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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPRITO SANTO CENTRO DE CINCIAS JURDICAS E ECONMICAS DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA BIB 03896 Representao Temtica III

Prof. Marcelo Nair dos Santos

O nmero de chamada:endereo dos recursos bibliogrficos

verso 2011/2 para uso didtico

Vitria ES 2011

2004-2011 by Marcelo Nair dos Santos

Unidade I. Classificao de documentos em sistemas de informao

2004-2011 by Marcelo Nair dos Santos.

Catalogao-na-publicao (CIP)025.81 S237n Santos, Marcelo Nair dos, 1973O Nmero de chamada : endereo dos recursos bibliogrficos. ver. 2011/2 para uso didtico. 2004-2011. p. : il., color. ; 30 cm. (Classificao de documentos em sistemas de informao) Inclui bibliografia. As numeraes das sees concordam com as unidades do programa da disciplina Representao Temtica III. 1. Nmero de chamada (Biblioteconomia). I. Ttulo. II. Srie.

Campos Universitrio Alaor Queiroz de Arajo Av. Fernando Ferrari, 514, Goiabeiras, Vitria ES 29075-910 (27) 4009-7717 www.biblioteconomia.ufes.br http://ava.ufes.br [email protected] Folha-de-rosto: clipart disponvel em http://office.microsoft.com/pt-br/clipart/default.aspx

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SUMRIO

2.1 Suportes fsicos de informao: notao de autor ___________________________________ 5 2.1.1 Critrio primrio: o nmero de classificao ___________________________________ 5 2.1.2 Notao de autor_________________________________________________________ 6 2.1.2.1 Uso da Tabela Cutter-Sanborn __________________________________________ 6 2.1.2.1.1 Marca da obra ____________________________________________________ 7 2.1.2.1.2 Regras de aplicao da Tabela de Cutter-Sanborn ________________________ 9 2.1.2.1.3 Casos especiais __________________________________________________ 14 2.1.2.1.4 Uso da Dewey Cutter Program______________________________________ 18 2.1.2.2 Tabela PHA ________________________________________________________ 18 2.1.2.3 Ausncia de tabelas __________________________________________________ 18 2.1.2.3.1 Sistema nominal _________________________________________________ 18 2.1.2.3.2 Tabela alternativa _______________________________________________ 19 2.1.3 Outros elementos do nmero de chamada ____________________________________ 20 2.1.3.1 Volumes, partes, fascculos, etc. ________________________________________ 20 2.1.3.2 Edio/ano _________________________________________________________ 20 2.1.3.3 Exemplares ________________________________________________________ 21 2.1.3.4 Uso de prefixos, ou, assinalar colees ___________________________________ 21 2.1.3.5 Nmero de registro __________________________________________________ 22 2.1.4 Padronizando o nmero de chamada ________________________________________ 22 2.1.4.1 Que elementos usar? _________________________________________________ 22 2.2.4.2 Qual o tipo de fonte? _________________________________________________ 22 2.1.4.3 Tamanho da etiqueta _________________________________________________ 22 2.1.4.4 Localizao e alinhamento da etiqueta na lombada? ________________________ 22 2.1.4.4.1 Alinhamento dos elementos da etiqueta _______________________________ 22 2.1.4.4.2 Localizao dos elementos alm da lombada __________________________ 23 2.1.4.5 Proteo da etiqueta na lombada? _______________________________________ 23 2.1.4.6 Restries circulao? ______________________________________________ 24 2.1.5 Nmero de chamada de Ranganathan _______________________________________ 24 Referncias ____________________________________________________________________ 25 ANEXOS ______________________________________________________________________ 27 Anexo A Captulo 02 da Colon Classification (Ranganathan, 1960) ____________________ 27 Anexo B Captulo 3 da Colon Classification _______________________________________ 28

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O nmero de chamada

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2.1 SUPORTES FSICOS DE INFORMAO: NOTAO DE AUTORO arranjo e a organizao dos suportes fsicos de informao so feitos atravs de um cdigo geralmente denominado nmero de chamada. Tal cdigo objetiva identificar e atribuir uma localizao ou endereo fsico fixo ou relativo para recurso de informao armazenado em suporte fsico (impressos, audiovisual, etc.) dentro de um servio de informao. Os elementos integrantes do nmero de chamada, geralmente, so impressos em etiquetas que posteriormente so coladas na lombada do recurso bibliogrfico. Isso no deve ser feito em recursos bibliogrficos raros em seu contedo ou em seu formato (obras raras). Alm da lombada, algumas bibliotecas, registram-no no verso da folha de rosto da obra ou em outra parte do item conforme determinado pelo manual de procedimentos internos do servio de informao. Para Lehnus (1978), a notao de autor: organiza as publicaes nas estantes numa sequncia lgica; atribui ao documento um sinal ou cdigo que permita diferenci-lo dos demais; fornece um sinal ou cdigo que facilite a busca de qualquer publicao nas estantes, e seu retorno s mesmas; facilita a manuteno do registro das publicaes emprestadas.

Em bibliotecas brasileiras, o nmero de chamada estruturado em nveis dispostos em linhas. O primeiro nvel define o critrio primrio em que os recursos bibliogrficos so organizados critrios secundrios so definidos pelos nveis subsequentes. Dois nveis so essenciais composio do nmero de chamada: o primeiro, geralmente o critrio primrios em obras gerais, o assunto que geralmente codificado atravs de sistemas de classificao como CDD ou CDU; o segundo nvel refere-se notao de autor, composta por uma letra seguida de nmeros decimais advindo de uma Tabela, geralmente, a Tabela de Cutter-Sanborn (1976). Nveis subseqentes so inseridos medida que necessrio para singularizar o nmero de chamada.

1. nvel 2. nvel

760 E74

Escorel, Ana Luisa. O efeito multiplicador do design / Ana Luiza Escorel. - So Paulo : Ed. SENAC, 2000. 117p. : il. (algumas col.) ; 21cm. ISBN 8573591080 (broch.) 1.Artes grficas. I.Ttulo.

Outros nveis podem ser acrescentados composio do numero de chamada de acordo com a necessidade do servio de informao. Neste texto didtico, apresenta-se a estrutura, o significado e as possibilidades do nmero de chamada, a saber: classificao, notao de autor e outras informaes do nmero de chamada.

