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Novembro 2016 - edição nº 11

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GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ

Camilo Sobreira de Santana – Governador

Maria Izolda Cela – Vice Governadora

SECRETARIO DO PLANEJAMENTO E GESTÃO - SEPLAG

Hugo Santana de Figueirêdo Junior – Secretário

INSTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA ECONÔMICA DO

CEARÁ (IPECE)

Flávio Ataliba F. D. Barreto – Diretor Geral

Adriano Sarquis B. de Menezes – Diretor de Estudos

Econômicos

Relatório de Inflação - nº 11 - Novembro de 2016 Equipe Técnica

José Freire Jr. (Analista de Políticas Públicas) Daniel Cirilo Suliano (Analista de Políticas Públicas)

O Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará

(IPECE) é uma autarquia vinculada à Secretaria do

Planejamento e Gestão do Estado do Ceará.

Fundado em 14 de abril de 2003, o IPECE é o órgão do

Governo responsável pela geração de estudos, pesquisas e

informações socioeconômicas e geográficas que permitem a

avaliação de programas e a elaboração de estratégias e

políticas públicas para o desenvolvimento do Estado do Ceará.

Missão

Propor políticas públicas para o desenvolvimento sustentável

do Ceará por meio da geração de conhecimento, informações

geossocioeconômicas e da assessoria ao Governo do Estado

em suas decisões estratégicas.

Valores

Ética e transparência;

Rigor científico;

Competência profissional;

Cooperação interinstitucional e

Compromisso com a sociedade.

INSTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA ECONÔMICA DO CEARÁ (IPECE) Av. Gal. Afonso Albuquerque Lima, s/nº - Edifício SEPLAG, 2º Andar Centro Administrativo Governador Virgílio Távora – Cambeba Tel. (85) 3101-3496 CEP: 60830-120 – Fortaleza-CE. [email protected] - www.ipece.ce.gov.br

Relatório de Inflação

É uma publicação mensal que traz os principais índices

de Inflação, calculado pelo IBGE (INPC–IPCA), de

Fortaleza e de outras doze cidades localizadas no Brasil

incluindo o próprio Brasil.

Nesta edição

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo

(IPCA) na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), em

Novembro de 2016, registrou uma variação de 0,13%, a

quinta menor do país, das treze cidades pesquisadas,

ficando Goiânia com uma deflação (-0,31%).

No acumulado do ano, o IPCA da RMF encontra-se em

7,69%, o maior indíce do pais dentre as cidades

pesquisadas e, portanto, ultrapassando a meta

estabelecida pelo Banco Central de 4,5% para o ano.

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RELATÓRIO DE INFLAÇÃO – Fevereiro 2016 – Edição 02

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1. IPCA e INPC

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o órgão responsável pelo

cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e pelo Índice

Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para onze regiões metropolitanas e duas

cidades com mais de 30% da população brasileira (Fortaleza, Belém, Recife, Belo

Horizonte, São Paulo, Salvador, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Curitiba, Campo grande,

Vitória, Brasília e Goiânia). Ambos os índices representam as necessidades médias de

consumo das famílias, diferenciando apenas na faixa de renda do consumidor e

consequentemente no peso de cada grupo. O IPCA abrange as famílias com

rendimentos monetários de 1 a 40 salários mínimos, enquanto que o INPC se refere às

famílias com rendimento de 1 a 5 salários mínimos. Vale ressaltar que o IPCA é o

índice oficial que mede a inflação do País.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na Região Metropolitana

de Fortaleza (RMF), registrou uma variação de 0,13%, em novembro de 2016, a quinta

menor do País, das treze cidades pesquisadas, ficando Goiânia com a maior deflação no

período (-0,31%). A cidade de Recife registrou a maior variação do país (0,60%),

seguida de Campo Grande (0,43%) e Porto Alegre (0,37%).

No acumulado do ano, o IPCA da RMF encontra-se em 7,69%, o maior índice do pais

dentre as cidades pesquisadas e, portanto, ultrapassando a meta estabelecida pelo Banco

Central de 4,5% para o ano, com onze meses decorridos do ano de 2016. Já Curitiba

registrou a menor variação acumulada do ano em 2016, seguida por Brasília e Vitória,

ambas com 4,45%.

Com relação ao INPC que capta as necessidades médias de consumo das famílias de

menor poder aquisitivo, a cidade de Fortaleza registrou, no mês de Novembro de 2016,

uma variação nesse índice de 0,24%, quase o dobro superior ao registrado pelo IPCA

para o mesmo período, atingindo, portanto, mais fortemente na renda das famílias de

menor poder aquisitivo. Em termos comparativos, Fortaleza ficou em 4º lugar e Recife

foi a cidade que teve a maior variação (0,55%).

Em termos da variação acumulada até Fevereiro de 2016, o INPC da Cidade de

Fortaleza teve uma variação de 8,06%, a maior do país e a única cidade a ultrapassar os

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RELATÓRIO DE INFLAÇÃO – Fevereiro 2016 – Edição 02

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8% no acumulado, e, portanto, prejudicando as famílias de menor poder aquisitivo

(Tabela 1).

