Novos Valores e Novas Praticas Para o Design de Moda

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1 Novos valores e novas práticas para o design de moda: parcerias artesanato/indústria. New values and new practices for fashion design: handcrafts/industries Ana Mery Sehbe De Carli, Doutora em Comunicação e Semiótica, Docente (UCS), Isabel de Souza Cavalheiro Lain, Acadêmica (UCS), Paula Andrea Meirelles Brisotto, Acadêmica (UCS), Úrsula Rücker, Acadêmica (UCS). Resumo: O presente artigo relata parte do projeto de pesquisa Moda no terceiro milênio: novos valores e novas práticas, o qual está em andamento na Universidade de Caxias do Sul - UCS. Trata da implantação de oficina, para realização de protótipos de moda-vestuário e moda-casa, que utilizem o design e o artesanato em produtos inovadores, passíveis de produção industrial, e voltados para as necessidades e os desejos do mercado. O projeto pretende experimentar um modelo de tecnologia de gestão de projetos sustentáveis na área social, envolvendo a universidade, por meio de seus professores, alunos, técnicos e da infraestrutura; o Estado, mediante o apoio na compra de equipamentos; a comunidade de artesãos com seu conhecimento tradicional; as empresas com a parceria e investimento em projetos sociais. Palavras-chave: Design de moda. Sustentabilidade social. Artesanato. Abstract: This article describes part of a research project named: “Fashion in the third millenium: new values and new practices”, wich is taking place at the University of Caxias do Sul, UCS. It deals with organization of workshops to make prototipes of fashion apparel and home fashion, using design and handcrafts together, creating new products to attend needs and desires of the market. The project intends to experiment a model for a social sustainable managment, involving professors, students, techniques and infrastructure of the University; equipment provided by the government; artisans with their traditional knowledge; the companies with the partnership and investments in social projects. Key-words: Fashion design. Social sustainability. Handcraft.. Reconhecendo novos valores A produção artesanal da região da Serra gaúcha tem um saber-fazer especializado e de conhecimento ancestral valioso, porém é apegada ao costume, à repetição. Os produtos que estão à venda nas feiras normalmente estão ligados às atividades domésticas e, apesar do primoroso trabalho, não recebem a devida valorização no preço de venda. As carências importantes para o artesanato da região são: atualização, atenção às tendências da moda, parcerias com a indústria e informações que atendam às necessidades do mercado.

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    Novos valores e novas prticas para o design de moda: parcerias artesanato/indstria.

    New values and new practices for fashion design: handcrafts/industries Ana Mery Sehbe De Carli, Doutora em Comunicao e Semitica, Docente (UCS), Isabel de Souza Cavalheiro Lain, Acadmica (UCS), Paula Andrea Meirelles Brisotto, Acadmica (UCS), rsula Rcker, Acadmica (UCS).

    Resumo: O presente artigo relata parte do projeto de pesquisa Moda no terceiro milnio: novos valores e novas prticas, o qual est em andamento na Universidade de Caxias do Sul - UCS. Trata da implantao de oficina, para realizao de prottipos de moda-vesturio e moda-casa, que utilizem o design e o artesanato em produtos inovadores, passveis de produo industrial, e voltados para as necessidades e os desejos do mercado. O projeto pretende experimentar um modelo de tecnologia de gesto de projetos sustentveis na rea social, envolvendo a universidade, por meio de seus professores, alunos, tcnicos e da infraestrutura; o Estado, mediante o apoio na compra de equipamentos; a comunidade de artesos com seu conhecimento tradicional; as empresas com a parceria e investimento em projetos sociais. Palavras-chave: Design de moda. Sustentabilidade social. Artesanato. Abstract: This article describes part of a research project named: Fashion in the third millenium: new values and new practices, wich is taking place at the University of Caxias do Sul, UCS. It deals with organization of workshops to make prototipes of fashion apparel and home fashion, using design and handcrafts together, creating new products to attend needs and desires of the market. The project intends to experiment a model for a social sustainable managment, involving professors, students, techniques and infrastructure of the University; equipment provided by the government; artisans with their traditional knowledge; the companies with the partnership and investments in social projects. Key-words: Fashion design. Social sustainability. Handcraft..

