NT - Janeiro 2008

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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS Notícias do Ténisr Federação Portuguesa de Ténis — Rua Actor Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha Tel.: 214 151 356 Fax: 214 141 520 e-mail: [email protected] http://www.fptenis.pt Federação Bimestral Janeiro 2008 NESTA EDIÇÃO: Leonardo Tavares e Ana Nogueira coroados Mestres Nacionais 2007 (pág.3) Michelle Brito e Gastão Elias na galeria dourada do Ténis Júnior Mundial Menina-Prodígio conquista Orange Bowl (pág. 8) Jovem da Lourinhã arrebata Eddie Herr (pág.10) Nacional de Equipas CTVR Santo António e AA Coimbra revalidam títulos (pág. 13) Leonardo Tavares revalidou o título Ana Nogueira sucedeu a Neuza Silva Fed Cup 2008 Pedro Cordeiro já escolheu as quatro representantes da Seleccção Nacional para a «Operação Budapeste» (pág.14) FPT Alterações na Estrutura Técnica (pág,15) Entrevista Nuno Mota faz o balanço do PNDT em 2007 e projecta o futuro (pág. 18) Estoril Open 2008 Michelle Bito e Gastão Elias Convidados (pág.16)

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Notícias do Ténis - janeiro 2008

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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Notícias do Ténisr

Federação Portuguesa de Ténis — Rua Actor Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha Tel.: 214 151 356 Fax: 214 141 520 e-mail: [email protected] http://www.fptenis.pt

Federação Bimestral Janeiro 2008

NESTA EDIÇÃO:

Leonardo Tavares e Ana Nogueira coroados Mestres Nacionais 2007 (pág.3)

Michelle Brito e Gastão Elias na galeria dourada do Ténis Júnior Mundial

Menina-Prodígio conquista Orange Bowl (pág. 8)

Jovem da Lourinhã arrebata Eddie Herr

(pág.10)

Nacional de Equipas CTVR Santo António e AA Coimbra revalidam títulos (pág. 13)

Leonardo Tavares revalidou o título Ana Nogueira sucedeu a Neuza Silva

Fed Cup 2008 Pedro Cordeiro já escolheu as quatro representantes da Seleccção Nacional para a «Operação Budapeste» (pág.14)

FPT Alterações na Estrutura Técnica (pág,15)

Entrevista Nuno Mota faz o balanço do PNDT em 2007 e projecta o futuro (pág. 18)

Estoril Open 2008 Michelle Bito e Gastão Elias Convidados (pág.16)

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EDITORIAL O final de 2007 brindou-nos com vários resultados des-portivos notáveis alcançados por jovens tenistas nacio-nais, que tiveram o condão de trazer o ténis para as pri-meiras páginas de jornais e revistas, um rebuçado bem saboroso para todos os que gostam e seguem o ténis com entusiasmo. Num ápice, as excelentes prestações da Michelle Larcher de Brito, do Gastão Elias e do Frederico Silva, nos USA, abriram portas e despertaram interesses em sectores normalmente refractários à causa do ténis nacional. Ver, alguns dias depois das façanhas conseguidas, a nos-sa Michelle, com apenas 14 anos, jogar a final de pares de um torneio de exibição em Hong-Kong ao lado da Elena Dementieva, defrontando, com o maior à vontade, a Venus Williams, é, para já, a cereja no topo do bolo. Felizmente que os bons resultados alcançados em 2007 não se esgotam nestes três tenistas e seria injusto não mencionar, a nível colectivo, o bom comportamento das selecções nacionais de vários escalões etários nos cam-peonatos europeus, com relevo especial para a Selecção da Fed Cup, e, a nível individual, as boas prestações con-seguidas por outros jogadores, tais como, Frederico Gil, Neuza da Silva, Miguel Almeida, Martim Trueva, Maria João Koehler, Bárbara Luz, Joana Valle Costa, Patrícia Martins, etc. Ser alguém no desporto internacional é cada vez mais difícil e a implosão da União Soviética e da Jugoslávia, dando azo à criação de mais de uma dezena de novos países, muitos deles com uma grande cultura desportiva, veio tornar essa tarefa ainda mais exigente. A concorrência é tremenda e a fasquia das expectativas é sempre posta bem alta, principalmente por quem está de fora, criando nos atletas uma pressão adicional que se agudiza sempre e quando as expectativas do colectivo estão centradas num número reduzido de jogadores. No ténis, tal como em todos os desportos individuais, a exposição do interveniente é total, aumentando a impor-tância de se saber lidar com a pressão duma carreira que, mesmo quando de sucesso, é feita de muitas vitó-rias, mas também de um número muito significativo de derrotas. Os aspectos psicológicos adquirem, assim, uma impor-tância enorme na evolução do tenista de alta competi-ção, seguramente não inferior às condições físicas e téc-nicas que lhe condicionam a carreira. Compete a quem dirige ter presente esta realidade, aju-dando a criar as condições propícias ao desenvolvimento harmonioso do atleta, protegendo-o da tendência muito portuguesa de fazer e desfazer heróis por dá cá aquela palha, e evitando a expressão publica de juízos de valor e/ou expectativas que, por excessivas ou desajustadas no tempo, possam ter reflexos funestos na sua carreira.

Portugal Futures 1, 2 e 3, de 14 de Janeiro a 02 de Fevereiro, em Albufeira Entre 14 de Janeiro e 02 de Fevereiro realizam-se três torneios internacionais da ITF, em Albufeira — F1, F2 e F3, todos com um prize-money de 10 mil dólares. A orga-nização fica a cargo do Clube Ténis Quinta da Balaia. Estágios Selecções Juvenis, a 19 e 20 de Janeiro Sub 12 e Sub 14 Masculinos — Carcavelos Ténis Sub 12 e Sub 14 Femininos — CIF Sub 16 e Sub 18 Masculinos e Femininos — Estádio Nacional As Selecções Nacionais serão acompanhadas por um total de 12 treinadores. Cusos de Treinadores Nível 1, no Porto e em Lei-ria A.T. Porto — 25, 26, 27 de Janeiro e 01, 02, 03 de Feve-reiro; A.T.Leiria — 22, 23, 24, 29 de Fevereiro e 01, 02 de Março Fed Cup — Selecção Nacional compete na Hun-gria, de 29 de Janeiro a 02 de Fevereiro A Selecção Nacional Feminina parte para Budapeste, Hungria, dia 27 de Janeiro, onde, a partir de 29, inicia a sua participação no Grupo I da Zona Europa / África. Portugal conhecerá os adversários já em Budapeste, onde será realizado o respectivo sorteio. Dias 26 e 27 (manhã) a Selecção fará um estágio no Clube VII, em Lisboa. Reciclagens de Treinadores Nível 1, no Porto e em Leiria A.T. Porto — 01 de Fevereiro; A.T. Leiria — 29 de Feve-reiro Open Juvenil CIF, Nível A, Sub 12, de 03 a 05 de Fevereiro, em Lisboa Winter Cups — Selecções Nacionais de Sub 16 e Sub 14 disputam a fase de qualificação, de 8 a 10 de Fevereiro, em diferentes países da Europa As Selecções Nacionais de Sub 14 e Sub 16 já conhecem os adversários para a fase de qualificação da Winter Cups (ver página 17). A fase final da competição realiza-se entre 22 e 24 de Fevereiro, em diferentes locais para as quatro provas: Sub 14 Masculinos, Sub 14 Femininos, Sub 16 Masculinos e Sub 16 Femininos. Cursos de Treinadores Nível 3, no Porto A.T. Porto — 15, 16, 17, 22, 23, 24, 29 de Fevereiro e 01, 02, 07,08, 09 de Março

AGENDA

Ficha Técnica

Direcção: José Corrêa de Sampaio

Coordenação e Revisão: José Carlos Santos Costa Redacção: AnaLima Comunicação e Marketing, Lda

O Presidente da Direcção da FPT, José Corrêa de Sampaio

Masters FPT / CIMA 2007

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Leonardo Tavares e Ana Cata-rina Nogueira impuseram-se à concorrência e conquistaram os títulos Masculino e Femini-no, respectivamente, da segun-da edição do Masters FPT / CIMA, prova que decorreu no Pavilhão Desportivo dos Lom-bos, Carcavelos, de 4 a 8 de Dezembro. “Léo” renovou o título e “Nogui” foi mestre FPT/ CIMA pela primeira vez, sucedendo a Neuza Silva.

