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    Para se desenvolver perfeitamente aplanta necessita de luz, gua, temperaturaadequada e de elementos minerais. O solono essencial a vida dos vegetais,entretanto, fato que este tem papelfundamental em seu cultivo, pois, alm deabrigar e fixar as plantas permite cultivos emescala comercial viabilizandoeconomicamente agricultura. O solo responsvel por armazenar e fornecer gua,

    alm disso, possui funo de fornecer oselementos minerais exigidos pelas plantas.Tais elementos, mais o carbono, o hidrognioe o oxignio, presentes no ar e na gua, sovitais aos vegetais.

    Os solos podem ser ricos ou pobresquanto ao fornecimento dos nutrientes, demaneira geral, os solos agrcolas brasileirosso cidos e de baixa fertilidade e necessitamde manejo adequado e planejamento da sua

    fertilidade. Contudo, mesmo os solos ricosacabam empobrecidos com o decorrer daexplorao agrcola. Por isso, a adubaobalanceada se torna necessria para fornecerao solo os nutrientes essenciais aodesenvolvimento dos vegetais, funo estaatribuda aos adubos ou fertilizantes.

    Adubar no simplesmente despejaro fertilizante no solo, engloba diversosfatores e boas prticas para promover o uso

    eficiente dos nutrientes e, assim, tal verboremeter a lucratividade do produtor e asustentabilidade do sistema.

    As plantas absorvem os elementosminerais essenciais em quantidadesespecficas necessrias ao seudesenvolvimento, sendo a quantidade ocritrio que define os nutrientes emmacronutrientes e micronutrientes. Talconceituao no significa que um nutrienteseja mais importante do que outro, apenasque so requeridos em e concentraesdiferentes pelas plantas.

    So considerados macronutrientesprimrios os elementos nitrognio (N),fsforo (P2O5) e potssio (K2O) por seremrequeridos em grandes quantidades, assimcomo os macronutrientes secundrios; clcio(Ca), magnsio (Mg) e enxofre (S). Esteselementos fazem parte de molculasessenciais e possuem funo estrutural nasplantas. J os micronutrientes so aqueleselementos requeridos pelas plantas em

    pequenas quantidades, so eles: boro (B),cloro (Cl), cobre (Cu), ferro (Fe), mangans(Mn), molibdnio (Mo) e zinco (Zn), estesfazem parte das enzimas e tm funoreguladora. Malavolta (2006) aindaacrescenta trs micronutrientes lista dosessenciais; o cobalto (Co), o nquel (Ni) e oselnio (Se).

    Os nutrientes no so absorvidospelos vegetais na forma orgnica, ou seja,

    qualquer material orgnico (fertilizanteorgnico) deve passar pelo processo demineralizao para disponibilizar oselementos para as plantas. De maneira geral,quando adicionamos um fertilizante mineralno solo, este se solubilizar na fase lquida dosolo (soluo do solo) liberando ons decarga positiva (ctions) e de carga negativa(nions). Somente na forma inica osnutrientes podero ser absorvidos da

    soluo do solo pelas plantas (Quadro 1). Ctions:NH4+, K+, Mg2+, Ca2+, Cu2+, Fe2+, Mn2+,

    Zn2+ e Co2+.

    Editorial: Edio: Joyce Soares Dias; Reviso: Igor Neves e Victor Hugo da S ilveira; Periodicidade Trimestral; Contato: [email protected]

    Introdu o

    Nutrientes

    NutrientesDo que as plantas

    precisam?

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    nions: H3BO3 ou B(OH)3, NO3-, H2PO4-,SO42- e MoO42-.

    Quadro 1. Formas que os macronutrientes emicronutrientes so absorvidos em condies de solo.

    Macro Forma Micro Forma

    NitrognioNO3- eNH4+ Boro

    H3BO3 ouB(OH)3

    Fsforo H2PO4- Cloro Cl-

    Potssio K+ Cobre Cu2+

    Clcio Ca2+ Ferro Fe2+

    Magnsio Mg2+ Mangans Mn2+

    Enxofre SO4-2 Molibdnio MoO42-

    Zinco Zn2+

    Fonte: Vitti e Domeniconi, 2010.