2.1.1 Critrio primrio: o nmero de classificaoA rigor, o critrio primrio em bibliotecas a forma ou formato de publicao: ( por exemplo, audiovisual, peridico, referncia) geralmente encerrado em espaos fsicos adequados. Mas nem sempre tal fato est explcito no nmero de chamada. Por isso, neste texto, a forma ou formato de publicao ser desconsiderado como critrio primrio. Geralmente o critrio primrio de organizao da informao em bibliotecas e servios de informao com predominncia de suportes fsicos de informao, especialmente livros, feita atravs de sistemas de classificao bibliogrfica, como: Classificao Decimal de Dewey (CDD) ou Classificao Decimal Universal (CDU) que sero estudadas com mais profundidade adiante. Em recursos como: revistas, jornais, seriados e outros recursos continuados, no lugar desses sistemas algumas bibliotecas preferem adotar a ordenao alfabtica de ttulo como critrio primrio de arranjo. Na 2004-2011 by Marcelo Nair dos Santos

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ordenao dos ttulos, sugere-se adotar os preceitos da norma NBR6033 (ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS, 1989) para a devida organizao do acervo da hemeroteca. Recursos como DVD, CD, VHS e mdias similares podem ser ordenados por nmeros, por ordem de chegada ou por critrios alternativos criados a partir do uso de: cores, smbolos, desenhos, cdigos alfanumricos, etc. que denotam reas do conhecimento.

2.1.2 Notao de autorCritrio secundrio de organizao da informao, ou, segundo nvel do nmero de chamada onde se atribui um cdigo alfa-numrico que representa o sobrenome do autor ou da primeira palavra do ttulo cujo objetivo ordenar as obras que apresentam igualdade no critrio primrio (classificao). A notao de autor pode ser codificada por: Tabela Cutter-Sanborn (1976), Tabela PHA (PRADO, 1976), letras do autor (sistema nominal) ou tabelas alternativas.

2.1.2.1 Uso da Tabela Cutter-SanbornO esquema de notao de autor mais popular foi desenvolvido por Charles Ammi Cutter. De acordo com Wynar (1976), inicialmente, Cutter desenvolveu a tabela de dois dgitos que, posteriormente, a tabela foi expandida para trs dgitos por Kate F. Sanborn. Ela no usou a tabela de dois dgitos como base para sua tabela e por isso Cutter resolveu expandir a sua prpria tabela para trs dgitos. Portanto, h trs variaes 1 das tabelas: 1) a tabela de dois dgitos; 2) a tabela de trs dgitos de Cutter-Sanborn (a mais empregada no 2 Brasil); e 3) a tabela de trs dgitos de Cutter . Em um primeiro momento a notao do autor parece no ter lgica. Mas tem. A principal funo da notao de autor de Cutter-Sanborn ordenar as diversas obras de um mesmo autor dentro de um mesmo assunto (nmero de classificao). Como regra geral, usa-se a entrada principal [definida pelas regras do AACR2] para atribuir a notao do autor na tabela Cutter-Sanborn [...] (LEHNUS, 1978 p. 20). O nmero de Cutter para um item retirado das primeiras letras da entrada principal (que no artigo) seguido de seu nmero correspondente advindo da tabela que assim, determina o nmero para cada nome em ordem alfabtica. Considere dois os dois exemplos de autores na figura que se segue:

Figura 1

Emprego e representao da notao de autor a partir da tabela de Cutter-Sanborn.

Quando a entrada principal no se enquadrar exatamente na tabela, usa-se o cdigo imediatamente superior. A representao da notao da notao de autor feita pelos elementos em negrito. Observe a figura extrada da Tabela de Cutter-Sanborn que se segue:

Disponvel em http://librarian.or.kr/reference/mark/cutter1.htm. A tabela de trs dgitos de Cutter-Sanborn conhecida no Brasil como a tabela de Cutter. Mas no deve ser confundida com a tabela de trs dgitos de Cutter nem com a Classificao de Cutter elaborado como sistema de classificao.2

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Sco Scog Scor Scot Scott Scott, G. Scott, J. Scott, M. Scott, S.Figura 2

421 422 423 424 425 426 427 428 429

Seym Seyt Sfo Sha Shaf Shai Shak Shal Shap

521 522 523 524 525 526 527 528 529

Detalhe da Tabela de Cutter-Sanborn (1976).

As letras em maiscula que sucedem ao sobrenome referem-se ao prenome do autor. Em Scott G pode-se referir a Gary Scott, Giovani Scott, etc., ou seja tais autores correspondem a S426; Scott J pode ser Joo Scott, Jay Scott S427 e assim sucessivamente. Mas se o autor for, por exemplo Eduardo Scott o nmero do autor ser S425 conforme preconizado na figura anterior.

2.1.2.1.1 Marca da obraE se a biblioteca possuir muitas obras de um autor reunidas sob uma nica classificao? Como diferenciar o nmero de chamada? Para resolver essa situao costuma-se registrar a(s) letra(s) inicial(is) do(s) ttulo(s) da obra de um mesmo autor classificado sob o mesma classificao. Em outras palavras, a marca da obra colocada a partir do segundo ttulo de um autor com mesma classificao independemente da ordem alfabtica dos ttulos j adquirido(s). A marca da obra tem como premissa permitir a diferenciao da notao de autor, ou seja, evitar a duplicidade de nmero de chamada. No Brasil, porm, o emprego da marca da obra se popularizou e, geralmente, todas as obras do acervo possuem a notao de autor (Cutter-Sanborn) seguido de apenas uma letra da marca da obra. Bibliotecas brasileiras dificilmente adotam mais de uma inicial da marca. Ao se estabelec-la, deve-se ignorar a inicial constituda por artigos: o(s); a(s); um(ns); e, uma(s), inclusive os em lngua estrangeira.

Figura 3

Emprego de inicial de ttulo em obras de mesmo assunto e autor.

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Inicial de ttulo com numeral e outros smbolos Costuma-se transformar as iniciais de ttulos que comeam por nmeros em palavras: 7 = sete, 1001 = mil e uma, 3 = trs, etc. De fato h recursos no formato MARC que permitem a transformao de nmeros em palavras e sua consequente ordenao por ttulo.

808.899282 B444u

1, 2, 3 era uma vez... literatura infantojuvenil de Ingrid Biesemeyer Bellinghausen.

808.899282 S264a

O amor de Maria, a bonita literatura infanto-juvenil de Luciana Savaget com arte Miadaira. 1, 2, 3 e- j!, literatura infanto-juvenil escrito por Luciana Savaget com desenhos de Liliane Romanelli desenhou. Traa-letra e traa-tudo, literatura infanto-juvenil de Luciana Savaget com ilustraes de Victor Tavares.

