NT - Maio 2012

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EDIÇÃO MENSAL ONLINE MAIO 2012 Notícias do ténis Esta newsletter foi escrita no âmbito do novo Acordo Ortográfico. Estoril Open «vintage» Nesta terça-feira, os tenistas masculinos portugueses entram em ação no quadro principal de singulares da 23.ª edição do Estoril Open. Pela primeira vez na história do torneio, cinco representantes do ténis português estiveram no sorteio da competição do ATP World Tour e vão jogar a primeira ronda. Rui Machado e Frederico Gil tiveram entrada direta inédita. João Lagos, diretor do torneio, atribuíu “wild cards” a mais três representantes do ténis português: João Sousa, Pedro Sousa e Gastão Elias. É a melhor “colheita” portuguesa no pó de tijolo do Jamor.

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Notícias do Ténis - Maio 2012

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EDIÇÃO MENSAL ONLINE MAIO 2012

Notícias do ténis Esta newsletter foi escrita no âm

bito do novo Acordo Ortográfico.

Estoril Open «vintage»

Nesta terça-feira, os tenistas masculinos portugueses entram em ação no quadro principal de singulares da 23.ª edição do Estoril Open.

Pela primeira vez na história do torneio, cinco representantes do ténis português estiveram no sorteio da competição do ATP World Tour

e vão jogar a primeira ronda. Rui Machado e Frederico Gil tiveram entrada direta inédita. João Lagos, diretor do torneio, atribuíu “wild cards”

a mais três representantes do ténis português: João Sousa, Pedro Sousa e Gastão Elias. É a melhor “colheita” portuguesa

no pó de tijolo do Jamor.

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2 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Compre o que é nacional!

EDITORIAL

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Federação Portuguesa de Ténis

Rua Actor Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha

Tel.: 214 151 356 Fax: 214 141 520 [email protected] www.tenis.pt

EDIÇÃO ONLINE Direção: José Corrêa de Sampaio. Coordenação: José Santos Costa

O Ténis em Portugal vive hoje os melhores dias da sua história. Esta frase poderia ser considerada exa-gerada não fossem os dados objeti-vos sobre os “rankings” juniores e ATP/WTA dos nossos atletas nos

últimos anos. Vale a pena por isso refletir sobre a qualidade de todos os intervenien-tes nos processos de iniciação e

formação avançada de jogadores. Apesar do meu parco conheci-mento sobre metodologias de treino básico e muito menos avançado, é fácil concluir que a qualidade dos treinadores, métodos de trabalho e nível dos atletas melhorou substan-

cialmente nos últimos anos. Tenho conhecido ao longo dos últimos 10 anos de treinadores, clu-bes, seleccionadores, atletas inicia-dos, cadetes e seniores de qualida-

de verdadeiramente excepcionais. Não me refiro apenas às capaci-dades técnicas, mas a todo um conjunto de predicados que fizeram

do Ténis um orgulho nacional.

São disso exemplo o genuíno espírito de luta e entrega do nosso mais do que querido Frederico Gil, ou do incansável e incrível Rui Machado, que nos mostrou no US Open que estava ao nível do Fer-

nando Verdasco. No entanto, o Ténis tarda em obter a visibilidade que merece.

Simplesmente incompreensível!

E já não vale falar do nosso ancestral pessimismo e quase maledicência, de tudo o que é por-

tuguês. Quase que apetecia pedir para incluir na campanha "compre o que

é nacional", o Ténis português. É por tudo isto que importa

( Continua na página 10)

