Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

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1 Universidade de Brasília - UnB Instituto de Artes IdA Pós-graduação em Arte Arteduca: Arte, Educação e Tecnologias Contemporâneas Novela Gráfica Urbana: Uma reflexão acerca do cotidiano de alunos do entorno do Paranoá-DF Priscila de Macedo Pereira e Souza Brasília, Agosto de 2012

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Aborda a proposta e o planejamento da aplicação de um projeto de ensino e aprendizagem intitulado Novela Gráfica Urbana. Neste projeto, crianças e adolescentes se dedicarão à construção de uma história em quadrinhos que apresente temas da realidade de seus contextos sociais, e que seja resultado de um processo criativo multidisciplinar, no qual serão trabalhados jogos teatrais, ilustrações, colagens e manipulação de tecnologias digitais para informação e comunicação. Palavras-chave: Arte-educação. Novela gráfica. Jogos teatrais. Ilustração. Edição de imagens. Tecnologias digitais na educação.

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Universidade de Brasília - UnB Instituto de Artes – IdA Pós-graduação em Arte Arteduca: Arte, Educação e Tecnologias Contemporâneas

Novela Gráfica Urbana:

Uma reflexão acerca do cotidiano de alunos do entorno do Paranoá-DF

Priscila de Macedo Pereira e Souza

Brasília, Agosto de 2012

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Priscila de Macedo Pereira e Souza

Novela Gráfica Urbana:

Uma reflexão acerca do cotidiano de alunos do entorno do Paranoá-DF

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Artes da Universidade de Brasília, como requisito parcial para a obtenção do grau de Especialista em Arte, Educação e Tecnologias Contemporâneas, sob orientação de Elisa Teixeira de Souza.

Brasília UnB

Agosto de 2012

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Universidade de Brasília - UnB Instituto de Artes – IdA

Arteduca: Arte, Educação e Tecnologias Contemporâneas

Priscila de Macedo Pereira e Souza

Novela Gráfica Urbana:

Uma reflexão acerca do cotidiano de alunos do entorno do Paranoá-DF

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial para a

obtenção do grau de Especialista em Arte, Educação e Tecnologias

Contemporâneas e aprovada por todos os membros da Banca Examinadora do

Instituto de Artes da Universidade de Brasília.

Brasília, 28 de Julho de 2012

Banca Examinadora

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Agradecimentos

À Deus, por ter me dado saúde e ânimo para continuar estudando, e alegria

para mudar minha rotina, minha vida;

À minha mãe, que tanto me incentivou a continuar os estudos assim que me

formasse;

A minha família que me animou para vir a Brasília passar esses semestre na

intenção de conhecer meus parceiros de trabalho mais de perto, e essa nova

realidade, bem diferente de Goiânia.

Aos meus amigos e colegas de profissão, Diogo e Viviane, que tanto amo,

que Deus colocou no meu caminho para apoiarmos uns aos outros;

A minha, nossa, orientadora Elisa, que com paciência e compreensão nos

ajudou, orientou, encaminhou nessa trajetória.

Ao ArtEduca, que me proporcionou novos olhares sobre conhecimentos que

eu já conhecia, mas, de uma nova perspectiva.

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Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto quanto você.

Richard Bach

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Resumo

Aborda a proposta e o planejamento da aplicação de um projeto de ensino e aprendizagem intitulado Novela Gráfica Urbana. Neste projeto, crianças e adolescentes se dedicarão à construção de uma história em quadrinhos que apresente temas da realidade de seus contextos sociais, e que seja resultado de um processo criativo multidisciplinar, no qual serão trabalhados jogos teatrais, ilustrações, colagens e manipulação de tecnologias digitais para informação e comunicação. Palavras-chave: Arte-educação. Novela gráfica. Jogos teatrais. Ilustração. Edição de imagens. Tecnologias digitais na educação.

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Sumário

Minhas Trajetórias................................................................................................8

1. Justificativa .....................................................................................................9

2. Objeto de pesquisa ........................................................................................10

3. Objetivos .........................................................................................................11

3.1 Objetivo geral ....................................................................................11

3.2 Objetivos específicos ........................................................................11

4. Referencial teórico ..........................................................................................12

5. Metodologia .....................................................................................................17

6. Procedimentos metodológicos ........................................................................19

7. Cronograma ....................................................................................................19

8. Considerações finais .......................................................................................20

9. Referências bibliográficas .............................................................................22

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Minhas trajetórias

Minha vida sempre foi cheia de artes. Artes visuais, música, dança, LIBRAS,

escultura, dentre tantas outras. Mas, a fotografia e os quadrinhos sempre me

encheram os olhos. Tinha coleções de gibis, fotografias antigas, álbuns artesanais.

Trabalho com artes desde a meninice. Aos sete anos fui matriculada no Veiga Valle,

onde estudei artes plásticas até os 16 anos de idade. Simultaneamente estudei

Música (piano e teoria) no Conservatório de Música da UFG e no Centro Livre de

Artes, em Goiânia. Terminei os estudos de música aos 14 anos em ambas as

instituições. Aos 17 iniciei meus estudos em Design de Interiores, pela PUC Goiás,

mas, a empolgação não durou muito. O curso era muito técnico e presava apenas a

utilidade. Sempre me interessei pela estética e percebi que a mesma não estaria tão

presente nesse curso. Sempre lecionei na igreja, e nas escolas onde meus pais

trabalham, substituindo um ou outro professor. Conversando com meus pais,

cheguei a conclusão que o curso de Artes Visuais, habilitação em Licenciatura, era o

ideal, e continha tudo o que eu procurava e gostava. Assim, em 2008, aos 19 anos,

iniciei meus estudos em Artes Visuais, pela FAV, na Universidade Federal de Goiás.

Comecei a estudar mais a fundo sobre o público Surdo, o qual eu já tinha

contato desde os 15 anos, e pela fotografia, ferramenta muita usada por esse

público. Assim, surgiu um interesse maior pela fotografia contemporânea, artística e

iniciei uma pesquisa que durou dois anos sobre fotógrafos artistas contemporâneos,

como por exemplo, o mineiro Lucas Dupin, os paulistas Theo Craveiro e Daniel de

Paula e, a paraibana Íris Helena.

Minha pesquisa na graduação girou em torno da arte contemporânea e, a

fotografia como mediadora desse conhecimento para os Surdos. E, com a

oportunidade da especialização e a proposta do PEA ser colaborativo, tentei

primeiramente ir para o lado da música, por conta do meu atual trabalho, como

professora de Artes e Musicalização numa escola de Maternal I ao 4º ano. Mas,

depois que observei os demais temas dos outros colegas, me interessei pela ideia

dos colegas Diogo e Viviane, nas áreas do desenho, da fotografia e do teatro, que

ate então, não tinha nenhuma experiência didática, mas, como hobby.

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Assim, o projeto que elaboramos foi nomeado de Novela Gráfica Urbana. O

mesmo propõe-se a apresentar alternativas para um problema estrutural antigo: a

questão da desconexão entre os conteúdos ministrados nas escolas e a realidade

social imediata vivenciada pelos alunos, o que reflete uma didática incapaz de

proporcionar condições para que estes reflitam e se comportem como sujeitos

ativos, construtores de suas próprias aprendizagens.

Partindo das vivências sociais dos alunos, a fim de se construir coletivamente

uma novela gráfica ou história em quadrinhos que trate de aspectos sociais

identificados pelos alunos nos contextos sociais onde vivem, serão trabalhados

jogos dramáticos, técnicas de desenho, colagem e pintura, e manipulação de

recursos tecnológicos, como máquina fotográfica e programas computacionais de

edição de vídeos e imagens. Assim, mediando o olhar sensível dos alunos para o

mundo, traçaremos uma ponte para o conhecimento de uma nova arte, uma nova

forma de criar: criar na presença do outro, em parceria com o outro e em sintonia

com a realidade.

Assim, essa caminhada se dará em duas etapas. A primeira etapa está

subdividida em três primeiras partes: a primeira é essa pequena introdução,

descrevendo minha trajetória como meio para que você, querido leitor, pesquisador,

arte-educador, colega, professor, que está a procura de mais ideias para suas aulas,

sua trajetória, ou apenas algumas dicas, então, fique a vontade.

A segunda é o PEA, resultado de um trabalho colaborativo construído a partir

de uma ideia, de uma colega, e que, foi se desdobrando a partir das vivências de

cada um, autores de diversas áreas, desejos, desafios. E a terceira parte, concluindo

assim essa pesquisa, descrevendo minha perspectiva, meus anseios, enfim, minha

conclusão de tudo isso. E, a segunda etapa é composta de um portfólio contendo

minhas atividades e contribuições ao longo do curso.

1. Justificativa

Metodologias tradicionais e conteúdos desconexos com a realidade

vivenciada pelos alunos em seu cotidiano são questões que afetam a todos os níveis

de ensino, tanto em escolas da rede particular, quanto na rede pública. Tal questão

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caracteriza uma realidade preocupante, no sentido de que, quanto mais longe do

contexto vivido está o ensino, menos efetivo será o envolvimento e a participação do

estudante no processo da construção de saberes dentro da escola. A escola não se

encontra desvinculada da trama social na qual está envolvida, e deve ter entre seus

objetivos o de dialogar os conteúdos da escola com as informações trazidas pelos

alunos relacionadas às vivências externas que experienciam. Tal direção de

mediação pedagógica auxilia os alunos a elaborarem pensamentos e atitudes

críticas diante da realidade que os cerca.

Tendo em vista a escola como um ambiente em que a convivência em grupo

é necessária (para não dizer obrigatória), os jogos dramáticos possibilitam um

espaço de reflexão, de resgate da alegria de estar com o outro, e de construção de

parcerias; abrem a possibilidade do indivíduo modificar-se a si mesmo enquanto

modifica o (que está) próximo, numa construção conjunta que vai além do ensino

exclusivamente conceitual, teórico – predominante na escola.

A prática do ensino construído a partir das vivências é uma temática bastante

discutida na área educacional, pois é de suma importância que o contexto histórico-

cultural dos educandos, bem como seus conhecimentos prévios trazidos para a

escola sejam considerados na ação pedagógica.

2. Objeto da pesquisa

A pesquisa pretende lidar com dois problemas estruturais ocorridos nas

escolas e que se relacionam com os conteúdos trabalhados e com a maneira como

estes são ministrados: em primeiro lugar, a questão de que os conteúdos não se

relacionam satisfatoriamente com a realidade vivenciada pelos alunos; e em

segundo, o fato de que os conteúdos, na maior parte das vezes, são trabalhados por

didáticas que não proporcionam condições para que os alunos construam reflexões

a partir de suas experiências cotidianas imediatas.

A fim de enfrentar os problemas descritos, buscaremos investigar se, ao

aliarmos a visão dos alunos a respeito dos problemas urbanos que enfrentam em

suas realidades sociais a criações artísticas tanto analógicas quanto

computacionais, poderemos contribuir para um maior envolvimento e interesse pela

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aprendizagem, proporcionando a construção do conhecimento formal aliado ao

desenvolvimento da capacidade crítica dos alunos com relação aos problemas

sociais que os rodeiam.

O projeto será aplicado em duas escolas, em diferentes contextos:

1 – Colégio Barão do Rio Branco: escola particular, de médio porte, localizada no

Paranoá-DF, em uma turma de 5º ano do Ensino Fundamental (crianças na faixa

entre 10 e 11 anos de idade), no turno vespertino, com 20 alunos. A escola atende,

em sua maioria, filhos dos comerciantes da cidade e moradores de condomínios

localizados próximos à Região Administrativa. O contexto urbano específico da

região oferece experiências e vivências ricas no sentido de promover discussões e

construções nas diversas áreas do conhecimento (Ciências, Artes, Geografia,

História, Língua Portuguesa, etc), potencial que é desconsiderado no sentido de

estabelecer conexões entre as disciplinas que constituem o currículo escolar e a

realidade imediata vivenciada pelos estudantes.

2 - EEEM JOVEM GONÇALVES VILELA: escola da rede pública de ensino, em Ji-

Paraná – RO, com as turmas de 1ª e 2ª séries do EM.

3. Objetivos

3.1 Objetivo Geral

Relacionar vivências externas dos estudantes com a construção de saberes a

partir de linguagens artísticas (teatro, artes plásticas e computacional), no sentido de

promover a aprendizagem dos conteúdos formais e a postura crítica diante da

realidade.

3.2 Objetivos Específicos

Construir um processo de compartilhamento de relatos pessoais para assim

termos uma gama de situações, experiências e possíveis enredos;

Dramatizar as histórias escolhidas;

Gerar na turma o entendimento do que seja uma novela gráfica;

Ilustrar as histórias selecionadas;

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Proporcionar aos alunos vivências nas técnicas de desenho, fotografia,

pintura, dentre outras possibilidades comuns à realidade local e edição de

áudio e imagens - que possibilitem a construção do pensamento e

posicionamento crítico diante da realidade que os cerca.

Desenvolver as linguagens artísticas, teatrais, visuais e computacionais, para

que, através da novela gráfica urbana, consigam relacionar os conteúdos ao

seu cotidiano.

Trabalhar com os alunos os seus conhecimentos prévios possibilitando uma

aprendizagem significativa e assim, uma maior construção do seu

conhecimento.

4. Referencial Teórico

Vygotsky defende a importância de se considerar não apenas as aptidões

físicas, mas também a influência do contexto sócio histórico e cultural na formação

do indivíduo. Tendo em vista a necessidade de tornar o ensino uma prática de

envolvimento dos estudantes em torno de uma construção, sendo ela colaborativa e

significativa, o projeto Novela Gráfica Urbana traz a possibilidade de criar tendo-se

como ponto de partida ou inspiração, a realidade, ou seja, o próprio contexto social e

histórico.

Vale esclarecer que Novela Gráfica é uma espécie de filme no papel; numa

sala de cinema interior. Do texto original para os quadrinhos, as cenas, com suas

falas, dão espaço às imagens e textos. Acredita-se que ao se representar uma cena,

o subconsciente dos envolvidos passa a ser habitado por uma espécie de novela ou

historia, a qual poderá se tornar concreta por meio de um processo criativo de

representação do imaginário por imagens e textos que dialoguem com essas

imagens. No caso da Novela Gráfica Urbana, o processo de representação pelo qual

os alunos passarão durante a elaboração das imagens levará os alunos a

desenvolverem seu senso crítico para com a realidade que vivenciam. Os roteiros e

os cenários (imagens) serão elaborados a partir dos relatos das vivências dos

alunos; as cenas, imagens e representações brotarão de uma construção em grupo.

Como afirma Hernandez,

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(...) representação é o ‘uso de linguagem e imagens para criar significado sobre o mundo que nos rodeia (...) (HERNANDEZ. 2005. p. 137).

Hernandez diz ainda que,

(...) Como formas culturais (pintura, fotografia, cinema, televisão), os sistemas de representação nos permitem construir e interpretar significados dando sentido ao mundo, transformando-o histórica e socialmente (Louro apud Hernandez). Sob esta perspectiva, a representação não é vista como um espelho ou reflexo da realidade, mas como um modo de mediar à compreensão de ideias e sentidos, de processos simbólicos (HERNANDEZ. 2005. p. 137).

E, pensando-se na questão das vivências sociais dos alunos, concorda-se

com Hernandez quando o autor diz que:

(...) Na cultura visual, é necessário pensar a aprendizagem como uma relação entre a construção da subjetividade individual e a construção social e política da compreensão (HERNANDEZ. 2005. p. 141).

Com relação à utilização dos Jogos Dramáticos, Alicia Fernández (1991, p.

