Núcleo em Rede - Outubro/2009 -

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Passarela de lutas, sonhos e muitos bordados Parceria EDIÇÃO 12 Esse é o resumo da história do grupo Mulheres Criativas, de Santa Luzia, que apresentou seu trabalho de moda no ManiFesta 2009 Núcleo Palmital - Santa Luzia Rua Estefânia Sales Sotero, 155 Santa Luzia [31] 3635-7050 Informativo Mensal do Instituto Elo | Outubro 2009 em Belo Horizonte, no Barro Preto, vendem seus produtos junto a outras 24 unidades produtivas formadas por moradores da capital e região metropolitana. A loja é parte do projeto Inclusão Produtiva, realizado pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) e pela Aprecia. Com esse desfile, as Mulheres Criativas desejam dar uma guinada nas vendas e consolidar a marca. “O grupo é resultado de muitas lutas”, disse Ilma Silvério, integrante do grupo e responsável pela assinatura da atual coleção. Essa será a primeira vez que terão um catálogo para oferecer para lojas que queiram revender as roupas. “A missão foi cumprida. Agora, temos que escoar os produtos para o mercado e aumentar cada vez mais a renda do grupo”, completou. “Nosso trabalho faz a diferença. A beleza de nossas roupas está no bordado, que é um trabalho totalmente manual. A expectativa é até de exportar. Quem sabe?”, almeja Tina. “E com vocês, na passarela, a coleção A mão que modifica. A arte que transforma, das Mulheres Criavas”. Esse foi o anúncio mais esperado do ManiFesta 2009, evento que aconteceu no bairro Palmital, em Santa Luzia, durante a tarde do dia 4 de outubro. A quadra de esportes, onde o evento foi realizado, chamava cada vez mais a atenção dos moradores da região que, pouco a pouco, foram deixando-a lotada. Até o anoitecer, muitas atrações fizeram jus ao nome do evento: uma festa. Houve apresentações circenses, ballet, teatro, hip hop, dança de rua, exposição de fotografias e, é claro, muita moda. O evento foi promovido pelo Núcleo de Prevenção à Criminalidade (NPC) do Palmital e organizado pelo programa Mediação de Conflitos, com apoio do Fica Vivo! e da rede de instuições parceiras. As intervenções arscas e o desfile de moda veram como objevo divulgar e valorizar o trabalho dos moradores do bairro, inclusive da unidade produva Mulheres Criavas, um grupo com 22 integrantes da comunidade formado em 2005. Nessa época, o grupo parcipou oficinas de bordado e costura oferecidas pelo programa Mediação de Conflitos. Pouco tempo depois, amadureceram a ideia de criar uma cooperava para auxiliar na renda familiar, até que o sonho se concrezou. Através do incenvo do programa e com apoio da Oscip Associação Preparatória de Cidadãos do Amanhã (Aprecia), começaram a se reunir na paróquia do bairro – onde trabalham até hoje – para fabricar peças com bordados e aplicações artesanais. O primeiro reconhecimento já veio no ano seguinte, quando os alunos de moda da Fumec convidaram o grupo para bordar roupas para um desfile na universidade. Além disso, fizeram um curso com os futuros eslistas, que desenharam as roupas e ensinaram- nas a aprimorar a costura em alguns pos de tecido. “O desfile foi um sucesso”, recorda Tina Chaves, uma das fundadoras do grupo. Hoje, elas possuem uma loja no Palmital, no local da confecção, e, As roupas feitas pelas Mulheres Criavas são facilmente reconhecidas, pois os bordados e apliques nas peças, de alguma maneira, refletem a realidade do grupo. “O resultado é uma coleção de roupas carregadas de simbologia, baseadas no codiano das próprias mulheres”, frisa Marice Ceres de Sousa, gestora social do NPC. Isso pôde ser observado também em Recriando Olhares, nome da exposição de fotos que estava ao redor da passarela, com retratos rados pelas integrantes do grupo. O Manifesta 2009 foi encerrado em clima de muita alegria e com a sasfação dos moradores do bairro. “Cultura, esporte, lazer e paz é muito bom para os nossos corações. Eventos assim têm que ter todos os dias”, disse Benho, líder comunitário no Palmital. Fotos: Paulo Proença Jovens mostraram, na passarela, a coleção produzida pelas Mulheres Criativas

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Informativo mensal produzido pelo Instituto Elo no Termo de Parceria celebrado com a Superintendência de Prevenção à Criminalidade (Spec), da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).