    Abreu et al. (2007), mencionam que oconhecimento das formas qumicas dosnutrientes na soluo do solo maisimportante para estimar as mobilidades edisponibilidades desses elementos s plantasdo que a determinao dos teores totais nasoluo do solo. So vrios os fatores queinfluenciam na disponibilidade dosnutrientes, segue abaixo os principais:

    Material de origem do solo e estgiode intemperismo;

    Teores de argila e matria orgnica; Interaes positivas (sinergismo) e

    negativas (antagonismo) com outrosnutrientes;

    Reaes de oxirreduo; Espcie cultivada; Intensidade do uso do solo; Por exudatos orgnicos de razes e os

    subprodutos de microorganismos; pH do solo.

    Entre os fatores que afetam adisponibilidade dos nutrientes no solo; o pH,

    o teor de matria orgnica e as reaes deoxirreduo so os mais importantes. Adisponibilidade crescente de cada nutrientediante da variao do pH do solo estexplicito no Grfico 1.

    Grfico 1. Efeito do pH na disponibilidade dosnutrientes no solo. Fonte: Malavolta (1976).

    A faixa de pH em que a maioria dosnutrientes se encontram disponveis para asplantas na soluo do solo est por volta de5,5 e 6,5. Considerando-se que a maioria dossolos brasileiros apresentam acidez mdia aalta, sendo a correo desta, ou seja, acalagem, um fator decisivo para promover oequilbrio na disponibilidade de todos osnutrientes. No obstante, importanteressaltar que os solos manejados sob o

    sistema de plantio direto podem apresentarpH menor que 5,5 e, no entanto, apresentamrendimentos excelentes. Isto devidoprincipalmente ao equilbrio promovido pelono revolvimento do solo e ao acumulo dematria orgnica.

    A matria orgnica fonte denutrientes, principalmente de boro. Almdisso, possui alta afinidade por metais, comozinco e cobre, formando complexos desuperfcie e complexos solveis, sendofundamental para o armazenamento edisponibilidade destes para as plantas.

    Disponibilidade dos Nutrientes

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    As condies de oxidao e reduodo solo tambm esto relacionadas com adisponibilidade de certos nutrientes,principalmente em solos alagados. Paraoxidar e decompor a matria orgnica micro-organismos aerbicos reduzem os elementospresentes no solo. Entretanto, em solosencharcados, o ar dos poros substitudo porgua, condio na qual h falta de oxigniolivre para a respirao dos micro-organismosimpactando principalmente nadisponibilidade dos nutrientes abaixo:

    a) Nitrognio em solos encharcadosas fontes ntricas de nitrogniosofrem desnitrificao do NO3- naforma de gases volteis.

    b) Enxofre solos com alto teor dematria orgnica ou deficientes emferro sob condies drsticas dereduo podem reduzir o SO42- a H2S,forma esta txica para as plantas.

    c) Mangans e Ferro em condies deencharcamento de solos altos teoresde xidos-hidrxidos de mangans eferro, assim como de matriaorgnica, promovendo a reduo deMn3+ e Mn4+ a Mn2+ e de Fe3+ a Fe2+, osquais, como ons divalentes, formamcompostos bastante solveis,aumentando significativamente adisponibilidade destes as planta,podendo em alguns casos ocasionartoxidez.

    d) Cobre em condies de excesso degua, este elemento temcomportamento inverso ao ferro emangans, ou seja, tem a suadisponibilidade diminuda devido insolubilizao do cobre (Cu-).

    Todos estes fatores relacionadosanteriormente afetam o fluxo e aconcentrao dos nutrientes, tornando-osdeficientes ou txicos para as plantas.

    No h dvida que no caso dedeficincia severa de qualquer um doselementos essenciais, as culturas nocompletem bem seu ciclo vegetativo e, aproduo ser comprometida.

    No Brasil, h diversas tabelas,estaduais ou regionais, com critrios parainterpretao dos teores disponveis denutrientes em solos. Tais tabelas permitemverificar se os teores disponveis satisfazem anecessidade de culturas especficas. importante destacar que por meio depesquisas locais estas tabelas esto sendoconstantemente redefinidas e ajustadas(MORAES et al., 2010).

    Yamada (2004) relata que no campo,a deteco da deficincia dos nutrientes parauma determinada cultura feitarotineiramente tambm pelos sintomas, queso sempre especficos para cada nutriente,ou pela anlise do tecido da planta. A Figura1 traz uma chave simplificada para adiagnose visual dos sintomas de deficincia ede toxidez.

