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ÍNDICE I PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS GERAIS ................................................................................................ 5 1. VERIFICAÇÃO DOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DA VIATURA ........................................................... 5 2. DESLOCAMENTO PARA OCORRÊNCIA ..................................................................................................... 7 3. CHEGADA AO LOCAL DA OCORRÊNCIA ................................................................................................... 7 4. PRIORIZAÇÃO DE VÍTIMAS (TRIAGEM) ..................................................................................................... 8 5. CONSTATAÇÃO DE ÓBITO EM LOCAL DE OCORRÊNCIA ........................................................................ 9 6. TRANSPORTE DE VÍTIMAS ........................................................................................................................ 9 7. TRANSFERÊNCIA DA VÍTIMA AO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA HOSPITALAR..........................................10 8. TÉRMINO DO ATENDIMENTO ....................................................................................................................10 II PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS ESPECÍFICOS .....................................................................................11 1. EMPREGO DE UNIDADES DE SUPORTE BÁSICO (SBV)...........................................................................11 2. EMPREGO DE UNIDADES DE SUPORTE AVANÇADO ..............................................................................11 3. VÍTIMA ESTABILIZADA ................................................................................................................................11 4. ORDENS CONTRÁRIAS DE MÉDICOS OU AUTORIDADES NÃO MÉDICAS NÃO PERTENCENTES AO SISTEMA......................................................................................................................................................12 5. SOLICITAÇÃO DE SUPORTE AVANÇADO..................................................................................................12 6. SOLICITAÇÃO DE HELICÓPTERO ..............................................................................................................13 7. TRANSPORTE DE VÍTIMA ANTES DA CHEGADA DO SAV ........................................................................13 8. ASPECTOS LEGAIS DO ATENDIMENTO ....................................................................................................13 9. ATENDIMENTO A VÍTIMA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA ........................................................................15 III AVALIAÇÃO DE VÍTIMAS ..............................................................................................................................15 1. ANÁLISE PRIMÁRIA ....................................................................................................................................15 2. ANÁLISE SECUNDÁRIA ..............................................................................................................................17 3. CLASSIFICAÇÃO NAS ESCALAS ................................................................................................................20 IV OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA .....................................................................................................................21 1. ADULTO CONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO PARCIAL ...............................................................................21 2. ADULTO CONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO TOTAL ...................................................................................21 3. ADULTO QUE TORNOU-SE OU ESTÁ INCONSCIENTE .............................................................................22 4. CRIANÇA CONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO VIA AÉREA (ENTRE 1 E 8 ANOS) .......................................22 5. CRIANÇA INCONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA ...............................................................22 6. TÉCNICA DA BUSCA CEGA (vítimas maiores de 8 anos de idade) ..............................................................23 7. TÉCNICA COMPRESSÃO ABDOMINAL (manobra de “Heimlich”) ................................................................24 8. TÉCNICA DE DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS EM CASO DE MATERIAL LÍQUIDO OU SEMI- LÍQUIDO......................................................................................................................................................24

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ÍNDICE

I – PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS GERAIS ................................................................................................ 5

1. VERIFICAÇÃO DOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DA VIATURA ........................................................... 5

2. DESLOCAMENTO PARA OCORRÊNCIA ..................................................................................................... 7

3. CHEGADA AO LOCAL DA OCORRÊNCIA ................................................................................................... 7

4. PRIORIZAÇÃO DE VÍTIMAS (TRIAGEM) ..................................................................................................... 8

5. CONSTATAÇÃO DE ÓBITO EM LOCAL DE OCORRÊNCIA ........................................................................ 9

6. TRANSPORTE DE VÍTIMAS ........................................................................................................................ 9

7. TRANSFERÊNCIA DA VÍTIMA AO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA HOSPITALAR..........................................10

8. TÉRMINO DO ATENDIMENTO ....................................................................................................................10

II – PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS ESPECÍFICOS .....................................................................................11

1. EMPREGO DE UNIDADES DE SUPORTE BÁSICO (SBV)...........................................................................11

2. EMPREGO DE UNIDADES DE SUPORTE AVANÇADO ..............................................................................11

3. VÍTIMA ESTABILIZADA ................................................................................................................................11

4. ORDENS CONTRÁRIAS DE MÉDICOS OU AUTORIDADES NÃO MÉDICAS NÃO PERTENCENTES AO

SISTEMA......................................................................................................................................................12

5. SOLICITAÇÃO DE SUPORTE AVANÇADO..................................................................................................12

6. SOLICITAÇÃO DE HELICÓPTERO ..............................................................................................................13

7. TRANSPORTE DE VÍTIMA ANTES DA CHEGADA DO SAV ........................................................................13

8. ASPECTOS LEGAIS DO ATENDIMENTO ....................................................................................................13

9. ATENDIMENTO A VÍTIMA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA ........................................................................15

III – AVALIAÇÃO DE VÍTIMAS ..............................................................................................................................15

1. ANÁLISE PRIMÁRIA ....................................................................................................................................15

2. ANÁLISE SECUNDÁRIA ..............................................................................................................................17

3. CLASSIFICAÇÃO NAS ESCALAS ................................................................................................................20

IV – OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA .....................................................................................................................21

1. ADULTO CONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO PARCIAL ...............................................................................21

2. ADULTO CONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO TOTAL ...................................................................................21

3. ADULTO QUE TORNOU-SE OU ESTÁ INCONSCIENTE .............................................................................22

4. CRIANÇA CONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO VIA AÉREA (ENTRE 1 E 8 ANOS) .......................................22

5. CRIANÇA INCONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA ...............................................................22

6. TÉCNICA DA BUSCA CEGA (vítimas maiores de 8 anos de idade) ..............................................................23

7. TÉCNICA COMPRESSÃO ABDOMINAL (manobra de “Heimlich”) ................................................................24

8. TÉCNICA DE DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS EM CASO DE MATERIAL LÍQUIDO OU SEMI-

LÍQUIDO......................................................................................................................................................24

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V – OXIGENOTERAPIA ....................................................................................................................................... 25

1. OXIGENOTERAPIA EM ADULTOS .............................................................................................................. 25

2. OXIGENOTERAPIA EM CRIANÇA E BEBÊ ................................................................................................. 26

VI – REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR ............................................................................................................ 26

1. PARADA RESPIRATÓRIA ............................................................................................................................ 26

2. VENTILAÇÃO BOCA-BOCA EM ADULTOS E CRIANÇAS E BEBÊ .............................................................. 27

3. VENTILAÇÃO BOCA-MÁSCARA.................................................................................................................. 28

4. VENTILAÇÃO COM RESSUSCITADOR MANUAL (TIPO AMBU) ................................................................. 28

5. VENTILAÇÃO COM RESSUSCITADOR PRESSÃO POSITIVA .................................................................... 29

6. EMPREGO DA CÂNULA DE GUEDEL ......................................................................................................... 29

7. COMPRESSÃO TORÁCICA ......................................................................................................................... 30

8. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR EM ADULTO ...................................................................................... 32

9. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR EM CRIANÇA E BEBÊ ....................................................................... 33

VII – CHOQUE HEMODINÂMICO ......................................................................................................................... 33

1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS ........................................................................................................... 33

2. CONDUTA NO CHOQUE HEMODINÂMICO ................................................................................................ 34

VIII – HEMORRAGIAS .......................................................................................................................................... 34

1. HEMORRAGIAS EXTERNAS ....................................................................................................................... 34

2. APLICAÇÃO DO TORNIQUETE ................................................................................................................... 35

3. HEMORRAGIA INTERNA ............................................................................................................................. 35

IX – FERIMENTOS ............................................................................................................................................... 36

1. FERIMENTOS EM TECIDOS MOLES .......................................................................................................... 36

2. FERIMENTOS NA CABEÇA E FACE ........................................................................................................... 36

3. FERIMENTOS NO OLHO ............................................................................................................................. 37

4. FERIMENTOS NO NARIZ ............................................................................................................................ 37

5. FERIMENTOS NO PESCOÇO ..................................................................................................................... 38

6. AMPUTAÇÃO E/OU AVULSÃO .................................................................................................................... 38

7. FERIMENTOS PENETRANTES NO TÓRAX ................................................................................................ 38

8. EVISCERAÇÃO ............................................................................................................................................ 39

X – TRAUMAS...................................................................................................................................................... 39

1. TRAUMA CRANIANO ................................................................................................................................... 39

2. TRAUMA DE COLUNA ................................................................................................................................. 40

3. TRAUMA TORÁCICO ................................................................................................................................... 41

4. TRAUMA ABDOMINAL ................................................................................................................................. 42

5. TRAUMA EM GESTANTE ............................................................................................................................ 42

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XI – LESÕES MÚSCULO ESQUELÉTICAS ..........................................................................................................43

1. AVALIAÇÃO RECONHECIMENTO E CONDUTA DE LESÃO MÚSCULO ESQUELÉTICA ...........................43

2. ALINHAMENTO DE FRATURAS ..................................................................................................................44

3. LESÕES ORTOPÉDICAS NOS MEMBROS SUPERIORES ..........................................................................44

4. LESÕES ORTOPÉDICAS NOS MEMBROS INFERIORES ...........................................................................46

XII – IMOBILIZAÇÕES ..........................................................................................................................................48

1. APLICAÇÃO DO COLAR CERVICAL............................................................................................................48

2. RETIRADA DO CAPACETE .........................................................................................................................50

3. COLOCAÇÃO DE PRANCHA CURTA ..........................................................................................................51

4. COLOCAÇÃO DO COLETE IMOBILIZADOR K.E.D. .....................................................................................52

5. PASSAGEM DA PRANCHA CURTA OU K.E.D. PARA PRANCHA LONGA ..................................................53

6. COLOCAÇÃO DE VITIMA EM PRANCHA LONGA .......................................................................................54

7. APLICAÇÃO DE TALA RÍGIDA .....................................................................................................................56

8. APLICAÇÃO DE TALA ARMADA MOLDÁVEL ..............................................................................................56

9. APLICAÇÃO DE TALA INFLÁVEL ................................................................................................................56

10. APLICAÇÃO DE TALA DE TRAÇÃO DE FÊMUR .......................................................................................57

11. RETIRADA E MOVIMENTAÇÃO DE VITIMAS DE TRAUMA.......................................................................58

XIII – EMERGÊNCIAS CLÍNICAS .........................................................................................................................60

1. ALTERAÇÕES DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA .............................................................................................60

2. CRISE CONVULSIVA ...................................................................................................................................61

3. EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS ..............................................................................................................62

4. DOR TORÁCICA SÚBITA (SUSPEITA DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO OU ANGINA) .....................62

5. DOR ABDOMINAL ........................................................................................................................................63

6. REAÇÃO ANAFILÁTICA ...............................................................................................................................64

7. INTOXICAÇÃO (ENVENENAMENTO OU USO EXCESSIVO DE DROGAS) ................................................64

XIV – DISTÚRBIOS DE COMPORTAMENTO .......................................................................................................65

1. ATENDIMENTO INICIAL ..............................................................................................................................65

2. DEPRESSÃO E TENTATIVA DE SUICÍDIO ..................................................................................................66

XV – PARTO DE URGÊNCIA ...............................................................................................................................67

1. TRABALHO DE PARTO ...............................................................................................................................67

2. PARTO IMINENTE .......................................................................................................................................67

XVI – EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS ..................................................................................................................69

1. CARACTERÍSTICAS ORGÂNICAS PEDIÁTRICAS ......................................................................................69

2. ESCALA DE COMA DE GLASGOW PARA CRIANÇAS ................................................................................70

3. DESIDRATAÇÃO .........................................................................................................................................70

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XVII – ACIDENTES ESPECÍFICOS ...................................................................................................................... 71

1. LESÕES ORIGINADAS PELO FRIO............................................................................................................. 71

2. LESÕES ORIGINADAS PELO CALOR ......................................................................................................... 72

3. ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS ............................................................................................. 73

4. CHOQUE ELÉTRICO ................................................................................................................................... 73

5. QUEIMADURA ............................................................................................................................................. 74

6. AFOGAMENTO ............................................................................................................................................ 76

7. CONDUTA COM AFOGADO ........................................................................................................................ 77

XVIII – BIOSSEGURANÇA ................................................................................................................................... 77

1. CUIDADOS AO ABORDAR A VÍTIMA .......................................................................................................... 77

2. LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA VIATURA ................................................................................................... 78

3. DESCONTAMINAÇÃO DO MATERIAL ......................................................................................................... 78

GLOSSÁRIO ........................................................................................................................................................ 79

ABREVIATURAS .................................................................................................................................................. 83

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I – PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS GERAIS

1. VERIFICAÇÃO DOS MATERIAIS E

EQUIPAMENTOS DA VIATURA:

1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Ao assumir o serviço, o integrante da equipe de

Resgate deverá checar com atenção todos os

equipamentos e materiais da viatura.

Todas as verificações deverão ser executadas

passo a passo, procurando atender os seguintes

princípios:

- o melhor e mais eficiente atendimento possível às

vítimas;

- o asseio e prevenção de contaminação da equipe

e infecção das vítimas, ou seja a devida utilização

dos EPI (equipamentos de proteçao individual);

- a segurança da equipe, das vítimas e de outras

pessoas.

- o conhecimento de todo material disposto na

viatura e a disposição para uso da equipe.

2. Compete ao motorista da Unidade de Resgate:

Antes do deslocamento verificar:

- nível do óleo do motor e Km da troca

- nível e estado da água do radiador

- fluido de freio

- tensão da correia do motor

- estado geral da bateria

- possíveis vazamentos

- presença de fumaça anormal no sistema de

escapamento

- fixação e estado do escapamento

- ruídos anormais

- eventuais peças soltas em geral

- fixação e estado dos pára-choques

- funcionamento dos limpadores de pára-brisa

- sistemas elétricos, luminosos e sonoros.

- calibragem e estado de conservação dos pneus e

estepe

- existência de triângulo de sinalização, macaco e

chave de rodas

- arranhões e amassados na cabine e carroceria

- limpeza geral externa da viatura

- nível do combustível

- marcador de temperatura do motor

- ajuste do banco e cinto de segurança

- ajuste dos espelhos retrovisores

- ficha de combustível e Registro Individual de

Viatura (RIV)

- estado, carga e fixação do extintor de incêndio

- guia da cidade

- relatórios de trabalho

- lanterna portátil

Durante o deslocamento de check up verificar:

- ruídos anormais

- eventuais peças soltas em geral

- freios

- funcionamento do rádio operacional e dos HT

(Hand talk)

3. Compete aos integrantes da Unidade de Resgate:

Inspecionar os seguintes equipamentos da viatura:

- maca de rodas

- maca tipo padiola

- prancha longa com três tirantes

- pressão do cilindro fixo de oxigênio

- pressão do cilindro portátil de oxigênio

- vazamentos nos sistemas de oxigênio

- sistema de aspiração de secreções

Verificar as quantidades mínimas dos seguintes

materiais e equipamentos:

- 01 colete imobilizador (KED)

- 01 prancha curta

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- 01 imobilizador pediátrico

- 02 colares cervicais grandes

- 02 colares cervicais médios

- 02 colares cervicais pequenos

- 01 conjunto de talas infláveis

- 03 jogos de talas aramadas moldáveis (peq,

média, grande).

- 01 jogo de talas rígidas

- 01 tala de tração de fêmur adulto

- 01 tala de tração de fêmur infantil

- 01 jogo de talas à vácuo

- 01 equipamento de oxigênio portátil

- 01 ressuscitador manual adulto (Ambu) c/

máscara

- 01 ressuscitador manual pediátrico (Ambu) c/

máscara

- 02 cânulas de Guedel adulto (nº 3 e 4)

- 02 cânulas de Guedel infantil (nº 1 e 2)

- 02 máscaras com extensão para oxigenação

adulto.

- 02 máscaras com extensão para oxigenação

infantil

- 02 cateteres nasais para oxigênio nº 04

- 02 cateteres nasais para oxigênio nº 08

- 03 sondas de aspiração traqueal nº 08

- 03 sondas de aspiração traqueal nº 08

- 03 sondas de aspiração traqueal nº 10

- 03 sondas de aspiração traqueal nº 14

- 03 sondas de aspiração traqueal nº 16

- 01 esfigmomanômetro adulto

- 01 esfigmomanômetro pediátrico

- 01 estetoscópio

- 01 tesoura para cortar vestes

- 03 óculos de proteção

- 15 máscaras faciais descartáveis

- 01 Kit de procedimentos básicos (Sacola de

Primeiros Socorros)

- 01 lanterna de pupilas

- 01 caixa de luvas de procedimentos

- 10 frascos de soro fisiológico 0,9% 250 ml

- 01 frasco de álcool a 70%

- 01 frasco de água oxigenada

- 01 rolo de fita crepe

- 02 rolos de esparadrapo

- 20 rolos de ataduras de crepe de 15 cm

- 10 bandagens triangulares

- 06 compressas de gaze algodoadas estéreis

(Zobec)

- 01 pacote de gaze não estéril com 500 unidades

- 10 plásticos para evisceração e queimaduras

- 02 Kit para parto

- 10 lençóis descartáveis

- 01 cobertor (tecido)

- 03 mantas aluminizadas

- 03 pares de luvas de borracha para uso geral

- 01 frasco de sabão líquido

- 01 frasco de hipoclorito de sódio a 1%

- 01 frasco de organoclorado em pó (Clorocid)

- 01 frasco de desinfetante

- 01 frasco de vaselina líquida

- 01 rolo de papel toalha

- 02 panos de limpeza

- 01 rodo

- 01 vassoura

- 01 balde 10 l

- 05 sacos de lixo hospitalar

- 01 recipiente para lixo

Verificar e testar os seguintes equipamentos para

salvamento:

- 01 cone de sinalização

- 01 rolo de fita de isolamento

- 01 triângulo de sinalização

- 01 conjunto para salvamento em altura completo

incluindo cabo de 50 m

- 02 pás de escota

- 01 cortador/alargador hidráulico com motor

- 01 caixa de ferramentas

- 01 jogo de chave fixa

- 01 jogo de chave yale

- 01 jogo de chave de fenda

- 01 jogo de chave Philips

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- 01 jogo de chave para elevadores

- 01 alicate isolado

- 01 alicate de corte

- 01 alicate de pressão

- 01 chave inglesa

- 01 grifo

- 01 tesoura de chapa

- 01 serra

- 01 estilete

- 01 machadinha de bombeiro

- 01 marreta

- 01 ponteira

- 01 croque articulado

- 02 pares de luvas de alta tensão

- 01 bóia tipo salsichão

- 02 conjuntos de proteção respiratória autônoma

completo

- 03 pares de luvas de raspa

- 03 coletes refletivos

ADVERTÊNCIAS

Toda a equipe é o responsável pela rigorosa

verificação das condições dos materiais e

equipamentos que serão empregados no serviço

operacional, como também pelo zelo com o

material durante sua utilização na ocorrência.

2. DESLOCAMENTO PARA OCORRÊNCIA:

2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Determinar a mais rápida e segura rota para o

trajeto.

2. Conhecer rotas alternativas.

3. Revisar, mentalmente, todos os procedimentos

iniciais comuns a todas as ocorrências e os materiais

necessários para a realização dos mesmos.

4. Preparar-se especificamente para a natureza da

ocorrência em questão, por exemplo, no caso de

parto de urgência, relembrar todo o procedimento e

ao descer da viatura já levar consigo o kit para parto.

5. Revisar as funções de cada membro da equipe, que

devem estar bem definidas, isto é, quem acessa

diretamente à vítima, quem verifica os riscos no

local do acidente e quem sinaliza o local e transmitir

as informações para a Central de Operações.

6. Paramentar-se adequadamente, calçando luvas e

utilizando outros recursos disponíveis de proteção

individual.

ADVERTÊNCIAS

Atenção especial aos cruzamentos, e com os

pedestres.

Atenção com a velociade utilizada para se

chegar a ocorrência. Lembrar que, melhor que

tentar chegar a ocorrência com rapidez é chegar e

de forma segura.

O transporte deve ser realizado com

rapidez, eficiência e segurança.

3. CHEGADA AO LOCAL DA OCORRÊNCIA e

CINEMATICA DO TRAUMA:

É o estudo da cena no local que busca avaliar

a cena buscando fatores que caracterize aquela

situação para, então, a partir daí, se exerçam

procedimentos que determinarão a vida e a qualidade

de vida das pessoas envolvidas em uma adversidade.

Com o exame da cena é possível se

determinar dois pontos distintos:

1- a segurança da cena (neste momento busca-se

inicialmente a segurança da equipe e logo

imediatamente a da vitima);

2- os mecanismos de injuria (serão fundamentais para

indicar as possíveis lesões que a vitima pode ter

sofrido). Uma vez observado os mecanismos pode-se

então deduzir um pré-diagnostico da vitima (este, tem

sua importância pela possibilidade de triar as vitimas

mais graves no local da ocorrência, viabilizando assim

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maiores atenções para as vitimas que aparentemente

estão mais graves).

3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Informar a Central de Operações sobre a chegada.

2. Posicionar corretamente a viatura, de modo a:

- proteger a equipe de trabalho.

- auxiliar na sinalização do local, mantendo todas

as luzes e dispositivos luminosos de alerta da

viatura ligados.

- garantir uma rápida saída do local para o

transporte.

- obstruir o mínimo possível o fluxo do trânsito,

sem comprometer a segurança da equipe.

3. Fazer uma verificação inicial rápida do local,

observando:

- presença de algum perigo iminente, afastando-o

ou minimizando-o.

- número de vítimas.

- confirmar a natureza da ocorrência.

- confirmar se o apoio de unidades adicionais ou

outros serviços de emergências são necessários.

4. Fazer um relato prévio a Central de Operações.

5. Sinalizar o local, posicionando adequadamente

cones, pisca-alerta e outros recursos visuais.

6. O Socorrista deverá adotar a seguinte postura no

contato com a vítima:

- apresentação pessoal adequada.

- identificar-se como socorrista.

- controlar o vocabulário e hábitos.

- inspirar confiança e segurança nas atitudes.

- resguardar a intimidade da vítima.

- evitar comentários desnecessários sobre a

gravidade das lesões.

- não admitir de qualquer forma de discriminação

ou segregação no atendimento de uma vítima.

- permitir a presença de um acompanhante da

vítima, desde que não prejudique o atendimento.

- informar a vitima todos os procedimentos

adotados durante o seu atendimento,

buscando tranqüiliza-la adquirindo assim sua

atenção, confiança e auxilio durante o

atendimento como também compreensão

quanto a situação em que ela se encontra.

7. Efetuar avaliação da vítima:

- análise primária.

- análise secundária.

8. Considerar a necessidade de S.A.V. no local e

solicitar a Central de Operações se necessário.

9. Estabilizar a vítima, procedendo às condutas

específicas de forma rápida e efetiva.

10. Transmitir os dados para a Central de Operações:

- informar sexo e idade aproximada.

- resultado da análise primária/secundária,

fornecendo obrigatoriamente pressão arterial,

freqüência cardíaca e respiratória, Escala de

Coma de Glasgow e as lesões encontradas

sempre no sentido da cabeça aos pés.

- informar se a vítima encontra-se estabilizada em

condições de transporte.

- solicitar a Central de Operações qual o Pronto-

Socorro que deverá encaminhar a vítima.

ADVERTÊNCIAS

Em casos de várias vítimas iniciar o método de

triagem de acordo com o protocolo local,

informando a central a necessidade de outras

viaturas para socorrer cada uma delas.

Caso o método de triagem adotado seja o

START, inicia-lo fazendo triagem das vitimas

marcando-as para facilitar o atendimento das

unidades de apoio.

4. PRIORIZAÇÃO DE VÍTIMAS (TRIAGEM):

4.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Nas ocorrências em que o número de vítimas supere

a capacidade de atendimento das guarnições

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presentes no local, deverá ser estabelecida uma

priorização das vítimas.

Os socorristas identificarão aquelas que

apresentam risco imediato de morte e

determinarão quais as que primeiro receberão as

medidas de suporte básico de vida ou

estabilização, estabelecendo um critério de

prioridades.

2. Para o estabelecimento das prioridades deverá ser

aplicado o método START – (Simples Triagem e

Rápido Tratamento) baseado na:

a) freqüência respiratória;

b) perfusão capilar;

c) nível de consciência (capacidade de

cumprimento de ordens simples).

As vítimas receberão a seguinte classificação e

serão encaminhadas para lonas de acordo com a sua

identificação:

1) prioridade máxima - CÓDIGO VERMELHO

2) prioridade secundária - CÓDIGO AMARELO

3) prioridade baixa - CÓDIGO VERDE

4) morte - CÓDIGO PRETO

3. Para aplicação do método START o socorrista

deverá:

a) Uma vez constatada a indicação do método,

identificar e encaminhar as vítimas que podem

caminhar até uma área de concentração

previamente determinada.

b) Iniciar a avaliação das vítimas pela respiração.

Verificar se a respiração está normal, rápida ou

ausente. Se estiver ausente abrir as vias aéreas

da vítima e verificar se inicia respiração

espontânea. Se a respiração continuar ausente,

considerar como código preto. Não será

possível nestas circunstâncias iniciar a RCP. Se

a vítima necessita de ajuda para manter as vias

aéreas abertas ou tem uma freqüência

respiratória superior a 30 rpm, considerá-la

código vermelho. Se a respiração é normal

(menos de 30 rpm) seguir para o próximo

passo.

c) Verificar a perfusão capilar. Se a perfusão

capilar for superior a 2 segundos ou se o pulso

radial estiver ausente, considerar a vítima como

código vermelho. Se o pulso radial estiver

presente e a perfusão capilar for inferior a 2

segundos, seguir para o próximo passo. Neste

momento deverão ser tomadas as medidas

para controle de grandes hemorragias e

prevenção de estado de choque se for o caso.

d) Verificar o nível de consciência. Se a vítima não

demonstrar ser capaz de cumprir ordens

simples, solicitar que execute pequenas tarefas.

Se não conseguir realizar tarefas simples

considerá-la como código vermelho. Se a

vítima puder cumprir ordens simples considere-

a código amarelo ou verde, dependendo de

seu estado geral.

e) As vítimas deverão ser encaminhadas para

locais separados previamente, determinados de

acordo com seu respectivo estado geral.

f) Após a chegada de reforço, assim que houver

condições, as vítimas deverão ser reavaliadas.

g) A escolha dos locais de atendimento

definitivo será indicado de acordo com o

protocolo de acidentes de múltiplas vitimas

de cada região vigente.

ADVERTÊNCIAS

Somente aplicar o método START de triagem

quando houver múltiplas vítimas e quando o

número de vítimas for superior a capacidade de

atendimento da guarnição.

5. CONSTATAÇÃO DE ÓBITO EM LOCAL DE

OCORRÊNCIA:

5.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Em princípio o socorrista não deve considerar a

vítima com ausência de pulso e respiração (morte

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clínica) como definitivamente morta (morte

cerebral), salvo quando da necessidade exclusiva,

intepestiva e extraordinária de um acidente com

múltiplas vitimas e insuficiência de unidades de

atendimento.

2. Ao constatar a morte clínica da vítima o socorrista

deverá imediatamente iniciar as manobras de

reanimação cardiopulmonar quando isto não

implicar falta de atendimento para outras vitimas.

3. O socorrista somente deixará de aplicar as

manobras de reanimação nos casos de:

- quando isto não implicar em falta de

atendimento para outras vitimas que são

inicialmente viáveis;

- lesões que evidenciem a impossibilidade de

manobras de RCP como, decapitação,

calcinação, seccionamento do tronco;

- presença de sinais tardios de morte como rigidez

cadavérica, manchas hipostáticas, putrefação, etc.

4. Uma vez iniciadas as manobras de RCP o

socorrista só poderá interrompê-las se:

- a vítima retornar espontaneamente os movimentos

cardiorrespiratórios;

- a equipe de S.A.V. assumir o caso;

- a vítima for entregue aos cuidados médicos em

um hospital;

5. 6. Se a vítima definitivamente morta tiver que ser

movimentada pela equipe de Resgate, além das

precauções legais o socorrista deverá removê-la

para local seguro e providenciar para que ela não

fique exposta, cobrindo-a com lençol descartável.