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Passarela de lutas, sonhos e muitos bordados

Parceria

Edição 12

Esse é o resumo da história do grupo Mulheres Criativas, de Santa Luzia, que apresentou seu trabalho de moda no ManiFesta 2009

Núcleo Palmital - Santa LuziaRua Estefânia Sales Sotero, 155

Santa Luzia [31] 3635-7050

Informativo Mensal do Instituto Elo | Outubro 2009

Núcleo em Rede

em Belo Horizonte, no Barro Preto, vendem seus produtos junto a outras 24 unidades produtivas formadas por moradores da capital e região metropolitana. A loja é parte do projeto Inclusão Produtiva, realizado pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) e pela Aprecia. Com esse desfile, as Mulheres Criativas desejam dar uma guinada nas vendas e consolidar a marca. “O grupo é resultado de muitas lutas”, disse Ilma Silvério, integrante do grupo e responsável pela assinatura da atual coleção. Essa será a primeira vez que terão um catálogo para oferecer para lojas que queiram revender as roupas. “A missão foi cumprida. Agora, temos que escoar os produtos para o mercado e aumentar cada vez mais a renda do grupo”, completou. “Nosso trabalho faz a diferença. A beleza de nossas roupas está no bordado, que é um trabalho totalmente manual. A expectativa é até de exportar. Quem sabe?”, almeja Tina.

“E com vocês, na passarela, a coleção A mão que modifica. A arte que transforma, das Mulheres Criativas”. Esse foi o anúncio mais esperado do ManiFesta 2009, evento que aconteceu no bairro Palmital, em Santa Luzia, durante a tarde do dia 4 de outubro. A quadra de esportes, onde o evento foi realizado, chamava cada vez mais a atenção dos moradores da região que, pouco a pouco, foram deixando-a lotada. Até o anoitecer, muitas atrações fizeram jus ao nome do evento: uma festa. Houve apresentações circenses, ballet, teatro, hip hop, dança de rua, exposição de fotografias e, é claro, muita moda. O evento foi promovido pelo Núcleo de Prevenção à Criminalidade (NPC) do Palmital e organizado pelo programa Mediação de Conflitos, com apoio do Fica Vivo! e da rede de instituições parceiras. As intervenções artísticas e o desfile de moda tiveram como objetivo divulgar e valorizar o trabalho dos moradores do bairro, inclusive da unidade produtiva Mulheres Criativas, um grupo com 22 integrantes da comunidade formado em 2005.

Nessa época, o grupo participou oficinas de bordado e costura oferecidas pelo programa Mediação de Conflitos. Pouco tempo depois, amadureceram a ideia de criar uma cooperativa para auxiliar na renda familiar, até que o sonho se concretizou. Através do incentivo do programa e com apoio da Oscip Associação Preparatória de Cidadãos do Amanhã (Aprecia), começaram a se reunir na paróquia do bairro – onde trabalham até hoje – para fabricar peças com bordados e aplicações artesanais. O primeiro reconhecimento já veio no ano seguinte, quando os alunos de moda da Fumec convidaram o grupo para bordar roupas para um desfile na universidade. Além disso, fizeram um curso com os futuros estilistas, que desenharam as roupas e ensinaram-nas a aprimorar a costura em alguns tipos de tecido. “O desfile foi um sucesso”, recorda Tina Chaves, uma das fundadoras do grupo.

Hoje, elas possuem uma loja no Palmital, no local da confecção, e,

As roupas feitas pelas Mulheres Criativas são facilmente reconhecidas, pois os bordados e apliques nas peças, de alguma maneira, refletem a realidade do grupo. “O resultado é uma coleção de roupas carregadas de simbologia, baseadas no cotidiano das próprias mulheres”, frisa Marice Ceres de Sousa, gestora social do NPC. Isso pôde ser observado também em Recriando Olhares, nome da exposição de fotos que estava ao redor da passarela, com retratos tirados pelas integrantes do grupo. O Manifesta 2009 foi encerrado em clima de muita alegria e com a satisfação dos moradores do bairro. “Cultura, esporte, lazer e paz é muito bom para os nossos corações. Eventos assim têm que ter todos os dias”, disse Betinho, líder comunitário no Palmital.