48) refere-se à aprendizagem como um processo "cuja matriz é vincular e lúdica e

sua raiz, corporal". Nesse sentido, os saberes envolvidos na prática educativa

passam pela construção subjetiva fruto também das experiências vividas

corporalmente – com o outro, por meio do outro e em presença de outro(s). A autora

coloca ainda algo interessante a respeito da experiência no processo de

estruturação da inteligência da criança: “Se a criança não realiza ações com os

objetos, se não tem possibilidade de ver, tocar, mover-se, provar seu domínio sobre

as coisas, vai encontrar sérias dificuldades no processo de organização da sua

inteligência" (FERNANDEZ, 1991, p. 72).

Infere-se, portanto, que a experiência de manipulação coletiva de materiais,

bem como o compartilhamento e dramatização de histórias pessoais refletem

positivamente na construção dos conhecimentos e das vivências dentro da escola.

Sendo assim, os jogos teatrais funcionariam como ferramenta útil no sentido de

desenvolver no grupo diferentes inteligências, levando a prática pedagógica para

além das atividades estritamente intelectuais, as quais são privilegiadas pelo ensino

escolar tradicional. Os jogos dramáticos podem desenvolver capacidades como:

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imaginação, concentração, intuição, expressão oral e corporal, percepção sensorial,

cinestesia, senso estético, atenção e especialmente cooperação.

Vygotsky estabelece, no texto Imaginação e seu desenvolvimento na infância,

que a imaginação só acontece quando são feitas combinações de elementos

observados com as imagens que já existem na consciência, o que aponta para o

fato da imaginação constituir um enigma insolúvel. Existiriam duas diferentes

imaginações, a imaginação reprodutora, que é a própria memória, e a imaginação

criadora, que para muitos psicólogos, é onde “surgem novas combinações desses

elementos, mas, que não são novos em si” (VYGOTSKY, 1998, p. 109). Assim,

Vygotsky acredita que a imaginação não pode criar elementos novos, mas apenas

combinações novas com aquilo que já existe na memória. Assim como ocorre nos

sonhos, não se pode ver nada que realmente não se tenha visto antes.

Com relação à intuição, SPOLIN diz que:

A intuição é sempre tida como sendo uma dotação ou uma força mística possuída pelos privilegiados somente. No entanto, todos nós tivemos momentos em que a resposta certa "simplesmente surgiu do nada" ou "fizemos a coisa certa sem pensar". As vezes, em momentos como este, precipitados por uma crise, perigo ou choque, a pessoa "normal" transcende os limites daquilo que é familiar, corajosamente entra na área do desconhecido e libera por alguns minutos o gênio que tem dentro de si. Quando a resposta a uma experiência se realiza no nível do intuitivo, quando a pessoa trabalha além de um plano intelectual constrito ela está realmente aberta para aprender (SPOLIN, 2005).

Dessa maneira, levando os mesmos elementos das antigas disciplinas já

conhecidas por esses alunos, mas de forma com que vejam de forma crítica e,

alguns conceitos como: construção, criação, senso critico, arte contemporânea,

cultura visual, dentre outros que fazem dialogam com os já conhecidos faz com que

se desenvolva a emancipação enquanto seres críticos, reflexivos. Essa busca se

concretiza quando as pessoas conseguem superar os obstáculos ligados à sua

condição e alcançam níveis de conhecimento mais elevados a partir dos quais

poderão exercer atividades desafiadoras. A capacidade de estar atento ao presente

é necessária no jogo e na vida e está relacionada com um estado de disponibilidade;

disponibilidade para sentir, para perceber e para observar. Nesse sentido, o estar

‘presente’ se torna uma porta para a ativação da intuição, e se fortalece em uma

postura cotidiana. Assim, esses alunos entenderão que,

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(...) o cotidiano é plural, híbrido, miscigenado e complexo, e quanto podemos aprender, observando, registrando e refletindo sobre os acontecidos e vividos nesse cotidiano (...) (GARCIA. 2003. p. 252).

Com relação aos jogos dramáticos, é necessário que alguns conceitos

abordados por Spolin sejam enfatizados, pois a autora produziu um trabalho

sistematizado em sessões de trabalho (como se fosse um manual dirigido a

professores-diretores). Esse material, com o qual trabalharemos é

fundamentalmente composto por exercícios-jogos em problemas de atuação o que

devem ser resolvidos.

Qualquer jogo digno de ser jogado é altamente social e propõe intrinsecamente um problema a ser solucionado – um ponto objetivo com o qual cada indivíduo deve se envolver (...) (SPOLIN. 2005. p. 5).

Tais “problemas” são organizados em torno de três termos fundamentais:

‘Onde’, ‘Quem’ e ‘O quê’. O ‘Onde’ se refere ao local no qual se passa a situação, o

‘Quem’ se refere aos personagens que estão no local determinado, e o ‘O Que’ se

refere à ação que os personagens estão realizando (SPOLIN, 2007).

No que tange ao entendimento da postura desejada do ator-aluno no

momento do jogo, Spolin enfatiza a necessidade de se perceber que há uma

diferença entre ‘fiscalizar’ o que se passa, e produzir-se falatório; entre ‘mostrar’ uma

realidade, e ‘descrever’ uma realidade; entre ter um foco de atenção, e não ter; entre

criar algo, e inventar qualquer coisa; entre obedecer ao ‘Onde’, ‘Quem’ e ‘O quê’, e

planejar antecipadamente o ‘Como’ (determinar de antemão como se fará a

improvisação).

Ainda no que tange aos jogos dramáticos, podemos considerar o trabalho do

Teatro do Oprimido, de Augusto Boal que, além de unir o teatro e a pedagogia,

também alia teatro e ação social. Boal trabalha com as ideias de Paulo Freire,

baseando-se na pedagogia do oprimido, transportando esses conceitos para o

teatro. O teatro popular, para o autor, é uma estratégia de educação não formal, que

propicia o desenvolvimento, a criação artística e o acesso cultural para as

comunidades (BOAL, 1980).

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Essa metodologia é realizada no sentido de se fazer ecoar a voz dos

oprimidos, pois Paulo Freire propunha uma pedagogia elaborada pelos e não para

os oprimidos.

Paulo Freire também priorizava o saber do cotidiano, em prol de uma

educação que fosse além dos conteúdos escolares. Assim, o saber aprendido na

escola não se separa do conhecimento prévio do aluno, ou seja, da sua realidade.

Esses conteúdos estão associados à vivência do aluno, não havendo uma

dissociação entre os conteúdos construídos pelo educando e o seu contexto.

Os integrantes do Teatro do Oprimido são estimulados, através de meios

estéticos, a expandirem sua capacidade de compreensão do mundo e de

transmissão de sua visão de mundo aos demais membros de suas comunidades. É

facilitado o trânsito de diferentes conhecimentos adquiridos, descobertos, inventados

ou reinventados. Assim, os alunos seriam capazes de compreender o mundo que os

cerca, transformando a sua realidade, e tornando significativa a sua aprendizagem.

Os dois principais objetivos do Teatro do Oprimido definido por Boal são:

• Transformar o espectador, de um ser passivo e depositário, em protagonista

da ação dramática;

• Nunca se contentar em refletir sobre o passado, mas se preparar para o

futuro.

Baseando-se nesse autor e nos seus objetivos propostos, tomemos, para o

trabalho com a novela gráfica urbana, o primeiro deles, onde teríamos o aluno como

protagonista da sua aprendizagem. Através da linguagem cênica, o aluno apreende

o conteúdo e através dos jogos dramáticos, tem o poder de transformação desse

conhecimento, de acordo com a realidade na qual estão inseridos, ou, contexto

sociocultural em que se encontram. Como diz Boal: “[...] o teatro pode ser uma arma

de libertação, de transformação social e educativa” (BOAL, 1980).

Nessa perspectiva, considerando-se a maneira como o contexto social e

histórico pode ser trabalhado por meio de jogos teatrais, que o desenvolvimento da

linguagem das artes plásticas faz com que a expressividade do sujeito seja refinada,

e que o conhecimento das artes computacionais o habilita a lidar com o mundo

contemporâneo, a aplicação do projeto novela gráfica urbana seria um frutífero

caminho para se efetivar o ideal de Vygotsky e de Freire - a aliança entre

conhecimentos, conteúdos e expressão na educação em prol de uma

conscientização e problematização da realidade.

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5. Metodologia

Decidimos pela Zona de Desenvolvimento Proximal de Vygotsky como uma

estratégia de mediação pedagógica, que nos auxiliará em todas as ações

concernentes ao projeto, no qual estaremos considerando o referencial e o

conhecimento prévio dos alunos para a elaboração de novos conceitos, num

exercício de construção ativa e autônoma de pensamento e conhecimentos.

A primeira etapa desse processo será uma roda de conversa sobre a

realidade social das comunidades onde vivem os alunos, a fim de serem

identificados temas-chave para serem experimentados em dramatizações nos jogos

teatrais e representados em ilustrações na novela gráfica. Nesse momento os

estudantes deverão se posicionar quanto a questões que observam no cotidiano de

seus bairros; deverão apontar pontos positivos, pontos negativos e enfatizar a

questão que mais consideram marcante. É necessário que nessa etapa os alunos se

sintam a vontade para apresentarem seus pontos de vista e discutirem divergências

e semelhanças encontradas entre as falas de cada indivíduo. O objetivo é

proporcionar à turma um grande diálogo, ou melhor, de uma discussão, onde todos

participem.

Na segunda etapa trabalharemos com os Jogos Dramáticos, onde partiremos

das perspectivas de Viola Spolin e Augusto Boal; os jogos teatrais de Spolin e a

teatral prática psicodramática de Boal, no sentido de construções cênicas coletivas,

improvisação a partir das questões essenciais presentes na prática proposta por

Spolin (o “quê”, “como?”, “onde?”), partindo das narrativas dos alunos.

Na terceira etapa será um momento referente ao estudo da linguagem de

desenho em quadrinhos ou novela gráfica, onde serão trabalhadas sua definição e

características. Os professores trabalharão com aulas expositivas e com orientação

de pesquisa a ser feita pelos alunos. Serão apresentadas aos alunos questões

relacionadas às especificidades da estética dessa linguagem, como sua inserção na

cultura visual e as aplicações de estilos gráficos no contexto das imagens e das

narrativas. Nessa etapa os alunos farão parte de um único grande grupo.

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Na quarta etapa iniciaremos a construção da Novela Gráfica como quadrinho

autoral e, para tanto a turma será organizada em grupos de cerca de 5 alunos. O

uso do desenho, do grafismo, da pintura, até mesmo da fotografia, se dará como

forma de figurar, ilustrar a ideia do grupo, a história, a novela que irão construir de

suas observações cotidianas. Serão trabalhadas técnicas para a construção dos

quadrinhos,

O primeiro eixo [eixo narrativo] é o da página que segue em linha reta da primeira à ultima. O segundo eixo [eixo emotivo] é o das sobreposições de superfícies menores em cima da superfície da página. Tanto um quanto outro eixo pode estar habitado por uma e outra linguagem, ou seja, por textos ou imagens, tanto faz. O eixo narrativo conta algo. O eixo emotivo interrompe o que é contado pelo primeiro. O eixo emotivo, tendo ele textos ou imagens, ao se projetar espacialmente em direção ao receptor, cria pausas, ênfases, interrompendo o eixo horizontal narrativo (VIGNA, p. 2).

Serão abordados com a turma os elementos que caracterizam a estética dos

quadrinhos ou novelas gráficas, como as relações entre texto e imagem e

construções semânticas estabelecidas nas relações entre os dois eixos textuais – o

narrativo e o emotivo – nas escolhas concernentes às possibilidades da oralidade.

Na quinta etapa faremos o trabalho de edição dessas imagens, trabalhando

com a arte computacional. A arte computacional será usada como forma de reunir as

imagens e os textos. Apresentaremos programas para os alunos, tais como: Power

Point, Photoscape, Movie Maker, Stop Motion, Nero, Photoshop, dentre outros, os

quais será instalado com antecedência nos computadores do laboratório da escola.

Será construída uma animação, fazendo com que a novela gráfica tenha movimento.

Assim, os resultados não precisarão ser necessariamente impressos, mas poderão

circular com maior facilidade e visibilidade pelas redes sociais, pelos inúmeros

canais da internet (redes sociais e outras)¸ trazendo assim maior reflexão das

histórias construídas e legitimadas.

Na sexta etapa faremos, com os alunos, uma avaliação sobre o projeto e a

vivência proporcionada por ele: o que acharam, o que aprenderam, o que não

gostaram, o que melhorariam, o que pretendem fazer daqui pra frente, como se

sentem com relação a si mesmos em meio ao seu contexto, como podem fazer mais

por eles e pelas outras pessoas, dentre outros questionamentos que poderemos

levantar para mediar esse momento de reflexão sobre os resultados obtidos.

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Por fim, a sétima etapa consistirá em uma exposição, um fechamento de todo

o trabalho, no pátio da escola ou na própria sala de aula.

5.1 Procedimentos Metodológicos

- Rodas de conversa: compartilhamento de experiências oralmente, em grupo.

- Jogos de entrosamento: trabalharemos o vínculo afetivo e o estabelecimento da

relação de confiança entre os integrantes dos grupos.

- Jogos de improviso: exercícios teatrais de “resolução de problemas” em grupo.

- Jogos de interpretação: exercícios de atuação baseados nas histórias relatadas

pelos alunos.

- Oficina de produção de textos (a partir dos relatos vivenciados cenicamente).

- Contextualização de Novela Gráfica: exploração dos recursos gráficos (desenho,

pintura, fotografia, recorte/colagem) que darão forma às cenas.

- Introdução à linguagem dos quadrinhos: espaço-tempo de experimentação das

possibilidades gráficas.

- Oficina de quadrinhos (desenho, pintura, etc. a ser definida pelo grupo).

- Edição do material produzido pelos alunos (parte que caberá aos mediadores).

- Avaliação do projeto: novo período de conversas e compartilhamento de

experiências.

- Exposição do produto final do trabalho.

6. Cronograma de aplicação

Atividades

Períodos / 2012

Agosto Setembro Outubro Novembro

Aplicação do projeto na escola

Compartilhamento de relatos pessoais

Dramatização das histórias selecionadas

Explicação de conceitos: Novela Gráfica, Animação,

dentre outros

Debate para elaboração dos quadrinhos

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Ilustração das histórias selecionadas e, apresentação das técnicas de artes visuais

Finalização e animação computacional: Novela Gráfica

Animada

Avaliação

Exposição do resultado para a escola e na internet

7. Considerações finais

A proposta de construção da Novela Gráfica Urbana, partindo da experiência

pessoal dos alunos, em contato com a realidade que os cerca, mostra ser uma

possibilidade rica de envolvimento das linguagens artísticas nas construções

conceituais desenvolvidas na escola. Tais construções são as próprias disciplinas do

curriculo, que, na maioria das vezes, não se conectam com a realidade social

vivenciada pelos alunos, sendo assim, o projeto proporcionará aos alunos condições

para que estes se tornem sujeitos críticos, ativos, construtores de suas próprias

aprendizagens.

O projeto será aplicado no Colégio Barão do Rio Branco, como foi dito no

início da pesquisa. Por ser uma escola na qual dois colegas, integrantes do projeto

trabalham como coordenadora e professor, Viviane e Diogo, será mais fácil a

realização na instituição. O projeto será iniciado no final de agosto, juntamente com

os colegas que trabalham no colégio.

Como já foi dito, o colégio atende, em sua maioria, filhos dos comerciantes da

cidade e moradores de condomínios localizados próximos à Região Administrativa.

O contexto urbano específico da região oferece experiências e vivências ricas no

sentido de promover discussões e construções nas diversas áreas do conhecimento

(Ciências, Arte, Geografia, História, Língua Portuguesa, etc), potencial que é

desconsiderado no sentido de estabelecer conexões entre as disciplinas que

constituem o currículo escolar e a realidade imediata vivenciada pelos estudantes.