808.899282 S264u

808.899282 S264t

Pode haver alternativas que mais se adquam ordenao alfanumrica da notao de autor, essncia e a funo da notao de Autor. Sugere-se omitir as indicaes de inicial de ttulo com numeral. Esse procedimento est mais em conformidade com a norma de ordem alfabtica (ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS, 1989), ou seja, numerais antecedem s palavras.

131.3 M954

1001 maneiras de enriquecer de Joseph Murphy.

131.3 M954p

Para uma vida melhor de Joseph Murphy.

131.3 M954t

Telepsiquismo : como alcanar a vida perfeita de Joseph Murphy.

Qualquer que seja a forma adotada deve ser padro em todo o acervo a que se aplica e deve ser detalhado na poltica de classificao ou no manual de procedimentos da biblioteca. Em iniciais de ttulos desprovidos de caracteres alfanumricos interessante observar se o smbolo possui valor de ordenao. Veja o quadro a seguir:

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Notao de autor J831r

Obra (Re)Fabulando : lendas, fbulas e contos brasileiros, volume VII, de Elias Jos com ilustraes de Maringela Haddad. The $100 Billion Allowance, de Elissa Moses.

M911c S839a E937a

!pod And !tunes Hacks, de Hadley Stern.

, Asp.Net 2.0 Website Programming ProblemDesign-S de Bill Evjen, Scott Hanselman e Devin Rader.

Quadro 1 Smbolos sem valor de ordenao (smbolos ignorados) Nos casos de smbolos com valor de ordenao, pode-se empregar os mesmo procedimentos descritos anteriormente desde que seja adotado na poltica de classificao: converter o valor do smbolo em palavras e assim empregar a inicial da palavra: @ = arroba, = pargrafo, etc...

004.678 F893e

!%@ : A Directory Of Electronic Mail Addressing And Netw, de Donnalyn Frey e Rick Adams.

ou omitir a inicial do ttulo.

004.678 F893

!%@ : A Directory Of Electronic Mail Addressing And Netw, de Donnalyn Frey e Rick Adams.

2.1.2.1.2 Regras de aplicao da Tabela de Cutter-SanbornNas sees a seguir, apresenta-se as regras e parmetros mais recorrentes usadas na aplicao da Tabela de Cutter (1976) resumidas no seguinte quadro. CASO CUTTER PARA... At 3 autores 1. autor/entidade inclusive entidades coletivas + 3 autores coletneas (editor, organizador, compilador, etc.) ttulo autoria desconhecida audiovisual, recurso contnuo, obras sagradas & evento crtica e anlise de personalidade criticado biografia biografado autobiografia biografado escritos sagrados tradutor legislao jurisdio QUADRO 2 Resumo das regras de aplicao de Cutter-Sanborn INICIAL DA OBRA? sim

no Z inicial do bigrafo a no sim

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Notao de autor para sobrenome do autor A aplicao da tabela de Cutter-Sanborn para obras com at trs autores refere-se ao primeiro autor citado na fonte principal de informao do recursos bibliogrfico (folha-de-rosto ou similar). Em recurso bibliogrfico que: apresentar autoria desconhecida ou compartilhada por mais de trs autores ou criadores; tiver caractersticas de recurso continuado (peridico); e/ou for audiovisual, a aplicao da tabela de CutterSanborn refere-se ao sobre o ttulo. Exemplos para entrada por autor pessoal: notao do autor.

001.4 C957t

Trabalhos acadmicos, dissertaes e teses, de Anamaria da Costa Cruz & Maria Tereza Reis Mendes O Que leitura, de Maria Helena Martins

028 M386q

025 C957b

A Biblioteca: o tcnico e suas tarefas, de Anamaria da Costa Cruz, Maria Tereza Reis Mendes & Simone da Rocha Weitzel

Mas antes necessrio observar alguns procedimentos especiais e peculiares que ocorrem em alguns sobrenomes descritos nas alneas que se seguem: a) sobrenome com apstrofo: ignora-se o apstrofo: OHara equivale a Ohara e SantAnna equivale a Santanna;

813 O36r

Rendez-vous Samarra de John OHara.

812 O58a

Anna Christie de Eugene ONeill.

b) sobrenomes constitudos por contraes de Mc, Mc ou M equivalem a Mac.

814 M478r

A Region Not Home de James Alan McPherson [= Macpherson]

664 M113

O Mc Donalds [ = Mac Donald]

c) sobrenome com grau de parentesco: a notao de autor feita pelo sobrenome que antecede ao grau de parentesco: Richard P. Momsen Jr., Manoel Gonalves Ferreira Filho, David Jardim Jnior, Amaury Jnior, Osrio Silva Barbosa Sobrinho, etc.;

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981.52 L732b

Bahia de Vitria de Carlos Benevides Lima Jnior, Suely Carvalho Soares, Walace Bonicenha

d) sobrenome composto: notao de autor para a primeira palavra do sobrenome composto;

869.8 B662i

Insurreio do queimado em cordel e prosa de Teodorico Boa Morte. O menino que viajou num cometa de Raimundo Santa Helena com xilogravuras de Erivaldo A histria da baratinha, recontado por Joo de Barro (Braguinha) ; ilustrado por Avelino Guedes

398.5 S231m

808.899282 J623h

e) sobrenome com prefixo: somente para prefixo que fazem parte do nome;

94(4) A675u

Unio Europia de Franois dArcy.

94(4) D214u

Unio Europia de Franois DArcy.

f)

sobrenome com hfen ou trao: notao de autor para a primeira palavra que compe a hifenizao.

843 S137p

Le Petit Prince de Antoine de Saint-Exupry

Notao de autor para nomes constitudos por frase ou desprovido de sobrenomes A aplicao da Tabela de Cutter-Sanborn refere-se ao primeiro nome mencionado em obras cujo criador ou autor do contedo intelectual ou artstico constitudo por nome simples ou cujo nome constitudo por frases. Exemplos para entrada por autor pessoal: notao do autor.

248.34 C287o

Orao mental segundo Santa Teresa por Um Carmelita Descalo, coordenado por Patrcio Sciadini, traduzido e adaptao por Geraldo Mariano Jnior

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Notao de autor para entidade coletiva Como regra geral, a notao de autor para autor corporativo refere-se ao nome da corporao das que possuem atividade fim definida ou que possuem nome prprio: academias; arquivos; asilos; associaes; ateneus; bancos; bibliotecas; cmaras de comrcio; centros; clubes; colgios; companhias; conservatrios; conventos; corporaes; emissoras de rdio e TV; escolas; federaes; firmas; fundaes; galerias; grmios; grupos executivos; grupos musicais e orquestras; hospitais; igrejas; instituies comerciais; institutos; jardins botnico; laboratrios; liceus; mosteiros; museus; observatrios; ordens religiosas; parques; partidos polticos; prises; servios; sindicatos; sociedades; teatros; universidades; zoolgicos; etc...