Fotos: Paulo ProençaJovens mostraram, na passarela, a coleção produzida pelas Mulheres Criativas

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Documentário

Jardim Felicidade lança filme e CD sobre violência doméstica e de gêneroCerca de 50 pessoas da comunidade compareceram ao lançamento do documentário que trata de problemas recorrentes na vida de muitas mulheres

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Platéia cheia no Centro Cultural Jardim Guanabara, em Belo Horizonte, no dia 2 de outubro. De um lado, cerca de 50 espectadores curiosos para assistir ao documentário Momentos – Violência doméstica e de gênero. De outro, os envolvidos com a produção do filme ansiosos com a estreia. O lançamento começa com uma apresentação do rap Momentos, trilha sonora do documentário e escrito por Rosicléa Pereira, mais conhecida como Rosy, idealizadora do projeto. Em seguida, a exibição do documentário.

Em 25 minutos, o filme trata de um problema recorrente no bairro Jardim Felicidade, onde está instalado um dos 39 Núcleos de Prevenção à Criminalidade do Estado. Fernanda Arantes, técnica social do programa Mediação de Conflitos, conta que relatos de violência doméstica e de gênero são frequentes nos atendimentos individuais realizados no NPC. “Por isso, resolvemos fazer algo e juntamos a ideia de promover encontros reflexivos com mulheres da comunidade com o projeto da Rosy de produzir um documentário e um CD com raps feitos pelos jovens do Fica Vivo!”, relata. Rosy é oficineira do programa há cinco anos, junto com Bruno Dutra, o Brunão.

O projeto temático começou este ano com um grupo de mulheres que se reuniam toda quarta-feira na Casa Recriar. Começamos [a equipe do programa Mediação] a participar dos encontros e a trazer questões sobre o tema violência a partir de histórias que elas contavam”, explica Tatiane Marques, estagiária do Mediação. Nas conversas, as mulheres deram suas opiniões sobre o problema e algumas revelaram que já vivenciaram situações de violência, mas que no presente isso já não faz mais parte da vida delas. Foram repassadas também informações sobre a rede de enfrentamento ao problema, que congrega diversas instituições públicas preparadas para dar suporte jurídico e psicológico às mulheres que sofrerem agressão.

Além dos encontros, o projeto temático possibilitou a produção do documentário e do CD de rap. Rosy conta que a ideia surgiu a partir de histórias que apareceram em sua oficina no Fica Vivo!. “Também fui algumas vezes à oficina de futsal feminino falar sobre o tema”, relata Rosy. Na produção do documentário, participaram jovens da oficina de teatro do Fica Vivo!, que auxiliaram na construção do roteiro e também foram os atores da gravação.

Histórias reaisO documentário traz depoimentos de duas mulheres moradoras do Jardim Felicidade que já vivenciaram histórias de violência doméstica e de gênero, além da fala de um ex-agressor. Uma dessas mulheres é Daiane Damas, 17 anos. Ela levou um tiro no rosto do ex-namorado, que se matou em seguida. Quase dois anos depois do incidente, Daiane se diz recuperada do trauma. “A maior prova disso é minha filha, de quatro meses, que é tudo na minha vida. Já superei o que passou e estou disposta a ajudar os outros”, revela.

No CD, foram gravadas 10 composições de rap que falam da violência doméstica e de gênero e de suas consequências. Em breve, cópias do documentário em DVD e do CD de rap serão entregues nas instituições da rede na região, para que a exibição aconteça em outros momentos em que a comunidade estiver reunida. No encarte do material, há uma lista das instituições que formam a rede de enfrentamento à violência contra a mulher em Belo Horizonte, com endereços e telefones de contato.

Núcleo Jardim FelicidadeRua Tenente João Ferreira, 85

Belo Horizonte [31] 3435-3569

Foto: Ana Paula FerreiraO documentário envolveu os técnicos do NPC, oficineiros e

jovens do Fica Vivo!, rappers e pessoas da comunidade

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Finais das Olimpíadas do Fica Vivo! agitaram Belo Horizonte

Esporte

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Medalhas de ouro, prata e bronze de diversas modalidades foram entregues em 16 e 17 de outubro, últimos dias de competições das Olimpíadas do Fica Vivo!. As quadras do Colégio Estadual Central; do Mackenzie Esporte Clube, no bairro Santo Antônio; do Campo da Campolina, na Pampulha; a Quadra do Vilarinho, em Venda Nova, e o estádio do Mineirão foram palcos de jogos emocionantes entre jovens de 12 a 24 anos participantes do programa.