Portanto, construir enredos, dramatizar as histórias escolhidas fará com que a

turma entenda o que seja, enfim, uma novela gráfica. Ilustrar as histórias

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selecionadas, proporcionar aos alunos vivências nas técnicas de desenho,

fotografia, pintura, dentre outras possibilidades comuns à realidade local e edição de

áudio e imagens – possibilitará a construção do pensamento e posicionamento

crítico diante da realidade que os cerca.

Desenvolver as linguagens artísticas, teatrais, visuais e computacionais, fará

com que os envolvidos consigam relacionar os conteúdos ao seu cotidiano. A

construção da Novela Gráfica acrescentará aos grupos escolares um espaço de

vivência, investigação e construção colaborativa que ultrapassa os limites da

educação escolar formal, agregando linguagens e recursos de caráter artístico e

lúdico, que possibilitam novas formas de expressões e aprendizagens. Assim,

aguardamos ansiosos, para, enfim, aplicar o projeto na instituição, e, juntos,

aprendermos e ensinarmos uns aos outros.

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8. Referências bibliográficas

BOAL, Augusto. Teatro do oprimido e outras poéticas políticas. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1980.

FERNÁNDEZ, Alicia. A inteligência aprisionada. Porto Alegre: ArtMed, 1991. GARCIA, Regina Leite (org.). Souza, Maria Izabel Porto de. Método: pesquisa com o cotidiano. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. HERNÁNDEZ, Fernando & OLIVEIRA, Marilda (Orgs.). A formação do professor e o ensino das artes visuais. Santa Maria: Editora UFSM, 2005. ___________________. Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Tradução Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Artmed, 2000. KOUDELA, Ingrid Dormien. Brecht: um jogo de aprendizagem. São Paulo: Perspectiva, 2007__________________. Texto e Jogo. São Paulo: Perspectiva, 1996. PAIVA, W. A . A nova história, sua moral, sua ética e sua arte. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 4, n. 8, p. 113-120, jan./abr. 2003. SPOLIN, Viola. Jogos Teatrais na sala de aula: um manual para o professor. [tradução: Ingrid Koudela]. São Paulo, Perspectiva: 2007. SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro. [Tradução e revisão de Ingrid Dormien Koudela e Eduardo José de Almeida Amos]. São Paulo: Perspectiva, 2005. VIGNA, Elvira. Os Sons das palavras: Possibilidades e Limites da Novela Gráfica. Fonte: http://www.gelbc.com.br/pdf_jornada_2011/elvira_vigna.pdf. Acesso em: 31 de Maio de 2012.

VYGOTSKY, Lev Seminovich. O desenvolvimento psicológico na infância – Vygotsky e o processo de formação de conceitos. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

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Instituto de Artes

Universidade de Brasília/ UNB

Arteduca: Arte, Educação e Tecnologias Contemporâneas

PORTFÓLIO

PRISCILA DE MACEDO PEREIRA E SOUZA

2011/2012

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SUMÁRIO SAGUÃO DO CURSO Atividade 1: Apresentação dos participantes ETAPA 1 - ESTUDOS PRELIMINARES E PROCESSO SELETIVO MÓDULO 1: FUNDAMENTOS DO ARTEDUCA MÓDULO 2: FUNDAMENTOS DA APRENDIZAGEM A DISTÂNCIA Unidade 1: Estratégias de ensino e aprendizagem a distância Unidade 2: Mediação pedagógica e metodologia colaborativa na EAD MÓDULO 3: ABORDAGENS TEÓRICAS APLICADAS À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ETAPA 2 - ESTUDOS ESPECÍFICOS - ARTE-EDUCAÇÃO MÓDULO 4 - A ARTE/EDUCAÇÃO NO BRASIL E O PROCESSO HISTÓRICO MÓDULO 5 - A BAUHAUS MÓDULO 6: CONSTRUÇÃO DE UMA IDENTIDADE NACIONAL MÓDULO 7: A CONSTRUÇÃO DE UMA SÍNTESE DIALÉTICA FESTIVAL ARTEDUCA MÓDULO 8 - ARTE E CULTURA POPULAR MÓDULO 10 - TECNOLOGIAS CONTEMPORÂNEAS NA ESCOLA MÓDULO 11 - PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA ESCOLA

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PARTE II – PORTFÓLIO

Arteduca 2011/2012 - Estudos preliminares

Curso de pós-graduação lato sensu Arteduca: Arte, Educação e Tecnologias Contemporâneas.

Estudos preliminares - Turma 2011/2012

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MÓDULO 1

FUNDAMENTOS DO ARTEDUCA

Atividade 2 - Apresentação

Olá, me chamam de Priscila, Tenho 22 anos, moro atualmente em Goiânia, mas,

com o curso do Grupo Arte Educa e outros planos, pretendo morar um tempo em

DF. Me formo esse ano em Licenciatura, em Artes Visuais pela UFG, na Faculdade

de Artes Visuais. Trabalho com os Surdos na Associação dos Surdos de Goiânia

com fotografia e levando a Arte Contemporânea como meio de comunicação,

expressão de ideias. É um trabalho muito bacana que tem me motivado a escrever

muito, pensar, refletir muito sobre as Artes Visuais para esse público. Acho que só.

Prazer!

Obs.: Ah, e é a primeira vez que estudo de fato com AVA, já fiz a disciplina Estagio 4

e 5 assim, mas, não funcionou muito, quem acostuma com o presencial fica meio

"boaindo" com isso de distância.

Atividade 3 – Expectativas em relação ao curso

Amei o curso! Bem dinâmico, muito interessante! Caiu uma questão no ENADE

sobre o EaD e nem respondi. Não conhecia a fundo assim como explicadinho no

texto "Fundamentos". Muito bom mesmo. Estou muito empolgada, espero conseguir

realizar todas as atividades a tempo. Ainda não trabalho, então tenho muito tempo

livre. Só acredito que as reclamações do tempo no computador aqui em casa serão

enormes, mas, por uma grande causa. A minha formação! Na faculdade de artes

visuais da UFG vemos justamente questões assim, relacionando cultura

(Hernandez) e arte. Trabalhei muito com Vygotsky e ele com certeza é um grande

educador, psicólogo e tudo mais. A zona de desenvolvimento proximal me ajudou

muito a entender, a compreender o mundo dos meus alunos Surdos e a ensina-los,

mediar conhecimentos da arte, fotografia, identidade, fotografia e outros conceitos

através dessas metodologias (Cultura Visual e ZDP). Espero conseguir continuar o

curso, objetivos desafiadores. Trabalhar com tais ferramentas (tecnológicas) causam

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estranhamento, por incrível que pareça, até nas escolas mais equipadas que

conheço, públicas, em Goiânia. Abraço, Vamos caminhando!

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MÓDULO 2 - FUNDAMENTOS DA APRENDIZAGEM A DISTÂNCIA

Unidade 1 - Estratégias de aprendizagem a distância

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

INSTITUTO DE ARTES

ARTE-EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO INSTITUTO DE ARTES/UnB

PRISCILA DE MACEDO PEREIRA E SOUZA

Atividade 5 – Navegação Exploratória

Texto: Estratégias de ensino e aprendizagem a distância - Módulo 2 - Fundamentos da aprendizagem a distância - Profª Maria de Fátima Guerra de Sousa

Goiânia

2011

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Minha lista:

No fórum da atividade 1 - Na apresentação de cada um, 'catei' algumas

frases interessantes:

Sara: "Educar para mim é um dom além de um privilégio" - Verdade, tbm penso assim! Educar é muito mágico, é inexplicável! Crianças, adolescentes, jovens, adultos, não importa o público, é sempre rico, a experiência, magnífica, singular. "Participar do Arteduca para mim é uma oportunidade de enriquecer o conhecimento nestas áreas além da rica troca de experiências que ele proporciona. Espero aprender muito por aqui." - É isso ai! Também estou aprendendo muito. Principalmente como a profa. Guerra mesmo disse: ''Não fazer o curso nas sobras do tempo". Confesso que sou um tanto imperativa e planejar, me organizar é muito difícil, um desafio e tanto. Daniela Marque: "a EaD é uma ferramenta valiosa no ensino tanto superior como fundamental." - Com certeza! Concordo demais. Mas, claro, disciplina e força de vontade precisam estar presentes sempre. Que não é nada fácil. Adriano Carvalho: "me propor um novo desafio criativo na área da Arte-educação." - Desafio criativo, inesperado, mas, que chegou numa ótima hora pra mim. Pra não parar o ritmo da faculdade, não parar com o ritmo que aprendi a ter nesses 4 anos, trabalhando, estudando, pesquisando, fazendo mil coisas. Leonardo: "Comecei também a me aventurar pelos caminhos da produção cultural - o que tem me aberto os olhos para outras leituras sobre arte." - Também foi assim comigo. Antes de iniciar a facul já produzia e tals, mas, depois que entrei meus horizontes se abriram. Muito me foi apresentado e muito aproveitei. Li, conheci e produzi muita arte. Foi um tempo muito importante da minha vida como prof de artes, como artista plástica, como pessoa. Stefane Moço: "Adorei esse espaço aqui e quero estudar sempre, porque em se tratando de arte quanto mais sei mas chego a conclusão que devo estudar muito." - Concordo demais. Sempre que estudo arte, e sobre os artistas, tradicionais, modernos ou contemporâneos, descubro coisas novas, inovadoras, diferentonas, e sempre me surpreendo! Realmente é um mundo cheio de novidade e vivo.

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Roberta Letícia: "Desenho e gosto de imagens desde sempre, e talvez por isso, não tive dúvidas ao escolher essa área." - Também. As imagens sempre me fascinaram! E estudando mais sobre o poder que elas tem vi nas leituras de Fernando Hernandez o quanto elas podem ensinar por elas mesmas. Assim fiz meu trabalho na Associação dos Surdos de Goiânia, ensinando fotografia artística para esse público, visual, e sem muitos conceitos em seu vocabulário, conseguimos passar o conteúdo e modificar esse espaço apenas com imagens. Foi uma experiência e tanto!

Aline Christine: "Participar do Arteduca para mim é uma oportunidade de linkar tudo que eu gosto numa coisa só, enriquecer o conhecimento e a troca de experiências e tecnologia que ele proporciona." - Também foi assim pra mim. Sempre estive envolvida nas artes, fiz de tudo um pouco na minha infância e adolescência. Agradeço aos meus pais por terem me dado essa oportunidade, na qual me moldou muito bem, por sinal. Assim, o curso de licenciatura uniu meu amor pela educação e pelas artes plásticas. E acredito que o Arteduca vai acrescentar mais com relação a tecnologia também! Idelma Gonçalves: "A única coisa que tenho certeza é que sou capaz, sempre... Mas sou gente boa..." - Somos duas então!

No fórum da atividade 2 - atualização do perfil,

observei algumas falas que achei muito interessantes, outras geniais, outras

curiosas:

Sei que a diversidade de idades por aqui é muito grande! 22, 23, 24, 28, 43,

50, aposentados... outros são casados e casadas com o Flávio, com o Léo, com o

Vicente, com a Marilene, com o Lelo, com a Graça, com a Rejane, com o Fábio...

Alguns tem filhos pequenos, outros já na faculdade, e alguns na Medicina, no

Direito...

Muitos colegas já trabalham, alguns com muitos anos de experiência, outros

começando, outros nem começaram (como no meu caso)... Muitos pedagogos,

muitos professores de música, arte, dança, teatro, filosofia, arquitetura, matemática,

design de moda, design gráfico, libras, até informática!

Que moram perto, outros que moram muito longe.

Alguns moram em Goiânia - GO, em Brasília - DF, em Alexânia - GO, em

Quirinópolis - GO, em Corrente/PI, no Rio de Janeiro - RJ, em Paraibuna - SP,

Palmas - TO, em Ceilândia - DF, Paraisópolis - MG, São Paulo - SP, Formosa - GO,

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em Campos - RJ, em Montes Claros - MG, em Belo Horizonte - MG, em Boa Vista -

RO...

Alguns gostam de fotografia, outros não. Alguns são alegres, sorridentes,

outros são somente um smile de cor amarela.

Alguns gostam de falar de si e escrevem, escrevem, já outros com apenas

uma linha descrevem o que realmente acham importante ser dito.

Alguns se formaram na FAV/UFG, outros na UnB, outros no SENAC, no

SENAI, no IESB, pela UFG/UAB, pela UFMG, e tantas outras instituições.

Outros gostam de contar da vida, outros são mais profissionais e preferem

falar apenas sobre "EaD". É interessante, as vezes cômico. Mas, agora sim,

estamos nos tornando uma "bela comunidade de aprendizagem" - Profa Guerra.

No café das Letras, a Andreia nos encantou com a Nina flor; a Genercy com

sua surpreendente arte com café! Literalmente! Algumas conversas, um espaço

informal, mas, com poucos acessos. Se tornou um mural de avisos, mas, ainda é um

espaço pra relaxar.

Na atividade 4, pra usarmos a ferramenta CHAT

foi bem legal as discussões até agora. Senti um pouco de resistência com relação ao

tema Artes, fotografia, escultura, desenho, pintura. Qual a reflexão que fazemos com

relação a tudo isso? e música, teatro, e tantos outros pontos? Será nós professores

tão assim teóricos que não conseguimos sentir como os bacharéis? Nos posicionar

de forma subjetiva, sem rodeios ou excesso de intelectualidade com as palavras?

Como nossos alunos veem a arte? Algo capaz de modificar olhares, construir

novos sentidos, formar construtores críticos realmente? ou apenas mais uma aula

teórica e chata? Cômico e trágico, mas, veremos mais adiante.

Tenho colegas na graduação que não gostam de arte, não ousam fazer arte,

criticam arte contemporânea, não conseguem refletir sobre o tema. Como se formar

em licenciatura, numa universidade onde a reflexão, a critica, e tantas informações

para mudança, crescimento, posicionamentos é tão forte, alunos assim conseguem

continuar? É tanta pressão, e ainda sim terminam longos 4 anos com a mesma

visão, se não pior do que a de outrora.

A Arte é capaz de revolucionar, é muito poderosa. Precisamos saber usá-la

com responsabilidade, domínio, agilidade, com ousadia, coragem. Sem ter medo de

sermos felizes!

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"É preciso, pois, que o processo educativo desenvolvido no âmbito das diferentes áreas do conhecimento forme pessoas-cidadãs críticas, capazes de interpretar e compreender a realidade que as rodeia, e sejam capazes de responder, de forma adequada, aos desafios da vida. Há, pois, que se aprender a ser uma pessoa autônoma e colaborativa, a exercer a cidadania, bem como aprender a ser um estrategista da mudança social, na direção de uma sociedade mais humana e mais justa. Há que se aprender, ainda, a argumentar de modo coerente, sem que se feche nisso ou se perca o respeito pelas ideias do outro, só porque são divergentes." (Profa. Guerra)

Verdade, verdade. Pena q eu não sabia disso quando estava no período

escolar, em plena formação... nem eu, nem quem me ensinava.

Precisamos de Basquiat,

Figura 1

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e Benjamin Domingues, com o casal Arnolfini de Jean Van Eyck,

Figura 2

de AI WEI WE,

Figura 3

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Como diz Thiollent, concordo que a Arte deve também ser capaz de ser,

(...) Uma ação educacional com propósito emancipatório é um desafio às leis de reprodução social, gerando transformações sociais a partir do fato de as camadas desfavorecidas terem acesso à educação, não apenas acesso ao vigente conhecimento etilizado, mas, sobretudo condição de construir conhecimentos novos, em termos de conteúdos, formas e usos.

Na Atividade 3 - Expectativas do curso,

observei em nossas falas basicamente o que a Profa. Guerra diz em seu texto:

"Comunique-se com os tutores. Deixe claras as suas necessidades ou dúvidas. Peça orientações. Estude. Se empenhe. Ajude os colegas nisso. Pesquise e vão adiante. Este é o sonho de todo professor: ver um estudante buscando aprender e se empenhando nesse processo, de modo responsável e autônomo."

