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contexto regional PUBLICAÇÃO LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIMEP ANO 5 – EDIÇÃO 26 – DEZEMBRO/2011 MOSTRA 9 ª ACADÊMICA

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contexto regional

Publicação laboratório do curso de Jornalismo da unimePano 5 – edição 26 – deZembro/2011

mostra9ªacadêmica

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dezembro/2011 • edição 26 2 opinião

Por Larissa Helena 

A 9ª Mostra Acadêmica da Unimep teve como tema principal a sustentabilidade. Visando dar

abertura à apresentação de diversificados tra-balhos acadêmicos o tema foi abordado tam-bém devido a sua importância na atualidade.

Segundo Cintia Maria Afonso, mestre em Ciência Ambiental pelo PROCAM-USP, doutora em Arquitetura e Urbanismo pela FAU-USP e autora do livro “Sustentabilidade: caminho ou utopia?” (Annablume, 2006), a noção do conceito «sustentabilidade» vem de de-senvolvimento sustentável discutido na década de 60 no relatório «Nosso Futuro Comum», publicado pela Comissão Mun-dial sobre Meio Ambiente e Desenvolvi-

mento da ONU em 1987. A autora define sustentabilidade como «algo que não pode ser obtido instantaneamente, um processo de mudança e de transformação estrutural que necessariamente deve ter a partici-pação de todos os setores da sociedade» (2006, p.8). Diante disto torna-se neces-sário o primeiro passo para a reflexão des-te conceito: a conscientização.

O primeiro passo é importante como forma de representar um processo de mudanças que estão por vir que, se prolongadas, possam gerar modificações significativas para o meio ambiente e para a sociedade. Uma atitude simples que gere impacto, assim como neste ano, a Unimep abraçou o tema e poupou a impressão de papel com as programações, disponibilizando-as via internet.

No entanto, assim como destaca

Afonso, o termo “sustentabilidade” tem sido cada vez mais empregado sem sua devida reflexão, geralmente em anúncios publicitários, propagandas empresariais, para transmitir a ideia do «ecologicamen-te correto» como atrativo.

A sustentabilidade relaciona-se às transformações econômicas e sociais alicerçadas à realidade que se encadeia em “estabelecer o termo implicando-o na manutenção quantitativa e qualitativa do estoque de recursos ambientais, sem danificar suas fontes ou limitar a capaci-dade de suprimento futuro» (2006, p.11)

A universidade como um local que prioriza a democratização do conhecimento, abordou o tema como forma de despertar atenção e conscientização, que interfere tanto em grandes empresas, quanto no dia

a dia de cada um. O filósofo, docente da PUC-SP e vice-presidente da TV Cultura – Fundação Padre Anchieta,    Fernando José de Almeida, no texto “Por uma vida sustentável”, publicado na Revista Nova Escola (05/2010), esclarece a importância da abordagem da composição filosófico--político-pedagógica em ambientes esco-lares e relacionados ao conhecimento so-bre o tema sustentabilidade para «educar as novas gerações para uma generosidade cidadã e ampliar a noção de dever quanto ao futuro - próximo e remoto- do planeta».

Vivemos e dependemos de fontes esgo-táveis da natureza, que embora aparentem ilimitadas, subordinam-se diretamente à ação humana para sua conservação. Suprir as necessidades do agora deveria estar en-cadeado com o ato de se pensar no amanhã.

Por Saulo de Assis

Ensino, pesquisa e extensão. Com base nesses três pilares as instituições de ensino superior foram criadas e desen-

volvidas nos últimos anos. No meio disso, a sociedade se transformou: novas tecnologias, demanda maior por resultados no menor tem-po, crescente pragmatismo, etc. Com o intuito de “promover uma oportunidade para que a comunidade acadêmica possa compartilhar, interna e externamente, os conhecimentos produzidos na Universidade”, a Unimep rea-lizou, entre os dias oito e dez de novembro, a 9ª edição da Mostra Acadêmica, com o tema “Ambiente e Sustentabilidade”.

Entre os eventos, simpósios de graduação, congressos de pesquisa, extensão e atividades culturais nos campi da instituição (Piracicaba Taquaral e Centro, Santa Bárbara d’ Oeste e Lins). Mas qual a utilidade de um evento como esse se os alunos, principais protagonistas, não

conseguem em plenitude valorizar essa oportu-nidade que lhes é oferecida?

O principal ponto aqui é demonstrar o de-sinteresse dos alunos pela Academia. Na ân-sia de conseguir um diploma, menosprezam a possibilidade de se desenvolverem como estu-dantes de fato. Cabe às instituições, por outro lado, ressaltar o papel dos estudantes no meio acadêmico, e motivar a participação em eventos como esse. O estudo deveria ser um hábito, e não uma obrigação mercadológica.

Não podemos ser ingênuos e achar que as universidades serão valorizadas ao máximo de um dia para outro. Não se deve, entretanto, cruzar os braços. Nesse cenário, os alunos do 6º semestre de Jornalismo da Unimep apre-sentam, neste jornal, um resumo dos eventos, iniciativas e atividades da 9ª Mostra Acadêmi-ca da instituição. Esperamos com este jornal mostrar aos estudantes que não participaram um pouco do que aconteceu na universidade durante esses três dias. Já é um começo.

Sustentabilidade: o amanhã é logo ali

Para que umaMostra Acadêmica?

Mostra Acadêmica

EXPEDIENTE - Jornal Laboratório dos alunos do 6º semestre de Jornalismo da Unimep - Reitor: Clóvis Pinto de Castro - Diretor da Faculdade: Belarmino Cesar Guimarães da Cos-ta - Coordenador do Curso de Jornalismo: Paulo Roberto Botão - Edição: Ana Camilla Negri (Mtb: 28.784) - Diagramação e arte final: Sérgio Silveira de Campos - (Laboratório de Planejamento Gráfico) - Editores Assistentes e de imagem: Larissa Martins e Saulo de Assis - Repórteres: Amanda Maretti, Angelyca Paiva, Arthur Belotto, Carla Rossignolli, Caroline Solano, Cintia Tava-res, Elaine Pereira, Felipe Abrahao, Fernando Galvao, Flavia Ribeiro, Gustavo Annunciato, Josiane Joveli, Karina Bonfa, Karine Santos, Laura Tesseti, Luana Rodrigues, Lucas Calore, Luiz Felipe Louren-co, Mariana Neves, Michaella Frasson, Nayara De Oliveira, Rafaela Gazetta, Raphael Justino, Ricardo Goncalves, Ronald Goncales, Sabrina Franzol, Saulo De Assis, Tony Corazza, Valeria Spinelli, Vanessa Carvalho, Vladimir Catarino - Correspondência: Faculdade de Comunicação - Campus Taquaral - Rodovia do Açúcar, km 156 - Caixa Postal 68 - CEP 13.400-911 - Tel. (19) 3124-1677 - Piracicaba/SP

Clóvis Pinto de Castro *

A partir de um compa-rativo com as edições anteriores, temos per-

cebido um aumento anual da participação do público exter-no na Mostra Acadêmica. Nos Congresso de Iniciação Cien-tífica e de Pesquisa, por exem-plo, recebemos trabalhos de docentes e estudantes de outras instituições de ensino superior públicas e privadas.

Mas os objetivos do maior evento acadêmico da Unimep vão muito além. O evento é uma oportunidade de ampliar o que se conhece sobre a Unimep em Pira-cicaba e região, enquanto institui-ção com competência para produ-ção de conhecimento e capaz de auxiliar na solução dos problemas da comunidade por meio de sua interação com a mesma.

São conhecimentos, pro-jetos e pesquisas produ-zidos em salas de aula, corredores e outros espaços da universidade, os quais, futura-mente, irão refletir direta ou indiretamente no cotidiano de todos os cidadãos. Para este ano e para as próximas edições, o grupo de trabalho responsável pela organização e promoção do evento, pretende estimular ain-da mais o envolvimento de dis-centes e docentes, qualificando a formação oferecida pela Uni-mep. Seja como pesquisador, universitário ou espectador, é um evento do qual vale a pena acompanhar, pois, além de am-pliar a visão de mundo, também abre oportunidades para a refle-xão e a construção da cidadania.

* Clovis Pinto de Castro, reitor da Universidade Metodista de Piracicaba – Unimep

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edição 26 - dezembro/2011 3mostraKarina BonfáLaura TessetiLuana Rodrigues

Em 20 de março de 2003 a vice--reitoria acadêmica da Unimep, propôs à presidência do Consepe

(Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão) a realização da 1ª Mostra Aca-dêmica da instituição. O evento engloba-ria os já consolidados Congressos de Inicia-ção Científ ica e os Seminários de Extensão.

Além destes projetos, a critério das Comissões de Ensino de Graduação do Consepe e da Comissão de Ensino de Pós-Graduação, poderiam ser propostos outros eventos relacionados a essas áreas,

Karina Bonfá Laura Tesseti Luana Rodrigues

A 9ª Mostra Acadêmica, que aconteceu de 8 a 10 de novembro nos quatro campus da Unimep (Taquaral, Centro, Lins e Santa Barbara d’Oeste), teve como objetivo com-partilhar com o público e a comunidade em geral a produção acadêmica da universida-de, de forma a propiciar a divulgação do conhecimento produzido em diversas áreas envolvidas.