    Reconhecendo novos valores A produo artesanal da regio da Serra gacha tem um saber-fazer especializado e de conhecimento ancestral valioso, porm apegada ao costume, repetio. Os produtos que esto venda nas feiras normalmente esto ligados s atividades domsticas e, apesar do primoroso trabalho, no recebem a devida valorizao no preo de venda. As carncias importantes para o artesanato da regio so: atualizao, ateno s tendncias da moda, parcerias com a indstria e informaes que atendam s necessidades do mercado.

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    A indstria txtil e de confeces do Rio Grande do Sul formada por um conjunto de 9.963 empresas, que geram 29.399 mil empregos no estado, segundo dados da Rais/Caged do MTE para o ano de 2006 e faturam cerca de R$ 1,2 bilhes anualmente. Os municpios que compem o Polo de Moda da Serra Gacha Caxias do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha, Guapor, Nova Petrpolis e Carlos Barbosa so economicamente importantes na regio; dados de 20081 contabilizam 879 empresas atuantes no setor, oportunizando 5.761 postos de trabalho; na sua maioria, so fabricantes de artigos de vesturio (508 empresas) e acessrios pera malhas (112 empresas). Em Caxias do Sul, existem 200 associaes que promovem o artesanato e outros servios manuais, e 90 clubes de mes cadastrados. A UCS implantou, h 18 anos, o curso de Tecnologia em Design de Moda, com o objetivo de atender demanda da comunidade empresarial de profissionalizar o setor txtil. Hoje, o desafio outro, o curso prepara-se para fortalecer o elo entre indstria, design e artesanato, seguindo a tendncia mundial de agregar diferencial ao produto seriado, e, ao mesmo tempo, promover aes sustentveis com carter social. Iniciativas no Brasil e no mundo tm mostrado que o trip indstria, design e artesanato podem resultar em produtos inovadores de moda-vesturio e moda-casa, com mercado potencial. Nas trs oficinas propostas neste projeto, ser possvel desenvolver tecnologias de gesto social, voltadas para a promoo dos artesos, em parceria com designers e com a indstria. A UCS, como instituio comunitria e atenta ao desenvolvimento sustentvel da regio, juntamente com seus cursos de design, pode abrir perspectivas para que o artesanato se torne competitivo e qualificado, atravs da informao sistematizada aos seus artesos. sustentabilidade social incluir os artesos no mercado de trabalho formal, valorizar seu trabalho e remuner-lo com preo justo. -

    1 Fonte: Elaborao PMCS/SDE com base nos dados do Relatrio Anual de Informao Social (Rais) do

    Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE), de 2006 e de 2008.

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    Muitos exemplos, nacionais e internacionais, de bons resultados podem ser elencados: - Coopa-Roca um projeto que busca integrar tcnicas artesanais valiosas das artess da Favela da Rocinha (RJ), aos processos industriais. Segundo depoimento da arte-educadora Tet Leal, coordenadora executiva da Coopa-Roca, o primeiro clique foi perceber que grande parte das mulheres da Rocinha so do Nordeste e dominam tcnicas artesanais valiosas, o que nos levou a organizar a cooperativa. O segundo clique foi reconhecer na moda um mundo de oportunidades e ter conscincia de que, para ampliar o impacto desse trabalho, era preciso associar as tcnicas artesanais txteis a processos industriais. A Coopa-Roca tem, aproximadamente, cem cooperativadas e desenvolve projetos em moda, design e arte, com parceiros como: Osklen, M. Officer, Irmos Campana e outros. - Piracema,2 projeto da designer Heloisa Crocco, busca a aproximao entre o design e o artesanato, por meio de um conjunto de aes, como: seminrios tericos, trabalhos prticos e vivncias criativas, que envolvem designers, artesos e estudantes. O objetivo instrumentaliz-los para uma troca de saberes, trazendo para o design o conhecimento da tradio, e para o artesanato sua ampliao como atividade sustentvel. O Projeto Piracema: Vivncia no Japalo, depois de aulas tericas, prticas, experimentaes criativas, pesquisa, visitas de percepo, estudos de diagnstico e as vivncias, que so imerses em comunidade de artesos, desenvolveu belssima coleo de produtos com capim dourado do Japalo. - Ronaldo Fraga3 faz parte do projeto Talentos do Brasil, coordenado pelo Ministrio do Desenvolvimento Agrrio (MDA). O objetivo do projeto aproximar designers e artesos, promovendo incluso social, abrindo frentes de trabalho e ainda revisando nossos valores culturais. Ronaldo Fraga trabalha com trs dos 15 grupos que compem Talentos do Brasil, so eles: Coxim ( pele de peixe) no Mato

