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Cidade Jornal da Informativo mensal – Junho de 2011 – Ano I - Nº 6 – www.sjc.sp.gov.br NOVO SITE FACILITA A COMUNICAÇÃO ENTRE OS CIDADÃOS E A PREFEITURA. PÁGINA 2 r BULLYING O que é isto, companheiros? PÁGINA 10 r LOTEAMENTOS Nova lei torna mais rápida regularização PÁGINAS 4 e 5 r CAMPANHA Temperatura baixa, solidariedade cresce PÁGINA 9 No trânsito, vira vítima quem corre e quem se descuida Campanha nas ruas alerta que o excesso de velocidade e falhas humanas são as principais causas de acidentes com carros, motos e pedestres PÁGINAS 6 E 7

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aInformativo mensal – Junho de 2011 – Ano I - Nº 6 – www.sjc.sp.gov.br

NOVO SITE FACILITA A COMUNICAÇÃO ENTRE OS CIDADÃOS E A PREFEITURA. PágINA 2

r BULLYINg

O que é isto,companheiros?

PágINA 10

r LOTEAMENTOS

Nova lei torna mais rápida regularização

PágINAS 4 e 5

r CAMPANHA

Temperatura baixa,solidariedade cresce

PágINA 9

No trânsito, vira vítimaquem corre e quem se descuida

Campanha nas ruas alerta que o excesso de velocidade e

falhas humanas são as principais causas de acidentes com carros, motos e pedestres

PágINAS 6 E 7

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Respeito é bom e todos merecem

O respeito humano como práti-ca do cotidiano. Esta é uma das for-mas de interpretar boa parte desta edição, recheada de reportagens que ressaltam atitudes e sentimen-tos que não podem ser esquecidos no dia a dia. Afinal, esse é o ingre-diente principal para desenvolver as relações humanas em qualquer ambiente, estimular a convivência e melhorar a vida em comunidade.

É o mínimo que se deve praticar, por exemplo, ao circular por ruas e avenidas, seja a pé, ou pilotando moto ou bicicleta, seja guiando car-ros, ônibus ou caminhões. Afinal, o país vive uma verdadeira epidemia de acidentes nas cidades e nas estra-das. A cada ano, o trânsito provoca milhares de mortes e faz outros mi-lhares de pessoas perderem a capa-cidade de se mover e de trabalhar.

São José vem fazendo a sua parte com medidas, campanhas e projetos para reduzir o risco de acidentes. O êxito dessas iniciativas foi reconhe-cido no país e no exterior, como demonstram as premiações rece-bidas pela equipe da Secretaria de Transportes. E mais ainda será feito no esforço de educar para o trânsito seguro, fiscalizar o cumprimento das leis e alertar para que todos evitem riscos desnecessários.

É na solidariedade e no respeito humano que se encontra o melhor caminho para a solução de inúmeros problemas.

a cidade é sua

AUDIêNCIA PARA BAIRROS DA zONA NORTE SERá DIA 6

Será no dia 6 de julho, a partir das 19h, a audiência pública que reunirá o prefeito, os secretários municipais e os moradores de diversos

bairros da zona norte da cidade. A reunião de trabalho será na Escola Municipal Dosulina de Andrade, no bairro Altos de Santana.

ueditorial

Jornal da Cidade

Informativo mensal da Prefeitura de São José dos Campos | Editado pela Secretaria de Governo | Coordenação editorial e imagens: Departamento de Comunicação Social | Jornalista responsável: Andréa Martins | Cartas: Rua José de Alencar 123Vila Santa Luzia | CEP 12209-530 – São José dos Campos - SP | Telefone: 55 (12) 3947-8235 |E-mail: [email protected] | www.sjc.sp.gov.br

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www.sjc.sp.gov.br

Ficou ainda mais fácil saber das novidades e utilizar mais de 90 servi-ços que a Prefeitura de São José dos Campos coloca à disposição via inter-net. É para isto que foi desenvolvido o novo site oficial do município, que está no ar desde 18 de junho. Agora, o cidadão precisa dar menos cliques e gasta menos tempo para chegar à informação que deseja. E navega com segurança porque o site tem certifica-ção digital, o que torna mais segura a transmissão de dados.

“Seguimos todos os conceitos e padrões do programa de Governo Eletrônico Brasileiro, que é uma es-pécie de cartilha com recomendações para garantir a eficiência da comuni-cação pela internet entre os poderes públicos e o cidadão”, diz a editora Rúbia Muttini. Ela informa que o novo site utiliza software livre, um progra-ma gratuito que tem o código fonte aberto e que, por isso, pode ser alte-rado conforme o desejo do usuário. “Nós fizemos várias modificações para adaptar o sistema às necessidades da Prefeitura e dos cidadãos”, diz Rubia.

As mudanças foram desenvolvidas durante os últimos dez meses por es-pecialistas em informática e em web, além dos jornalistas responsáveis pe-las assessorias de imprensa das secre-tarias municipais. Foi preciso revisar integralmente mais de 7.250 arquivos de páginas do site original, reorgani-zar e atualizar informações, definir e padronizar o visual. Uma equipe de oito técnicos, todos da Prefeitura, gastou 4.152 horas de programação e 3.880 horas de trabalho no desen-volvimento, criação, elaboração e ho-mologação de conteúdo.

O site continua limpo, mas as ima-gens são maiores, o menu está mais simples e objetivo e há novos ícones, os símbolos que foram criados para

Novo site da Prefeitura torna mais segura a comunicação e facilita o acesso dos cidadãos às informações e aos serviços on-line

funcionar como atalho e facilitar o acesso aos programas e aos servi-ços. Há também um espaço para in-clusão de vídeos, por meio do qual será possível ver as campanhas insti-tucionais e acompanhar a cobertura ao vivo de eventos especiais, como palestras e seminários. E a partir de agora todos os servidores da Prefei-tura passam a contar com serviço de intranet por meio do site.

A busca de dados ficou mais completa e permite localizar qual-quer documento contido no site. Para quem navega, qualquer texto pode ser compartilhado com outro internauta por meio das redes so-ciais – basta clicar no ícone respec-tivo e a informação logo estará no Twitter, no Youbute, no Orkut ou no Facebook. Pessoas com deficiência

Respeito ao outro, também está na base da Campanha do Agasalho, com a qual se pretende arrecadar 300 mil peças de roupas, calçados e cobertores para distribuição a famí-lias carentes da cidade. Ressalte-se o exemplo de voluntários e organi-zações sociais e o papel daqueles que, além de doar material, envol-vem parentes e filhos no clima da campanha e os estimulam a adotar atitudes solidárias.

O mesmo ocorre com os Círculos Restaurativos, desenvolvidos pela Secretaria de Educação em 20 esco-las e praticados na Fundação Hélio Augusto de Souza. São ações que previnem situações de violência e ajudam a restaurar relacionamentos prejudicados por causa da prática do bullying. De novo, é na solidarie-dade e no respeito humano que se encontra o melhor caminho para a solução de inúmeros problemas.

A página principal do novo site, que mostra São José para o mundo

130 milÉ o número de acessos

ao site da Prefeitura realizados por mês

visual poderão aumentar o tamanho das letras e o contraste das cores e, em breve, os textos poderão ser li-dos em todo o mundo em inglês e em espanhol.

Na página dedicada ao Cidadão, há uma lista “de A a Z”, com todos os serviços prestados pela Prefeitura com ajuda da internet. Os itens es-tão dispostos em ordem alfabética e com indicação específica daqueles que estão disponíveis on-line e po-derão ser utilizados em tempo real. Entre esses serviços, estão a emissão de certidões e formulários, a atuali-zação de endereços de contribuintes e as operações fiscais entre a Prefei-tura e os contribuintes, o registro de atividades econômicas, a emissão de guias de pagamento de impostos e, em breve, da nota fiscal eletrônica.