    Os sintomas so indicadores dasdeficincias nas plantas e dependem dafuno do elemento e da mobilidade deste novegetal, sendo a reduo do crescimento osintoma mais comum. Entretanto, importante ressaltar que muitos tipos dealteraes nas plantas so provenientes decausas ambientais ou por manejoinadequado, e podem causar uma aparnciasemelhante a dos sintomas de deficinciasnutricionais observveis.

    Nutrientes vs Plantas: Deficincia e

    Fun es

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    Figura 1. Chave simplificada para diagnose visual da deficincia de nutrientes. Ampliado de

    Rmheld, Yamada (2006).

    Os sintomas de deficincia mineral podem aparecer nas folhas novas ou nas folhas mais velhas,indicando a mobilidade do nutriente na planta e a habilidade da planta em translocar estoques existentesdeste nutriente. Os ons alm de variar em sua mobilidade na planta variam no solo afetando adisponibilidade do nutriente as razes da plantas (Quadro 2).

    Macronutriente Solo Planta Micronutriente Solo Planta

    N Mvel Mvel B - Imvel

    P Pouco Mvel Mvel Cu Imvel Pouco Mvel

    K+ Mvel Mvel Fe Imvel Pouco Mvel

    Ca2+ Pouco Mvel Imvel Mn - Pouco Mvel

    Mg2+ Pouco Mvel Mvel Mo - Mvel

    S - Pouco Mvel Zn Pouco Mvel Pouco Mvel

    B - Imvel Cl- - Mvel

    Quadro 2. Mobilidade dos alguns nutrientes no solo e planta, Malavolta (1989).

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    Conforme relato anterior, ossintomas de deficincia dependem da funo

    do elemento na planta. Segue abaixo asfunes-chave dos principais nutrientes:

    Nitrognio (N) considerado o elementoda qualidade! Faz parte da composio dasprotenas de todas as plantas e animais,sendo essencial na constituio decompostos orgnicos. Atua em todas as fasesda planta; crescimento, florao efrutificao.

    Fsforo (P) nenhum outro elemento podesubstitu-lo, sem ele as plantas no vivem! um componente no processo de converso deenergia; fotossntese, metabolismo deacares, armazenamento e transferncia deenergia, diviso celular, alargamento dasclulas e transferncia da informaogentica. Promove a formao inicial,desenvolvimento de raiz e o crescimento da

    planta.

    Potssio (K) interage com quase todos osnutrientes essncias planta. Diferente dosoutros nutrientes, este elemento no formacompostos nas plantas, mas permanece livrepara regular muitos processos essenciais,suas funes-chave so: ativao enzimtica,fotossntese, uso eficiente da gua, formaode amido e sntese protica.

    Clcio (Ca) este elemento contribui para afertilidade e para as culturas sob manejointensivo ou ambiente de estresse. Promoveo fortalecimento de todos os rgos dasplantas, principalmente razes e folhas. umcomponente da parede celular vegetal, sendonecessrio, para a manuteno da estrutura,e ativao da amilase. Tambm importantena manuteno do equilbrio entre

    alcalinidade e acidez do meio e da seiva dasplantas.

    Magnsio (Mg) este elemento componente essencial da clorofila, pigmento

    responsvel pela fotossntese e coloraoverde das plantas.

    Enxofre (S) nutriente-chave para odesenvolvimento da cultura juntamente comos elementos N, P e K. exigido para aformao de aminocidos e de protenas epara a resistncia ao frio. As leguminosasexigem o elemento para a nodulao efixao de nitrognio do ar e as forrageiras

    para a produo.

    Boro (B) essencial para o crescimentodas clulas, principalmente, nas regies maisnovas da planta. requerido para a formaode protenas, alm de desempenhar funode polinizao, desenvolvimento desementes, formao de parede celular,florescimento e pegamento de florada,formao de ndulos das leguminosas,crescimento dos ramos e frutos.

    Cobre (Cu) um componente das metalo-enzimas e receptor intermedirio deeltrons, tem papel importante nafotossntese, respirao, reduo e fixao denitrognio.

    Cloro (Cl) participa na fotossntese,especificadamente no desdobramento damolcula de gua (H2O) em presena de luz.

    Este elemento ativa vrias enzimas e atua notransporte de ctions dentro da planta.

    Ferro (Fe) age como catalisador naformao da clorofila e como carregador deoxignio. essencial a sntese de protenas ena formao de alguns sistemas respiratriosenzimticos.