Nas quadras do Estadual Central, a equipe Kalangos, do NPC Ribeiro de Abreu, e Lord, de Nova Contagem, disputaram, ponto a ponto, a final do sub-15 da modalidade basquete. A equipe de BH levou a melhor e ganhou de 22 a 21 do time de Contagem. “Depois de tanto trabalho veio a recompensa. Nos redimimos com nosso treinador, pois em 2008 não passamos da fase classificatória. Este

ano ganhamos invictos”, comemorou Breno Morais, 15 anos, capitão do time Kalangos. No sub-18, a seleção do Papagaio ganhou do Lord e, nas disputas dos jovens do sub-24, The Lions, do Via Colégio, fez 31 a 22 em cima do Projeto Basquete do Futuro, de Santa Luzia.

“Este momento é único na vida dos jovens. Eles podem apresentar a dedicação de todo um ano. Além disso, é importante para todos os envolvidos do Fica Vivo!. O programa investe e a gente tem a alegria de ver a felicidade dos jovens”, assegurou o oficineiro de basquete e treinador do Kalangos, o angolano André Ndoqui Júnior.

No Mackenzie, as partidas de voleibol empolgaram a arquibancada. O local consagrou o Real Minas Voleibol, equipe feminina da categoria sub-24 do Ribeiro de Abreu, em seu tricampeonato. O treinador do

time, Renato Dantas, disse que os jovens ficam muito motivados com as Olimpíadas. “Eles descobrem que espaços do esporte são criados para eles também. Ganhar todo mundo quer, mas competir em um evento dessa magnitude é muito importante”, analisa o oficineiro.

Emoção no MineirãoEsse foi o sentimento que prevaleceu na manhã do dia 17, no maior estádio de futebol de Minas, entre os times que disputaram as finais do futebol de campo: Grêmio Futebol Clube, de Nova Contagem; Coloradense, do Conjunto Felicidade; Amigos do Ribeiro de Abreu Esporte Clube, das comunidades do Ribeiro, Novo Aarão Reis e Paulo VI; Meninos do Morro, também de Sabará e a equipe de Rosaneves.

“Jogar no Mineirão é a maior emoção do mundo, e pode escrever: ano que vem seremos tri!”, garantiu o jogador da vitoriosa seleção Meninos do Morro, Wenderson Júnior. O jovem de 21 anos foi o artilheiro do campeonato na categoria sub-24, com 15 gols na campanha. Juninho, como é conhecido, participa das oficinas de futebol de campo e futsal do Fica Vivo! há cinco anos. Tutinho, treinador do time vice-campeão – Coloradense –, comemorou: “Só de chegar ao Mineirão já é uma vitória. Essa conquista vale ouro”. Depois da entrega das medalhas e dos levantamentos dos troféus, as duas equipes confraternizaram e no meio do gramado ecoaram: “Fica Vivo!”.

“As Olimpíadas dão continuidade ao trabalho que é feito nas oficinas. É uma oportunidade de aproximar os jovens e trabalhar questões de segurança pública, além de proporcionar o contato com outras pessoas”, avaliou Michele Duarte, supervisora metodológica do programa. Kátia Simões, diretora do Fica Vivo!, disse que no evento é possível trabalhar a questão da lealdade, do trabalho em equipe e da integração. “A intenção do programa não é de formar profissionais. Ele utiliza o esporte para construir essas relações entre os jovens e promove de forma pacífica a circulação e o acesso à cidade, declara.

Jovens do programa disputaram os jogos decisivos em consagrados espaços do esporte. Um dos cenários foi o Mineirão

Fotos: Paulo ProençaNo Estadual Central, as disputas de basquete foram acirradas

Jovens do Fica Vivo! fizeram rolar a bola e a emoção no Mineirão

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ExpedienteInstituto EloDiretor-Presidente: Kris Brettas - Diretor Administrativo-Financeiro: Gleiber GomesInformativo Núcleo em RedeAssessora de Comunicação: Liliane Lessa - Jornalista Responsável: Ana Paula Ferreira (12606/MG) Reportagem e redação: Ana Carolina Jácome, Ana Paula Ferreira e Paulo Proença Design Gráfico: Henrique Cardinali e Sônia Silva Tiragem: 2.000 exemplares - Impressão: Gráfica 101 - Publicado em 30 de outubro de 2009Rua Guajajaras, 40, 10o andar, sala 3 - Belo Horizonte - MG - 30.180-100www.institutoelo.org.br/ Contatos: (31) 3309-5617 / [email protected]

O Instituto Elo é uma associação privada sem fins lucrativos, qualificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) pelos governos federal e estadual, que atua na gestão de projetos sociais e culturais em parceria com as iniciativas pública e privada. Nos Núcleos de Prevenção à Criminalidade, o objetivo do Instituto é desenvolver, em parceria com a Secretaria de Estado de Defesa Social, ações relativas à prevenção social da criminalidade e da violência por meio da implantação, desenvolvimento e consolidação dos NPCs.