MARIA JOÃO KOEHLER, tricampeã nacional absoluta

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O naipe mais valioso

O quadro principal de singulares mas-culinos do Estoril Open integra cinco tenistas portugueses. É a primeira vez em 23 edições. Também é inédito o facto de dois lusos – Rui Machado, o mais bem cotado de sempre na hie-rarquia mundial, e Frederico Gil, fina-lista em 2010 – terem entrado direta-mente. A estes juntam-se João Sou-sa, Pedro Sousa e Gastão Elias, todos com “wild card” (no quadro feminino, Maria João Koehler e Bár-bara Luz foram as contempladas). Será necessário recuar até 2008 para encontrar o registo de maior número de tenistas masculinos portu-gueses no quadro principal de singu-lares. Foram quatro: João Sousa garantiu um lugar depois de ter supe-rado a fase de qualificação e Frederi-co Gil, Gastão Elias e Rui Machado foram contemplados com os três con-vites de que dispõe João Lagos em cada edição do Estoril Open. Em 2010, Leonardo Tavares e Rui Machado, ambos com “wild card”, juntaram-se a Frederico Gil (entrada direta), que alcançou a final inédita no Jamor para um português, não conse-guindo, porém, ultrapassar o espa-nhol Albert Montañes. Também três tenistas portugueses entraram no quadro principal do Esto-ril Open em 2003, todos com convite do diretor do torneio: Diogo Rocha, Hélder Lopes e Bernardo Mota. Em 1997, a representação do ténis português foi entregue a Nuno Mar-

RUI MACHADO, o mais cotado tenista português de sempre e da atualida-de, entrou diretamente no quadro principal de singulares do Estoril Open

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ques, Bernardo Mota e Bruno Frago-so, enquanto no ano anterior aos dois primeiros tenistas juntou-se João Cunha e Silva. Emanuel Couto, Nuno Marques e João e Silva jogaram o quadro princi-pal de singulares do Estoril Open em 1994, igualmente todos com “wild card”. De 1991 a 1993, também três por-tugueses foram convidados por João Lagos para integrar a elite.

Nuno Marques, João Cunha e Silva e Emanuel Couto receberam “wild card” para a grelha principal de singu-lares de 1991, enquanto no ano seguinte Bernardo Mota juntou-se a Cunha e Silva e Couto. Marques este-ve ausente. Em 1993, Nuno Marques, Bernardo Mota e João Cunha e Silva foram os representantes do ténis português no quadro principal de singulares do Estoril Open.

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Para esta terça-feira, o programa do Estoril Open reserva dois encontros entre portugueses na primeira ronda – Rui Machado joga com Pedro Sou-sa e João Sousa enfrenta Gastão Elias, em reedição do encontro do ano passado, também no primeiro confronto. É a primeira vez que tal acontece na história do único torneio português no ATP World Tour. A primeira vez que dois portugue-ses se defrontaram no Estoril Open foi em 1991, na segunda edição do torneio. O portuense Nuno Marques seguiu em frente, aplicando os par-ciais de 6-2, 3-6 e 6-1 a Emanuel Couto. Logo no ano seguinte, Cunha e Silva transitou para a ronda dois após um duplo 6-3 a Bernardo Mota. Em 2004, a ronda inaugural teve o embate entre Diogo Rocha e Leonar-do Tavares, com triunfo do primeiro, por 7-5, 2-6 e 6-3. No ano passado, João Sousa e Gastão Elias protagonizaram um duelo épico de mais de duas horas de duração, na primeira ronda do quadro principal de singulares. João Sousa avançou para a ronda dois, depois de Elias ter caído no “court” devido a lesão, em desvanta-gem por 5-2. Além destes embates, o Estoril Open teve ainda mais dois encontros cem por cento lusos, um em 2008 e outro em 2010.

JOÃO SOUSA é um dos cinco portugueses no quadro princi-pal de singula-res do Estoril Open 2012. Tem encontro marcado com Gastão Elias na primeira ronda

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Em 2008, na segunda ronda, Frederico Gil venceu João Sousa (“qualifier”), por 7-6 e 6-2. Há dois anos, no encontro memorável dos quartos de final,

Frederico Gil superiorizou-se a Rui Machado, em três partidas, con-cluídas por 4-6, 7-6 e 6-3, num embate em que se acentuou a rivalidade entre os dois.