B869.8 A849c

Concurso Nacional de Cronicas, Premio Luiz Fernando Verissimo da Associao Bamerindus.

015.8121 B582c

Catlogo de jornais maranhenses do Acervo da Biblioteca Pblica Benedito Leite, 1821-2007 da Biblioteca Pblica Benedito Leite.

004.92 D232w

Web Design : Fireworks por Data Byte.

Por outro lado, certos tipos de entidades: possuem, como funo e misso primria, a administrao ou a gesto de algo; e tem denominao genrica que demonstra ser dependente de outra entidade. Nessas entidades, autor corporativo subordinado a uma corporao maior, a atribuio da Notao de Cutter obedece ao princpio da hierarquia administrativa.

No AACR2 (2004), a identidade bibliogrfica da Coordenao representada como cabealho da seguinte forma:

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918.152 V845m

Maria Ortiz / Coordenao de Monitoramento Urbano, Secretaria Municipal de Desenvolvimento de Vitria

Portanto, a Notao de Cutter refere-se corporao ou jurisdio geogrfica a que o autor corporativo se subordina. Isso ocorre em seis tipos de corporaes cuja denominao... 1) indica que parte de instituio maior: departamento, diviso, seo, setor, unidade etc. 2) contm dados que indiquem subordinao administrativa: comit, comisso, escritrio, etc. no caso brasileiro considerar: assessoria, bureau, cmara, consultoria, coordenao, coordenadoria, delegao, delegacia, diretrio, equipe, escritrio, gabinete, inspetoria, ncleo, procuradoria, repartio, representao, secretaria, unidade. 3) contm dados de subdiviso numrica, alfabtica, regional, cronolgica etc. Setor 301, Sala 21, Regio sul, Setor X, Delegacia da Paraba, etc. 4) genrica, est desprovida de dados de corporao: Recursos Genticos e Biotecnologia. 5) indique ser parte de instituio de ensino: setor, diviso, faculdades, escola, colgio, instituto, laboratrios, etc. 6) indica que pertena a instituio maior: Centro de Pesquisa Teatral do SESC.

362.1 B823h

Humaniza SUS do Ncleo Tcnico da Poltica Nacional de Humanizao da Secretaria de Ateno Sade Ministrio da Sade [do Brasil] COPERT, documento da Comisso Permanente dos Regimes de Trabalho da UFMA.

378.111 U58c

006.86 A849c

Coletnea de normas de medidores de energia eltrica do Comit Brasileiro de Eletricidade da Associao Brasileira de Normas Tcnicas.

Contudo, se o autor corporativo que tenha denominao sob um dos seis tipos no estiver subordinada a uma corporao ou entidade governamental, a notao refere-se ao autor corporativo.

796 C733c

COB 1996, por Comit Olmpico Brasileiro

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Notao de autor para o ttulo da obra A Notao de Cutter deve tomar como referncia o ttulo nos casos em que este prevalece sobre a natureza de indicao de responsabilidade em obra que: seja audiovisual; apresenta caractersticas de recurso contnuo; seja aceita como escritura sagrada de religio; apresenta resultados ou trabalhos de evento seja organizada em coletnea (autor: compilador, organizador, editor, coordenador, diretor, produtor, etc.); tenha mais de trs autores (autoria difusa); seja de autoria desconhecida.

A aventura de ser estudante, organizado por Oreste Preti

001.4 A951

Arquivstica, de Armando M. Silva, Fernanda Ribeiro, Jlio Ramos e de Manuel L. Real

020.15 A772

The Secret expedition, de autoria desconhecida

910 S446

Revista Ferroviria editada pela Empresa Jornalstica dos Transportes

625.105 R454

2.1.2.1.3 Casos especiaisAlguns temas e situaes tm tratamento diferenciado para a aplicao da notao de autor: traduo, estudos de personalidade e obras que apresentam ttulo uniforme. Traduo De acordo com Lehnus (1978), a traduo deve ser ficar ao lado da obra original. No Brasil, a maioria das bibliotecas emprega a regra geral de estabelecimento da notao de autor exceto pelo uso da marca da obra. Ela indicada a partir do ttulo original sucedida por ponto, pela letra inicial da lngua em maiscula e pela inicial do sobrenome do tradutor. Veja o exemplo:

821.111(73)-3 S544s.Pl

As areias do tempo de Sidney Sheldon ; traduo de A. B. Pinheiro de Lemos. Ttulo original: The sands of time. El capital : crtica de la economa poltica / Karl Marx ; versin del alemn por Wenceslao Roces. Ttulo original: Das Kapital: Kritik der politischen Okonomie .

335.4 M392k.Er

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Contudo, Lehnus (1978, p. 31) insinua que essa regra pode ser flexibilizada uma vez que muitas bibliotecas preferem considerar todo livro em lngua estrangeira como se fosse traduo, e tratar as verses na lngua nacional como original [...]. Bibliotecas com colees predominantemente em lngua nacional devem considerar todo livro nessa lngua como se fosse original (1978, p.31). Assim, pode-se afirmar que, se a poltica de classificao prever, a regra de obra traduzida pode seguir a regra geral de determinao da notao de autor. Pode-se inclusive adotar poltica diferenciada para literatura e livros tcnicos. Lehnus (1978) sugere uma forma de realizar a indicao da notao de autor para traduo com uso de dois nveis. Mas tal soluo no bem aceita no mbito brasileiro. Crticas e comentrios Estabelea a notao de autor para o autor criticado/analisado. Aps a notao de autor do criticado acrescenta-se a letra Z maiscula. Esse procedimento assegura que as anlises e os estudos de um criticado sero reunidos aps o conjunto da obra do autor.