Genercy: "Neste sentido, é importante para o desenvolvimento do processo construtivo de aprendizagem estabelecer aquisição de novos conhecimentos por meio da motivação, esforço, responsabilidade, disciplina, mas, sobretudo, colaboração dos participantes do processo, pois, depende de cada um conduzir a bagagem necessária para trilhar o caminho escolhido." "As reflexões das experiências vivenciadas e os conhecimentos prévios conforme as particularidades e singularidades de cada participante são bagagens que, por sua vez, conjuntamente aos próximos e vindouros conhecimentos tornar-se-ão elementos de peso para auxiliarem nas futuras atividades solicitadas." Andréia Borges: "A proposta do curso certamente atenderá as minhas expectativas. Em especial pela forma que nos é oferecido, online, pois acredito muito da EaD. Acredito tanto que estou fazendo dois cursos alem desta especialização e todos sempre superaram as minhas expectativas. A argonauta aqui ainda tem muito espaço livre na mochila, a ser preenchido pelos ensinamentos da especialização e aquisição de experiências dos próprios colegas do curso."

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Maria da Glória: "A mediação do mundo, do professor, do tutor, dos conteúdos aqui se faz presente. E, articulado a isso, emerge o cuidado com a individualidade e a totalidade, o singular e o plural que são marcas das interações humanas. Colaboração; interação, autonomia e alteridade são portanto momentos que poderemos vivenciar nesse curso respondendo às nossas expectativas para um processo de aprendizagem autônomo, dialógico e colaborativo." Leonardo: "Contudo, como qualquer curso em ensino a distância, deve-se haver um comprometimento maduro dos alunos em prol do aprendizado em comum, pois o curso em si disponibiliza as ferramentas e o material humano necessário para fazermos nossas conexões, mas se não houver disciplina e interesse realmente as coisas se perdem pelo meio do caminho." Adriano: "Agora que sou professor, enxergo as coisas de forma bem diferente da visão que tinha quando era estudante de artes na UnB. Posso afirmar que minha responsabilidade em relação à arte aumentou e muito, pois agora o aprendizado em artes de centenas de crianças depende de mim. É preciso muito planejamento para articular a nossa visão sobre a arte, com o que a escola quer que seja ensinado e o que realmente vem a ser arte na contemporaneidade." Ana Angélica: "A maior delas e esse intercâmbio de ideias, conhecimentos e informações. No meu dia-a-dia sinto muita falta, poucos sabem o que consiste o ensino de Arte, acham que é tecnica com um resultado "bonitinho", preciso muito de crítica construtiva e troca de idéias nos meus momentos de planejamento e avalição própria." Catia: "Mesmo sendo presencial, sempre falo para meus alunos sobre as mesmas necessidades que nos são cobradas em cursos a distância: necessidade da autonomia, organização e, principalmente a visão que cada um precisa ter de que, na era da tecnologia, tornamo-nos mais e mais responsáveis pelo nosso aprendizado."

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Referências

AI WEI WE. Fonte: http://blogdamartabellini.blogspot.com/2011/06/panopticos-prisoes-e-normalizacao.html.

BASQUIAT. Fonte: http://www.imprimaseuestilo.com.br/2009/12/10/graphium-intervencao-urbana/.

DOMINGUES, Benjamin. O Casal Arnolfini de Jean Van Eyck. Fonte: http://blogdofavre.ig.com.br/2010/05/o-casal-arnolfini-de-van-eyck-a-dominguez/.

SOUSA, Maria de Fátima Guerra de Sousa. Estratégias de ensino e aprendizagem a distância.

THIOLLENT, Michel. Metodologia da Pesquisa-Ação. P.14. Editora Cortez. São

Paulo. 1996.

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MÓDULO 2 - FUNDAMENTOS DA APRENDIZAGEM A DISTÂNCIA -

Atividade 6: a metodologia colaborativa na aprendizagem on-line

Como relatora do grupo, assim, posto o seguinte glossário discutido e enfim, encerrado. Glossário Grupo: Adriano Alessandra Cátia Diogo Priscila Pesquisa:

É uma prática de constante busca, investigação, averiguação, indagação, um

questionamento crítico e criativo para um problema, ou vários. É uma atividade de

aproximação sucessiva da realidade que nunca se esgota, fazendo uma combinação

entre teoria e dados coletados.

Autonomia: Na aprendizagem ela acentua a importância da inter-relação com os outros

para que o aluno possa assumir um maior controle na sua aprendizagem, o aluno

não é independente ou dependente, mas sim interdependente. A autonomia da

escola pressupõe uma identidade própria onde os diversos atoes que interagem na

escola contribuem para a alteração do sistema.

Aprendizagem construtivista:

Esse método propõe que o aluno participe ativamente do próprio aprendizado,

mediante a experimentação, a pesquisa em grupo, o estímulo a dúvida e o

desenvolvimento do raciocínio, entre outros. Rejeita a apresentação de

conhecimentos “prontos” ao estudante, assim, o mesmo toma parte de forma direta

na construção do conhecimento que adquire.

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Netiqueta: A "Netiqueta" (junção das palavras: Internet + etiqueta) é um termo usado

para designar um modo de agir educadamente na Internet. Os mesmos "bons

modos" que devemos apresentar quando estamos em contato com outras pessoas,

quando recebemos visitas ou somos visitas para alguém, quando estamos em

interação nos diversos espaços sociais (no trabalho, na Escola, e agora, ao nos

relacionarmos pela Internet através do nosso Curso). Vejamos algumas regras de

Netiqueta: Esteja aberto a compartilhar suas experiências pessoais, profissionais e

educacionais como parte do processo de aprendizagem; seja organizado; acesse

regularmente (uma vez ao dia) o site do curso, leia e responda às mensagens, leia

os textos indicados e faça as pesquisas pedidas pelo tutor ou necessárias ao seu

aprendizado; e colabore em grupos, aprenda a ouvir e construir um conhecimento

compartilhado.

Matriz Humanizante:

Ela baseia-se em princípios de solidariedade e companheirismo entre os

integrantes do grupo na execução de trabalhos. Ela estabelece um relacionamento

entre os colegas, no caso, virtuais, tendo a consciência de que, do outro lado da tela

existe um ser humano cujos sentimentos são semelhantes aos de todos os

envolvidos. Em um grupo de estudos, cujas relações entre os integrantes são

construídas sobre bases humanizantes, a harmonia contribuirá, sem dúvida, para

resultados mais positivos.

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Referências Bibliográficas

Autonomia. O conceito de autonomia na escola: algumas reflexões. Fonte: http://rmoura.tripod.com/autonomia.htm.

Aprendizagem Construtiva. Machado e Maia, 2004. Matriz Humanizante. Fonte: http://www.insightead.com.br/file.php/1/Orientacoes_aos_Alunos_V1.pdf.

Netiqueta. Fonte: http://www.cemetre.com.br/ead/file.php/1/Netiqueta.pdf.

Pesquisa. Fonte: MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento. São Paulo: Hucitec,1993.

Fonte: DEMO, Pedro. Pesquisa e Construção do conhecimento. Rio de Janeiro: Templo Brasileiro, 1994.

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MÓDULO 3 - ABORDAGENS TEÓRICAS APLICADAS À EAD

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

INSTITUTO DE ARTES

ARTE-EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO INSTITUTO DE ARTES/UnB

Alessandra de Oliveira Brumana

Aline Cristine dos Santos

Diogo Gomes Nunes

Priscila de Macedo Pereira e Souza

Viviane Godoi Campos

Atividade 7 – Abordagens teóricas aplicadas à Educação a Distância

Goiânia

2011

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Vygotsky e o processo de aquisição do conhecimento: do interpessoal ao intrapessoal

Desenvolvimento a partir do outro

A concepção de desenvolvimento de Vygotsky, baseada no pensamento de Engels e Marx, fundamenta-se na ideia do homem como organismo biológico e social, integrado em um processo histórico. Trata-se, portanto, de uma teoria histórico-social do desenvolvimento, que “propõe uma visão da formação das funções psíquicas superiores como ‘internalização’ mediada da cultura e, portanto, postula um sujeito social que não é apenas ativo, mas, sobretudo, interativo”.

O homem interfere e transforma o seu meio sociocultural ao interagir com ele, quanto o resultado desta interação acaba por interferir no comportamento desse mesmo homem. Por conseguinte, revela-se, assim, uma relação de mão-dupla, na qual há um intercâmbio, uma interação e uma constante modificação, entre o homem e seu meio sociocultural e vice-versa, na qual os dois extremos – homem e meio – são, ao mesmo tempo, transformadores e transformados, produtos e produtores de cultura e conhecimento.

Assim, o aluno na EaD é transformado e transforma ao mesmo tempo, é produto e produtor de conhecimento.

Mediação – Relação Professor/Aluno

A importância de se entender o conceito de mediação nesta relação do homem com seu meio cultural, pois é através dela que as funções psicológicas superiores acontecem. Então, para Vygotsky, esta relação homem/mundo não é direta, mas sim, uma relação mediada por algum elemento, que tanto pode ser um instrumento ou um signo, elaborados num determinado contexto histórico cultural.

Essa visão da formação das funções. Esse estilo didático esta presente nas escolas de EAD há certo tempo, principalmente com a difusão nos cursos de formação de professores de concepções de ensino baseadas no construtivismo. Elas partem de algumas bases comuns como: a ideia de que o professor “não ensina”, é o aluno que constrói seu próprio conhecimento; a noção de currículo flexível (frequentemente na forma de projetos interdisciplinares); a flexibilidade da avaliação da aprendizagem; o professor aprende na sua experiência prática (reflexão na ação, pela ação); ênfase mais no processo do que no produto. Apesar de ser uma visão positivista de conhecimento e de ensino, ajudam-nos a elaborar de forma consciente e independente um conhecimento que possa ser utilizado nas várias situações da vida prática e as atividades que organizam nos levam a ampliar o desenvolvimento cognitivo, a adquirir métodos de pensamento, habilidades e capacidades mentais para poderem lidar de forma independente e criativa com os conhecimentos e a realidade.

O professor mediador pode contribuir melhor e com uma boa didática. Em um trabalho no qual o professor atua como mediador da relação cognitiva do aluno com

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a matéria (no caso da EAD no ambiente virtual) significa grandes ganhos para ambas as partes. Há uma condução eficaz da aula quando o professor assegura, pelo seu trabalho, o encontro bem sucedido entre o aluno e a matéria de estudo.

Assim, acreditamos que com a ajuda de um professor/mediador é possível alcançar o aluno em suas dificuldades, fazendo com que o mesmo conquiste novos horizontes, novos conceitos.

Para que se compreenda melhor o conceito de mediação na abordagem sócio interacionista, é importante buscar sua origem, que pode ser encontrada na relação entre aprendizagem e desenvolvimento. Vygotsky destaca aspectos específicos e propõe sua teoria da aprendizagem a partir de três diferentes níveis de desenvolvimento: o real, o potencial e a zona de desenvolvimento proximal (ZPD). No caso do nível de desenvolvimento real a aprendizagem pode ocorrer com autonomia, sem ajuda; no segundo nível, os indivíduos mostram do que são capazes, contando com a ajuda de outros.

A zona de desenvolvimento proximal “representa a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes”. (VYGOTSKY. 1998. P.112).

Para Vygotsky, a transmissão racional e intencional da experiência e do pensamento a outros requer um sistema mediador. Esse sistema para ele é constituído pela fala humana, que se origina da necessidade de intercâmbio entre os indivíduos.

As proposições de Vygotsky são importantes para que possamos compreender o papel da arte na relação homem/mundo. Considerando a arte como uma linguagem que, analogamente às tradicionais - oral e escrita – tem características próprias de expressão, é capaz de promover o intercâmbio social e o pensamento generalizante, pode-se afirmar que ela possibilita a construção de novos conceitos e significados. Desse modo, da mesma forma que as palavras, a arte em suas várias modalidades de linguagem - musicais, cênicas, visuais e corporais - propicia uma mediação simbólica entre o homem e sua realidade posto que são carregadas de sentidos e significações, tanto para seu produtor como para seus fruidores.

Assim, é possível ser formar esses alunos fruidores, algo mais que simples espectadores. O fruidor não apenas contempla a arte. Ele sente, questiona, reflete, interpreta e interage com o objeto artístico, dando significado próprio ao que vê. Assim, o fruidor interage com a obra de arte, dando-lhe uma significação única e pessoal, que transcende, desta forma, a limitação imposta por significados externos e pré-determinados.

Logo, pode-se afirmar que a arte caracteriza-se por ser um instrumento reflexivo de mediação entre o homem e o mundo e, portanto, capaz de construir novos conhecimentos e aprendizagens. Essa constatação nos permite afirmar que a abordagem teórica Vygotskyana fornece subsídios para a defesa de propostas que

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valorizem o papel da arte na educação e nos permite, também, concluir que estamos na trilha correta. Na EaD, e num curso ligado as artes, observamos que o objetivo de Vygotsky não foge dos objetivos de uma Educação a Distância, ou mesmo presencial, que é o desenvolvimento das capacidades mentais e da subjetividade dos alunos através da assimilação consciente e ativa dos conteúdos, em cujo processo se leva em conta os motivos dos alunos.

O ensino é o meio pelo qual os alunos se apropriam das capacidades humanas formadas historicamente e objetivadas na cultura. Essa apropriação se dá pela aprendizagem de conteúdos, habilidades, atitudes, formadas pela humanidade ao longo da história. Conforme as próprias palavras de Vygotsky: A internalização de formas culturais de comportamento envolve a reconstrução da atividade psicológica tendo como base as operações com signos. (...) A internalização das atividades socialmente enraizadas e historicamente desenvolvidas constitui o aspecto característico da psicologia humana (1984, p. 65).

Esse processo de interiorização ou apropriação tem as seguintes características:

a) o desenvolvimento mental dos alunos depende da transmissão-interiorização de conhecimentos, habilidades, valores, que vão sendo constituídos na história da humanidade;

b) o papel do ensino é propiciar aos alunos os meios de domínio dos conceitos, isto é, dos modos próprios de pensar e de atuar da matéria ensinada;

c) a ação de ensinar, mais do que “passar conteúdo”, consiste em intervir no processo mental de formação de conceitos dos alunos;

d) a aprendizagem se consolida melhor se forem criadas situações de interlocução, cooperação, diálogo, entre professor e alunos e entre os alunos;

e) as relações intersubjetivas implicam, necessariamente, a compreensão dos motivos dos alunos, isto é, seus objetivos e suas razões para se envolverem nas atividades de aprendizagem.

Os estudos sobre os processos do aprender destacam o papel ativo dos sujeitos na aprendizagem, e especialmente, a necessidade dos sujeitos desenvolverem habilidades de pensamento, competências cognitivas. Isto traz implicações importantes para o ensino, pois se o que está mudando é a forma como se aprende, os professores precisam mudar a forma de como se ensina. O ensinar depende do como se aprende.

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Referências

ALVES, Antonia. CARLI, Andréa. Formação de Professores para o uso adequado s T ’s: uma reflexão em construção: Relato de Experiência. Fonte: http://www.portalwebquest.net/pdfs/pimentel.pdf. CARVALHO, Ana Beatriz . Os Múltiplos Papéis do Professor em Educação a Distância: Uma Abordagem Centrada na Aprendizagem In: 18° Encontro de Pesquisa Educacional do Norte e Nordeste – EPENN. Maceió, 2007. Fonte: http://www.techinfo.eti.br/bee/MULTPAPEAD.doc. ROCHA, Adriana Conde. CAMPELLO, Sheila. Abordagens Teóricas Aplicadas À Educação A Distância. Unidade 3. Fonte: http://www.arteduca.unb.br/ava/file.php/199/1abordagens.pdf. VYGOTSKY, L.S. Psicologia da Arte. São Paulo: Martins Fontes. 1998.