90É o número de serviçosà disposição do cidadãopor meio do site oficial

Veja a lista dos serviços mais procurados no site da Prefeitura

1 Horários e itinerários de ônibus2 Vagas de emprego no PAT3 Concursos na Prefeitura4 Consultas de processos5 Licitações

Campeões de audiência

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AnoteTodo o distrito de São Francisco Xavier

está em áreas de proteção ambiental.

A ocupação do solo é orientada pelo

zoneamento elaborado pela Fundação

Florestal, ligada à Secretaria estadual

de Meio Ambiente. A Secretaria de

Desenvolvimento Econômico do município

desenvolve no distrito projetos de assistência

técnica aos produtores para:

criação de peixes e de abelhas

criação de cabras e de bovinos;

agroindústria e alfabetização

Para mais informações: 3947-8513

a cidade é sua

SÃO JOSé VENCE OUTRA VEz O DIA DO DESAFIO

São José venceu mais uma vez o Dia do Desafio, conseguindo mobilizar mais pessoas do que a cidade de Ensenada, no México. Foi a décima primeira vitória em 17 anos de participação na disputa organizada pelo Sesc. Esse ano, com o lema “Você se mexe e o mundo mexe junto”.

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Retratos de São Francisco

São 32 mil hectares de área montanhosa ocupada, na maior parte, por matas e rios, cheia de ma-nanciais e com grande diversidade ecológica. O território, fora do cen-tro urbano, está dividido em 1.200 propriedades rurais, cerca de 200 chácaras de recreio e nada menos que 550 pequenos lotes distribuídos em treze núcleos urbanos – o maior deles é o Bairro dos Ferreiras, com 200 imóveis. Esses são dados pre-liminares do diagnóstico fundiário que servirá para o cadastramento dos imóveis rurais e elaboração dos planos de desenvolvimento do dis-trito de São Francisco Xavier.

O levantamento foi feito por uma equipe de seis técnicos – topó-grafos, engenheiros, agrônomos e advogados – da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), ligada à Secretaria Estadual de Justiça. A pesquisa, que começou em maio de 2010 e terminará em outubro, foi contratada pela Secre-taria de Desenvolvimento Econômi-co. O objetivo é reunir informações que Prefeitura de São José dos Cam-pos precisa para definir políticas e projetos para desenvolver a região e evitar agressões ao meio ambiente.

O responsável técnico pelo diag-nóstico é o advogado Thiago Fran-cisco Neves Gobbo, do Itesp, que está concluindo o primeiro relatório técnico. Ele explica que a pesquisa utilizou imagens de satélites, car-tas topográficas, equipamentos de topografia e GPS para localizar os imóveis e orientar os técnicos no trabalho de campo. Nessa etapa, o principal interesse é mapear as pro-priedades rurais com mais de vinte mil metros quadrados, que é a ex-tensão mínima permitida para par-celamento do solo na região.

Gobbo informa que mais de 40% dos proprietários entregaram à equipe do Itesp cópias dos docu-

Com imagens de satélite e gPS, Prefeitura e Itesp fazem o primeiro levantamento das propriedades rurais de São Francisco Xavier para planejar o futuro do distrito

Todo o distrito, visto em imagem de satélite, está em área de preservação ambiental

Thiago Francisco, do Itesp

mentos de posse da terra e acredita que na próxima etapa o porcentual chegue a 70%. A análise dos dados vai fornecer um diagnóstico da situação fundiária do distrito e, no futuro, poderá ajudar os donos dos sítios no processo de re-gularização da documentação junto ao Incra e à Prefeitura. Com os títulos de-finitivos, os produtores terão acesso a créditos e incentivos de programas go-vernamentais.

O representante do Itesp revela que sua expectativa inicial era a de encon-trar apenas 600 imóveis rurais no distri-to. “Localizamos praticamente o dobro (1.100), e isso demonstra que é preci-so agir rápido para que a ocupação da região não fuja ao controle.” Com esse

trabalho, o Itesp constatou também o crescimento expressivo da quantidade de chácaras de recreio em São Francis-co Xavier – hoje, já existem perto de 200 imóveis com menos de 20 mil metros quadrados que funcionam como se-gunda residência dos proprietários.

Para facilitar o acesso a todos os imóveis, a equipe contou com o apoio da subprefeitura do distrito, que distri-buiu folhetos explicativos nas escolas, para que as crianças avisassem seus pais sobre o trabalho do Itesp. Tam-bém foi necessária a ajuda de um guia com bom conhecimento da região para acompanhar os técnicos em todas as visitas. Em cada propriedade, os mo-radores responderam um questionário

simples sobre o histórico do local, formas de uso da terra, benfeitorias, tipos de cultura e a produção agro-pecuária.

As informações serão incluídas em mapas digitalizados e poderão ser cruzadas com outras disponíveis no IBGE e nos bancos de dados da Prefeitura. Um primeiro estudo re-comendado ao Município pela equi-pe será sobre os 13 núcleos urbanos identificados na região. “Conhecer a realidade do distrito é essencial para planejar o uso dos recursos naturais e orientar as atividades econômicas, como o turismo ecológico, para que não haja agressões ao meio ambien-te”, finaliza Thiago Gobbo.

1.100É o número de

propriedades ruraisem São Francisco

35É o número de

pousadas abertasem São Francisco

3.852É a população dodistrito de acordocom o censo 2010

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Famílias do Jardim Mesquita serão as primeiras beneficiadas com novo método de regularização de loteamentos feita pelo Cartório de Registro de Imóveis, por iniciativa da Prefeitura

Programa utilizao cinema para atrair os idososO projeto Cine Maior Idade foi lançado neste mês em São José. Criado em 2006 pelo governo do Estado, o programa contribui para a promoção do bem-estar de pessoas com mais de 60 anos de idade, utilizando como instrumento a linguagem cinematográfica. Mais que uma sessão de cinema, o Cine Maior Idade visa o desenvolvimento de trabalhos socioculturais pelos idosos, tendo como pano de fundo os temas abordados nos filmes selecionados. Além de filmes nacionais de grande interesse, o projeto tem atividades de reflexão, inserção social, estímulo à memória, integração familiar e debates. São José é o primeiro polo do projeto no Vale do Paraíba e as ações serão desenvolvidas com os frequentadores da Casa do Idoso.

utome nota

nossa cidade

Novas lumináriaseconomizam 20%de energia no PaçoTodas as luminárias do prédio do Paço Municipal foram trocadas para permitir uma economia de 20% no consumo de energia elétrica, que chega a custar R$ 130 mil por ano. A EDP Bandeirante assumiu integralmente os custos da instalação, orçada em R$ 310 mil, aproveitando uma linha de crédito a fundo perdido que a empresa dispõe para projetos de interesse social. Foram trocadas 2.250 luminárias em todos os andares. As novas são mais econômicas que as anteriores porque utilizam um modelo de calhas com revestimento espelhado, que reflete melhor a luz e aumenta o foco de luminosidade. Assim, foi possível utilizar lâmpadas fluorescentes de menor potência e menor custo.

Criação de cabras ressurge com o apoio do Proder Criadores de cabras assistidos pelo Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) já estão colhendo os resultados do trabalho iniciado há cerca de um ano. A equipe de extensão rural da Prefeitura orienta dez produtores sobre as melhores práticas de manejo, melhoramento genético e produção e venda de leite, queijo e outros subprodutos.