Sem cederem um único set nos cinco encontros que realizaram ao longo da prova — três na fase de grupos, meia-final e final — Leonar-do Tavares e Ana Nogueira tiveram um percurso imaculado até à consa-gração final.

Antes de bater Frederico Gil na final, “Léo” deixara para trás Vasco Antunes, na meia-final, e vencera Diogo Mota, Rui Machado e Hugo Anão na fase de grupos.

Às mãos de “Nogui” caíram

Maria João Koehler, na final — a quem já havia ganho na fase de gru-pos —, Magali de Lattre, na meia-final, e, ainda, Filipa Correia e Cata-rina Ferreira.

Gil foi rival à altura

Ainda não foi desta que Frederi-co Gil conquistou o Masters FPT / CIMA, ainda assim, o Campeão Nacional e melhor português no Ranking ATP deu grande réplica a um Leonardo muito forte no piso rápido do Pavilhão dos Lombos. Gil

foi quem esteve mais perto de ganhar um set a Tavares, perdendo apenas no tie—break, mas o pupilo de Nuno Marques fez questão de mostrar que este é o seu torneio, vencendo por 7/6 (7-5) e 6/2, após uma segunda partida irrepreensível.

Maria J.Koehler fez sensação

Só a experiente Ana Nogueira parou a irreverente Maria João Koehler, que afastou a detentora do troféu, Neuza Silva, na meia-final, em ape-nas duas partidas. O jogo agressivo da jovem de 15 anos fez mossa nas adversárias, mas a treinadora / pro-fessora / jogadora soube gerir o ímpeto da coqueluche da prova, ganhando, por 6/3 e 6/2, numa final em que esteve na frente do marca-dor do princípio ao fim.

Leonardo Tavares revalida título de mestre enquanto Ana Nogueira vence pela primeira vez em Carcavelos

“Léo” superiorizou-se ao Campeão Nacional Frederico Gil Experiente “Nogui” impôs-se à jovem Maria João Koehler

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Chegou a Carcavelos algo debili-tada fisicamente, mas, desde o primeiro encontro, até à vitória sobre a jovem Maria João Koeh-ler na final, Ana Catarina Nogueira foi aumentando pro-gressivamente o seu nível com-petitivo. Conquistou o troféu após um percurso irrepreensí-vel.

Ainda a recuperar de uma gripe que a afastara do torneio internacio-nal da Beloura, Ana Catarina Noguei-ra deixava algumas reservas quanto ao seu desempenho no Masters FPT / CIMA. No entanto, a vitória na estreia frente a Catarina Ferreira, por claros 6/0 e 6/3, começou a revelar que a tenista de 29 anos poderia ter uma palavra a dizer quanto à vitória final na competição. Seguem-se triun-fos sobre Filipa Correia (6/1 e 6/0) e Maria João Koehler (6/4 e 6/3), que lhe permitem ganhar o Grupo Kuz-netsova e enfrentar Magali de Lattre na meia-final. Um encontro que a “professora” dominou do início ao fim, vencendo, pelos parciais de 6/3 e 6/1, e garantindo assim um lugar na final, onde iria bater-se com a revela-ção da prova, Maria João Koehler.

Travão na impetuosidade Com um break a abrir o encon-

tro, “Nogui” mostrou à impetuosa jovem de 15 anos — moralizada depois de convincente vitória sobre Neuza Silva na meia-final — que estava determinada a fechar a épo-ca com o título do Masters. Até ao final do primeiro set, a jogadora / treinadora manteve-se sempre à frente no marcador, conseguindo a vantagem de 5/1 no seu serviço, fechando o parcial com 6/2. No segundo set repete-se a história. Um break a abrir para Nogueira e uma vantagem de 2-0 no jogo de serviço. Koehler ainda reagiu, con-seguindo um jogo em branco no seu serviço, e empatando depois o encontro com o break. Parecia ser o momento de reviravolta no encon-tro, puro engano, pois “Nogui” fez o contra-break e foi aumentando a vantagem, até consumar a vitória final (6/2 e 6/3). “Será difícil estar cá em 2008”

Ana Nogueira realçou o seu desempenho e deixou dúvidas quanto ao futuro. “Sabia que, se entrasse forte no primeiro set, facilitaria as coisas. Acabei por também entrar bem no segun-

do set, soltei-me e consegui que ela ficasse mais nervosa. Sabia que tinha de ter cuidado com a resposta dela ao serviço que é muito forte. Será difícil estar cá em 2008. Só o futuro o dirá. Sinto que continuo a jogar bem e vou tentar conti-nuar”, afirmou a vencedora do Masters FPT / CIMA 2007.

A irreverente Maria João Koehler foi a grande revelação do Masters FPT / CIMA 2007. Com apenas 15 anos alcançou a final da prova, derrotando na meia-final a detentora do título, Neuza Silva. Bastaram dois sets, duplo 6/4, para Maria João Koehler afastar a melhor jogadora portuguesa da actualidade. Um momento marcante na carreira da jovem tenista, que, depois de uma longa paragem a meio da época , exibiu-se em Carcavelos a grande nível, ombreando com as melhores tenistas nacionais. “Foi uma recompensa pelo tempo que estive parada com a ope-ração à apendicite e serviu também para provar o meu valor às pessoas que questionaram o convite [da FPT] para estar aqui”, declarou a pupila de Nuno Marques. Fazer carreira profissional é um objectivo de Maria João

Koehler, no entanto, considera fundamental terminar o 12.º ano — está no 10.º—e só depois tomar as devidas decisões. Para já, o brilharete no Masters FPT / CIMA abriu-lhe as portas para a pri-meira chamada à Selecção Nacional Sénior. A partir do próximo dia 28, estará em Budapeste, Hungria, na estreia de Portugal no Grupo I Zona Europa / África da Fed Cup 2008.

Experiência de Ana Nogueira faz a diferença

Experiência de “Nogui” levou a melhor

Masters FPT / CIMA 2007

Rampa de Lançamento para Maria João Koehler

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“Este é o meu torneio”, decla-rou Leonardo Tavares, após vitória sobre Frederico Gil na final do Masters FPT / CIMA e consequente revalidação do título. Recuperado das lesões que o apoquentaram em deter-minados períodos da época, o tenista do CT Porto encarou a prova com grande motivação, tornando-se imparável para a concorrência que enfrentou em Carcavelos.