Metamorfoses do corpo na poesia de Maria Teresa Horta, por Anglica Soares

869.1 H821Z

Uma outra opo e esse procedimento elaborar dois nveis para notao de autor: no primeiro nvel observa-se o mesmo procedimento realizado na forma anterior: notao de autor do criticado acrescido da letra Z; no segundo nvel coloque a notao de autor do sobrenome do crtico conforme representado a seguir:

Dona Flor e Seus Dois Maridos Jorge Amado 1966

869.3 A481c

869.3 A481ca

869.3 A481d

(1)

Observar: 869.3: notao de Dewey para Literatura Brasileira; A481Z Notao de Cutter para Jorge Amado, seguido da letra Z para indicar crtica literria; S725: Notao de Cutter para Sousa, o autor da crtica

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Tenses do tempo : a saga do cacau na fico Jorge Amado crtica e interpretao por Antonio Pereira Sousa869.3(1) A481Z S725

Capites da areia Jorge Amado 1937

Cacau Jorge Amado 1933

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Biografias Biografia uma obra que trata de fatos e de eventos sobre a vida de algum. Com o objetivo de reunir as obras biogrficas de um indivduo, a notao de Cutter para tais obras atribuda a partir do sobrenome do otao biografado e, como inicial do ttulo (marca da obra), acrescenta-se a inicial do sobrenome do bigr marca nome bigrafo. Em relao a autobiografias, sugere se no incluir a inicial em autobiografias. Isso faz com que as sugere-se autobiografias de uma personalidade antecedam as biografias. Outra alternativa suceder a notao de autor pela letra a na primeira autobiografia d coleo. s autobiografias adquiridas subsequentemente da . acrescenta-se o nmero de acordo com a ordem de aquisio se aquisio.

928.69 W262a

Curtindo os netos : (viagens e historinhas) historinhas), memrias de Eno Teodoro Wanke.

928.69 W262a2

Serraria Santa Adelaide : (reminiscncias das rraria (reminiscncias ferias numa serraria do interior do Paran na dcada de 1940), memrias de Eno Teodoro Wanke. A Santa Cruz do internato : reminiscncias de um aluno interno no Ginsio Diocesano de Santa Cruz de Castro, Paran, de 1943 a 1945 memrias , 1945, de Eno Teodoro Wanke. Menino de serraria : (meu comeo de vida ate os doze anos na cidade paranaense de Ponta Grossa), Grossa) memrias de Eno Teodoro Wanke Wanke. O despertar do amor : (aventuras e descobertas de um estudante apaixonado de 17 17-18 anos vividas na dcada de 1940 em Ponta Grossa, Paran), memrias de Eno Teodoro Wanke Paran Wanke. Eno Teodoro Wanke, sua vida e sua obra : , biografia e analise da obra do trovador, iografia engenheiro, poeta, pesquisador, escritor, contista, biografo, trovologo, ensasta literrio, literrio etc., de Therezinha Radetic adetic

928.69 W262a3

928.69 W262a4

928.69 W262a5

928.69 W262r

Um outro exemplo pode ser visto no exemplo a seguir. as biografias de Albert Einstein ficam re reunidas sob a classificao 929 da CDD seguido de E358. Como cada livro tem o mesmo nmero de chamada, a . autobiografia antecede as biografias.

929 E358c

Como vejo o mundo de Albert omo Einstein

929 E358b

Albert Einstein : um simples homem de viso, de Harvey R. Brown; traduo, Luiz Henrique Lopes dos Santos ; caricaturas, David Levine, Emilio Damiani

2004-2011 by Marcelo Nair dos Santos 2004

O nmero de chamada

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929 E358p

O pensamento vivo de Einstein, coordenao editorial Martin Claret; pesquisa de texto Geraldo Simes Einstein : o enigma do universo de Huberto Rohden

929 E358r

Semelhantemente crtica, outra opo e esse procedimento elaborar dois nveis para notao de autor no primeiro nvel: notao de autor para o biografado; no segundo nvel coloque a notao de autor do sobrenome do bigrafo.

929 E358 B878 929 E358 P418 929 E358 R737

Albert Einstein : um simples homem de viso, de Harvey R. Brown; traduo, Luiz Henrique Lopes dos Santos ; caricaturas, David Levine, Emilio Damiani O pensamento vivo de Einstein, coordenao editorial Martin Claret; pesquisa de texto Geraldo Simes

Einstein : o enigma do universo de Huberto Rohden.

Ttulos uniforme Como regra geral estabelea a notao de autor para o ttulo uniforme nos itens que o apresentar, exceto em escritos sagrados cuja notao de autor deve ser atribuda ao tradutor.

220.569 A447b

Bblia Sagrada traduzida em portugus por Joo Ferreira de Almeida

Em obras com contedo jurdico, legislao ou outras afins a Notao de Cutter representa a jurisdio geogrfica que a legislao aplicada. Mas se a obra apresentar recenso, crtica ou comentrio de uma lei especfica, a Notao de Cutter de representar o crtico ou comentarista.

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2.1.2.1.4 Uso da Dewey Cutter ProgramRecentemente a OCLC desenvolveu um programa eletrnico o Dewey Cutter Programa, com duas opes eletrnico, de uso (ONLINE COMPUTER LIBRARY CENTER, 1996) Cutter Four Figure Table com duas letra e trs 1996): dgitos; e Cutter-Sanborn Four Figure Table com um letra e 1-4 dgitos. No software sugere Sanborn 4 sugere-se adotar alguns procedimentos para viabilizar o uso adequado. realizar o download e instalar o programa programa; abrir o programa e selecionar tipo de tabela: Cutter Sanborn Four-Figure Table; na caixa de texto, escrever sobrenome omitindo acentuaes e cedilha; atentar ao emprego de nomes que sucedem ao sobrenome, ou, evitar digitar apenas o sobrenome; desprezar artigos iniciais quando a notao de autor for atribuda ao ttulo; para facilitar a leitura, empregar no mximo trs dgitos (desprezar excedentes).3

2.1.2.2 Tabela PHAA tabela PHA, de autoria de Helosa Almeida Prado (1976), foi uma tentativa de se estabelecer uma tabela de notao para autor adequada tabela s peculiaridades da lngua portuguesa. Apesar de, teoricamente, ser mais compatvel com as necessidades brasileiras e de haver poucos estudos sobre seu uso, pode se afirmar que tal tabela no se pode-se popularizou. As mesmas regras descritas na aplicao de notao de autor da Tabela regras Cutter-Sanborn, Cutter Sanborn, podem ser empregadas na Tabela PHA inclusive a inicial de ttulo (seo 2.1.2.1).

2.1.2.3 Ausncia de tabelas 2.1.Algumas bibliotecas dispensam o uso de tabelas de notao de autor. Os motivos podem ser: dificuldades de acesso as tabelas preferncia tabelas; em tornar a atribuio do nmero de chamada mais dinmico ou dinmico; quando a aplicao desnecessria. Seja qual for o motivo, tais . bibliotecas preferem ou usam letras iniciais do autor em maiscula ou usam: desenvolvem tabelas alternativas.