CAMPANHA IMUNIzA ANIMAIS CONTRA RAIVA E AFTOSA

A campanha de vacinação imunizou 5.746 bovinos contra a febre aftosa e 2.020 contra a raiva em propriedades rurais de São José. Cada produtor pagou apenas R$ 1 por vacina. Quem não vacinou o rebanho poderá ser

notificado e multado em R$ 80 por animal.

Renda do Baile da Cidade será para entidadesO Fundo Social de Solidariedade vai sortear entre 60 entidades sociais a renda do Baile da Cidade, evento que marcará as comemorações dos 244 anos de fundação de São José dos Campos. O baile será no dia 23 de julho no Clube Luso Brasileiro, terá um jantar e o cantor Lulu Santos como atração principal. Todas as despesas de organização do evento serão cobertas com patrocínio de 27 empresas da cidade e, assim, o dinheiro obtido com a venda dos convites será destinado às entidades sociais. Os convites estão à venda no Fundo Social de Solidariedade, que funciona no Parque da Cidade, em Santana.

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nossa cidade

Cidade fica em alerta e já adotaplano de combate às queimadas

Começou a temporada de combate às queimadas. A Prefeitura intensificou a fiscalização e a notificação de proprietários de lotes e terrenos baldios para que seja feita a limpeza e instalação de cercas. Haverá ações de conscientização, campanhas nas escolas, UBS, comércio e zona rural, com a participação da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, EDP Bandeirante e outros parceiros. Em 2010, 44% das notificações foram sobre queimadas e o Corpo de Bombeiros atendeu mais de 700 ocorrências.

“É o sonho realizado” – comemorou Solange Aparecida Camilo Martins, que vive há 16 anos no Jardim Mesquita e só agora vai receber a documentação referente ao terreno e poderá regula-rizar o imóvel. No local, há um total de 95 lotes, a maioria deles ocupada por construções onde moram pelos me-nos 200 pessoas. O bairro é o primeiro beneficiado por um processo de regu-larização mais rápido, providenciado pela Prefeitura com amparo de uma nova legislação federal e realizado di-retamente pelo Cartório de Registro de Imóveis.

A história desse loteamento é seme-

A um passoda escritura

Solange Aparecida, agora mais feliz na casa que terá

documentação regularizada

lhante à de vários outros abertos sem autorização do município. No início, a área de 45 mil metros quadrados foi dividida por um loteador que não era dono do terreno, mas ofereceu seus serviços ao proprietário, sem providen-ciar documentos nem licença do Poder Público. Quem comprou chácaras, pi-cou a área em lotes – muitos deles fora do gabarito – e revendeu com base em acordo verbal ou contrato de gaveta. Um dia, o proprietário da área original sentiu-se prejudicado, entrou na Justiça e obteve a reintegração de posse.

Os moradores ficaram apavorados. “Imagina, de repente, chegar um oficial de justiça dizendo que a gente teria 30 dias para deixar nossa casa?”, conta So-lange. Os moradores se organizaram e conseguiram um acordo judicial para continuar no local. No local, foram de-finidas áreas de preservação e de uso público, e elaborado o projeto de aber-tura de ruas e praças. O final feliz des-sa história está próximo: começa com a regularização dos lotes em cartório, depois serão emitidas as escrituras de-finitivas.

“Teremos finalmente um documen-to que prova que a casa é da gente”, diz Solange. Depois do Jardim Mesquita,

outros loteamentos seguirão o mes-mo caminho. Nesses casos, conforme está previsto na lei federal, o cartório entrega ao ocupante do imóvel uma permissão de uso por cinco anos e, após esse prazo, fornece a escritura definitiva. O exemplo de São José dos Campos tem servido a vários municí-pios, que enviaram técnicos para co-nhecer o programa e adotar os mes-mos procedimentos em suas cidades.

Esse método só passou a existir em 2010, quando uma nova legis-lação permitiu que as Prefeituras, dentro das condições definidas pela lei, recorressem diretamente aos car-tórios de registro de imóveis para regularizar documentos de proprie-dade e a venda e compra dos lotes. Trata-se de um processo mais rápido, mas a tramitação feita por meio da Corregedoria de Justiça da Comarca continua obrigatória em diversos ca-sos, principalmente quando não há acordo entre as partes ou divergên-cias de medidas e divisas.

Para loteadores e compradores, tudo continua como antes. Todo lo-teador que pretenda lançar um em-preendimento precisa atender as recomendações previstas em leis fe-

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Os interessados em obter uma planta

popular na Prefeitura devem dirigir-se à

Secretaria de Habitação, que fica no 3º

andar do Paço Municipal.

Para pedir a planta popular é preciso:

l Cópia do documento de

propriedade do terreno

l Cópia do CFP

l Cópia da carteira de identidade

l Comprovante de renda, ou declaração de

renda acompanhada da carteira de trabalho

Mais informações pelo telefone: 3947-8161

Anote

Região sul ganha ciclovia e lazer com reforma de praças A Prefeitura urbanizou as praças Aldo Pires, no Parque Industrial, e Octávio Nogueira, no Conjunto 31 de Março, além da área pública na Rua Antônio Rosin, no Conjunto Residencial Morada do Sol, todos na região sul. A Praça Aldo Pires recebeu uma academia ao ar livre com aparelhos de ginástica. Está em construção uma ciclovia com 3.420 metros, do Residencial União até o D. Pedro I.

SOS Fauna fará resgate de animais silvestresO programa SOS Fauna pretende resgatar animais silvestres em todo o município, em especial os que forem vítimas de acidentes nas estradas ou de tráfico e maus tratos. O serviço é uma parceria com o Instituto Ecológico e de Proteção aos Animais (IEPA), escolhido por licitação, e que atua desde 1998 no salvamento e a reabilitação de animais silvestres.

BANCO DE LEITE HUMANO PRECISA DE DOADORAS

O Banco de Leite Humano do Hospital Municipal precisa aumentar o cadastro de doadoras de leite materno, que é distribuído para mães carentes e que não têm leite suficiente para alimentar os filhos recém-nascidos. Nos últimos meses, a procura aumentou, mas o número de doadoras baixou de 373 para 241.

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derais, estaduais e municipais, além de obedecer os critérios de uso do solo. Os técnicos da Secretaria de Habita-ção do município alertam que o não cumprimento dessas normas constitui crime. E para quem procura um lugar para construir sua casa, é melhor to-mar alguns cuidados antes de com-prar, porque o sonho da casa própria pode virar pesadelo.

De má fé, especuladores chegam a lotear terras sujeitas a deslizamentos e inundações, e até áreas de prote-ção ambiental, à beira de matas, rios e córregos. Eles tentam explorar pes-soas que, por precisarem de moradia, aceitam o risco de comprar terrenos sem documentação e sem infraestru-tura. Além dessa insegurança, quando o loteamento é irregular, a ocupação dos espaços costuma ser desordena-da, sem respeito a critérios urbanís-ticos, os serviços públicos demoram para chegar e a vida vai ficando muito mais difícil.

Foi assim ao longo de décadas. Quase cem loteamentos irregulares surgiram em São José dos Campos nesse tempo. Em 1997, foram criados mecanismos permanentes de fiscali-zação para evitar novas ocupações ir-regulares. Atualmente, a Secretaria de Defesa do Cidadão tem uma equipe de fiscais que percorre a cidade diaria-mente e também verifica as denúncias recebidas. Nos casos comprovados, o fiscal notifica o proprietário e orienta para ele procure a Prefeitura e obte-nha a licença de construção. Se a obra não for regularizada e, ainda assim, continuar, a construção poderá ser demolida ou o material pode ser apre-endido.