Com uma excelente adaptação ao piso rápido do Pavilhão Desportivo dos Lombos, aliada a uma boa con-dição física — após debelar uma lesão no ombro direito que interfe-ria na qualidade do seu serviço -, Leonardo Tavares cedo deu mostras de poder repetir o feito do ano tran-sacto, mesmo contando com forte oposição, em especial, do melhor português no ATP, o Campeão Nacional Frederico Gil.

Inserido no Grupo Nadal, Leo-

nardo Tavares derrotou na estreia um potencial favorito, Rui Machado,(7/5 e 6/4), seguiu-se Diogo Mota e nova vitória para o portuense (6/4 e 6/2). No derradeiro encontro do grupo, que decidia o 1.º lugar, Tava-res impôs-se a Hugo Anão, por 6/2 e 6/4, evitando, desta forma, o encontro com Frederico Gil na meia-final. O seu adversário seria antes Vasco Antunes, que venceria, por

6/2 e 6/0, reservando um lugar na final, onde também estaria Gil, depois de bater Hugo Anão, pelos parciais de 6/3, 6/7 (3) e 6/1.

Final de grande nível Depois de um primeiro set bas-

tante equilibrado, decidido no tie-break a favor de Tavares, a segunda partida teve o domínio completo do jogador do CT Porto. “Léo” conse-guiu o break no primeiro jogo (1-0), aumentou a vantagem no seu jogo de serviço (2-0) e, de seguida, voltou a quebrar o serviço de Gil (3-0). Após toada de parada e resposta no set inaugural, Tavares – não cedeu

qualquer jogo de serviço durante o encontro – ganhou uma importante vantagem que foi gerindo até ao 6/2 final e consequente triunfo no encontro.

O peso do serviço

Consumada a vitória, “Léo” falou do seu ponto forte e elogiou a prova. “O serviço é muito importante neste piso. Servi muito bem e isso deu-me tranquilidade para encarar os jogos de resposta. O Masters é um torneio que gos-to bastante. É o melhor torneio em Portugal e encaro-o sempre com muita concentração”.

A vitória no Masters FPT / CIMA voltou a escapar a Frederico Gil, mas em nada belisca a melhor época de sempre do Campeão Nacional e melhor português no circuito ATP. Sob orientação técnica de João Cunha e Silva — relação que este ano foi interrompida por algumas sema-nas, entretanto já retomada —, Frederi-co Gil tem-se assumido como o melhor tenista nacional da actualidade, figuran-do já entre os melhores portugueses de sempre, à semelhança do seu treinador.

Leonardo Tavares imbatível em Carcavelos

Masters FPT / CIMA 2007

Passado e Presente numa dupla de sucesso

O forte serviço de Leonardo Tavares foi uma arma decisiva rumo à vitória

Cunha e Silva e Frederico Gil

MESTRE ...POR EXCELÊNCIA Independentemente do rendimento conseguido durante a época, Leonardo Tavares é sempre um candidato ao Masters. Este ano, voltou a demonstrar toda a sua força no Pavilhão Desportivo dos Lombos.

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Rafael Marques (ET Cires) e Luísa Almeida (ET Nuno Ale-gro) coroaram-se mestres nacionais de Sub 10, ao vence-rem as provas Masculina e Feminina, respectivamente, do Masters Nacional do PNDT —Programa Nacional de Detec-ção de Talentos, a 8 de Dezem-bro, no Pavilhão Desportivo dos Lombos, Carcavelos.

O Masters Nacional de Sub 10 contou com a presença de 32 atletas —16 masculinos e 16 femininos —, oriundos dos Masters Inter-Regionais realizados nas cinco zonas de actuação do PNDT (Zonas Norte, Centro, Sul, Açores e Madeira).

Concluída a fase de apuramento

da prova, em Sassoeiros, sexta-feira, 7 de Dezembro, os finalistas do sec-tor masculino e feminino tiveram, no dia seguinte, oportunidade de mostrar os seus dotes no Pavilhão Desportivo dos Lombos, palco do Masters FPT / CIMA. Rafael Mar-ques venceu Francisco Caldas, ambos da Zona Norte, numa final extremamente equilibrada (4/1, 1/4 e 7-5). Rafael Marques, 10 anos, sonha com uma carreira profissio-

nal. “Estou muito contente com o jogo de hoje. É muito bom jogar aqui onde estão os melhores jogadores portugue-ses. Eu só jogo há dois anos, mas quero fazer uma carreira profissional”, referiu.

Também a final feminina foi dis-

putada entre atletas da Zona Norte, com Luísa Almeida a levar a melhor sobre Mafalda Fernandes, por 4/1 e

4/2. “Treino cinco dias por semana, 1h30 por dia, e ganhar este Masters foi muito impor-tante. Há cinco anos que faço competição”, declarou Luísa Almeida, 10 anos.

Os pequenos mestres tiveram

ainda a oportunidade de realizar uma clínica de ténis com alguns dos melhores jogadores nacionais que competiram no Masters FPT/CIMA.

Rafael Marques e Luísa Almeida, Mestres do PNDT

Neuza Silva e Frederico Gil vencem Circuito FPT / CIMA Mesmo sem vencerem o Masters FPT / CIMA, Neuza Silva e Frederico Gil acumu-laram os pontos suficientes para fechar o ano na lideran-ça dos respectivos Rankings do Circuito.

Numa temporada em que renovaram os títulos de Cam-peões Nacionais e atingiram as suas melhores classificações nos Rankings ATP e WTA, Frederico Gil, finalista vencido do Masters FPT / CIMA 2007, e Neuza Silva, semifinalista, coroaram aquela que foi a melhor época de sempre, para ambos, com a vitória final no Circuito FPT / CIMA, que acumu-la os pontos conquistados em 22 torneios nacionais e em provas

internacionais. Frederico Gil ficou no 1.º lugar

do Ranking FPT / CIMA 2007, à frente de Hugo Anão (2.º), Leo-nardo Tavares (3.º), João Ferreira (4.º), Vasco Antunes (5.º), Rui Machado (6.º), Diogo Mota (7.º) , José Ricardo Nunes (8.º), Nuno Marques (9.º) e Pedro Sousa (10.º).

Já Neuza Silva superiorizou-se

na classificação do Circuito a Ana Nogueira (2.ª), Magali de Lattre (3.ª), Catarina Ferreira (4.ª), Joa-na Pangaio (5.ª), Maria João Koehler (6.ª), Kátia Rodrigues (7.ª), Filipa Correia (8.ª), Cátia Rodrigues (9.ª) e Maria Guerreiro (10.ª). Neuza Silva conquistou mais um troféu

Masters Circuito Nacional de Sub 10 - PNDT

PNDT levou a cabo o primeiro Masters Nacional de Sub 10 em Portugal

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Michelle Larcher de Brito escreveu mais uma página na história do Ténis Nacional. A 9 de Dezembro de 2007, tornou-se na primeira portuguesa a vencer o Orange Bowl na cate-goria de juniores e na segunda campeã mais jovem de sempre do torneio. Com apenas 14 anos, Michelle despediu-se do Circuito Mundial Júnior com a “laranja no topo do bolo”.