2.1.2.3.1 Sistema nominalAceita-se o uso das primeiras letras, geralmente as trs primeiras, do sobrenome d autor ou do ttulo , nome de (excludos os artigos). Esse procedimento pode dinamiza o trabalho do profissional na medida em que no se perde tempo consultando Tabela de Cutter abela Cutter-Sanborn. As mesmas regras descritas na aplicao de notao de autor da Tabela de Cutter-Sanborn, podem ser empregadas nas iniciais de autor, exceto pela -Sanborn, aplicao da inicial de ttulo (ver seo 2.1.2.1.2 Veja: 2.1.2.1.2).3

Disponvel por meio de software em: http://ww http://www.oclc.org/dewey/support/program/default.htm. . 2004-2011 by Marcelo Nair dos Santos 2004

O nmero de chamada

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001.8 AVE

A aventura de ser estudante, organizado por Oreste Preti

001.8 CRU

Trabalhos acadmicos, dissertaes e teses, de Anamaria da Costa Cruz e Maria Tereza Reis Mendes 100 anos do transporte urbano no Brasil, por Associao Nacional das Empresas de Transportes Urbanos lvares de Azevedo: seleo de textos, notas, estudos biogrfico, histrico e critico e exerccios por Barbara Heller Um chapu para viagem de Zlia Gattai

656.1 ASS

821.134.3.09(81) AZE

929 GAT

2.1.2.3.2 Tabela alternativaNa ausncia de tabelas, pode-se adotar a tabela apresentada por Lehnus (1978), ver quadro abaixo, ou adotar uma feita sob medida, ou seja, elaborada pelo prprio profissional da informao: LETRAS Nmero Exemplos

A, B, C, , D, E F, G, H, I J, K, L M, N, O P, Q(1), R S, T, U, V, W X, Y, Z

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Almeida = A452, Azevedo = A928 D = D2, Escobar = E715 Gil = G34, Horta = H567, Fundao = F852 Joule = J584, Laos = L157 Naes Unidas = N125 Pontes = P557, Queiroz = Q236, Ribeiro = R312 Santos = S157, Travassos = T618 Unio = U531 Yu = Y8

Quadro 3 Tabela alternativa para aplicao de notao de autor. Fonte: Lehnus (1978, p. 19) (1) Ignora-se a letra u que segue o q. As mesmas regras descritas na aplicao de notao de autor da Tabela de Cutter-Sanborn, podem ser empregadas em tabelas alternativas que seguem as mesmas estruturas descrita anteriormente, inclusive a inicial de ttulo (ver seo 2.1.2.1.2).

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2.1.3 Outros elementos do nmero de chamadaDentre os elementos mais comuns encontrados no nmero de chamada cita-se: indicao de volumes, 4 partes, fascculos, etc.; indicativo de edio ou ano ; nmero do exemplar; indicativo de coleo, nmero de registro, etc. Os elementos podem ser empregados independentemente da tabela que se emprega para determinar a notao de autor, inclusive sistema nominal.

2.1.3.1 Volumes, partes, fascculos, etc.As diversas partes integrantes de uma obra constitudas por volumes, partes, fascculos, tomos, etc., so acrescentadas imediatamente abaixo da notao do autor. Evidentemente em obras constitudas por um volume esse procedimento deve ser ignorado. a) volume;

245 I16s v.1

245 I16s v.2

245 I16s v.3

245 I16s v.4

245 I16s v.4 ex.2

b) outras indicaes: p. (parte), fasc. (fascculo), t. (tomo), n. (nmero) etc.

025.45 F293 p.1

025.45 F293 p.2

669 N341a v.2 t.1

669 N341a v.2 t.2

669 N341a v.2 t.3

c) suplementos e outras obras relacionadas: devem ser mantidas junto a obra-referncia.

510.7 SIL

Matemtica Viva por John Silva

510.7 SIL Supl. 1

Matemtica Viva por John Silva Suplemento do professor

2.1.3.2 Edio ou anoAs diversas edies (se houver indicativo) de uma obra podem ser ordenadas de acordo com o ano de publicao. No se deve confundir edio com: tiragem, impresso ou reimpresso. Algumas bibliotecas, entretanto, preferem o uso da edio em detrimento do ano de publicao visto que muitas vezes duas edies so publicadas no mesmo ano. O uso de ano pode ser viabilizado em certos tipos de publicao como por exemplo: congressos, simpsios, encontros etc. O ano ou a edio deve ser acrescentado imediatamente aps a indicao de volume,

4

A aplicao de ambos simultaneamente desnecessria 2004-2011 by Marcelo Nair dos Santos

O nmero de chamada

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partes, fascculos, etc. se houver. Se o uso do ano for escolhido, considere reproduo, reimpresso, facsmile como equivalente ao ano do primeiro item adquirido. a) edio :5

956.94 ALM

956.94 ALM 2.ed.

956.94 ALM 3.ed.

956.94 ALM 4.ed.

956.94 ALM 4.ed. ex.2

b)

Ano: 306.7 P154c 1986 306.7 P154c 1987 306.7 P154c 1987 ex.2 828 B942p 2000 v.1 ex.1 828 B942p 2000 v.2 ex.1

2.1.3.3 ExemplaresAplica-se o nmero de exemplares a reprodues, a reimpresses, a fac-smiles e outras manifestaes que mantenham a essncia da obra original. Isto significa que a indicao do ano (seo 2.1.3.2) de tais exemplares deve seguir o ano relativo ao item original ignorando o ano de publicao da reproduo ou da reimpresso ou do fac-smile. Os exemplares e as cpias de uma obra ou de uma coleo podem ser indicados atravs de cdigos que se 6 acrescentam imediatamente abaixo da indicao dos elementos anteriores (se houver) .

B869.3 A481c ex.1

B869.3 A481c ex.2

B869.3 A481c ex.3

B869.3 A481c ex.4

B869.3 A481ca ex.1

De acordo com Raganathan (1960) o primeiro exemplar do documento no numerado. A numerao se inicia a partir do segundo item adquirido pelo sistema de informao: a segunda cpia o exemplar 1; a terceira cpia o exemplar 2; a quarta cpia o exemplar 3; e assim sucessivamente.Seja qual for a forma de numerao, ela deve ser formalizada por meio de poltica de classificao.

2.1.3.4 Uso de prefixos, ou, assinalar coleesAlgumas vezes o nmero de chamada recebe prefixos para identificar uma localizao especial dentro da biblioteca onde o livro e outros materiais esto armazenados Coleo especial. O uso de prefixo pode ser dispensvel em bibliotecas que utilizem a CDU como sistema de classificao.