Bairro Limpo orienta sobre uso dos PEVO programa Bairro Limpo começou em 1º de junho. O objetivo é extinguir os pontos clandestinos de descarte dos resíduos da construção civil e ampliar a utilização dos Pontos de Entrega Voluntária (PEV). Um grupo de 79 membros da Cooperativa Futura passa a receber, separar e armazenar os resíduos nos sete PEV já instalados na cidade.

Quando o sonhoda casa própria pode se tornar pesadelo

Até o ano passado, a le-gislação determinava que a regularização de loteamen-tos somente poderia ser feita na Justiça, por meio de ações da Prefeitura junto à Corregedoria de Justiça da Comarca. Por este caminho, os prazos para a análise de cada etapa são longos e há espaço amplo para apresen-tação de recursos que segu-ram o andamento dos pro-cessos – até aqui, nenhum deles chegava ao fim em menos de oito anos.

Ainda assim, houve evo-luções importantes. Pelo menos 24 áreas consegui-ram vencer a maior parte da tramitação judicial e já têm leis municipais que autori-zam a regularização defini-tiva – nesses casos, os pro-prietários já podem obter na Prefeitura a autorização de construção.

A Secretaria de Habita-ção recomenda que, antes de comprar um terreno, o interessado verifique se a documentação está em or-dem, se o lote é registrado no cartório de imóveis e se o loteamento foi autorizado pela Prefeitura.

A dica dos técnicos é que cada um fique atento, porque o que agora pare-ce barato, pode sair muito caro depois. Quase sem-pre, o preço muito baixo é sinal de que alguma coisa está errada. Para se ter uma idéia, o valor de um lote de 125 metros quadrados num loteamento popular aprovado pela Prefeitura e com toda infraestrutura fica em torno de R$ 30 mil. Um lote irregular pode estar à venda por R$ 5 mil ou por pouco mais que isso.

Quem tem terreno em lotea-mento popular regularizado ou que tenha lei específica autori-zando a regularização, pode ir à Prefeitura e escolher uma planta para construir sua casa. O projeto é acompanhado por um respon-sável técnico credenciado, até a obtenção do Habite-se – sem cus-to para o proprietário.

Tem direito à planta o dono de

único imóvel, com renda familiar de até seis salários mínimos e que não tenha recebido outra planta nos úl-timos cinco anos.

Estão disponíveis mais de 40 modelos de casas de até 70 metros quadrados, sendo 15 adaptados para pessoas com deficiência e para idosos – sem barreiras arquitetôni-cas internas para ajudar quem tem dificuldade de movimentos.

Prefeitura oferece de graça 40 modelos de plantas populares

LOTEAMENTO IRREgULAR é....

l O que não tem autorização da Prefeitura

l Não tem planejamento adequado de ruas, praças, áreas públicas

l Não tem reserva de áreas para escolas, lazer e posto de saúde

l Tem lotes com tamanhos diversos e que não obedecem ao limite legal

l Suas ruas não obedecem os limites de largura e declividade permitidos

l Não têm documento de compra e venda registrado no cartório de imóveis

l Não respeita as áreasde risco e nem as de preservação ambiental

95É o número de terrenos do Jardim Mesquita que

serão regularizados

Placas instaladas pela Prefeitura avisam a população sobre loteamentos irregulares

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Recados para quem dirige

l Cinto de segurança é obrigatório

para todos os ocupantes do veículo

l Usar o telefone celular enquanto

dirige dá multa e é risco constante

l Respeitar os limites de velocidade

é fundamental para todos

l Ciclistas e motociclistas precisam

de equipamentos de proteção

l Criança também tem direito

de viajar com segurança e conforto

l Gentileza é sempre de bom tom,

principalmente no trânsito

matéria de capa

Jovens, motoqueiros e pedestres são as principais vítimas de acidentes provocados por excesso de velocidade efalta de atenção

Parecia que tudo de bom havia acaba-do para o motoboy Waldemar de Oliveira, de 66 anos, a partir daquele acidente, o primeiro em sua vida. Era novembro de 2010 quando ele, que sempre trabalhou dirigindo carreta, ônibus e motocicleta, estava parado no semáforo e foi atrope-lado por um carro sem controle.

“Fiquei 22 dias no hospital sob efeito de morfina”, conta. A dor era insuportável, mas era maior ainda o trauma de olhar e não ver mais a perna, que precisou ser am-putada. Ele nunca dependeu de ninguém, mas naqueles momentos sentia que não conseguiria fazer mais nada sem ajuda. “Dei muito trabalho para minha mulher e minha família, mas já estou me adaptando à mudança mais dura da minha vida”.

Histórias como a de Waldemar se re-petem no país inteiro. A violência no trân-sito já é chamada de verdadeira endemia nacional: é a principal causa de morte de crianças de 5 a 14 anos e de adultos de 40 a 60 anos de idade; é segunda maior causa de mortes de jovens e adultos de 15 a 39 anos; é a terceira maior causa de mortes no país.

O trânsito mata mais do que muitas doenças, como a Aids e tuberculose, e mais que a violência urbana – só perde para o câncer e as doenças do coração. Segundo o Ministério da Saúde, 145.920 vítimas de acidentes foram internadas nos hospitais conveniados ao SUS e houve 38 mil mortes, somente no ano passado. Cerca de 80% dos acidentados são com homens, a maioria com idade entre 20 e 39 anos.

Em São José, os levantamentos feitos pelas secretarias de Transportes e de Saú-de indicam que, na média dos últimos dez anos, as mortes por acidentes estão dimi-nuindo, apesar do aumento da quantida-de de veículos nas ruas. Ainda assim, os números são fortes: no ano passado, fo-ram mais de 8.600 ocorrências, 52 mortes, inúmeros feridos, e muitos ficaram com

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diversos tipos de deficiências.

Quase metade dos que morreram no trânsito no ano passado eram motociclis-tas ou seus caronas (25), e a maioria jovens entre 18 e 29 anos. Em 64% dos casos, fo-ram falhas humanas que mais contribu-íram para as ocorrências. Os estudos da Secretaria de Transportes mostram que o excesso de velocidade e a conduta inade-quada de motoristas, motociclistas e pe-destres são os principais fatores de risco no trânsito.

Lembram os especialistas que num mesmo acidente podem existir causas diversas. Muitas vezes a origem de um excesso de velocidade ou de uma con-duta inadequada está na imprudência ou no uso de bebidas alcoólicas. Outras vezes, um acidente leve pode ter conse-quências graves porque o motorista ou os passageiros não usam cinto de segu-rança, ou o motoqueiro e o carona não estão de capacete ou o utilizam de for-ma inadequada. E ainda há fatores como falhas mecânicas, más condições dos veículos, falta de visibilidade, trânsito in-tenso, e outras.

As sequelas dos acidentes exigem tratamentos que podem durar de um a cinco anos, ou permanecer pelo resto da vida, alerta a médica Elizabeth Kiraly, que coordena o Programa de Reabilita-ção mantido pela Secretaria de Saúde. Elas resultam principalmente de fraturas e traumatismos de crânio e de medula, que levam a amputações ou paralisia de membros ou partes do corpo.

“As pessoas precisam pensar se vale à pena arriscar, porque as consequências são inúmeras e podem ser terríveis” – avi-sa o fisioterapeuta Átila Cartaxo. Porque além da dor, que pode ser física ou emo-cional, a perda da mobilidade dificulta ati-vidades cotidianas, corriqueiras, como se alimentar, vestir, fazer a higiene pessoal, trabalhar, usar próteses e enfrentar lon-gas rotinas de fisioterapia.