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ENCERRAMENTO DA ETAPA 1 - ESTUDOS PRELIMINARES

Avaliação do módulo 1: Fundamentos do Arteduca

Com relação ao texto de apresentação e tudo mais, gostei demais, foi bem animador e claro pra mim que acabo de sair da graduação, com apenas 22 anos, sem nenhuma experiência em ensino a distância, muito menos com professores e outros profissionais com tanta experiência, vivências, me confesso, me fizeram me sentir muito pequena. Mas, a vida é cheia degraus e acredito que preciso encarar a convivência com pessoas "superiores" para assim crescer mais e mais, por isso gosto tanto de Vygotsky. Bem otimista e me fez pensar. Com relação ao acompanhamento e apoio da tutoria, só tenho a agradecer. Pouco questionei, pois gosto de aprender com as dúvidas dos outros, que por sinal, eram bem parecidas com as minhas, então, bastei observar as postagens e descobrir tudo da melhor forma e no tempo necessário.

Com relação ao acompanhamento e apoio da coordenação, confesso que pouco precisei, mas, também evitei por conta da confusão exorbitante que tivemos nos fóruns. Então, frequentava sem querer frequentar.

E com relação a minha participação, acredito que tenha sido ótima. Consegui administrar meu tempo melhor do que no presencial nos últimos 4 anos, e acredito que minha participação tenha sido satisfatória durante esse período.

Avaliação do módulo 2: Fundamentos da Aprendizagem a Distância

Com relação aos textos, gostei muito da leitura, nada cansativa e muito clara. Entendi mais sobre as estratégias de ensino e aprendizagem a distância e entendo que apesar da dificuldade de interagir com pessoas apenas virtualmente, entendo que é importante para nosso crescimento enquanto arte-educadores, pois nem sempre contamos com o presencial com nossos alunos. Tem sido realmente um aprendizado e tanto.

E o outro texto sobre mediação pedagógica e metodologia colaborativa na EaD, realmente, não funciona muito bem. Nem todos respeitam os horários por "N" motivos, porém, como o texto da professora Guerra fala, não podemos fazer uma pós-graduação nos "restos" de nosso tempo, e mesmo trabalhando em um milhão de projetos em Goiânia consigo administrar muito bem o meu tempo. Creio que atrapalhou bastante o meu rendimento e acredito que o dos colegas também. Faltou tempo, contato para discussões mais aprofundadas.

Com relação ao acompanhamento e apoio da tutoria simplesmente excelente. Percebe-se a preocupação e o verdadeiro acompanhamento dos mesmos. Obrigada. Sempre que precisei fui bem atendida.

Com relação a coordenação, não tive muito contato.

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Com relação a minha participação acredito que tenha sido Ótima, pois amo o que faço, amo as artes visuais e não estou fazendo essa pós para apenas ter mais um ponto interessante no meu currículo, mas, para ter contato com professores e ideais da UnB, bem diferente da FAV, com relação a temáticas, prioridades, autores e outras coisas, para aprender de fato, a trabalhar em equipe, algo inexistente na FAV/UFG, e aprender mais em como trabalhar com projetos, algo bem falho na Universidade na qual estudei. Amei o curso, mas, tenho muitos buracos na minha formação. 4 anos não foram suficientes para aprender nem 50% de como ensinar, pensar em Arte, desenvolver projetos, e tanto que um arte-educador precisa ser, ter e saber.

Avaliação do módulo 3: abordagens teóricas aplicadas à EAD

Com relação ao texto, muito bom. Senti que a ideia do grupo na atividade anterior foi mais proveitosa. Nessa atividade houve muitos desencontros, culpa do Natal, festividades e tal. Confesso que corri como nunca, e até de madrugada fiquei para terminar as atividades a tempo.

O grupo ficou bastante disperso, não houve diálogo o suficiente, e eu como líder fiquei a falar e a pensar sozinha. Mesmo com todos os e-mails, facebook e mesmo o fórum, não tivemos muitos diálogos, interação.

Com relação ao acompanhamento e apoio da tutoria, incrível. Gostei muito de ter conhecido a Aline, que se ajuntou a nós, do grupo por iniciativa da tutoria. Que percebeu o movimento, ou pouco movimento e tal. Muito bom.

Com relação ao apoio da coordenação, eu agradeço por resolverem o meu caso. Com relação a minha participação eu acredito que tenha sido satisfatória. Consegui ler os textos a tempo, reler, analisar, refletir, resumir, pontuar... e fui criticada pelo excesso de texto, e a justificativa foi "o desânimo que isso dá". Bem, relevei, mas, confesso que gosto de texto, argumento, discussão. Pouco participaram, pouco produziram. Assim, nessa atividade 7, esperei mais do que fiz. Tenho medo de ser mal interpretada, mas, não tem jeito. Sempre o sou. Então, participo, tento contagiar as pessoas ao meu redor para fazerem o mesmo, mas, nem sempre dá certo. Paciência.

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Arteduca 2011/2012 - Estudos específicos

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MÓDULO 4 - A ARTE/EDUCAÇÃO NO BRASIL E O PROCESSO HISTÓRICO

Sumário

1. A da Missão Francesa e a criação da Academia Imperial de Belas Artes;

2. O Grupo Grimm;

3. A influência britânica;

4. A influência dos Estados Unidos;

5. Preparando a Elite;

6. Preparando as Classes Sociais mais empobrecidas – Os operários;

7. 1855 – Tentativa de construir uma ponte;

8. 1856 – Liceu de Artes e Ofícios de Bethencourt da Silva;

9. 1882 – A Reforma;

10. 1870 – Industrial Drawing Act;

Atalhos CUNHA, Marcus Vinicius da. Dewey, Escola Nova e construtivismo: continuidade,

descontinuidade e recontextualização. In ALMEIDA, Jane Soares de (Org.). Estudos

sobre a profissão docente. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2001a.

DEWEY, John. Fonte:

http://www.simaodemiranda.com.br/OensinodaartenoBrasil.pdf.

DEWEY, John. Arte como experiência. Tradução de Vera Ribeiro. Martins Editora.

Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/posts/2011/01/03/arte-como-experiencia-

de-john-dewey-por-ana-beatriz-duarte-353363.asp.

ARTEDUCA 2012

UnB/IdA/Grupo Arteduca

Módulo Módulo 4

Turma 2011/2012

Aluno Priscila de Macedo Pereira e Souza

Tutores Sheilla Campelo, Adriana Conde e Anderson Leitão

Atividade Atividade 1: “atalhos”

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Avaliação do Módulo 4

Apesar da correria com a mudança para Brasília, consegui realizar as atividades

bem antes do prazo determinado e gostei de pesquisar mais sobre o assunto. Já

estudei sobre o assunto em varias disciplinas na Graduação e creio que consegui

atingir o objetivo da atividade.

Confundi-me um pouco com algumas postagens no fórum de discussões sobre a

atividade, mas, entendo que pelo fato dos colegas, a maioria, ser de outras áreas,

surgem mais duvidas do que normalmente ocorreria se fossem todos das artes

visuais.

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MÓDULO 5 - A BAUHAUS

Atividade 1: Pesquisa de imagem da Bauhaus

HANNES MEYER - 1928 (mais ou menos) 1930

As aulas de Meyer eram baseadas no seu profundo conhecimento da construção.

Para ele, construir era um processo elementar que exigia considerar as

necessidades humanas — biológicas, intelectuais, espirituais e físicas. Por isso, era

necessário tomar em consideração a totalidade da existência humana. Foi diretor da

Bauhaus de 1928 a 1930.

Durante a sua direção, HM colocou a Bauhaus numa posição contemporânea:

critérios sociais e científicos foram tratados como componentes da mesma

importância no processo de elaboração dos projetos.

Meyer tentava responder à miséria e pobreza em que largas camadas da população

viviam, e procurava ao mesmo tempo sistematizar os conhecimentos científicos e

sociais disponíveis, integrando-os em todas as oficinas.

As atividades das oficinas deixaram de estar baseadas em cores primárias e formas

elementares, para estarem em questões de utilidade, de preços baixos e do grupo

social a quem se dirigia a produção.

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Desapareceram as soluções no espírito de um construtivismo estético; os produtos

tornaram-se "necessários, corretos e consequentemente o mais neutral ... que é

possível conceber".

Meyer conseguiu aumentar de forma espantosa a motivação de trabalho dos

estudantes. Atingiram-se muitos sucessos coletivos:

o apartamento popular,

o equipamento da Escola Sindical (1928–1930) Bundesschule des ADGB,

os apartamentos modelo do Bairro Törten e

cozinhas protótipo para a Reichsforschungsgesellschaft.

Hannes Meyer: Laubenganghäuser

Laubenganghaus, 1930.

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Laubenganghaus na Peterholzstraße, 2000. Foto: Harald Wetzel.

A reorganização quase completa da Escola Bauhaus por Hannes Meyer refletia o

desejo do novo diretor de redirigir as intenções sociais e políticas da Bauhaus.

Deu prioridade aos ideais cooperativos: cooperação, equilíbrio harmonioso do

indivíduo e da sociedade.

Como dizem: a poética maquinista, industrial está presente na obra de HM.

A ideia central é essa: a simplicidade, o objetivo de levar o moderno simples s

pessoas de baixa renda, a arquitetura "social". Pelas leituras que fiz, observo a

intenção de criticar a elite e levar a possibilidade de uma arquitetura (para todos) a

sociedade de classe mais baixa, que acreditava que não poderia usufruir da nova

arquitetura, da modernidade da época!

HM foi um visionário, e conseguiu revolucionar seus alunos e colegas, embora,

tenho sido expulso mais tarde por fazer parte do Comunismo.

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Avaliação do módulo 5

Gostei do texto, apesar do pouco entendimento do mesmo.

Li e reli varias vezes e confesso que deve ser algo antigo, nunca gostei da Bauhaus

por estudar sobre o tema no curso de Design de Interiores e tenho certo obstáculo

com relação a arquitetura, áreas q pra mim são um tanto duras, como o minimalismo

por exemplo.

Conheço a Bauhaus, e não curto olhar para as coisas com esse lado utilitário com

grande peso. Por isso abandonei o curso e mudei para as artes visuais. Refletir, ser

um construtor critico me fez crescer e entender melhor o mundo visual que nos

cerca.

Não consegui interagir muito por falta realmente de argumentos. Não conheço os

produtos da Apple e não me atraem.

Bem, preciso rever isso se estou fazendo uma pós em Arte-Tecnologia?

O curso não se resumirá em apenas isso, ou estou enganada?

No mais, adorando o curso, os textos.

Os colegas, os professores, enfim, estamos tendo maior contato e começo a

conhecer mais os colegas.

Não conseguir participar muito e fiquei mais observando, acompanhando as

postagens todos os dias, vendo novidades, novos comentários, novas dicas.

Gostei dessa atividade.

Espero colaborar mais na próxima.

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MÓDULO 6: CONSTRUÇÃO DE UMA IDENTIDADE NACIONAL

Com certeza meu tema escolhido eh : O ensino da Arte na Nova Capital: as Escolas Parque e a UnB!

O Restante já estudei 4 anos e prefiro aprender algo novo... Minha orientadora Alice Fátima Martins sempre falou muito de suas aulas nas Escola Parque ... gostaria de estudar mais sobre o assunto.

UnB / IdA / Grupo Arteduca

ARTEDUCA 2011

MÓDULO Módulo 06

Turma 03

Aluno (s) Diogo Gomes Nunes; Leonardo Luigi Perotto; Leonardo Salviano Pedro Borges; Priscila de Macedo Pereira e Souza; Sara dos Santos Vale;

Tutores Anderson Leitão; Sheila Campello

Atividade Atividade Colaborativa – As Escolas-Parque de Brasília

O ensino da Arte na nova capital: as Escolas-Parques e a UnB

1 - Antecedentes históricos da Escola-Parque

1) Escola Moderna no Brasil – entre 1906 e 1919, com sua pedagogia racional

libertária, inspirada em Ferrer y Guardia, considerava o conhecimento racional

dado pela ciência a melhor maneira de superar os preconceitos,

tradicionalismos e dogmatismos. As Escolas Modernas, sustentadas por

sindicatos, ofereciam aulas de história geral, ciências, artes e essas aulas

poderiam ser frequentadas pelas famílias dos alunos para discutirem as lutas

pelo progresso.

2) Modernismo e Semana de Arte Moderna de 1922, que promoveram a

renovação da linguagem artística, com a busca de experimentação e a

liberdade criadora de ruptura com movimentos anteriores.

3) Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova de 1932, por meio da Pedagogia da

Escola Nova Renovada Não-Diretiva (Rogers) e Escola Renovada

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Progressivista (Dewey). Defendiam uma escola única, pública, laica,

obrigatória e gratuita, em profunda relação com a vida prática, tendo em vista

o desenvolvimento do individuo e da sociedade. Os Pioneiros da Escola

Nova no Brasil, entre eles Anísio Teixeira, sofreram com a resistência dos

Liberais Católicos Conservadores, que tomaram partido da velha ordem e

da escola tradicional.

4) O Estado Novo 1937 a 1945, com a Ditadura Vargas afastou o grupo da

Escola Nova da liderança educacional, um enfraquecimento da sua influência

nas escolas elementares e secundárias.

5) Lucio Costa cuja proposta de introdução de conceitos teóricos do ensino de

desenho entra em confronto com a “livre expressão”, um dos pressupostos

dos expressionistas, que não admitiam interferência no trabalho do aluno. Ao

contrário de Walter Smith, Lucio Costa mostrava preocupação em suprir as

carências teóricas da formação dos professores que ministrariam as aulas. Já

os pressupostos básicos do “laissez-faire”, ou deixar fazer, permitia dispensar

a formação de professores para o ensino da arte.

6) Escolinhas de Arte do Brasil, lideradas por Augusto Rodrigues – 1948. Com

pedagogia inspirada pelos princípios da Escola Nova e de autores como

Dewey e Lowenfeld, dos Estados Unidos, e Herbert Read, da Inglaterra.

7) “Manifesto dos Educadores Democratas em Defesa do Ensino Público”, em 1º

de julho de 1959. Maior reação desde o Manifesto da Escola Nova, contra o

projeto de lei que propunha a retirada de autonomia da escola pública e de

recursos da esfera pública para privilegiar a esfera privada.

2 – As Escolas-Parque

Construção de Brasília, no Governo Kubitschek, 1956-1961.

A Comissão de Administração do Sistema Educacional de Brasília – CASEB,

instituída em 1959, tinha Anísio Teixeira como membro da Comissão Deliberativa.

A criação de uma identidade nacional tem seu clímax com a inauguração de Brasília

em 1960.

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O Plano de Construções Escolares de Brasília, por Anísio Teixeira, previa a

organização do espaço escolar em “Centros de educação e não apenas escolas”,

um centro de educação elementar ao modo de uma “universidade infantil”. Era

similar quanto ao planejamento das políticas de edificações escolares do Rio de

Janeiro e da Bahia. Pretendia oferecer ao país um modelo de edificações escolares,

representado por este conjunto de escolas, que pudesse constituir de exemplo e

demonstração para a renovação do sistema educacional do Brasil.

Com o Golpe militar 1964 o ciclo de reformas educacionais proposto pela

“utopia autoritária” da ditadura militar é evidenciado pelas leis Nº. 5540/68, a qual

deu prioridade à formação técnica no ensino superior e a 5692/71, que mostrava a

tendência tecnicista na organização escolar do ensino de 1º e 2º graus.

Em 4/1/74, foi aprovada pelo Conselho de Educação do Distrito Federal a

Resolução Nº 01/74-CEDF, estabelecendo as normas sobre a estrutura e o

funcionamento do ensino de 1º e 2º graus, de acordo com a nova Lei de Diretrizes e

Base da Educação de 1971. Onde determinava a caracterização das novas Escolas-

Parque: “Escolas-Parque são os estabelecimentos de ensino destinados a ministrar

atividades que completem a parte de currículo desenvolvido nas Escolas-Classe”

(Resolução 1/74-CEDF, art. 10, § 2º).

