Novos Rumos nas Relações dos Gestores e Prestadores: Desafios para os Diversos Atores LUIZ MARIA...
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Novos Rumos nas Relações dos Gestores e Prestadores:
Desafios para os Diversos Atores
LUIZ MARIA RAMOS FILHOCOORDENAÇÃO DE REGIÕES DE SAÚDE
CRS/SES/SP SET/09
CONCEITO DE SISTEMA DE SAÚDE
FONTE: MENDES (2002)
Os SISTEMAS DE SAÚDE são as respostas
sociais, organizadas deliberadamente para
responder às necessidades, demandas e
representações da população, em determinada
sociedade e em certo tempo.
São um conjunto de atividades cujo propósito
primário é promover, manter e restaurar a saúde
dessa população.
OBJETIVOS DOS SISTEMAS DE SAÚDE
FONTE: MENDES (2002)
ALCANCE DE UM NÍVEL ÓTIMO DE SAÚDE, DISTRIBUÍDO DE FORMA EQÜITATIVA
A EFICIÊNCIA DOS SERVIÇOS DE SAÚDE
A GARANTIA DE UMA PROTEÇÃO ADEQUADA DOS RISCOS PARA TODOS OS CIDADÃOS
ACOLHIMENTO DOS CIDADÃOS
A EFETIVIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE
MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE
FONTE: MENDES (2007)
Os modelos de atenção à Saúde, são
configurações que os Sistemas de Saúde
adquirem, em determinado tempo e lugar, em
função da visão prevalecente da saúde, da
situação demográfica e epidemiológica e dos
fatores econômicos e culturais vigentes, com a
finalidade de articular, singularmente, as
intervenções de saúde em diferentes momentos
da história das doenças.
Organização - Componentes Isolados
Organizado por níveis hierárquicos
Orientado para a atenção a condições
agudas
Voltado para Indivíduos
O sujeito é o paciente
Reativo
Ênfase nas ações curativas
Cuidado profissional
Planejamento da oferta
Financiamento por Procedimentos
MODELOSFRAGMENTADOS X INTEGRADOS
Organização - Contínuo de Atenção
Organizado por uma rede poliárquica
Orientado para a atenção a condições
crônicas e agudas
Voltado para uma população
O sujeito é agente de sua saúde
Proativo
Atenção Integral
Cuidado Multiprofissional
Planejamento da Demanda
Financiamento por Capitação
FONTE: FERNANDEZ (2003);MENDES (2007)
SISTEMA INTEGRADO DE ATENÇÃO À SAÚDE: Atributos Essenciais
População e território definidos, amplo conhecimento das
necessidades e preferências de saúde que determinam a oferta de
serviços de saúde;
Grande diversidade de pontos de atenção, atuando na promoção,
prevenção, diagnóstico e tratamento oportunos, reabilitação e
cuidados paliativos, todos sob um coordenação;
Uma Atenção Primária que atue como porta de entrada do sistema,
que integra e coordena o cuidado e que resolve a maioria das
necessidades de saúde da população;
Organização de serviços especializados ambulatoriais em lugar
mais adequado;
Existência de mecanismos de coordenação assistencial por todo o
continuo da atenção;
FONTE: OMS, 2008
Cuidado de saúde centrado no indivíduo, famílias e comunidade;
Sistema de governança participativo e único para todo o
sistema;
Gestão integrada dos sistemas administrativos e de apoio
clínico;
Recursos humanos suficientes, competentes e comprometidos
com o sistema;
Sistema de informação integrado e que vincula todos os
membros do sistema;
Financiamento adequado e incentivos financeiros alinhados com
as metas do sistema;
Ação intersetorial ampla. FONTE: OMS, 2008
SISTEMA INTEGRADO DE ATENÇÃO À SAÚDE: Atributos Essenciais
PAPEL DA SECRETARIA DE SAÚDE
Essas situações colocam para as Secretarias Estaduais de Saúde o
papel preponderante de coordenador e indutor de um novo modelo
de atenção voltado para o atendimento das necessidades da
população.