A estratégia para a redução desses acidentes está baseada na educação para trânsito. Há uma série de ações perma-nentes para o controle do tráfego e orien-tação aos que utilizam as vias públicas. A fiscalização conta com agentes de treina-dos, com lombadas eletrônicas e radares fixos e móveis colocados estrategicamen-te nas vias com maior índice de aciden-tes ou onde é preciso inibir excessos. E inúmeras campanhas projetos orientam pedestres, motoristas, motociclistas e ci-clistas.

CURSO PREPARA PROFISSIONAIS PARA TRANSPORTAR BEM

De junho a setembro, 1.350 cobradores e motoristas dos ônibus de São José estarão em treinamento. Eles têm aulas de motivação, atenção à

pessoa com deficiência; ao idoso e à gestante, entre outras. No final do curso, serão eleitos os melhores profissionais da cidade.

NOSSO TRâNSITO

6 | Jornal da Cidade | junho de 2011

Quem é o vilão dOS NÚMEROS DO TRâNSITO EM SÃO JOSé 8.669 acidentes de trânsito foram registrados em 20102.127 acidentes provocaram ferimentos leves e graves52 pessoas morreram em acidentes no ano passado29 dessas vítimas tinham entre 18 e 40 anos de idade25 vítimas fatais eram motociclistas 16 pedestres foram mortos por atropelamentos12 pessoas com mais de 60 anos também morreram

A Companhia do Farol brilha também no

trânsito pela cidade

46radares fixos

fiscalizam o trânsito em São José

O Resgate Saúde é um serviço de atendimento de urgência e emergência operado em parceria com o Corpo de Bombeiros. Conta com 42 profissionais treinados e 8 unidades móveis equipadas para procedimentos de socorro, ressucitação e pequenas cirurgias.

190192 193São os telefones gratuitos para chamar o Resgate

38 mil pessoas morreram em acidentes de trânsito no Brasil em 2010

R$ 187 MilhõesÉ o total gasto por ano pelo SUS com internações de vítimas de acidentes

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EDUCAÇÃO ENTREgA OBRAS EM MAIS CINCO ESCOLAS DA REDE

Mais cinco obras escolares foram entregues à comunidade. Além de quatro unidades reformadas, foi construído um prédio de dois pavimentos para o Centro de Desenvolvimento Infantil Fernando Tão de Azevedo, que atenderá 250 crianças na zona sul da cidade. A Secretaria de Educação concluirá nos próximos meses a construção de mais nove escolas e a reforma de outras vinte.

7 | Jornal da Cidade | junho de 2011

Fazer rir pode ser o melhor remédio

“Pessoal essa noite eu sou o Marti-nez, o amigo da vez.” É esta frase que ator Roberval Rodolfo, de 36 anos, costuma gritar na noite joseense para chamar a atenção de quem está se di-vertindo nos bares da cidade. É a senha para a entrada em cena do grupo te-atral que apresenta o “Agito Seguro”, um programa da Secretaria de Trans-portes para conscientizar motoristas sobre a importância de evitar compor-tamentos de risco pelas ruas da cidade.

Roberval começou a fazer teatro nos anos 1990, na Fundação Cultural Cassiano Ricardo, onde participou do projeto Teatro na Comunidade. Hoje, integra a Companhia do Farol, da qual também participa o casal João Fer-nandes e Eva Sielawa. O trio elabora os textos e as paródias que apresen-ta e faz o público rir com as tiradas do Doutor Moisés Cegonha, da Naná e do Zé Cansado, entre outros personagens.

Roberval é formado em Arte Edu-cação pela Faculdade de Pindamo-nhangaba e acredita que educar é uma das funções mais importantes do tea-tro. Seu colega João, que é músico e autor das paródias, avalia que, mesmo depois que o texto está pronto, o figu-rino decidido e o esquete apresentado, o processo ainda continua. “A cada en-cenação, a gente melhora as falas e as expressões, todo dia a gente aprende um pouco com as reações da plateia.”

O trabalho é coordenado pelo Núcleo de Educação para o Trânsito (NET), que desenvolve nove projetos. A proposta é apresentar histórias curtas de forma divertida, para passar men-sagens muito sérias. “È um jeito bem humorado de dar o recado e passar idéias que podem salvar vidas”, explica Maria Aparecida Medina, supervisora do NET.

Um dos projetos, o Maternidade, foi escolhido como um dos melhores do país pelo Departamento Nacio-nal de Trânsito, em 2008. Com ele, os motoristas são orientados sobre o uso obrigatório de cadeirinhas para crian-ças viajarem no banco de trás dos car-ros.

Velocidade e imprudência estão entre os principais fatores de risco de acidentes no trânsito

334 milÉ o número de

veículos registrados na cidade

n PENSE NISTO

É carro ou arma?Os acidentes de trânsito no Bra-

sil provocam situações tão dramáticas quanto algumas guerras pelo mundo. Todo ano, morrem 40 mil pessoas, per-to de 150 mil vão parar nos hospitais e milhares saem com mutilações e se-quelas. O país está em quinto lugar no ranking mundial das mortes no trânsito. E muitas ocorrências não entram nas estatísticas oficiais. Somente nas estra-das federais ocorrem, em média, 10 mil acidentes por mês.

Nos últimos dez anos, São José dos Campos reduziu o número de vítimas graças a um trabalho de base científica feito pelas áreas de saúde e de trans-portes da Prefeitura, em parceria com a polícia e os bombeiros. Aqui, os índi-ces são relativamente baixos e estamos fora da lista das 30 cidades médias com maior volume de ocorrências. O sistema viário é moderno e facilita a circulação, a fiscalização é em tempo integral e há um programa de educação para todos os públicos e lugares.

As pesquisas que orientam o tra-balho educativo comprovam: 90% dos acidentes são provocados por falhas humanas, que são agravadas por falhas mecânicas, falta de visibilidade e outros problemas. Portanto, se cada um que sai de carro, de moto ou de bicicleta agir com responsabilidade, os proble-mas vão diminuir. Se as pessoas tive-rem uma atitude de gentileza no trân-sito, haverá menos motoristas tensos e menos conflitos.

O maior inimigo de quem está nas vias públicas é o excesso de velocida-de, fruto da imprudência, do abuso dos exibicionistas, da bebida ou das drogas. Quem corre, assume o risco de provo-car danos a si e a outras pessoas e, se o condutor não está em condições de diri-gir, a perda será muito maior. Lembrete dos especialistas: uma pessoa atropela-da por um carro a 60 km/h tem 70% de chance de morrer; e se o veículo estiver a 80 km/h, o risco de morte é maior que 90%.

Isso tudo vale também para os pe-destres – 36% das mortes nas estradas são provocadas por atropelamentos, e nas cidades o índice é maior ainda. Por conta desses fatores, é indispen-sável fazer campanhas de educação e fiscalização do trânsito. O ideal é que todos tenham atitudes responsáveis ao conduzir carros, motos ou bicicletas, ou simplesmente ao caminhar ou atra-vessar uma rua. Que conheçam as leis, cuidem de seus veículos, obedeçam a sinalização e, sobretudo, que respeitem o semelhante em todos os lugares, in-clusive atrás do volante.

o trânsito?