Num final de época dedicado quase em exclusivo ao circuito WTA, onde é já 296.ª classificada, Michel-le Brito fez do Orange Bowl — é tido como o Campeonato Mundial Júnior oficioso — o seu torneio de despedi-da do Circuito Júnior. Uma despedi-da pela porta grande, com as laran-jas bem lá no alto, e o seu nome jun-to de referências da modalidade, como Gabriela Sabatini, Justine Henin, Elena Dementieva ou Nicole Vaidisova, a checa que, em 2003, venceu a competição ainda mais jovem do que Michelle. Vaidisova era quase três meses mais nova do que a nossa menina-prodígio, quan-do ganhou em Key Biscayne, Flóri-da, nos Estados Unidos. Embalo nos Quartos-de-Final O grande teste à candidatura de

Michelle Brito ao título do Orange Bowl surgiu nos quartos-de-final, quando a portuguesa teve de medir forças com a campeã de 2006 e 2.ª cabeça-de-série da prova, a austría-ca Nikola Hofmanova, à altura 4.ª classificada no Ranking Mundial Júnior. Michelle passou o exame com distinção, ao vencer pelos par-ciais de 6/3 e 6/0, garantindo um lugar nas meias-finais. Embalada pela vitória, a menina-prodígio empenhou-se a fundo para levar de vencida a holandesa Arantxa Rus (actual 29.ª ITF), por 4/6, 6/4 e 6/1, e, assim, seguir para a final.

Só a norte-americana Melanie Oudin (actual 4.ª ITF), 8.ª favorita, separava Michelle Brito das tão famigeradas laranjas. Com os par-ciais de 7/5 e 6/3, Michelle selava o

triunfo e subia ao topo do Ténis Júnior Mundial.

Felicitações de Cavaco Silva A portentosa vitória de Michelle

esteve em destaque nos média nacionais e internacionais, e teve direito a uma mensagem de felicita-çãoes do Presidente da República, Cavaco Silva. “Tendo tido conhe-cimento da vitória que obteve no Torneio Internacional de Ténis Orange Bowl Junior, dis-putado na Florida, quero felici-tá-la pelo alto nível desportivo demonstrado extraordinário empenho que tem caracteriza-do o seu percurso enquanto

atleta. É motivo de orgulho para todos os portugueses o feito de se ter tornado a segun-da tenista mais jovem de sem-pre a vencer o escalão principal da competição”, declarou.

Orange Bowl 2007

Michelle Brito conquista maior prova Júnior do Mundo

Michelle Brito despede-se do circuito júnior da melhor forma

Michelle com as simbólicas laranjas

MICHELLE BRITO para a HISTÓRIA

Com apenas 14

anos, tornou-se na segunda tenista mais jovem de

sempre a ganhar a competição júnior do Orange Bowl

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Orange Bowl 2007

Nem só de Michelle Brito viveu o Orange Bowl 2007, no que respeita à participação de tenistas nacionais. Gastão Elias, em juniores, e Frederico Silva, nos Sub 12, alcançaram os quartos-de-final. Miguel Almeida, Francisco Ramos e João Barra completaram o contingente luso presente em Key Biscayne, na Flórida. Con-tas feitas, todos conheceram o sabor da vitória.

Depois de, poucos dias antes, ganhar o Eddie Herr, Gastão Elias acusou, de certa forma, o desgaste no Orange Bowl. Ainda assim, o jovem da Lourinhã assegurou um lugar entre os oito melhores, ceden-do apenas nos quartos-de-final. Igual marca conseguiu o campeão nacional de Sub 12, Frederico Silva, que ultrapassou quatro adversários , sem ceder um único set, para chegar aos quartos-de-final da competição de Sub 12. No encontro de acesso às meias-finais, Frederico obrigou o adversário, o norte-americano Roy Lederman, a uma terceira partida, acabando por ceder pelos parciais de 4/6, 6/3 e 4/6.

Todos ganharam… Os restantes atletas nacionais

concluíram a prova com, pelo menos, uma vitória. Miguel Almei-da, nos Sub 16, chegou à 2.ª ronda. Por sua vez, na competição de Sub 14, Francisco Ramos alcançou tam-bém a 2.ª ronda, enquanto João Barra, que não teve entrada directa no quadro principal, conseguiu ultrapassar a 1.ª ronda do qualif-ying, cedendo, depois, na ronda seguinte.

Gastão Elias e Frederico Silva também brilharam

Gastão Elias, Frederico Silva, João Barra e Michelle Brito no Orange Bowl

Frederico Silva é o actual cam-peão nacional de Sub 12, mas foi nos Estados Unidos que brilhou a grande altura. Antes de participar no Orange Bowl — ficou entre os oito melhores - o atleta do CT Caldas da Rainha, treinado por Pedro Felner, sagrou-se vice-campeão de singulares e cam-peão de pares na Prince Cup, prestigiada prova do escalão, que também decorreu na Fló-rida, onde teve oportunidade de estagiar na prestigiada Aca-demia de Nick Bollettieri. Em 2008, Frederico começa a competir no escalão de Sub 14.

Frederico Silva

A mais jovem promessa do Ténis Nacional

Eddie Herr 2007

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Gastão Elias à semelhança de Roddick ou Nalbandian Com apenas um set cedido em seis encontros, Gastão Elias conquistou de forma brilhante o Eddie Herr 2007, em Sub 18, que decorreu de 29 de Novem-bro a 02 de Dezembro, em Bra-denton, Flórida, nos Estados Unidos. O jovem da Lourinhã juntou o seu nome aos de Andy Roddick, David Nalbandian, Marcelo Rios ou Ivan Ljubicic, na galeria de vencedores.

A jogar em casa, mais propria-mente, nos courts da Academia Bol-lettieri, Gastão Elias efectuou um percurso totalmente demolidor até à vitória final no Eddie Herr, torneio de nível 1 da ITF, um dos mais pres-tigiados do Circuito Júnior, logo a seguir ao Orange Bowl e aos quatro Grand Slam.

Só o romeno Robert Coman (66.º

ITF), na 2.ª eliminatória, cometeu a proeza de ganhar um set a Gastão, ao longo de toda a prova. Nem o seu carrasco no US Open Júnior, Ryha-ne Williams (9.º ITF) — eliminou o português na 2.ª ronda do Slam - ,

uma das grandes promessas do ténis norte—americano, fez mossa ao melhor júnior português. Encontra-ram-se nos oitavos-de-final e, em dois sets, Gastão derrubou um dos seus maiores oponentes, com os parciais de 7/6 (7) e 6/3. Seguiram-se vitórias sobre Chase Buchanan, outro norte-americano, (6/2 e 6/0), nos quartos-de-final, e sobre Mirza Basic, da Bósnia Herzegovina, (6/3 e 6/1), para garantir a presença na tão almejada final. Vitória na prova e melhor

ranking de sempre Diante do qualifier norte-

americano, Alexander Domijan, Gastão Elias impôs-se de forma implacável, por concludentes 6/1 e 6/2, conquistando o terceiro título no Circuito Mundial Júnior, para além de garantir a sua melhor posi-ção de sempre no ranking do esca-lão, onde ocupa agora o 6.º lugar. Trata-se do segundo melhor registo de sempre de um português no ran-king júnior, só superado pelo 1.º lugar obtido por João Cunha e Silva em 1985.

Almeida e Barra discretos Na prova de Sub 16, o Campeão

Nacional do escalão, Miguel Almei-da, cedeu na 1.ª ronda frente ao ita-liano Federico Gaio, por 6/7 (3), 6/4 e 2/6, enquanto, nos Sub 14, João Barra caiu na 2.ª ronda ante o suíço Benjamin Hartmann (4/6 e 1/6).