Uma observação atenta às ‘culturas organizacionais’ das escolas-parque

evidenciará características marcantes da escola tradicional, impostas pelas

burocracias administrativas hegemônicas que se sucederam e seus respectivos

‘regimes pedagógicos’, ainda hoje vigentes, de acordo com cada cultura local

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Referências Bibliograficas:

Arte-Educação no Brasil. Realidade hoje e expectativas futuras. Ana Mae Barbosa. Em http://www.scielo.br/pdf/ea/v3n7/v3n7a10.pdf.

Anísio Teixeira e as Políticas de Edificações Escolares no Rio de Janeiro (1931-1935) e na Bahia (1947-1951). Célia Rosângela Dantas Dórea. Em http://www.sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe1/anais/036_celia_rosangela.pdf.

Anísio Teixeira e a Tecnologia na nova Capital. Raquel de Almeida Moraes. Em http://www.histedbr.fae.unicamp.br/acer_histedbr/seminario/seminario8/_files/oyLhWCfH.pdf.

Anísio Teixeira e o Plano de Educação de Brasília. Eva Waisros Pereira, Unb; Lúcia Maria da Franca Rocha, UFBA. GT: História da Educação / n.02. Em: http://www.anped.org.br/reunioes/28/textos/GT02/GT02-667--Int.doc.

Anísio Teixeira, uma "visão" do futuro. CORDEIRO, C. M. F. In: Estudos Avançados. 2001, vol.15, n.42, pp. 241-258. Edição Online. (Acesso em 13/02/2012). Em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-401420010002000.

O Ciclo de Reformas Educacionais Proposto pela “Utopia Autoritária” (Leis Nº. 5540/68 e 5692/71). História e-História. Grupo de Pesquisa Arqueologia Histórica da UniCamp. Em: http://www.historiahistoria.com.br/materia.cfm?tb=artigos&id=45.

Cultura organizacional e projeto de mudança em escolas públicas. Lúcia Helena Gonçalves Teixeira. Campinas, SP: Autores Associados, São Paulo, SP: UMESP: ANPAE, 2002.

Educação, meio ambiente e cultura: alquimias do conhecimento na sociedade de controle. GODOY, Ana e AVELINO, Nildo. Educ. rev. [online]. 2009, vol.25, n.3, pp. 327-351. Em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_pdf&pid=S0102-46982009000300016&lng=en&nrm=iso&tlng=pt.

A Educação nos anos de chumbo: a Política Educacional ambicionada pela “Utopia Autoritária” (1964-1975). História e-História. Grupo de Pesquisa Arqueologia Histórica da UniCamp. Em: http://www.historiahistoria.com.br/materia.cfm?tb=artigos&id=46. Ensino e historiografia da educação: Problematização de uma hipótese. Clarice Nunes. Em:http://www.anped.org.br/rbe/rbedigital/RBDE01/RBDE01_07_CLARICE_NUNES.pdf Escola Parque de Brasília: uma experiência de educação integral. PEREIRA, E. W.; E. W.; ROCHA, L. M. F. In: Anais do VI Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação. Uberlândia: UFU, 2006. Edição online. (Acesso em 13/02/2012). Em:http://www.faced.ufu.br/colubhe06/anais/arquivo/457EvaWaisros_LuciaRocha.pdf.

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História da Educação Brasileira: Leituras. Maria Lúcia Spedo Hilsdorf. Em www.ia.ufrrj.br/ppgea/conteudo/T2SF/AnaDantas/03.pdf. Lúcio Costa e a Escola Nacional de Belas Artes. Maria Lucia Bressan Pinheiro. Em: http://www.docomomo.org.br/seminario 6 pdfs/Maria Lucia Bressan Pinheiro.pdf. Plano de construções escolares de Brasília. Anísio Teixeira. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, v.35, n.81, jan./mar. 1961. p.195-199. Em: http://www.bvanisioteixeira.ufba.br/artigos/plano3.html. Revista Brasileira de História da Educação. Políticas públicas de interiorização da educação em Goiás nas décadas de 1930 e 1940. Maria de Araújo Nepomuceno e Maria Teresa Canesin Guimarães, pág. 97. Editora Autores Associados – Campinas-SP. 1º número, 2001. Em: http://www.sbhe.org.br/novo/rbhe/RBHE13.pdf

Page 59: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

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Avaliação do Módulo 6

Olá. Bem, gostei de ler, pesquisar sobre as escolas parque.

Os textos, tanto do IdA quanto o trabalho dos colegas desse grupo foram muito

interessantes.

Mas, essa atividade eu não conseguir me aprofundar por completo com relação a

participação no fórum, por conta da minha colação de grau que foi ontem, dia 29.

Em Goiânia não tenho acesso a internet em casa.

Hoje consegui, enfim, entrar na casa de uma amiga, que colou grau comigo.

Será que tem como eu refazer, ou fazer algo? Com relação a minha avaliação?

Ou ficarei com nota baixa nessa atividade por falta de participação suficiente com os

colegas no fórum?

Att.: Priscila

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MÓDULO 7: A CONSTRUÇÃO DE UMA SÍNTESE DIALÉTICA UNIDADE 1: Educação em Arte em uma perspectiva pós-moderna UNIDADE 2: A reforma curricular implantada pela LDB UNIDADE 3: Abordagem Triangular

“O desafio maior que nós, educadores, enfrentamos consiste em tentar viabilizar a aplicação de um currículo elaborado conforme parâmetros pós-modernos, em uma realidade escolar que continua atrelada a padrões modernos.”

Creio que a palavra desafio se enquadra em muitos espaços, diferentes

contextos dentro dos diversos espaços escolares, mas, ainda acredito que, com

criatividade podemos transformar esse "bicho de 7 cabeças" em facilidades na

nossa área.

As artes visuais é sem duvida uma das mais abrangentes que conheço.

Nunca tive problema em levar novidades, novos temas (a realidade da escola),

novas perspectivas ao espaço em que já trabalhei, estagiei. Tudo se trata de

conversar, explicar, explanar, convencer.

Assim, elaborando projetos, explicativos e bem detalhados, consigo trabalhar

qualquer tema dentro do espaço escolar.

Minha escola está atrelada a padrões modernos, mas, com relação as minhas

aulas, ao que eu proponho, está atrelada a padrões pós-modernos, assim, percebo

a mudança (lenta) de alguns professores, cansados dos velhos métodos, das velhas

praticas, e me procuram, a procura de novidades.

UnB/IdA/Grupo Arteduca

ARTEDUCA 2012

Módulo MÓDULO 7 – CONSTRUÇAO DE UMA SINTESE DIALETICA

Turma Turma 1

Aluno (s) Priscila de Macedo Pereira e Souza

Tutores Anderson Leitão

Atividade

A educação em Arte em uma perspectiva pós-moderna.

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Observo características do pós-modernismo muito claras no espaço no qual

eu trabalho. A arte é vista como no pós-modernismo, observando o contexto cultural

das crianças, mas, como na ZDP de Vygotsky, não deixando de a partir desse

conhecimento, levar outros, fazendo uma ponte de conhecimentos. Diferente da

realidade moderna, que estuda assuntos isolados, como o uso de cartilhas trazendo

MonaLisas, Giocondas, sem relação com os alunos, sem uma breve apresentação.

Tento fazer o estudo da arte de forma interdisciplinar e ligada ao cotidiano dos

alunos. Teoria e prática atreladas, sempre.

Trabalho com arte, musica, dança e performance artística com eles. Muitos não

conheciam, assim, levo pouco a pouco novidades, que, irão me ajudar a construir,

mediar esse conhecimento. Uso de diferentes recursos, desde massinha de

modelar, som, tatame, ao computador, instrumentos (sucata ou não).

A avaliação é processual, valorizando as múltiplas narrativas construídas em

sala, no corredor, no pátio, nas relações entre os alunos observadas por mim.

Assim, o estudo gira em torno das necessidades dos alunos, nas quais, acrescento,

repito ou diminuo o ritmo, conforme o resultado de cada turma, cada aluno.

Page 62: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

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Atividade 2: a LDB e o ensino da Arte

Após a leitura do texto proposto e observando o tema sob a perspectiva de experiências individuais, conclui-se que existe a necessidade de uma discussão sobre a Educação brasileira, em um plano maior que resulte em situações geradoras de mudança, alteração, implementação e normatização de nossas leis, partindo de nosso próprio meio, (trabalho, escola, comunidade ), com o intuito de ser um motivador nacional chamando os diversos grupos sociais a mobilização e participação. Ações positivas e necessárias ao debate Educacional Brasileiro 1-Analisar positivamente a lei, sob o aspecto do que se tem, para aquilo que se necessita. 2-Promover dentro das escolas e Instituições de ensino o debate contínuo entre educadores e teóricos, como forma de assegurar uma linha de pensamento que aproxime a teoria da prática. 3-Requerer dos gestores o suporte organizacional necessário ao cumprimento da lei e suas normatizações, fiscalizando suas implementações e garantindo a exequibilidade de suas ações. 4- Fortalecer os Conselhos de Educação em suas instâncias, Federal, Estadual e Municipal, com a intenção de devolvê-los à sociedade em suas totais potencialidades nas definições deliberativas e normativas.. 5-Promover o equilíbrio entre forças institucionais no tocante a elaboração e execução das leis, instrumentalizando-as para a devida interpretação dos PCNs, atendendo as diversas realidades escolares existentes. 6- Supervisionar as escolas para uma autonomia curricular responsável. 7-Inserir nos debates educacionais temas atuais como a informática na educação e educação à distância. 8-Promover a discussão nacional dos paradigmas norteadores da educação brasileira, de forma abrangente. 9-Viabilizar às instâncias superiores, por meio de estudos documentados, as propostas das bases, para o direcionamento de novas trilhas. 10-Ousar em educação.

.

ARTEDUCA 2012

UnB/IdA/Grupo Arteduca

Módulo Módulo 7 :Unidade 2 A Reforma Curricular implantada pela LDB

Turma 2011-2012

Aluno (s) E3: Adriano; Elenise; Emanuel; Maria da Glória; Priscila;

Sheila Tutores Aparecida Izabel e Anderson Leitão

Atividade LDB e o Ensino da Arte

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Pasto

ral (1

927)

Atividade 3: estudo sobre a Abordagem Triangular

Em oposição às formas clássicas, a arte

moderna surgiu no final do século passado

em forma de pintura e escultura.

Os impressionistas, primeiros pintores

modernos, geralmente escolhiam cenas de

exteriores como temas para suas obras:

paisagens, pessoas humildes, etc.

Características da Arte Moderna

Objetivando romper com os padrões

antigos, os artistas modernos buscam

constantemente novas formas de expressão

e, para isto, utilizam recursos como cores

vivas, figuras deformadas, cubos e cenas sem lógica. O marco inicial do movimento

modernista brasileiro foi a realização da Semana de Arte Moderna de 1922, onde

diversos artistas plásticos e escritores apresentaram ao público uma nova forma de

expressão. Este evento ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo.

Não foi fácil para estes artistas serem aceitos pela crítica que já estava acostumada

com padrões estéticos bem definidos, mas, aos poucos, suas exposições foram

aumentando e o público passou a aceitar e entender as obras modernistas.

ARTEDUCA 2012

UnB/IdA/Grupo Arteduca

Módulo 7 A CONSTRUÇÃO DE UMA SÍNTESE DIALÉTICA

Turma 2011-2012

Aluno (s) E4: Diogo, Emanuel, Priscila

Tutores Aparecida Izabel e Anderson Leitão

Atividade 3 Estudo sobre a Abordagem Triangular

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A Arte Moderna está exposta em muitos lugares, em São Paulo ela pode ser vista no

Museu de Arte Moderna, nas Bienais e também em outras formas de exposições

que buscam estimular esta forma de expressão.

Artistas

Destacam-se como artistas modernistas: Di Cavalcanti, Vicente do Rêgo, Anita

Malfatti, Lasar Segall, Tarsilla do Amaral e Ismael Nery.

A obra de Tarsila do Amaral ilustra alguns dos principais valores reivindicados pelo

movimento modernista no Brasil, na década de 1920: um cenário urbano, com

fábricas, automóveis, avenidas e energia elétrica.

A defesa da urbanização e da industrialização, vistos como símbolos de

desenvolvimento para os integrantes da Semana de Arte Moderna, apresentava-se

na contramão do modelo agrário-exportador vigente e criticava o domínio das

tradicionais oligarquias agrárias, que controlavam o cenário político do país por meio

dos currais eleitorais e do voto de cabresto.

Esses novos valores colocavam em xeque a decantada "vocação agrária" nacional,

princípio defendido por essas oligarquias, que servia de base às políticas

econômicas, financeiras e tributárias desenvolvidas na Primeira República.

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Tarsila do Amaral foi uma das principais artistas da Semana de Arte Moderna de

1922. A tela acima é representativa da primeira fase do movimento modernista no

Brasil (1922 a 1930).

Nesse momento, as propostas desses artistas e intelectuais encontravam eco em

reivindicações de diferentes setores sociais do país, cuja mobilização levou ao fim

da República Oligárquica, em 1930.

Após uma viagem com um grupo modernista a Minas Gerais, Tarsila do Amaral

começa a desenvolver a chamada pintura Pau-Brasil, com temas e cores bem

brasileiros e que Carlos Drummond definiu: “O amarelo vivo, o rosa violáceo, o azul

pureza, o verde cantante”.

No caso deste quadro, a presença de uma cor verdadeiramente brasileira ou caipira:

rosa, azul claro e o verde do nosso colorido tropical.

A vegetação é representada com uma estética fora do padrão, que é influência do

surrealismo em sua fase antropofágica e que está sempre presente nas obras da

artista.

A composição é geometrizada, porém, possui planos definidos e linhas simplificadas.

Em várias obras, Tarsila representava os operários, a terra, o trabalho braçal; pois

era o trabalho braçal que tinha maior impacto na época. O fato de estarem flutuando,

significa que estão distantes da terra (do trabalho braçal).

Nota-se uma semelhança com algumas obras de Lhote, Gleizes e Léger; artistas

que haviam se afastado do austero e cerebral cubismo de Picasso e Braque.

Tarsila buscava diferenciação na sua obra, como todos os outros, Segall e Portinari.

Cada um, único, em seus traços, cores e temas.

Temas que, muitas vezes, se repetiam, pela época vivida de ambos...

Por exemplo, o trabalho, como tema de muitos artistas da época, retratavam os

Negros, o trabalho braçal, o cotidiano da elite, desses trabalhadores braçais, a

moradia, o trabalho dos operários.

As obras possuem fortes características brasileiras que se manifestam sobretudo

nas cores, vivas e vibrantes, figuras deformadas, cubos e cenas sem lógica, para o

momento que viviamos. Que era uma nova forma de expressão...

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Publicado na "Revista Antropofagia" (1928), Manifesto Antropofágico propunha desvincular-se de laços passados como o simbolismo e unir as idéias que o estrangeiro trazia para o Brasil e as idéias daqui, “legitimamente” brasileiras. Assim, o objetivo era realizar uma produção artística e cultural rica, criativa, única e própria. A idéia do nome Antropofagia se relaciona com a crença indígena dos índios antropófagos que se alimentavam dos inimigos para adquirir sua força, coragem, e outras qualidades que os mesmos possuíssem, demonstrassem possuir.

“A idéia do manifesto surgiu quando Tarsila do Amaral, para presentear o então marido Oswald de Andrade, deu-lhe como presente de aniversário a telaAbaporu (aba = homem; poru = que come).”

(Fonte: Antropofagia. Disponível em: http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/m/manifesto_antropofagico.)

Características das obras de Tarsila do Amaral.