ES 981.52 C77h ex.1

(030)2=469 E51 1994

CE 37:51 M313n

5 6

Geralmente, omite-se a primeira edio. Algumas bibliotecas preferem numerar somente a partir do segundo exemplar e/ou omitem o indicativo do ex. 1. 2004-2011 by Marcelo Nair dos Santos

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2.1.3.5 Nmero de registroComo o nmero de registro bastante empregado para o emprstimo, algumas bibliotecas optam por sua incluso na etiqueta de lombada evitando assim o trabalho de abrir a obra para verificar o nmero de registro. Alguns servios de informao trazem tambm o nmero de registro representado por meio de cdigo de barras impressos na etiqueta de lombada.

610.73 P154c v.1 # 0341 #

616.99 S237c # 1237 #

2.1.4 Padronizando o nmero de chamadaA padronizao pode ser feita atravs da poltica de classificao ou por qualquer documento feito pela equipe da biblioteca que vise a padronizao do nmero de chamada. Tais procedimentos facilitam o entendimento e a visualizao do nmero de chamada por usurios e equipe de apoio guarda e ao retorno do material s estantes. Segue abaixo algumas questes que devem ser definidas no padro:

2.1.4.1 Que elementos usar?Uso e definio de prefixos como critrio primrio de organizao de critrios secundrios: classificao, CDD, CDU, etc.; notao de autor, Tabela de Cutter, letras iniciais ou outra notao de autor; edio; exemplar; ano de publicao; nmero de registro; nmero de exemplar; etc...

2.2.4.2 Qual o tipo de fonte?No h regras de uso de letras. Sugere-se usar fontes arredondadas em tamanho que apresente visibilidade adequada ao usurio de informao. A cor e as indicaes de negrito, itlico ou sublinhado de fonte podem facilitar a identificao dos diferentes elementos que compe a etiqueta de lombada (nmero de chamada). Mas tais recursos devem ser usados com moderao.

2.1.4.3 Tamanho da etiquetaO comrcio especializado em papelaria oferece variedades, padres de tamanho e tipos de etiquetas autocolantes. Na escolha do tamanho da etiqueta, deve optarse pela que puder comportar a impresso de todos os elementos previstos para integrar a estrutura da etiqueta de lombada.

2.1.4.4 Localizao e alinhamento da etiqueta na lombada?Evidentemente a etiqueta autocolante colocada na lombada dos recursos bibliogrficos. Mas tal localizao precisa obedecer alguns princpios. Em que a altura ou parte da lombada a etiqueta ser afixada? Pode-se criar um gabarito ou determinar uma medida a partir da parte inferior da lombada. Esse procedimento garante o alinhamento visual das etiquetas quando os livros estiverem armazenados nas estantes. Por isso sugere-se que a medida, a partir da parte inferior da lombada, no seja excessiva evitando assim variaes de alturas em lombadas com medidas pequenas.

2.1.4.4.1 Alinhamento dos elementos da etiquetaO alinhamento dos elementos da etiqueta deve ser esquerda independentemente da espessura da lombada. Evite centraliz-los. O alinhamento esquerda facilita a triagem e a identificao dos recursos bibliogrficos pela equipe de funcionrios no momento em que so reorganizados na estante.

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Figura 4

Etiquetas com elementos centralizados.

Na figura acima observa-se que as partes em branco no so visualizadas pelo funcionrio ou usurio de informao porque esto escondidas. Na figura abaixo, ao se alinhar as informaes esquerda observase que pelo menos o primeiro elemento da etiqueta visto.

Figura 5

Etiquetas com elementos alinhados esquerda.

2.1.4.4.2 Localizao dos elementos alm da lombadaMas alm da lombada local, em algumas bibliotecas comum inserir as informaes contidas na etiqueta nos elementos internos dos recursos: folha-de-rosto, verso da folha-de-rosto, em alguma pgina especfica do recurso, etc. Esse procedimento varia conforme a biblioteca, mas, tem um objetivo comum: uma cpia de segurana usada para registrar os elementos da etiqueta caso esta se desprenda, ou seja, retirada da lombada.

2.1.4.5 Proteo da etiqueta na lombada?As bibliotecas costumam proteger a etiqueta de lombada com plstico autocolante (contact) ou, s vezes, encapam o recurso bibliogrfico com plstico transparente. Tal procedimento previne o desprendimento ou extravio da etiqueta de lombada especialmente quando combinado a cdigos de barras para fins de controle de emprstimo. Esse procedimento inadequado para acervo destinado memria institucional e preservao de obras raras. Sugere-se a leitura do livro A ordem dos livros na biblioteca (PINHEIRO, 2007) para o correto armazenamento dessas obras.

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2.1.4.6 Restries circulao?Determinadas bibliotecas graduam restries de circulao (emprstimo) aos seus recursos bibliogrficos atravs do uso de fitas adesivas coloridas. Por exemplo, fita vermelha: restrio de circulao total e fita amarela semirrestrio de circulao. Outras formas de restries podem ser criadas de acordo com a necessidade da biblioteca. A forma de restrio mais empregada nas bibliotecas a fita vermelha fixada no primeiro exemplar adquirido pela biblioteca para integrar a coleo. Assim garante-se a disponibilidade de pelo menos um exemplar de obra cuja demanda de emprstimo seja intensa.

2.1.5 Nmero de chamada de RanganathanRanganathan (1960) apresenta o seu nmero de chamada. Ele divide o nmero de nmero de chamada em trs partes: Nmero de classificao: Classificado conforme a Classificao dos Dois Pontos; Nmero do livro: Com frmula faceta criada por Ranganathan; Nmero da coleo: consiste em letras que indica a coleo a que o livro pertence.

Analisar-se- somente o nmero de livro por esse apresentar uma diferena em relao ao que se tem dito at aqui. O nmero de livro determinado pela seguinte frmula facetada (RANGANATHAN, 1960, p. 2-3).