Dois inéditos duelos cem por cento lusos

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possível concluir a primeira edição do torneio e as preces de João Lagos a Nossa Senhora de Fátima sucederam-se. A competição aca-bou por se desenrolar até à final de singulares de domingo e, a partir de então, a imagem protetora passou a ser um elemento imprescindível no “Central”. “Nossa Senhora, que me acompa-nha ao longo da vida, estava lá, nes-te grande desafio que foi pôr de pé a primeira edição do Estoril Open. Acompanhou-me durante a semana. Graças a Deus, chegámos a domin-go, às finais e o torneio concluiu-se”,

A imagem protetora

A presença de imagem de Nossa Senhora de Fátima no “Central” do Estoril Open é um pormenor que João Lagos, o diretor do torneio português do ATP World Tour e do WTA Tour, não dispensa desde a primeira edição. A razão é simples: forte devoção. João Lagos recorda que, em 1990, a intempérie abateu-se sobre o Jamor, no sábado. “Um vendaval de chuva e de vento. Deitei as mãos à cabeça, a pen-sar como iria ser possível desenrolar um torneio debaixo dessas condições atmosféricas”, rememora. Temeu-se que fosse im-

lembrou João Lagos, que confessou ter “uma devoção” por Nossa

Senhora de Fátima. O diretor do Estoril Open, que, este ano, cumpre a 23.ª edição, salienta que dialoga “diariamente” com Nossa Senhora de Fátima, pois, acentua, é “uma companhia de vida” e que acompanha o único torneio português no ATP World Tour e no WTA Tour “desde a pri-

meira hora”. “A relação que tenho com Nossa Senhora de Fátima é uma relação que tem a ver comigo e com as minhas próprias convicções. Não

só momentos de aperto e mais difíceis que me acompanha”,

disse. João Lagos rememora que recorreu também a orações a Nossa Senhora de Fátima tam-bém para granjear apoios ofi-ciais para as edições do Estoril Open, ainda sem instalações definitivas, embora exista um projeto para o Alto da Boa Via-gem (acesso à Marginal, na Cruz Quebrada), com a edifica-ção de pavilhão multiusos, num terreno com cerca de 19.500

metros quadrados.

JOÃO LAGOS, diretor do Estoril Open, não dispensa imagem de Nossa Senhora de Fátima no “Central” do Estoril Open

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… e nos «Duelos Improváveis»

FPT na «Sponsors

Village»...

A Federação Portuguesa de Ténis está novamente no Estoril Open, ocupando um “stand” na “Sponsors Villa-ge”, localizado ao lado da Nave de Ténis do Complexo Desportivo do Jamor, junto à entrada principal e ao míti-co Centralito. O espaço da Federação de Ténis, à entrada da “Sponsors Village”, à direita, tem uma decoração sóbria, com mobiliário cinza e branco, complementado com almofadas de cor laranja, proporcionando bem-estar. Uma presença institucional, em que será possível os convidados da FPT desfrutarem de um espaço agradá-vel, em momentos de convívio. Filomena Graça e Ana Fernandes (na foto) estarão em permanência no “stand” até domingo, último dia do Estoril Open.

A Federação Portuguesa de Ténis associa-se aos “Duelos Improváveis”, promovido pelo Gru-po Holmes Place, “wellness part-ner” do Estoril Open. No sábado, a partir das 11.30 horas, no complexo do Estoril Open, “Duelos Improváveis” irá colocar frente a frente, no “courts” do Jamor, personalidades da vida pública nacional das mais variadas

atividades: políticos, economistas, modelos, atores, jornalistas. O torneio, organizado pela FPT, tem uma causa maior: a da contri-buição para uma instituição de soli-dariedade social. Outra iniciativa de Holmes Place é apoiar em grande o melhor ténis que se vai praticar no Jamor. Assim, alguns encontros terão direi-to a uma claque de apoio aos joga-

dores mas… silenciosa. E primei-ra “exibição” desta claque é já nesta terça-feira, 1 de maio, quando jogam os melhores joga-dores portugueses. O que se pretende é criar um clima de festa e alegria, sem que-brar as regras da modalidade, nem a ordem exigida à concentra-ção de jogadores, árbitro, juízes de linha e até do público.