- Uso de cores vivas,

- Influência do cubismo (uso de formas geométricas)

- Abordagem de temas sociais, cotidianos e paisagens do Brasil

- Estética fora do padrão (influência do surrealismo na fase antropofágica)

Lendo o que alguns dos meus colegas e tutores publicaram, destaquei alguns pontos de familiaridade com o que pesquisei

“Apesar de Tarsila não ter participado diretamente da Semana de Arte Moderna de 1922, ela é uma figura importante para a compreensão do movimento e seus desdobramentos.” (Andersom Leitão)

(O Mestiço - Portinari)

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“Tarsila buscava diferenciação na sua obra, como todos os outros, Segall e Portinari. Cada um, único, em seus traços, cores e temas.” ( Priscila de Macedo Pereira e Souza)

“Nota-se uma semelhança com algumas obras de Lhote, Gleizes e Léger; artistas que haviam se afastado do austero e cerebral cubismo de Picasso e Braque.” ( Emanuel de Souza Filho)

O crítico de arte Jacob Klintowitz foi preciso ao afirmar que Tarsila do Amaral tornou-se o símbolo de um acontecimento do qual esteve ausente: a Semana de Arte Moderna. Tarsila, espírito inquieto, despontou à margem da Semana, integrando-se ao ideário modernista tempos depois, primeiro com obras de influências nitidamente cubistas e mais tarde com as estranhas figuras da chamada fase antropofágica.

Suas ligações com a arte européia, em todos esses momentos, são fortíssimas, mas Tarsila conseguiu, apesar disso, incorporar um espírito de encantadora brasilidade ao seu trabalho. Os quadros impressionam por vários motivos:

1 - São únicos, você não encontrará em nenhum lugar do mundo quadros iguais. Nem mesmo parecido com os dela.

2 - São belíssimos. Figuras "estranhas", distorcidas, exageradas, etc. Mas, todos eles têm em comum o extremo bom gosto e a beleza.

3 - São simples. Os quadros são de uma simplicidade tão grande que parecem pintados por uma criança.

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A década de 40 veio encontrar uma Tarsila no auge de sua arte, com um mercado duramente

conquistado, mas agora sólido e definido. Sucederam-se exposições individuais e participações e

mostras coletivas. De tempos em tempos, surgiam retrospectivas de sua obra.

Conclusão

Em 1953, o Parque do Ibirapuera foi completamente remodelado para as comemorações dos 400

anos de São Paulo, a se realizarem no ano seguinte, e Tarsila participou com um mural. No mais, seu

trabalho passou a ser apreciado e considerado em exposições de arte moderna no Brasil e no

exterior.

Sobre sua arte e a liberdade de expressão, a melhor definição, vem dela mesma: «Pintura limpa,

sobretudo, sem medo dos cânones convencionais. Liberdade e sinceridade, uma certa estilização

que a adaptava à época moderna.»

Estando entre os pioneiros na introdução do modernismo no Brasil, Tarsila enfrentou a mesma

oposição e, por vezes, o achincalhe dos conservadores, mas recebeu também referências

consagradoras, como a de José Severiano de Resende:

«O fato é que uma moça saída da Paulicéia, Tarsila – o que não a impede de ser uma perfeita

parisiense – pôs num chinelo mestres e aprendizes. É uma discípula entusiasta de si mesma, uma

autodidata, desiludida das pálidas formas e dos mundos amorfos.

«E com que certeza de sua arte, com que orgulho de sua íntima ingenuidade, com que compreensão

de seu forte temperamento! Tarsila não se perde em quatro caminhos, não recorta fios de cabelo,

nem procura meio-dia às quatorze horas. Sua matemática é muito simples e sua álgebra não é

abstrusa. Ela pinta um Brasil radioso.»

Referências www.pitoresco.com.br http://www.tarsiladoamaral.com.br/index_frame.htm http://www.suapesquisa.com/biografias/tarsila_amaral.htm

arteduca.unb.br (Fórum atividade 3 -debate da equipe 4 e tutores)

http://planetin.blogspot.com/2008/01/verdadeiras-obrasdearte-tarsilaamaral.html

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Atividade 4: produção artística

Inspirada nas obras cheias da influência surrealista na fase antropofágica de Tarsila... busquei uma imagem muito provocadora do curta Muzorama... e ao fundo, duas obras mescladas de Tarsila... sua rosa nas mãos do visitante que contempla um monstro, pronto a devorá-lo como o fez com tantos outros... O Manifesto Antropofágico com certeza foi um marco para a arte brasileira... ...usando o photoscape, o paint e o power point, consegui brincar, uma bricolagem com todos esses elementos, construindo, uma aquarela surreal, antropofagica, tarsiliana.

Fonte: Muzorama: http://www.youtube.com/watch?v=V-0O2kEjl9U

Trabalho Colaborativo

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Avaliação do Módulo 7

Com relação aos textos, foram muito bons, interessantes e de leitura mais tranquila.

O trabalho dos tutores, secretaria ... tudo certo. Estamos indo bem. Mais tranquila

com o curso.

Me organizando melhor, meu tempo, minha rotina.

Consegui participar melhor nas atividades propostas, consegui acrescentar aos

grupos, a mim mesma.

Pesquisei, estudei, li, busquei. Me surpreendi nesse modulo, que, mesmo com a

correria do dia-a-dia, consegui fazer tudo a tempo, conseguimos, o grupo deu mais

certo. Tenho mais amizade com o Diogo, por morarmos proximos, em DF, e agora

com o Emanuel. Formamos um belo grupo.

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MÓDULO 8 - ARTE E CULTURA POPULAR

Atividade 1: Arte e Cultura Popular

Escolhi a obra da artista Ana Maria Pacheco... "Noite Escura da Alma: São Sebastião ', 1999 para ilustrar a arte erudita,

Ana Maria Pacheco é uma pintora, escultora e gravurista, que nasceu no Brasil em 1943 e vive na Inglaterra desde 1973. Seu trabalho trata das questões de controle e do exercício do poder, valendo-se das tensões entre o velho mundo da Europa e do mundo novo de seu nascimento brasileira. Seu trabalho foi exibido na exposição Ana Maria Pacheco: Nova Pintura e Escultura em turismo da National Gallery 29 de setembro de 1999 - 9 de janeiro de 2000. E fazendo um comparação, na arte popular, encontrei os bonecos gigantes de Recife.

Na qual reune mais de 30 peças representando personalidades da historia pernambucana, brasileira e mundial. Tradição no carnaval de Olinda, os bonecos gigantes surgiram na realidade na Europa, provavelmente na Idade Média, sob a influência dos mitos pagãos escndidos pelos temores da Inquisição.

Ana Maria Pacheco - "Noite Escura da Alma: São Sebastião". 1999.

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Bonecos Gigantes de Recife

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Fórum de debates sobre o método - conversa com Julia Schlichting

Essas são as imagens que selecionei durante esses dias. Usando o método de

Robert Ott - o image watching como uma abordagem que “fornece conceitos para a

crítica voltada à produção artística operando nas relações existentes entre o modo

crítico e o criativo de aprender em arte-educação” (BARBOSA, 1997, p.127-133).

São cinco as categorias do image watching, a saber: 1) descrevendo; 2) analisando;

3) interpretando; 4) fundamentando; e 5) revelando.

Feira da Lua - Goiânia-Go

1) Peças de diferentes origens, para diferentes finalidades nos causa

estranhamento. Além de ser cômico. É o que chamaria de kitsch.

2) Pela textura, foi feita em série, produtos industrializados. É colorido, os temas

estão fora de série, e ainda carrega uma pequena promessa, interessante, que une

o significado de ambos objetos.

3) Acredito que a composição foi montada a partir da promessa, que fala do castigo,

trazendo assim o significado atraves do ralador. Talvez a ira seja por conta do

casamento contra a vontade do "pai" em questão na promessa.

4) Lembra os trabalhos dos franceses Pierre & Gilles e até em Matisse.

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Avenida Goiás - Goiânia - GO

1) Chaves na calçada. em frente a um prédio e nenhum chaveiro por perto. Chaves

antigas e de diferentes empresas, formas, tonalidades, velhas, outras mais novas.

Onde estão fixadas é de duas cores: cinza escuro e vinho.

2) Pela textura são muito velhas. Já sofreram a reação da chuva e do sol. estão

colocadas como estrelas, umas contra as outras, em direção opostas.

3) Acredito que a composição foi montada a partir de um objetivo, senso comum,

havia um chaveiro no local, ou nos arredores (na própria calçada). Por ser um setor

muito antigo, o primeiro de Goiânia, o Setor Central é cheio de pequenos detalhes

que ninguem mais sabe a história. Apesar da cidade ter apenas 79 anos, são

poucos os moradores que conhecem a histórias dos seus lugares, suas praças, suas

calçadas de chaves.

4) Lembra os trabalhos da Lygia Pape (coleção de baratas), Carlos Sena, Bispo do

Rosário e Patrick Hamilton.

Mercado Central - Rua 3 - Goiânia - GO

1) Carros de boi. Feitos de madeira de Buriti, pintados mão. Cor natural da madeira

com uma leve camada de verniz neutro. Escrita em caixa alta no carro de boi, na

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frente, com frases variadas: "Goiânia é a melhor cidade do mundo", "Seja bem vindo

a Goiânia", "Goiânia tem história", dentre outras.

2) Pela textura, cores, disposição das peças estão no estande a pouco tempo. É um

produto facilmente encontrado no mercado central, mas, muito procurado. Os donos

das bancas os fazem nos fundos das lojas entre um intervalo e outro das vendas.

3) Acredito que a composição foi montada para o comprador ter uma melhor visão

dos detalhes e poder escolher as peças sem manuseá-las. Fácil visão. Goiânia não

possui carros de boi pelas ruas, mas, em museus, antigas casas do Setor Central,

Sul, Oeste. Setores antigos, onde moravam grandes donos de terra, que possuíam

tais carros, e bois. São suvenirs apenas para os turistas. Os goianos perderam essa

parte da historia e negam esse passado, aderindo a modernidade, a cultura, a arte e

a correria do dia-a-dia.

4) Lembra os trabalhos de Efraim Almeida.

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Avaliação do módulo 8

Gostei muito dos textos, tanto de arte popular da professora Leda, quanto o da Julia

de antropologia, enriquecedor ver o olhar de profissionais de outras areas...

notei grandes semelhanças...!

Amei o trabalho dos tutores... anda muito bom, estamos mais proximos, as respostas

desse modulo pra cá tem sido mais rápidas.

Fiz meu trabalho baseado no OTT, O imagem watching.

Foi uma experiência ótima, pois amo fotografia e estava em Goiânia nos dias da

atividade, o que pra mim foi uma vantagem, pois em Brasilia não conheço esses

lugares, ainda.

Consegui realizar as atividade em tempo hábil.

Participei do debate com a autora do texto mas observei uma certa dificuldade dela

mesma com a falta de tempo pra responder as observações dos outros colegas, e

como ando muito sem tempo tambem e outras atividades foram aparecendo no

forum, não participei mais, mas, sempre olhava o que estavam discutindo.

Gosto de traçar paralelos e curti a atividade do Erudito e Popular, trazendo a artista

Ana Maria Pacheco que conheci na graduação... muito bom o trabalho dela.

Só senti falta de comentários de alguns trabalhos meus... como esse... ai, fiquei sem

saber se tava correto, ou se tava legal, ou com falha... sei lá. Fiquei sem resposta

nessa atividade. Tudo bem.

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MÓDULO 9: ARTE, COMUNICAÇÃO E TECNOLOGIA

Usando o conceito de Web Art, encontrei dos Valetes em Slow-Motion: Kiko Goifman

e Jurandir Müller que realizaram o trabalho sobre o tema dos encarcerados, que

pode ser considerada uma das experiências brasileiras mais ousadas feitas no

terreno da web art, tanto do ponto de vista da forma como do conteúdo.

Contando com a colaboração de Alberto Blumenschein (webmaster) e Silvia

Laurentiz (ambiente tridimensional interativo em formato VRML), o trabalho permitiu

uma reflexão densa sobre a vida nas prisões e a psicologia dos detentos, abrindo a

possibilidade inclusive de um contato ao vivo (através da tecnologia CU-See-Me)

entre os visitantes da Bienal "virtual" e os detentos do Presídio da Papuda, em São

Sebastião (DF), em dias e horários previamente marcados.

Na verdade, o trabalho de Goifman e Müller explora ironicamente a idéia de controle

a distância (o conceito através do qual ele pode ser acessado é "monitoramento"),

alertando para a possibilidade de uma vigilância universal através da web.

Mais informações encontra-se nesse PDF da 24º Bienal de São Paulo, de 1998, em

anexo.

João Wainer, Gal Oppido, Rachel Monteiro, Juan Esteves, Kiko Goifman, Dainara

Toffoli, Iatã Cannabrava, Jurandir Müller, Tatiana Toffoli, Pisco del Gaiso, Marlene

Bergamo, Penna Prearo e Eduardo Muylaert. Foto: Egberto Nogueira.

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O PDF da 24º Bienal de São Paulo.

Fonte: http://issuu.com/bienal/docs/name423574#

"VALETES EM SLOW MOTION: O ESPAÇO E MORTE DO TEMPO NA PRISÃO A PARTIR DE EXPERIÊNCIAS COM O VIDEO"

Ficha técnica Kiko Goifman & Jurandir Müller Valetes em Slow Motion: A Morte do Tempo na Prisão, 1998 CD-ROM multimídia

Descrição É um trabalho interdisciplinar entre antropologia e arte. Propõe caminhos inovadores

de navegação com experiências artísticas sobre uma pesquisa realizada por Kiko

em prisões. Aborda as questões relativas ao tempo em um contexto de conflito,

violência, religiosidade, promiscuidade e morte.

Informações adicionais

Direção geral: Kiko Goifman

Produtor: Jurandir Muller

Coordenação geral: Jurandir Müller

Direção de criação e coordenação: Lucas Bambozzi

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Conversa com Suzete Venturelli

Olá Suzete, gostei demais do seu texto. Muito fácil a leitura, e dialoguei muito bem

com meu dia-a-dia... uma parte que me lembrei nesse momento, olhando agora

algumas atualizações no meu facebook.

"O que podemos observar, atualmente, na cibercultura, é que a constituição de suas informações em sítios específicos possui certa heterogeneidade em relação ao uso das técnicas e processos de elaboração, diversidade em função dos assuntos e muitas diferenças quanto à forma e ao conteúdo. Existe também a vontade de compreender o outro e de se comunicar com ele. A comunicação com indivíduos diferentes de nós mesmos leva-nos a não nos tornarmos o centro do universo, injetando-nos certa dose de tolerância e enriquecendo-nos o espírito. A diferença é muito boa, pois ela nos abre à universalidade: é preciso observar as diferenças, dizia Jean-Jacques Rousseau, para descobrir as propriedades. Por exemplo, para participar de algum tipo de comunidade virtual, é necessário, principalmente, ser aceito e/ou convidado para entrar em inúmeros eventos temáticos que existem hoje na Internet. O que caracteriza os sites dessas comunidades, que se confundem com as características de ciberespaço, são ainda aquelas descritas por Pierre Lévy: metamorfose, por estar em constante construção; heterogeneidade e multiplicidade (nós e conexões); exterioridade e mobilidade (estar em qualquer lugar ou em todos os lugares)."

Eu tenho compartilhado e visto muitos

assuntos, da arte dita "erudita", que acaba

sendo mesmo, divulgada e compartilhada com

a massa, com pessoas de outras áreas, que

hoje, cada vez mais se interessam e estão

curiosas por causa dessa publicação desses

materiais. Em redes sociais tais como o orkut e

o facebook tem acontecido demais. Um

exemplo eh a seguinte imagem que

compartilhei e em 5 dias já havia sido

compartilhada por muitos amigos meus. Nem

sei onde está mais.

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Recebi essa mês passado e alguns amigos perguntando, querendo explicações da

"graça" que tinha na imagem, pois estávamos conversando sobre a Bauhaus.