6. O respeito ao cadáver é dever de todo socorrista.

ADVERTÊNCIAS

Constatado o óbito no interior da viatura de

Resgate, o socorrista jamais poderá colocar a

vítima novamente no chão sob o pretexto de

morte irreversível. Isto será um procedimento

extremamente contrário a este manual.

Nunca perder tempo tentando reanimar uma

vitima possivelmente inviável enquanto outras

viáveis ficam aguardando sem atendimento. O

método START visa salvar o maior numero de

vidas possíveis mesmo que isto indique a perda

de algunas.

A viabilidade de uma vitima é determinado

pela seqüência do atendimento já descrita a cima

e ilustrada pelo algoritmo abaixo.

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ALGORITMO DE ATENDIMENTO EM ACIDENTES

DE MULTIPLAS VITIMAS

TRIAGEM EM ACIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS

START - Simple Triage And Rapid Treatment

(Algoritmo a cima)

6. TRANSPORTE DE VÍTIMAS:

6.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Estabilizar a vítima antes de iniciar o transporte.

2. Fixar a vítima à prancha longa através dos três

tirantes.

3. Fixar a cabeça da vítima para impedir

movimentação lateral.

4. Prender a prancha longa á maca de rodas e fixá-la

na viatura.

5. Manter observação contínua da vítima, incluindo

sinais vitais, nível de consciência e, qualquer

alteração no quadro, comunicar a Central de

Operações.

6. Estar preparado para a ocorrência de vômitos.

7. Manter a vítima aquecida.

8. Transportar com velocidade moderada (rapidez),

eficiência e com segurança, escolhendo o melhor

trajeto até o hospital.

9. Informar à Central de Operações ao chegar ao

serviço de emergência.

ADVERTÊNCIAS

Cuidado para não agravar o estado da vítima

durante o transporte.

Atentar-se que cada vitima requer cuidados

diferenciados e especiais devendo o socorrista

determinar, frente a central de regulação, a melhor

forma de transporte para cada tipo de vitima.

Atentar-se para a alta velocidade e para a

sirene ligada, em determinados momentos podem

ser mais prejudiciais que favoráveis para a vitima.

7. TRANSFERÊNCIA DA VÍTIMA AO SERVIÇO

DE EMERGÊNCIA HOSPITALAR:

7.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Fornecer a equipe do serviço de emergência

hospitalar, informações pertinentes à ocorrência e

ao atendimento prestado que possam interferir na

continuidade do tratamento desta vítima:

- natureza da ocorrência.

- dados do local da ocorrência.

- resultados da análise primária e secundária.

- procedimentos efetuados.

- tempo aproximado decorrido desde o chamado.

ADVERTÊNCIAS

Comunicar por escrito qualquer problema

durante o atendimento ao seu superior

hierárquico.

8. TÉRMINO DO ATENDIMENTO:

8.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Realizar a limpeza e desinfecção dos materiais e

da viatura.

2. Informar à Central de Operações a saída da

viatura de serviço de emergência e a chegada a

base.

3. Repor o material utilizado.

4. Preencher o relatório com os dados obtidos no

local da ocorrência, durante o transporte e no

hospital.

5. Avaliar e comentar o atendimento com os

membros de sua equipe.

6. Quando possível, pegar assinatura do responsável

pela vitima ou de quem a recebeu no hospital,

informando-o sobre o estado geral em que a vitima

se encontra.

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ADVERTÊNCIAS

Comunicar por escrito qualquer problema

durante o atendimento ao seu superior

hierárquico.

II – PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS ESPECÍFICOS

1. EMPREGO DE UNIDADES DE SUPORTE

BÁSICO (SBV):

1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. EMPREGO DE UNIDADE DE SUPORTE BÁSICO:

- Em todos os casos onde a equipe de SUPORTE

BÁSICO DE VIDA (SBV) está presente e não há

ninguém da equipe de SUPORTE AVANÇADO

DE VIDA (SAV), o SBV é responsável pela

completa assistência à vítima.

- Se for necessário, a equipe de SBV terá a

orientação do médico controlador da Central de

Operações.

- O SBV determinará:

- natureza da emergência.

- níveis de cuidados necessários para cada

vítima.

- tipo de cuidado necessário de acordo com o

procedimento específico.

- procedimentos realizados de forma rápida e

efetiva.

- transporte seguro, rápido e eficiente.

2. TRANSPORTE INTER-HOSPITALAR POR

UNIDADES DE SBV:

A transferência de pacientes entre serviços de

saúde, através de unidades de S.B.V., não é

indicada e só poderá ser realizada desde que

autorizada pelo médico controlador em conjunto

com o chefe de operações em situação excepcional

e justificada.

ADVERTÊNCIAS

Aguardar determinação da Central de

Operações sobre o destino das vítimas.

No caso de isolamento completo, ou seja,

impossibilidade total de comunicação com a

Central de Operações (rádio e telefone), tanto a

unidade de suporte básico quanto a de avançado,

devem conduzir a vítima ao hospital da região

mais adequado ao caso.

2. EMPREGO DE UNIDADES DE SUPORTE

AVANÇADO:

2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Cabe à equipe de SAV o controle das ações de

saúde no local, que compreendem:

- triagem de vítimas;

- assistência pré-hospitalar às vítimas;

- mobilização de vítimas;

- transporte de vítimas;

- determinação da unidade hospitalar de destino,

quando não houver orientação do médico

controlador na Central de Operações.

- coordenar as ações da unidade de suporte

básico.

ADVERTÊNCIAS

3. VÍTIMA ESTABILIZADA:

3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Considerar vítima estabilizada pelo SBV quando os

problemas apresentados por ela foram atendidos

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de acordo com o padronizado por este manual.

Sendo que a vítima deverá estar devidamente

imobilizada e posicionada na viatura.

2. Quando houver impossibilidade da realização de

alguma manobra de SBV comunicar a Central de

Operações informando o motivo e aguardar

orientação da mesma.

3. Se for necessário apoio para estabilização da

vítima, solicitar o SAV de acordo com o protocolo

utilizado pela instituição.

4. Não havendo necessidade que o SAV transporte a

vítima para o serviço de emergência hospitalar, o

SBV efetuará o transporte conforme orientação do

SAV.

ADVERTÊNCIAS

O transporte de uma vítima não estabilizada

devidamente pode trazer sérios prejuízos a ela.

4. ORDENS CONTRÁRIAS DE MÉDICOS OU

AUTORIDADES NÃO MÉDICAS NÃO

PERTENCENTES AO SISTEMA:

4.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

4.1.1. PARTICIPAÇÃO DE MÉDICO NÃO

PERTENCENTE AO SISTEMA:

- A intervenção de médico não pertencente ao

sistema Resgate será classificada como

“intervenção médica solicitada”.

- A presença de um médico no local deve ser

comunicada à Central de Operações.

- Acatar suas orientações referentes à assistência e

imobilização da vítima, desde que não contrariem

os procedimentos operacionais padronizados pela

instituição.

- O nome completo, número de inscrição no CRM

e endereço do médico devem ser anotados.

- Se houver situação de conflito o médico

controlador deverá ser comunicado para

resolução.

- Caso não consiga em tempo hábil contato com a

central de regulação, a unidade de suporte

básico se submeterá as orientações do medico,

caso este se responsabilize pelas ações ali

realizadas, e este ateste, para fins de

autenticidade, todos os procedimentos por ele

realizados ou solicitados, desde que estes não

sejam contrários ao protocolo da instituição

vigente.

4.1.2. ORDEM CONTRÁRIA DE AUTORIDADE NÃO

MÉDICA NÃO PERTENCENTE AO SISTEMA:

- Se a equipe de SBV receber ordens de

autoridade não médica, hierarquicamente

superior, que contrariem os procedimentos

operacionais padrão, a equipe deve informá-lo do

fato.

- Se houver persistência na ordem incorreta,

comunicar o médico controlador e o oficial de

operações na Central de Operações, solicitando

orientação.

- Se houver algum prejuízo à vítima decorrente de

tal ordem, o fato deve ser comunicado por escrito

ao respectivo comandante, e os fatos deverão

ser devidamente apurados.

ADVERTÊNCIAS

Todo procedimento realizado ou ordenado

por autoridade hierárquica não pertencente ao

sistema deverá ser prescrito, assinado e carimbado

pelo medico que realizou ou ordenou que se fizesse,

para respaldo dos profissionais.

5. SOLICITAÇÃO DE SUPORTE AVANÇADO:

5.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

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- O SBV deverá:

- solicitar apoio de SAV nos casos listados abaixo:

- parada respiratória ou desconforto respiratório

grave;

- parada cardíaca;

- vítima em choque hemodinâmico;

- politraumatizados graves (Escala de Coma de

Glasgow menor ou igual a 8), cuja estabilização

e/ou transporte é demorado (maior do que dez

minutos);

- politraumatizados presos nas ferragens ou local

onde o acesso à vítima é difícil e demorado;

- ocorrência envolvendo grande número de vítimas

(mais do que três);

- suspeita de infarto agudo do miocárdio;

- vítimas com membros presos em máquinas ou

escombros;

- amputação traumática de membros próxima ao

tronco;

- vítimas com objetos transfixados em regiões do

corpo;

- quando houver dificuldade técnica de realizar

qualquer procedimento descrito neste manual;

- tentativa de suicídio.

ADVERTÊNCIAS

Casos não listados, o SAV pode ser acionado.

Cabe ao médico controlador decidir se o SAV

será ou não enviado ao local, quando solicitado

pelo SBV.

Cabe ao médico controlador decidir se o SBV

deve ou não aguardar o SAV antes de transportar

a vítima, observando o tempo máximo de

permanência no local após estabilização da vítima

(total aproximado dez minutos).

O SAV poderá ser acionado sem a solicitação

do SBV por determinação médica ou pelo Chefe

de Operações.

6. SOLICITAÇÃO DE HELICÓPTERO:

6.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Segue a orientação geral anterior, devendo ser

solicitado especificamente nos seguintes casos:

- acesso por viatura terrestre dificultado e

demorado, por ausência de via trafegável, grande

congestionamento, inundações e etc.;

- impedimento das viaturas terrestres;

- grandes distâncias para as viaturas terrestres,

com demora mínima prevista maior que vinte

minutos para chegar ao local;

- recurso hospitalar necessário, localizado a

grande distância, ou com acesso dificultado.

2. REQUISITOS PARA ACIONAMENTO DA AERONAVE

- luz do dia (do nascer ao pôr do sol);

- local amplo, aproximadamente a metragem de

uma quadra de futebol;

- local plano, sem qualquer obstáculo como

veículos, pessoas, postes, fios elétricos;

- Tanto na hora do pouso quanto da decolagem, a

guarnição do SBV deverá providenciar um

isolamento para evitar a aproximação de pessoas

da aeronave.

- A vítima só será transportada até a aeronave

após avaliação feita pelo SAV no local.

ADVERTÊNCIAS

Caso haja dúvida se há local para pouso

apropriado, deve-se solicitar a aeronave, e o

comandante, durante o sobrevôo do local, avaliará

as condições de pouso e orientará os

procedimentos necessários por rádio.

Aproximar-se da aeronave pela frente, após

autorização da tripulação.

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7. TRANSPORTE DE VÍTIMA ANTES DA

CHEGADA DO SAV:

7.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

- Vítima deve ter sido atendida por completo e

estabilizada no interior viatura.

- Comunicar o médico controlador que determinará

a conduta de aguardar o SAV, ou não, no local

ou o S.B.V. ir ao encontro do SAV.

- Encaminhar a vítima ao hospital de destino

determinado pelo médico controlador.

ADVERTÊNCIAS

No caso de isolamento completo, ou seja,

impossibilidade total de comunicação com a

Central de Operações (rádio e telefone), tanto a

unidade de SBV quanto a de SAV, devem conduzir

a vítima ao hospital da região mais adequado ao

caso.

8. ASPECTOS LEGAIS DO ATENDIMENTO:

8.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

Todo acidente pode gerar um local de crime, razão

pela qual é dever de todo policial militar preservá-lo

para a devida apuração, pela autoridade policial

(delegado de polícia) de responsabilidade penal. Para

efeito de exame do local de crime, não deverá ser

alterado o estado das coisas, a não ser que seja

absolutamente necessário.

Dentre as causas que justificam a alteração do

local estão:

- necessidade de socorro imediato às vítimas;

- risco de vida para a(s) vítima(s);

- risco de vida para os socorristas;

- risco de vida para outras pessoas ou risco de

novos acidentes;

- impossibilidade física de acesso à(s) vítima(s);

- impossibilidade de outra forma de salvamento.

Em acidentes de trânsito com vítima(s), que

geralmente são crimes culposos, o socorrista deve

atuar de maneira que haja o mínimo de prejuízo para

o local. Nestes casos, cabe ao Corpo de Bombeiros o

atendimento à(s) vítima(s) e a segurança do local,

antes de passá-lo para o policiamento ostensivo.

Após o atendimento à(s) vítima(s), quando o local

estiver em perfeitas condições de segurança, o

policial militar de maior graduação presente ou Corpo

de Bombeiros é responsável por passar a ocorrência

para o policiamento no local.

Crimes dolosos como homicídio ou lesões

corporais provocadas por agressões, o socorrista

deverá inicialmente preocupar-se com segurança da

equipe e posteriormente com o atendimento à vítima

e, em seguida, tomar as devidas providências policiais

cabíveis. Se a vítima for autora do crime, deverá ser

detida e apresentada ao policiamento ostensivo para

as demais providências.

Em situações especiais como:

Crimes de abuso sexual - devem ser tomadas as

medidas necessárias para evitar constrangimento à

vítima, respeitando sua privacidade e seu estado

emocional.

Violência contra crianças - o socorrista deverá

priorizar o atendimento à vítima, e se houver

identificação do responsável pela violência, tomar

as medidas policiais cabíveis, evitando

envolvimento emocional que essas situações

acarretam.

De qualquer maneira, em casos como esses, o

socorrista deve evitar que o sentimento natural de

justiça ou revolta prejudiquem o atendimento às

vítimas, mesmo nos casos em que elas sejam

também os próprios criminosos.

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Além das leis, regulamentos e normas próprias do

serviço, todo policial militar deverá conhecer detalhes

específicos da seguinte legislação:

- DECRETO-LEI Nº 2848 de 07Dez40 - Código

Penal;

- DECRETO-LEI Nº 3688 de 03Out41 - Lei das

Contravenções Penais;

- DECRETO-LEI Nº 3689 de 03Out41 - Código de

Processo Penal;

- LEI Nº 4898 de 09Dez65 - Lei de abuso de

autoridade

- LEI Nº 5970 de 11Dez73 - Alteração de local de

crime nos acidentes de trânsito;

- LEI Nº 6368 de 21Out76 - Lei de entorpecentes;

- LEI Nº 8069 de 03Jul90 - Estatuto da criança e

do adolescente;

- LEI Nº 9099 de 26Set95 - Juizado especial

criminal;

ADVERTÊNCIAS

É dever de todo policial militar conhecer a

legislação penal vigente, bem como as normas

processuais e administrativas referentes à prática

de crimes e suas implicações policiais.

Lembrar que, o excesso no exercício das

funções legais, é punível criminalmente.

9. ATENDIMENTO A VÍTIMA PORTADORA DE

DEFICIÊNCIA:

9.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

9.1.1. VÍTIMA COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA:

- devem ser tratadas como pessoas com

inteligência normal.

- falar olhando diretamente para seus olhos para

que ela possa tentar ler seus lábios.

- se necessário, utilizar a escrita.

- seja paciente.

- explicar à vítima todo procedimento que será feito.

- aprender a linguagem de sinais, algumas de suas

expressões pode ser bastante útil.

-manter sempre o contato visual.

9.1.2. VITIMA CEGA:

- descrever o que estiver fazendo.

- manter contato físico constante.

- ser paciente.

- manter contato auditivo constante.

9.1.3. VÍTIMA COM CONFUSÃO MENTAL:

- usar palavras simples de fácil entendimento.

- explicar de forma simples o que estiver fazendo.

- transmitir segurança.

- dar tempo para que a vítima responda suas

perguntas.

- ser paciente.

9.1.4. VÍTIMAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL:

- manter comunicação constante.

- utilizar palavras simples.

- repetir a informação quantas vezes for necessário.

- determinar a capacidade de compreensão da vítima.

- ser paciente.

9.1.5. VÍTIMA IDOSA:

- tratar com respeito especial.

- respeitar suas limitações, angústias, medos e

pudor.

- ser paciente.

9.1.6. CRIANÇA DOENTE OU MACHUCADA:

- permitir que os pais acompanhem a criança,

quando estes não atrapalham o atendimento.

- trazer objetos que façam com que a criança se

sinta mais segura.

- ser honesto com a criança.

- não perder a paciência.

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ADVERTÊNCIAS

O socorrista tem obrigação de respeitar as

limitações que a vitima apresenta sejam impostas

por ela, por patologias que apresentem ou

decorrentes de algum trauma.

III – AVALIAÇÃO DE VÍTIMAS

A abordagem de uma vitima se faz utilizando

uma seqüência de atendimento preconizado em todo

mundo pré-hospitalar. Esta seqüência, definida

abaixo, foi estabelecida a partir de prioridades para

manutenção de uma boa qualidade de vida de alguém

acometido de uma gravidade. Os passos para este

atendimento são:

A_ Abertura de vias aéreas com controle de

cervical;

B_ Boa ventilação;

C_ Circulação com controle de hemorragias;

D_ Deficiência neurológica;

E_ Exposição da vitima.

Esta seqüência será realizada de acordo com

o tipo de conduta que o profissional quer abordar, ou

pela necessidade a que está exposto tanto o

socorrista como a vitima.

De acordo com a necessidade, a conduta

abordada poderá ter três direcionamentos que hora

podem ser exclusivos como também se completar

buscando sempre uma melhor analisar da

intercorrência apresentada e a sua efetiva solução do

problema. São elas:

1_ Análise primaria rápida que tem por objetivo

identificar as causas que podem levar a vitima a óbito

iminentemente. Desta forma busca averiguar a

existência ou não de sinais vitais como temperatura,

respiração, circulação, e demais sinais de rápida

avaliação como condições de pele, enchimento capilar

e outros. Esta abordagem tem o indicativo de ser

realizado em até 30 segundos, devido a sua

prioridade exclusiva já citada a cima. A sua principal

utilização é quando da necessidade de se realizar

uma triagem.

2_ Análise primaria completa tem como finalidade

distinta não só identificar, mas, principalmente avaliar

a qualidade dos sinais vitais aqui também serão

revisados, ou seja, não se busca mais só pela

presença mas sim por uma qualidade dos sinais como

freqüência de respiração, circulação...,

3_ Análise secundária será realizada após a primaria

e a efetiva exposição da vitima; quando será realizado

um exame detalhado, minucioso e completo cefalo-

caudal buscando por seqüelas até não visualizadas.

Este exame requer para a sua completa realização

uma longo intervalo de tempo por isto tem sido

substituído por uma avaliação dirigida onde se

direciona o atendimento para as seqüelas exposta

pela vitima ou pelo que foi colhido pela cinemática do

trauma.

ADVERTÊNCIAS

Como o próprio nome já diz a avaliação que

primeiro é realizada é a analise primaria tendo, além

disso, como característica, o fato não só de ter uma

previa avaliação do estado da vitima como também de

buscar resultados rápidos que efetivem a

estabilização do paciente.

1. ANÁLISE PRIMÁRIA:

1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Verificar inconsciência.

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2. Verificar permeabilidade das vias aéreas e

estabilizar a coluna cervical.

3. Verificar respiração.

4. Verificar circulação.

5. Verificar grandes hemorragias.

- A análise primária deve ser completada num

intervalo entre 15 e 30 segundos.

- Toda vítima de trauma deve ser tratada como

portadora de lesão na coluna.

- Não mover a vítima da posição que se encontra

antes de imobilizá-la, exceto quando:

- estiver num local de risco iminente.

- sua posição estiver obstruindo as vias aéreas.

- sua posição impede a realização da análise primária.

1.1.1. VERIFICAÇÃO DA INCONSCIÊNCIA:

Chamar a vítima pelo menos três vezes: "Ei, você

está me ouvindo?" "Ei, você está bem?”.

Se a vítima não responde a um estímulo sonoro,

segure-a pelo seu ombro e sacuda-a levemente,

chamando-a novamente.

Se após esses estímulos não houver nenhuma

resposta, a vítima está inconsciente.

1.1.2. TECNICAS MANUAIS DE ABERTURA DE

VIAS AEREAS:

a) Manobra de elevação do mento: (fig. A)

1) Posicionar-se atrás da cabeça da vítima.

2) Colocar as mãos espalmadas lateralmente a sua

cabeça, com os dedos voltados para a frente.

3) Posicionar os dois dedos indicadores em ambos

os lados, no ângulo da mandíbula.

4) Posicionar os dois dedos polegares sobre o

queixo da vítima.

5) Simultaneamente, fixar a cabeça com as mãos, elevar

a mandíbula com os indicadores e abrir a boca com

os polegares. Esta manobra aplica-se a todas as

vítimas, principalmente naquelas vítimas de trauma,

pois proporciona ao mesmo tempo liberação das vias

aéreas, alinhamento da coluna cervical e imobilização.

Esta técnica é utilizada quando não há suspeita de

lesão na cervical ou quando torna-se inviável a

abertura das vias aéreas através da tração de

mandíbula.

Fig. A –manobra de elevação do mento

b) Manobra de tração de mandíbula: (fig. B)

1) Segurar o queixo com o polegar e o indicador de

uma das mãos e tracioná-lo para cima.

2) Não se deve estender o pescoço da vítima,

portanto mantenha a cabeça firme com a outra

mão.

Esta manobra aplica-se a todas as vítimas para

obter liberação das vias aéreas, sendo utilizada em

vitimas com suspeita de lesão na cervical;

Fig. Manobra de tração de mandíbula

1.1.3. CONSTATAÇÃO DA RESPIRAÇÃO:

Empregar a técnica de “ver, ouvir e sentir” da

seguinte forma:

1. Abrir as vias aéreas da vítima através da manobra

mais adequada à situação presente (caso clínico

ou trauma).

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2. Aproximar o seu ouvido da boca e nariz da vítima,

com a face voltada para seu tórax.

3. Observar os movimentos do tórax.

4. Ouvir os ruídos da respiração.

5. Sentir a saída de ar de suas vias aéreas.

1.1.4. CONSTATAÇÃO DO PULSO:

1. Palpar a artéria carótida para se constatar a

presença de pulso.

2. Empregar os dedos indicador e médio.

3. Posicionar as polpas digitais na Proeminência

Laríngea (Pomo de Adão).

4. Deslizar lateralmente os dedos até o sulco entre a

cartilagem e a musculatura do pescoço.

5. Aliviar a pressão dos dedos até sentir o pulsar da

artéria.

No caso de crianças menores de um ano de idade

(bebês), utilizar a artéria braquial como primeira

opção:

1) Empregar os dedos indicador e médio.

2) Posicionar as polpas digitais na face anterior da

prega do cotovelo, na sua porção mais medial, ou

seja, a mais próxima do corpo da criança.

Aliviar a pressão dos dedos até sentir o pulsar da

artéria.

1.1.5. CONSTATAÇÃO DE GRANDES HEMORRAGIAS:

- Considerar hemorragias em grandes vasos;

principalmente: cabeça - região temporal, pescoço,

membros superiores e membros inferiores.

- Fazer inspeção visual buscando poças ou

manchas de sangue nas vestes.

- Estar atento para roupas grossas de inverno que

podem absorver grande quantidade de sangue e

pisos porosos como areia, terra ou grama onde o

sangue pode ser absorvido.

- Palpar a região posterior do tronco e observar a

presença de sangue.

ADVERTÊNCIAS

A análise primária deve ser completada num

intervalo entre 15 e 30 segundos.

Toda vítima de trauma deve ser tratada como

portadora de lesão na coluna.

Nas vítimas de trauma, manter a coluna

cervical estável, em posição neutra, com a

aplicação do colar cervical ou com as mãos.

2. ANÁLISE SECUNDÁRIA:

2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

2.1.1. ANÁLISE SECUNDÁRIA:

- Relacionar o local da ocorrência com as lesões

da vítima.

- Questionar a vítima e/ou testemunhas -

ANAMNESE.

- Verificar sinais vitais: freqüência respiratória,

freqüência cardíaca, pressão arterial.

- Verificar perfusão capilar, coloração, temperatura e

umidade da pele, tamanho e reatividade das pupilas.

- Realizar o exame da cabeça aos pés.

- De acordo com o estado da vítima, verificar a

pontuação obtida na Escala de Coma de Glasgow

e na Escala de Trauma Modificada.

2.1.2. ELEMENTOS DA ANAMNESE:

O socorrista deve obter as seguintes informações,

quando pertinentes à situação:

- Queixa principal.

- Idade e sexo.

- Breve histórico médico: incluindo doenças

(pulmonar, cardíaca, hipertensão arterial, diabetes,

convulsões, acidente vascular cerebral), cirurgias

anteriores, alergias.

- Se a vítima toma algum tipo de medicamento -

Quais?

- Outras informações importantes no momento.

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2.1.3. AVALIAÇÃO DA RESPIRAÇÃO:

- Observar a expansão do tórax da vítima.

- Contar os movimentos, sem que a vítima perceba

durante 30 segundos e multiplicar por 2, obtendo

a freqüência respiratória por minuto (m.r.m.).

- Observar a profundidade dos movimentos

respiratórios, classificando em:

- normal

- superficial

- profundo

- Observar o tipo de respiração, quanto a:

- regularidade

- simetria

- ruídos emitidos

- Considerando o resultado da observação acima,

classificar o tipo de respiração em:

- normal

- alterada

- considerar freqüência respiratória alterada se

esta for menor do que 10 m.r.m. ou maior que

30 m.r.m.

2.1.4. AVALIAÇÃO DO PULSO RADIAL:

- Empregar os dedos indicador e médio.

- Posicionar as polpas dos dedos no sulco

existente no punho, entre o osso rádio e os

tendões.

- Exercer pressão suficiente para sentir o pulsar da

artéria.

- Contar os batimentos durante 15 segundos e

multiplicar o resultado por 4, obtendo freqüência

de batimentos por minuto (b.p.m.).

- Observar a regularidade do intervalo entre os

batimentos, classificando em:

- regular

- irregular

- Observar a intensidade do pulsar da artéria,

classificando em:

- fraco

- forte

2.1.5. AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL:

1. Descobrir o braço da vítima acima do cotovelo,

certificando-se de que não haja compressão.

2. Colocar o manguito no braço da vítima 3

centímetros acima do cotovelo de modo a ficar

fixo.

3. Localizar a artéria braquial e posicionar o

estetoscópio sobre ela.

4. Fechar a válvula e insuflar ar pela pêra até o

manômetro marcar 200 mmHg.

5. Abrir a válvula lentamente.

6. Prestar atenção ao som do primeiro batimento.

Quando isso ocorrer anotar a marcação do

manômetro. Esta é a pressão arterial máxima

(sistólica).

7. Continuar soltando lentamente o ar até sumirem os

batimentos, momento exato que deve ser

observado o manômetro. Esta é a pressão mínima

(diastólica).

8. Remover todo o ar, soltando o manguito.

- Na impossibilidade de auscultar os batimentos, a

pressão arterial sistólica poderá ser medida

palpando-se a artéria radial. Ao se aliviar a

pressão do manguito, quando sentir o pulsar da

artéria, o manômetro estará marcando a pressão

arterial máxima (sistólica). Nesse caso não é

possível medir a pressão diastólica.

- Caso não tenha conseguido efetuar uma aferição

adequada, aguardar alguns minutos antes de

repetir, ou o que é mais indicado, faça a medição

no outro braço.

- Se ao abrir a válvula (passo nº 5) já ouvir o som

do batimento na marcação 200 mmhg, significa

que a pressão está mais alta do que esse valor,

portanto o manguito deverá ser insuflado até um

valor mais alto.

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- Na impossibilidade de medir a pressão nos

membros superiores, utilizar os membros

inferiores.

2.1.6. AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL NOS

MEMBROS INFERIORES:

1. Cortar a calça da vítima acima do joelho,

certificando-se de que não haja compressão.

2. Colocar o manguito na coxa da vítima 3

centímetros acima do joelho de modo a ficar fixo.

3. Localizar a artéria poplítea (atrás do joelho) e

posicionar o estetoscópio sobre ela.