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Esplendor na relva

De 27 de julho a 12 de agosto, Lon-dres recebe os Jogos Olímpicos, o maior evento desportivo do planeta. Um dia depois da final de Wimble-don, o mítico All England Lawn Tennis volta a viver o esplendor do

ténis na relva. Um total de 172 tenistas masculi-nos e femininos estará na capital da Grã-Bretanha na senda das medalhas, entre os quais o espa-nhol Rafael Nadal e a russa Elena Dementieva, campeões olímpicos em Pequim, o sérvio Novak Djoko-vic, número um mundial e medalha de bronze em 2008, e o suíço Roger Federer, ouro em pares na

capital chinesa. Tenistas portugueses já partici-param em quatro edições dos Jogos Olímpicos (ver página seguinte) e, para Londres, Frederi-co Gil e Rui Machado, os dois tenistas lusos mais bem cotados na hierarquia mundial, perfilam-se como potenciais candidatos a

representar Portugal. Aliás, Rui Machado, esta sema-na o único português a integrar o “top” 100 (é o 90.º presentemente),

integra o projeto olímpico. A quota de Portugal (a Federa-ção Portuguesa de Ténis já reali-zou a inscrição, através do Comité Olímpico de Portugal) é de seis

tenistas masculinos e igual número femininos, mas apenas quatro dos seis podem competir em singulares, sendo os restantes obrigados a for-

mar até duas duplas. A presença em Londres será determinada pelo “ranking” a 11 de junho, a primeira atualização da classificação mundial após Roland Garros, a segunda prova do ano do

Grand Slam. No quadro principal de singula-res, com 64 tenistas, entram direta-mente 56 tenistas, com o critério do “ranking”, enquanto os oito menos

cotados na “entry list” jogarão uma qualificação e dois receberão “wild

card”. O “cut” para os Jogos Olímpicos

Nota editorial

Nesta edição, Notícias do Ténis inicia a abordagem aos Jogos Olímpicos de Londres

2012. Mensalmente até ao maior evento desportivo do

plano, recupera-se a presença do ténis português

nos Jogos Olímpicos.

NUNO MAR-QUES foi um dos tenistas portugueses a atuar nos Jogos Olímpicos

de Pequim, em 2008, situou-se na 70.ª posição, ou seja, entraram todos os tenistas com “ranking” abaixo daquele referencial que incluíram o maior evento desportivo do Mundo na sua programação de

temporada.

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Portugal soma quatro presenças nos Jogos Olímpicos, a primeira das quais em Paris (1924), na últi-ma vez em que a modalidade inte-grou o programa antes de um hiato

de 64 anos. Na capital parisiense, o tenista Rodrigo Castro jogou apenas a

primeira eliminatória. Em 1994, em Barcelona, Bernar-do Mota repetiu a presença de um português em singulares e classifi-cou-se em 33.º. Nos pares, Mota e

Emanuel Couto foram 17.ºs. A mesma dupla marcou presen-ça nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, não conseguindo superar

a primeira eliminatória. A última participação de tenistas portugueses nos Jogos Olímpicos reporta-se a 2000, em Sidney, com Bernardo Mota e Nuno Marques a também não passarem da ronda

inaugural. Desde os primeiros Jogos Olím-picos, em Atenas, em 1896, que o ténis integrou o programa do maior evento desportivo do planeta, com a competição reservada a atletas

masculinos. No entanto, a modalidade aca-bou por ser retirada após os Jogos Olímpicos de Paris, em 1924. Nos

Jogos Olímpicos de Tóquio (1968)

e de Los Angeles (1984), o ténis foi modalidade de demonstração. 64 anos depois, os Jogos Olímpi-

cos acolheram a modalidade. Foi em 1988, em Seul, na Coreia do Sul, que se disputaram as medalhas de ouro, prata e bronze nos quadros de masculinos e femininos em singulares e em

pares.