Gillette Future Champion

Gastão Elias eleito jovem desportista português com futuro mais promissor

Gastão Elias venceu, a 10 de Novembro de 2007, o Prémio Gillette Future Champion, levando a melhor, após votação on-line do público, sobre o velejador Frederico Pinheiro de Melo e o nadador Tiago Venâncio. Numa cerimónia realizada em Lisboa, o tenista de 17 anos foi anunciado como o jovem desportista português com futuro mais promissor, arrecadando um prémio mone-tário de 10 mil euros. Ao conquistar a primeira

edição portuguesa do Prémio Gillette Future Champion, Gas-tão Elias passa a figurar junto de grandes nomes do desporto internacional, como o tenista

Roger Federer – de quem já foi parceiro de treinos -, o golfista Tiger Woods ou o futebolista Thierry Henry, embaixadores da Gillette a nível mundial. A vitória do jovem da Louri-

nhã representa a escolha do grande publico, que durante quase dois meses pôde votar num dos três desportistas nacionais, que antes haviam sido os mais votados por Fede-rações, Jornalistas desportivos e Embaixadores. É, portanto, o reconheci-

mento e consagração daquele que é já, há alguns anos a esta parte, a grande promessa do ténis masculino nacional. Para José Corrêa de Sam-

paio, Presidente da Federação Portuguesa de Ténis (FPT), tra-ta-se de uma “mediatização e exposição sempre útil para qualquer modalidade”. O facto de ter sido um tenista a vencer pode ser importante, sobretu-do, para os mais jovens. “É sempre um motivo de entusias-mo para as camadas jovens que vão aderir à modalidade”, declara o Presidente da FPT, para quem o mais significativo foi a iniciativa como promoção do desporto.“Trata-se de uma iniciativa magnífica e o facto de três modalidades diferentes estarem representadas foi mui-to importante”, refere.

Gastão Elias elevou o nome de Portugal

Boas prestações no fecho da época internacional

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Portugueses no Circuitos ATP e WTA 2007

Challenger 50.000 $ Lima

Frederico Gil alcança quartos-de-final

Na sua digressão pela Améri-ca do Sul, Frederico Gil conse-guiu o melhor resultado, pre-cisamente, no derradeiro tor-neio. Foi no Challenger de 50 mil dólares, em Lima, Perú, onde alcançou os quartos-de-final. O Campeão Nacional viria a cair às mãos do actual n.º 75 ATP, o anfitrião Luis Horna, não sem antes obrigar o peruano a uma terceira par-tida (2/6, 6/1 e 3/6). Nas ron-das anteriores, Gil deixara para trás o peruano Renato Chavez (6/3 e 6/2), na 1.ª ron-da, e o brasileiro André Miele (6/1 e 6/0), na ronda seguinte. Desta forma, Gil consolidou o lugar no top 150 ATP.

ITF 25.000$ Cid. do México

Michelle Brito garante top 300

Com as vitórias alcançadas nas duas primeiras rondas do ITF 25 mil dólares da Cidade do México, Michelle Brito garantiu a entrada, pela primeira vez, no top 300 do ranking WTA, pas-sando, inclusive, a figurar como a segunda melhor portuguesa, à frente de Frederica Piedade e atrás de Neuza Silva. Michelle seria travada nos quartos-de-final da prova mexicana pela experiente argentina Clarissa Fernandez, 26 anos, com os parciais de 3/6 e 5/7.

ITF 10.000 $ Barcelona

Rui Machado entre os quatro melhores

Rui Machado encerrou a pre-sença nas provas internacio-nais em 2007 com um lugar nas meias-finais do Future ITF 10 mil dólares de Barcelo-na. O algarvio afastou três adversários, entre os quais, o 1.º cabeça-de-série, o espa-nhol Bartolome Vidal (324.º ATP), por 6/3 e 6/4, na ronda inaugural. Na meia-final, frente ao jovem francês Jona-than Eysseric, Machado foi obrigado a abandonar a meio do encontro, devido a uma entorse no pé esquerdo, numa altura em que cedia por 5/7 e 1/3. Uma prestação que lhe permitiu acumular preciosos pontos para o ranking ATP.

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Pos. Seniores Masculinos

140.º Frederico Gil

513.º Leonardo Tavares

637º Gastão Elias

732.º Rui Machado

952.º João Sousa

1123º Frederico Marques

1273.º Gonçalo Nicau

1484.º Pedro Sousa

Frederico Gil

Rankings Internacionais 14 de Janeiro

Pos. Juniores Masculinos

6.º Gastão Elias

141.º Martim Trueva

150.º Miguel Almeida

835.º Francisco Dias

903.º Francisco Charters

1068.º Manuel Marcelo

1203.º Alexandre Resende

1265.º Kevin Belhaz

Pos. Juniores Femininos

20.ª Michelle Brito

331.ª Demi Rodrigues

6117ª Bárbara Luz

975.ª Filipa Correia

986.ª Maria J. Koehler

1051.ª Charlotte Pires

1428.ª Teresa Araújo

1429.ª Verónica Seruca

Michelle Brito

Pos. Seniores Femininos

204.ª Neuza Silva

296.ª Michelle Brito

300.ª Frederica Piedade

462.ª Catarina Ferreira

654.ª Magali de Lattre

714.ª Ana Nogueira

Neuza Silva Gastão Elias

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CTVR Santo António e AA Coimbra revalidam títulos

Campeonato Nacional de Equipas Seniores — 1.ª Divisão

Clube Ténis Vila Real Santo António e Associação Académi-ca de Coimbra renovaram os títulos Masculino e Feminino, respectivamente, no Campeo-nato Nacional de Equipas Seniores — 1.ª Divisão 2007, que decorreu no Clube Ténis do Estoril, de 29 de Novembro a 02 de Dezembro. O CTVR Santo António revalidou

o título de Campeão Nacional ao vencer o CT Porto, por 3-2, na final da prova. Os espanhóis José San-chez de Luna e Carlos Poch Gradin e o capitão Rui Machado ganharam os três singulares que viriam a dar a vitória ao clube algarvio. Sanchez de Luna impôs-se a David Marrero, Poch Grandin bateu Leonardo Tava-res, enquanto Machado levou a melhor sobre Miguel Alves, Cam-peão Nacional de Sub 18. Marc For-nel venceu Marc Tarres, num duelo espanhol, após desistência do últi-mo, reduzindo a desvantagem para 1-3. Com a vitória para o CTVR Santo António consumada, os algarvios abdicaram de jogar o par, verifican-do-se o resultado final de 3-2, a favor dos bicampeões nacionais.

Favoritismo consumado Rui Machado, capitão do CTVR

Santo António, mostrou-se satisfeito com a revalidação do título, o gran-de objectivo do clube para a compe-tição. “Partíamos como favori-tos no início, mas o CT Porto esteve bem e acabou por ser uma final equilibrada. A vitória poderia ir para qualquer um dos lados. Estamos muito con-tentes com este título, pois foi o objectivo a que nos propuse-mos e agora vamos festejar”,

declarou Rui Machado, na hora da consagração.

AA Coimbra imbatível A AA Coimbra reconquistou o

título de Campeã Nacional, ao ven-cer todos os encontros que disputou. A equipa da AA Coimbra impôs-se aos quatro adversários que competi-ram num sistema de round robin (todos contra todos), vencendo o CET Oeiras (2.º classificado), o CT Porto (3.º), o CIF (4.º) e o Carcave-los T (5.º).

João Blaize, capitão das conim-bricenses, destacou a combinação entre a juventude e a veterania. “Estabelecemos o objectivo de sermos campeões, logo no iní-cio do ano, e conseguimos cumprir. Esta combinação de jogadoras mais jovens com algumas veteranas é muito importante, em especial, para as mais novas, que deste modo vão adquirindo experiência

com tenistas que já andaram no circuito internacional”, declarou .