4. Fechar a válvula e insuflar ar pela pêra até o

manômetro marcar 200 mmHg.

5. Abrir a válvula lentamente.

6. Prestar atenção ao som do primeiro batimento.

Quando isso ocorrer anotar a marcação do

manômetro. Esta é a pressão arterial máxima

(sistólica).

7. Continuar soltando lentamente o ar até sumirem os

batimentos, momento exato que deve ser

observado o manômetro. Esta é a pressão mínima

(diastólica).

8. Remover todo o ar, soltando o manguito.

- Na impossibilidade de auscultar os batimentos, a

pressão arterial sistólica poderá ser medida

palpando-se a artéria pediosa (dorso do pé).

Para tal, colocar o manguito 3 cm abaixo do

joelho e ao aliviar a pressão do manguito, sentir o

primeiro pulsar da artéria que corresponde à

pressão máxima (sistólica).

- Caso não tenha conseguido efetuar uma aferição

adequada, aguardar alguns minutos antes de

repetir, ou o que é mais indicado, faça a medição

no outro membro.

2.1.7. AVALIAÇÃO DAS PUPILAS:

- Abaixar as pálpebras da vítima por cinco

segundos, abrindo repentinamente e observando

a reação da pupila.

- Em locais com pouca claridade, empregar a

lanterna de pupilas.

- Observar a contração das pupilas classificando

em:

- reativa

- não reativa

- Observar a simetria entre as duas pupilas,

classificando em:

- simétricas (isocóricas)

- assimétricas (anisocóricas)

- Observar o tamanho das pupilas, classificando

em:

- midríase (pupila dilatada)

- miose (pupila contraída)

2.1.8. VERIFICAÇÃO DA PERFUSÃO CAPILAR:

- Checar a perfusão pressionando a polpa digital

de um dos dedos da mão ou do pé. Soltar e

observar o retorno à coloração rósea,

classificando:

- normal (retorno em até 2 segundos)

- lenta (retorno acima de 2 segundos)

- nula (não retorna a coloração rósea)

2.1.9. EXAME DA CABEÇA AOS PÉS:

O exame da cabeça aos pés deve ser direcionado

de acordo com a queixa principal. Este exame deve

ter por objetivo:

a) Cabeça:

- ferimentos ou deformidades.

- secreção pela boca, nariz e/ou ouvidos.

- hálito.

- dentes quebrados, próteses dentárias.

b) Pescoço:

- ferimentos ou deformidades.

- ingurgitamento de veias.

- desvio de traquéia.

- resistência ou dor ao movimento.

- crepitação.

c) Tórax e Costas:

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- ferimentos e deformidades

- respiração difícil

- alteração na expansibilidade

- crepitação

d) Abdome:

- ferimentos e deformidades.

- tumorações (principalmente pulsáteis).

- defesa ou rigidez.

e) Pelve e nádegas:

- ferimentos ou deformidades.

- dor à palpação.

- instabilidade.

f) Extremidades (membros superiores e inferiores):

- ferimentos ou deformidades.

- pulso distal (membros superiores - artéria radial,

membros inferiores - artéria pediosa).

- resposta neurológica (sensibilidade, motricidade,

força muscular).

- perfusão capilar.

Ao examinar o abdome em vítimas com problemas

clínicos prestar atenção na presença de tumorações

pulsáteis, pois podem corresponder a um aneurisma

(dilatação) de aorta, que caso se rompa causará uma

hemorragia interna que leva a morte rapidamente.

ADVERTÊNCIAS

3. CLASSIFICAÇÃO NAS ESCALAS:

3.1. ESCALA DE COMA DE GLASGOW ADULTO:

Abertura Ocular

- espontânea ............................................ 4 pontos

- solicitação verbal ................................... 3 pontos

- estímulo doloroso .................................. 2 pontos

- nenhuma ................................................ 1 ponto

Melhor Resposta Verbal

- orientada ................................................ 5 pontos

- desorientada, confusa ........................... 4 pontos

- palavras inapropriadas .......................... 3 pontos

- sons, gemidos ....................................... 2 pontos

- nenhuma .................................................1 ponto

Melhor Resposta Motora

- Obedece comandos verbais ..................... 6 pontos

- Localiza e tenta remover o estímulo doloroso .5 pontos

- flexão normal à dor ................................... 4 pontos

- flexão anormal a dor (decorticação) .......... 3 pontos

- extensão anormal a dor (descerebração) ..2 pontos

- nenhuma .................................................... 1 ponto

Padronização do estímulo doloroso:

- como primeira opção, fechar sua mão e

pressionar o esterno da vítima com a face dorsal

da mão, na altura da articulação entre a falange

proximal e intermédia.

- como segunda opção, pressionar discretamente a

musculatura do trapézio, ao lado do pescoço.

- jamais beliscar, dar tapas, espetar com agulhas,

ou praticar qualquer forma de agressão à vítima

para se obter um estímulo doloroso.

- lembrar-se que uma vítima classificada na Escala

de Coma de Glasgow com um valor menor ou

igual a 8 está em estado grave, necessitando de

Suporte Avançado no local.

- no caso de crianças com até 5 anos, consultar a

Escala de Coma de Glasgow própria (POP 016-

02).

3.2. CLASSIFICAÇÃO ESCALA DE TRAUMA

MODIFICADA:

Freqüência Respiratória

- entre 10 - 29 ............................... 4

- maior ou igual 30 ........................ 3

- entre 6 - 9 ................................... 2

- entre 1 - 5..... .............................. 1

- zero ............................................. 0

Pressão Arterial Sistólica

05 de 05

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- maior ou igual 90 .........................4

- entre 76 - 89 ................................3

- entre 50 - 75.................................2

- menor que 50................................1

- zero..............................................0

Escala de Coma de Glasgow

- entre 13 - 15 ................................4

- entre 9 - 12 .................................3

- entre 6 - 8 ...................................2

- entre 4 - 5 ...................................1

- igual a 3 ....................................... 0

Trauma score menor ou igual a 10 - vítima em estado

grave.

Trauma score igual a 11 - vítima potencialmente

grave.

Trauma score igual a 12 - vítima em estado normal.

ADVERTÊNCIAS

A Escala de Trauma Modificada deve ser feita

no local ou a caminho do hospital.

IV – OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA

1. ADULTO CONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO

PARCIAL:

1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Se a vítima pode respirar, tossir ou falar: - Não

interferir! Apenas orientar para continuar

tossindo.

2. Caso o corpo estranho não tenha sido eliminado

pela tosse:

1- Ministrar oxigênio por máscara facial com um

fluxo de 7-10 l/min (POP-05-01).

2- Transportar a vítima sentada, numa posição

confortável e aquecida.

3- Manter observação constante da vítima,

incluindo sinais vitais.

ADVERTÊNCIAS

Ministrar sempre O2 umidificado salvo

orientação contrária do Médico Controlador.

2. ADULTO CONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO

TOTAL:

2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Se a vítima não puder respirar, tossir ou falar,

realizar repetidas compressões abdominais

(Manobra de Heimlich -POP-04-07) até a

desobstrução das vias aéreas ou a vítima tornar-se

inconsciente.

2. No caso de vítimas obesas ou gestantes no último

trimestre fazer a compressão no esterno e não no

abdome (POP-04-07).

ADVERTÊNCIAS

Caso o socorrista não obtenha êxito na

desobstrução, transportar a vítima ao hospital

rapidamente, sem interromper a Manobra de

Heimlich.

3. ADULTO QUE TORNOU-SE OU ESTÁ

INCONSCIENTE:

3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

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1. Deitar a vítima em decúbito dorsal (de costas para

o chão).

2. Liberar suas vias aéreas com a manobra mais

adequada (“tríplice”, elevação do queixo ou

“hiperextensão da cabeça”).

3. Verificar a respiração.

4. Se a respiração estiver ausente, tentar efetuar

duas ventilações.

5. Se não conseguir ventilar, repetir a liberação e a

tentativa de ventilação.

6. Ventilação sem sucesso, efetuar 5 compressões

manuais abdominais (ou esternais em gestantes

de último trimestre e vítimas obesas) - Manobra de

Heimlich (POP-04-07).

7. Tentar visualizar e remover corpos estranhos com

os dedos ou usar técnica da busca -cega.

8. Observar se a vítima voltou a respirar

espontaneamente.

9. Tentar a seqüência completa de manobras por

duas vezes.

10. Se a obstrução persistir e o SAV não tiver

chegado ao local.

1- Transportar, mantendo a vítima aquecida.

2- Repetir a seqüência de manobras durante o

transporte até desobstruir ou chegar no

hospital.

11. Se desobstruir e a vítima voltar a respirar.

1- Ministrar oxigênio por máscara facial com um

fluxo de 7-10 l/min.

2- Transportá-la aquecida.

3- Monitorar os sinais vitais.

4- O SAV deverá ser acionado.

12. Se desobstruir e a vítima não voltar a respirar.

1- Proceder manobras de ventilação (POP-06-01).

2- Monitorar pulso.

ADVERTÊNCIAS

Se a vítima em questão for vítima de trauma,

manter a imobilização manual da cabeça e coluna

cervical, mantendo-a em posição neutra durante

as tentativas de desobstrução das vias aéreas.

Utilizar a tríplice manobra e manter a vítima em

decúbito dorsal.

4. CRIANÇA CONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO

VIA AÉREA (ENTRE 1 E 8 ANOS):

4.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

- Consegue respirar, tossir ou chorar: - Não

interferir! Deixar que a criança encontre uma

posição de conforto ou mantenha em decúbito

elevado (semi-sentado).

- Ministrar oxigênio umidificado com máscara facial

com um fluxo de 5 l/min, mantendo-a distante

aproximadamente 5 cm de sua face.

- Transportar, mantendo-a aquecida.

- Criança com obstrução total proceder conforme

POP 04-02.

ADVERTÊNCIAS

A tentativa de desobstrução ou qualquer outro

procedimento desnecessário no momento, como,

por exemplo, medir a pressão arterial pode agitar

a criança, levando a uma obstrução completa.

5. CRIANÇA INCONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO

RESPIRATÓRIA:

5.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Deitar a vítima de costas.

2. Liberar suas vias aéreas com a manobra mais

adequada, abrir a boca e remover com seu dedo

qualquer objeto visível.

3. Verificar a respiração.

4. Se a respiração estiver ausente tentar efetuar 2

(duas) ventilações.

5. Se não houver sucesso na ventilação:

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BEBÊ (criança menor do que um ano de

idade):

1. Posicionar o bebê de bruços em seu antebraço

apoiado em sua coxa com a cabeça em nível

inferior ao tórax, segurando firmemente a cabeça

da criança pela mandíbula com sua mão (fig. A).

Fig. A

2. Efetuar 5 (cinco) pancadas, com a palma de sua

mão, entre as escápulas.

3. Colocar o antebraço livre sobre as costas da

criança e virá-la de barriga para cima.

4. Manter a cabeça em nível inferior ao tórax.

5. Efetuar 5 (cinco) compressões esternais.

6. Abrir a boca e remover qualquer objeto estranho

visível.

7. Efetuar 2 (duas) ventilações.

8. Tentar uma única vez a seqüência completa.

9. Persistindo a obstrução transportar para o hospital

imediatamente, repetindo as manobras e mantendo

a criança aquecida.

CRIANÇA (entre 1 e 8 anos):

1. Realizar 5 (cinco) compressões abdominais

(Manobra de Heimlich).

2. Abrir a boca e remover qualquer corpo estranho

visível.

3. Efetuar 2 (duas) ventilações.

4. Tentar uma única vez a seqüência completa.

5. Persistindo a obstrução, transportar para o hospital

imediatamente, repetindo as manobras e

mantendo a criança aquecida.

ADVERTÊNCIAS

Cuidado com a intensidade das pancadas,

pois poderá causar lesões internas.

6. TÉCNICA DA BUSCA CEGA (vítimas maiores

de 8 anos de idade):

6.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Posicionar a vítima deitada de costas.

2. Abrir a boca da vítima segurando a língua e o

queixo com polegar e o indicador.

3. Introduzir o seu dedo indicador da outra mão na

cavidade oral ao longo da face interna da

bochecha, o mais profundo que conseguir, próximo

à base da língua.

4. Retirar o dedo em formato de “gancho” tentando

trazer o corpo estranho. (fig. A)

Fig. A

ADVERTÊNCIAS

Não utilizar está técnica em vítimas menores do

que oito anos de idade.

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Tomar o cuidado de não introduzir mais o

corpo estranho.

7. TÉCNICA COMPRESSÃO ABDOMINAL

(manobra de “Heimlich”):

7.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

a) Vítima consciente em pé ou sentada (somente

casos clínicos):

- Posicionar-se atrás da vítima e envolvê-la com

seus braços apoiados nas cristas ilíacas da vítima.

- Posicionar sua mão fechada com a face do

polegar encostada na parede abdominal, entre o

apêndice xifóide e a cicatriz umbilical.

- Com a outra mão espalmada sobre a primeira

comprima o abdome num movimento rápido

direcionado para trás e para cima.

- Repetir a compressão até a desobstrução ou a

vítima tornar-se inconsciente.

Em vítimas obesas e gestantes no último

trimestre de gravidez a compressão deve ser

realizada no esterno.

b) Vítima inconsciente (caso clínico e trauma):

- Posicionar a vítima deitada de costas numa

superfície rígida.

- Posicionar-se de forma a apoiar os seus joelhos

um de cada lado da vítima na altura de suas

coxas.

- Colocar sua mão sobre o abdome da vítima de

forma a apoiar a palma da mão entre o apêndice

xifóide e a cicatriz umbilical.

- Apoiar a outra mão sobre a primeira.

- Comprimir o abdome num movimento rápido,

direcionado para baixo e cranialmente.

- Efetuar 5 (cinco) compressões.

Em vítimas obesas e gestantes no último

trimestre de gravidez, você deve posicionar-se

lateralmente à vítima realizar a compressão no

esterno, dois dedos acima do final do apêndice

xifóide (mesmo local que se realiza a massagem

cardíaca).

Neste tipo de manobra há risco de lesão interna

de vísceras.

ADVERTÊNCIAS

8. TÉCNICA DE DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS

AÉREAS EM CASO DE MATERIAL LÍQUIDO

OU SEMI-LÍQUIDO:

8.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

8.1.1. VÍTIMAS DE TRAUMA:

- posicionar-se atrás da cabeça da vítima.

- utilizar o aspirador de secreções.

- medir o cateter de sucção na distância entre o

lóbulo da orelha e a boca.

- introduzir o cateter em sua boca, sem aspirar até

o máximo da distancia medida.Retirar o cateter

aspirando em movimentos circulares.

- não gastar mais que 15 segundos para cada

sucção (lembrar-se que a aspiração retira 80%

do ar que a vítima respira).

Na impossibilidade do aspirador, utilizar os dedos

indicador e médio enrolados em um pano para

absorver e retirar o conteúdo.

- numa vítima consciente, cuidado com o reflexo

do vômito ou mordida em seus dedos.

- na presença de vômitos, virar a vítima

lateralmente, em bloco, e transportá-la nessa

posição, tomando o cuidado de manter toda a

coluna alinhada, inclusive a cabeça, para isso

utilizar a prancha longa, onde a vítima deve estar

bem fixada.

8.1.2. CASOS CLÍNICOS SEM SUSPEITA DE

LESÃO CERVICAL:

- posicionar-se atrás da cabeça da vítima.

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- utilizar o aspirador de secreções com a cabeça

da vítima virada para o lado.

- na impossibilidade do aspirador, utilizar os dedos

indicador e médio enrolados em um pano para

absorver e retirar o conteúdo.

- numa vítima consciente, cuidado com o reflexo

do vômito ou mordida em seus dedos.

- na ocorrência de vômitos, transportar a vítima na

posição de coma (POP-13-01 A).

ADVERTÊNCIAS

V – OXIGENOTERAPIA

1. OXIGENOTERAPIA EM ADULTOS:

1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. O oxigênio deve ser administrado nos seguintes

casos:

- parada respiratória.

- parada respiratória e cardíaca.

- traumas em geral.

- choque hemodinâmico.

- queimaduras, principalmente de face.

- inalações tóxicas ou gases quentes.

- emergências clínicas.

- outros, quando indicado em procedimento

específico.

2. As vias aéreas devem estar permeáveis. Caso

estiverem obstruídas (sangue, secreções, vômitos,

corpos estranhos), proceder às condutas

necessárias para desobstruí-las, de acordo com o

procedimento específico. (Grupo 04)

3. Ministrar, como primeira escolha, oxigênio por

máscara com um fluxo de 7 a 10 l/min.

4. Ministrar oxigênio por cateter nasal com um fluxo

variável de 1 a 5 l/min, quando a máscara não for

tolerada.

Fluxo Taxa de oxigênio

1 l/min 24%

2 l/min 28%

3 l/min 32%

4 l/min 36%

5 l/min 40%

5. Ministrar oxigênio umidificado, salvo orientação

contrária (por exemplo, intoxicação por cloro).

6. A oxigenação não substitui a ventilação. Se a freqüência

respiratória for menor que 8 por minuto, a respiração

superficial, acompanhada de cianose e confusão mental

(sonolência, agitação), ou não houver movimentos

respiratórios, proceder a ventilação artificial usando

máscara e ressuscitador manual tipo ambu com um

fluxo de oxigênio de 7 a 10 l/min e se este dispuser de

reservatório, utilizar um fluxo de 12 a 15 l/min.

7. Para o cálculo do tempo de duração de um cilindro

de oxigênio para o atendimento de uma vítima,

deve ser empregada a seguinte fórmula:

TU = VC x PC onde, fluxo

TU = tempo de utilização em minutos

VC = volume do cilindro em litros

PC = pressão do cilindro em kgf/cm² ou BAR ou ATM

fluxo = l/min a ser administrado à vítima

ADVERTÊNCIAS

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Ministrar oxigênio umidificado, salvo orientação

contrária.

A oxigenação não substitui a ventilação.

2. OXIGENOTERAPIA EM CRIANÇA E BEBÊ:

2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. O oxigênio deve ser ministrado nos seguintes

casos:

- parada respiratória.

- parada respiratória e cardíaca.

- traumas em geral.

- choque hemodinâmico.

- queimaduras, principalmente de face.

- inalações tóxicas ou gases quentes.

- emergências clínicas.

- outros, quando indicado em procedimento

específico.

2. As vias aéreas devem estar permeáveis. Caso

estiverem obstruídas (sangue, secreções, vômitos,

corpos estranhos), proceder às condutas

necessárias para desobstruí-las, de acordo com o

procedimento específico.

3. Ministrar oxigênio por máscara com um fluxo de 5 a

7 l/min, deixando-a afastada cerca de 5 cm da face

da criança, para evitar agitação.

4. Permitir que os pais da criança segurem a máscara,

se for possível.

5. Permitir que a criança assuma posição de conforto,

preferencialmente vertical, respeitando as

condições nas quais é prioridade o cuidado com a

coluna cervical e com a liberação de vias aéreas.

6. Ministrar oxigênio umidificado, salvo orientação

contrária (por exemplo, intoxicação por cloro).

7. A oxigenação não substitui a ventilação. Se a

freqüência respiratória for menor que 12

movimentos/min, respiração superficial, presença

de cianose, retrações e diminuição do nível de

consciência (sonolência, agitação acentuada),

auxiliar a ventilação com máscara e ressuscitador

manual tipo ambu com o fluxo de acordo com a

tabela abaixo, ou segundo orientação do médico

controlador.

BEBÊ (até 1 ano) CRIANÇA (de 1 a 8 anos)

máscara 3 a 5 l/min 5 a 7 l/min

ambu 1 a 3 l/min 5 l/min

ADVERTÊNCIAS

Ministrar oxigênio umidificado, salvo orientação

contrária.

A oxigenação não substitui a ventilação.

VI – REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR

1. PARADA RESPIRATÓRIA:

1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Após constatar inconsciência, liberar as vias

aéreas, mantendo a coluna cervical numa posição

neutra.

2. Constatar respiração ausente.

3. Colocar a cânula de Guedel nas vítimas

inconscientes (POP-06-06).

4. Efetuar 2 (duas) ventilações.

5. Verificar pulso carotídeo.

6. Efetuar 1 (uma) ventilação a cada:

- 5 segundos: adulto

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- 4 segundos: criança

- 3 segundos: bebê

7. Checar o pulso carotídeo a cada 12 ventilações

nos adultos, a cada 15 ventilações nas crianças, a

cada 20 ventilações nos bebês ou a cada minuto

em todos.

8. Na liberação das vias aéreas, utilizar as técnicas

descritas em outros procedimentos de acordo com a

natureza da emergência (caso clínico ou trauma).

9. Lembrar que no bebê checa-se presença de pulso

na artéria braquial.

10. Colocar a cânula de Guedel somente nas vítimas

inconscientes e que não apresentem o reflexo do

vômito.

ADVERTÊNCIAS

Na presença de vômitos virar rapidamente o

rosto da vítima lateralmente e limpar os resíduos

de sua boca antes de reiniciar as ventilações; nos

casos de trauma, a vítima deve ser virada em

bloco, protegendo sua coluna por inteiro.

2. VENTILAÇÃO BOCA-BOCA EM ADULTOS E

CRIANÇAS E BEBÊ:

2.1. VENTILAÇÃO BOCA-BOCA EM ADULTOS E

CRIANÇAS:

2.1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Posicionar-se lateralmente à cabeça da vítima.

2. Certificar-se que as vias aéreas da vítima estejam

liberadas (POP 03-01).

3. Posicionar a sua mão na região superior da face da

vítima, pinçando o seu nariz com os dedos

indicador e polegar.

4. O socorrista deverá abrir bem a sua boca e

envolver totalmente à da vítima, segurando o

queixo com a outra mão.

5. Insuflar ar até observar o tórax se elevar.

6. Soltar o nariz e afastar ligeiramente o rosto, mantendo

as vias aéreas livres para que o ar saia (expiração).

7. Utilizar este tipo de ventilação somente na ausência

de outro recurso material.

8. Manter a coluna cervical numa posição neutra ao

realizar a ventilação no caso de vítimas de trauma.

9. Na presença de vômitos, virar rapidamente o rosto

da vítima lateralmente e limpar os resíduos de sua

boca antes de reiniciar a ventilação, exceto nos

casos de vítimas de trauma, situação em que a

vítima deve ser virada lateralmente em bloco,

protegendo sua coluna por inteiro.

10. Nas lesões traumáticas de face, convulsões ou

impossibilidade de abrir a boca da vítima efetuar a

insuflação de ar pelo nariz, devendo ser forçado o

queixo para cima para manter a boca vedada.

2.2. VENTILAÇÃO BOCA-BOCA BEBÊS:

2.2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Posicionar-se lateralmente à vítima.

2. Abrir bem a sua boca e envolver simultaneamente a

boca e o nariz do bebê.

3. Insuflar os pequenos pulmões apenas com o ar

contido no interior de sua boca, através de um

curto sopro.

4. Realizar uma ventilação a cada 3 segundos,

afastando sua face da face do bebê no intervalo das

ventilações para permitir a saída de ar (expiração).

ADVERTÊNCIAS

Manter a coluna cervical das vítimas de

trauma numa posição neutra.

Nas crianças (entre 1 e 8 anos de idade)

cuidado para não exceder a quantidade de ar

insuflado; para tal, assim que o tórax da criança

começar a erguer cessar a insuflação.

Utilizar este tipo de ventilação somente na

ausência de outro recurso material.

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3. VENTILAÇÃO BOCA-MÁSCARA:

3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Posicionar-se atrás da cabeça da vítima.

2. Colocar a cânula de Guedel nas vítimas

inconscientes (POP-06-06).

3. Posicionar a máscara cobrindo a boca e o nariz da

vítima.

4. Segurar a máscara com ambas as mãos,

espalmadas uma de cada lado da cabeça da

vítima posicionando os dedos como se segue:

- dedo polegar na porção superior da máscara

(Fig. A);

- dedo indicador na porção inferior da máscara;

- demais dedos na lateral da mandíbula.

5. Insuflar ar com sua boca no local apropriado da

máscara, observando expansão torácica da vítima.

6. Permitir a expiração sem retirar a máscara da

posição.

7. Escolher a máscara de tamanho adequado à sua

vítima.

FIG. A

ADVERTÊNCIAS

Certificar-se de que o ar não vaza pelas

laterais da máscara durante as insuflações.

4. VENTILAÇÃO COM RESSUSCITADOR

MANUAL (TIPO AMBU):

4.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Posicionar-se atrás da cabeça da vítima.

2. Colocar a cânula de Guedel nas vítimas inconscientes

(POP-06-06).

3. Posicionar a máscara cobrindo a boca e o nariz da

vítima.

4. Segurar a máscara com uma das mãos,

posicionando os dedos como se segue (fig. A):

- dedo polegar na porção superior da máscara;

- dedo indicador na porção inferior da máscara;

- demais dedos na lateral da mandíbula.

Fig. A

5. Com a outra mão pressionar o balão ressuscitador

que deverá estar conectado à máscara e

posicionado transversalmente à vítima.

6. Observar a elevação do tórax a cada insuflação.

7. Conectar uma fonte de oxigênio suplementar na

entrada apropriada do balão (ambu) ou válvula.

8. Adaptar um fluxo de oxigênio de 7 a 10 l/min; e se

o ressuscitador manual possuir o dispositivo de

reservatório de oxigênio adaptar um fluxo de 12 a

15 l/min.

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ADVERTÊNCIAS

Certificar-se de que o ar não vaza pelas

laterais da máscara durante as insuflações e que

a vítima consegue fazer o movimento de

expiração.

5. VENTILAÇÃO COM RESSUSCITADOR

PRESSÃO POSITIVA:

5.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Preparar todo o equipamento acoplando as

mangueiras, válvula de demanda e máscara

facial.

2. Abrir o registro de oxigênio.

3. Posicionar-se atrás da cabeça da vítima.

4. Colocar a cânula de Guedel em vítimas

inconscientes (POP-06-06).

5. Posicionar a máscara cobrindo a boca e nariz da

vítima.

6. Segurar a máscara com uma das mãos,

posicionando os dedos como se segue:

- dedo polegar na porção superior da máscara;

- dedo indicador na porção inferior da máscara;

- demais dedos na lateral da mandíbula.

7. Com o polegar da outra mão pressionar o botão de

disparo para a saída de oxigênio.

8. Soltar o botão de disparo assim que o tórax se

elevar.

ADVERTÊNCIAS

Cuidado para não hiperinsuflar causando uma

grande distensão gástrica.

Não utilizar este dispositivo em crianças.

Não utilizar em vítimas com suspeita de

pneumotórax, hemotórax ou tamponamento

cardíaco.

6. EMPREGO DA CÂNULA DE GUEDEL:

6.1. EMPREGO DA CÂNULA DE GUEDEL EM

ADULTOS:

6.1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Identificar o tamanho correto da cânula para a

vítima; medindo a distância que vai da comissura

labial até o lóbulo da orelha (fig. A).

Fig. A

2. Segurar o queixo com os dedos polegar e

indicador, tracionando para cima até a boca abrir.

3. Com a outra mão, introduzir a cânula com a ponta

(face côncava) voltada para o palato (céu da boca)

(fig. B).

Fig. B

4. Quando estiver introduzida até a metade, efetuar

gentilmente uma rotação de 180º, de forma que a

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face côncava fique voltada para a língua e terminar

de introduzi-la (fig. C).

Fig. C

5. Remover a cânula de Guedel imediatamente se a

vítima vier a vomitar ou recobrar a consciência.

- Empregar a cânula de Guedel somente em

vítimas inconscientes.

- Não empregar a cânula se durante a instalação,

surgir o reflexo do vômito.

6.2. EMPREGO DA CÂNULA DE GUEDEL EM

CRIANÇAS (idade entre 1 e 8 anos):

6.2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Identificar o tamanho correto da cânula para a

vítima; medindo a distância entre a comissura

labial até o lóbulo da orelha.

2. Segurar o queixo com os dedos polegar e indicador,

tracionando para cima até a boca se abrir.

3. Com a outra mão, introduzir gentilmente a cânula

com a face côncava voltada para a língua

utilizando um abaixador de língua para auxiliar a

introdução.