Os Estados Unidos são a nação com mais medalhas de ouro (17), mas é a Grã-Bretanha que soma mais conquistas de ouro, prata e bronze (40). Os bri-tânicos têm 15 medalhas de ouro e a França, terceira nação mais medalhada no ténis, apenas cin-co, com um total de 17 (cinco de

prata e 10 de bronze).

Quatro presença lusitanas

BERNARDO MOTA, que fez parte da “Geração de Ouro” com João Cunha e Silva, Nuno Marques e Emanuel Couto, é o portu-guês com mais participa-ções em torneios olímpi-co de ténis. O campeão nacional absoluto em 2002 esteve nos Jogos Olímpicos de Barcelona, Atlanta e Sydney

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Reavivar a memória no COP

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Por ocasião do 87.º aniversário da Federação Portu-guesa de Ténis, o Comité Olímpico de Portugal (COP) acolheu o encontro “O Ténis Português nos Jogos Olímpicos”, uma iniciativa a que se associaram diver-sas personalidades da modalidade, que encheram o auditório Comandante Vicente de Moura. O encontro iniciou-se com um diaporama do jornalista Norberto Santos de retrospetiva do ténis português desde as origens, cruzando com outros acontecimentos marcan-tes em Portugal. Depois, José Vilela, Bernardo Mota e José Santos Costa partilharam as experiências vividas nos Jogos Olímpicos.

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Compre o que é nacional!

(Continuação da página 2)

a todos os intervenientes no longo e difícil processo de aprendizagem do Ténis que não se esqueçam de con-tribuir para um consenso o mais alargado possível sobre a necessi-dade de conjugar esforços para pro-

mover o Ténis no nosso país. Aos treinadores é por isso exigido que pensem todos os dias em conju-gar esforços para aumentar o núme-ro de praticantes em Portugal, e com isso aumentar as nossas chances de criar um “top” 10. Infelizmente, a única forma de (talvez) atrair os

media para o Ténis... nacional. Aos media, o pedido sincero de perceberem o longo e duro caminho que cada um dos atletas portugue-ses tem de percorrer, e que conhe-çam as difíceis derrotas e vitórias nos escalões mais jovens, de forma a promoverem logo na génese o

Ténis nacional. Só a assim conseguiremos atrair atenção, espaço mediático, orgulho nacional e motivação por parte dos jovens atletas. Esperando assim conseguir patrocinadores de topo e com isso maior capacidade de colocarmos atletas nos circuitos ATP

e WTA.

Para terminar, gostava de referir esta interessante descoberta que fiz recentemente. Há pouco tempo atrás, quando tínhamos 2 atletas no “top” 100 ATP, a Inglaterra tinha...

nenhum! Sim, a nação que inventou o Ténis e que investe milhões na modalidade, não tinha nenhum atleta no “top” 100. Já agora não vale a pena falar do

Murray porque é escocês! O que mais precisamos de fazer

para atrair a atenção, ou pelo menos a simpatia dos media pelo

Ténis nacional? Que toda esta adversidade nos torne mais fortes, e já agora que os nossos atletas possam triunfar na edição 2012 do Estoril Open

que começa nesta semana. Bem hajam!

Rodrigo Mensurado Vice-presidente da direção

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Winners

Dias premiado duas vezes

Francisco Franco Dias, da equipa de ténis da Universidade George Washington, foi distinguido com os galardões da Atlantic 10 Conferen-ce de final de temporada como o tenista mais marcante e o estrean-

te do ano no circuito universitário. “[Dias] provou neste ano que é um tenista especial. Ele merece realmente este dois galardões”, disse Greg Munoz, o técnico da equipa de ténis da Universidade

George Washington, também ga-

lardoado com o prémio destinado

ao Melhor Treinador do Ano. Dias tornou-se no primeiro tenis-ta de sempre na Atlantic 10 Confe-

rence a vencer os dois prémios pela

primeira vez, registando um impressionante saldo de 18 vitó-rias e cinco desaires nos encon-tros de singulares disputados e

11-4 em pares.