Rita Vilaça, a coqueluche Rita Vilaça (AA Coimbra), Cam-

peã Nacional de Sub 14, realçou a experiência adquirida: “Foi bas-tante positivo poder jogar com jogadoras mais velhas, algo a que não estava habituada. Sin-to que ainda tenho muito a tra-balhar, mas já decidi que quero ser profissional de ténis”

Uma Mais — Valia Alfredo Laranjinha, director da

prova, destacou a importância deste título: “A atribuição do título de campeão de clubes é uma mais — valia para os clubes a nível de apoio autárquico, de patro-cínios e da própria propaganda que o clube pode fazer em ter-mos curriculares. É uma garantia de qualidade junto das escolas”.

CTVR Santo António bateu o CT Porto na final do Nacional realizado no Estorl

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Fed Cup 2008

Eleitas para a «Operação Budapeste» Neuza Silva Ana Nogueira Magali de Lattre Maria João Koehler

Neuza Silva, Magali de Lattre, Ana Catarina Nogueira e Maria João Koehler foram as jogado-ras escolhidas pelo novo Selec-cionador, Pedro Cordeiro — substitui Paulo Lucas —, para a estreia, em 2008, da Selecção Nacional na Fed Cup. A partir do dia 29 de Janeiro, em Buda-peste, na Hungria, Portugal entra em competição no Grupo I da Zona Europa / África.

A chamada da jovem Maria João Koehler, uma estreia em convocató-rias da Fed Cup, foi a maior surpre-sa do lote das atletas escolhidas para a “Operação Budapeste”. Não podendo contar com Michelle Brito e Frederica Piedade — por razões de calendário competitivo -, Pedro Cor-deiro diz ter escolhido a “Selecção mais forte de acordo com a dis-ponibilidade das atletas”, justi-ficando, depois, a chamada de Maria João Koehler. “A Maria João teve

uma excelente prestação no Masters [FPT/CIMA], onde tive a oportunidade de a ver jogar. Tem a ver sobretudo com o seu momento de forma e com a sua boa adaptação aos pisos rápi-dos que vamos encontrar na Hungria”, explicou.

Sorteio na Hungria A Selecção Nacional parte para

Budapeste no dia 27 de Janeiro, e só conhecerá os adversários já em solo húngaro. Bielorrússia, Bulgária Dinamarca, Geórgia, Grã-Bretanha, Hungria, Luxemburgo, Holanda, Roménia, Sérvia, Suécia e Suiça são os possíveis adversários de Portugal. As equipas serão divididas por gru-pos, jogando em sistema de round robin (todos contra todos). As pri-meiras classificadas dos respectivos grupos discutem depois o acesso ao play-off para o Grupo Mundial. Por sua vez, as últimas classificadas dis-putam entre elas a permanência no

Grupo I da Zona Europa / África (considerada a 2.ª divisão da Fed Cup, atrás do Grupo Mundial, 1.ª divisão).

A Selecção Nacional deverá cum-prir, pelo menos, três encontros referentes à fase de grupos, depen-dendo depois da sua classificação final. Para Pedro Cordeiro, o objecti-vo da Selecção Portuguesa é claro: “Queremos continuar no Gru-po I, por isso não podemos ficar no último lugar do nosso grupo ”. Não ficar em último lugar garante, desde logo, a permanência.

Quanto às primeiras escolhas da equipa, o Capitão deixa para depois do estágio - dias 26 e 27 (manhã) em Lisboa - as decisões. “Tenho de reunir com as atletas e ver a forma delas no momento. Por-tugal parte a 27 de Janeiro e o regresso está previsto para 02 de Fevereiro.

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FPT — Reestruturação Técnica e Selecções Nacionais

Santos Costa coordena Área Técnica Federativa e Cordeiro assume comando da Selecção Feminina A Direcção da Federação Por-tuguesa de Ténis (FPT) atri-buiu ao Secretário -Geral, José Carlos Santos Costa, a coorde-nação da área técnica federati-va, isto, após o pedido de demissão de Paulo Lucas - aceite pela FPT, no passado dia 15 - do cargo de Director Técnico Nacional. No sentido de proporcionar o enquadramento adequado à activi-dade das Selecções Nacionais, foi criada uma Direcção Técnica para o sector, coordenada por Santos Cos-ta, com o apoio de Pedro Cordeiro e Nuno Mota. Desta forma, os dois técnicos da FPT acompanharão de perto as diferentes Selecções. Pedro Cordeiro, Capitão das Selecções Seniores, fará o acompanhamento dos Seniores, Sub 18 e Sub 16, enquanto Nuno Mota, coordenador nacional do PNDT (Programa Nacional de Detecção de Talentos), acompanhará os Sub 14 e Sub 12.

Pedro Cordeiro à frente da Selecção Nacional Fed Cup Com esta reestruturação técnica, Pedro Cordeiro, até aqui Capitão da Selecção Nacional Masculina na Taça Davis, passa também a coman-dar a Selecção Sénior Feminina na edição de 2008 da Fed Cup. Cor-deiro, que sucede a Paulo Lucas, vai orientar a Selecção Portuguesa já no primeiro encontro da Fed Cup, a partir de 29 de Janeiro, em Buda-peste, Hungria. Inclusive, foi já o novo Capitão quem procedeu à escolha final das quatro atletas para a estreia, em 2008, na competição. Neuza Silva, Magali de Lattre, Ana Catarina Nogueira e Maria João Koehler foram as eleitas.

Pedro Cordeiro volta a orientar em simultâneo as Selecções Seniores Masculina e Feminina, regressando a uma lugar que ocupou antes de Paulo Lucas. “É sempre bom reconhecerem o nosso valor. É sinal de que deixei trabalho

feito, quando estive à frente da Selecção”, comentou Cordeiro, que encara com entusiasmo este regresso.

Seleccionadores Nacionais definidos

Com a excepção da Selecção Sénior Feminina, onde Pedro Cordeiro substitui Paulo Lucas no comando técnico da equipa, as restantes Selecções Nacionais mantêm os Seleccionadores. Eis a lista completa dos Selecciona-dores Nacionais nas respectivas equipas: Sub 12 Femininos: António Morei-ra; Sub 12 Masculinos: José Mário Silva; Sub 14 Femininos: Magda Leal; Sub 14 Masculinos: Pedro Fel-ner; Sub 16 Femininos: Gonçalo Portas; Sub 16 Masculinos: André Lopes; Sub 18 Femininos: Miguel Sousa; Sub 18 Masculinos: Jorge Gonçalves; Seniores Femininos e Masculinos: Pedro Cordeiro.

As Associações de Ténis do Algarve, Açores, Alto Alentejo, Aveiro, Coimbra, Leiria, Lis-boa, Porto, Setúbal, Vila Real e Viseu estive-ram representadas na Assembleia-Geral da FPT, que decorreu no Comité Olímpico, a 15 de Dezembro de 2007. Os pontos de ordem apresentados foram todos alvo de aprovação, a saber: Aumento da Taxa de Filiação de Jogadores — de 6 para 7 € no Grupo Juvenil e de 12 para 15 € nos Grupos Sénior e Veterano; Plano de Actividades e Orçamento para 2008; Altera-ções ao Regulamento Geral de Provas; Regras do Ténis de Praia.

