo de M. P. M.

Santos (2004) foi constatado que as raparigas são mais ativas durante o período

da primavera e verão e que a AF diminui no outono e inverno, os fatores

psicossociais (Bauman et al., 2012; Gavin et al., 2016), sociodemográficos

(Bertuol, 2016; Lee et al., 2016; Seabra et al., 2011), e socioeconómicos, como

por exemplo disponibilidade de locais adequados e equipamentos também

podem influenciar no NAF (Bloemen et al., 2015). Embora não foi observado

neste trabalho, outros autores referiram que fatores pessoais como por exemplo,

gostar da AF e perceção de barreiras pode influenciar o NAF (Hardman et al.,

2013; Soares et al., 2011), além disso a escolaridade dos pais (Bertuol, 2016) e

a prática de atividade física dos mesmos podem colaborar de forma positiva ou

negativa (Christofaro et al., 2018; Silva et al., 2018). De acordo com Bertuol

(2016), os rapazes possuem mais atitudes positivas para a prática de AF do que

as raparigas, apresentando maior interesse nas aulas de educação física e

praticando mais AF em seu tempo de lazer (Hardman et al., 2013; Matias et al.,

2012; Moura et al., 2018).

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É importante investigar os fatores associados a inatividade física visando

elaborar estratégias de intervenção eficazes (F. G. S. Júnior et al., 2017).

Programas de promoção e incentivo devem ser desenvolvidas para

adolescentes de ambos os sexos, uma vez que indivíduos inativos durante a

adolescência apresentam maiores chances de se tornarem indivíduos inativos

quando adultos, possivelmente comprometendo a saúde (Conde et al., 2011;

Loyen et al., 2016). Neste sentido Mota et al., (2005) sugerem que o tempo de

recreio na escola é importante para promover a prática de AF, principalmente

nas raparigas.

Ao correlacionar o IMC e NAF dos adolescentes deste estudo, não foi

encontrada correlação significativa, como também foi verificado nos estudos de

(Baard & Mckersie, 2014; Kantanista et al., 2015). Mostrando que independente

dos níveis de atividade física destes adolescentes este fator possivelmente não

influencie na diminuição ou aumento do IMC, desta forma deve ser levado em

consideração outros aspetos que possam influenciar o IMC como por exemplo

os fatores socioeconómicos, genéticos, sexuais, maturacionais, hábitos

alimentares e estilo de vida (Cardoso et al., 2009; Enes & Slater, 2010; Romero

et al., 2010). De acordo com o estudo de Devís-Devis et al., (2017), foram

acompanhados 755 adolescentes por 3 anos, 22,66% mudaram sua

classificação de peso, sem que fosse notado um aumento do NAF ou diminuição

do tempo gasto em comportamentos sedentários.

Foi verificado que não houve diferenças significativas entre o IMC de

ambos os sexos, apresentando percentagens de 90.3% para as raparigas, e

88.2% para os rapazes, estes valores são classificados como normais, indicando

adequação entre peso e altura dos adolescentes desta amostra (IOTF, 2012).

Ao correlacionar o IMC com a QV dos adolescentes, não houve correlação

significativa, porém mais forte para as raparigas do que os rapazes. No estudo

de Guimarães & Baptista, (2008) que visou investigar a relação entre IMC e QV

relacionada a saúde em mulheres observou que o IMC pode influenciar a QV

principalmente nos aspetos psicológicos e físicos. De acordo com Helseth et al.,

(2015), o IMC correlacionado com a QV dos jovens de 8 a 18 anos teve efeito

negativo e fraco em relação a subescala de bem-estar físico também medido

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pela ferramenta KIDSCREEN, neste estudo idade e sexo foram fatores mais

significativos associados a qualidade de vida dos escolares. Haraldstad et al.,

(2011) utilizou também o questionário KIDSCREEN-10 em seu estudo, que visou

avaliar a Qualidade de Vida de 1066 crianças e adolescentes escolares, e logo

correlacionar com o IMC, os resultados não mostraram correlação indo de

encontro com o resultado do presente trabalho.