    2 Disponvel em: < http://rosenbaumdesign.wordpress.com/2009/07/10/vivencia-capim-dourado/ > Acesso em:

    27 de jan. 201.

    3 Disponvel em: < http://roanldofraga.com/blog/?p=105 > Acesso em 06 abr. 2010.

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    Grosso do Sul; Paraba ( renda labirinto) e em So Borja (l e crina de cavalo) no Rio Grande do Sul. O resultado das oficinas apresentado ao pblico dos diferentes lugares. E depois, as peas so comercializadas nas lojas do designer em So Paulo e Belo Horizonte. O prprio Ronaldo Fraga assina seu compromisso com o social:

    Cada pea ter um tag especial com nome do grupo, localidade e artes que a desenvolveu. Esta a forma que encontrei para trazer a um pblico qualificado os produtos desenvolvidos por grupos que possuem, ainda, grande dificuldade de distribuio e comercializao de tanta coisa linda, emocionante e singela. [...] So trabalhos lindos, elegantes e sofisticados. A renda labirinto e o bordado do agreste paraibano, o couro de peixe em bolsas e acessrios do Pantanal e a crina de cavalo e l do rio Grande do Sul.

    - A Univens, Cooperativa de Costureiras Unidas Venceremos, fundada em 1996, uma cooperativa que trabalha no ramo da confeco, no bairro Sarandi Porto Alegre, e conta com vinte e cinco associadas. Esse empreendimento, baseado nas ideias da economia solidria, est em pleno funcionamento e integra hoje a Justa Trama, cadeia nacional de cooperativas reunidas para a produo de manufaturados feitos a base de algodo orgnico. A matria-prima colhida no Cear, fiada e tecida em Minas Gerais, e distribuda para os Estados de So Paulo (produo de roupas infantis), Santa Catarina (artesanais), e Porto Alegre (roupas em srie, na Univens). Ainda em Rondnia so produzidos botes e adereos com sementes do algodo. (TORALLES, 2004). - O consrcio Natural Fashion, fundado em 2000, em Campina Grande, Paraba formado por empresas de confeco e tecelagem. Desenvolve produtos de moda feminina, masculina, infantil, decorao e acessrios. Seus produtos tm o toque do artesanato; so ecolgica e socialmente corretos, pois incentivam a agricultura familiar, utilizam mo de obra de cooperativas, de clubes de mes e associaes de bairros da periferia do municpio. A coleo desenvolvida com sementes modificadas, que, na origem, do colorao ao algodo, evitando impacto ambiental dos processos de tingimento. Sobressaem na coleo os tramados e

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    as rendas da tradio nordestina, com o toque necessrio de tendncias internacionais de moda.

    - Manos del Uruguay, 4 uma cooperativa de tricoteiras do Uruguai que existe a 40 anos e conseguiu com persistncia agrupar as artess do interior do pas, em torno de uma criao diferenciada tric feito mo e reconhecida em mbito internacional. Essas artess, donas de precioso saber tradicional, eram relegadas ao ostracismo, at organizarem-se para a valorizao do seu trabalho e sua autovalorizao, como consequncia. O artesanal inicia na fiao, passa pela tintura da l, que, por sina, consegue cores maravilhosas, chegando aos bluses, xales e gorros para o frio. Uma das prioridades da entidade manter as trabalhadoras nas suas vilas ou cidades, mantendo os genunos laos com seu hbitat. Por isso, a logstica de distribuio dos servios, em 33 localidades distintas, que compem as 17 cooperativas que contam com aproximadamente 5.000 cooperadas, sempre foi um trabalho complexo, realizado por uma equipe. A Manos tem seis lojas prprias no Uruguai e conta com clientes reconhecidos no mundo da moda, como: Marc Jacobs e Donna Karan. (GARCIA, C., 2009, p.61).