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8 | Jornal da Cidade | junho de 2011

SÃO JOSé gANHA OUTRA VEz OS JOgOS ABERTOS DA JUVENTUDE

São José dos Campos conquistou o 11º título dos Jogos Abertos da Juventude, disputados em Osvaldo Cruz (SP). A cidade participou com 22 equipes que

conquistaram o ouro em dez modalidades, prata em outras duas e bronze em mais quatro. Santos ficou em segundo lugar e Campinas em terceiro.nossa cidade

Julho é tempo deColônia de Férias

REÚNA SUA TURMA, PROCURE OS LOCAIS DAS ATIVIDADES E DIVIRTA-SE

Crianças (6 a 14 anos) 16 locais (confira no site www.sjc.sp.gov.br)

Adolescentes Manhã e tarde: Centro Esportivo Vale do Sol

Pessoas com deficiência física Manhã e tarde: Escola Municipal Leonor Nunes Galvão – Vila Industrial Tarde: Escola Municipal Palmyra Sant’Anna – Vila Industrial

Pessoas com deficiência intelectual Tarde: Sociedade São Vicente de Paulo – Vila Maria

Idosos Manhã: Casa do Idoso – Centro Manhã: Escola Municipal Palmyra Sant’Anna Vila Industrial Manhã: Escola Municipal Homera da Silva Braga – Jardim Morumbi

Asilos Santo Antônio, Vó Laura, São Vicente de Paula e Pio XII

Até tentei jogar futebol, mas gostei

do basquete, pratiquei na escola e passei na

seletiva do Atleta Cidadão. O basquete é tudo pra

mim.” João Pedro Lopes guido, estudante, de

Santana

Antes eu tinha dúvida, mas quando decidi escolher a natação não sobrou mais tempo para o vôlei, a não ser pela televisão e alguns campeonatos em São José, mas meu negócio nadar.” Vivian Akemi Nakato, estudante, do Jardim

Satélite

Comecei com a natação sem muita

expectativa, mas hoje dou o melhor de mim, não falto

aos treinos e estou tentando melhorar meus índices na

piscina”. guilherme Miguel Otoni de Araújo, estudante,

do Jardim Limoeiro

Eu comecei no esporte na década de

960 e agora sou voluntário no Museu do Esporte e

adoro ajudar as pessoas a conhecerem mais sobre o

esporte de São José”. Eduardo da Silva,

porteiro, da Vila Maria

O eu mais gosto é a capoeira, tive

que parar, mas acompanho tudo sobre essa

modalidade, é a minha paixão”. Ezequiel Vieira,

instrutor de inglês, do Campos de São José

‘Está muito enganado quem

acha que colônia de férias é coi-sa de criança. Que o diga dona Carmosina Marcelino Matoso, do alto de seus 75 anos de idade. Ela é toda animação quando se aproxima o mês de julho. É nessa época que a Prefeitura promove a Colônia de Férias, um programa que cria uma alternativa diferen-ciada para pessoas que, em ge-ral, têm poucas opções de lazer. A programação começa dia 11 e vai até dia 22, sempre de terça a sexta-feira, em 40 locais – 16 de-les dedicados às crianças de 6 a 14 anos, em diversas regiões da cidade.

Carmosina garante que partici-pa das colônias desde a primeira edição, realizada 27 anos atrás. Ela aposentou-se como meren-deira na rede estadual de ensino e faz parte do grupo de idosos que se divertem todo ano na co-lônia da Escola Municipal Palmyra Sant’Anna, na Vila Industrial. “Não me canso de participar, e acho formidável”. Para ela e para os de-mais participantes, o programa fi-cou melhor ainda depois que pas-

Para participar, os interessados devem comparecer no local das atividades, fazer a inscrição e entrar na brincadeira, que vai até 22 de julho

Carmosina Matoso vê na Colônia de Férias mais

uma oportunidade de se manter ativa

sou a ocorrer duas vezes por ano. “Isso não pode acabar nunca”, diz ela.

As atividades gratuitas acon-tecem em janeiro e julho. Tem programação para crianças (6 a 14 anos), adolescentes, pessoas com deficiência e idosos, além dos moradores de asilos. Nesta edição, a colônia terá oficinas de pipas e de dança, gincanas, quei-mada, futebol, artesanato com sucatas (reciclagem), pintura, jogos de mesa, e muitas outras brincadeiras. Também haverá ati-vidades itinerantes, que um gru-po de profissionais da Secretaria de Esportes e Lazer levará a 20

bairros mais distantes do centro. A Colônia Itinerante será de 11 a 15, e de 18 a 22 de julho, no perí-odo da tarde.

O objetivo é sempre o mesmo: levar diversão e alegria às pessoas que estão sem opções de lazer no período de férias. Para isso, é pre-parada uma série atividades lúdi-cas e de lazer, monitoradas por uma equipe de professores, mo-nitores e salva vidas, totalizando 350 profissionais. As crianças são as que mais se divertem: quase 31 mil participaram da Colônia de Férias realizada em janeiro deste ano, mas vai subindo também o número de idosos, que deve su-

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AnoteToda doação é bem-vinda, seja em material,

trabalho voluntário ou participação

nas campanhas de arrecadação.

l Cobertores, agasalhos

e roupas infantis são essenciais.

l As peças devem estar limpas

e em boas condições de uso.

l Ao doar calçados, entregue pares

completos e, de preferência, um

amarrado ao outro, com os cadarços.

l As doações podem ser entregues no Fundo

Social de Solidariedade (Parque da Cidade)

ou nos postos de arrecadação.

9 | Jornal da Cidade | junho de 2011

SÃO JOSé Já TEM 25 ACADEMIAS AO AR LIVRE INSTALADAS

Chega a 25 o número de praças e parques de São José que dispõem de academias ao ar livre. Somente em junho, foram entregues as unidades do Parque Industrial (na Praça Aldo Pires), do centro de São Francisco Xavier e da Vila Rossi (Rua Miguel Eras). Dez academias são equipadas com aparelhos adaptados para pessoas com deficiência.nossa cidade

Soldados do Tiro de guerra e bombeiros participam da

arrecadação e separação de roupas

Campanha do Agasalho incentiva ações de solidariedade para arrecadar e distribuir 300 mil peças de roupas, cobertores e calçados

Só a friezaé pior que o frio

Edmilson e Rosana moram com três filhos numa casinha de quarto, cozinha e banheiro na zona norte da cidade. Ela não tem profissão e os problemas de saúde não a deixam trabalhar. Ele vive de “bicos”, como ajudante de pedreiro, e tem mêses que não chega a ganhar R$ 200. Um dos meninos tem bronquite e, como os irmãos, frequenta pouco a escola. O ano inteiro eles recebem a ajuda de vicentinos, mas quando chega o inverno, só a solidariedade é capaz de salvá-los do frio implacável.

O casal costuma buscar roupas, agasalhos e cobertores na sede da Sociedade Amigos de Bairro da Vila

Cândida, uma das entidades que parti-cipam todos os anos da Campanha do Agasalho promovida pelo Fundo Social de Solidariedade. “A gente fica emocio-nado ao ver os olhos dessas pessoas brilharem de alegria ao receber as do-

ações, e a gente sente o quanto é im-portante ter amor ao próximo”, conta o presidente da SAB, João Carlos Apareci-do Machado.

No ano passado, a campanha arre-cadou 304 mil peças e distribuiu para 80 entidades filantrópicas, 60 SABs e 23 escolas, além de 900 famílias ca-dastradas pelo Fundo Social de Soli-dariedade. A SAB da Vila Cândida, por exemplo, fez contato com os vicentinos e voluntários que ajudaram a distribuir o material em bairros como Vargem Grande, Taquari, Costinha, Águas de Canidu, além de áreas rurais na zona norte da cidade.

Neste ano, há uma motivação espe-cial: mesmo antes de começar o inver-no, foram registradas em São José dos Campos as temperaturas mais baixas dos últimos anos. No início de junho, chegou a fazer 7 graus numa madruga-da em São José.

A mobilização conta com soldados do Tiro de Guerra e do Corpo de Bom-beiros e começou com duas carreatas, que passaram por 25 bairros e arre-

cadaram 52 mil peças. As doações podem ser feitas até 30 de julho em mais de cem postos fixos credencia-dos, ou depositadas nas caixas cole-toras colocadas em lojas, shoppings, escolas, bancos e órgãos públicos, além das tendas instaladas nas feiras livres.