Porém outros estudos constaram que o alto índice de massa corporal nos

adolescentes foi indicador de menores scores de Qualidade de vida (D'avila,

2019; Farajpour, 2018; Keating et al., 2011; Muros et al., 2017).

Ao correlacionar o NAF com a QV não foi encontrada correlação

significativa, isso talvez possa ser explicado pela alta percentagem de indivíduos

classificados como inativos sendo 90.3% das raparigas e 76.5% dos rapazes, e

os níveis altos de Qualidade de vida para ambos os sexos independentes da

inatividade física, sendo a QV para as raparigas 49.99 > 47,21 e para os rapazes

52.99 > 49.97. Ao verificar a tabela 3, nota-se também que os indivíduos

obtiveram as menores medias nas questões relacionadas ao bem-estar físico,

como “Você se sentiu bem e disposto?”, “Você se sentiu com energia?

Adolescentes que não praticam atividade física se sentem mais cansados

comparados aos que praticam algum tipo de atividade física (Elias, 2014). No

estudo de Brodáni et al., (2015), foi encontrado interação positiva entre NAF e

bem-estar físico apenas nos adolescentes considerados atletas com níveis altos

de AF.

Porém diferente dos achados deste trabalho muitos estudos apontam

para a importância do NAF na QV em crianças e adolescentes (Bin Shahril et al.,

2016; Jalali-Farahani et al., 2016; Lacy et al., 2012; Wu et al., 2017).

Talvez neste grupo de adolescentes os mesmos julguem outros aspetos

mais importantes para a qualidade de vida do que questões relacionadas a

saúde física. Jalali-Farahani et al., (2016) observou em seu estudo que o tempo

gasto com leitura, e escutar músicas foram associadas a melhores pontuações

de QV, o baixo tempo gasto com écrans pelos adolescentes e uma alimentação

saudável também foram fatores considerados relacionados a QV (Dumuid et al.

2017). A QV esta relacionada com uma variedade de comportamentos dos

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adolescentes, e estilo de vida (Chen et al., 2005; Silveira et al., 2013; Zulling et

al., 2005). Sendo assim é importante levar em consideração outros aspetos

influenciadores da QV.

Ao testar a diferença de QV entre os sexos, não houve diferença

significativa, ambos apresentaram scores altos de Qualidade de Vida. A

definição de QV esta relacionada com a perceção que o individuo possui da sua

posição na vida. Scores altos de Qualidade de vida no instrumento KIDSCREEN

revela uma sensação de felicidade, satisfação com a vida familiar, sua forma,

colegas e vida escolar (Gaspar et al., 2008; Kidscreen & Europe, 2006).

Boyle et al., (2010), com adolescentes britânicos de idade entre 11 e 15

anos obteve resultados similares ao do presente estudo, o mesmo não encontrou

correlação entre NAF, IMC e QV. Os diferentes resultados obtidos nas literaturas

anteriormente citadas podem ser devido aos diferentes métodos utilizados para

medição das variáveis em questão. Sendo necessários estudos complementares

visando obter melhores resultados.

5.1 Limitações do estudo

O número de rapazes da amostra é superior ao número de raparigas,

podendo causar variabilidade nos resultados dos testes executados.

Pelo fato do IMC ter sido auto reportado, é maior a probabilidade de

ocorrência de erros.

Uma vez que o KIDSCREEN é uma ferramenta de analise subjetiva, não

se pode medir diretamente a qualidade de vida, atualmente não existem

ferramentas que possam medir diretamente variáveis como bem-estar e

qualidade de vida, além de que, o estudo da qualidade de vida em adolescentes

ainda é um tema muito escasso. Neste sentido, investigações futuras precisam

ser realizadas.

Os resultados obtidos podem variar de acordo com as ferramentas e

metodologias utilizadas.

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6. Conclusão

Os achados do presente trabalho mostram que nesta população de

adolescentes não foram encontradas correlações significativas entre IMC e NAF,

IMC e QV, NAF e QV.

Respetivamente ao IMC e QV dos adolescentes, não foram encontradas

diferenças significativas entre os sexos, grande percentagem da amostra

apresentou IMC classificado como normal e scores altos de qualidade de vida.