Segundo a professora Drª Rosana Ma-cher Teodori, presidente do GT Organi-zador da Mostra, este é o primeiro ano em que participou da Comissão Organizadora, mas, enquanto docente da Unimep, partici-pa desde a primeira edição. Segundo ela, o tema Ambiente e Sustentabilidade foi esco-lhido devido à necessidade de reflexão sobre as questões ambientais, em qualquer nível de atividade. “Na Universidade, este tema é de extrema importância, especialmente num momento em que a nossa política am-biental está em fase final de elaboração. A

escolha do tema foi baseada na perspectiva da política ambiental enquanto um sistema de valores e ações que visam sustentabilida-de e orientam as relações do sujeito com a sociedade nos que diz respeito às questões socioambientais”, explicou Teodori.

Os trabalhos apresentados durante o evento passaram por rigorosa seleção de uma equipe de revisores composta por docentes da área relacionada. Segundo a docente, caso o trabalho não fosse apro-vado na primeira avaliação, poderia ter até duas correções feitas pelos autores - as

quais dependeriam da aprovação final dos revisores – só então os trabalhos foram aprovados e liberados para a apresentação.

Como nos anos anteriores, os discentes que assistiram as apresentações ganharam certificados como alunos ouvintes. Já os alunos que participaram da Mostra apre-sentando trabalhos, receberam um certi-ficado que tem peso maior no currículo, pois comprova qualificação do estudante na área de pesquisa acadêmica. “O objeti-vo final da Mostra é unir ensino, extensão e pesquisa”, finalizou a doutora.

Qualificar alunos e compartilhar conhecimento são os objetivos

Confira o tema das nove edições da Mostra e quando ocorreram:

2003 Conhecimento e Cidadania

2004Lugar e Papel da Universidade na Sociedade

2005O Lugar da Ética na Produção do Conhecimento

2006Universidade: Inovação e Inclusão Social

2007Educação Brasileira: Extinção ou Sustentabilidade na Universidade

2008Ciência, Tecnologia e Sociedade: Responsabilidade Social

2009Ciência, Tecnologia e Inovação: a Universidade e a Construção do Futuro

2010Desafios da Educação superior na Agenda do Novo Milênio

2011 Ambiente e Sustentabilidade.

que espelhassem a indissociabilidade que deve existir entre o ensino, a pesquisa e a extensão. A Mostra Acadêmica é a opor-tunidade de docentes e discentes sociali-zarem os processos e resultados de suas atividades. No dia 24 de março de 2003 foi aprovada a realização da 1ª Mostra Acadêmica.

Desde a primeira edição, a Mostra Aca-dêmica apresenta os seguintes eventos ofi-ciais: Congresso de Iniciação Científica, Seminário de Extensão, Simpósio de En-sino de Graduação, Congresso de Pesquisa, Congresso de Pós-Graduação, bem como o Unicult (Universidade da Cultura Livre).

Todas as faculdades são convidadas a desenvolver algum tipo de atividade en-volvendo docentes e discentes da Uni-mep, bem como demais instituições de ensino do país. Nesses nove anos, a Mos-tra Acadêmica já teve mais de 600 traba-lhos científicos apresentados.

A CRIAçãOMOSTRA

ACADêMICADA

Mesa de abertura da 7ª Mostra Acadêmica

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dezembro/2011 • edição 26 4 abertura

ABERTURA DA 9ª MOSTRA ACADê MICA REúNE MúSICA E PALESTRASElaine PereiraKarine Santos

Mais de cem pessoas estiveram, no dia 8 de outubro, no Te-

atro da Unimep, campus Ta-quaral, na sessão de abertura da 9ª Mostra Acadêmica da instituição, que este ano, teve como tema principal Am-biente e Sustentabilidade. O evento contou também com a apresentação de coral e de-bates sobre o tema do evento com renomados profissionais da área de direito e proteção ambiental.

A primeira atividade da noi-te foi realizada pelos alunos e integrantes do Coral Apepú--Yamí, da Unimep. Dando continuidade, Paulo Affonso Leme Machado, docente e coordenador do curso de es-pecialização em direito am-biental da instituição, atuante na área há mais de 50 anos; e Evaristo Eduardo de Miranda, representante do Ministério da Agricultura na Câmara de Relações Exteriores e Defe-sa Nacional e coordenador de análise de imagens e monito-ramento por satélite da Em-presa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), mi-nistraram uma palestra sobre sustentabilidade ambiental.

Este ano, a 9ª edição da Mostra Acadêmica da Uni-mep apresentou um importan-te diferencial dando exemplo prático do conceito de susten-tatibilidade: não foram dispo-nibilizados cadernos impressos com o cronograma das ativida-des. Os interessados puderam consultar a programação no site da mostra e imprimir ape-nas o necessário.

Equilibrar as áreas econômi-ca, social e ambiental. Esse é o conceito geral de sustentabili-dade, assunto que está cada vez mais em foco, sendo discutido mundialmente. “Não adianta

criar ações economicamente boas, ou que tragam bons re-sultados para o presente, sendo que no futuro contribuam para o esgotamento dos recursos ambientais. Não podemos dei-xar um deserto para nossos des-cendentes”, ressalta Machado.

Na teoria, todas as organiza-ções têm uma visão ampla do futuro e sobre a importância em se tornar sustentável, visan-do o equilíbrio do planeta e se preocupando com um futuro do meio ambiente, assim como comenta Miranda, “A empresa pode ter ganhos constantes de eficiência, com o uso racional do espaço e maior economia de energia. Também com a minimização dos impactos das atividades, com a redução e reciclagem dos resíduos e po-luentes. E finalmente um pro-duto de melhor qualidade com as devidas informações para quem segue na cadeia produti-va, seja o consumidor ou outra indústria”, explica.

Segundo o colaborador do Embrapa, o Brasil tem uma das economias mais susten-táveis do planeta e segue me-lhorando. “Aqui, graças à cana--de-açúcar, às hidrelétricas e às florestas energéticas, 47% de nossa matriz energética é renovável enquanto a média dos países industrializados é de 7%. No caso deles, 93% da energia é suja”, comenta.

Miranda destacou dois pon-tos importantes em sua pales-tra: o primeiro, o papel funda-mental da agricultura brasileira na sustentabilidade nacional; e o segundo, o papel da tecno-logia para resolver problemas de sustentabilidade, além do comportamento consciente. “É sempre interessante deba-ter ideias e conhecimentos no ambiente acadêmico e apontar alguns caminhos para quem está na graduação e deseja ser um profissional diferenciado”, complementa

Clássicos como Rachmaninoff, Chopin, Albéniz e Shubert

foram interpretados por crianças e adolescentes

A mesa de abertura do evento contou com a presença do Reitor da Unimep, Prof. Dr. Clovis Pinto de Castro

Crianças se apresentaram durante a 9ª Mostra Acadêmica mostrando seus talentos musicais

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edição 26 - dezembro/2011 5abertura

ABERTURA DA 9ª MOSTRA ACADê MICA REúNE MúSICA E PALESTRAS

Amanda Maretti

A Mostra Acadêmica, pela terceira vez, contou com o Recital de Piano desenvol-vido pela professora Cecília Bellato, em parceria com o NUC da Unimep. O reci-tal, realizado no segundo dia da Mostra, possibilitou um espaço para apresenta-ções não só da comunidade acadêmica, mas também para crianças e adolescentes através da música.

O repertório trouxe clássicos de Ra-chmaninoff, Chopin, Albéniz, Shubert, entre outros, nas mãos de 25 crianças e adolescentes responsáveis pelo sucesso da apresentação. Isabela Guarnieri Gre-gório da Silva, com apenas quatro anos de idade, foi a primeira a se apresentar. “Estava um pouco ansiosa, mas ensaiei bastante com a professora e em casa com meus pais”. Segundo os pais de Isabela, esta iniciativa de trazer espetá-

culos com crianças é interessante: “Ser-ve como estímulo, e mostra às crianças um outro mundo, que é o universitário”, conta Eliete de Fátima Guarnieri, mãe de Isabela.

João Pedro Salati Nani Rinaldi tem 12 anos e pratica aulas de piano há dois. “Gosto muito de piano. As aulas são boas e eu aprendo mais a cada dia. En-saiei bastante para apresentação e não estou nervoso”. Para a mãe de João Pe-dro, esta iniciativa prepara a criança para outros recitais. “Nós o incentivamos muito em casa. É importante estudar música e ele adora”, comenta Elenice Salati Nani Rinaldi.

A professora Cecília Bellato também se apresentou tocando as duas primeiras mú-sicas de abertura, passando muita tranqui-lidade para seus jovens alunos. “Costumo dizer que nasci tocando, minha mãe era pianista e comecei a tocar piano aos quatro

anos, eu simplesmente amo o que faço. É com grande satisfação que apresento meus alunos”.

Bellato destaca que a apresentação em uma universidade é uma grande porta de entrada para seus alunos. “Nada me-lhor do que as crianças apresentarem seu primeiro recital em uma universidade. Cada música que meus alunos apresen-tam tem uma história e eles passam tudo isto aos universitários. Um aprende com o outro”, completa.

Segundo a coordenadora do NUC, Joceli de Fátima Lazier, o fato de as crianças terem contato com o meio acadêmico nestes eventos, além de ser importante para a carreira na área de música, traz também uma contribuição pessoal. “A Unimep traz a formação para vida, independente da idade. Participar da Mostra Acadêmica é um grande pas-so para as crianças”.