Por sua vez, quem doa também se alegra. É o caso de Aparecida Rosa Santos, do Altos de Santana, que tem três filhos e cinco netos. “Eu gosto de ajudar e acho importante apoiar aqueles que necessitam; e sempre aproveito para incentivar meus filhos a fazer a mesmo”, diz ela.

Como voluntário, Jefferson Hen-rique Ferreira, 19 anos, atirador do Tiro de Guerra, trabalhou nas duas carreatas e conta que doou seu tem-po de trabalho à campanha com base no exemplo que colheu em casa. “Meus pais sempre procura-ram ensinar a mim e a meus quatro irmãos que a base da sociedade é o amor ao próximo e a boa convi-vência, e contribuir para isto é muito bom.”

80 MILpeças foram arrecadadas

62 MILpeças já foram distribuídas

429 famíliasjá foram beneficiadas com doações

16 SABsparticiparam da distribuição

3911-8060 3924-7369

São os telefones de contatopara quem quiser participarda Campanha do Agasalho

NÚMEROS DO PRIMEIRO MêS DA CAMPANHA DO AgASALHO

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Anote

Algumas pistas para saber se a

criança está sofrendo bullying

l Isolamento e distância dos colegas

l Medo de se relacionar e sair de casa

l Resistência a frequentar aulas

l Perda de rendimento escolar

l Desânimo, falta de atenção

l Desejo de mudar de escola

nossa cidade

CARTILHAS APOIAM TRABALHO DE PREVENÇÃO à VIOLêNCIA

Mais de 125 mil cartilhas de orientação sobre segurança foram distribuídas pela Secretaria de Defesa do Cidadão. “Saia da Mira” mostra como prevenir a violência

e foi entregue em parques, centros comunitários, eventos, escolas e empresas, por meio das polícias militar e civil, associações de bairros e entidades de classe.

Provocações e agressões rotineiras entre colegas devem ser combatidas com ações que estimulam o diálogo e a convivência

S. S. J. tem 14 anos e é estudan-te da oitava série de uma escola da zona norte de São José. Há tempos, tem dificuldades para se relacionar com os colegas, perdeu em rendi-mento escolar e em experiência de vida. Chora toda vez que precisa falar sobre do motivo de seu so-frimento: os apelidos pejorativos, as brincadeiras de mau gosto, as pressões que sofre de um grupo de colegas.

Esta é mais uma das muitas his-tórias de pessoas que são agredi-das fisicamente, por palavras ou por pressão psicológica, especial-mente nas escolas, embora tam-bém ocorram nos ambientes de trabalho, nos clubes, nas comuni-dades. Esse tipo de violência pode ficar na provocação, nas chacotas e apelidos – baleia, fat, linguiça, fruti-nha, orelhão...–, mas também pode chegar ao extremo das agressões coletivas, tapas, socos, chutes.

Essa prática tem nome em inglês, por enquanto sem tradução nem substituto na língua portuguesa: é o bullying. Em geral, os agressores querem divertir-se e ser reconhe-cidos por outros colegas. Para isto, escolhem alguém que por algum motivo é diferente dos demais e o expõem ao ridículo, à submissão. Não imaginam que o sofrimento que causam pode tornar as vítimas cada vez mais tristes, fechadas em si, inca-pazes, por exemplo, apresentar um trabalho em classe, por puro medo.

“Quando eu era mais novo, que estava na terceira ou quarta sé-

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10 | Jornal da Cidade | junho de 2011

rie, era muito magro e sofria preconceito, porque me chamavam de palito de dente, de caveirinha” – conta S. De tanto receber ofen-sas, reagiu com uma tentativa de mudar de imagem: passou comer

sem controle, engordou. Mudaram os apelidos, mas o bullying continua.

É isso o que precisa mudar – diz a psicóloga Blandina de Oliveira. Quem sofre bullying tem que encontrar al-guém que o ajude a refletir e a superar essas situações. E alguém precisa levar os agressores a perceberem o quan-to a brincadeira de gosto duvidoso é prejudicial e marca a vida dos colegas.

Aos professores e diretores de es-colas, Blandina recomenda uma rotina de regras e de limites claros. Basta um olhar atento à rotina e ao comporta-mento dos alunos, e dialogar com eles sobre o assunto de forma aberta, sem censura. Já os pais, precisam orientar os filhos a não praticar o bullying e não sofrer com ele. Ou seja, todos pre-cisam falar do problema abertamente para poder superá-lo em definitivo.

A família é a referência para crian-ças e adolescentes – diz a psicóloga. É em casa que aprendem quase tudo, é no exemplo que adquirem compor-tamentos agressivos. Os pais preci-sam estar atentos aos sinais, porque a criança vítima sente medo, se isola, pede para mudar de escola, tornar-se uma pessoa triste. No longo prazo, pode ter estresse, depressão, dores, perda de autoestima e até envolvi-mento com drogas.

Bullying. O que é isto, companheiros?

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escolas municipais combatem o bullying

por meio do programa Círculos Restaurativos

Não aguento mais! O que faço?

A unidade da Fundhas Zona Leste, no Jardim Rodolfo, tem mais de 300 jovens de vinte bairros e utiliza os conceitos de Justiça Restaurativa para resolver conflitos. Nesse programa, em parceria com a Secretaria de Educação, vítimas e agressores são colocados frente a frente por um mediador capacitado. O objetivo é chegar a uma solução pela qual as partes sejam responsabi-lizadas.

Antes, o bullying era tratado com punições. Foi necessário mais de um ano de trabalho com equipes multidiscipli-nares, participação dos estudantes, dos pais e membros da comunida-de. Jurema, assistente social na Fundhas, alerta que o aluno precisa sen-tir confiança em alguém para se expressar com liberdade. E se ele confia no profissional que o orienta, pode chegar a ele e dizer “não aguento mais! O que faço?”. “Essa é a hora da intervenção, esse é o papel do círculo restaurativo.”

Bullying: o que isto significa?

l Brincadeiras de mau gosto, humilhações, ameaças, comportamentos agressivos que ocorrem de forma sistemática e repetitiva.l Crianças e adolescentes são os mais atingidos e os agressores, geralmente, fazem parte do mesmo grupo.l Pode causar queda de rendimento escolar, perda da autoestima e danos emocionais irreversíveis.l Também é praticado pela exposição da vítima na internet ou nas redes sociais. É o ciberbullying.

No círculo restaurativo, o diálogo aberto e sem barreiras

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nossa cidade

CONgRESSO EM SÃO JOSé REÚNE PESQUISADORES DE FOLCLORE

Até o dia 7 de julho podem ser feitas inscrições para XV Congresso Brasileiro de Folclore, que será realizado no Parque da Cidade, entre os dias 11 e 15 de julho. Estão programados painéis, grupos de trabalho e debates. A organização do evento estima a participação de mais de cem pesquisadores de todo o país no congresso.

670 TONELADASÉ a quantidade total de lixo coletado nacidade diariamente

147km

É o tamanho da área do município utilizada

para enterrar o lixo

50TONELADAS

É o volume de materialreciclável recolhido por dia em São José

9,6É a nota da Cetesb paraa qualidade do AterroSanitário de São José

15ANOS

É o tempo de vidaútil que ainda resta ao Aterro Sanitário

176pessoas trabalham

no Aterro para separaro material reciclável

ufique sabendo

11 | Jornal da Cidade | junho de 2011

Mostra Cultural expõe a arte dos joseenses e contribui para valorizar a identidade cultural da cidade e ajudar na descoberta de novos talentos

A Mostra Joseense de Cultura promete ser um verdadeiro show de talentos locais, com 15 dias de duração. São 50 apresentações nas modalidades de música instrumental, teatro, vídeo, literatura, artes visuais e canto coral, além de exposições de desenhos e artes plás-ticas. Tudo nos mais diversos ambientes, para atender a todos os públicos, entre os dias 25 de junho e 10 de julho.