O jornalista Pedro Keul venceu a sétima edição da Taça Carlos Figueiredo/Troféu Nacional de Media/Eurosport, evento que tem como diretor honorário António Cabral, no Clube de Campo da Quinta da Moura, em Caxias, com o apoio institucional da Federação Portuguesa de

Ténis. Pedro Keul, jornalista do Público e comentador Euros-port, beneficiou da desistência de João Lagos na final. O diretor do Estoril Open, que defendia o título alcançado no ano passado no clube dirigido por José Carlos Ralhe-ta e Nuno Ralheta, lesionou-se quando tinha vencido o

primeiro por 7-5 e estava a perder por 2-1 no segundo.

Keul é o sétimo campeão entre os jornalistas

JOSÉ CORRÊA DE SAMPAIO e Pedro Keul

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Não há fome que dê em fartura!

CARLOS FIGUEIREDO Jornalista

«TIE-BREAK»

A entrada maciça de jogadores

portugueses (cinco) no quadro

principal de singulares do Estoril Open

pôs-nos a sonhar mais uma vez

Evidentemente que este título seria considerado demasiado pretensioso, se algum dos leitores o tomasse a sério… A verdade, porém, é que a entra-da maciça de jogadores portugueses (cinco) no quadro principal de singu-lares do Estoril Open pôs-nos a sonhar mais uma vez e vem-me à memória aquele adepto de um gran-de clube português que esfregava as mãos de contente por um bom começo de campeonato. Efetivamente, não sabemos de que maneira havemos de comemo-rar a incidência, mas deixem-nos sonhar. E, então, vem-nos à memó-ria aquela frase muito batida na imprensa de há aqui duas ou três décadas, quando os torneios com “prize money” tinham uma caraterís-tica engraçada: a super abundância de jogadores de um pequeno país tenístico chamado Suécia… A frase era assim: há tantos joga-dores suecos no circuito que são obri-gados a comer-se uns aos outros. E até se criou a frase: “Um sueco

esconde sempre outro sueco”. Voltando à terra, sejamos since-ros: a contrapartida feminina conti-nua a ser bastante modesta. Nada de acordo com os foguetes que se lançaram aquando de uma nova presença das nossas meninas na

Fed Cup. Mas esqueçamos isto, no momento em que escrevemos ainda nem sequer começara a atuação dos rapazes na edição deste ano do Esto-ril Open. Entretanto, arriscamos ser mal com-preendidos e… racistas sexuais. Mas apenas imaginariamente, perguntaría-mos se não seria possível a João Lagos abdicar do torneio feminino do Estoril Open em benefício do aumento do “prize money” masculino? Não devem os leitores ficar a pen-sar numa falta de patriotismo desloca-do, mas realismo perante a atual con-juntura económica deste país. Repeti-

mos, sem maldade. Agora, à laia de “post scriptum”, fale-mos de uma outra competição deveras importante, que foi a Taça Nacional de Jornalistas/Eurosport, que os meus grandes amigos dos vários quadrantes

mais uma vez puseram de pé. E, passe a pieguice, como o nosso povo diz: não há amor como o primeiro.

E, sem embargo para o muito que devo em amizade e não só aos anteriores patrocinadores, quero deixar um abraço muito grande para o Clube de Ténis de Montemor-o-Novo, que me acolheu carinhosamente quando da estreia do torneio. Mas sem esquecer Vale de Lobo e também esta nova casa: Clube

de Ténis Quinta da Moura. Um abraço para todos!

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Associações Regionais

AÇORES ALGARVE ALTO ALENTEJO

AVEIRO CASTELO BRANCO COIMBRA

LEIRIA LISBOA MADEIRA PORTO

SETÚBAL VILA REAL VISEU