Valéria Spinelli

Desde o ano de 1881, o Colégio Piracica-bano - que deu origem à Unimep - come-çou a se preocupar com a formação integral de seus alunos. A ideia sempre foi ir além das disciplinas obrigatórias. No ano de 1980 a instituição criou seu próprio espaço para o coral e teatro na universidade. Mas só em 1985 que esses seguimentos - mú-sica e teatro - se juntaram na universidade criando o Núcleo Universitário de Cultura, o NUC.

O NUC tem o objetivo de estimular ver-tentes artísticas no cotidiano da comunidade universitária, bem como promover o bom relacionamento com a comunidade externa. “Quando os alunos participam de uma mon-tagem teatral ou de ensaios dos corais, estão desenvolvendo habilidades, interação social, respeito, dentre outros aspectos que formam para a vida”, afirma Joceli de Fátima Lazier, coordenadora do NUC. “A arte e a cultura falam do que somos, dos sonhos, das dificul-dades, falam da vida”.

Com vários destaques em trabalhos reali-zados durante todo o ano, um dos que atraiu participantes na Mostra e foi o Concurso de Contos e Crônicas, que está em sua 7ª edição. “Tem aumentado o número de inscritos a cada ano com a participação de alunos e funcionários da Unimep, pessoas da comu-nidade externa, professores de outras insti-tuições de ensino”, explica a coordenadora. “E este ano tivemos também a participação de escritores de Portugal”.

Na Mostra Acadêmica o NUC também participou organizando as apresentações culturais. E não apenas alunos da univer-sidade participaram dessas apresentações, pessoas ligadas aos projetos, mas que são de fora do meio universitário, puderam mos-trar seus talentos.

Ainda de acordo com Joceli Lazier, o NUC trará mais novidades para 2012. “Temos sim projetos novos em fase de elaboração e dos quais dependemos de parcerias para a reali-zação, tendo em vista o número reduzido de funcionários do NUC”.

NUC incentiva conhecimentos além das disciplinas tradicionais

Recital de piano abre evento

Karine Santos

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dezembro/2011 • edição 26 6 extensão

Josiane Joveli

No dia 10 de novem-bro foi realizada, no Auditório Verde da

Unimep, a cerimônia de pre-miação do Concurso de Contos e Crônicas, parte da 9ª Mostra Acadêmica.

Em 2009, apenas 10 inscritos participaram do concurso. Já em 2011, 92 textos estavam concor-rendo. Funcionários, comuni-dade, alunos da universidade de outras instituições do Brasil e até do exterior participaram desta edição, que teve o júri composto por professores da área de Filo-

sofia e Comunicação.Silva Helena Machuca, a déci-

ma colocada, foi a única a receber o prêmio pessoalmente, já que os outros finalistas não comparece-ram à premiação. A vencedora explicou que o conto premiado é biográfico, pois remete à morte de seu pai: “Esse é o conto que eu mais gosto, e receber um prê-mio por ele é muito gratifican-te”, comenta a premiada. Forma-da em Direito pela Unimep em 1992, Silvia disse que a literatura é sua segunda paixão: “Amo es-crever, e pretendo em breve lan-çar um livro com meus contos”, destacou Silvia.

Sabrina Franzol

Depois de 18 dias em contato com a cultura amapaense, a estudante do 6º semestre de história da Unimep, Ange-la Brolio, 31, transformou a experiência adquirida in loco no trabalho acadêmico Cultura e História do Brasil Mestiço: Re-flexões Oriundas da Experiência no Amapá – Operação Oiapoque do Projeto Rondon I.

Além de abordar a cultura mestiça da nação brasileira, o trabalho destacou a resis-tência e adaptação do povo às culturas ex-teriores incorporadas na cidade, movimento que é recorrente, já que todos os dias povos cedem espaços e se juntam a elementos “es-tranhos” ao que é considerado “matriz”.

Segundo Brolio, o trabalho, orientado pela professora Márcia Aparecida Lina Vieira, buscou a reflexão entre a teoria e

CONCURSO DE CONTOS E CRôNICAS PREMIA OS MELHORES TRABALHOS

a prática, na percepção de singularidades no município do Amapá. Essas singulari-dades surgem, segundo a aluna, “devido às diversas práticas culturais que emergiram de culturas diferentes que se encontraram nessas localidades, observação recorrente na história do Brasil.”

Ao observar as expressões da comuni-dade, como o Carimbó, gênero musical

Os 10 contos vencedores

1º Eduardo de Paula Nascimento – “Às margens do caminho do cais”

2º Victor Batista – “O peixe encantado”

3º Edivaldo Piaia – “Terminal Rodoviário”

4º Adriana Bovi – “Presente de Natal”

5º Eder Sander – “Esta rua que é minha e de todos”

6º Andre Condo – “A estafa”

7º Joaquim Bispo – “Colo”

8º Alex Agamo Barreto – “Castela”

9º Laura Leite Ferreira – “O fim é apenas um começo”

10º Silvia Helena Machuca – “A Hora do Angelus”

Culturas ancestrais e atuais criam identidade nacionalPesquisa apresentada no 13º Seminário de

Extensão discutiu a convivência de

diferentes culturas brasileiras

de origem indígena, e estudar obras como Brasil de Todos os Santos, de Ronaldo Vain-fas e Juliana Beatriz de Souza, Angela constatou a mestiçagem e a resistência que as tradições dos colonizados oferece-ram aos colonizadores.

Para Brolio, essa resistência existe e pode ser vista de vários jeitos, como na incorporação da música eletrônica nas

composições populares da região. A ban-da Calypso é um dos exemplos dessa união, mas há outras manifestações do tipo, assim como ocorre em nossa região. “A resistên-cia de práticas ancestrais se adapta às ad-versidades, e estabelece relações de solida-riedade através da proposta da convivência pacífica entre expressões culturais conside-radas distintas”, finalizou Angela.

Silva Helena Machuca foi uma das premiadas no VII Concurso de Contos e Crônicas promovido pelo NUC

Gustavo Annunciato

Angela e alunas da Unimep prontas para

dançar o Carimbó, arte estudada pelo projeto de

cultura amapaense

Angela Brolio

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edição 26 - dezembro/2011 7extensão

Cíntia Tavares

Educação Escolar: Direito de todos? Este foi um dos trabalhos apresentados durante o 13º Seminário de Extensão, atividade in-serida na 9º Mostra Acadêmica da Unimep. O artigo é de autoria das estudantes Eloisa de Toledo Cruz e Greice Kelly dos Santos da Faculdade de Ciências Humanas.

Segundo as estudantes, a pesquisa foi desenvolvida a partir da experiência de uma delas ao atuar na Casa de Acolhimento de Piracicaba - instituição que abriga crian-ças e adolescentes em situação de risco, tais como negligência, maus tratos e abusos por parte dos pais ou terceiros - presenciando a exclusão no dia-a-dia de crianças e adoles-centes que vivem em abrigo.

Eloisa não integrou a equipe que atuou no Projeto Rondon, embora sua pesquisa faça parte das apresentações do projeto à medida que também envolve a participa-

ção voluntária de estudantes universitá-rios na busca de soluções que contribuam para o desenvolvimento sustentável de comunidades carentes e ampliem o bem--estar da população.

Contudo, a orientadora do artigo e coor-denadora do projeto Rondon, Márcia Lima Vieira explica que, aliado a esta visão, o pro-jeto, que aconteceu durante o mês de julho de 2011, visa promover a integração social e aproximar os estudantes universitários da realidade do País.

Estudantes e professores desenvolveram ações voltadas para o trabalho educativo de formação de professores alfabetizadores e professores para a educação de jovens e adultos no Estado do Amapá. A coorde-nadora do projeto, Márcia Lima Vieira, explica que o grupo atuou com a realização de trabalho pedagógico e recreativo com crianças das diversas comunidades. “Fica-mos 17 dias no Amapá, tendo um dia de

Rafaela Gazetta

A Lenda da Zabelê, conto piauiense que tem como temática uma ver-são indígena de Romeu e Julieta,

serviu de inspiração na escolha do nome de mais uma operação do “Projeto Ron-don - Operação Zabelê”, formada por 16 integrantes, entre eles alunos da Unimep e Uni Curitiba (Centro Universitário Curitiba), além de dois coordenadores. Durante 15 dias a equipe esteve na cidade de Pimenteiras, no Piauí.

De acordo com Milene Franscischine-li, estudante de Farmácia da Unimep e autora do projeto Experiências na área de saúde em ação voluntária no município de Pimenteiras/PI, Operação Zabelê – Projeto Rondon, foi apresentado no último dia da 9ª Mostra Acadêmica durante o 13º Se-minário de Extensão, teve como objetivo contribuir para o desenvolvimento das regiões menos favorecidas do Brasil, por meio da participação de estudantes das Instituições de Ensino Superior.

Integração social através da Universidadeambientação e um dia de avaliação e encer-ramento em Macapá. Assim, nossa atuação no município é de 15 dias”.

Os rondonistas - como são chamados os professores e estudantes universitários que participam do projeto, trabalharam nas aplicações das atividades nas áreas de comunicação, cultura, direitos humanos e justiça, educação, meio ambiente, saú-de, tecnologia, produção e trabalho. Cada equipe foi composta por 10 rondonistas, sendo dois professores e oito alunos dos cursos de graduação.