Em relação ao NAF foi observada diferença entre os sexos (p=0.019), mostrando

que os rapazes praticam mais atividade física que as raparigas, além disso

grande percentagem dos adolescentes do presente trabalho foram classificadas

como inativos, alertando para que programas de promoção e incentivo a

atividade física sejam desenvolvidos, principalmente para as raparigas.

Respetivamente ao IMC e QV, apesar de não ter sido encontrada

correlação positiva entre as variáveis, o incentivo a prática de atividade física

como promotor de saúde não deve ser desconsiderado, porém outros aspetos

que podem influenciar tais variáveis merecem atenção. Levando em

consideração a escassez de conteúdos relacionados a qualidade de vida dos

jovens, novos estudos devem ser desenvolvidos de forma a colaborar com o

meio científico e intervir de forma eficaz na população.

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8. ANEXOS

ANEXO I

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Maria Paula Santos Professora Auxiliar

FADEUP Tel:225074786 / Fax:225500689

E-mail:[email protected] Centro de Investigação

em Actividade Física Saúde e Lazer

EXMO SR. (a) ENCARREGADO DE EDUCAÇÃO

A Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP), iniciou um novo projeto de investigação, cujo tema é “Estudo

internacional do ambiente construído, uso de modos de transporte ativo e atividade física em adolescentes portugueses.” O

objetivo do presente estudo é identificar os principais determinantes ambientais que influenciam a atividade física e o uso dos

modos de transporte ativo da população adolescente que reside na Grande Área Metropolitana do Porto. Neste sentido, vimos

solicitar a V. Exa. autorização para que o seu educando participe neste projeto que envolve os seguintes procedimentos:

utilização de um aparelho na cintura durante sete dias (acelerómetro MTI® e GPS) para a avaliação e localização espacial da

atividade física; preenchimento de um diário (registará as horas em que coloca e retira os aparelhos bem como o horário escolar)

e preenchimento de 02[dois] questionários (01[um] com questões referentes ao ambiente residencial e 01[um] sobre a qualidade

de vida). A participação neste estudo é espontânea, não sendo objeto de gratificação ou remuneração, mas é de elevada

importância para que possamos atingir os objetivos desta investigação. A participação no projeto decorrerá somente com o

consentimento dos encarregados de educação e por livre e espontânea vontade do aluno, sendo dispensados quando desejarem.

Os dados serão recolhidos por investigadores da Faculdade de Desporto devidamente capacitados e experientes sendo

respeitado o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD). Os resultados serão utilizados exclusivamente para fins

científicos, sendo a equipa de investigação responsável pela sua conservação e pela sua destruição findo o estudo. Todas as

despesas necessárias para as avaliações estarão a cargo do CIAFEL (Centro de Investigação em Actividade física, Saúde e

Lazer) e da FADEUP (Faculdade de Desporto da Universidade Porto). Para qualquer informação adicional, contactar um dos

responsáveis: Juliana Melo (915450512), Andreia Pizarro (913608913) ou Maria Paula Santos (225074786).

Se aceita que o seu educando participe, necessitamos do seu consentimento expresso para que possamos continuar, por favor

preencha a declaração que se segue e assine.

Porto, _____ de ________ de 2019.

__________________________________________

Encarregado de Educação

__________________________________________

Educando

Confirmo que os aspetos mais importantes deste estudo foram explicados ao participante ou ao seu representante de forma adequada e inteligível. Respondi a todas as questões que me foram colocadas e assegurar-me-ei que todos os procedimentos serão respeitados.

__________________________________________

A investigadora (Juliana Melo)

Autorização do Encarregado de Educação: Eu, (nome completo do encarregado(a) de educação), ________________________________________________________, abaixo assinado, tendo em conta o acima exposto, declaro que compreendi a explicação a respeito da participação no presente estudo e AUTORIZO que o meu educando,________________________________________________________, participe do projeto acima citado. Autorização do Educando: Eu___________________________________________, abaixo assinado, autorizo que o CIAFEL recolha e utilize os meus dados pessoais na presente pesquisa, de modo a permitir sua realização.

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ANEXO II

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ANEXO III

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ANEXO IV

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