    Outro destaque na Amrica Latina tambm apontado por Garcia (2009, p.62) o casal Carolina Restrepo e Jean Edouard Trommer, que introduziu atravs do artesanato com design uma nova forma, mais harmnica de convivncia social. A cooperativa Puro Corazn, 5 surgiu quando o casal inteirou-se do projeto que buscava eliminar a violncia domstica na cidade de Ayacucho, nos Andes peruanos. A partir da gerao de renda com o uso de tcnicas tradicionais (pachtwork e bordados) aplicadas a produtos e acessrios de moda. O design social de incluso motivou no s as mulheres como os homens. Acreditamos em inteligncia intuitiva e espontaneidade. Temos f nas pessoas e em que colocaro seu talento com honestidade onde houver chance, diz Carolina Restrepo.

    4 Disponvel em: www.manos.com.uy. Acesso em:

    5 Disponvel em: www.mipurocorazom.com . Acesso em:

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    Propondo novas prticas Reconhecendo a potencialidade de desenvolver um trabalho conjunto com os arteso da cidade, e levantando experincias de sucesso no Brasil e no mundo, o curso de Tecnologia em Design de Moda inicia um trajeto no campo da moda e sustentabilidade social. O primeiro passo foi a realizao de trs oficinas com alunos, como forma de sensibilizao. Um contedo novo, relatando iniciativas desenvolvidas em diversos pontos do planeta, salientando outras ticas possveis para a moda, libertando-a da exclusividade das tendncias e novidades da estao, foi apresentado aos alunos. (DE CARLI, 2009, p.26). Assim, as duas primeiras oficinas trabalharam design voltado para a reutilizao de peas de moda-vesturio second hand, ou em desuso. A terceira desenvolveu colees de moda-vesturio e moda-casa, unindo design e croch. Os produtos resultantes foram apresentados e comercializados em desfile-bazar e feira-bazar. O segundo passo est representado pelo projeto que apresentamos a seguir, e est sendo realizado na UCS (infraestrutura), com apoio da Secretaria de Cincia e Tecnologia do Estado do Rio Grande do Sul (mquinas e equipamentos), da Prefeitura Municipal de Caxias do Sul e do Polo de Moda da Serra Gacha (oficineiros, transporte e materiais). O objetivo do projeto implantar oficina de pesquisa e desenvolvimento de prottipos de moda-vesturio e moda-casa, que contemplem o artesanato como valor agregado, possibilitando novas experincias e tecnologias de gesto de projetos de moda sustentveis no mbito social. Apresentam-se, ainda, objetivos especficos como: a promoo da troca de saberes entre o design, o artesanato e a indstria, resultando em produtos diferenciados que contemplem: inovao, demanda de mercado e originalidade do artesanato; interao dos alunos e professores com novas praticas na moda, que potencializam o reconhecimento da responsabilidade social das empresas, como valor percebido pelos consumidores. A pesquisa pretende realizar trs oficinas envolvendo 15 oficineiros cada uma, selecionados entre os Clubes de Mes, a Associao de Artesos e as

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    Costureiras do Banco do Vesturio, registrados nas secretarias da municipalidade. A seleo ser feita pelos rgos da prefeitura (Coordenadoria da Mulher, Secretaria do Desenvolvimento Econmico, FAS) que apoiam os trs grupos. Os critrios de seleo adotados sero o conhecimento e a prtica dos oficineiros com as formas de artesanato, apontadas por empresrios e designers da moda, em pesquisa realizada pela coordenadora do projeto. Na primeira oficina, que est em desenvolvimento, e dever ser executada nos meses de junho, julho e agosto, foram apontados os seguintes itens do artesanato regional: aplicaes como flores, laos, bordados e bichinhos; tcnicas como croch, macram e pachtwork.