Carlos Sanches, um dos quatro supervisores Full Time da ATP, esteve presente no fecho do curso de Arbitragem que decorreu nas insta-lações da Associação de Ténis de Lisboa. Durante cerca de duas horas, Carlos Sanches manteve uma conversa informal com os for-mandos. O curso contou com a participação de 12 candidatos, verificando-se a aprovação de todos. Eis os novos árbitros do ténis nacional: Andreia Florêncio, Daniel Flores Marques, Filipa Simões, Frederico Anão, Hugo Amaral, João Parreira, Luís Santos, Mário Mendes, Paulo Afonso, Ricardo Costa, Ruben Reis, Tomás Calmeiro.

Assembleia-Geral da FPT Arbitragem Nacional

Carlos Sanches presente no fecho de mais um Curso

Representantes de 11 Associações marcaram presença

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Estoril Open 2008

Michelle e Gastão fazem companhia a Federer Michelle Brito e Gastão Elias estarão presentes na 19.ª edi-ção do Estoril Open, depois de receberem os primeiros wild-cards atribuídos pela organiza-ção da prova. As duas maiores promessas do ténis nacional juntam-se, assim, a Roger Federer, n.º1 do ranking mun-dial, entre as estrelas do evento que decorre no Estádio Nacio-nal, de 12 a 20 de Abril de 2008. A poucos dias do Natal, João Lagos, director do Estoril Open, anunciou a atribuição dos primeiros wild-cards a Michelle Brito e Gastão Elias, que

classificou de “retribuição justa” pelo desempenho dos dois jovens tenistas na época de 2007. “Pessoalmente, a enorme satis-fação que as proezas de ambos me deram foi o melhor presen-te que poderia ter; oferecer-lhes convites para o quadro principal do Estoril Open é uma retribuição justa e tenho a certeza de que os adeptos acor-rerão em massa para prestar homenagem a dois meninos-prodígio cuja aposta no ténis os levou a radicarem-se fora do país”, declarou João Lagos.

Estreia para Michelle

Michelle Brito esteve no Estoril Open 2006 para um encontro de exibição com Gastão Elias, desta feita, será a estreia oficial da jovem de 14 anos na prova. Para Gastão Elias será a sua terceira participa-ção. Em 2006 jogou o qualifying e entrou no quando principal como lucky looser e, no ano transacto, voltou a participar na fase de qualifi-cação, sem chegar, porém, ao qua-dro principal. Será uma oportunidade de ouro para o público português ver de per-to os mais recentes ídolos nacionais da modalidade, ambos a residirem na Flórida, Estados Unidos.

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A Selecção Nacional defrontará a Tunísia, entre 11 e 13 de Abril de 2008, como anfitriã, naquele que será o primeiro encontro de Por-tugal no Grupo II da Zona Euro-pa / África, na edição de 2008 da Taça Davis. Os encontros da Taça Davis estão de regresso a Portugal. A Selecção Nacio-nal estreia-se, em 2008, a jogar em casa e, apesar de o local ainda não estar definido, é certo que o confronto com a Tunísia irá decorrer num dos clubes da zona de Lisboa, e será joga-do em terra batida. A data do encontro coincide com o início do Estoril Open, uma situação irreversível, visto que, a ITF não autorizou a alteração da mes-ma. O Clube Ténis do Estoril, que já foi contactado, surge como o destino mais provável para receber o embate entre Portugal e a Tunísia. A Federação está também a encetar contactos com a João Lagos Sports para uma parceria organizativa, à semelhança do que aconteceu, em 2005, com Argélia e Eslovénia. Todas estas decisões terão de ser comunicadas à ITF e FTT até 60 dias antes do encontro.

História joga a favor As selecções de Portugal e da Tunísia já se enfrentaram duas vezes na histó-ria da Taça Davis, tendo a vitória sor-rido à Selecção Portuguesa nas duas ocasiões. A primeira remonta ao ano de 1982, a equipa, então formada por Pedro Cordeiro (actual seleccionador), Manuel de Sousa, João Guedes, Miguel Soares e o Capitão João Lagos, venceu por 5-0, na Foz, Porto. Mais recentemente, em 2004, a selecção composta por Bernardo Mota, Frede-rico Gil, Rui Machado, Leonardo Tavares, capitaneados por João Maio, ganhou por 3-2, em Tunis, Tunísia. Jallali Oualid (744.º ATP), Abid Hai-them (935.º ATP), Malek Jaziri (1016.º ATP) e Wael Kilani (1161.º ATP) são as principais figuras da equi-pa tunisina. O Grupo II da Zona Europa / África, onde Portugal é 2.º cabeça-de-série, conta com as seguintes equipas: Luxemburgo (1.ª CS), Portugal (2.ª CS), Hungria (3.ª CS), Marrocos (4.ª), Mónaco (5.ª), Ucrânia (6.ª), Finlândia (7.ª), Eslovénia (8.ª), Argélia, Chipre, Dinamarca, Egipto, Grécia, Irlanda do Norte, África do Sul e Tunísia.

Taça Davis 2008

As Selecções Nacionais de Sub 14 e Sub 16, Masculinas e Femininas, já conhecem as potenciais adversárias para a fase de qualificação da Winter Cups, que decor-re entre 8 e 10 de Fevereiro, em diferentes países da Europa. A equipa de Sub 16 Masculi-na está inserida no Grupo C, juntamente com Bósnia e Herzegovina, Dimamarca, França, Alemanha, Repú-blica da Irlanda, Holanda e Polónia, jogando em Cho-let, França. Já a equipa Feminina compete em Maniago, Itália, no Grupo B, e tem como possíveis adversárias: Bélgica, Bulgá-ria, Alemanha, Itália, Roménia e Turquia. Em Sub 14, a equipa Mascu-lina surge no Grupo B, com Bósnia e Herzegovina, França, Hungria, Itália, Montenegro, Roménia e Suiça, jogando em Corre-gio, Itália. A equipa Femini-na disputa a qualificação em Estugarda, Alemanha, no Grupo C, onde estão Bélgica, Bulgária, Alema-nha, Noruega, Sérvia, República Checa e Espanha.

Winter Cups 2008

Selecções de Sub 14 e Sub 16 em competição

Portugal recebe Tunísia em terra batida

Frederico Gil é uma das principais armas da Selecção Nacional para a Taça Davis Patrícia Martins

Página 18 Federação Portuguesa de Ténis

Entrevista a Nuno Mota

Os Objectivos do PNDT para 2007 foram alcançados? Foram alcançados e superados. Tínhamos colocado algumas metas e a receptividade foi excelente. A motivação está instalada na família do ténis. Concretizámos o Circuito Nacional de Sub 10, as Jornadas de Detecção de Talentos, as Jornadas de Controlo e a Jornada Nacional, que tiveram um impacto muito grande no ténis nacional. Ao nível de resultados, o auge foi atingido com o 5.º lugar da Selecção Nacional de Sub 12, constituída pelos atletas do PNDT.

Regras e Material iguais para todos

É recomendável a competição logo nos escalões de Sub 8 ou Sub 10? Antes do PNDT, os miúdos jogavam com raquetas grandes, bolas desa-justadas e sem as medidas adequa-das do campo. Tentámos uniformi-zar o sistema e este Circuito Nacio-nal de Sub 10 traz regras iguais para todos, segundo o programa da ITF, Play and Stay. O objectivo é todos os clubes poderem trabalhar com os atletas da mesma forma.