Para organizar o evento, a Fundação Cul-tural Cassiano Ricardo selecionou 50 artistas locais. “Essa é uma excelente oportunidade para a descoberta de novos talentos e para os artistas interagirem com a plateia e com ou-tros membros da classe”, diz o coordenador da Mostra, Osmar Ferreira. Acima de tudo, o evento é para valorizar as manifestações artís-ticas e a identidade cultural da cidade.

As exposições e apresentações ocorrerão em seis locais: Espaço das Artes Helena Calil, Parque da Cidade, Cine Santana, Praça Afonso Pena, São Francisco Xavier e Centro de Estu-dos Teatrais da Fundação Cassiano Ricardo. Com a experiência de anos anteriores, Ferreira garante que a Mostra tem servido para desco-brir muitos artistas. “Tem pessoas que se reve-

lam como escritores, como músicos ou atores de talento, e esse evento também acaba por despertar talentos adormecidos, ou envergo-nhados”, brinca o coordenador.

Entre os participantes, 13 são da área de teatro, 12 de literatura, 12 de artes visuais, nove de música instrumental, 3 de vídeo e um grupo de canto coral. Todos terão seus traba-lhos avaliados por uma equipe de três jurados ligados às modalidades, sendo dois do muni-cípio e um convidado de fora. De cada cate-goria sairá um representante de São José para participar da fase regional do Mapa Cultural Paulista, promovido pela Secretaria de Estado da Cultura e pela Organização Social Abaçaí Cultura e Arte.

A Cia. Jovem de Dança, da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, abriu em 16 de junho a 22ª edi-ção do Festidança, no Teatro Municipal de São José dos Campos. O festival é um dos maiores do país e programou um total de 230 coreografias inscritas por grupos de várias cidades, com exibições de séries competitivas e de artistas convidados. Entre as atrações deste ano, o Concurso Cultural Moda e Dança, que teve 38 trabalhos de estilistas locais inscritos e apresentados nos principais centros de compras da cidade; as apresentações de 165 inscritos na Batalha de Danças Urbanas, e a primeira Mostra de Dança de Salão, com nove casais participantes.

DIVERSIDADE CULTURAL FORTALECE O FESTIDANÇA

A cara da cidade

Confira a programação completa no site da Fundação Cultural - www.fccr.org.br

Cena da peça zé Malandro, atração na Praça Afonso Pena

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“Sou pioneira na região e tenho muito orgulho de poder representar a nossa cidade”.Rosana Selicani

Ela é joseense de coração desde dois anos de idade, quando a famí-lia se mudou para cá, em 1968. Fez o ensino fundamental na Escola Mu-nicipal Maria de Melo, no Parque In-dustrial; estudou no João Cursino e formou-se técnica em desenho me-cânico na ETEP. Aos 15 anos, traba-lhava como secretária, e, mais tarde, passou cinco anos na Embraer.

A vida de Rosana Aparecida Selicani Magalhães seguia normal-mente, até 7 de dezembro de 1991. Naquela noite, aos 25 anos, grávida de sete meses, ela voltava de uma festa na moto pilotada pelo marido. De repente, um carro em alta veloci-dade e na contramão pegou a moto de lado. Rosana foi arrastada por al-guns metros, teve a perna esquerda esmagada e depois amputada.

Por um tempo, pensou que o acidente seria o fim de uma história e de todos os seus sonhos e planos. Mas logo reagiu como quem preci-sava dominar o próprio destino. “Eu

gente daqui

12 | Jornal da Cidade | maio de 2011

ROSANA SELICANI

Nasceu em Paraguaçu (MG), em 1966 Vive em São Josédesde 1968Casada com Carlos Messias (Nei)Mãe de Victor e JulianaTreina na Vila Industriale no MorumbiSonha disputar uma maratona aquática internacional

uperfil

Ela perdeu uma perna num acidente de moto, aprendeu a nadar, venceu a deficiência e se tornou campeã no esporte e na vida

Rosana e seus troféus na piscina do Centro Comunitário do Jardim Morumbi, onde costuma treinar

Uma vidade maratonas

e prêmios

estava grávida, meu filho ia nascer, e a palavra fim não podia existir no meu di-cionário; aquilo tudo tinha que ser ape-nas um recomeço para mim”, conta.

Viu amigos e familiares chorando escondidos, imaginando como seria a vida dela dali para frente. “As pessoas ficavam chocadas quando viam a minha barriga enorme, e eu sem a perna; eu via nos olhos delas que estavam segu-rando a emoção”. Mas, quinze dias de-pois, já estava num barzinho, rodeada de gente.

Logo daria à luz o primeiro filho, Victor – que nasceu de parto normal, com quase 4 quilos. Pouco depois, foi a São Paulo experimentar a prótese. “Eu me sentia um robô, tinha que reapren-der tudo sobre meu corpo, meu espa-

damonhangaba e saiu da piscina com duas medalhas de ouro.

Foi mais longe ainda. Especiali-zou-se em maratonas aquáticas e participou de mais de 200 dessas competições. Neste ano, pela sex-ta vez, participou da Travessia dos Fortes, no Rio de Janeiro: nadou 3.800 metros, de Copacabana ao Leblon, e chegou em quarto lugar na categoria PcD.

“Quando comecei, éramos pou-quíssimos – diz ela –, mas fomos aprendendo juntos, mostrando nossa capacidade, e hoje somos centenas de para-atletas, o que é uma conquista muito importante para nós e para as cidades que re-presentamos.” Foi mágico, mas não foi fácil; mas, o que é fácil na vida? – finaliza a atleta.

ço, meus movimentos” – diz ela, que aprendeu a andar novamente e, como se precisasse mostrar sua evolução, co-meçou a dirigir o carro da família.

Rosana foi se acostumando com as mudanças e controlando o trauma psi-cológico. Tanto que, dois anos após o acidente, foi mãe novamente: nasceu Juliana, também de parto normal. Ain-da assim, faltava algo mais em sua vida. Sentia a necessidade de viver com mais qualidade, para o bem dos filhos e de si mesma.

Com a construção de uma piscina adaptada para pessoas com deficiência no Centro Comunitário da Vila Indus-trial, ela viu nascer o gosto por um es-porte que até então desconhecia. Não tinha técnica alguma, mas era dedicada, e começou nadando 25 metros.

Foi um encontro com a nadadora Fabíola Molina, atleta joseense com participação destacada em olimpíadas e mundiais, que mudou tudo na vida de Rosana: ela descobriu na natação uma nova e definitiva paixão. “Quando decidi que seria atleta, mudei os meus hábitos, parei de fumar de uma vez, tive apoio de muita gente e me concentrei no meu objetivo”.

Sua primeira apresentação foi nos jogos regionais de Suzano, em 2002, mas não havia competidor na catego-ria, e ela fez apenas uma apresenta-ção do nado livre e de craw. Em 2003, pioneira na natação para pessoas com deficiência (PcD) em São José, Rosana participou dos jogos regionais de Pin-

Quadro de medalhas:

u Bronze na Travessia dos Fortes 2009/2010

u Bi-campeã da Travessia dos Fortes 2005/2006

u Vice-campeã daTravessia dos Fortes 2004

u Campeã dos JogosRegionais – 2003

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