4. Remover a cânula de Guedel imediatamente se a

vítima vier a vomitar ou recobrar a consciência.

- Empregar a cânula somente em vítimas

inconscientes.

- Não empregar se, durante a sua instalação,

surgir o reflexo de vômito.

ADVERTÊNCIAS

Não efetuar o giro de 180º em crianças, pois

pode ferir o palato e produzir sangramento.

Não empregar a cânula se durante a instalação,

surgir o reflexo do vômito.

7. COMPRESSÃO TORÁCICA:

7.1. TÉCNICA DE COMPRESSÃO TORÁCICA EM

ADULTO:

7.1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Deitar a vítima de costas numa superfície rígida.

2. Posicionar-se lateralmente à vítima, na altura do

seu tórax.

3. Palpar o apêndice xifóide (extremidade inferior do

osso esterno). Se houver dificuldade em localizá-lo,

palpar a última costela e seguir o rebordo costal até o

centro do tórax onde se encontra o apêndice xifóide.

4. Colocar as suas mãos a uma distância de dois

dedos acima desta extremidade inferior.

5. Apoiar a região tenar e hipotenar da mão no centro

do esterno e a outra mão sobre a primeira.

6. Manter os braços estendidos, num ângulo de 90º

com o seu corpo e com o corpo da vítima.

7. Comprimir o esterno até abaixar cerca de 3 a 5

centímetros. Realizar a compressão com o peso

de seu corpo e não com a força de seus braços.

8. Realizar de 80 a 100 compressões por minuto.

- No caso de vítimas de trauma, ao deitá-la de

costas, fazê-lo de forma a proteger ao máximo a

coluna da vítima.

- Os dedos do socorrista, durante a compressão,

não devem apoiar no peito da vítima, devem ficar

estendidos ou entrelaçados.

- Após cada compressão, aliviar totalmente o peso

para que o tórax retorne à posição normal e

permita o enchimento sangüíneo das cavidades

cardíacas (diástole), mas não perder o contato

entre a base da mão e o tórax da vítima.

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- Poderá ser verificada a efetividade da compressão,

por um segundo socorrista, com a palpação de

pulso carotídeo ou femoral.

7.2. TÉCNICA DE COMPRESSÃO TORÁCICA EM

CRIANÇA (idade entre 1 e 8 anos):

7.2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Deitar a vítima de costas numa superfície rígida.

2. Posicionar-se lateralmente à vítima, na altura do

seu tórax.

3. Palpar o apêndice xifóide (extremidade inferior do

osso esterno). Se houver dificuldade de palpá-lo

diretamente; palpar a última costela e seguir o

rebordo costal até o centro do tórax onde se

encontra o apêndice xifóide.

4. Colocar uma única mão a uma distância de dois

dedos acima desta extremidade inferior.

5. Apoiar a região tenar e hipotenar da mão no centro

do esterno.

6. Manter o braço estendido, num ângulo de 90º com

o seu corpo e com o corpo da vítima.

7. Comprimir o esterno até abaixar 2,5 a 3,0

centímetros. Realizar a compressão com o peso

de seu corpo e não com a força de seus braços.

8. Realizar de 80 a 100 compressões por minuto.

- No caso de vítima de trauma, ao deitá-la de

costas, fazê-lo de forma a proteger o máximo que

puder a coluna da vítima.

- Os dedos do socorrista durante a compressão

não devem apoiar no peito da vítima, devem ficar

estendidos.

- Após cada compressão aliviar totalmente o peso

para que o tórax retorne a posição normal e

permita o enchimento sangüíneo das cavidades

cardíacas (diástole).

- Poderá ser verificada a efetividade da compressão,

por um segundo socorrista, com a palpação do

pulso carotídeo ou femoral.

7.3. TÉCNICA DE COMPRESSÃO TORÁCICA EM

BEBÊ (até 1 ano) (fig. A):

7.3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Deitar a vítima de costas numa superfície rígida.

2. Posicionar-se lateralmente à vítima.

3. Traçar uma linha imaginária entre os mamilos.

4. Colocar o dedo indicador na linha imaginária.

5. Posicionar o 3º e 4º dedo da mão imediatamente

abaixo do dedo indicador.

6. Retirar o dedo indicador do tórax do bebê,

mantendo-o apontado para a linha imaginária.

7. Comprimir o esterno até abaixar cerca de um terço

da profundidade torácica da criança (cerca de 1,5

cm). Usar a polpa digital do 3º e 4º dedos da mão

para comprimir o esterno.

8. Realizar mais de 100 compressões por minuto.

- Após cada compressão, aliviar a pressão para

que o tórax retorne a posição normal e permita o

enchimento sangüíneo de suas cavidades

cardíacas (diástole).

- Poderá ser verificada a efetividade da

compressão, por um segundo socorrista,

palpando-se o pulso braquial.

Fig. A

ADVERTÊNCIAS

Não interromper as compressões torácicas por

mais de 5 segundos.

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8. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR EM

ADULTO:

8.1. GENERALIDADES:

As manobras de Reanimação Cardiopulmonar

(RCP) deverão ser aplicadas sempre que a vítima

apresentar-se inconsciente com parada

cardiorrespiratória constatada na análise primária.

O socorrista somente não aplicará as manobras de

RCP nas seguintes situações:

- a vítima apresentar lesões que tornam óbvia a

impossibilidade de reanimação, tais como:

decapitação, calcinação (morte evidente e

indiscutível).

- a vítima apresentar sinais que indicam que a

morte ocorreu há horas, tais como: rigidez

cadavérica, manchas hipostáticas, putrefação.

Após serem iniciadas as manobras de RCP, nunca

deverão ser interrompidas por mais de cinco

segundos contínuos.

As manobras de RCP somente poderão ser

interrompidas quando:

- quando houver retorno do pulso carotídeo e da

respiração da vítima;

- um médico assumir o caso.

Em caso de dúvida de morte ou não, as manobras

de RCP devem ser iniciadas.

Sempre que a guarnição optar por essa manobra,

deve informar a Central de Operações e solicitar

o SAV.

Se houver pulso e não houver respiração, manter a

ventilação artificial como orientado no POP-06-01.

8.2. RCP FEITA POR APENAS UM SOCORRISTA:

8.2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Constatar inconsciência.

2. Deitar a vítima de costas numa superfície rígida.

3. Liberar as vias aéreas, mantendo a coluna cervical

numa posição neutra.

4. Colocar a cânula de Guedel (POP-06-06).

5. Constatar respiração ausente.

6. Efetuar 2 (duas) ventilações.

7. Constatar ausência de pulso carotídeo.

8. Efetuar 30 (quinze) compressões torácicas.

9. Após quatro ciclos de 2 ventilações/ 15

compressões, verificar o pulso na artéria carótida.

10. Constatação de pulso ainda ausente, reiniciar o

ciclo com 2 (duas) ventilações.

11. Informar a Central de Operações e chamar o

S.A.V.

8.3. RCP FEITA POR DOIS SOCORRISTAS:

8.3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Socorrista 1 constata inconsciência.

2. Socorrista 1 libera as vias aéreas (POP-03-01).

3. Socorrista 2 coloca a Cânula de Guedel (POP-06-

06).

4. Socorrista 1 constata ausência de respiração e

realiza 2 ventilações.

5. Socorrista 2 constata ausência de pulso carotídeo e

posiciona-se ao lado do tórax da vítima colocando

suas mão conforme descrito no POP-06-07,

efetuando 5 (cinco) compressões torácicas.

6. Manter o ciclo de 1 (uma) ventilação e 5 (cinco)

compressões torácicas.

7. Após 10 (dez) ciclos, o socorrista 2 verifica o pulso

carotídeo. Se o pulso ainda estiver ausente, repetir

os passos nº 5, 6 e 7.

- O socorrista 1 deverá realizar as ventilações no

intervalo das compressões torácicas.

- Os socorristas 1 e 2 deverão manter o

sincronismo das manobras, não interrompendo

ou alterando o ritmo desnecessariamente.

- O socorrista 2 deve aliviar o peso da mão, sem

tirá-la da posição, enquanto o socorrista 1 efetua

a ventilação.

- O socorrista 2 deverá contar em voz alta as

compressões torácicas.

- O socorrista 1 deverá contar os ciclos.

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8.4. TROCA DE POSIÇÕES DURANTE AS

MANOBRAS DE RCP:

- Após a decisão de troca, o segundo socorrista

completa as compressões torácicas do 5º ciclo e

passa para a posição de ventilação.

- A troca de posição deve ocorrer durante a

verificação do pulso, o que ocorre após 10 ciclos

de duas ventilação por trinta compressões

torácicas.

O socorrista que assumir as compressões

torácicas, deve posicionar suas mãos no local

correto, enquanto isso o outro socorrista verifica o

pulso da vítima.

Se não houver pulso a RCP deve ser reiniciada,

através de uma ventilação.

Após 10 ciclos de 1 ventilação/ 5 compressões,

verificar novamente o pulso.

ADVERTÊNCIAS

Não interromper as manobras de RCP por

mais de cinco segundos contínuos.

Durante a troca de posições ou verificação de

pulso os socorristas não podem interromper a

RCP por mais de 5 segundos.

9. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR EM

CRIANÇA E BEBÊ:

9.1 – SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Constatar inconsciência.

2. Deitar o bebê de costas numa superfície rígida.

3. Liberar as vias aéreas.

4. Colocar a cânula de Guedel (POP-06-06).

5. Efetuar 2 (duas) ventilações.

6. Constatar ausência de pulso carotídeo na criança e

pulso braquial no bebê.

7. Efetuar 30 compressões torácicas (POP-06-07).

8. Efetuar 2 ventilação.

9. Efetuar 30 compressões torácicas.

10. Após 10 ciclos de 1 ventilação/ 5 compressões

verificar novamente o pulso.

11. Na persistência do pulso ausente, reiniciar o ciclo

com 1 ventilação.

ADVERTÊNCIAS

VII – CHOQUE HEMODINÂMICO

1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1.1. RECONHECIMENTO DE CHOQUE

HEMODINÂMICO:

1.1.1. CHOQUE HEMODINÂMICO:

CHOQUE HEMODINÂMICO é a falência do

sistema cardiocirculatório proporcionando uma

inadequada perfusão e oxigenação dos tecidos.

1.1.2. SINAIS E SINTOMAS QUE PODEM INDICAR

CHOQUE HEMODINÂMICO:

- Pele pálida, úmida e fria.

- Pulso fraco e rápido (adulto maior 100 bpm,

bebês e crianças maior 120 bpm).

- Perfusão capilar lenta ou nula.

- Pressão sistólica, em adulto, menor que 90 mmHg.

- Respiração rápida e superficial.

- Sede e tremores.

- Agitação.

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- Tontura e perda da consciência.

- A vítima deve ser analisada como um todo, pois

nem sempre a totalidade dos sinais podem estar

presentes na fase inicial.

- Os sinais mais precoces do choque hemodinâmico

são os dois primeiros da lista.

- A alteração da pressão sistólica pode ocorrer

somente quando já houve uma perda sangüínea de

aproximadamente 30% da volemia; portanto, não

aguardar a sua ocorrência para iniciar o tratamento,

principalmente em crianças, onde a alteração

pressórica só ocorre quando o choque é severo.

ADVERTÊNCIAS

Se a pressão arterial da vítima acusar diferença

entre a pressão sistólica e diastólica muito pequena

(pressão pinçada), tomar cuidado, pois isto é um sinal

sugestivo inicial de choque hemodinâmico.

2. CONDUTA NO CHOQUE HEMODINÂMICO:

2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Deitar a vítima com as pernas elevadas,

aproximadamente 30 cm.

2. Manter a permeabilidade das vias aéreas.

3. Ministrar oxigênio através de máscara.

4. Afrouxar suas roupas.

5. Manter a vítima aquecida.

6. Monitorar a freqüência cardíaca e a pressão

sistólica a cada cinco minutos, inclusive durante o

deslocamento.

- No caso de vítimas de trauma, o socorrista deve

ter especial cuidado com a coluna, manter a vítima

deitada e imobilizada na prancha longa e elevar a

parte inferior da prancha cerca de 30 cm.

- Nos casos de vítimas com suspeita de

traumatismo craniano ou torácico associado ao

choque hemodinâmico mantê-la em decúbito

horizontal.

ADVERTÊNCIAS

O socorrista deve estar preparado para a

ocorrência de vômitos: no caso de vítimas de

trauma, imobilizá-la na prancha longa e virar de lado

a prancha; nos casos clínicos transportar a vítima na

posição de coma (deitada de lado com um dos

membros inferiores fletido e o outro estendido).

Não dar alimentos ou líquidos para a vítima.

VIII – HEMORRAGIAS

1. HEMORRAGIAS EXTERNAS:

1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1.1.1. RECONHECIMENTO DE HEMORRAGIAS

EXTERNAS:

- Observar se há presença de sangue nas roupas.

- Observar se há presença de sangue no local

onde está a vítima.

- Observar saída de sangue pelo ferimento.

- Observar sinais e sintomas de choque.

1.1.2. CONDUTA:

1. Expor o ferimento.

2. Fazer uma compressão direta e firme sobre o

ferimento, com uma compressa de gaze, até parar

o sangramento.

3. Fixar a compressa com uma atadura de crepe.

4. Elevar o membro nas hemorragias em

extremidades.

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5. Caso o sangramento persista, comprimir os pontos

arteriais proximais.

6. Se o sangramento não cessar, realizar o

pinçamento, com os dedos indicador e polegar, do

vaso sangrante.

7. Como último recurso usar o torniquete e não

afrouxá-lo até que tenha chegado ao hospital.

8. Transportar a vítima na posição de choque (POP-

07-01).

- A tala inflável pode ser empregada no lugar da

atadura de crepe para fixar a compressa de gaze.

ADVERTÊNCIAS

Nunca remover a compressa de gaze após

aplicá-la sobre o ferimento, se necessário, coloque

outras por cima se o sangramento não parar.

Nos ferimentos na cabeça não fazer

compressão forte no local.

2. APLICAÇÃO DO TORNIQUETE:

2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Utilizar o torniquete somente no braço ou na coxa.

2. Utilizar uma bandagem triangular dobrada em

gravata.

3. Envolver o membro com a bandagem, dando duas

voltas e prendê-lo com apenas uma laçada (fig. A

e fig. B).

FIG. A FIG. B

4. Colocar um bastão, pedaço de madeira ou caneta e

terminar o nó, dando outra laçada.

5. Torcer o pano com o bastão, girando-o, até que a

hemorragia pare.

6. Segurar nessa posição sem aliviar a pressão em

nenhum momento até chegar ao hospital.

7. Anotar a hora em que foi exercida a pressão.

- Se o socorrista optar pela utilização do

torniquete, este não deve ser afrouxado.

- Retirar o torniquete apenas no hospital, após

atendimento médico.

- O torniquete é usado apenas como último recurso

para controlar uma hemorragia que não cessou

com os procedimentos anteriores.

ADVERTÊNCIAS

Nunca soltar o torniquete até chegar ao

hospital.

Lembrar que o torniquete priva os tecidos de

oxigênio e também comprime os nervos, podendo

a vítima perder o membro em decorrência deste

procedimento, portanto o transporte até o hospital

deve se iniciar precocemente.

O torniquete é usado apenas como último

recurso para controlar uma hemorragia que não

cessou com os procedimentos anteriores.

3. HEMORRAGIA INTERNA:

3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

3.1.1. SUSPEITA DE HEMORRAGIA INTERNA:

- Observar presença de grandes hematomas.

- Observar saída de sangue por orifícios naturais

(ouvido, nariz, boca, vagina,...).

- Relacionar a lesão com a natureza da ocorrência.

- Verificar a queixa principal da vítima.

- Observar sinais e sintomas de choque

hemodinâmico (POP-07-01).

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3.1.2. CONDUTA:

1. Tratar a vítima como em choque hemodinâmico:

2. Deitar a vítima com as pernas elevadas,

aproximadamente 30 cm.

3. Manter a permeabilidade das vias aéreas.

4. Ministrar oxigênio através de máscara.

5. Afrouxar suas roupas.

6. Manter a vítima aquecida.

7. Não obstruir a saída de sangue através dos orifícios

naturais.

ADVERTÊNCIAS

Nas hemorragias provenientes de orifícios

naturais da cabeça e da face, suspeitar de

traumatismo craniano e transportar a vítima em

decúbito horizontal sem elevação das pernas ou

cabeça.

IX – FERIMENTOS

1. FERIMENTOS EM TECIDOS MOLES:

1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Verificar o mecanismo de lesão.

2. Identificar lesões que ameaçam a vida.

3. Verificar a localização do ferimento, pois pode

sugerir que houve lesão interna de órgãos, com ou

sem hemorragia.

4. Expor o ferimento.

5. Identificar se houve ruptura da integridade da pele.

6. Avaliar a função neurovascular distal ao ferimento.

7. Identificar se o ferimento é penetrante, não retirar

objeto encravado, exceto quando este se encontrar

na bochecha; somente retirar corpos estranhos

grosseiros superficiais e soltos (pedaços de roupa,

grama, por exemplo).

8. Não lavar o ferimento com soro fisiológico nem

outra substância.

9. Cobrir o ferimento com gaze, fixando-a com

esparadrapo, fita crepe, atadura ou bandagem.

10. Na presença de sangramento fazer curativo

compressivo e proceder às condutas específicas.

11. No caso de objetos encravados ou transfixados,

estabilizar e proteger o objeto de movimentação,

com auxílio de gaze, atadura ou bandagem.

ADVERTÊNCIAS

Em crianças e bebês um ferimento extenso

pode causar choque.

Os ferimentos deverão ser tratados durante a

análise secundária, exceto aqueles acompanhados

por grandes hemorragias.

O socorrista deve sempre estar atento aos

sinais e sintomas de choque hemodinâmico.

2. FERIMENTOS NA CABEÇA E FACE:

2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Verificar a permeabilidade das vias aéreas,

mantendo a coluna cervical alinhada numa posição

neutra.

2. Aplicar curativo sem exercer forte pressão.

3. Utilizar para o curativo a bandagem triangular ou

atadura de crepe.

4. Não retirar objetos encravados ou transfixantes,

exceto aqueles transfixantes na bochecha que

devem ser retirados quando possível.

5. Estabilizar o objeto com auxílio de gaze, atadura e

bandagem.

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6. Nos ferimentos com fratura de mandíbula utilizar a

cânula de Guedel nas vítimas inconscientes para

manter a via aérea permeável.

7. Estar atento aos sinais e sintomas de traumatismo

craniano. Nesse caso, transportar em decúbito

elevado.

ADVERTÊNCIAS

Ferimentos de face associados à fratura são

graves, muitas vezes necessitando de manobras

de SAV para a manutenção das vias aéreas.

Manter a coluna cervical imóvel durante os

procedimentos, pois é grande a possibilidade de

existir lesão na coluna cervical nas vítimas com

ferimento de cabeça e face.

Nas crianças os ferimentos extensos de cabeça

podem levar rapidamente ao choque por perda

sangüínea.

Não efetuar tamponamento compressivo nos

ferimentos na cabeça.

3. FERIMENTOS NO OLHO:

3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Não retirar nenhum corpo estranho do olho.

2. Aplicar atadura oclusiva em ambos os olhos para

limitar os movimentos.

3. Não fazer pressão sobre o globo ocular.

4. Não tentar recolocar o globo ocular protuso no

lugar.

5. No caso de queimadura química, seja por

substância álcali ou ácida, irrigar com soro

fisiológico por aproximadamente 20 minutos. Fazer

a irrigação do centro para o canto externo do olho.

6. Fazer a irrigação continuamente durante o

transporte.

ADVERTÊNCIAS

Retirar as lentes de contato.

No caso de queimaduras químicas obter o

nome do produto e se possível levar o recipiente

para o hospital.

4. FERIMENTOS NO NARIZ:

4.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

4.1.1. FERIMENTOS TRAUMÁTICOS:

1. Manter as vias aéreas permeáveis.

2. Observar se há saída de sangue e/ou líquor.

3. No caso de sangramento, pinçar, com os dedos

indicador e polegar, as narinas na sua parte

cartilaginosa durante cinco minutos.

4. Se persistir o sangramento, exercer novamente a

pressão com os dedos.

5. Transportar a vítima em decúbito elevado para

evitar aspiração de sangue.

4.1.2. HEMORRAGIA ESPONTÂNEA:

1. Manter as vias aéreas permeáveis.

2. Manter a vítima calma e sentada, fora da exposição

solar.

3. Orientá-la para que respire pela boca, não forçando

a passagem de ar pelas narinas e também para

não engolir o sangue.

4. Pinçar com os dedos indicadores e polegar, as

narinas na sua parte cartilaginosa durante cinco

minutos.

5. Se persistir o sangramento, exercer novamente a

pressão com os dedos e transportar a vítima semi-

sentada.

ADVERTÊNCIAS

Nos casos de trauma não obstruir a saída de

sangue e/ou líquor pelo nariz.

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5. FERIMENTOS NO PESCOÇO:

5.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

5.1.1. PROCEDIMENTOS:

1. Verificar o mecanismo de lesão.

2. Identificar lesões que ameaçam a vida.

3. Verificar constantemente a permeabilidade das vias

aéreas.

4. Nos ferimentos que comprometam as vias aéreas:

ministrar oxigênio por máscara, transportar em

decúbito elevado (POP-05-01 e POP-05-02).

5. No caso do ferimento ter produzido uma abertura

no pescoço (tipo traqueotomia) não ocluir este

ferimento, deixar a vítima respirar por esta via.

6. Não remover objeto encravado ou transfixado,

imobilizá-lo para evitar movimentação.

7. Comunicar a Central de Operações e acionar o

SAV.

8. Estar atento aos sinais de lesão de laringe e

traquéia por traumatismo fechado (enfisema

subcutâneo).

9. No caso de vítimas de trauma, manter a coluna

alinhada numa posição neutra, mesmo não sendo

possível utilizar o colar cervical.

5.1.2. FERIMENTOS QUE COMPROMETAM VASOS

SANGUÍNEOS:

a) Nos ferimentos com hemorragia de origem

arterial (cor vermelho vivo):

- Fazer uma compressão manual direta sobre a

artéria carótida e mantê-la até chegar ao hospital.

- Nunca pressionar os dois lados ao mesmo

tempo.

b) Nos ferimentos com hemorragia de origem

venosa (cor vermelho escuro):

- Cobrir o ferimento com curativo de gaze oclusivo

evitando a entrada de ar na veia (embolia).

ADVERTÊNCIAS

Nos ferimentos hemorrágicos a vítima entrará

rapidamente em choque por perda sangüínea em

decorrência da lesão de grandes vasos (artéria

carótida e veia jugular).

Grandes hematomas no pescoço podem

comprimir a via aérea impedindo a respiração.

6. AMPUTAÇÃO E/OU AVULSÃO:

6.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Conter hemorragia empregando as devidas

técnicas (POP-08-01).

2. Prevenir o choque hemodinâmico (POP-07-02).

3. Localizar o segmento amputado.

4. Conduzir o segmento amputado juntamente com a

vítima.

5. Envolvê-lo com plástico protetor esterilizado.

6. Colocá-lo em um recipiente com gelo, se possível.

ADVERTÊNCIAS

Considerar a possibilidade da ocorrência de

choque hemodinâmico nas grandes amputações

e/ou avulsões.

Não colocar o segmento amputado em contato

direto com gelo, água ou outra substância.

Caso haja grande perde de sangue ou sinal de

choque hemodinâmico, não perder muito tempo em

procurar o membro amputado ou providenciar gelo.

7. FERIMENTOS PENETRANTES NO TÓRAX:

7.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

7.1.1. RECONHECIMENTO:

- dor no local.

- respiração dificultosa.

- presença de ferimento no tórax.

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- saída de ar através do tórax (ferida soprante).

- saída de sangue borbulhando pelo ferimento.

- tosse com secreção sanguinolenta.

- desvio de traquéia.

- enfisema subcutâneo (presença de ar no subcutâneo).

7.1.2. PROCEDIMENTOS GERAIS:

1. Controlar hemorragia.

2. Pedir para a vítima expulsar todo o ar dos pulmões

(expiração forçada).

3. Aplicar no ferimento um curativo oclusivo de

formato quadrado (utilizar o plástico protetor de

evisceração) vedando suas bordas em 3 pontas

com esparadrapo.

4. Transportar a vítima deitada sobre o lado afetado,

mantendo a imobilização de sua coluna.

5. Monitorar constantemente pressão arterial, freqüências

respiratória e cardíaca, coloração de mucosas.

6. Manter a vítima com máscara de oxigênio.

7. Estar atento aos sinais e sintomas de choque, tratando

a vítima como tal (POP-07-01 e POP-07-02).

8. Comunicar a Central de Operações e acionar o SAV.

ADVERTÊNCIAS

Não utilizar o ressuscitador de pressão

positiva com válvula de demanda; se for

necessária a ventilação artificial, fazê-la através de

máscara e ambu.

8. EVISCERAÇÃO:

8.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Cobrir as vísceras expostas com plástico

esterilizado (utilizar o protetor de evisceração) ou

com compressas de gaze algodoadas estéreis

(Zobec) umedecidas em soro fisiológico.

2. Proteger o local com curativo oclusivo.

3. Estar atento aos sinais e sintomas de choque

hemodinâmico (POP-07-01).

4. Estar preparado para a ocorrência de vômitos

(POP-04-08).

- Nunca tentar recolocar as vísceras no interior do

abdome.

- Não lavar com soro fisiológico ou qualquer outra

substância.

ADVERTÊNCIAS

Não introduzir compressas de gaze nas

vísceras.

Abrir o frasco de soro fisiológico para

umedecer a compressa apenas no momento da

utilização.

X – TRAUMAS

1. TRAUMA CRANIANO:

1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1.1.1. RECONHECIMENTO:

- Verificar o mecanismo de lesão.

- Perguntar à vítima consciente se está com

cefaléia (dor de cabeça) tontura e/ou náusea.

- Observar presença de ferimento e/ou hemorragia

no couro cabeludo.

- Palpar toda a cabeça procurando sentir fraturas

ou deformações sem exercer pressão excessiva.

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- Verificar presença de hematoma nas pálpebras

e/ou atrás das orelhas.

- Observar saída de sangue e/ou líquor pelo ouvido

e/ou pelo nariz.

- Verificar se houve perda de consciência e

amnésia.

- Verificar estado neurológico através da Escala de

Coma de Glasgow.

- Verificar tamanho e reatividade à luz das pupilas.

- Observar desigualdade das pupilas (anisocoria).

- Verificar deficiência de sensibilidade e/ou

movimentos em algum segmento do corpo.

- Verificar alterações do padrão respiratório.

- Observar presença de vômitos.

1.1.2. CONDUTA:

1. Verificar permeabilidade das vias aéreas mantendo

a coluna cervical alinhada em uma posição neutra,

com o colar cervical.

2. Nas vítimas inconscientes aplicar a cânula de

Guedel (POP-06-06).

3. Aspirar secreções da cavidade oral (POP-04-08).

4. Ministrar oxigênio por máscara (POP-05-01 e

POP-05-02).

5. Proteger os ferimentos com gaze, fixando com

bandagem triangular ou atadura de crepe sem

exercer pressão excessiva.

6. Não obstruir saída de sangue e/ou líquor dos

ouvidos e nariz.

7. Transportar a vítima imobilizada na prancha longa

com a cabeceira elevada cerca de 30 cm.

8. Monitorar a cada 5 minutos os sinais vitais e

continuamente o nível de consciência.

- Vítimas com traumatismo craniano associado a

choque hemodinâmico, transportar em decúbito

horizontal.

ADVERTÊNCIAS

Considerar toda vítima portadora de

traumatismo craniano como portadora de trauma

de coluna cervical associado.

Durante a avaliação evitar manobras que

possam agravar possível lesão cervical

Não é necessário a presença de um ferimento

externo para que a vítima apresente traumatismo

craniano, às vezes somente o mecanismo de

aceleração e desaceleração bruscas são suficientes

para causar um trauma.

Na dúvida, o socorrista deve considerar que a

vítima apresenta o quadro mais grave.

O socorrista deve estar preparado para a

ocorrência de vômitos e para uma eventual parada

respiratória ou cardiorrespiratória.

2. TRAUMA DE COLUNA:

2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

2.1.1. RECONHECIMENTO:

- Verificar o mecanismo de lesão, associando o

tipo de acidente com a suspeita de lesão.