Qual o acompanhamento futu-ro dos principais talentos que emergem do PNDT? Tenho ideias para o futuro, que serão discutidas com a Federação, no sentido de dar mais ênfase ao trabalho que é feito com os atletas, quando saem do escalão de Sub 12. Vamos tentar abrir o leque de obser-

vação aos atletas de Sub 14, para que possam enveredar no ténis de com-petição ao mais alto nível, nos esca-lões que se seguem.

Frederico Silva, um Atleta exemplar

Os bons resultados internacio-nais do Frederico Silva (Campeão Nacional de Sub 12) é uma prova do trabalho efec-tuado pelo PNDT? É fruto do seu trabalho, da sua von-tade e da sua postura. É sério, traba-lhador e talentoso. Tem uma boa estrutura técnica e familiar para poder vingar. O PNDT foi um instru-mento de trabalho que esteve em vigor até aos Sub 12. Foi um atleta que contribuiu para o 5.º lugar no Europeu do escalão. Tanto ele como os outros atletas da Selecção Nacio-nal de Sub 12 de 2007 têm de fazer um trabalho privado com os respec-tivos técnicos, mas podem contar com a ajuda do PNDT. Vai agora desempenhar novas funções na remodelada estru-tura técnica da FPT. O que vai fazer em concreto? Vou fazer um acompanhamento mais junto dos técnicos, mas tam-bém junto dos atletas, das Selecções de Sub 12 [já vinha a fazer enquanto Coordenador Nacional do PNDT] e de Sub 14. Vamos reforçar a activi-dade com os atletas e tentar que as provas de Nível A dos Sub 14 sirvam para que estes sejam observados pelos responsáveis técnicos das Selecções.

Mais de 40 treinadores portu-gueses marcaram presença no V Simpósio Ibérico de Ténis, uma parceria da Fede-ração Portuguesa de Ténis e da Real Federación Española de Ténis (RFET), que teve lugar em Madrid, de 15 a 17 de Novembro de 2007. Tendo como tema central do debate o Play and Stay - pro-grama mundial da ITF que visa melhorar a metodologia de treino e a prática de ténis —, Portugal apresentou a sua experiência na aplicação do programa. Vitor Cabral, director do Departamento de Formação da FPT, reforçou a ideia de que “Portugal está mais próximo do Play and Stay do que a Espanha”, ten-do recebido os melhores elo-gios da parte da ITF. “Em conversa com Dave Miley, director do Departamento de Formação da ITF e autor do Play and Stay, ele disse-me que já estava à espera de todo este empenhamento na apli-cação do programa, pois Por-tugal tem sido um parceiro desde o início”, referiu Vitor Cabral. Para além do respon-sável da formação da FPT, que centrou a sua apresenta-ção no Cardio Ténis, Nuno Mota, Coordenador Nacional do PNDT, falou ao auditório da ligação entre o PNDT e o Play and Stay. Nuno Marques, André

Lopes ou António Moreira foram alguns dos treinadores que estiveram presentes.

V Simpósio Ibérico

«Play and Stay» em destaque

«A motivação está instalada na Família do Ténis»

Nuno Mota é o Coordenador Nacional do PNDT (Programa Nacional de Detecção de Talentos). Em 2007, criou, pela primei-ra vez em Portugal, um Circuito Nacional de Sub 10 que culmi-nou com a realização do Masters Nacional para o escalão.

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O jovem Miguel Almeida foi contemplado, ainda em 2007, pelo programa Travel Grant da ITF, recebendo um prémio monetário de 1200 dólares para participar em quatro tor-neios do Circuito Júnior. Como sétimo jogador mais jovem com melhor classificação no Ran-king ITF Júnior, entre aqueles que nasceram em 1992, Miguel Almeida recebeu uma bolsa da ITF, ao abrigo do programa Travel Grant, que lhe permitiu competir em quatro tor-neios: no Orange Bowl, no Eddie Herr e em mais duas provas na Sér-via. Alberto Almeida, pai do atleta, que, juntamente com a Federação Portu-guesa de Ténis (FPT), tratou da can-didatura ao programa, pensa já numa nova candidatura em 2008.“Este ano, em princípio, vamos voltar a fazer a candida-tura. Esta bolsa visa apoiar jovens que tenham hipóteses de alcançar o top 100 mundial do Ranking Júnior. Em Portu-gal faltam partners, já fiz alguns contactos, mas as pes-soas não se mostram interessa-das. Pode ser que o sucesso do Gastão e da Michelle mude um pouco esta realidade”, explica o pai do jovem de 15 anos. Neste momento, Miguel Almeida (147.º ITF Júnior) está em época de exames na escola — frequenta o 10.º ano —, pelo que, uma possível pre-sença no Grand Slam Júnior da Austrália ficou gorada. E quanto ao futuro, Alberto Almeida mostra-se apreensivo: “Ando preocupado com a questão do treinador. Desde Março que não tem. Ain-da não encontrei uma solução, mas o futuro deve passar pelo estrangeiro”.

Experiência Americana Durante cerca de dois meses, Miguel Almeida fez alguns estágios em dife-rentes Academias nos Estados Uni-dos. “Foi uma boa experiência. Aprendi muito e conheci imen-sas pessoas. Estive com muitos treinadores, que corrigiram muitas coisas no meu jogo”, conta o jovem tenista, que para esta época ainda sonha com uma partici-pação num torneio do Grand Slam Júnior. “Sei que vai ser difícil, mas vou tentar estar no Roland Garros ou em Wimbledon, mas tenho que melhorar o meu ran-

king”, refere.

O desejado Estoril Open O Circuito ATP está também na mira de Miguel Almeida para 2008. “Vou fazer alguns Futures, sobretu-do em Portugal, para tentar marcar os primeiros pontos no ranking ATP”, diz o Campeão Nacional de Cadetes, que “gostaria imenso de participar no Estoril Open”, reconhecendo, no entanto, que “é muito difícil estar pre-sente com um número de joga-dores tão reduzido no qualif-ying”.

ITF Travel Grant

Miguel Almeida obtém prémio de mérito da ITF

Miguel Almeida, 15 anos, é uma das maiores promessas do ténis nacional

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Open da Austrália

A campeã nacional, Neuza Silva, cumpriu o objectivo de participar, pela primeira vez, na fase de quali-ficação de um torneio do Grand Slam. Aconteceu no Open da Aus-trália e, apesar da eliminação na 1.ª ronda do qualifying, a melhor tenista portuguesa da actualidade bateu-se de igual para igual com uma adversária bem mais cotada. Depois de Deborah Fiúza, em 1974 - cedeu na 1.ª ronda do quadro principal-, e de Frederica Piedade, em 2005 - afastada na ronda inicial do qualif-ying —, o ténis nacional , por intermé-dio de Neuza Silva, voltou a estar representado na primeira das quatro etapas do Grand Slam - o Open da Aus-trália. A canpeã nacional, n.º 206 do ranking WTA, acabou por ceder na 1.ª ronda do qualifying frente à checa Iveta Beneso-va (116.ª WTA), 5.ª favorita da fase de qualificação, por 6/7 (5-7) e 2/6. Neuza ainda esteve em vantagem no primeiro set (5-2), mas viria a ceder no tie-break. Na segunda partida, a experiên-cia da checa— a participar pela quinta vez na prova— foi determinante.

Neuza Silva com prestação honrosa na estreia

ESTREIA Aos 24 anos, Neuza

Silva estreou-se num torneio do Grand

Slam, ao participar no qualifying do Open da Austrália