    Mangans (Mn) - um ativador enzimtico,que controla reaes de oxirreduo

    essenciais fotossntese e sntese declorofila.

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    Molibdnio (Mo) necessrio para a sntese e ativao da redutase do nitrato na planta.Tambm, exigido para a fixao simbitica do N pelas bactrias que vivem nos ndulos das razes

    das leguminosas.

    Zinco (Zn) considerado um ativador enzimtico nas plantas. Controla a produo deimportantes reguladores de crescimento que afetam o novo crescimento e o desenvolvimento.

    Dinmica do nutriente no solo e localizao do fertilizante

    Os nutrientes entram em contato com as razes das plantas de atravs de trs mecanismosde absoro conhecidos: interceptao radicular, fluxo de massa e difuso.

    Simplificadamente, a interceptao radicularnada mais o contato que se d quando a raizcresce e encontra o elemento. J nofluxo de massa o contato se d quando o elemento carregadode um local de maior potencial de gua para um de menor potencial de gua prximo da raiz. Estemecanismo exige cuidados na adubao, pois podem provocar toxidez ou perder-se por lixiviaodevendo ser aplicados parcialmente em cobertura;

    Por ltimo, na difuso o nutriente entra em contato com a raiz ao passar de uma regio demaior concentrao para uma de menor concentrao prxima da raiz. Neste mecanismo osnutrientes apresentam efeito residual no solo, devendo ser aplicados localizadamente no sulco desemeadura. A Tabela 1 demonstra a relao entre o processo de contato e localizao dosfertilizantes, tais dados so fundamentais para melhor aproveitamento dos adubos. Assim sendo, oQuadro 3 apresenta de modo simplificado, o manejo de adubaes de formao e de manutenotanto para culturas anuais quanto para culturas perenes.

    Tabela 1. Relao entre o processo de contato e a localizao dos fertilizantes(Vitti e Domeniconi, 2010).

    Interceptaoradicular

    Fluxo demassa

    Difuso

    N 1 99 0 Distante, em cobertura (parte)

    P 2 4 94 Prximos das razes

    K 3 25 72 Prximo das razes, em cobertura

    Ca 27 73 0 A lano

    Mg 13 87 0 A lano

    S 5 95 0 Distante, em cobertura (parte)

    B 3 97 0 Distante, em cobertura (parte)

    Cu* 15 5 80 Prximos das razes

    Fe* 40 10 50 Prximos das razes

    Mn* 15 5 80 Prximos das razes

    Zn* 20 20 60 Prximos das razes

    Mo** 5 95 0 Em cobertura (parte)* Complementao com aplicao foliar

    ** Aplicao via semente e/ou foliar

    Processo de contato (% do total)Elemento Aplicao do fertilizante

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    Quadro 3. Manejo de adubao de formao e manuteno em culturas anuais e perenes.

    Modo de aplicao do

    fertilizante

    Nutriente

    Via solo - culturasanuais

    Plantio: nitrognio, fsforo, potssio e micronutrientes (boro,zinco, cobre e mangans)Cobertura: nitrognio e potssio

    Via foliarmangans, zinco e cobre (culturas anuais e perenes) /molibdnio (milho, feijo e soja)

    Via sementemolibdnio, cobalto (leguminosas), zinco (poceas) e mangans(soja RR)

    Via muda boro, zinco e cobre (cana-de-acar, mandioca)

    Via solo - culturas

    perenes

    Plantio: clcio e magnsio (atravs de calagem/calcrio),fsforo e micro (boro, zinco, cobre e mangans)

    Cobertura: nitrognio, fsforo, potssio, enxofre e boro (via soloou via herbicida)Fonte: Adaptado de Vitti e Domeniconi, 2010

    Os nutrientes e as culturas

    A adubao correta determinada pelas exigncias nutricionais da planta em termos deextrao e exportao para um nvel timo de produtividade, conhecimento do estoque denutrientes no solo por meio de anlise qumica e prticas que visam transformar o nutriente

    aplicado em produto colhido.Na Tabela 2, podem ser observadas as quantidades mdias de nutrientes necessrios para aproduo de 1.000 kg de gros de soja, bem como o percentual exportado. Tais informaes sofundamentais para melhor indicar a adubao da cultura, pois assim, pode-se quantificar o quedeve, pelo menos, ser reposto ao solo antes de cada cultivo, em funo da eficincia do fertilizante,para a manuteno da fertilidade e a garantia do potencial produtivo da cultura.