[L][F][Y][A].[V][S];[C]:[Cr] (cf. anexo A)Smbolo Sentido

[L] [F] [Y]

[A]

[V] [S] [C] [Cr]

LNGUA: cdigo da lngua em que o livro foi escrito (Cap. 5 da Classificao dos Dois Pontos) FORMA: cdigo da forma de exposio (Cap. 03 da Classificao dos Dois Pontos ANO:cdigo do ano de publicao do livro (Tab. De cronologia, p. 1-13 ou Cap. 3 da Classificao dos Dois Pontos, Anexo B) PARTE ACRESCENTADA: caso os nmeros anteriores no tenham diferenciado a notao de livros parecidos, acrescenta-se um nmero acrescentado ao livro. Para Ranganathan (1960) no se admite nmeros de chamada iguais. VOLUME: nmero volume do documento N. DE SUPLEMENTO: nmero do suplemento EXEMPLAR: nmero do exemplar CRTICA: nmero da crtica

Quadro 4 Casos especiais de classificao, crticas e comentrios NOTA: Para Ranganathan (1960) o primeiro exemplar, volume, etc. de um livro no qualquer indicao numrica. A numerao inicia-se a partir do segundo exemplar, volume, etc. da seguinte forma. Um documento publicado em 1949 teria os exemplares assim indicados: primeiro exemplar: N49 segundo exemplar... N49;1 Terceiro exemplar: N49;2 ...

Certamente nem todos os cdigos so usados ao mesmo tempo. O uso de um ou outro variar de livro para livro. Se a biblioteca que empregar o nmero de livro possuir a maior parte da coleo em lngua portuguesa, essa ser a lngua favorecida e portanto a sua indicao dispensvel. Ver exemplos a seguir (CC = Colon Classification = Classificao de Dois Pontos):

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O nmero de chamada

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L3 p7N52

L3 p7 N52 232;55 N95

Classificao CC para Sistema circulatrio (Medicina). Forma de exposio do livro (simpsio) Ano de publicao (1952) Classificao CC para Introduo catalogao de Eliane Mey Serro Ano de publicao (1995)

2;55 P01

O111,3N17,11 P02

O111,3N17,11 Classificao CC para a obra The Naked Face (A outra face) de Sidney Sheldon b5 Forma de exposio do livro (ndice alfabtico) P02 Ano de publicao (2002) U8.7918 111 f P03 ;1 Classificao CC para Brazil in pictures (Brasil em fotos) de Tom Streissguth Lngua do documento = ingls Forma de exposio = imagem Ano de publicao = 2003 Nmero de exemplar

U8.7918 111fP03;1

Para Piedade (1983 p. 193) a Colon empregada em bibliotecas da ndia, mas no vem sendo utilizada 7 fora daquele pas. Pesquisa na WWW demonstra que tal situao parece no ter mudado.

REFERNCIAS

ALBERT Einstein. Wikipdia: a enciclopdia livre. 2009. Disponvel em: . Acesso em: 18 abr. 2009. ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. 1989. NBR 6033: ordem alfabtica. Rio de Janeiro : ABNT, 1989. CDIGO de catalogao Anglo-Americano. 2. ed. rev. 2002 So Paulo : FEBAB, 2004. CUTTER, C. A.; SANBORN, K. E. 1976. Cutter-Sanborn three-figure author table: (SwansonSwift revision, 1969). 3. ed. Colorado : Libraries Unlimited, 1976. LEHNUS, Donald. 1978. Notao de autor: manual para bibliotecas. Rio de Janeiro : BNG, 1978. ONLINE COMPUTER LIBRARY CENTER. 1996. OCLC Dewey Cutter Program. v1.10.6, Dublin, Ohio : OCLC, 1996. PIEDADE, M. A. R.. Introduo teoria da classificao. 2. ed. rev. aum. Rio de Janeiro : Intercincia, 1983.7

Pesquisa feita na Internet identificou somente a National Gandhi Museum Rajghat New Delhi como usuria da Colon Classification: http://www.gandhimuseum.org/BookSearch.html. 2004-2011 by Marcelo Nair dos Santos

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PINHEIRO, Ana Virginia Teixeira da Paz. A ordem dos livros na biblioteca: uma abordagem preliminar ao sistema de localizao fixa. Rio de Janeiro: Intercincia; Niteri : Intertexto, 2007. PRADO, Heloisa de Almeida. Tabela "PHA". 2. ed. Rio de Janeiro : Livros Tcnicos e Cientficos, 1976. RANGANATHAN, S. R. Colon Classification. 6th ed. Bangalore : Sarada Ranganatha Endowment for Library Science, 1960. 25th reprint. de 2005. WYNAR, Bohdan S. Introduction to cataloging and classification. 5th ed. Littleton : Libraries Unlimited, 1976.

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ANEXOS ANEXO A CAPTULO 02 DA COLON CLASSIFICATION (RANGANATHAN, 1960) CHAPTER 02 BOOK NUMBER Facet formula for book-number [L] [F] [Y] [A].[V][S];[C]:[Cr] Foci in Form or F Facet a1 a5 a6 b b1 b5 b51 b55 b57 c c1 c2 c3 c4 c5 c51 c55 c57 c6 c9 c94 c96 d d2 d3 f f2 f3 f4 f5 f95 systematical alphabetical chronological index systematical alphabetical title subject autor list systematical numerical geographical conventional alphabetical title subject name chronological other type printer publisher data book pattern recipe picture sculpture engraving graphic painting photograph f953 f9533 f954 f955 f994 g g1 g2 g3 g6 h h1 h2 h3 h6 j k m n p1 p2 p3 p5 p7 q v w1 w2 w3 w4 w7 x x4 cinema film sound fim negative transparent picture block plan section elevation relief diagram graph line histogram perspective schematic parody adaptation catechism opinion lecture dialogue discussion debate symposium code practical verse drama fiction letter champu quotation press cutting

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ANEXO B CAPTULO 3 DA COLON CLASSIFICATION CHAPTER 3 TIME ISOLATE 31 A A1 A2 A3 A4 A5 B C D E F G H 1 J K 32 c d e n n1 n3 Isolate in [T]: Chronological Division Before 9999 BC Eozoic Palaeozoic Mesozoic Cainozoic Quaternary 9999 to 1000 BC 999 to 1 BC 1 to 999 AD 1000 to 1099 AD 1100 to 1199 AD 1200 to 1299 AD 1300 to 1399 AD 1400 to 1499 AD 1500 to 1599AD 1600 to 1699 AD Isolate in [T2]: Featured Time Day-time Night Twilight Season Spring Summer n5 n7 p p1 p5 p8 Autumn Winter Meteorological period Dry Wet Snow L M N P Q R S T U V W X YA YB YC 1700 to 1799 AD 1800 to 1899 AD 1900 to 1999 AD 2000 to 2099 AD 2100 to 2199 AD 2200 to 2299 AD 2300 to 2399 AD 2400 to 2499 AD 2500 to 2599 AD 2600 to 2699 AD 2700 to 2799 AD 2800 to 2899 AD 2900 to 2999 AD 3000 to 3099 AD 3100 to 3199 AD

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