Márcia ressalta que a composição de uma equipe multidisciplinar acontece de forma a atender as demandas do muni-cípio e as ações incluídas no plano de trabalho. A Unimep atuou no Conjunto A, que é “Cultura, Direitos Humanos e Justiça, Educação e Saúde”. Dessa forma, a proposta enfatizou a Formação de pro-fessores, agentes de saúde, merendeiras e

monitores do PETI e encontros com a comunidade, a juventude, os idosos e as crianças do município.

“O trabalho no município é sempre desenvolvido por duas instituições. Atu-amos com a Faculdade de Economia, Ad-ministração e Contabilidade (FEA) da USP Ribeirão Preto que assumiu o con-junto B de atividades, enfatizando as áreas de Comunicação, Tecnologia e Produção, Meio Ambiente e Trabalho”, destaca.

O Projeto é coordenado pelo Ministério da Defesa e todas as atividades são realiza-das com o apoio das Forças Armadas, que proporcionam o suporte logístico e a segu-rança necessária às operações. Recebe, ain-da, a colaboração dos Governos Estaduais, das Prefeituras Municipais, da União Na-cional dos Estudantes, de Organizações Não-Governamentais, de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público e de outras Organizações da Sociedade Civil.

ESTUDANTES LEVAM CONHECIMENTO E QUALIDADE DE VIDA AO PiAUí

Projeto de extensão acadêmica da Unimep, feito em parceria com Uni Curitiba, buscou melhorar a qualidade

de vida da população da cidade de Pimenteiras

Projeto Rondon desperta jovens universitários para ações sociais no país

“Exercemos atividades e propomos al-ternativas que beneficiassem as comuni-dades carentes com o intuito de atenuar as deficiências estruturais locais, contribuin-do, então, para o bem-estar da população”, explicou Franscischineli.

Além da formação dos agentes de saú-de e das merendeiras, a operação permitiu um encontro com os idosos, uma palestra sobre sexualidade, alcoolismo, cidadania e direitos humanos, além de um evento em praça pública, com exercícios de alon-gamento, explicação sobre hipertensão, diabetes, DST’s e atividades com crianças (gincanas, pintura de rosto, desenho), en-tre outras.

“Levamos novos métodos de ensino para os professores desenvolverem com seus alunos e ressaltamos a importância da valorização da cultura local, como, por exemplo, os cordéis”, afirma a aluna, que também acredita que “o povo nordestino, apesar das adversidades, é extremamente rico em felicidade, simpatia, acolhimento ao próximo e perseverança”.

Membro da equipe em moradia da população envolvida no projeto durante a entrega de panfletos para a divulgação das atividades do projeto

Acervo Pessoal - Equipe do “Projeto Rondon - Operação Zabelê”

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dezembro/2011 • edição 26 8 graduação

Ricardo Gonçalvez

O objetivo principal do 9º Simpósio de Ensino de Graduação foi ofe-recer oportunidade aos estudantes

para exposição de trabalhos acadêmicos, bem como os resultados desenvolvidos du-rante as atividades do curso de graduação.

A proposta foi agregar discussões de ex-periências vividas pelos discentes em suas áreas de atuação, e também em trabalhos desenvolvidos nas disciplinas do curso. Se-gundo a organizadora do evento e também professora Dra Rosana Macher Teodori, a participação com apresentações de trabalhos em uma Mostra Acadêmica enriquece o cur-rículo dos futuros profissionais gerando re-flexões entre alunos e ouvintes de maneira a contribuir para o processo de aprendizagem

Ricardo Gonçalves

Durante o Simpósio de Ensino e Gra-duação foram apresentados 507 trabalhos. Dentre os mais variados assuntos, as dis-centes Anny Eva Schwamback, do curso de Direito, e Laura Lemos, do curso de Design Gráfico, optaram por relacionar suas áreas ao tema principal da Mostra: Ambiente e Sustentabilidade: “Em um mundo mais consumista, as iniciativas sustentáveis não são uma opção e sim uma necessidade”, disseram as alunas.

Sob o tema Consumo Sustentável e Eco--Design: criando uma embalagem sustentá-vel para a Hering, a estudante do Curso de Design Gráfico Laura Lemos, desen-volveu uma embalagem para a camiseta básica da marca Hering de forma criativa atendendo o conceito de ecodesign. Se-gundo a estudante, uma embalagem com esse conceito se resume em três R’s da sus-tentabilidade: Reduzir, Reutilizar e Reci-clar. “O bacana do resultado da reciclagem é a possibilidade do produto se tornar o mesmo ou algo completamente diferen-te”, conclui.

A universitária, através do trabalho que levou cerca de duas semanas para o de-senvolvimento da embalagem, previu que a utilização de ecobags reduziria as sacolas plásticas, que demoram mais de 100 anos para se decompor. Com uma embalagem reciclável se aproveitaria tudo evitando o desperdício de materiais.

A estudante Anny Eva Schwamba-ck desenvolveu sua pesquisa com base no consumo sustentável e acredita que o consumo de maneira mais responsável e consciente deva partir de escolhas dos in-divíduos que exercem sua cidadania. Sua pesquisa abordou a questão da Agenda 21, que se refere à criação de um docu-

Felipe Abrahão

“A Educação Física precisa entrar em crise urgentemente”. Foi com essa frase de João Paulo Medina, estudioso e defen-sor de uma reflexão nas pesquisas da área da educação física, que foi ditado o ritmo dos trabalhos do 9º Simpósio de Ensino e Graduação, atividade integrante da 9ª Mostra Acadêmica da Unimep. Multi-disciplinares, os trabalhos de Educação Física abordaram desde a atividade em si, até danças, taekwondo, projetos expe-rimentais e relatórios de estágio.

O Simpósio não é somente um even-to de apresentação de projetos, mas também uma opção para treinamento da apresentação de trabalho de conclu-são de Curso. Márcio Antônio Giova-netti, por exemplo, aluno do 6º semestre do curso, apresentou dois trabalhos, um relatório de estágio e o projeto do Tra-balho de Conclusão de Curso.

“Aproveitei a oportunidade de apre-sentar na Mostra meu projeto antes de mostrar para a banca, podendo assim ver como estava meu desempenho e fazer  as possíveis correções dos meus erros”, enfatizou o estudante.

Arthur BelottoCarla Rossignolli

Quem passou pela Galeria da Unimep durante a Mostra Acadêmica pôde confe-rir a exposição de trabalhos desenvolvidos em sala de aula pelo curso de Design Grá-fico, da Facom (Faculdade de Comunica-ção e Artes). Os trabalhos foram produzi-dos nas disciplinas Design de Identidade e Ecodesign por estudantes do 2º e 4º semes-tre respectivamente. Os trabalhos expostos na galeria apresentaram a construção de marcas e de logotipos.

NovE ANos DE MOSTRA, NovE ANos DE SIMPóSIO DE GRADUAçãO

Temas do Simpósio de Ensino de Graduação abordam questões de conscientização no consumo sustentável e utilização de embalagens recicláveis

mento de 40 capítulos com participação de 179 países em um programa de ação que constitui a mais abrangente tentati-va já realizada de promover, em termos mundiais, um novo padrão de desenvolvi-mento, conciliando, métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência eco-nômica.

“O conceito de sustentabilidade se re-fere ao uso equilibrado de recursos natu-rais para suprir a necessidade da geração presente, sem afetar a possibilidade das gerações futuras de suprir as suas”. Disse a estudante que também complementa: “É possível, nós só conseguiremos chegar à sustentabilidade através das ações de ci-dadania”.

As apresentações provocam discussões e reflexões sobre o tema de maneira a conscientizar os participantes da Mostra Acadêmica sobre a importância de cui-dar do planeta. Dessa maneira, segundo a organizadora Rosana Macher Teodori, se fez o objetivo do Simpósio de Ensino de Graduação na discussão que estimulou novas ideias enriquecendo o aprendizado do grupo participante e a qualificação dos alunos da Unimep.

Sustentabilidade na Vida Acadêmica

Curso de Educação Física apresenta trabalhos Estudantes apontam como a Mostra Acadêmica pode ser um importante aliado na apresentação do TCC

Design Gráfico faz exposição

A estudante de Design

Laura Lemos desenvolveu

uma embalagem

para a camiseta básica da

marca Hering de forma

criativa e sustentável

atendendo o conceito de

ecodesign.

Rica

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Exposição de trabalhos desenvolvidos em sala de aula pelo curso de Design Gráf ico, da FACOM (Faculdade de Comunicação e Artes) apresentaram a construção de marcas e logotipos

Page 9: NP 26

edição 26 - dezembro/2011 9graduação

Saulo de Assis

Edgar Allan Poe, Farmville, Hamlet, Maquiavel e Jane Austen. Durante a apre-sentação das pesquisas do Curso de Letras no 9º Simpósio de Pesquisa e Graduação, esses foram alguns assuntos apresentados e debatidos por alunos e professores.

Os trabalhos da turma de Letras com Habilitação em Inglês foram feitos nesse idioma, tanto a parte escrita como a apre-sentação. “Pedi aos alunos que os apre-sentassem em inglês para que pudessem praticar o idioma”, disse Osvaldo Succi, um dos orientadores dos projetos.