    Oficinas de prottipos O projeto se desenvolve, segundo as premissas do Projeto Piracema, da designer Heloisa Crocco, que busca a interao de artesos e designers em projetos que atendam para a permanncia da tradio e da memria da cultura regional, bem como para a dinmica econmica e sociocultural da populao, desenvolvendo novas possibilidades para a comercializao e insero no mercado atual, de produtos revigorados simblica e funcionalmente. Com base nessas premissas, o presente projeto projetou seminrios tericos que abordam a histria, o desenvolvimento, a funo caractersticos dos artesanatos e visitas a museus e/ou a stios ricos em valores regionais. Assim, os designers, artesos, acadmicos e professores estaro mais motivados e instrumentalizados para a troca de saberes, trazendo para o design o conhecimento da tradio e, para o artesanato, sua ampliao como atividade sustentvel. O desenvolvimento dos prottipos segue a metodologia do design de moda. Parte-se da identificao da oportunidade para moda e sustentabilidade, trabalhando moda e artesanato. Cientes do envolvimento de participantes de afazeres diversos, prope-se um primeiro encontro de interao. Nesse encontro, cada um expe sua especialidade e se disponibiliza troca de conhecimentos para a execuo de projeto conjunto. Segue-se a pesquisa de materiais, tendncias,

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    tecnologia, vocaes regionais, identidade regional, etc. Escolhe-se o tema da coleo e, com base nas informaes colhidas em empresas, chega-se ao mix de produto. Desenham-se os croquis e monta-se o quadro de coleo; segue a modelagem e execuo dos prottipos com o acompanhamento da tcnica da oficina de costura e com as professoras de modelagem plana e moulagem. So elaboradas as respectivas fichas tcnicas e, finalmente, lana-se a coleo para demonstrao, convidando empresrios do ramo. Cada oficina se divide em trs partes: o seminrio pr-desenvolvimento, o desenvolvimento de produtos e a apresentao da coleo. Esses trs momentos acontecem em 13 encontros. I- Pr-desenvolvimento: quatro encontros - interao: design/artesanato/indstria (atividade motivacional e integradora); - palestra: Trabalho em equipe: colaborao e comprometimento;: - seminrios tericos: histria, desenvolvimento, valor, funo e caractersticas dos artesanatos regionais e potencialidades do artesanato; novas proposies em projetos conjuntos com empresas; - visitas de percepo, reconhecimento de traos da culturav: museu e/ou stio rico em tradio e vivncias do cotidiano (artes visuais, culinria, msica, arquitetura, objetos, ornamentos, festas, dana, canto, elementos decorativos etc.); II- Desenvolvimento de produtos: sete encontros - oficina de criao e desenvolvimento de produtos. Planejamento e cronograma, sistematizao da pesquisa, tema de coleo, mix de produtos, seleo de cores, materiais e aviamentos, croquis, quadro de coleo, seleo e confeco de prottipos; fichas tcnicas, entre outros. III- Apresentao dos resultados: dois encontros - Lanamento dos produtos; - Reunio para relatrio e feedback.

    In process A expresso significa trabalho em andamento, em processo com previso de concluso em agosto de 2011, depois de realizadas trs oficinas. Assim, a

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    coordenao, juntamente com a equipe de professores e bolsistas da pesquisa, selecionou os equipamentos que devero ser comprados; garantiu o apoio logstico da prefeitura; contatou empresas de confeco tendo apurado os artesanatos de maior interesse; convidou designer e professora de artes para participarem da primeira oficina, com tcnicas de criao; e finaliza o cronograma das aulas. As bolsistas esto, no momento, pesquisando sobre os artesanatos, preparando apresentaes e apostilas. A equipe est visitando museus locais e stios importantes de tradio e cultura, para a organizao das visitas a serem realizadas pelos oficineiros. Depois de realizada a primeira e segunda oficinas, teremos a satisfao de relatar as experincias e seus aspectos positivos e negativos, no 7 Colquio de Moda, em 2011, pois acreditamos que trabalhos sustentveis social, ambiental e economicamente no campo da moda precisam multiplicar-se. Teremos o prazer de trocar com outras universidades, outros grupos e ONGs projeto que funcionam.