- Observar presença de dor no pescoço ou ao

longo da coluna torácica e lombar.

- Palpar suavemente a coluna, procurando alguma

deformidade, edema e/ou crepitação.

- Verificar se há perda ou diminuição da

sensibilidade e/ou movimentação dos membros,

avaliando-os simetricamente.

- Observar presença de priapismo (ereção

peniana).

- Observar perda do controle dos esfíncteres

(eliminação involuntária de urina e/ou fezes).

- Observar o padrão respiratório. Pedir a vítima

que faça uma inspiração profunda, caso não

consiga é um dos sinais de lesão de coluna.

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2.1.2. CONDUTA:

1. Manter a permeabilidade das vias aéreas,

mantendo a coluna cervical imóvel alinhada numa

posição neutra, aplicar o colar cervical.

2. Verificar se há desvio de traquéia ou se os vasos

do pescoço estão distendidos.

3. Ministrar oxigênio (POP-05-01 e POP-05-02).

4. Monitorar sinais vitais e nível de consciência.

5. Em vítimas que estejam sentadas, aplicar a

prancha curta ou o “KED” antes de movimentá-la.

6. Em vítimas que estejam deitadas, colocar a

prancha longa antes de movimentá-la.

7. Transportar com o mínimo de movimentação

possível, mantendo a vítima calma e aquecida.

8. No caso de desvio de traquéia e/ou distensão dos

vasos do pescoço avisar a Central de Operações e

acionar SAV.

9. Estar preparado para a ocorrência de vômitos,

fixando bem a vítima na prancha para o caso de

giro lateral (POP-04-08).

ADVERTÊNCIAS

Verificar o mecanismo do trauma, lembrando

que a lesão óssea isolada pode não produzir

sintomas neurológicos (lesão neurológica).

Vítimas com lesões ao nível da sétima vértebra

cervical ou acima desta, podem desenvolver um

quadro de hipotensão sem que ocorra taquicardia,

devido à lesão do sistema nervoso.

Considerar que toda vítima de trauma poderá

ser portadora de lesão de coluna.

3. TRAUMA TORÁCICO:

3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

3.1.1. RECONHECIMENTO:

- Verificar o mecanismo de lesão.

- Se a respiração está alterada: dificultosa,

assimétrica ou paradoxal (depressão à inspiração

e elevação na expiração).

- A presença de dor local associada ou não à

respiração.

- Se há deformidade na parede torácica,

principalmente devido à fratura de costelas, se há

crepitação durante a palpação.

- A presença de hematomas, ferimentos, enfisema

subcutâneo no pescoço e/ou tórax.

- Observar se há desvio de traquéia ou distensão

de vasos do pescoço.

- Presença de tosse com sangue, cianose, sinais

ou sintomas de choque hemodinâmico.

- Deve-se considerar que está se agravando a

condição da vítima se houver um aumento da

dificuldade respiratória, distensão dos vasos do

pescoço, desvio de traquéia, desenvolvimento

progressivo de choque hemodinâmico.

3.1.2. CONDUTA:

1. Manter as vias aéreas permeáveis.

2. Ministrar oxigênio (POP-05-01 e POP-05-02).

3. Nas vítimas inconscientes aplicar a cânula de

Guedel (POP-06-06).

4. Ventilar a vítima com o ressuscitador manual

(ambu) se a freqüência respiratória for menor que

oito em adultos, e menor que doze em crianças.

5. Controlar hemorragias e ocluir ferimentos se

necessário (POP-08-01, POP-09-01 e POP-09-07).

6. Nos ferimentos penetrantes de tórax aplicar o

curativo de três pontas de acordo com o POP 09-

07.

7. Nas vítimas com fratura de várias costelas dos

dois lados (tórax flácido) fixar com esparadrapo

duas talas aramadas moldáveis pequenas sobre

as fraturas.

8. Monitorar sinais vitais a cada cinco minutos.

9. Transportar a vítima na posição mais adequada,

geralmente deitada sobre o lado afetado; se

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houver comprometimento dos dois lados elevar a

cabeceira da prancha.

10. Estar atento aos sinais e sintomas de choque

hemodinâmico.

ADVERTÊNCIAS

Não utilizar o ressuscitador com válvula de

demanda.

4. TRAUMA ABDOMINAL:

4.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

4.1.1. RECONHECIMENTO:

- Verificar o mecanismo de lesão.

- Vítima queixa-se de dor abdominal.

- Presença de ferimento penetrante ou não,

hematomas, marcas em algum quadrante do

abdome.

- Presença de sinais e sintomas de choque

hemodinâmico (POP-07-01).

- Pesquisar dor abdominal à palpação nos quatro

quadrantes.

- Presença de tensão abdominal e/ou distensão à

palpação.

- Ocorrência de vômitos.

4.1.2. CONDUTA:

1. Verificar a permeabilidade das vias aéreas,

mantendo a coluna cervical numa posição neutra,

utilizando o colar cervical.

2. Na ocorrência de vômitos, aspirar secreções e

imobilizar a vítima na prancha longa de modo que

seja possível virá-la lateralmente.

3. Ministrar oxigênio (POP-05-01 e POP-05-02).

4. Controlar hemorragias e cobrir ferimentos (POP-

08-01 e POP-08-03).

5. Estabilizar objetos penetrantes, fixando-os com

gaze, atadura ou bandagem.

6. Tratar o choque hemodinâmico (POP-07-02).

7. Se não houver vômitos ou sinais de choque

hemodinâmico, transportar a vítima deitada de

costas, com os membros inferiores um pouco

flexionados, apoiados sobre um cobertor (exceto

se houver suspeita de fraturas).

8. Monitorar sinais vitais, perfusão capilar a cada 5

minutos durante o transporte.

ADVERTÊNCIAS

Avaliar com cuidado um traumatismo

abdominal, pois como o abdome é uma grande

cavidade, pode não ocorrer distensão mesmo

após uma grande hemorragia.

Não ministrar alimentos ou líquidos para a

vítima.

5. TRAUMA EM GESTANTE:

5.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

5.1.1. DIFERENÇAS GERAIS NA MULHER GRÁVIDA:

a) Anatômicas:

- Aumento do tamanho do útero:

- até 3 meses de gestação: o útero permanece

na região pélvica;

- aos 5 meses de gestação: o útero está na altura

da cicatriz umbilical;

- aos 9 meses de gestação: o útero está na altura

do rebordo costal.

- Diminuição da espessura do útero.

- Formação da placenta, que possui grande

quantidade de sangue circulante.

- Todas essas mudanças do útero torna-o mais

susceptível às lesões, incluindo penetração de

corpos estranhos, ruptura, descolamento

prematuro de placenta, ruptura da bolsa

amniótica em decorrência de um trauma.

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- O baço e o fígado têm sua posição anatômica

alterada, ficando situados mais para cima do

que o habitual.

b) Hemodinâmicas:

- O débito cardíaco aumenta cerca de 1 a 1,5

litro/min.

- A freqüência cardíaca durante o último trimestre

da gravidez aumenta cerca de 15 a 20 bpm.

- A pressão arterial, tanto a sistólica quanto a

diastólica, a partir do segundo trimestre diminuem

cerca de 5 a 15 mmHg.

c) Respiratórias:

- A freqüência respiratória aumenta no final da

gravidez, média de 20 m.r.m.

- O consumo de oxigênio aumenta durante toda a

gravidez.

5.1.2. CONDUTA PARA ATENDIMENTO DE

GESTANTES VÍTIMAS DE TRAUMA:

1. Manter as vias aéreas permeáveis.

2. Administrar oxigênio (POP-05-01).

3. Prevenir choque hemodinâmico, mantendo a

gestante em decúbito lateral esquerdo, imobilizada

na prancha longa.

4. Fazer a análise secundária, tratando as lesões

encontradas de acordo com os respectivos

procedimentos operacionais.

- Observar se há contrações uterinas sugerindo

trabalho de parto prematuro.

- Observar se há sangramento vaginal

(descolamento prematuro de placenta ou ruptura

uterina), ou saída de líquido amnéstico (ruptura

da bolsa amniótica).

- Em algumas situações o estado geral da mãe

ainda é bom, porém, o feto pode estar em

choque (o útero funciona como uma “almofada”,

protegendo a mãe de lesões penetrantes no

abdome ou mesmo traumas fechados, mas quem

sofre é o feto).

ADVERTÊNCIAS

A gestante no último trimestre não deve ficar

em decúbito dorsal, devido ao grande volume do

útero que comprime a veia cava diminuindo o

retorno venoso causando hipotensão e choque.

Lembrar que se tratam de duas vítimas ao

invés de uma e que a gravidade das lesões

maternas não determinam somente a sobrevida

materna como também a fetal.

XI – LESÕES MÚSCULO ESQUELÉTICAS

1. AVALIAÇÃO RECONHECIMENTO E CONDUTA

DE LESÃO MÚSCULO ESQUELÉTICA:

1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

As lesões músculo-esqueléticas incluem:

- fraturas: perda da continuidade óssea.

- luxações: perda da congruência articular.

- entorses: lesão de ligamentos e tendões.

- contusões: contusões de partes moles (pele,

músculo, vaso sangüíneo).

1.1.1. RECONHECIMENTO:

- verificar o mecanismo de lesão.

- presença de dor aguda.

- observar deformidade, movimentos anormais ou

incapacidade funcional.

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- observar encurtamento.

- presença de edema, equimose ou hematoma.

- observar alteração da cor.

- presença de crepitação.

- observar exposição óssea.

- Verificar se há complicação examinando a porção

distal à lesão, palpando o pulso e pesquisando a

sensibilidade e motricidade.

1.1.2. CONDUTA:

1. Tratar, primeiramente, as lesões que ameaçam a

vida, detectadas na análise primária e início da

secundária.

2. Cortar a roupa e retirar objetos como relógio,

pulseiras, anéis.

3. Cobrir ferimentos com gaze seca, atadura ou

bandagem.

4. Não tentar reintroduzir um osso exposto.

5. Avaliar o pulso distal, perfusão capilar,

sensibilidade e mobilidade.

6. Alinhar fraturas conforme POP-11-02.

7. Imobilizar com o mínimo de movimentação

possível do membro, conforme procedimentos

específicos (POP-10-03, POP-11-03 e POP-11-

04).

8. Avaliar pulso distal, perfusão capilar após a

imobilização.

- Ao imobilizar, abranger uma articulação

imediatamente acima e outra imediatamente

abaixo do ponto lesionado.

- Ao imobilizar lesões em articulações abranger o

osso acima e o osso que está abaixo da articulação.

- Objetivos da imobilização: reduzir a dor, prevenir

lesões adicionais, diminuir sangramento.

- Na dúvida, se há ou não fratura, sempre imobilizar.

- Os procedimentos adotados neste manual

aplicam-se a suspeita de fratura ou fratura

indistintamente, uma vez que diagnóstico de

fratura requer confirmação radiológica.

ADVERTÊNCIAS

Lesões músculo-esqueléticas só são

manipuladas durante a análise secundária, exceto

quando ameaçam à vida.

Suspeitar de fratura mesmo com a presença de

apenas um sinal e/ou sintoma.

Não se distrair das prioridades por causa de

uma fratura que cause uma deformidade

impressionante.

2. ALINHAMENTO DE FRATURAS:

2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

- Tentar realinhar o membro de forma suave,

exercendo uma leve tração.

- Tentar o alinhamento somente em ossos longos

(úmero, rádio, ulna, fêmur, tíbia e fíbula).

- Tentar apenas uma única vez, se houver

resistência não forçar.

- Imobilizar na posição encontrada se houver

resistência.

- Avaliar o pulso distal, perfusão capilar,

sensibilidade e mobilidade antes e após a

tentativa de alinhamento.

ADVERTÊNCIAS

Não alinhar fraturas expostas, fraturas

envolvendo articulações e nem luxações.

3. LESÕES ORTOPÉDICAS NOS MEMBROS SUPERIORES:

3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

RECONHECIMENTO:

1. Reconhecer o mecanismo de lesão.

2. Identificar sinais e sintomas.

3. Verificar presença de complicações.

4. Imobilizar com as técnicas adequadas.

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3.1.1. CLAVÍCULA:

a) MECANISMO DE LESÃO:

- trauma direto - pancada sobre o tórax.

- trauma indireto - quedas com o braço estendido.

b) SINAIS E SINTOMAS:

- dor local, a vítima mantém o membro superior

fletido sobre o tórax, seguro pelo outro braço.

- deformidade e crepitação óssea.

- nas fraturas de terço medial da clavícula há uma

queda do ombro.

c) COMPLICAÇÕES:

- lesão vascular (veia subclávia).

- lesão neurológica como enervação do braço.

- lesão pulmonar e/ou pleural.

d) IMOBILIZAÇÃO:

- deve-se imobilizar o ombro proporcionando

sustentação para o braço.

- utilizar bandagem triangular e confeccionar uma

tipóia.

3.1.2. ESCÁPULA:

a) MECANISMO DE LESÃO:

- impacto de alta intensidade sobre o tórax.

b) SINAIS E SINTOMAS:

- dor local à palpação.

- deformidade apenas quando se palpa.

- vítima mantém o braço próximo ao corpo, não

conseguindo afastá-lo.

c) COMPLICAÇÕES:

- fraturas de costela e coluna.

- contusão pulmonar.

d) IMOBILIZAÇÃO:

- conter o ombro com duas bandagens

triangulares.

3.1.3. LUXAÇÃO DE OMBRO:

a) MECANISMO DE LESÃO:

- trauma direto sobre o ombro.

- prática de esportes.

b) SINAIS E SINTOMAS:

- dor intensa.

- perda de movimento do braço (não consegue

fazer movimento de rotação nem trazê-lo para

próximo do corpo).

- cabeça do úmero fora da articulação

(deformidade).

c) COMPLICAÇÕES:

- vascular e/ou neurológica.

d) IMOBILIZAÇÃO:

- utilizar bandagem triangular.

- se o membro estiver afastado do corpo, colocar

um cobertor enrolado entre o braço e o corpo

para apoiá-lo.

- utilizar tala moldável para apoio do braço na

posição onde se encontra.

3.1.4. ÚMERO:

a) MECANISMO DE LESÃO:

- traumas: direto ou indireto.

- doenças: tumores.

b) SINAIS E SINTOMAS:

- os clássicos de fratura.

c) COMPLICAÇÕES:

- hemorragia.

- lesão neurológica: lesão do nervo radial com

queda do punho.

d) IMOBILIZAÇÃO:

- envolver a articulação do ombro e do cotovelo.

- se a fratura for proximal (próximo ao ombro)

utilizar 2 bandagens triangulares, imobilizando o

membro fletido.

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- se a fratura for medial, utilizar tala rígida na face

anterior do braço, protegendo sua extremidade

que estiver em contato com a axila com uma

atadura. Poderá ser utilizado tala aramada

moldável ou tala inflável (POP -12-06, POP-12-

07 e POP-12-08).

- se a fratura for distal (comum em crianças e

pessoas idosas) utilizar a tala rígida ou a

aramada moldável (POP-12-06 e POP-12-07).

3.1.5. RÁDIO E ULNA:

a) MECANISMO DE LESÃO:

- trauma direto ou indireto.

b) SINAIS E SINTOMAS:

- clássicos de fratura.

c) COMPLICAÇÕES:

- mais comum neurológica.

d) IMOBILIZAÇÃO:

- incluir a articulação do cotovelo e do punho.

- utilizar a tala rígida em fraturas alinhadas, ou

como alternativa a tala inflável se não houver

comprometimento neurológico (POP-12-08).

- utilizar a tala aramada moldável em fraturas

desalinhadas (POP-12-07).

3.1.6. MÃO E DEDOS:

a) MECANISMO DE LESÃO:

- trauma direto.

b) SINAIS E SINTOMAS:

- característicos de fratura.

c) COMPLICAÇÕES:

- tanto vasos como nervos.

d) IMOBILIZAÇÃO:

- imobilizar a mão com os dedos semi-fletidos;

deixando-os apoiados sobre um rolo de atadura

de crepe ou chumaço de gaze.

- utilizar tala rígida, aramada moldável ou inflável

(POP-12-06, POP-12-07 e POP-12-08).

- para os dedos, proceder da mesma forma; caso

seja apenas um dedo e o comprometimento é

da falange distal, utilizar duas espátulas de

madeira.

ADVERTÊNCIAS

Na suspeita de fratura de cotovelo pode haver

lesão de artéria, causando isquemia (falta de

sangue), que se caracteriza por um aumento

progressivo e intenso da dor e diminuição até

ausência do pulso radial constituindo-se em uma

urgência ortopédica.

Nesse caso, não utilizar tala inflável.

4. LESÕES ORTOPÉDICAS NOS MEMBROS INFERIORES:

4.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

RECONHECIMENTO

1. Reconhecer o mecanismo de lesão.

2. Identificar sinais e sintomas.

3. Verificar presença de complicações.

4. Imobilizar com as técnicas adequadas.

4.1.1. PÉLVIS:

a) MECANISMO DE LESÃO:

- trauma direto ou indireto.

b) SINAIS E SINTOMAS:

- dor.

- deformidade.

- crepitação, instabilidade.

- sinais e sintomas de choque hemodinâmico.

c) LESÕES ASSOCIADAS:

- bexiga e/ou órgãos genitais.

- coluna.

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d) IMOBILIZAÇÃO:

- imobilizar na prancha longa, com auxílio da tala

rígida e bandagem triangular.

- imobilizar envolvendo a articulação do joelho e

impedindo a flexão do quadril.

- colocar um cobertor enrolado entre os membros

inferiores.

- poderá ser utilizado o KED.

4.1.2. LUXAÇÃO DE QUADRIL:

a) MECANISMO DE LESÃO:

- trauma.

b) SINAIS E SINTOMAS:

- dor intensa.

- posição anormal da articulação:

- luxação posterior: a coxa e o joelho estão

fletidos e rodados para dentro.

- luxação anterior: quadril fletido com a coxa

aberta e extremamente rodada; a cabeça do

fêmur é palpada no local do pulso femoral.

- luxação central: encurtamento do membro.

c) LESÕES ASSOCIADAS:

- lesões do joelho.

- lesões do nervo ciático, evidenciada pela

incapacidade de fazer a dorsiflexão do pé.

d) IMOBILIZAÇÃO:

- fazê-la de forma a sustentar o membro na

posição encontrada, utilizar tala aramada

moldável e cobertores enrolados (POP-12-07).

- utilizar a prancha longa.

4.1.3. FÊMUR:

a) MECANISMO DE LESÃO:

- fratura de cabeça de fêmur: trauma indireto e em

idosos também por doença.

- fratura de terço medial e distal resulta de trauma

direto de alto impacto.

b) SINAIS E SINTOMAS:

- fraturas de cabeça de fêmur: rotação externa,

encurtamento, dor.

- fratura de terço médio e distal: dor, edema e

deformidade.

c) LESÕES ASSOCIADAS:

- lesões vasculares levando a choque hemodinâmico.

- embolia gordurosa.

d) IMOBILIZAÇÃO:

- utilizar a tala de tração de fêmur nas fraturas

alinhadas e de terço médio (POP-12-09).

- utilizar a tala rígida ou inflável nas fraturas

alinhadas (POP-12-06 e POP-12-08).

- utilizar a tala aramada moldável nas fraturas

desalinhadas (POP-12-07).

- imobilizar de forma a impedir flexão do quadril e

do joelho.

- estar preparado para os sinais e sintomas de

choque.

4.1.4. JOELHO:

a) MECANISMO DE LESÃO:

- trauma direto ou indireto.

- torção.

- Hiperextensão.

b) SINAIS E SINTOMAS:

- sinais clássicos de fratura.

- lesões ligamentares (entorse) e luxação

instabilidade da articulação, limitação de

movimentos, movimentos anormais.

c) LESÕES ASSOCIADAS:

- lesões vasculares, particularmente artéria poplítea.

- lesões neurológicas.

d) IMOBILIZAÇÃO:

- lesões ortopédicas alinhadas, utilizar tala rígida

ou inflável (exceto as que apresentam lesão

vascular ou neurológica).

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- lesões ortopédicas nas quais não for possível o

alinhamento utilizar a tala aramada moldável.

- imobilizar o joelho envolvendo o fêmur, a tíbia e

fíbula.

4.1.5. TÍBIA E FÍBULA:

a) MECANISMO DE LESÃO:

- trauma direto.

- torção.

- stress.

b) SINAIS E SINTOMAS:

- sinais e sintomas clássicos de fratura.

c) LESÕES ASSOCIADAS:

- hemorragia.

- síndrome comportamental.

e) IMOBILIZAÇÃO:

- envolver a articulação do joelho e tornozelo.

- utilizar tala rígida ou aramada moldável ou

inflável. A tala inflável não deverá ser utilizada na

ausência de pulso distal (POP-12-06, POP-12-07

e POP-12-08).

4.1.6. PÉS:

a) MECANISMO DE LESÃO:

- trauma e torção.

b) SINAIS E SINTOMAS:

- clássicos de fratura, mas às vezes o único

sintoma é dor à palpação do calcanhar.

c) LESÕES ASSOCIADAS:

- comumente junto às lesões do calcâneo há

lesões da coluna.

d) IMOBILIZAÇÃO:

- utilizar tala inflável, tala aramada moldável (POP-

12-07 e POP-12-08).

ADVERTÊNCIAS

Estar atento para possibilidade de choque

hemodinâmico nas vítimas com fratura de pelve

e/ou fêmur.

Não utilizar tala inflável nas fraturas

desalinhadas ou nas fraturas expostas em que o

osso esteja para fora da ferida.

XII – IMOBILIZAÇÕES

1. APLICAÇÃO DO COLAR CERVICAL:

1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1.1.1. ESCOLHA DO COLAR CERVICAL

APROPRIADO:

- Usando seus dedos, meça da base do pescoço

(músculo trapézio) até a base da mandíbula da

vítima, a fim de determinar o tamanho do

pescoço da vítima.

FIG. A

- Medir a distância entre o ponto de referência do

calor e a borda inferior do plástico rígido.

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FIG. B

1.1.2. VÍTIMA SENTADA:

1. Retirar qualquer vestimenta, colar e outros adornos

da área do pescoço da vítima.

2. Socorrista 1:

- faz o alinhamento da cabeça da vítima e mantém

firme com uma leve tração para cima, mantendo

as vias aéreas permeáveis, elevando o ângulo da

mandíbula, colocando os polegares na região

occipital, os indicadores na maxila e os dedos

médios na mandíbula (fig. C).

FIG. C

3. Socorrista 2:

- escolhe o tamanho apropriado do colar de acordo

com a medida do pescoço da vítima (fig. A e B).

- coloca o colar cervical iniciando pela parte do

queixo, deslizando o colar sobre o tórax da vítima

até que seu queixo esteja apoiado firmemente

sobre o colar.

- passa a outra parte do colar por trás do pescoço

da vítima até se encontrar com a parte da frente

(fig. C).

- aperta o colar firmemente e prende o velcro.

4. Socorrista 1:

- mantém a imobilização lateral da cabeça.

1.1.3. VITIMA DEITADA:

1. Retirar qualquer vestimenta, colar e outros adornos

da área do pescoço da vítima.

2. Socorrista 1:

- faz o alinhamento da cabeça da vítima,

mantendo-a firme com uma leve tração,

mantendo a permeabilidade das vias aéreas e

elevação da mandíbula, colocando os polegares

na maxila, os dedos indicadores na mandíbula e

os dedos médios na região occipital.

FIG. B

3. Socorrista 2:

- escolhe o tamanho apropriado do colar, de

acordo com a medida do pescoço da vítima (fig.

A e B).

- medir a distância entre o ponto de referência do

calor e a borda inferior do plástico rígido.

- coloca primeiro a parte de trás do colar,

deslizando-a por baixo do pescoço da vítima,

posiciona a parte da frente do colar, encaixando-

a ao queixo, aperta-o firmemente e prende o

velcro (fig. E).

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FIG. E

4. Socorrista 1:

- mantém a imobilização lateral da cabeça da

vítima até que se coloque um recurso material

para tal (cobertor, imobilizador lateral, frascos de

soro e fita crepe).

ADVERTÊNCIAS

O colar cervical deverá ter o tamanho

adequado de forma a proporcionar alinhamento e

imobilização antero-posterior da coluna cervical.

Em toda vítima de trauma deverá ser colocado o

colar cervical, mesmo que o estado da vítima não

seja grave.

2. RETIRADA DO CAPACETE:

2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Socorrista 1:

- faz uma leve tração no pescoço da vítima,

utilizando as mãos uma de cada lado do

capacete, colocando os dedos indicadores na

mandíbula da vítima para evitar que o capacete

escorregue caso o tirante escape (fig. A).

FIG. A

2. Socorrista 1:

- solta ou corta o tirante do capacete enquanto o

socorrista 1 mantém a tração.

- coloca os polegares nos ramos da mandíbula, um

de cada lado, assim como os dedos indicadores

na maxila e os outros três dedos na região

occipital, por dentro do capacete (fig. B).

FIG. B

3. Socorrista 2:

- remove o capacete da cabeça da vítima,

atentando para os seguintes itens:

a) capacete oval: é necessário alargá-lo com as

próprias mãos, mantendo-o dessa forma

durante todo o processo de retirada, para que

ele não pegue as orelhas da vítima e seja

mais fácil a retirada.

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b) capacete que cobre toda a face da vítima:

remova primeiro o visor e erga a parte da

frente do capacete ao tirá-lo, para que não

pegue o nariz.

4. Socorrista 1:

- mantém a tração do pescoço da vítima em todo o

tempo enquanto o socorrista 2 remove o

capacete, impedindo assim que sua cabeça se

mova, conforme POP 12-01.

5. Depois que o capacete for removido da cabeça da

vítima, o socorrista 2 assume a tríplice manobra de

acordo com POP 12 -01- Vítima Deitada.

6. Socorrista 2:

- faz uma leve tração no pescoço da vítima,

mantendo o alinhamento.

7. Socorrista 1:

- mede o tamanho do colar cervical na vítima de

acordo com POP 12-01.

- coloca o colar cervical no pescoço da vítima.

8. Socorrista 2:

-apóia a cabeça da vítima no chão, lembrando que

se for necessário, utilizar um lençol ou cobertor

para corrigir a distância entre o chão e a cabeça

alinhada.

ADVERTÊNCIAS

A retirada do capacete deve ser feita

rapidamente e com toda a técnica, pois a presença

dele prejudica a análise primária.

A retirada do capacete deve ser feita com a

vítima em decúbito dorsal, por isso se encontrar a

vítima em outra posição faça o giro em monobloco

imediatamente.

Permite-se a retirada do capacete com a

vítima em outra posição que não a de decúbito

dorsal se ela estiver presa em algum lugar

impedindo o giro.

3. COLOCAÇÃO DE PRANCHA CURTA:

3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Socorrista 1:

- realiza a Manobra Tríplice e mantém o

alinhamento da coluna cervical, tranqüilizando a

vítima.

2. Socorrista 2:

- realiza a colocação do colar cervical.

3. Socorrista 3:

- prepara a prancha curta, desprende os tirantes

de forma correta.

4. Socorrista 1:

- continua mantendo o alinhamento da coluna

cervical, orientando a vítima de todo

procedimento que está sendo realizado.

5. Socorrista 2:

- posiciona o corpo da vítima à frente para permitir

a colocação da prancha curta.

6. Socorrista 3:

- passa a mão nas costas da vítima até a região

lombar para procurar ferimentos, fragmentos de

vidro, pedaços de lataria ou possível armamento.

7. Socorrista 3:

- coloca a prancha curta entre a vítima e o encosto,

aplicando em seguida um apoio (tipo almofada)

entre a cabeça e a prancha, corrigindo a

distância existente entre as duas (fig. A).

FIG. A

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8. Socorristas 2 e 3:

- passam os tirantes. As pontas correspondentes

às fivelas passam respectivamente por cima de

cada ombro da vítima até aproximadamente o

nível do tórax. As outras pontas dos tirantes

deverão passar sobre as virilhas (de dentro para

fora), por baixo das coxas, cruzando o abdome e

o tórax encaixando assim nas fivelas

correspondentes (fig. B e fig. C).