Gisele Mendes, uma das alunas que apresentou sua pesquisa no Simpósio, considera que não conseguiu apresentar todo o conteúdo básico necessário para o

Luiz Felipe Leite

A China é atualmente a segunda maior economia do planeta. Com um PIB (Pro-duto Interno Bruto) superior a U$S 10 tri-lhões, a nação oriental desponta como uma das candidatas a liderar o ranking econômi-co mundial no futuro. A tarefa de mostrar um pouco essa realidade coube às alunas do 6°semestre do Curso de Negócios Interna-cionais da Unimep, Carolina Moretti, Sa-mira Rodrigues e Monique Gomes, em dois artigos apresentados durante o 9° Simpósio de Ensino de Graduação, orientadas pelo professor Cristiano Morini, coordenador do curso de Negócios Internacionais.

O primeiro trabalho apresentado pelo trio foi Como Negociar com a China: Di-cas Culturais, que apresentou os principais costumes da população da China. O ob-

NovE ANos DE MOSTRA, NovE ANos DE SIMPóSIO DE GRADUAçãO

jetivo do trabalho, segundo Carolina, foi mostrar como o estrangeiro deve se com-portar durante uma negociação com chi-neses. “A China vem se tornando um país cada vez mais forte, sendo assim, acredita-mos que o Brasil deva procurar entender e respeitar a cultura do seu parceiro a fim de sair na frente com relação à concorrência”, explica. Segundo a pesquisa, tudo come-ça pelo cumprimento, que ao invés de ser feito com as mãos, deve ser realizado in-clinando a cabeça em direção ao anfitrião. Outra recomendação é chamar o anfitrião pelo sobrenome, demonstrando respeito durante a negociação.

Inserida na OMC (Organização Mun-dial do Comércio) em 2011, a China tem se destacado como uma grande potência asiática. Este fato acabou gerando o se-gundo trabalho das estudantes, Made in

entendimento: “O fator crítico foi o ner-vosismo de apresentar ao público um tra-balho tão importante para mim, mas fi-quei satisfeita de modo geral”.

Heidi Beduschi, coordenadora da sessão, considera “importantíssimo que alunos e professores tenham um evento que lhes dá a oportunidade de divulgar e debater com outros colegas os trabalhos e experiências de ensino que vêm desen-volvendo com seus alunos”.  Segundo ela, é muito importante ao aluno a experiência de redigir um resumo de seu trabalho e tê--lo divulgado. “Além de se preparar para o futuro, ao se apresentar em um ambiente de colegas e outros professores do curso, o aluno se prepara para outros congressos e eventos”. Já Renata Colasante, coordena-dora do Curso de Letras (Habilitação em

Design Gráfico faz exposiçãoSegundo o coordenador do curso Re-

nato Elston Gomes, a melhor forma de o público conhecer os trabalhos dos futuros profissionais é uma exposição: “A Mostra Acadêmica é uma maneira ágil e rápida de expor as criações dos alunos para uma ava-liação do público”.

Os trabalhos produzidos na disciplina de Ecodesign ganharam ainda exposição na ses-são oral. “Essa disciplina é importante por aproximar a questão ambiental do designer. Para que se pense no uso e descarte de mate-rial, que é muitas vezes desperdiçado na área gráfica”, finalizou o coordenador do curso.

The book is NOT ONLY on the tableInglês), acredita que “o Simpósio seja o iní-cio da vida acadêmica de muitos alunos”.

Em relação ao que pode ser feito para melhorar a participação dos alunos nos próximos eventos, os entrevistados foram unânimes. O maior problema apontado pela coordenadora da sessão foi a pouca presença discente. “Falta nos alunos o companheirismo de apoiar os colegas que apresentam e a consciência de que estão perdendo a oportunidade de aprender e debater sobre outros assuntos que não aqueles de seu próprio curso”.

Renata Colasante parte do mesmo prin-cípio, acreditando que deva haver uma parti-cipação maior de alunos que não estão apre-sentando trabalhos. “Os alunos devem criar a consciência da importância deste evento para a Universidade e para eles próprios”,

China: O Segredo da Expansão Comercial. De acordo com o artigo, a abundância em mão-de-obra e recursos naturais da Chi-na justifica o sucesso do país asiático no mercado internacional.

Para Carolina Moretti, os trabalhos en-volvendo a China serviram para descobrir detalhes que o trio não tinha conhecimento. “Agora sabemos pelo menos um pouco da cultura chinesa no ambiente de negócios e como nos comportar durante uma negocia-ção”, comenta. A estudante ressalta que a maior dificuldade para realizar a pesquisa foi em relação às fontes, opinião compartilhada pelo professor Cristiano Morini, orientador dos trabalhos. “Falar sobre a China é difícil, se tratando das fontes, pois há muita de-sinformação sobre os temas abordados nos artigos. O objetivo foi reunir literatura sobre os assuntos”, relata Morini.

China: Importância econômica, política e cultural

Curso de Letras apresenta projetos científicos em inglês durante o 9º Simpósio de Pesquisa e Graduação

em cada área de formação.Apesar do tema da Mostra ser Ambien-

te e Sustentabilidade, outros temas também fizeram parte do Simpósio, como assuntos comportamentais, políticos e a viabilização de soluções tecnológicas dentro de cada área com vistas à sustentabilidade. “A necessidade do Simpósio também leva em consideração a perspectiva da política ambiental enquanto um sistema de valores e ações que visam a sustentabilidade e orientam as relações do sujeito com a sociedade no que diz respei-to às questões socioambientais”, completa a organizadora. Dentro das modalidades do Simpósio, os alunos puderam se inscrever em categorias como: Trabalhos de Conclu-são de Curso e Monografias, Projetos de Es-tágio, Projetos de Monitorias e Relatos de Experiências no Processo de Ensino.

Arthur Belotto

Alunos e professores discutem as ideias apresentadas durante o painel do Curso de Letras do 9º Simpósio de Graduação

Saulo de Assis

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dezembro/2011 • edição 26 10

Angélyca PaivaFernando GalvãoVladimir Catarino

O 19º Congresso de Iniciação Científica da Unimep recebeu neste ano o total de 100 tra-

balhos inscritos e apresentados na Mostra Acadêmica. Além de alunos da Unimep, estudantes de outras instituições também inscreve-ram pesquisas.

Ao todo foram 15 projetos premiados, entre eles o da aluna do 8º semestre do curso Ciência da Compu-tação, Mirela Teixeira Ca-zolatto, que ficou como 2º colocado na Área de Ci-ências Exatas e da Terra e teve o apoio financeiro da bolsa PIBIC/CNPq.

A estudante deu con-tinuidade a um projeto de um aluno de mestrado. Ele desenvolveu uma ferra-menta, chamada Kira, para auxiliar no ensino de Mine-ração de Dados. Após se fa-miliarizar com o projeto, Mirela trabalhou novos recursos na fer-ramenta. “Meu projeto teve como objetivo complementar uma ferra-menta que tem o intuito de auxiliar na aprendizagem da Mineração de Dados, que não é um assunto simples”, explica.

Segundo a estudante, desde que entrou na faculdade teve interesse pela Iniciação Científica e a oportunidade de participar de um projeto veio no segundo ano de curso. “Ao todo, participei de três projetos de Iniciação Científica, todos com pre-miações”. Para Mirela, esta como as ou-tras premiações representam a validação e reconhecimento de um trabalho que foi desenvolvido com seriedade e compro-metimento, juntamente com a orientado-ra e os envolvidos.

Por se tratar de um assunto complexo a orientadora e Profª. Drª. Marina Tere-sa Pires Vieira esclarece a importância da pesquisa da estudante: “A Mineração de Dados, que tem como objetivo extrair co-nhecimento novo e útil em grandes quan-tidades de dados, tem se mostrado um recurso importante e promissor. Porém, envolve um processo que não é trivial de ser aplicado. É importante ter uma ferra-

menta que auxilie a utilizar esse recurso. Esse é o objetivo da ferramenta Kira e do projeto da aluna”.

Além deste, o projeto da aluna Renata Nayara Zane, que teve por intuito elabo-rar o perfil socioeconômico da informali-dade comparando o comércio da Feira de Artesanato com o Camelódromo da cida-de de Piracicaba, também foi premiado.

O Prof. Dr. Francisco Constantino Crocomo, coordenador do Banco de Dados Socioeconômicos da Unimep, orientou o trabalho da aluna e explica sobre a importância do projeto para a

19º CONGRESSO DE INICIAçãO CIENTí FICA DA UNIMEP PREMIA 15 PROJETOS

O termo Iniciação Científica, de cara, parece assustar os estudantes. Afinal, pode remeter a algo pro-

fundamente complexo. No en-tanto, o monstro não é tão feio

e assustador o quanto parece. Segundo o Manual do Alu-no do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Pau-lo, Iniciação Cientifica é um instrumento que permite introduzir os estudantes na pesquisa científica. É a possi-bilidade de colocar o estudante, desde cedo, em contato direto com a atividade científica e

engajá-lo na pesquisa, servindo como incentivo

para realizar um projeto de forma teórica e metódica

permitindo o acesso a novos campos de conhecimento.Algumas instituições de ensi-

no superior utilizam a Iniciação Científica como forma de acesso a incentivos financeiros, propi-ciando bolsas de estudos, parciais ou integrais. Pode-se considerar a bolsa de iniciação científica como um instrumento abrangente de fomento à formação de recursos humanos, ainda segundo o manual.