    Bibliografia BARRETO, Suzana. O paradoxo do design sustentvel na moda: diretrizes para sustentabilidade em produtos de moda e vesturio. In: DE CARLI, A.M. Modas. Caxias do Sul, RS: Educs, 2010. No prelo.

    CROCCO, Heloisa. Projeto Piracema. In: DE CARLI, A.M. Modas. Caxias do Sul, RS. Educs, 2010. No prelo.

    COOPA ROCA. Viso que constri. Agenda Sudameris, 2007. Concepo: Thynus Branding e Scriba comunicao Coorporativa.

    GARCIA, Carol. Tramando visibilidades. In: Dobras. Revista: vol. 3 numero 7, outubro 2009. Barueri, SP: Edio das letras e cores, 2009.

    DE CARLI, Ana Mery Sehbe. Sustentabilidade uma prtica no ensino de moda. In: Dobras. Revista: vol. 3 nmero 6, junho 2009. Barueri, SP: Edio das letras e cores, 2009

    DOBROVOLSKI, Ricardo L. Perfis de desenvolvimento sustentvel: quantificao e anlise espacial para o Rio Grande do Sul. In: ROMEIRO, Ademar Ribeiro. Avaliao e contabilizao de impactos ambientais. Campinas: Unicamp, 2004.

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    LIPOVETSKY, Gilles. Metamorfoses da cultura liberal. Porto Alegre: Sulina, 2004.

    MANFREDINI, Mercedes et al. Design de uma identidade: dinmica cotidiana na produo e representao da identidade regional. IN: De Carli, A.M. Modas. Caxias do Sul, RS. EDUCS, 2010. No prelo.

    NATURAL FASHION. Disponvel em: www.naturalfashion.com.br . Acesso em: 06 abr. 2010.

    TORALLES, Mauro, O Espolio do frum . Zero Hora, 30 de jan. 2010, p. 14, tema: Poltica.

    Currculos Resumidos Ana Mery Sehbe De Carli. Doutora em Comunicao e Semitica, PUCSP, 2007. Professora do Centro de Artes e Arquitetura da Universidade de Caxias do Sul, cursos de Design de Moda e Bacharelado em Tecnologias Digitais. Coordenadora das pesquisas Milmodas - Moda no terceiro milnio: novos valores e novas prticas e Promoda: Oficina de prottipos de moda-casa e moda-vesturio. Publicaes: O Corpo no Cinema variaes do Feminino, 2009. Sensacional da Moda, 2002; Palavra Prima: as faces de Chico Buarque (0rg.), 2006; Tropiclia: gneros, identidade, repertrios e linguagens (Org), 2007, entre outros artigos e captulos na rea de semitica, da moda, e da cultura.

    Isabel de Souza Cavalheiro Lain. Aluna do curso de Tecnologia em Design de Moda da UCS, monitora do projeto de pesquisa Promoda: Oficina de prottipos de moda-casa e moda-vesturio. Curso Bsico em Costura Industrial na modalidade de iniciao profissional, Escola de Educao Profissional SENAI, Jos Gazola

    rsula Rcker Aluna do curso de Tecnologia em Design de Moda da UCS, bolsista do projeto Milmodas: Moda no terceiro milnio: novos valores, novas prticas. Aluna do curso de estamparia com Neiva Zorzi.

    Paula Andrea Meirelles Brisotto Aluna do curso de Tecnologia em Design de Moda da UCS, monitora do projeto de pesquisa Promoda: Oficina de prottipos de moda-casa e moda-vesturio. Coordenadora voluntria do projeto Tric - Bairro Esplanada, Caxias do Sul, julho/2009. Oficina de flores da Mundiflores (EUA). Trabalhos de tric para a designer Fabula Angonese, desfile Iguatemy Fashion, janeiro de 2009