FIG. B

FIG. C

9. Socorrista 2:

- prende a cabeça da vítima à prancha curta.

ADVERTÊNCIAS

Verificar se os tirantes estão bem firmes à

vítima.

Utilizar, se possível, tirantes de cores

diferentes.

4. COLOCAÇÃO DO COLETE IMOBILIZADOR

K.E.D.:

4.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Socorrista 1:

- realiza a manobra tríplice e mantém o

alinhamento da coluna cervical, tranqüilizando a

vítima.

2. Socorrista 2:

- realiza a colocação do colar cervical.

3. Socorrista 3:

- prepara o colete imobilizador, dispondo os

tirantes de forma correta.

4. Socorrista 1:

- continua mantendo o alinhamento da coluna

cervical, orientando a vítima de todo o

procedimento que está sendo realizado.

5. Socorrista 2:

- posiciona o corpo da vítima à frente para permitir

a colocação do colete.

6. Socorrista 3:

- passa a mão nas costas da vítima até a região

lombar para procurar ferimentos, fragmentos de

vidros, pedaços de lataria ou possível

armamento.

7. Socorrista 3:

- coloca o colete entre a vítima e o encosto,

ajustando-o de maneira que as abas laterais

fiquem sob as axilas e, em seguida coloca a

almofada entre a cabeça e o colete, corrigindo a

distância entre os dois.

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8. Socorrista 2 e 3:

- prendem os tirantes do colete na seguinte

seqüência (fig. A):

a) tirante abdominal do meio.

b) tirante abdominal inferior.

c) tirantes dos membros inferiores, passando-os

de fora para dentro por baixo, um de cada lado.

d) realiza a fixação da cabeça.

e) tirante torácico, sem ajustá-lo demasiadamente.

FIG. A

9. Após a devida fixação do colete, os socorristas 2 e

3 efetuam a retirada e o socorrista 1 permanece

apoiando a cabeça da vítima.

10. Ao colocar a vítima imobilizada na prancha longa

devem ser soltos, pela ordem:

a) tirante torácico.

b) tirantes dos membros inferiores.

11. Todos os tirantes devem estar bem fixos e deve-se

evitar que fiquem com pontas soltas, pois podem

enroscar e dificultar a movimentação da vítima.

ADVERTÊNCIAS

Este procedimento deve ser aplicado apenas

em vítimas que estejam com os sinais vitais

presentes; em casos de parada cárdio-respiratória

ou outra situação de risco iminente de vida deverá

ser aplicado o POP 12-11 (retirada rápida); não

fixar o tirante inferior no caso de vítima gestante e

obesos extremos.

5. PASSAGEM DA PRANCHA CURTA OU

K.E.D. PARA PRANCHA LONGA:

5.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Colocar a prancha curta ou KED conforme POP

012-03 e 012-04.

2. Preparar a prancha longa, com no mínimo três

tirantes (um ao nível das axilas, outro ao nível das

cristas ilíacas e outro ao nível dos joelhos).

3. Apoiar a extremidade dos pés da prancha longa

sobre o estribo ou banco do carro (se o giro da

vítima for feito para a esquerda, caso contrário,

inverta a posição da prancha), enquanto a

outra extremidade é segura pelo socorrista 3

(fig. A).

FIG. A 4. Fazer o giro da vítima, o socorrista-1 deverá ficar

dentro do carro no assento lateral para apoiar as

pernas da vítima; o socorrista-2 deverá estar fora

do veículo ao lado da prancha longa, próximo à

vítima para apoiar a prancha curta até que a

mesma encoste na prancha longa levando a vítima

até a cabeceira da prancha longa.

5. Após este procedimento, soltar os tirantes da

prancha curta/KED e estender as pernas da vítima

suavemente sobre a prancha longa.

6. Fixar a vítima à prancha longa com os tirantes.

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ADVERTÊNCIAS

Antes de realizar o giro da vítima, verificar se

os tirantes da prancha curta ou KED estão bem

firmes e justos.

Em algumas situações não é possível fazer o

giro de forma a deixar as costas da vítima para

fora, nesses casos o giro pode ser feito ao

contrário, tomando-se o cuidado de inverter

também a prancha longa.

A prancha curta e o KED não são feitos para

carregar a vítima sentada e sim para apoiar e

imobilizar a sua coluna, por isso após

imobilizá-la fazer o giro e deitá-la sobre a

prancha longa.

6. COLOCAÇÃO DE VITIMA EM PRANCHA

LONGA:

6.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1º MÉTODO: GIRO EM BLOCO COM TRÊS

SOCORRISTAS

1. Socorrista 1 segura a cabeça da vítima e explica

a mesma, caso esteja consciente, o que será

feito.

2. Socorrista 2 posiciona-se na lateral da vítima na

altura do tronco, colocando uma das mãos no

ombro contralateral e a outra mão na região

pélvica contralateral.

3. Socorrista 3 posiciona-se na mesma lateral que o

socorrista 2, na altura dos membros inferiores da

vítima; coloca uma das mãos na região pélvica

numa posição acima da mão do socorrista 2 e a

outra mão na altura do tornozelo (fig. A).

FIG. A

4. Socorrista 1 após certificar-se que todos estão na

posição correta, faz a contagem combinada pela

equipe em voz alta e todos ao mesmo tempo,

efetuam o giro lateral em bloco da vítima.

5. Socorrista 2 retira a mão da região pélvica e traz a

prancha longa para próximo da vítima; e em seguida

retorna a mão para a mesma posição (fig. B).

FIG. B

6. Socorrista 1 comanda o giro em bloco da vítima

para colocá-la sobre a prancha longa (fig. C).

FIG. C

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7. Socorrista 1 mantém a cabeça segura pelas mãos.

8. Socorrista 2 e 3 com as mãos na outra lateral do

corpo da vítima deslocam-na e a acomodando na

prancha, não esquecendo de manter a prancha

travada com o pé ou o joelho durante a manobra

para que não deslize.

9. Socorrista 1 realiza fixação da cabeça.

10. Socorrista 2 e 3 prendem os tirantes nas seguintes

posições:

- na altura das axilas e cruzando, passando pelos

membros.

- na altura das cristas ilíacas.

- na altura dos joelhos.

11. Socorrista 3 fixa os membros superiores da vítima

unindo as mãos com bandagem triangular ou

atadura de crepe. Que os membros superiores

podem ser fixados nas laterais do corpo através de

atadura à prancha longa.

2º MÉTODO: LEVANTAMENTO EM BLOCO COM

QUATRO SOCORRISTAS

1. Socorrista 1 posiciona-se de frente para o corpo da

vítima e segura a cabeça dela, explicando-lhe o

que será feito caso ela esteja consciente.

2. Socorrista 2 em pé, posiciona-se sobre a vítima

colocando uma perna de cada lado da vítima e

segura-a pelos ombros.

3. Socorrista 3 em pé, posiciona-se sobre a vítima

colocando uma perna de cada lado da vítima na altura

das coxas e segura a vítima pela região pélvica.

4. Socorrista 4 posiciona-se de frete para o socorrista

1 e segura os membros inferiores da vítima na

altura dos tornozelos (fig. C).

5. Socorrista 1 após certificar-se que todos os

socorristas estão na posição correta faz a

contagem conhecida pela equipe em voz alta e

todos, ao mesmo tempo, levantam a vítima em

bloco. Ao segundo comando do socorrista 1

deslocam-se lateralmente para colocar a vítima

sobre a prancha longa (fig. D).

FIG. D

6. Socorrista 1 realiza fixação da cabeça.

7. Socorrista 2 e 3 prendem os tirantes nas seguintes

posições:

- passando pelo tronco logo abaixo das axilas e

cruzando, passando pelos ombros.

- na altura das cristas ilíacas.

- na altura dos joelhos.

8. Socorrista 3 fixa os membros superiores da vítima

unindo as mãos com bandagem triangular ou

atadura de crepe. Ou os membros superiores

podem ser fixados nas laterais do corpo através de

atadura para a prancha longa.

Esse método é usado em casos de vítima

politraumatizados, nas guias não se pode fazer o

giro lateral devido ao grande número de lesões, ou

em outras situações que impeçam o giro lateral da

vítima.

do corpo através de atadura presa à prancha

longa.

ADVERTÊNCIAS

Ao realizar este método deve-se tomar cuidado

de escolher o lado correto para efetuar o giro,

deixando o lado com traumas ou fraturas livre

para cima.

A vítima deve estar sempre bem fixa a prancha

para evitar acidentes e também, se houver

necessidade, movimentá-la rapidamente sem

perder a imobilização da coluna.

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7. APLICAÇÃO DE TALA RÍGIDA:

7.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Explicar o procedimento à vítima.

2. Remover qualquer vestimenta, calçado, relógio,

adornos, etc...

3. Verificar se há pulso distal, perfusão capilar, cor e

temperatura da pele.

4. Se houver qualquer ferimento, fazer um curativo

(estancar hemorragias).

5. Escolher o tamanho apropriado da tala para a

extremidade a ser imobilizada, de forma a

abranger uma articulação imediatamente acima e

outra imediatamente abaixo do ponto lesionado;

caso se esteja imobilizando uma articulação, a tala

deverá abranger o osso acima e o osso abaixo que

compõem a articulação.

6. Socorrista 1 segura a extremidade do membro

afetado exercendo firme e suave tração

longitudinal.

7. Socorrista 2 coloca uma tala embaixo e uma de

cada lado do membro afetado.

8. Socorrista 1 mantém a tração enquanto o

socorrista-2 envolve as talas com ataduras ou

bandagens no sentido distal para proximal.

9. Verificar novamente: pulso, perfusão periférica, cor

e temperatura da pele.

ADVERTÊNCIAS

Verificar se a extremidade da tala não está

pressionando a pele, para que isso não ocorra

protegê-la com gaze.

8. APLICAÇÃO DE TALA ARMADA

MOLDÁVEL:

8.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Explicar todo o procedimento à vítima.

2. Remover qualquer vestimenta, calçado, relógio,

adornos, etc...

3. Verificar se há pulso distal, perfusão capilar, cor e

temperatura da pele.

4. Se houver qualquer ferimento fazer um curativo

(estancar hemorragias).

5. Escolher o tamanho apropriado para a extremidade

a ser imobilizada, de forma que envolva uma

articulação acima e outra abaixo do ponto

lesionado, ou em caso de articulação o osso que

compõe a articulação acima e o que a compõe

abaixo.

6. Socorrista 1 segura a extremidade do membro

afetado exercendo firme e suave tração

longitudinal.

7. Socorrista 2 molda as talas de acordo com a

necessidade.

8. Socorrista 2 coloca uma tala embaixo, e uma de

cada lado do membro afetado.

9. Socorrista 1 mantém a tração enquanto o socorrista

2 envolve as talas com ataduras ou bandagens no

sentido distal para proximal.

10. Verificar pulso, perfusão periférica, cor e

temperatura da pele.

ADVERTÊNCIAS

Se não for possível o alinhamento da fratura

de acordo com o POP 011-03, moldar as talas de

acordo com a necessidade.

Lembrar-se de colocar em contato com o membro

da vítima a face da tala mais espessa e não a que

está com a parte de alumínio mais superficial.

9. APLICAÇÃO DE TALA INFLÁVEL:

9.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Explicar todo procedimento à vítima.

2. Remover qualquer vestimenta, calçado, relógio,

adornos, etc...

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3. Verificar pulso distal, perfusão periférica, cor e

temperatura da pele.

4. Se houver qualquer ferimento, fazer um curativo

(estancar a hemorragia).

5. Preparar a tala inflável, selecionando o tamanho

apropriado de acordo com a extremidade a ser

imobilizada.

IMOBILIZAÇÃO DE MEMBRO SUPERIOR:

1. Socorrista 1:

- abre o zíper da tala somente o necessário e

desliza-a sobre o seu próprio braço, vestindo-a.

- com a mesma mão em que a tala estiver, segura

a extremidade a ser imobilizada, fazendo então o

alinhamento e a gentil tração.

2. Socorrista 2:

- desliza a tala do braço do socorrista 1 para o

braço da vítima.

- infla-a até que uma leve reentrância possa ser

feita pelos seus dedos.

3. Verificar se há pulso distal, perfusão periférica e se

a vítima sente adormecimento ou formigamento no

membro imobilizado.

IMOBILIZAÇÃO DE MEMBRO INFERIOR: 1. Socorrista 2:

- abre o zíper da tala somente o necessário.

2. Socorrista 1:

- segura gentilmente a extremidade do membro

afetado, exercendo uma leve tração.

3. Socorrista 2:

- desliza a tala por baixo do membro afetado e

fecha o zíper.

4. Socorrista 1:

- mantém a tração.

5. Socorrista 2:

- infla a tala até o ponto onde uma reentrância

possa ser feita por seus dedos.

6. Verificar se há pulso distal, perfusão periférica e se

a vítima sente adormecimento ou formigamento no

membro imobilizado.

ADVERTÊNCIAS

A tração manual só poderá ser desfeita após a

tala estar inflada.

Nunca utilize a tala inflável em fraturas

desalinhadas, fraturas com ossos expostos e

lesões em articulações.

10. APLICAÇÃO DE TALA DE TRAÇÃO DE

FÊMUR:

10.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1. Explicar o procedimento à vítima, advertindo-a a

respeito da dor ao tracionar.

2. Remover roupas, calçados, etc...

3. Verificar se há pulso distal.

4. Escolher o tamanho adequado (adulto ou

pediátrico) e preparar a tala de tração.

5. Socorrista 1:

- mede a tala ao longo da perna da vítima (não

fraturada) e ajusta o comprimento, deixando

aproximadamente um palmo de distância entre o

pé da vítima e o suporte de apoio da tala (fig. A).

FIG. A

6. Socorrista 2:

- segura o tornozelo da vítima exercendo firme e

suave.

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7. Socorrista 1:

- coloca o “T” no tornozelo com as argolas voltadas

para a planta do pé.

8. Socorrista 2:

- passa a exercer a tração através das argolas do

“T”.

- ergue a perna da vítima suavemente mantendo a

tração, somente o necessário para colocar a tala

embaixo do membro.

9. Socorrista 1:

- desliza a tala para baixo do membro fraturado

sendo que, a parte superior oposta à de tração

deverá ficar apoiada confortavelmente contra a

região glútea.

FIG. B

- prende o tirante da virilha tomando cuidado para

não pressionar os genitais ou artéria femoral.

- prende o tirante do tornozelo ao gancho de tração

com as três argolas.

- gira o regulador de tração até que a vítima sinta

alívio da dor. Nas vítimas inconscientes até que o

comprimento do membro inferior lesionado

aproxime-se do normal.

10. Verificar o pulso distal e a perfusão periférica.

11. Socorrista 1:

- prende o restante dos tirantes, iniciando pelo

tirante que fica acima do tornozelo, em seguida o

que fica imediatamente abaixo do joelho,

posteriormente o que fica acima do joelho e por

último o da coxa (fig. C).

- ergue o suporte elevatório da tala.

FIG. C

12. Socorrista 2:

- verifica novamente o pulso distal e perfusão

periférica.

13. Coloca-se a vítima na prancha longa conforme o

POP 012-06.

ADVERTÊNCIAS

Esta tala só poderá ser utilizada em fraturas

alinhadas, na região medial do fêmur e que não

apresentem comprometimento vascular e/ou

neurológico; nem luxações ou suspeita de fraturas

em outras partes do membro.

Se ao pesquisar novamente o pulso, não o

encontrar aliviar a tração.

O tirante da coxa deve ser ajustado de forma

bem leve, sendo que em alguns casos coincidirá

com o ponto fraturado.

Na dúvida se há ou não fratura medial do

fêmur utilizar outra tala para imobilização.

11. RETIRADA E MOVIMENTAÇÃO DE

VITIMAS DE TRAUMA:

11.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

11.1.1. PRINCÍPIO DA “HORA DE OURO”:

A vítima de trauma tem 60 minutos, a contar do

momento do acidente, para:

a) ser localizada;

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b) ser desencarcerada;

c) ser imobilizada;

d) ser transportada;

e) dar entrada no pronto socorro;

f) ser entregue a um especialista.

11.1.2. PRINCÍPIO DOS “MINUTOS DE PLATINA”:

Uma vítima de trauma que se encontrar presa nas

ferragens ou nos escombros de um sinistro deverá ser

desencarcerada e/ou resgatada pelas equipes de

salvamento entre 10 e 15 minutos, a contar do

momento do acidente.

11.1.3. CASOS DE APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE

RETIRADA RÁPIDA:

A retirada rápida dispensa a imobilização com

K.E.D. ou prancha curta e poderá ser aplicada nos

seguintes casos:

a) Vítima encarcerada em parada cardiorrespiratório.

b) Risco iminente de incêndio ou explosão.

c) Situações críticas de risco para a vítima ou para

o socorrista.

d) Quando devido à complexidade da operação de

retirada se passarem mais de 15 minutos e a

vítima esteja inconsciente.

Nos casos acima, não se deve retardar o

desencarceramento e a movimentação das vítimas,

pois o prejuízo para o atendimento se agrava à

medida que o tempo passa.

11.1.4. CONDUTA:

Para a execução da técnica da retirada rápida, o

socorrista seguirá as seguintes etapas:

1. Constatar um dos casos indicados para a retirada

rápida.

2. Após a devida análise da vítima, providenciar a

imobilização cervical conforme POP 12-01.

3. Executar a retirada rápida com o auxílio de outro

socorrista.

4. Assim que possível colocar a vítima numa prancha

longa de imobilizá-la corretamente.

5. Providenciar o transporte rapidamente, lembrando

do conceito da “hora de ouro”.

11.1.5. TÉCNICA DA RETIRADA RÁPIDA:

A técnica de retirada rápida somente deve ser

utilizada nos casos acima mencionados, e será

executada por dois socorristas. Ela consiste em

acelerar os procedimentos de movimentação da

vítima, dispensando os equipamentos de imobilização,

para que sejam atendidos os princípios da “hora de

ouro” e dos “minutos de platina”.

Antes de movimentar a vítima coloque

corretamente o colar cervical.

11.1.6. MÉTODO DA CHAVE DE "RAUTECK” PARA

VÍTIMAS DE ACIDENTE DE TRÂNSITO:

- Verificar se os pés da vítima estão presos nos

pedais dos veículos, ferragens ou outro

obstáculo.

- Se possível, liberar os pés da vítima

descalçando-lhe os sapatos.

- Iniciar a retirada após a colocação do colar

cervical.

- O socorrista 1 deve, se possível, permanecer

atrás da vítima, apoiando-lhe a cabeça para

evitar movimentos desnecessários.

- O socorrista 2 deve inclinar-se sobre a vítima,

passando-lhe a mão por trás das costas e

apoiando-a no quadril oposto.

- Com a outra mão por baixo do braço da vítima, o

socorrista 2 deve segurar a parte anterior do

ombro, fazendo uma pequena rotação com ambas

as mãos simultaneamente, desencostando-a

parcialmente do assento para facilitar a remoção.

- Em seguida soltar a mão que estava apoiada no

quadril e segure-lhe o punho deste lado, com a

mão que estava no ombro apoiando a cabeça da

vítima.

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- Após a remoção da vítima do interior do veículo,

o socorrista 2 deverá ampará-la em seu colo e

lentamente colocá-la sobre uma prancha longa

que deverá estar previamente preparada, tendo o

cuidado de manter a coluna apoiada sem dobrá-

la nem torcê-la.

- Se houver espaço o socorrista 1 deverá

acompanhar a retirada, apoiando a cabeça da

vítima por trás até a colocação da vítima na

prancha longa.

ADVERTÊNCIAS

Quando a vítima se encontrar consciente e

estável devem ser observados todos os

procedimentos para imobilização e retirada, porém

ficam mantidos os princípios da “hora de ouro” e

dos “minutos de platina”.

Não se esqueça de estabilizar a coluna cervical

da vítima, seja qual for a técnica de retirada

utilizada. Não perca tempo com imobilizações nos

casos indicados para retirada rápida.

Somente utilize a técnica da retirada rápida em

casos indicados.

XIII – EMERGÊNCIAS CLÍNICAS

1. ALTERAÇÕES DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA:

1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1.1.1. RECONHECIMENTO:

- Identificar a causa se possível, afastando a

possibilidade de ser traumática.

- Identificar fatores de risco.

- Procurar obter informações através de

testemunhas, parentes ou amigos.

- Procurar por sinais que indicam uso de

medicamento, drogas ou bebidas alcoólicas.

- Avaliar a consciência segundo a Escala de Coma

de Glasgow.

- Observar se houve liberação de esfíncteres.

1.1.2. CONDUTA NA ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE

CONSCIÊNCIA:

1. Manter a permeabilidade das vias aéreas.

2. Utilizar a cânula de Guedel nas vítimas

inconscientes (POP-06-06).

3. Ministrar oxigênio (POP-05-01 e POP-05-02).

4. Afrouxar as vestes.

5. Manter a vítima na posição de coma (decúbito

lateral, com um dos membros inferiores fletido, o

outro estendido e o braço correspondente ao lado

que a vítima estiver deitada deverá servir como

apoio para sua cabeça - fig. A).

FIG. A

6. Manter a vítima aquecida.

7. Monitorar sinais vitais e nível de consciência a cada

5 minutos durante o transporte.

8. Não Ministrar nada via oral, exceto em casos que

haja orientação da Central de Operações.

- Vítimas em choque hemodinâmico, tratar

segundo o POP 07-02.

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ADVERTÊNCIAS

A alteração do nível de consciência de origem

clínica pode ser decorrente de várias doenças, as

mais comuns incluem: Diabetes, hipoglicemia,

hipotensão e hipertensão arterial, AVC (derrame),

crises convulsivas.

O socorrista deve sempre prestar atenção ao

hálito e à presença de picadas de agulhas.

2. CRISE CONVULSIVA:

2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

2.1.1. RECONHECIMENTO:

Caracteriza-se por um comportamento anormal

manifestado por movimentos tônico-clônicos de curta

duração (aproximadamente 3-5 minutos):

- fase tônica: extensão da musculatura corporal

(rigidez, dentes cerrados).

- fase crônica: espasmos sucessivos (contrações

musculares), salivação, perda ou não do controle

dos esfíncteres.

- fase pós-convulsão: a vítima apresenta

sonolência e confusão mental.

Tipos de crises convulsivas:

- Generalizada: envolvendo todo o corpo.

- Focal: compromete apenas uma parte do corpo.

Causas prováveis de crise convulsiva:

- Traumatismo craniano.

- Intoxicação: álcool, entorpecentes, medicamentos

em excesso.

- Febre alta.

- Infecção: meningite, AIDS.

- Gravidez: toxemia gravídica (pressão alta).

- Epilepsia.

- A duração de uma crise convulsiva pode ser maior

do que 3-5 minutos, ou pode se repetir várias

vezes, caracterizando um estado de mal epiléptico

que é muito grave, pois compromete a respiração

da vítima levando a uma parada respiratória.

- Existem casos de crises convulsivas nos quais

não identificamos a causa.

2.1.2. CONDUTA NA CRISE CONVULSIVA:

1. Proteger a vítima de qualquer perigo, afastando

objetos perigosos de sua proximidade.

2. Manter a vítima em decúbito lateral, se possível.

3. Manter a permeabilidade das vias aéreas,

protegendo sua cabeça para evitar traumatismos

durante a crise.

4. Utilizar o aspirador de secreções pelo nariz, sem

força e, se for realmente necessário para liberar

suas vias aéreas, evitando estimular o reflexo do

vômito (está contra-indicado em vítimas com

traumatismo craniano).

5. Ministrar oxigênio através da máscara facial (POP-

05-01 e POP-05-02).

6. Afrouxar as vestes.

7. Transportar a vítima.

- Não forçar a abertura da boca durante a crise

convulsiva, nem tentar introduzir nenhum objeto

na boca.

- Se a crise persistir durante o transporte e houver

diminuição da freqüência respiratória (menor que

8 m.r.m. no adulto e menor que 12 m.r.m. nas

crianças) ou parada respiratória, iniciar ventilação

artificial com máscara e ambu.

2.1.3. CONDUTA NA FASE PÓS-CRISE

CONVULSIVA:

1. Assegurar que as vias aéreas estejam permeáveis.

2. Ministrar oxigênio por máscara.

3. Verificar os sinais vitais.

4. Tratar os eventuais ferimentos.

5. Manter a vítima na posição de coma nos casos

clínicos e em decúbito lateral imobilizado na

prancha longa nos casos de trauma.

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6. Transportar a vítima, mantendo-a sob observação e

aquecida.

ADVERTÊNCIAS

O socorrista deve estar preparado para uma

nova crise convulsiva e para a ocorrência de

vômitos.

3. EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS:

3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

Entende-se por emergências respiratórias:

- Bronquite.

- Asma.

- Pneumonia.

- Edema agudo de pulmão.

- Obstrução das vias aéreas.

- Doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema

pulmonar).

3.1.1. RECONHECIMENTO:

- Verificar antecedentes pessoais: problemas

respiratórios, cardíacos, etc.

- Verificar queixa atual.

- Presença de dispnéia (dificuldade respiratória).

- Expiração prolongada.

- Uso de músculos respiratórios acessórios.

- Respiração ruidosa.

- Dor torácica ao realizar os movimentos

respiratórios.

- Alteração da consciência, variando desde

agitação a sonolência.

- Presença de cianose.

- Presença de sangue ao tossir.

- Alteração da freqüência respiratória menor que

12 m.r.m. e maior que 30 m.r.m..

3.1.2. CONDUTA:

1. Manter a permeabilidade das vias aéreas utilizando

a manobra de elevação do queixo.

2. Aspirar secreções das vias aéreas (POP-04-08).

3. Utilizar a cânula de Guedel nas vítimas

inconscientes (POP-06-06).

4. Ministrar oxigênio (POP-05-01 e POP-05-02).

5. Transportar na posição semi-sentada.

6. Monitorar os sinais vitais e nível de consciência a

cada 5 minutos.

7. Se a vítima apresentar parada respiratória iniciar

ventilação artificial.

8. Se a freqüência respiratória em adulto for menor

que oito e em crianças menor que doze, iniciar

ventilação.

- Em situações de obstrução de vias aéreas

consultar o Grupo 04.

ADVERTÊNCIAS

O socorrista deve estar preparado para uma

nova crise de dificuldade respiratória e para a

ocorrência de vômitos.

4. DOR TORÁCICA SÚBITA (SUSPEITA DE

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO OU

ANGINA):

4.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

4.1.1. RECONHECIMENTO:

- Dor em opressão no tórax, de forte intensidade,

que pode se estender para o ombro, braço

esquerdo, pescoço, mandíbula, região

epigástrica (estômago) e dorso que não melhora

com o repouso.

- Sudorese.

- Náuseas e vômitos.

- Ansiedade, agitação.

- Palidez cutânea.

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- Pulso arrítmico.

- Antecedente de doença cardíaca e/ou uso de

medicamentos para o coração.

4.1.2. CONDUTA:

1. Valorizar os sintomas da vítima.

2. Manter as vias aéreas permeáveis.

3. Ministrar oxigênio (POP-05-01 e POP-05-02).

4. Afrouxar as vestes.

5. Manter a vítima em repouso absoluto em posição

confortável.

6. Manter a vítima tranqüila.

7. Monitorar pressão arterial, freqüência cardíaca e

respiratória, nível de consciência a cada cinco

minutos.

- Estar atento às vítimas que apresentam sintomas

de má digestão (náuseas, vômitos)

acompanhados apenas de palidez intensa e

sudorese fria, sem dor torácica, pois pode ser um

quadro de infarto do miocárdio.

- Não esperar a presença de todos os sinais e

sintomas.

- Toda vítima adulta com dor torácica deve ser

considerada como portadora de doença cardíaca

grave.

ADVERTÊNCIAS

Estar preparado para parada cardiorrespiratória.

Não declarar informações ou suspeitas.

5. DOR ABDOMINAL:

5.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

5.1.1. RECONHECIMENTO:

- Determinar localização, tipo e duração da dor.

- Verificar se há fatores que pioram ou que

melhoram a dor.

- Verificar ocorrência de vômito e as características

do mesmo.

- Verificar presença de sangramento (via oral, retal,

urinária ou vaginal).

- Perguntar quando a vítima apresentou a última

evacuação e o aspecto das fezes.