As principais agências finan-ciadoras de projetos de iniciação científica no Brasil, através do oferecimento de bolsas anuais de incentivo à pesquisa, são o CNPq (Conselho Nacional de Desenvol-vimento Científico e Tecnológico) Pesquisa em nível Federal, através de seu Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, e as agências estaduais de fomento à pesquisa, como a Fapesp (Funda-ção de Amparo à Pesquisa do Es-tado de São Paulo) e Capes (Co-ordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior)

área de Ciências Econômicas, “A cons-tatação deste mercado informal, através de dados reais comparados com o de-bate a respeito do tema, é fundamental para o adequado ensino na área de Ci-ências Econômicas.”

A respeito do interesse dos demais alu-nos pela iniciação científica, o professor afirma: “A postura dos estudantes que par-ticipam de pesquisa, contagia seus colegas de classe. As apresentações dos principais resultados, que são presenciadas por cole-gas, sempre resultam em grande interesse dos demais alunos.”

A estudante Renata Zane foi uma das premiadas na área de Ciências Humanas e Sociais durante o 19º Congresso de Iniciação Científ ica

Fernando G

alvão

Atividade científica no Brasil

ciência

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edição 26 - dezembro/2011 11

19º CONGRESSO DE INICIAçãO CIENTí FICA DA UNIMEP PREMIA 15 PROJETOS

Josiane Joveli

O 19º Congresso de Iniciação Científica da Unimep, realiza-do durante a Mostra Acadêmi-

ca, teve sua cerimônia de premiação no Auditório Verde no dia 10 de novembro. O objetivo da Iniciação Científica e do evento é o de apoiar a formação de fu-

turos pesquisadores em todas as áreas do conhecimento. Foram apresentados os re-sultados finais dos Projetos de Iniciação Científica dos alunos de graduação, finan-ciados pelos Programas PIBIC/CNPq, PIBITI/CNPq, FAPIC/FAP-Unimep ou por outras agências de fomento, além de alunos voluntários.

A coordenadora de Pesquisa e Pós-

-graduação Rosana Macher Teodoti, falou sobre a importância dos alunos na participação nos projetos de iniciação à ciência: “A participação ainda é pequena, mas o trabalho de conscientização é feito a todo o momento na universidade”, disse a coordenadora. Para 2012, Todoti contou que os docentes também serão premiados em incentivo à Iniciação Científica.

Os premiados foram:

Área de Ciências Biológicas e da Vida:

Camila Piconi Mendes

Daiane Franciele de Oliveira Pietrobom

Luciana Bitencourt de Souza

Ellen Palmira Miranda de Camargo

Área de Ciências Humanas e Sociais:

Renata Zani

Samara Dilio Franzol

Fabio Fernando Verti

Vinicius Furlan

Elaine Priscila Gutierrez

Área de Ciências Exatas e da Terra:

Cassiana Elisabete Rivan

Mirela Teixeira Pagelato

Guilherme Fernando Carmelo

Camila Padovan Batista

Leticia Ferreira de Camargo

Bolsistas de Iniciação Científica são premiados durante Mostra Acadêmica

Alunos vencedores do 9º Congresso de Iniciação Científ ica recebem prêmio de melhores trabalhos de cada área

Gustavo Annunciato

ciência

Page 12: NP 26

dezembro/2011 • edição 26 12 pós-graduação

Nayara de OliveiraCaroline Solano 

Considerado pela Unimep como um evento diferenciado para que pesquisadores da universi-

dade e de outras Instituições de Ensino divulguem seus trabalhos científicos, o 9º Congresso da Pós-Gradução, apresentado durante a Mostra Acadêmica, teve 101 projetos inscritos nas mais diversas áreas de estudos. Administração de Empresas, Educação Física, Direito, Marketing de Relacionamento, Logística, Matemática, História, Educação, Ciências Biológicas e mais uma série de áreas fizeram parte das apresentações de pesquisadores, que ti-nham o mesmo intuito: se aprofundar em um tema e discutir a qualidade acadêmica de seu trabalho com outros pesquisadores e estudiosos.

Segundo a coordenadora geral da 9ª Mostra Acadêmcia, Rosana Macher Te-odori, as apresentações servem como pre-paração para os alunos que realizam as pesquisas a fim de buscarem a especiali-zação. “É uma oportunidade de apresen-tar resultados das pesquisas desenvolvidas nos cursos de mestrado e doutorado e dis-cuti-las com os pares, além de ser consi-derada uma produção para o mestrando/doutorando”, contou.

Cerca de 20 salas do bloco sete foram destinadas a dezenas de exposições reali-zadas durante os três períodos. Algumas com mais público, que outras, mas todas com muito conteúdo, resultado de pes-quisas a serem apreciadas, debatidas, re-pensadas e desenvolvidas.

Márcio Alexandre de Queiroz formado em Sistema de Informação abordou técnicas voltadas para interação homem e máquina durante o Congresso de Pós-Graduação

9º CONGRESSO DA PóS-GRADUAçãO TEVE 101 PROJETOS INSCRITOS

Pesquisadores da Unimep e de outras instituições aproveitaram o evento para mostrar o desenvolvimento de pesquisas em diferentes áreas do conhecimento

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Page 13: NP 26

edição 26 - dezembro/2011 13pós-graduação

Lucas CaloreRonald Gonçales

Durante o 9º Congresso da Pós-Gra-dução se destacou o projeto do profes-sor do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Unimep, César Romero Amaral Vieira, intitulado Entre a Memória e o Arquivo – Colégio Piracica-bano – 1881 – 1935.

A pesquisa, financiada pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimen-to Científico e Tecnológico) e apresenta-da na quinta-feira, 10 de novembro, teve como objetivo investigar a história do Colégio Piracicabano, instituição protes-tante de tradição metodista, fundada por uma missão norte-americana no ano de 1881. A pesquisa abrange a criação e a implantação da escola, (primeira institui-ção de ensino metodista criada no Estado de São Paulo) além de sua manutenção e evolução até o ano de 1935.

Vieira contou que a escolha do colégio como objeto de pesquisa se deu pela am-pla significação social no contexto local, regional e nacional, pela densidade histó-rica, familiaridade e proximidade regional dos pesquisadores com o objeto de pes-quisa, além de a instituição abrigar arqui-vos e acervos históricos em bom estado de conservação, o que facilita a localização dos materiais de consulta e dos dados ne-cessários à pesquisa.

“A intenção é a de reunir um número considerável de informações e investigar os processos que deram origem à forma-ção e à evolução dessa instituição, perce-bida como um sistema de práticas que se manifestam no processo de interação com

Nayara de Oliveira Caroline Solano

Com uma abordagem mais téc-nica e valendo-se de recursos tec-nológicos, o aluno de mestrado de Ciência da Computação, Márcio Alexandre de Queiroz, também deixou sua marca registrada duran-te o Congresso de Pós-Graduação. No 2º ano de estudo, e já formado em Sistema de Informação, o aluno abordou técnicas voltadas para inte-ração homem e máquina.

IHC (Interação Humano/Ho-mem Computador) é o tema do trabalho defendido pelo aluno, que apresentou a pesquisa cientifica in-titulada de Geração Automotizada de Interface de Usuário Baseado na Metodologia The Bridge. Confor-me apuração da reportagem, es-tas interfaces são os programas de computador pelos quais o homem se comunica com a máquina, através de comandos, e respostas dos sistemas, que reproduzem a “ordem” que lhe foi dada.

Para Queiroz, apresentar o proje-to de estudo no evento, que infeliz-mente não teve tanta adesão quanto o esperado, é uma forma do aluno testar previamente se a pesquisa possui uma boa estrutura, e qual a reação do público presente, como forma de avaliar antecipadamente o produto final.

“O congresso é uma excelente oportunidade para o aluno divulgar seu trabalho, como forma de fomen-tar a qualidade dele e também de criar defesas na apresentação para a futura banca”, finalizou Queiroz.

um contexto historicamente determi-nado”, afirmou Vieira, que responde pe-las questões teóricas e metodológicas da pesquisa. O trabalho conta também com a participação do professor da PUC–PR (Pontifícia Universidade Católica do Pa-raná), Peri Mesquida, que investiga a edu-cação feminina no Colégio Piracicabano.

O trabalho inclui outros pesquisadores: Reginaldo Plácido, doutorando em Edu-cação pela Unimep, foca-se na história do colégio. Já a mestranda do mesmo curso, Alline Basso Soares, estuda o processo de escolarização em Piracicaba. Thais Soa-res, graduada em História pela Unimep, discute a história a partir da imprensa. Por fim, o doutorando em Arquitetura e Urbanismo, Marcelo Cachioni, mergulha no universo da arquitetura escolar. Outros estudantes também participam do grupo de pesquisa do tema proposto pelo pro-jeto.

Vieira disse que a qualidade dos traba-lhos apresentados estava “bastante boa”, apesar da pouca participação do público.

“AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DO USUÁRIO NOS SERVIÇOS DE UMA FARMÁCIA MUNICIPAL DE PIRACICABA-SP”Autora: Milena Abdelnur Ruggiero Co-autora: Cláudia Fegadolli Orientadora: Tereza Mitsue Horibe Faculdade: FCH (Faculdade de Ciências Humanas)

“ENTRE A MEMÓRIA E O ARQUIVO: COLÉGIO PIRACICABANO - 1881-1935”Autor:César Romero Amaral VieiraFaculdade: FCH

“O NOVO ESPÍRITO CIENTÍFICO NA EPISTEMOLOGIA DE GASTON BACHELARD”Autor: Jesus de Souza Tavernard JúniorCo-autora: Ivone Oliveira Tavernard Orientadores: Elias Boaventura e Luzia Batista de Oliveira SilvaFaculdade: FCH

9º CONGRESSO DA PóS-GRADUAçãO TEVE 101 PROJETOS INSCRITOS

História do Colégio Piracicabano é investigada em pesquisa

A pesquisa, financiada pelo

CNPq, conta com a participação de um grupo de pesquisadores

“Percebo que as discussões e as temáticas propostas estão cada vez mais interessan-tes”. Segundo a professora do PPGE, Re-nata Cristina Oliveira Barrichelo Cunha, que também coordenou as atividades, os trabalhos apresentados na sessão (confira no box) tiveram ótimo andamento, com boa adesão dos pós-graduandos do PPGE, empenhados na socialização dos trabalhos.