Neles, são executados os programas Fica Vivo!, que atende jovens em situação de risco social; Central de Apoio às Penas Alternativas, responsável por monitorar o cumprimento de penas e medidas alternativas; Reintegração Social do Egresso do Sistema Prisional, que trabalha para a reinserção das pessoas que deixaram o sistema penitenciário; e Mediação de Conflitos, voltado para a resolução extrajudicial de problemas.

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Encontro

O diagnóstico dos índices de criminalidade de Contagem, as práticas de ressocialização aplicadas nas unidades prisionais de Minas e a inserção do egresso do sistema prisional no mercado de trabalho e na sociedade foram temas discutidos no II Seminário Reintegrar, realizado em 21 de outubro no auditório da Prefeitura de Contagem.

O evento foi organizado pelo Programa de Reintegração do Egresso do Sistema Prisional (PrEsp), do Núcleo de Prevenção à Criminalidade (NPC) de Contagem, e contou com representantes do sistema carcerário e de justiça, além de egressos, pessoas da comunidade e os técnicos sociais da Central de Apoio às Penas e Medidas Alternativas (Ceapa). O objetivo foi promover, por meio da troca de experiências e do diálogo entre o público participante, ações que diminuam o preconceito da

sociedade em relação às pessoas que passaram pelo sistema prisional.

A superintendente de Prevenção à Criminalidade da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Fabiana de Lima Leite, disse que só é possível a execução desses programas a partir das parcerias entre instituições públicas e privadas e sociedade civil. “Buscamos a capacitação e integração das redes, com o objetivo de qualificá-las para a inclusão do público atendido pelos programas”, explicou.

O integrante da Associação Pró-Melhoramento de Contagem, Lincoln Matos, explicou que a sociedade às vezes não quer que o egresso trabalhe nas escolas, nas creches por medo ou receio. “Esse é o momento para buscar estratégias para vencer esse preconceito

e o Reintegrar é o espaço próprio para essas discussões”, destacou.

Núcleo ContagemRua Portugal, 20, Bairro da Glória

Contagem [31] 3352-5448

Seminário discute formas de reintegração Especialistas em criminalidade reuniram-se para tratar da inclusão de egressos

Núcleo UberabaRua Afonso Rato, 272, Bairro Mercês

Uberaba [34] 3321-9925

Comunidade

Preservação do meio ambiente em pautaEncontro em Uberaba abordou a responsabilidade de cada cidadão com o tema

Participantes discutiram possibilidades para reintegração dos egressos

O 2º Encontro de Mobilização Social promovido pelo Núcleo de Prevenção à Criminalidade de Uberaba reuniu moradores da cidade para discutirem sobre a preservação do meio ambiente e responsabilização individual e coletiva. O objetivo do encontro, organizado pela Central de Apoio às Penas e Medidas Alternativas (Ceapa) e pelo Programa de Reintegração do Egresso do Sistema

Prisional (PrEsp), foi oferecer aos usuários dos programas informações sobre a temática. “Essas questões são centrais para a Ceapa, pois muitos usuários cumprem pena alternativa exatamente porque cometeram crimes ambientais”, explica Bruno Ferreira, técnico social da Ceapa.

As palestras realizadas durante o encontro abordaram o impacto das ações humanas, a importância da reciclagem e a responsabilidade que cada cidadão tem em preservar o meio ambiente, entre outros assuntos. “Os presentes participaram ativamente do evento. Cada um teve a oportunidade de contribuir usando exemplos da sua experiência”, relata Raquel Magmabosco, técnica da Ceapa. Ela avalia que as palestras foram educativas porque mostraram que cada um tem a sua participação, como cidadão, na preservação

do meio ambiente, assim como na prevenção à criminalidade. “Tudo depende da ação de cada um”, acrescenta.

A gestora social do NPC, Maria Beatriz Cunha, também fez uma apresentação sobre os programas de prevenção à criminalidade que atuam em Uberaba: além da Ceapa e do PrEsp, há o Fica Vivo! e o Mediação de Conflitos, que estão instalados no bairro Jardim América. Essa foi a segunda edição do encontro de mobilização. A primeira aconteceu em agosto e reuniu a rede de instituições parceiras do núcleo, beneficiários dos programas e autoridades municipais.

Usuários da Ceapa e do Presp discutem sobre meio ambiente durante seminárioFo

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Foto: Ascom / Seds