- Perguntar se a vítima é portadora de alguma

doença (diabetes, hipertensão, problemas

cardíacos e/ou respiratórios, úlcera,...).

- Observar a posição na qual encontrou a vítima.

- Inspecionar o abdome, observando distensão,

cicatriz cirúrgica.

- Palpar o abdome observando tensão e dor à

palpação de cada quadrante.

- Observar se há alguma tumoração pulsátil na

linha mediana que possa corresponder a um

aneurisma (dilatação) da artéria aorta que causa

uma fraqueza da parede da artéria, podendo

romper e levar a vítima rapidamente a morte por

hemorragia aguda.

5.1.2. CONDUTA:

1. Manter as vias aéreas permeáveis.

2. Ministrar oxigênio (POP-05-01 e POP-05-02).

3. Tratar o choque hemodinâmico se estiver presente

(POP-07-02).

4. Permitir que a vítima consciente assuma uma

posição de conforto.

5. As vítimas inconscientes, transportar na posição de

coma.

6. Não permitir que a vítima ingira qualquer substância

líquida ou sólida.

7. Monitorar sinais vitais e nível de consciência a cada

cinco minutos.

ADVERTÊNCIAS

Ao palpar o abdome fazê-lo de forma suave,

utilizando as polpas digitais.

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6. REAÇÃO ANAFILÁTICA:

6.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

6.1.1. RECONHECIMENTO:

Presença dos seguintes sintomas:

- Ansiedade (nervosismo).

- Falta de ar, tosse.

- Prurido (coceira).

- Dor abdominal, cãibras.

- Fraqueza.

Presença dos seguintes sinais:

- Dispnéia, respiração ruidosa, chiado.

- Espirros, rouquidão.

- Manchas vermelhas na pele.

- Edema de face e língua.

- Salivação.

- Taquicardia e hipotensão.

- Vômito, diarréia.

- Parada cardiorrespiratória. Verificar história: ingestão de alimentos,

administração de medicamentos ou uso de

drogas, presença de picadas ou mordidas de

animais, história anterior de alergias.

6.1.2. CONDUTA:

1. Manter vias aéreas permeáveis.

2. Aspirar secreções (POP-04-08).

3. Utilizar cânula de Guedel nas vítimas inconscientes

(POP-06-06).

4. Ministrar oxigênio por máscara (POP-05-01 e

POP-05-02).

5. Afrouxar as vestes.

6. Transportar a vítima numa posição de conforto,

preferencialmente semi-sentada, exceto àquelas

em choque hemodinâmico.

7. Monitorar nível de consciência e sinais vitais

ininterruptamente.

- Estar preparado para parada respiratória e

cardíaca, iniciando reanimação.

- Não demorar para transportar ao serviço de

emergência hospitalar.

ADVERTÊNCIAS

A primeira e principal complicação é a

insuficiência respiratória, e nem sempre todos os

sinais e sintomas se apresentam de uma vez.

7. INTOXICAÇÃO (ENVENENAMENTO OU

USO EXCESSIVO DE DROGAS):

7.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

7.1.1. RECONHECIMENTO:

Examinar o local, observando:

- Situações perigosas.

- Restos de veneno ou droga.

- Recipientes ou aplicador de drogas.

- Vômito.

Identificar a droga ou veneno:

- Como foi tomado?

- Há quanto tempo?

- Qual a quantidade?

Identificar os sinais e sintomas da vítima:

- Queimaduras ao redor da boca.

- Odor incomum.

- Salivação excessiva.

- Transpiração abundante.

- Deglutição dolorosa (disfagia).

- Náuseas e vômitos, diarréia.

- Alterações do nível de consciência.

- Alteração no diâmetro das pupilas.

- Convulsão.

- Dor abdominal.

- Manchas na pele.

- Local de contato, injeção.

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7.1.2. CONDUTA:

1. Manter as vias aéreas permeáveis.

2. Remover a vítima de situações de risco.

3. Ministrar oxigênio (POP-05-01 e POP-05-02).

4. Aspirar secreções da cavidade oral da vítima (POP-

04-08).

5. Nas vítimas inconscientes utilizar a cânula de

Guedel (POP-06-06).

6. Afrouxar as vestes; caso estejam contaminadas,

retirá-las.

7. Transportar a vítima numa posição semi-sentada,

exceto no choque ou vítimas inconscientes

(posição de coma).

8. Monitorar sinais vitais e nível de consciência a cada

cinco minutos.

9. Não induzir o vômito, exceto se for orientado pela

Central de Operações ou orientação médica.

10. Não tentar neutralizar o veneno ou a droga, exceto

em casos que a Central de Operações oriente.

11. No caso de substância de contato com a pele,

lavar com água limpa, se possível soro estéril, por

aproximadamente dez minutos ou mais.

12. Transportar para o hospital juntamente com a

vítima:

- Restos de substância.

- Recipientes e aplicadores de drogas.

- Vômito.

ADVERTÊNCIAS

Nunca induzir ao vômito vítimas de

envenenamento por ingestão de ácidos, álcalis ou

derivados do petróleo; ou vítimas inconscientes.

Proteger a si próprio e a equipe de resgate de

possível contaminação.

XIV – DISTÚRBIOS DE COMPORTAMENTO

1. ATENDIMENTO INICIAL:

1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

ORIENTAÇÕES GERAIS E CONDUTA:

1. Ao chegar próximo ao local da ocorrência desligue

a sirene, quanto mais discreta for a aproximação,

maior será a chance de se relacionar com a vítima

de maneira positiva.

2. Estabelecer relação com a vítima apresentando-

se.

3. Chamar a vítima pelo nome.

4. Manter concentração na conversação com a vítima.

5. Utilizar linguagem compreensível, falar

pausadamente e não utilizar termos técnicos.

6. Evitar conversas paralelas entre os membros da

equipe de resgate na frente da vítima.

7. Ter uma postura impecável, calma, gestos

confiantes e não ameaçadores, ser profissional e

transmitir segurança.

8. Evitar gritar ou mesmo usar força física com a

vítima.

9. Deixar a vítima falar, deixando-a o mais confortável

possível.

10. Nunca deixar a vítima sozinha até o término de

seu resgate.

11. Antecipar reações para sua maior segurança.

12. Questionar familiares e/ou testemunhas sobre

histórico e ou motivos geradores do

comportamento atual.

ADVERTÊNCIAS

Não menosprezar os distúrbios de

comportamento, são doenças como outra qualquer,

assim como problemas cardíacos, respiratórios.

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Distúrbios de comportamento incluem: surtos

psicóticos, histeria, agitação psicomotora de

várias causas (drogas, álcool, doença), depressão,

deficientes mentais, doenças neurológicas.

Ser cuidadoso principalmente com vítimas

idosas ou crianças.

2. DEPRESSÃO E TENTATIVA DE SUICÍDIO:

2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

2.1.1. SINTOMAS DE DEPRESSÃO:

- Perda de sono.

- Perda de apetite.

- Perda do prazer em atividades de descontração.

- Tristeza.

- Sentimento de culpa.

- Falta de esperança.

- Sintomas físicos que simulam doenças orgânicas,

porém são difíceis de atribuir a elas.

2.1.2. CARACTERÍSTICAS DO SUICIDA:

- Solidão tanto familiar quanto social.

- Desemprego.

- História prévia de doença psiquiátrica.

- História de alcoolismo ou uso de drogas.

- Perda afetiva.

- Perda do emprego ou do status social.

- Comportamento impulsivo.

- Doenças crônicas ou terminais.

2.1.3. CONDUTA AO LIDAR COM TENTATIVA DE

SUICÍDIO:

1. Chegar ao local da ocorrência de forma discreta,

com sirenes desligadas e sem criar tumultos.

2. Estudar inicialmente o local, verificando riscos

potenciais para a equipe de resgate e para a

vítima, neutralizando-os ou minimizando-os.

3. Isolar o local, impedindo aproximação de curiosos.

4. Verificar necessidade de apoio material e/ou

pessoal e comunicar a Central de Operações.

5. O contato com a vítima deverá ser efetuado por

apenas 1 integrante da equipe, a fim de

estabelecer uma relação de confiança. Os outros

permanecem à distância sem interferir no diálogo.

6. Manter imediatamente diálogo com a vítima,

mostrando-se calmo e seguro, procurando

conquistar sua confiança.

7. Manter observação constante da vítima e não

deixá-la sozinha por nenhum instante até o término

do atendimento.

8. Conversar com a vítima de forma pausada, firme,

clara, e num tom de voz adequado à situação.

9. Jamais assumir qualquer atitude hostil para com a

vítima.

10. Procurar descobrir qual o principal motivo de sua

atitude.

11. Procurar obter informações sobre seus

antecedentes.

12. Após ter conquistado sua confiança, iniciar o

trabalho no sentido de dissuadi-la, sempre

oferecendo segurança e proteção.

13. Após ter conseguido dominar a vítima, continuar

tratando-a com respeito e consideração,

conduzindo-a para o hospital.

Algumas pessoas cometem gestos suicidas, onde

a intenção não era acabar com a vida, mas sim

chamar atenção. Mas, mesmo assim, não devemos

tratá-las com menosprezo, pois é um distúrbio de

comportamento.

ADVERTÊNCIAS

Tomar cuidado com a aproximação de parentes

da vítima, pois pode causar reação contrária à

esperada, piorando a situação.

Nunca deixar a vítima sozinha em local de risco

ou com objetos que ela possa utilizar para se ferir

(facas, tesoura, arma de fogo, etc.).

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XV – PARTO DE URGÊNCIA

1. TRABALHO DE PARTO:

1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1.1.1. RECONHECIMENTO:

- Eliminação através da vagina de secreção

(muco) com raias de sangue.

- Contrações uterinas de forte intensidade

(enrijecimento da musculatura abdominal

acompanhado de dor).

- Rompimento da bolsa de água (bolsa amniótica).

- Observar a cor do líquido da bolsa:

normal = líquido claro c/ grumos.

verde = indica sofrimento fetal.

O trabalho de parto é um processo lento que pode

durar horas, não se restringindo apenas ao

nascimento.

1.1.2. CONDUTA:

1. Reconhecer se as dores sentidas pela parturiente

são contrações ou apenas dores na região lombar

ou na região baixa da barriga.

2. Controlar a freqüência e a intensidade das

contrações. Quanto maior a freqüência e a

intensidade das dores, mais próximo estará do

parto.

3. Questionar a parturiente se já teve filhos e qual o

tipo de parto.

4. Verificar os sinais vitais.

5. Questionar sobre tempo de gestação,

anormalidades durante a gestação, sangramentos,

movimentos do feto.

6. Transportar a gestante para o hospital em decúbito

lateral esquerdo.

7. Manter um familiar junto a gestante.

8. Levar, se possível, o cartão com informações sobre

o pré-natal.

9. Em caso de hemorragia, transportar a gestante em

decúbito lateral e ministrar oxigênio.

10. Em caso de sinais e sintomas de parto iminente,

proceder conforme POP-15-02.

ADVERTÊNCIAS

2. PARTO IMINENTE:

2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

2.1.1. RECONHECIMENTO DO PARTO IMINENTE:

- Presença de contrações uterinas de forte

intensidade e freqüentes (cerca de 5 contrações

no período de 10 minutos).

- Visualização da cabeça do bebê no canal do

nascimento (coroamento).

- Sensação intensa de evacuação.

2.1.2. CONDUTA NO TRABALHO DE PARTO

IMINENTE:

1. Solicitar autorização da parturiente ou de seu

familiar antes de decidir assisti-la na própria

residência, caso não dê tempo para transportá-la

ao hospital.

2. Manter um familiar junto da parturiente durante

todo o atendimento

3. Deitar a parturiente sobre lençóis limpos.

4. Verificar os sinais vitais.

5. Remover as roupas que possam impedir o

nascimento, sem expor a parturiente.

6. Colocar a parturiente com as pernas fletidas

(posição ginecológica - fig. A).

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FIG. A

7. Lavar as mãos, calçar as luvas.

8. Fazer assepsia da região genital e coxas da

parturiente, com água e sabão.

9. Retirar as luvas, abrir o Kit para Parto, calçar

novas luvas.

10. Orientar a parturiente para respirar fundo e fazer

força durante as contrações, como se estivesse

evacuando, deixando-a descansar no período de

relaxamento (intervalo das contrações).

11. Durante a expulsão, amparar com uma das mãos

a cabeça do bebê, evitando que ela saia com

violência e com a polpa dos dedos indicador e

médio da outra mão abaixar levemente abaixar a

parte posterior da vagina.

12. Caso o cordão umbilical esteja envolvendo o

pescoço do bebê (circular de cordão), afrouxá-lo,

removendo-o no sentido da nuca para o abdome

do bebê.

13. Limpar a face do bebê com um pano limpo.

14. Com as duas mãos em forma de "V", pegar a

cabeça na mandíbula e atrás da base do crânio,

tomando o cuidado de não pressionar o pescoço

do bebê.

15. Forçar a cabeça suavemente para baixo até

passar o ombro superior e depois para cima, até

passar o outro ombro.

16. Segurar firmemente o bebê, evitando que ele caia.

17. Limpar as vias aéreas e a cabeça sem retirar o

vérnix do corpo do bebê.

18. Estimular o bebê passando os dedos suavemente

nas costas ou dar tapinhas leves nas solas dos

pés.

19. Envolver o bebê com panos limpos inclusive a

cabeça, mantendo-o aquecido e mantê-lo no

mesmo nível que o corpo da mãe.

20. Manter observação constante do padrão

respiratório do bebê.

21. Colocar os clamps no cordão umbilical. O primeiro

a 4 dedos (mais ou menos 8 cm) do abdome do

bebê e o segundo a 2 dedos (mais ou menos 4

cm) do primeiro clamp (fig. B).

FIG. B

22. Cortar o cordão entre os dois clamps, com bisturi

estéril.

23. Aguarda a saída espontânea da placenta durante

aproximadamente 15 min. Nunca tentar puxá-la.

24. Após a saída da placenta, verificar se saiu inteira

e acondicioná-la em saco plástico.

25. Remover os lençóis sujos, colocar um absorvente

higiênico na vagina da parturiente.

26. Massagear o abdome da parturiente, verificando

se o útero mantém contraído.

27. Verificar novamente os sinais vitais (da mãe e do

bebê).

28. Manter a mãe em repouso.

29. Transportar para o hospital a mãe, o bebê e a

placenta. Caso a mãe seja hipertensa, diabética,

cardiopata, a apresentação do feto não seja

cefálica (pélvica, membros), apresente hemorragia

vaginal, prolapso de cordão, líquido amniótico

esverdeado; transportar imediatamente ao hospital

em decúbito lateral esquerdo, administrando

oxigênio durante o transporte.

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ADVERTÊNCIAS

Não permitir que a parturiente com sinais de

parto iminente vá ao banheiro.

Não impedir, retardar ou acelerar o processo de

nascimento.

Se houver grande sangramento vaginal pós-

parto, transportar a mãe em posição de choque.

Se a placenta não sair logo após o nascimento,

não aguardar, transportar logo a mãe ao hospital.

Na gestante multípara (vários partos anteriores)

o processo de expulsão é mais rápido.

Não puxar o cordão umbilical para tentar ajudar

a saída da placenta.

Tomar cuidado de fechar as janelas e portas,

evitando que o ambiente esfrie.

XVI – EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS

1. CARACTERÍSTICAS ORGÂNICAS

PEDIÁTRICAS:

1.1. DIFERENÇAS GERAIS ENTRE CRIANÇAS E

ADULTOS:

a) Tamanho e forma: obviamente a criança tem

menor superfície corpórea, o que nos casos de

trauma é muito importante, pois a criança sofre

maior força de impacto por unidade de área

corpórea, causando mais freqüentemente trauma

de múltiplos órgãos.

b) Esqueleto: não está completamente calcificado,

tendo uma estrutura mais elástica e devido a isso

muito freqüentemente há lesão interna sem haver

fraturas.

c) Metabolismo: mais intenso que no adulto, por isso

a perda de calor é maior, sendo a hipotermia uma

complicação mais séria e de instalação mais

rápida em crianças, sendo muito importante o

aquecimento delas.

d) Estado psicológico: as crianças com dor e/ou

ferimentos têm medo, não entendem o que está

acontecendo, tornam-se agitadas e pouco

cooperativas.

1.2. DIFERENÇAS DE VIAS AÉREAS:

a) Devido a grande desproporção entre o tamanho do

crânio e da face, a criança tende a ficar numa

posição de flexão da coluna cervical, obstruindo

suas vias aéreas.

b) Os tecidos da orofaringe (língua, amígdalas,

epiglote) são proporcionalmente maiores do que a

cavidade oral, causando um estreitamento da via

aérea, dificultando a passagem de ar, além de

facilmente causarem uma obstrução da via aérea

numa criança inconsciente.

c) O consumo de oxigênio de uma criança é o dobro

que a de um adulto, por isso a falta de oxigênio

(hipóxia) nas crianças causa rapidamente

bradicardia, podendo chegar à parada cardíaca.

1.3. DIFERENÇAS DOS SINAIS VITAIS:

a) Freqüência respiratória:

bebês (até 1 ano) = 40 m.r.m.

crianças (1-8 anos) = 24-30 m.r.m.

adultos (> 8 anos) = 15-20 m.r.m.

b) Freqüência cardíaca:

bebês: Rn até 3 meses = média 140 bpm

3 meses até 1 ano = média 130 bpm

crianças = média 100 bpm

adultos = média 80 bpm

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c) Pressão arterial para crianças entre 2-8 anos:

80 + (2 x idade em anos)

1.4. DIFERENÇAS NO IMPACTO CAUSADO PELO

TRAUMA:

a) Trauma de crânio:

- crianças geralmente se recuperam melhor do que

adultos; e crianças menores devido à presença

de fontanela e não calcificação dos ossos

toleram mais o traumatismo craniano expansivo.

- vômitos e convulsões são mais comuns nas

crianças com TCE.

- nas crianças pode ocorrer parada respiratória

devido a um TCE de forma mais freqüente.

b) Trauma de tórax:

- é comum a lesão interna do pulmão sem a

presença de fratura de costelas.

- fraturas de costelas implicam num trauma de alta

intensidade com prognóstico ruim.

- devido a maior possibilidade de movimentação do

mediastino (local onde está o coração) a criança

está mais susceptível a lesão dos brônquios,

pleura e grandes vasos, causando pneumotórax

e/ou hemotórax.

c) Trauma de extremidades:

- perda de sangue maior nas fraturas de ossos

longos e pelve.

- fraturas próximo à cartilagem de crescimento

podem causar atraso no crescimento desta

extremidade lesada.

ADVERTÊNCIAS

2. ESCALA DE COMA DE GLASGOW PARA

CRIANÇAS:

(MENORES DE CINCO ANOS)

Abertura Ocular

espontânea..................................................... 4 pontos

ordem verbal................................................... 3 pontos

estímulo doloroso............................................ 2 pontos

nenhuma.......................................................... 1 ponto

Resposta Verbal

palavras apropriadas, sorriso, olhar acompanha..5 pontos

choro, mas que pode ser confortado.............. 4 pontos

irritabilidade persistente................................. 3 pontos

agitação......................................................... 2 pontos

nenhuma.......................................................... 1 ponto

Resposta motora

movimenta os 4 membros espontaneamente..6 pontos

localiza e retira estímulo doloroso.................. 5 pontos

sente dor, mas não retira................................ 4 pontos

flexão anormal (decorticação)......................... 3 pontos

extensão anormal (descerebração)................ 2 pontos

nenhuma......................................................... 1 ponto

ADVERTÊNCIAS

3. DESIDRATAÇÃO:

3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

3.1.1. RECONHECIMENTO:

As causas podem ser:

- Baixa ingestão de líquidos.

- Aumento da perda de líquidos (vômitos, diarréia,

hipertermia).

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3.1.2. SINAIS E SINTOMAS:

- Precoces: taquicardia, diminuição da diurese,

mucosas secas.

- Intermediários: ausência de lágrimas, depressão

fontanela, olhos encovados.

- Tardios: pele seca, diminuição da perfusão

capilar, hiperventilação, irritabilidade, letargia,

hipotensão até estado de choque.

3.1.3. CONDUTA:

1. Ministrar oxigênio por máscara (POP-05-02).

2. Colocá-la em posição de choque, deixando-a

confortável (colo da mãe POP-07-02).

3. Manter o aquecimento, incluindo a cabeça,

deixando somente a face descoberta, exceto nas

hipertermias.

4. Ao aproximar-se da criança, faça-o com cuidado e

carinho, conquiste-a e transmita confiança.

5. Não realizar movimentos bruscos.

6. Manter os pais próximos, se possível.

7. Perder o mínimo de tempo possível.

8. Estar atento para ocorrência de vômitos, muito

comum em crianças.

ADVERTÊNCIAS

Estar atento para ocorrências de vômitos,

muito comum em crianças.

XVII – ACIDENTES ESPECÍFICOS

1. LESÕES ORIGINADAS PELO FRIO:

1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

1.1.1. RECONHECIMENTO:

a) Fatores predisponentes:

- Ambiente: temperatura fria, imersão em águas

geladas, contato prolongado com locais frios.

- Roupas inadequadas.

- Tempo de exposição.

- Idade: idosos e crianças são mais susceptíveis.

- Doenças prévias: desnutrição, doenças

endócrinas, diabetes, hipoglicemia, doenças

medulares.

- Uso de medicamentos e drogas: calmantes,

antidepressivos, anestésicos gerais,

organofosforados, monóxido de carbono, álcool.

b) Sinais e sintomas:

- Pele pálida e fria.

- Tremores.

- Rigidez muscular.

- Alterações do sistema nervoso central: amnésia,

fala “pastosa”, perda da coordenação motora

(temperatura corporal em torno de 34º C),

progredindo nos casos graves até torpor e coma.

- Congelamento de extremidades do corpo (dedos,

nariz, orelhas).

- Casos graves: bradicardia, arritmia cardíaca,

hipotensão severa, diminuição da freqüência

respiratória, dilatação das pupilas.

1.1.2. CONDUTA:

1. Manter a permeabilidade das vias aéreas.

2. Ministrar oxigênio (POP-05-01 e POP-05-02).

3. Remover a vítima para um local mais aquecido

(viatura com janelas fechadas e ar condicionado

desligado ou para aquecer se houver disponível).

4. Remover roupas molhadas e cobrir a vítima com

cobertores, aquecendo inclusive a cabeça.

5. Transportar a vítima em posição de choque (POP-

05-02).

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6. Monitorar sinais vitais a cada 5 min.

7. Se a freqüência respiratória em adultos for menor

que 8 m.r.m., auxiliar a ventilação com máscara e

ambu de forma a manter uma freqüência de 12

m.r.m.. Em crianças, se a freqüência for menor que

12 m.r.m., auxiliar a ventilação de forma a manter

15 m.r.m..

1.1.3. CONDUTA NAS LESÕES TECIDUAIS LOCAIS:

1. Manusear a área afetada com cuidado para evitar

lesão adicional.

2. Remover roupas molhadas com cuidado.

3. Proteger as áreas afetadas com compressas secas

esterilizadas.

4. Não perfurar bolhas.

5. Não esfregar ou aplicar calor diretamente sobre a

área afetada.

6. Se a área afetada envolve mãos ou pés, separar os

dedos com pequenos rolos de gaze seca antes de

enfaixá-los.

ADVERTÊNCIAS

Outras técnicas de reaquecimento não são

recomendadas no atendimento pré-hospitalar

devido à síndrome de reaquecimento que pode

levar à fibrilação ventricular (parada cardíaca).

Em vítimas hipotérmicas, a RCP deve ser

continuada até a chegada ao hospital,

independente do tempo de parada, pois o consumo

de oxigênio cerebral está bastante reduzido.

2. LESÕES ORIGINADAS PELO CALOR:

2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

2.1.1. RECONHECIMENTO:

a) Fatores predisponentes:

- Clima: temperatura alta, umidade do ar elevada.

- Exercício físico excessivo.

- Idade: idosos e crianças são mais susceptíveis.

- Roupas inadequadas.

- Doença prévia: desidratação, doença

cardiovascular, obesidade, doenças febris.

- Álcool e drogas.

- Descuido: exposição excessiva ao calor,

hidratação inadequada.

b) Sinais e sintomas:

- Temperatura corporal elevada.

- Pele “pegajosa” até pele seca.

- Cãibras.

- Fraqueza, vertigens.

- Cefaléia.

- Náuseas.

- Hipotensão ortostática (queda da pressão ao ficar

em pé), taquicardia.

- Alterações sistema nervoso central.

2.1.2. CONDUTA NAS LESÕES ORIGINADAS PELO

CALOR:

1. Manter as vias aéreas permeáveis.

2. Remover a vítima para um ambiente mais fresco e

arejado.

3. Ministrar oxigênio.

4. Afrouxar roupas.

5. Aplicar compressas frias na cabeça, pescoço,

axilas, laterais do tórax, e virilha ou envolver a

vítima em um lençol molhado com água fria.

6. Ligar a ventilação da viatura e abrir as janelas para

permitir evaporação.

7. Transportar em posição de choque, porém não

cobrir com cobertor (POP-07-02).

8. Monitorar sinais vitais a cada 5 min.

9. Transportar ao hospital sem perda de tempo.

ADVERTÊNCIAS

Não perder tempo procurando água fria ou

gelada, se for o caso utilizar frascos de soro,

transportar a vítima o mais rápido possível.

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Não utilizar compressas com álcool.

Não fornecer nada para a vítima ingerir, salvo

sob orientação médica.

3. ACIDENTES COM ANIMAIS

PEÇONHENTOS:

3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

3.1.1. RECONHECIMENTO DE ACIDENTES COM

ANIMAIS PEÇONHENTOS:

Procurar obter da vítima ou de outras pessoas,

como o acidente aconteceu.

Procurar identificar o animal agressor, lembrando

que animais peçonhentos são aqueles com

capacidade de inocular substância venenosa quando

agridem através de picada, mordedura ou contato.

Observar sinais e sintomas:

- imediatos:

- dor local intensa.

- marcas de picada, mordedura.

- edema, vermelhidão, hematomas, bolhas.

- tardios:

- dificuldade respiratória (edema de glote).

- queda da pálpebra.

- alteração do nível de consciência.

- distúrbios visuais.

- reação anafilática.

- náuseas e vômitos.

- convulsões.

- relato de alteração da cor (escura) e

quantidade (diminuída) da urina.

3.1.2. CONDUTA NA PESSOA FERIDA POR

ANIMAL PEÇONHENTO:

1. Manter a vítima em repouso absoluto, não deixá-la

locomover-se.

2. Remover anéis, pulseiras, braceletes, etc...

3. Lavar o local da(s) picada(s) com água e sabão.

4. Proteger o local da lesão com gaze seca e

esparadrapo.

5. Transportar a vítima para o hospital.

6. Ministrar oxigênio se necessário (POP-05-01 e

POP-05-02).

7. Se possível, desde que feito com segurança e não

comprometa ou retarde o transporte da vítima,

capturar o animal e o transporte com segurança

também ao hospital.

8. Se ocorrer parada cardiorrespiratória, iniciar

manobras de reanimação cardiopulmonar

pulmonar (Grupo 06).

ADVERTÊNCIAS

Transporte a vítima diretamente a um serviço

especializado em soroterapia (exemplo: Instituto

Butantã) se houver orientação do médico.

Se não conseguir identificar o animal tratar

como se fosse venenoso.

Não perca tempo tentando identificar o animal

agressor.

Nunca garrotear ou fazer torniquete.

Não perfurar em volta da picada, nem espremer

ou sugar a ferida.

Estar atento aos sinais e sintomas de choque

anafilático (POP-07-01).

4. CHOQUE ELÉTRICO:

4.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

4.1.1. RECONHECIMENTO DE VÍTIMA DE CHOQUE

ELÉTRICO:

a) O choque elétrico pode provocar:

- Parada cardiorrespiratória devido às descargas

elétricas de alta tensão.

- Duas queimaduras, indicando ponto de entrada e

saída da corrente elétrica.

- Traumas associados, como fraturas, luxações,

contusões.

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b) Sinais e sintomas:

- Distúrbios da visão.

- Zumbido no ouvido.

- Paralisia dos músculos da respiração.

- Lesões musculares.