    Tabela 2. Quantidade mdia de nutrientes absorvida e exportada pela cultura de soja.

    Parte da plantaN P K Ca Mg S B Cl Cu Mn Mo Zn

    Kg/t de gros g/ton de gros

    Gros 51,0 4,4 16,5 3,0 2,0 5,4 20,0 237,0 10,0 30,0 5,0 40,0Restos culturais 32,0 2,4 14,9 9,2 4,7 10,0 57,0 278,0 16,0 100,0 2,0 21,0Total 83,0 6,8 31,4 12,2 6,7 15,4 77,0 515,0 26,0 130,0 7,0 61,0

    Exportao (%) 61 65 53 25 30 35 26 46 38 23 71 66Observao: medida que aumente a matria seca por hectare, a quantidade de nutrientes nos restos culturais da sojano segue modelo linear. Para converter P em P2O5 dividir por 0,434 e, para converter K em K2O dividir por 0,83.Fonte: Embrapa (2008).

    Deste modo, para produzir 2.500 Kg/ha de soja sem depreciar a fertilidade do solo, serianecessrio repor, por hectare, 130 kg de nitrognio [(absoro x % exportao) x produtividadeesperada], 25 kg de P2O5, 50 kg de K2O, 7,5 kg de clcio, 5 kg de magnsio e 13 kg de enxofre. A

    Tabela 3 traz a quantidade mdia de nutrientes exportada pelas principais culturas para produoe 1 tonelada de gros.

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    fundamental considerar que alm do efeito individual dos nutrientes, as interaes entreeles, principalmente N x P e N x K so de importncia na maior eficincia dos da adubao para

    propiciar a maior disponibilidade para as plantas. Yamada (2002) menciona que ao invs de usar osnutrientes isoladamente, sempre melhor us-los em frmulas N-P ou N-K ou NPK para melhoraproveitamento agronmico e econmico dos nutrientes:

    O nitrognio na forma amoniacal aumenta a eficincia da adubao fosfatada, que por suavez tem efeito positivo no desenvolvimento radicular das plantas.

    O cloreto de potssio aplicado junto uria ou sulfato de amnio mantm por mais tempo oN na forma amoniacal, ampliando o sistema radicular e aumentando a absoro do P dosolo.

    Considera es Finais

    fundamental para o sucesso da adubao que haja balanceamento entre osmacronutrientes e os micronutrientes, pois ambos so essenciais para o bom desenvolvimento dasplantas e dos microrganismos benficos do solo. Aps a discusso dos tpicos abordados, conclui-se que estes nutrientes devem estar no solo desde o incio do desenvolvimento das plantas, pois neste estgio que ocorre a maior taxa de absoro dos mesmos. Alm do exposto, fundamentalpara a promoo do aumento da produo agrcola levar em considerao os princpios bsicos dasboas prticas para o uso eficiente dos fertilizantes visando o planejamento e manuteno dafertilidade do solo.

    REFERNCIAS:

    ALCARDE, J. C.; ... [et al.]. Os adubos e a eficincia das adubaes. 3 ed. So Paulo ANDA, 1998.

    COELHO, A. M. Nutrio e adubao de milho. Circular Tcnica n 78. Sete Lagoas, MG; EMBRAPA,2006.

    MALAVOLTA, E. Manual de qumica agrcola: nutrio de plantas e fertilidade do solo. So Paulo:Agronmica Ceres, 1976.

    NOVAES, F. R.; ... [et al.]. Fertilidade do Solo. Viosa, MG; Sociedade Brasileira de Cincia do Solo, -p. 92 -120, 2007.

    OLIVEIRA, F. A.; ... [et al.]. Fertilidade do solo e nutrio da soja. Circular Tcnica n 50. Londrina,PR; EMBRAPA, 2007.

    PROCHNOW, L. I., CASARIN, V.; STIPP, S. R. Boas Prticas para Uso Eficiente de Fertilizantes:dinmica de nutrientes no sistema solo-planta visando boas prtica para o uso eficiente defertilizantes, captulo 6; Piracicaba, SP: IPNI Brasil, v.1 anais p. 143 200, 2010.

    PROCHNOW, L. I., CASARIN, V.; STIPP, S. R. Boas Prticas para Uso Eficiente de Fertilizantes:

    Micronutrientes, captulo 4; Piracicaba, SP: IPNI Brasil, v.2 anais p. 205 278, 2010.

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