“Nossos pós-graduandos têm sido in-centivados por seus orientadores a expo-rem as pesquisas, a fim de discuti-las com outros colegas, ampliando as reflexões e análises sobre elas”, afirmou Cunha. So-bre a pesquisa de Vieira, Renata afirmou ser um tema relevante, especialmente por trabalhar a história da educação na pers-pectiva da história da cultura escolar, atra-vés das práticas escolares.

versus

Relação entre Homem e Máquina é tema de pesquisa apresentada pelo curso de Ciências

da Computação

Homem

Máquina

Page 14: NP 26

dezembro/2011 • edição 26 14 pesquisa

Raphael Justino

O curso de Direito da Unimep pro-moveu quatro apresentações que fizeram parte da programação da

9ª Mostra Acadêmica realizada nos dias 8, 9 e 10 de novembro. O objetivo das ativi-dades foi mostrar, tanto para os estudantes quanto aos visitantes, a importância de co-nhecer processos do universo judicial.

As apresentações abordaram temas como Tribunal do Júri (realização de Júri simula-do), Juizado Especial Cível (conhecido como lei de pequenas causas), Pré-conciliação de direito de Família (que trata dos procedi-mentos relacionados aos interesses familia-res) e Laboratório de Práticas Jurídicas que abordaram o Direito Civil e Penal. Os es-tudantes tiveram a experiência de orientar interessados em receber os serviços.

O Tribunal do Júri serviu para os dis-centes se familiarizarem em como trami-ta a atividade de crimes dolosos contra a vida - como infanticídio, homicídio e latrocínio - julgados em um tribunal. A simulação contou com a participação de cerca de 100 pessoas entre estudantes, professores e populares que se interessa-ram em participar.

André Camargo Tozadori, professor responsável pela apresentação do Tribunal do Júri, informou que os alunos puderam aplicar a teoria aprendida em sala de aula numa experiência prática. “No Júri simu-lado eles puderam sentir o clima de um tribunal, desempenhando o papel de per-sonagens como juiz, jurados da sociedade,

promotores de justiça, réu e testemunhas. Esse trabalho é de vital importância na vida desses estudantes”, relatou o docente.

No juizado especial cível o objetivo foi o de orientar as pessoas sobre causas de acidentes de trânsito, cheques devolvidos, produtos em desacordo, relação comercial não vantajosa, ou seja, causas que podem ser resolvidas com uma conciliação. Já na pré-conciliação do direito de família, fo-ram realizadas orientações sobre as causas mais conhecidas da população como pen-sões alimentícias, adoção e divórcio.

Aluna do 8º semestre do Curso de Di-reito, Tamilis Santos da Silva, participou

Mariana Neves

Outro trabalho apresentado duran-te o 9° Congresso de Pesquisa foi A Família na Atenção Básica: Uma polí-tica econômica, escrito pela professora Dra Telma Regina de Paula Souza, da Faculdade de Ciências Humanas da Unimep. A pesquisa, que está em sua segunda fase, foi desenvolvida a partir de experiência realizada analisando a Educação Permanente de Saúde Men-tal na Atenção Básica.

Tony Corazza

A Mostra também englobou o 9° Congresso de Pesquisa da Unimep, evento no qual os docentes – da pró-pria instituição ou de outras - têm a chance de apresentar e compartilhar os resultados de suas pesquisas.

Este ano o Congresso apresentou 13 trabalhos de diversos assuntos, tais como, Aids, psicologia, economia, in-ternet, pedagogia e meio ambiente. Entre os que se destacaram está o de-senvolvido por Ismael Valentim que tratou o tema principal da Mostra Ambiente e Sustentabilidade. O pes-quisador co-relacionou a temática ao metodismo de John Wesley - funda-dor da Igreja Metodista - que revela-va desde o século 18 sua preocupação sobre questões ligadas à natureza e como ter uma vida mais sustentável.

Outro tema que também chamou atenção foi o da pesquisa desenvolvi-da por Maria Tomazzelo. O trabalho retratou a mediação pedagógica como tarefa do professor. Esta questão se compôs na pesquisa através da en-trevista com cerca de 120 professores na rede pública do ensino médio em diversas áreas do ensino, mostrando que a concepção de ‘’professor’’ está cada vez mais próxima do sentido eti-mológico: o de ‘’estar entre’’, no meio da relação aluno e saber.

A diversidade temática, além de contribuir para o conhecimento de todo público, também abre portas para trabalhos de pesquisadores – do-centes e discentes - de outras institui-ções. “A cada ano temos percebido um aumento da participação de externos nos diferentes eventos. No congresso de Iniciação Científica e de Pesquisa, temos recebido trabalhos de docentes e estudantes de instituições de ensi-no superior, públicas e privadas. Isso reflete o reconhecimento da Unimep na cidade e região e sua inserção na comunidade”, comenta Rosana Ma-cher Teodoti, coordenadora de Pes-quisa e Pós Graduação.

Política para a família na atenção básicaSouza destacou a importância e inter-

ferência das condições de saúde na qua-lidade de vida das pessoas, revelando que questões como moradia, emprego digno, estrutura sanitária, acesso à educação de qualidade e participação social devem es-tar aliadas ao Programa de Saúde da Fa-mília para que este faça sentido.

O cuidado que os profissionais de saúde têm com os pacientes, sejam eles crianças ou adultos, precisa ter continuidade em casa. Muitas famílias entendem a necessi-dade de se ter um cuidador frequente em

DIREITO REALIZA ATIVIDADES COM ALUNOS E POPULAçãO

como personagem de testemunha. “Tive a impressão de estar num tribunal real. Como estudante, acredito que a Mostra Acadêmica é uma grande oportunidade para expormos nossos trabalhos”.

Promotor de justiça na Capital há 16 anos e docente de direito penal há 20 na Unimep, Miguel Ciavareli, explicou que esses eventos estimulam a reflexão dos discentes. Na opinião do professor, a promoção do Júri Simulado dá aos estu-dantes a visão profissional da área. “Os estudantes saem com um repertório mui-to bom. A população também ganha com isso, principalmente as mais carentes”.

Alunos de Direito participam do Júri Simulado na 9ª Mostra Acadêmica

Apresentação de trabalhos do 9º Congresso de PesquisasRaphael Justino

casa, mas não possuem condições finan-ceiras para manter este profissional res-ponsável. Então, a responsabilidade passa a ser do familiar do paciente.

Ao final da pesquisa, a autora con-cluiu que a política de saúde é uma po-lítica econômica, e concorda quando al-guns políticos manifestam preferir abrir várias Unidades de Saúde da Família, que exige a contratação de apenas um médico generalista, do que uma Unida-de Básica de Saúde, onde é necessário contratar três médicos.

Page 15: NP 26

edição 26 - dezembro/2011 15tecnologia

Flavia Ribeiro

Durante a 9ª Mostra Acadêmica da Unimep, no Campus Santa Bárbara d’Oeste, aconteceu a 1ª Semana Tec-nológica da Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo (FEAU), que integra as atividades da Mostra Aca-dêmica. O evento contou com diversas oficinas e palestras. Segundo o vice--diretor da faculdade e organizador do evento, Roberto de Souza Junior, são vários os objetivos da semana. “Um de-les é possibilitar aos alunos um contato maior com as empresas e com as novas tecnologias que estão sendo utilizadas no momento”, contou.

Entre as atividades das oficinas, es-tavam apresentações da produção de biodiesel, reciclagem de papel, cons-trução de forno de pizza e fabricação de amaciante de roupas e detergentes. Também foram oferecidos aos estu-dantes minicursos e visitas técnicas a empresas. Nessa ocasião, os estudantes puderam apresentar pesquisas e proje-tos desenvolvidos ao longo do ano.

Além das atividades programadas para a semana, houve a celebração do Ano Internacional da Química. Du-rante o evento, foram feitas palestras voltadas a química, mostrando que tudo que usamos em nosso dia-a-dia é fruto de processos químicos.

Também houve o lançamento do par-que tecnológico, parceria da Prefeitura de Santa Bárbara com a universidade. Nesse convênio, há o investimento em laboratórios e vagas de estágio para os alunos da universidade. De acordo com o vice-diretor da faculdade, a parceria é importante, pois possibilita a visibi-lidade da FEAU em todos os meios, não só para empresas e indústrias, mas também para possíveis alunos: “Está dentre as nossas metas alcançar uma identidade da FEAU que seja comum a todos os alunos, docentes e funcioná-rios”, finalizou.

Fotos: Flávia RibeiroFlavia Ribeiro

Como na música da banda nacional Titãs, “a gente não quer só comida, a gente quer comida, diver-são e arte”. Assim, além de seminários, palestras, minicursos e apresenta-ção de trabalhos, os alu-nos também desfrutaram de momentos de descon-tração durante os inter-valos entre uma ativida-de e outra. Promovidas pela Pastoral Universitária, foram feitas recreações com os alunos da própria instituição, bem como apresentações de bandas formadas por estudantes do cam-pus para tocar no evento, proposta muito bem recebida pelos presentes.