- Lesões nos ossos e nas articulações decorrentes

da violenta contração muscular.

- Lesão da medula com ou sem fratura das

vértebras.

- Queda brusca da pressão arterial.

- Ritmo irregular do coração.

- Convulsões.

c) Fatores que determinam a gravidade do

acidente:

- Voltagem.

- Amperagem.

- Umidade da vítima e do ambiente.

- Isolamento.

- Área atravessada.

4.1.2. CONDUTA COM A VÍTIMA DE CHOQUE

ELÉTRICO:

1. Afastar a fonte elétrica da vítima.

2. Verificar se a energia foi cortada e escoada antes

de abordar a vítima.

3. Usar sempre EPI específico.

4. Realizar análise primária da vítima.

5. Manter a permeabilidade das vias aéreas e

estabilizar a coluna cervical da vítima.

6. Iniciar RCP se necessário, conforme procedimento

próprio (Grupo 06).

7. Tratar as queimaduras conforme procedimento

próprio (Grupo 17-05).

8. Tratar os ferimentos conforme procedimento

próprio, relativos a trauma em geral (Grupos 09 e

10).

9. Transportar imediatamente a vítima, prevenindo o

choque hemodinâmico (POP-07-02).

10. Dar suporte emocional à vítima durante o

atendimento.

4.1.3. CUIDADOS COM O LOCAL DO ACIDENTE:

1. Se a ocorrência for na via pública, avisar

imediatamente a Companhia Elétrica (Eletropaulo,

CPFL, etc...) para desligar a energia.

2. Utilizar sempre EPI específico e a vara de

manobra (croque isolado) para afastar os fios

energizados.

3. Remover, sempre que possível, os fios de contato

direto ou indireto com a vítima.

4. Considerar fios caídos sempre como energizados.

5. Se os fios estiverem em contato com veículos,

orientar as vítimas a permanecerem no seu interior

até que a companhia de eletricidade possa

desenergizá-los, a não ser que haja risco iminente

de incêndio ou explosões; nestas situações,

orientar a vítima a pular do veículo sem fechar o

circuito com o solo.

6. Se houver um fio chicoteando, tente estabilizá-lo

com o estepe da viatura.

7. O socorrista que for utilizar o croque deverá ter

amarrada na cintura uma “linha de vida” (cabo

multiuso) com a finalidade de retirá-lo rapidamente

em caso de contato com a fonte de energia.

ADVERTÊNCIAS

Não esquecer de desligar a fonte de energia e

certificar que toda a eletricidade escoou, antes de

acessar a vítima.

Considerar a vítima de choque elétrico sempre

como grave, mesmo que não haja sinais externos

que indiquem isto.

5. QUEIMADURA:

5.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

5.1.1. RECONHECIMENTO DA QUEIMADURA:

- Pele vermelha na área queimada.

- Dor intensa no(s) local(is) queimado(s).

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- Presença de bolhas.

- Necrose de tecido.

- Perda da sensibilidade na área necrosada.

5.1.2. REGRAS GERAIS P/ ABORDAGEM VÍTIMAS

QUEIMADAS:

- Interromper o contato da vítima com o agente

lesivo (térmico, químico ou elétrico).

- Assegurar à vítima a manutenção básica da vida.

- Proteger a vítima e suas lesões de outros

agravos durante o transporte.

- Avaliar as condições de segurança do local. Se

necessário, remover a vítima para local seguro

antes de prosseguir o atendimento.

- Identificar o tipo de acidente, tipo de queimadura

(térmica, química ou elétrica), através de indícios

ou testemunhas.

- Proceder a avaliação inicial da vítima

assegurando vias aéreas permeáveis, respiração

e circulação.

- Qualquer vítima com lesões por queimadura

pode também ter sido vítima de trauma

comumente associados a este tipo de acidente.

Portanto, especial atenção deve ser dada à

proteção da coluna vertebral, à possibilidade de

choque hemodinâmico e existência de fraturas.

5.1.3. CONDUTA PARA ATENDIMENTO DE

VÍTIMAS DE QUEIMADURAS TÉRMICAS:

1. Se a vítima estiver com fogo nas vestes role-a no

chão ou envolva um cobertor em seu corpo a partir

do pescoço em direção aos pés.

2. Interromper a reação de calor, resfriando a vítima

com soro fisiológico ou água limpa a temperatura

ambiente.

3. Retirar as vestes com delicadeza, sem arrancá-las,

cortando-as com tesoura. Não arrancar o tecido se

estiver aderido à queimadura, apenas resfriá-lo

com soro fisiológico ou água limpa a temperatura

ambiente, deixando-o no local.

4. Retirar das extremidades anéis, pulseiras, relógios

ou jóias antes que o membro edemacie e a

retirada fique impossibilitada.

5. Avaliar as regiões do corpo acometidas, a

profundidade da lesão (1º, 2º ou 3º grau), e a

extensão da lesão através da porcentagem da

área corpórea atingida (regra da palma da mão ou

regra dos nove). (fig. A)

FIG. A

6. Caso haja acometimento da face (queimadura de

pele, cabelos ou pêlos do nariz e das pálpebras)

ou possibilidade de que a vítima tenha inalado

fumaça ou gases, dar especial atenção às vias

aéreas e respiração, fornecendo oxigênio por

máscara. Cobrir os olhos da vítima com gaze

umedecida em soro ou água limpa.

7. Proteger as áreas queimadas com plástico de

queimaduras estéril ou gaze e bandagens limpas.

8. Se a área afetada envolver mãos ou pés, separar

os dedos com pequenos rolos de gaze umedecida

em soro fisiológico antes de cobri-los.

9. Cobrir a vítima com lençol descartável e por cima

deste colocar o cobertor térmico.

- Vítimas com queimaduras podem apresentar

choque hemodinâmico. Estar atento para

reconhecer esta condição. Neste caso,

transportar a vítima na posição de choque.

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5.1.4. CONDUTA PARA ATENDIMENTO DE

VÍTIMAS DE QUEIMADURAS QUÍMICAS:

1. Antes de manipular qualquer vítima que ainda esteja

em contato com o agente agressor (no ambiente, nas

vestes, ou na pele), proteger-se de sua exposição

(luvas, óculos e vestimenta de proteção). Se

possível, identificar o agente agressor.

2. Retirar as vestes da vítima que estiverem

impregnadas pelo produto e lavar a pele com água

corrente, abundantemente. No mínimo 5 minutos

para ácidos e 15 minutos para álcali.

3. Se o produto for seco (na forma granulado ou pó),

retirá-lo manualmente sem friccionar (com pano

seco ou escova). Em seguida lavar o local com

água corrente no mínimo 5 minutos para ácidos e

15 minutos para álcali.

4. Na suspeita de liberação de gases, ministrar

oxigênio por máscara à vítima (POP-05-01).

5.1.5. PRIORIDADE NO ATENDIMENTO:

- Queimaduras que atingir mais de 20% da área

corpórea ou que atinja a face ou vias aéreas são

considerada grave e tem a prioridade máxima no

atendimento à vítima.

- Queimaduras moderadas tem a prioridade

secundária.

- Queimaduras de 2º e 3º graus em mais de 40%

do corpo têm a prioridade leve.

- Calcinação ou carbonização da vítima tem a

prioridade nula.

ADVERTÊNCIAS

Nas queimaduras acometendo os olhos

proceder segundo o POP 09-03.

Nos produtos secos, não utilizar água ou

líquidos antes de retirá-lo, pois poderão dissolvê-

los aumentando a área de contato com o agente

produzindo uma queimadura mais extensa.

Não furar bolhas e nem passar qualquer

produto não orientado (pomada...).

6. AFOGAMENTO:

6.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

6.1.1. RECONHECIMENTO:

- Relacionar o local do acidente com a vítima.

- Questionar as testemunhas sobre o tempo de

imersão.

6.1.2. ABORDAGEM DA VÍTIMA:

- Utilizar a técnica e equipamentos apropriados

para realizar o salvamento.

- Se houver necessidade de virar a vítima que

estiver em decúbito ventral dentro da água,

manter a cabeça dela alinhada com o corpo,

colocar uma de suas mãos no meio das costas

da vítima, e outro braço diretamente sobre sua

cabeça.

- Tomar cuidado com a região cervical ao

manusear vítimas de afogamento, uma das

principais causas de lesão cervical são os

acidentes em meio líquido (mergulho com

choques em obstáculos, etc).

- Segurar com sua outra mão por baixo do braço

da vitima perto do ombro.

- Cuidadosamente, mantenha a cabeça da vítima

alinhada com o corpo e fazer a rotação.

ADVERTÊNCIAS

Não perca tempo tentando retirar a água dos

pulmões do afogado, este procedimento deverá

ser feito apenas no hospital.

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7. CONDUTA COM AFOGADO:

7.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

7.1.1. CONDUTA:

a) Vítima de afogamento que não sofreu Parada

cardiorrespiratória:

1. Realizar abordagem conforme técnica apropriada.

2. Utilizar a drenagem postural (colocar a cabeça em

plano inferior aos pés).

3. Não se deve perder tempo tentando remover a

água dos pulmões da vítima, iniciar a ventilação

ainda na água (embarcação, prancha, bóia ou

colete salva-vidas).

4. Preparar o equipamento de aspiração para ser

utilizado.

5. Monitorar constantemente a vítima, se ocorrer a

parada cardiorrespiratória iniciar a Reanimação

Cardiopulmonar.

6. Ministrar oxigênio (POP-05-01 e POP-05-02).

7. Manter a vítima aquecida.

8. Transportar ao hospital e informar ao médico se o

afogamento ocorreu em água doce ou salgada.

b) Vítima de afogamento com Parada

Cardiorrespiratória:

1. Tentar a Reanimação Cardiopulmonar quando o

afogamento ocorreu em um prazo de até uma hora.

2. Em caso de dúvida quanto ao tempo de

afogamento, iniciar a RCP.

3. Iniciar a ventilação o mais rápido possível, ainda

dentro da água (embarcação, prancha, bóia ou

colete salva-vidas).

4. Ministrar oxigênio (POP-05-01 e POP-05-02).

5. Manter a vítima aquecida.

6. Procurar por possíveis sinais de trauma.

7. Monitorar sempre os sinais vitais durante o

transporte.

8. Transportar ao hospital e informar ao médico:

1) temperatura aproximada da água.

2) se o afogamento ocorreu em água doce ou

salgada.

3) tempo provável de submersão.

4) se a vítima já foi encontrada em Parada

Cardiorrespiratória, ou se a parada ocorreu

durante o socorro.

ADVERTÊNCIAS

Sempre levar a vítima afogada ao hospital,

pois os efeitos hidrossalinos podem ocorrer

tardiamente após dias do fato.

Lembrar que a água aspirada ou ingerida pode

acarretar conseqüências graves.

XVIII – BIOSSEGURANÇA

1. CUIDADOS AO ABORDAR A VÍTIMA:

1.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

- Lavar as mãos antes e após qualquer contato

com a vítima.

- Trocar as luvas de procedimentos antes de

examinar outra vítima.

- Descontaminar todo material antes de utilizar na

próxima vítima.

- Todo material deve ser mantido limpo e

descontaminado, pronto para o uso.

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Equipamento de proteção individual:

- Luvas de procedimento.

- Máscara descartável.

- Óculos de proteção.

- Evitar contato direto com fluidos corpóreos e

secreções (sangue, urina, fezes, vômito,

esperma, secreções vaginais, saliva).

ADVERTÊNCIAS

É de responsabilidade de todos os socorristas

limitar a possibilidade de infecção cruzada entre

as vítimas.

No local da ocorrência recolher todo o material

utilizado para o atendimento à vítima.

Considerar toda vítima como provável fonte de

transmissão de doença infecto-contagiosa.

Trocar o uniforme se for necessário.

2. LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA VIATURA:

2.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

- Manter na viatura os seguintes materiais:

- três pares de luvas de borracha para uso geral.

- um frasco com sabão líquido.

- um frasco com hipoclorito de sódio a 1%.

- um frasco de organoclorado em pó (Clorocid).

- um rolo de papel toalha.

- um frasco com desinfetante.

- dois panos para limpeza (um para limpeza do

chão e outro para as paredes da viatura).

- um rodo, uma vassoura e um balde.

- sacos de lixo hospitalar.

- um frasco de água oxigenada.

- Sempre calçar luvas de borracha antes de iniciar

o procedimento.

- Remover todos os materiais permanentes

utilizados, de dentro da viatura para limpeza no

hospital ou, caso não seja possível, em uma área

reservada do quartel.

- Desprezar gazes, ataduras úmidas e

contaminadas com sangue e/ou outros líquidos

em saco plástico branco, descartando o mesmo

no lixo do hospital.

- Desprezar as secreções do frasco de aspiração

no expurgo do hospital

- Procurar com cuidado materiais pérfuro-cortantes

(agulhas, bisturis) eventualmente utilizado pela

equipe do suporte avançado e desprezar em

recipiente apropriado (caixa de material pérfuro-

cortante).

- Cobrir sangue e demais fluidos corpóreos

(vômito, urina) com uma camada de

organoclorado pó, removendo após dez minutos

de contato, com papel toalha.

- Em seguida limpar todas as superfícies com

água e sabão, removendo com água limpa.

- Por último passar álcool a 70% para

descontaminação final.

ADVERTÊNCIAS

Lavar interna e externamente os umidificadores

de oxigênio pelo menos 1 vez ao dia.

Não passar álcool nas superfícies de acrílico.

Periodicamente (a cada 15 dias) deve-se

realizar uma limpeza e descontaminação, mais

ampla (limpeza terminal), isto é, retirar todo o

material da viatura e realizar a limpeza do teto,

paredes, armários (interior e exterior), chão, enfim

de todas as superfícies.

3. DESCONTAMINAÇÃO DO MATERIAL:

3.1. SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS:

Para Descontaminar prancha longa, prancha curta,

KED, maca, colchonete da maca, cobertor térmico,

tala aramada moldável, tala e prancha à vácuo:

- Passar hipoclorito de sódio 1% nos locais onde

existir sangue e secreções, deixar por dez minutos.

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- Lavar o material com água e sabão.

- Deixar o material secar.

- Recolocar todo o material na viatura.

Para descontaminar colar cervical, sistema de

aspiração, ambu, máscara, chicote de oxigênio,

tecido do manguito do ESFIGMOMANÔMETRO,

tala inflável:

- deixar o material imerso em um balde escuro e

com tampa com hipoclorito a 0,5% por 30

minutos (para cada um litro de água coloque

um litro de hipoclorito de sódio 1%).

- após esse tempo, lavar o material com sabão e

água corrente.

- deixar o material secar.

- recolocar tudo na viatura.

ADVERTÊNCIAS

Manter o balde com a diluição de hipoclorito

fechado.

Trocar a solução de hipoclorito a 0,5% a cada

24 horas.

GLOSSÁRIO

1. Ácida: substância que em solução aquosa é capaz

de libertar íons hidrogênio. Que dá sensação picante

ao olfato ou ao paladar.

2. Aguda(o): intensa, forte, violenta.

3. Álcali: qualquer hidróxido ou óxido dos metais

alcalinos (lítio, sódio, potássio, rubídio e césio).

4. Ambu: (= Air Mannual Breathing Unit) =

ressuscitador manual, dispositivo utilizado para

ventilação artificial manual.

5. Amnésia: perda parcial ou total da memória.

6. Amputação: ablação (retirar por força) parcial ou

total de uma estrutura orgânica, permanecendo no

local uma deformidade que em alguns casos, pode

ser compensada por prótese.

7. Anafilática(o): reação exagerada do organismo a

uma substância estranha a ele. Substância que pode

entrar em contato através da pele ou através de uma

injeção intramuscular ou endovenosa; ou então a

substância pode ser ingerida.

8. Anamnese: histórico dos aspectos subjetivos da

doença, desde os sintomas iniciais até o momento do

atendimento.

9. Aneurisma: dilatação das paredes de artéria ou

veia, de forma variável e que contém sangue.

10. Anterior: que está adiante, na frente.

11. Apêndice xifóide: apêndice alongado e

cartilaginoso que termina inferiormente o osso

esterno.

12. Apuração: averiguação, conhecer ao certo.

13. Arritmia: alteração de um ritmo. Arritmia cardíaca

-qualquer alteração do ritmo normal dos batimentos

cardíacos.

14. Artéria: cada um dos vasos que conduzem o

sangue do coração a todas as partes do corpo.

15. Articulação: união ou ligação de dois ou mais

ossos. Sinônimo = junta.

16. Asseio: limpeza, higiene.

17. Assepsia: conjunto das medidas adotadas para

evitar a chegada de germes a local que não os

contenha.

18. Assimetria: ausência de simetria.

19. Auscultar: aplicar o ouvido a (tórax, membro,

abdome) para conhecer os ruídos que se produzem

dentro do organismo.

20. Avulsão: extração de parte de um órgão por

arrancamento.

21. Biossegurança: conjunto de medidas tomadas

para evitar contaminação e transmissão de infecção.

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22. Bradicardia: lentificação dos batimentos

cardíacos; abaixo de 60 bpm.

23. Calcinação: aquecimento que provoca

decomposição.

24. Cateter: instrumento tubular, feito de material

apropriado a fins diversos, o qual é introduzido no

corpo com o objetivo de retirar líquidos ou introduzir

oxigênio, soros, medicamentos,...

25. Cefálica: relativo à cabeça. Apresentação cefálica

- apresentação de cabeça (no parto).

26. Cervical: relativo a região do pescoço.

27. Check up: verificação completa da situação e

organização.

28. Cianose: coloração azulada da pele e membranas

mucosas.

29. Clônico: espasmo(contração) em que se

alternam, em rápida sucessão, rigidez e relaxamento.

30. Coma: estado de inconsciência em que nem

sequer uma estimulação enérgica desperta o doente,

com perda total ou parcial da sensibilidade e da

motilidade e com preservação da respiração e

circulação.

31. Comissura: linha de junção. Comissura labial -

junção do lábio superior com o lábio inferior.

32. Contusão: lesão produzida pela pressão ou pela

batida de um corpo rombo (sem ponta) com ou sem

dilaceração da pele. Quando há laceração da pele

chamamos de ferida contusa.

33. Crepitação: ruído especial, produzido pelo atrito

de dois fragmentos de um osso fraturado (crepitação

óssea); pelo esmagamento dos coágulos sangüíneos

em um hematoma (crepitação sangüínea); pela

pressão exercida sobre um enfisema subcutâneo.

34. Crônica(o): relativo a tempo - que dura há muito.

Diz-se das doenças de longa duração em oposição ao

agudo.

35. Cutânea: pertencente ou relativo à cútis ou pele.

36. Débito cardíaco: quantidade de sangue que sai

do ventrículo a cada contração.

37. Decapitação: degolação - cortar a cabeça.

38. Decúbito: posição de quem está deitado. Ex.:

decúbito ventral - deitado de barriga para baixo;

decúbito lateral - deitado de lado.

39. Deformidade: fora da forma normal.

40. Deglutição: passagem do alimento da boca para

o esôfago, engolir.

41. Desinfecção: ato ou efeito de desinfeccionar -

retirar a infecção.

42. Diastólica: referente à diástole que é o

relaxamento do coração ou das artérias no momento

da chegada do sangue.

43. Discriminação: estabelecer diferença.

44. Disfagia: dificuldade na deglutição.

45. Dispnéia: respiração difícil.

46. Distal: diz-se do ponto em que uma estrutura ou

um órgão fica afastado de seu centro ou de sua

origem. Ou afastado em relação à linha mediana que

divide o corpo em metade direita e metade esquerda.

47. Distensão: abaulamento.

48. Diurese: eliminação de urina.

49. Dorsal: relativo ou pertencente ao dorso, costas.

50. Edema: inchaço. Acúmulo anormal de líquido em

espaço intersticial extracelular ou intracelular.

51. Embolia: obstrução brusca de um vaso sangüíneo

ou linfático por um corpo estranho trazido pela

circulação (coágulo, gordura, ar,...).

52. Enfisema: presença de ar no tecido.

53. Equimose: pequena mancha, de natureza

hemorrágica, que se pode observar na pele ou em

membrana mucosa.

54. Ereção: ato e efeito de erguer(-se).

55. Esfíncter(es): músculo anular que fecha um

orifício natural.

56. Esterno: osso ímpar, situado na parte anterior do

tórax.

57. Estribo: degrau ou plataforma do veículo.

58. Exógena: originado ou produzido no exterior do

organismo, que pode causar efeitos interiores, além

dos externos.

59. Expiração: expulsão do ar dos pulmões.

60. Expor: descobrir, mostrar.

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61. Expurgo: área onde se acumulam as sujidades do

hospital. Área de acesso restrito, própria para

desprezar material contaminado.

62. Fletido: dobrado.

63. Fontanela: espaço membranoso compreendido

entre os ossos do crânio nos recém - nascidos.

Popular: moleira.

64. Genitália: órgãos sexuais externos.

65. Gestante: mulher que contem o embrião.

66. Glúteo: nádega.

67. Grumos: pequenos grânulos branco pastosos.

68. Hematoma: tumor formado por sangue

extravasado. Há um inchaço de coloração arroxeada.

69. Hemodinâmico: relativo às condições mecânicas

da circulação: pressão, débito,...

70. Hemotórax: derrame de sangue na cavidade

pleural.

71. Hipertensão: aumento da pressão.

72. Hipertermia: elevação da temperatura do corpo

ou de uma parte do corpo acima do valor normal.

73. Hiperventilação: acelerar o ritmo respiratório.

74. Hipoglicemia: taxa de glicose no sangue abaixo

do normal.

75. Hipostáticas: referente a hipostase - depósito ou

sedimento de sangue nas regiões anatômicas em

declive.

76. Hipotenar: saliência existente na parte interna da

mão, na direção do dedo mínimo.

77. Hipotensão: diminuição, abaixo do normal da

pressão nos vasos.

78. Hipotermia: temperatura abaixo do normal.

79. Hipóxia: baixo teor de oxigênio.

80. Iminente: que ameaça acontecer em breve.

81. Infarto ou enfarte: nome dado a um território

vascular onde interrompe a circulação levando a

necrose.

82. Ingurgitamento: aumento do volume e de

consistência de um órgão provocado por acúmulo de

sangue.

83. Inspiração: ato de introduzir ar nos pulmões.

84. Insuflar: encher de ar por meio de sopro.

85. Integridade: qualidade de inteiro, completo.

86. Intoxicação: doença provocada pela ação de

venenos sobre o organismo.

87. Laceração: resultado da ação de rasgar.

88. Lesão: dano produzido em estrutura ou órgão.

89. Letargia: falta de ação.

90. Líquor: líquido cefalorraquiano; líquido existente

no sistema nervoso central.

91. Luxação: deslocamento de duas superfícies

articulares (juntas) que perderam mais ou menos

completamente as relações que normalmente mantêm

entre si.

92. Midríase: dilatação da pupila.

93. Miose: contração da pupila.

94. Necrose: morte que ocorre em tecido ou órgão,

que pode acometer pequenas ou grandes áreas.

95. Orifício natural: abertura natural.

96. Osteoporose: rarefação anormal do osso.

97. Palpação: forma de exame físico do doente, que

consiste em aplicar os dedos ou de ambas as mãos,

com pressão leve em qualquer região do corpo

humano para detectar alguma anormalidade.

98 Paramentar: vestir-se com os equipamentos de

proteção contra infecção como luvas, máscara,

óculos, avental,...

99. Parturiente: mulher que está prestes a parir (dar a

luz).

100. Pélvica: relativo a pelve. apresentação pélvica -

apresentação de nádegas (parto).

101. Permeável: que deixa passar.

102. Placenta: órgão arredondado, plano, mole e

esponjoso do útero gravídico; estabelece a

comunicação e intercâmbio nutritivo entre a mãe e o

feto, por meio do cordão umbilical.

103. Pneumotórax: introdução, espontânea ou

acidental, de ar ou gases inertes na cavidade pleural.

104. Pneumotórax hipertensivo: situação grave, na

qual há grande quantidade de ar que provoca

deslocamento, além do pulmão, do coração

impedindo que a circulação continue de forma normal,

podendo levar a parada cardíaca.

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SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 84

C.P.P.S.B.

105. Posterior: que vem ou está depois, situado

atrás.

106. Prematuro: que nasceu antes do tempo normal

da gestação.

107. Pressórica: relativo a pressão arterial.

108. Priapismo: ereção violenta, prolongada,

freqüentemente dolorosa, nascida sem desejo sexual

e não levando a ejaculação alguma.

109. Priorizar: dar prioridade, preferência.

110. Prótese: substituto artificial de uma parte ou

perdida acidentalmente (ex.: braço, dente), ou retirada

de modo intencional.

111. Proximal: que se localiza perto de sua origem ou

do centro do corpo representado por uma linha

mediana que divide o corpo em metade esquerda e

metade direita.

112. Putrefação: apodrecimento, decomposição.

113. Reanimação: restituir a vida.

114. Recipiente: objeto capaz de conter líquidos ou

sólidos.

115. Ruptura: rompimento, quebra.

116. Segmento: porção de um todo.

117. Segregação: discriminação racial.

118. Simetria: correspondência, em grandeza, forma

e posição relativa, de partes situadas em lados

opostos de uma linha mediana, ou, ainda que se

acham distribuídas em volta de um centro ou eixo.

119. Sinal: manifestação objetiva de uma doença.

120. Sintoma: qualquer fenômeno ou mudança

provocada no organismo por uma doença, e que,

descritos pelo paciente auxiliam a estabelecer uma

suspeita diagnóstica.

121. Sistólica: relativo a sístole - contração do

coração e das artérias para impulsionar o sangue.

122. Subcutâneo: situado por baixo da cútis ou pele.

123. Tamponamento cardíaco: compressão aguda

do coração por um derrame de sangue no pericárdio

(membrana que envolve o coração).

124. Taquicardia: aumento do número de batimentos

cardíacos por minuto. Adultos- moderada: 80 -100;

intensa: >100 bpm.

125. Tenar: saliência formada em cada mão, na parte

interna, pelos músculos logo abaixo do polegar.

126. Tipóia: lenço ou tira de pano que se prende ao

pescoço para imobilizar e descansar o braço ou mão

doente.

127. Tônico: que dá tensão, tônus.

128. Torpor: ausência de respostas a estímulos.

129. Traqueostomia: traqueotomia (= incisão

praticada na traquéia) seguida de introdução de uma

cânula no interior da traquéia, com o fim de

estabelecer uma comunicação com o meio exterior.

130. Tumoração: presença de tumor que é definido

como um aumento de volume desenvolvido numa

parte qualquer do corpo.

131. Veia: conduz o sangue que retorna ao coração.

132. Ventilar: renovar o ar.

133. Ventre: útero.

134. Víscera: designação comum a qualquer órgão

interno, incluído no crânio, tórax, abdome ou pelve,

especialmente os do abdome.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DO GLOSSÁRIO

1. AURÉLIO B.H.F. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 1986.2ª edição. 29ª impressão.Editora Nova Fronteira.

2. GARNIER, M e DELAMARE, V. Dicionário de termos técnicos de Medicina. 1984, 20ª edição. Editora E. Andrei.

3. PACIORNIK, R. Dicionário Médico. 1975, 2ª edição.Editora Guanabara Koogan.

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SUPORTE BÁSICO DE VIDA – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

S.O.S – Treinamentos em Resgate e Liga do APH 85

C.P.P.S.B.

ABREVIATURAS

AIDS ou SIDA = Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

AVC = Acidente Vascular Cerebral

bpm = Batimentos por Minuto

cm = Centímetros

CPFL = Companhia Paulista de Força e Luz

CRM = Conselho Regional de Medicina

EPI = Equipamento de Proteção Individual

fig. = Figura

HT = Hand Talk = Rádio de Mão

KED = Kendric Extrication Device = Colete Imobilizador

Kgf/cm2 = Quilograma Força por Centímetro Quadrado

l/min = Litros por Minuto

ml/kg/min = Milímetros por Quilograma por Minuto

mmHg = Milímetros de Mercúrio

mrm = Movimentos Respiratórios por Minuto

POP = Procedimento Operacional Padrão

RCP = Ressuscitação Cardiopulmonar

Rn = Recém-nascido

SAV = Suporte Avançado à Vida

SBV = Suporte Básico à Vida

TCE = Traumatismo Cranioencefálico