Tabela 1 – IPCA e INPC do mês de novembro e do acumulado no ano até novembro de 2016 das regiões pesquisadas.

Região

Variação (%)

IPCA INPC

Novembro (%) Acumulado do ano (%) Novembro (%) Acumulado

do ano (%)

Belém -0,14 6,56 -0,18 6,81

Recife 0,60 6,64 0,55 7,20

Salvador -0,05 6,37 0,03 7,18

São Paulo 0,26 5,77 0,07 6,33

Rio de Janeiro 0,04 6,06 -0,17 6,30

Goiânia -0,31 5,21 -0,40 5,39

Belo Horizonte 0,16 6,34 0,05 6,39

Porto Alegre 0,37 6,99 0,19 7,03

Curitiba 0,16 4,29 0,07 4,37

Fortaleza 0,13 7,69 0,24 8,06

Brasília 0,28 4,45 0,33 4,25

Campo Grande 0,43 6,78 0,28 6,61

Vitória 0,30 4,45 0,14 5,13

Brasil 0,18 5,97 0,07 6,43

Fonte: IBGE

O IPCA acumulado dos últimos doze meses, até Novembro de 2016 (Gráfico 1, abaixo),

revela que o IPCA, da cidade de Fortaleza, no mês de Novembro, voltou a ficar em um

dígito, porém, muito acima do registrado no Brasil no acumulado dos últimos doze

meses até Novembro. Observa-se, portanto, que a trajetória da inflação de Fortaleza

segue sempre acima do IPCA registrado no Brasil desde Dezembro de 2015,

continuando nesse comportamento até Novembro de 2016, o que revela a dificuldade

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RELATÓRIO DE INFLAÇÃO – Fevereiro 2016 – Edição 02

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que terão as políticas econômicas adotadas no curto e médio prazo para tentar trazer a

inflação para o centro da meta.

Fortaleza alcançou os dois dígitos na variação do IPCA a partir de Outubro de 2015,

permanecendo nessa situação até outubro de 2016, fato que certamente, prejudicou o

nível de confiança dos agentes econômicos em relação ao futuro da economia.

Gráfico 1 – IPCA acumulado e a meta de inflação dos últimos 12 meses até Novembro de 2016 no Brasil

e Fortaleza

Fonte: IBGE.

A inflação mensal de Fortaleza que, a partir de Dezembro de 2015, vinha apresentando

variações mensais superiores a 1%, apresentou um pequeno recuo em fevereiro,

registrando uma variação de 0,8%, valor próximo ao registrado em outubro de 2015. Ou

seja, mesmo com o aprofundamento da recessão e o aumento do desemprego, a inflação

continua resistente nos primeiros meses de 2016. Somente a partir de agosto de 2016, o

IPCA de Fortaleza apresentou uma tendência de queda chegando a 0,13% em novembro

de 2016, abaixo do registrado no Brasil.

11,43

11,83 11,8

10,8811,28 11,01

10,3710,78

11,0310,87

10,5

9,25

10,67

10,7110,36

9,39 9,28 9,328,84 8,74 8,97

8,487,87

6,99

4,54

5

6

7

8

9

10

11

12

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dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16

Fortaleza Brasil Meta

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Gráfico 2 – IPCA mensal de dezembro de 2015, até novembro de 2016, no Brasil e Fortaleza.

Fonte: IBGE.

2. VARIAÇÕES POR GRUPOS E ITENS

O Gráfico 3, abaixo, trata da variação do IPCA no mês de Novembro e o acumulado do

ano de 2016 até Novembro. O grupo de Alimentação e Bebidas, que tem um peso

importante na ponderação do IPCA na RMF, sofreu deflação na variação dos preços no

mês de novembro (-0,09%), tendo quase todos os subitens acusado deflação,

destacando-se Tubérculos, raízes e legumes (-7,61%). Porém, o subitem Aves e Ovos

teve um aumento no IPCA de 2,55%. Já no acumulado do ano de 2016 até novembro, o

Grupo Alimentação e Bebidas teve um crescimento nos preços de 11,50%.

O grupo Habitação registrou uma variação no mês de Novembro de 0,39%, com o

subitem Energia Elétrica residencial (1,59%) contribuindo para essa variação.

Dentre os itens pesquisados, o grupo Transportes foi o que teve maior redução nos

preços dos grupos pesquisados, ou seja, apresentou uma deflação (-0,69%), decorrente

principalmente das reduções nos preços dos subitens: Transporte Público (-0,19%),

Veículo Próprio (-0,33%) e Combustíveis (Veículos) (-1,92%). No acumulado do ano

até novembro, a variação foi de apenas de 2 %.

O grupo Saúde e Cuidados Pessoais teve uma variação de 0,77%, em novembro de

2016, em decorrência principalmente, do aumento de preços nos Planos de Saúde

0,96

1,270,9

0,43

0,61 0,780,35

0,520,44

0,08 0,260,18

1,45 1,45

0,80,72

1,02 0,99

0,32

0,650,54

0,43 0,39

0,130

0,2

0,4

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