Estudantes da FEAU mostram seus talentos e se divertem durante Semana Tecnológica

“Diversão e arte para qualquer parte”

Flavia Ribeiro

Entre as atividades da Semana da FEAU, foram apresentados traba-lhos que os alunos desenvolveram

durante o ano de 2010, como a apresenta-ção do projeto de ‘Substituição Parcial de Farinha de Trigo por Farinha de Berinje-la’, para produção de massa de macarrão, desenvolvido pelas alunas Kenia Nara da Silva e Débora da Silva Souza, do 8º e 6º semestre de Engenharia de Alimentos.

O projeto de Kenia e Débora surgiu por meio de um convite do aluno in-tercambista da Universidade Del Centro Educativo Latino Americano, em Rosário, Argentina. “Na UCEL, existe um con-curso anual de alimentos inovadores, o CEAIR (Concurso Estudantil de Ali-mentos Inovadores de Rosário). Procura-mos o coordenador do curso e uma pro-fessora especialista no assunto para nos ajudar a desenvolver o projeto”, contou Kenia. A pesquisa, pensada e criada pelas alunas, visou enriquecer o valor nutriti-vo da massa do macarrão, produto con-sumido por toda população do país. “A farinha de berinjela foi escolhida devido seus efeitos benéficos à saúde, como por

Campus Santa Bárbara apresenta 1ª Semana de Tecnologia

O som de bandas de diversos ritmos, como reggae, rock e sertanejo, cativou os que passavam pelo local à procura da pró-xima atividade. Para o aluno integrante do grupo de sertanejo Acústico S/A, Gabriel Dottori, do curso de Arquitetura e Ur-

banismo, a iniciativa foi muito importante para a faculdade, já que, além de motivar as bandas dos estudantes, incen-tiva a participação e o envolvimento do corpo discente na Semana de Tecnologia.

A iniciativa, além de motivar os alunos às ati-vidades musicais, possi-bilita um momento de descontração no meio acadêmico. “A iniciativa

chama as pessoas para a faculdade, por-que, além do conhecimento, proporciona a amizade e o divertimento através da música”, finalizou o estudante Luiz Feli-pe Pereira Araujo, integrante do grupo de reggae Jaya-Ho.

Alunas de Engenharia de Alimentos participam de concurso em universidade do exterior

MACARRãO ENRIQUECIDO

exemplo, a redução do colesterol”, desta-cou a estudante.

Além da participação na semana da FEAU, as alunas exibiram o projeto no exterior. Elas elaboraram a pesquisa, desenvolveram a análise sensorial para aprovação do público, fizeram um balan-ceamento nutricional e até criaram a em-

balagem. O passo seguinte foi a inscrição do trabalho no concurso da Universidade argentina. “A viagem foi uma experiência maravilhosa, nunca  tínhamos  saído do Brasil. Conhecer outra cultura foi muito bom, além da oportunidade de apresen-tar a Unimep e seus projetos para fora do país”, concluiu Kenia.

Débora Silva e Kenia Nara durante a produção de Massa Fresca, que substitui parte da Farinha de Trigo por Farinha de Berinjela

Banda Jaya-Ho, de alunos da Unimep, se apresenta durante a 1ª Semana Tecnológica da FEAU, no

campus de Santa Bárbara

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dezembro/2011 • edição 26 16 cultura

Michaella Frasson Vanessa Carvalho

Uma das discussões abordadas na 9ª edição da Mostra Acadêmica foi a constante batalha das pesso-

as com deficiências. Dois deficientes vi-suais e estudantes da Unimep abordaram os problemas enfrentados no cotidiano. Um dos palestrantes, o funcionário públi-co Wander Viana Santos, 40, cego há três anos, destaca que passou por grandes di-ficuldades, e acredita que a pior delas foi a depressão: “foi um período de angústia, não tanto pela perda da visão, mas por estar privado de minha liberdade e de meu tra-balho, para o qual não me deixavam voltar”.

Wander é voluntário da Avistar, asso-ciação sem fins lucrativos de assistência às pessoas com deficiências visuais, que sobrevive do apoio da sociedade, doações de empresas, ONGs, rifas e verbas muni-cipais. Criada em 2007, a entidade aten-de atualmente cerca de 40 usuários, entre crianças, adolescentes e adultos.

Quando o assunto é o braille e as novas tecnologias de informação, Santos afirma que o sistema de leitura não vai acabar, pois, mesmo com as tecnologias cada vez mais avançadas, o braille ainda é muito importante na alfabetização. “Quando se aprende somente escutando, não se tem a

noção exata da grafia das palavras, nem de sua pontuação. O braille, nesse ponto, se torna essencial, pois as crianças saberão es-crever corretamente as palavras”, afirmou.

Atualmente, a Unimep tem 20 alunos com alguma deficiência. Francisco Ro-mero, coordenador do NEPEP (Núcleo de Estudos e Programas de Educação Popular), destaca que a Unimep e outras universidades tem melhorado bastante o

Por meio de parcerias, Núcleo de Estudos e Programas de Educação Popular da Unimep promove inclusão de deficientes no meio acadêmico

Josiane Joveli A 9ª edição da Mostra Acadêmica, re-

alizada em todos os campi da Unimep, ecoou no dia 10 de novembro um som diferente, chamando a atenção do público que passava pela Capela do campus Ta-quaral. A palestra/concerto O Órgão de Tubos em cena, conduzida pelo maestro e professor Julio Amstalden, fez com que, após um hiato de cinco anos, o órgão de tubos funcionasse novamente para alu-nos do Curso de Música e a todos que participaram da apresentação.

Amstalden contou uma parte da his-tória desse tipo de órgão, que surgiu no

século II a.C. na cidade grega de Alexan-dria. Criado por um barbeiro chamado Ctesíbius, que se arriscava em criar enge-nhos mecânicos como atividade paralela. O instrumento surgiu com a ideia de me-canizar o sopro da Flauta, e foi construin-do sob uma caixa de argila, na qual foram instalados sete tubos de bambu, que den-tro continham dois barris de água.

Sobre o instrumento, Amstalden con-tou ainda que cada barril tinha em seu interior um êmbolo que, sob a pressão da água, movimentava-se, produzindo vento, armazenado num reservatório logo abaixo dos tubos de bambu. Ainda segundo o professor e maestro da Uni-

mep, Ctesíbius apertava com os punhos uma placa na base de casa tubo, permi-tindo que o ar passasse por dentro, e uma nota musical fosse assim produzi-da. Desse modo, foi inventado o primei-ro órgão da história.

Entre uma explicação e outra, o profes-sor apresentou Hinos Luteranos, de Bach, em três atos, fazendo com que o órgão de tubos, construído especialmente para a Capela do campus em 1995, emitisse um som que deixou todos os presentes encantados. Apesar de diversos concertos internacionais, era visível a emoção de Ju-lio, mesmo que para uma platéia pequena, mas encantada com o som.

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Após hiato de cinco anos, órgão de tubos soa novamente na Unimep

acesso dos portadores de deficiências nas faculdades. “Principalmente em se tratan-do de vias de acesso, banheiros e carteiras, mas ainda falta preparar melhor os labo-ratórios, os meios de estudo e o financia-mento, além da preparação de professores com logística e didática adaptada”, enfa-tizou.

O NEPEP existe na instituição desde 1983, mas em 2005 um grupo de pessoas

com deficiência procurou o núcleo buscan-do uma parceria para formar uma coope-rativa. O intuito era melhorar a condição de vida desses deficientes, e incentivar projetos nesse setor, como a experiência de economia solidária, da Associação das Pes-soas com Deficiência de Piracicaba e Região, constituída por deficientes de vários níveis.

Com sede em Piracicaba, a associação trabalha com projetos de educação popu-lar e economia solidária. Há a produção de tilápias nos tanques de um pesqueiro em Santa Rita, onde atualmente também há a produção de artesanato, projeto cha-mado Comunidade Arte e Vida.

A voluntária Caroline Vieira Sugahara, portadora de problemas motores, conhe-ceu o projeto por meio de outra pessoa com deficiência. Hoje, ela cuida da parte administrativa e da atualização do blog da associação. Sugahara explicou que cada pessoa tem um dom a ser explorado, e é exatamente o desenvolvimento das habi-lidades individuais que a associação in-centiva em cada participante: alguns pin-tam com a boca, por ter o resto do corpo paralisado, outros bordam, pintam com os pés e aprendem o artesanato em geral.

Na Mostra Acadêmica, a Unimep ce-deu o espaço para a Associação expor seus artesanatos, e o Núcleo contribuiu na or-ganização. “Para o NEPEP, foi um grande desafio lidar com a inclusão de pessoas com deficiência. A maior dificuldade foi incluir os excluídos, e fazer com que eles tivessem dignidade, consciência da sua força e do seu propósito de ser cidadão”, finalizou Romero.

Gustavo Annunciato

Julio Amstalden, maestro e professor da Unimep, toca órgão de tubos para platéia de estudantes e professores

Artesanatos feitos pela Associação das Pessoas com Def iciência de Piracicaba e Região, entidade auxiliada pelo NUPEP (Núcleo de Estudos e Programas de Educação Popular), da Unimep