Plano Estadual de Saúde
Colegiados de Gestão Regional
Termos de Compromisso de Gestão
Programação Pactuada e Integrada
Regulação
Redes de Atenção
Fortalecimento da Atenção Primária
Programas Especiais de Financiamento
Ambulatório Médico de Especialidades
Carta ao Usuário do SUS
Capacitação de RH
Parcerias com Universidades
1. Ampliação do acesso da população, redução de desigualdades regionais e aperfeiçoamento da qualidade das ações e de serviços de saúde
2. Garantia da eficiência, qualidade e segurança na Assistência Farmacêutica e nos outros insumos para a saúde
3. Investimento e melhoraria dos serviços próprios de saúde estaduais4. Gestão da educação e do trabalho no SUS5. Controle de riscos, doenças e agravos prioritários6. Desenvolvimento de serviços e ações de saúde para segmentos da
pop mais vulneráveis aos riscos de doença ou com necessidades específicas
7. Incentivo a ações de promoção em saúde8. Fortalecimento da participação da Comunidade e do Controle Social
na Gestão do SUS9. Tecnologias e Inovações em Saúde
PLANO ESTADUAL DE SAÚDE E PLANO OPERATIVO 2008
Processo integrado - Comissão Intergestora Bipartite
Pactuação de Indicadores e Metas – mar/07
Oficinas Regionais nos DRS – abr a jun/07
estrutura preliminar do PES e desenvolvimento do
Pacto pela Saúde
construção das Regiões de Saúde e dos Colegiados de
Gestão Regional
Consolidação e incorporação ao PES das contribuições
regionais
CONSTRUÇÃO DO PLANO ESTADUAL E DO PACTO PELA SAÚDE
Construção dos Termos nos Colegiados de Gestão Regional –
ago a out/07
Homologação do Termo de Compromisso de Gestão Estadual
e de 410 Termos de Gestão Municipal –nov/07
Aprovação no Conselho Estadual do Termo de Compromisso
de Gestão e Plano Estadual de Saúde – dez/07
CONSTRUÇÃO DO PLANO ESTADUAL E DO PACTO PELA SAÚDE
Produtos obtidos
Pactuação no âmbito regional propiciou a identificação e
explicitação dos problemas prioritários em cada região e
definição de prioridades
Planejamento com Municípios de ações estratégicas para
compor a versão final do PES
Composição dos Colegiados de Gestão Regional
DRS e Colegiados ajustarem diretrizes, metas e indicadores
Construção colegiada dos Termos de Compromisso de
Gestão Municipal do Pacto pela Saúde – 643 municípios
CONSTRUÇÃO DO PLANO ESTADUAL E DO PACTO PELA SAÚDE
Elaboração do Plano Operativo anual 2008 do PES
Eixos = Programas
Diretrizes Estratégicas = projetos e subprojetos
Expectativa – reorganização do trabalho e ajustes
estruturais
Relatórios Trimestrais submetidos ao CES para
monitoramento
Avaliação em set/08
Planejamento para 2009
CONSTRUÇÃO DO PLANO ESTADUAL E DO PACTO PELA SAÚDE
COLEGIADOS DE GESTÃO REGIONAL
As regiões de saúde – definição do Pacto
...”Recortes territoriais (territórios político-administrativos e
territórios sanitários) inseridos em um espaço geográfico
contínuo...”
identidade sócio-econômica e cultural
Infra-estrutura de transportes e comunicação social
(fluxos assistenciais)
compatibilização de economia de escala e equidade no
acesso
recorte em média complexidade
Descentralização: conforme a pactuação
475 municípios – serviços próprios
77 hospitais passaram para gestão Municipal
Fim da dupla gestão (Onco e TRS - retornaram para Município ou mantiveram-se sob gestão estadual).
Programação Pactuada e Integrada – set/07 a out/08
Regulação – complexos reguladores
Cada prestador responde apenas a um gestor
Estado: regulação das referências
Regulação do acesso conjunta nos municípios c/ prestadores sob gestão municipal e estadual
NOVOS RUMOS
Implantação das Redes de Atenção à Saúde
Qualificação da Atenção Básica – Coordenação, Financiamento (transferência fundo a fundo -
CIB de 03/08)
Reformulação “Pró Santas Casas II “
Rede de Ambulatórios Médicos Especializados – AME – assistência e regulação pelo CGR
Carta ao Usuário do SUS
Cursos de Especialização em Gestão Pública de Saúde
Parcerias com Universidades
NOVOS RUMOS
DESAFIOS
Integração dos processos desencadeados – perspectivas estadual
e regional
Gestão do sistema – gestão regional, redes com foco em escala/
qualidade, papel da Atenção Básica – coordenação do sistema
Apoio aos DRS e municípios junto aos CGR – planejamento
regional - diversidade do Estado
Relação público/privado – saúde suplementar, ações judiciais.
Apoio aos novos gestores
Planos de Desenvolvimento Regional (2009/2010)
“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”
Fernando Pessoa