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Avaliação do módulo 9

Gostei muito dos textos.

entendi e conseguir relacionar muito bem com meu dia-a-dia.

Mas, participando do debate e recebi um "Gostei do seu cartão", desanimei e não

participei mais. Acredito que não fui entendida... e também não perguntei nada, só

comentei, compartilhei.

Gostei muito da estratégia desse módulo.

Gostei da tutoria desse módulo, mas, não recebi resposta com relação a minha

pesquisa sobre o Kiko e o Müller, então, fiquei sem saber, novamente, se estava

correta minha atividade ou não.

Consegui realizar todas as atividades em tempo hábil, mas, senti essa falha da

tutoria, com relação as minhas atividades.

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MÓDULO 10 - TECNOLOGIAS CONTEMPORÂNEAS NA ESCOLA

Conversas com os autores

Boa noite a todos. bem, tenho vindo por aqui ver o andamento do debate e estava

lendo o texto ainda. Tenho 23 anos e amo tecnologia, então pra mim, nada tem sido

novidade. Na Faculdade de Artes Visuais sempre estive em contato com essa Arte

Contemporânea "Digital", muito interessante e que me chamou muito a atenção, por

sinal.

Na escola em que trabalho o aparato tecnológico também é muito bom. Trabalho

numa escola particular, e temos Televisão, DVD, Vídeo Cassete em todas as salas

de aula, Laboratório de Informática e uma professora, pedagoga que utiliza muito

bem o espaço por sinal, um laboratório de Ciências fantástico e tenho materiais de

sobra para minhas aulas de arte.

Todo dia faço algo novo, com total liberdade. É a escola dos sonhos.

Diferentemente de muitos do curso, estou fazendo a pós para aprender mais, com

ideia de desenvolver meu projeto do mestrado. Curto Arte e Tecnologia, mas,

confesso que imaginava muito mais do curso, mas, por ser a distância, não deveria

ser mais do que está sendo mesmo.

Muito boa a experiência, mas, esperava muito mais. A Tecnologia é assim, ela pode

nos ajudar, mas, também limitar, como tem sido.

AH Genercy. sei não.

Sim, concordo contigo em parte, mas, como no Enade caiu uma questão sobre a

EaD, confesso que me senti muito limitada. Não é a mesma coisa.

Sim, sim, meu objetivo mesmo é só pesquisa, para o mestrado, mas, acreditei que

"tecnologia" me levaria para outros campos, não estou reclamando não, mas,

pontuando que esperava mais.

Sim, o curso de Artes Visuais na FAV foi excelente! Mas, acredito que se não fosse

o contato diário com os professores, biblioteca, e a santa tecnologia não teria sido

como foi.

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É bem mais difícil o ensino a distância. Bem mais limitado.

Trabalhei um tempinho também na EaD ajudando uma aluna Surda que faz ainda o

curso na FAV. E sei lá, Você que passou por isso por 4 anos deve estar adorando,

pra mim que só fiz uma matéria, de Estagio 5, 50% a distância como "simulação",

não me habituei não.

"No nosso ponto de vista, a apropriação de um programa pelas unidades da federação somente se evidencia plenamente por meio de uma forte vontade e pelo vigor das ações de uma gestão efetiva nessas unidades. Os responsáveis, em nível estadual ou municipal, devem unir esforços com a instituição ou setor que promove o programa."

Acredito que certos programas tecnológicos só servem para diminuir o contato que

alunos e professores tanto precisam.

Por exemplo, em Goiânia não existem cobradores a muitos anos. O Motorista não

sabe resolver problemas tecnológicos como sit pass ou carteirinhas com problemas

em seus leitores, chips dentre outros.

Em Brasília, além de gerar emprego, segurança e rapidez, comodismo, observa-se o

maior beneficio com o ser humano ali trabalhando com a tecnologia do que sendo

substituído por ela.

"Elizabeth Bianconcini de Almeida(2005) as tecnologias e seus produtos não são bons nem maus em si mesmos, tampouco os problemas estão na televisão, no computador, na Internet ou em quaisquer outras mídias, mas nos processos humanos, que podem empregá-los para a emancipação humana ou para a dominação."

Então, observando, mais aqui em DF do que em Goiânia, muitas escolas, ensino

médio ate Supletivo a distancia. É ALGO INACREDITAVEL! Como isso é possível?

Olá Getúlio, bem, satisfeita ou não, serei sempre uma pesquisadora, que é o que

aprendi a ser na graduação. Acredito sim que estou crescendo a cada dia como arte-

educadora, apesar da pouca idade e experiência perante os colegas.

Mas, observando algumas escolas estaduais na qual passei em Goiânia, com

professores formados em artes-visuais, treinados para usar o laboratório de

Page 84: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

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informática e tudo mais, com uma parafernália absurda, mas, que não cuidavam

suficiente desses materiais... perdemos um dateshow "zero" em menos de um mês e

uma parede inteira do laboratório caiu e destruiu uns 50% dos computadores... a

Secretaria de Educação, pelo menos de Goiás, tá se "lixando" pra educação, muito

menos pra "tecnologia" que está sendo disponibilizada. Creio que se não

começarem a pensar na estrutura física da escola, recursos poderão vir, mas, não

durarão.

Sou do grupo otimista, mas, professor de arte não muda uma realidade sozinho. Se

a gestão não for autônoma, não há mudança. Não há frutos. Não há nada. Hoje a

classe mais desunida é a nossa, dos professores.

Se mal fazem um PPP que seja condizente a realidade da escola. Como mudarão

essa realidade? Fazendo greves? manifestações? Hoje um administrador de

empresas está a frente da Secretaria de Educação de Goiás.

Fez até um livro para justificar soluções ridículas. Estão revoltados, mas, só. Mais

nada.

Ah, lembrei de uma viagem que fiz a PIRITIBA - Bahia. em Janeiro desse ano.

Fui a trabalho, e lecionamos numa escola, a maior da cidade, e lá tínhamos um

laboratório de informática. Todo encaixotado por exatos 2 anos e 3 meses.

Eu e o técnico de informática conversamos com a diretora da escola que estava

presente todos os dias no local, e perguntamos o porque da escola não utilizar

aqueles equipamentos, que observando a caixa dos materiais, estava pra vencer a

garantia de todos. Então ela nos disse que o governo da BAHIA havia mandando os

computadores, mas não havia mandado a autorização de abrir, enfim, os

computadores. Precisavam mandar um técnico especializado e empregado do

estado para tal. Assim, esperaram longos 2 anos e 3 meses e lá estávamos nós,

professores, para lecionar numa pós-graduação, assim, por acaso, questionando

essa realidade. Ela nos propôs o seguinte: abrir e montar os computadores que ela

se responsabilizaria por qualquer evento ou constrangimento, mas, queria enfim ver

seus alunos usufruindo de uma promessa 50% cumprida.

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Assim o fizemos. Em fevereiro ela nos mandou um e-mail avisando que a secretaria

foi até lá, ameaçou buscar todos os computadores por "desobediência maior", mas,

não fizeram nada e lá estão os computadores. Pensando bem, como que a gestão

pode ter autonomia se é ridicularizada dessa forma? Politica, coronelismo, e tantos

outros males tem assolado a educação brasileira. É simplesmente ridículo essa

nossa realidade. E a solução? voto? manifestação?

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Atividade: Tecnologias contemporâneas na escola

Etapa 1

Trabalho na escola CIA DA CRIANÇA

Em Taguatinga Norte

Lá eu leciono para as turmas de Maternal I (dois anos de idade) ao 4º ano (nove

anos de idade)

Temos televisão, DVD, aparelho de SOM, Vídeo Cassete, Computadores

(Laboratório de Informática).

Não utilizo os Computadores ainda porque ainda estou conhecendo o nível de cada

turminha. Cada sala tem uma média de 10 alunos. Mas, muito diferentes, alguns

gostam mais do manual, outros mais de performances, outros mais de teatro, outros

mais de tinta. Estou planejando minhas ações dia após dia.

Tem dois meses que trabalho nessa escola. E não vi ainda a necessidade trabalhar

com os computadores com eles ainda.

Etapa 2

Projeto Computadores para Inclusão

Em ação: Ministério do Planejamento, MEC e MTE - Implantação de um sistema nacional de recondicionamento de computadores usados, doados pelas iniciativas pública e privada, recondicionados por jovens de baixa renda em formação profissionalizante, e distribuídos a telecentros, escolas e bibliotecas de todo o território nacional. Existem quatro Centros de Recondicionamento de Computadores – CRC funcionando em caráter piloto em Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Guarulhos (SP), Belo Horizonte (MG) e Recife (PE), e dois em implantação nos estados do Pará e Bahia. Até agosto de 2008, o projeto recebeu mais de 15 mil equipamentos usados e doou 3.025 computadores recondicionados a 347 escolas públicas, bibliotecas, telecentros e outras iniciativas de inclusão digital selecionados pela Coordenação Nacional. Atualmente o Projeto CI atende as demandas por equipamentos recondicionados do Programa Telecentros.BR.

O endereço do link é: http://www.computadoresparainclusao.gov.br

Page 87: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

87

PROUCA - Projeto Um Computador Por Aluno

Em ação: Prouca - Projeto Um computador por aluno - é um programa pelo qual estados, municípios e o Distrito Federal podem adquirir computadores portáteis novos para uso das suas redes públicas de educação básica. A empresa habilitada para esta venda foi selecionada por meio de pregão eletrônico para registro de preços realizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

O endereço do link é: http://www.fnde.gov.br/index.php/laptops-educacionais

Computador para Todos

Em ação: Presidência da República, Ministério do Desenvolvimento, Ministério da Ciência e Tecnologia e Serpro - Voltado para a classe C, permite à indústria e ao varejo a oferta de computador e acesso à Internet a preços subsidiados, e com linha de financiamento específica, além da isenção de impostos PIS/COFINS. PCs de até R$ 1.200 que obedeçam à configuração mínima podem ser parcelados em prestações de R$ 50. O equipamento deve utilizar obrigatoriamente software livre e contar com um processador de 1,4 GHz, disco rígido de 40 GB, memória RAM de 256 MB, monitor de 15 polegadas, unidade de disco flexível, unidade de CD-ROM (RW)/DVD-ROM (combo), modem de 56 K, placas de vídeo, áudio e rede on-board, mouse, teclado e porta USB e 26 programas. Notebooks de até R$ 1.800, que atendam a configurações mínimas descritas no portal do programa, também possuem isenção de impostos e têm financiamento facilitado.

O endereço do link é: http://www.computadorparatodos.gov.br

Gesac

Em ação - Gesac: Coordenado pelo Ministério das Comunicações (por meio do DEID) em parceria com outros órgãos e entidades, o Gesac oferece ferramentas em tecnologias para a informação e comunicação (TICs), recursos digitais e capacitação por meio de uma plataforma de rede, serviços e aplicações, com o objetivo de promover a inclusão digital em todo o território brasileiro. Criado em março de 2002, o Projeto de Inclusão Digital tem suas informações disponíveis no portal www.gesac.gov.br. A partir de 2008, com a publicação da Portaria nº 483, de 12 de agosto, foi aprovada a Norma Geral do Programa Gesac que estabelece suas diretrizes, seus objetivos e suas metas, bem como os procedimentos e critérios para a sua implementação, além de dar outras providências. A Norma Geral do Gesac está disponível no site do Programa. O Gesac é voltado, prioritariamente, para comunidades em estado de vulnerabilidade social, em todos os estados brasileiros, privilegiando as cidades do interior, sem telefonia fixa e de difícil acesso. Por meio de parcerias com IRs, normalmente Órgãos Federais, ou também por aquelas firmadas com entidades sem fins lucrativos, disponibiliza recursos voltados à

Page 88: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

88

inclusão digital nos pontos Gesac. O Gesac provê, atualmente, predominantemente via satélite, conexão à internet banda larga - disponibilizando acesso a partir de 512 kbps para "download" e 128 kbps para "upload" -, além de uma cesta de serviços de rede para inclusão digital. Como a conexão via satélite possui algumas peculiaridades com relação à conexão terrestre, apresentamos a seguir suas principais características.

O endereço do link é: http://www.gesac.gov.br

Casa Brasil

Em ação: Ministério da Ciência e Tecnologia, Instituto Nacional de TI, Mininstério do Planejamento, Ministério das Comunicações, Ministério da Cultura, Ministério da Educação, Secom, Petrobras, Eletrobrás/Eletronorte, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal - Implantação de espaços multifuncionais de conhecimento e cidadania em comunidades de baixo IDH, por meio de parcerias com instituições locais. Cada unidade de Casa Brasil abrigará um telecentro, com uso de software livre, e pelo menos mais dois outros módulos, que podem ser uma biblioteca popular, um auditório, um estúdio multimídia, uma oficina de produção de rádio, um laboratório de popularização da ciência ou uma oficina de manutenção de equipamentos de informática, e um espaço para atividades comunitárias, além de um módulo de inclusão bancária nas localidades onde for possível. Atualmente são 56 unidades em funcionamento. Já foram capacitadas mais de 1.000 pessoas nas 48 oficinas livres oferecidas a partir da plataforma de educação à distância construída pelo projeto.

O endereço do link é: http://www.casabrasil.gov.br

Programa Estação Digital

Em ação: Fundação Banco do Brasil - Com a consolidação da internet e da informática como uma das principais vias de comunicação mundial, conhecer essas tecnologias deixou de ser opção e tornou-se uma necessidade. Por acreditar que o acesso à informação é fundamental para a construção do conhecimento, para a participação em sociedade e para a ampliação de oportunidades de trabalho, a Fundação Banco do Brasil desenvolveu o Programa Inclusão Digital. Uma das principais iniciativas desse programa consiste na tecnologia social "Estação Digital", uma metodologia de implantação de telecentros e de formação de educadores sociais nas comunidades que não têm acesso a essas tecnologias, em parceria com entidades locais e organizações do Terceiro Setor. Sempre que possível, busca-se o fortalecimento dessa ação integrando-a a outros programas já desenvolvidos pela Fundação.

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89

O endereço do link é: http://www.fbb.org.br/acoes-programas/educacao/inclusao-digital/

Programa SERPRO de Inclusão Digital - PSID

Em ação: Serviço Federal de Processamento de Dados - SERPRO - Programa SERPRO de Inclusão Digital - PSID promove a inclusão digital e social das comunidades excluídas do universo das Tecnologias da Comunicação e Informação - TIC. Implantado em 2003, o PSID é uma das ações amparadas pela política de Responsabilidade Social e Cidadania da Empresa, em sintonia com o Programa Brasileiro de Inclusão Digital do Governo Federal.

O endereço do link é: http://www.serpro.gov.br/inclusao

ProInfo - Programa Nacional de Informática na Educação

Em ação: Ministério da Educação – O ProInfo é desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (SEED), por meio do Departamento de Infra-Estrutura Tecnológica (DITEC), em parceria com as Secretarias de Educação Estaduais e Municipais. O programa funciona de forma descentralizada, sendo que em cada Unidade da Federação existe uma Coordenação Estadual do ProInfo, cuja atribuição principal é a de introduzir o uso das tecnologias de informação e comunicação nas escolas da rede pública, além de articular as atividades desenvolvidas sob sua jurisdição, em especial as ações dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTEs).

O endereço do link é: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=244&Itemid=823

Observatório Nacional de Inclusão Digital

Em ação: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e parceiros - Aglutina informações sobre todos os programas de inclusão digital do Governo Federal no portal http://www.inclusaodigital.gov.br, com notícias, links, eventos e materiais de referência. Telecentros de todo o país - espaços sem fins lucrativos com conexão à internet, acesso livre à comunidade e capacitação - estão sendo cadastrados. Estima-se mais de 5.000 unidades de telecentros em funcionamento no Brasil, articuladas no âmbito federal, estadual e municipal. O ONID também trabalha na seleção de materiais de referência, tais como diretrizes, documentos, manuais, estudos e experiências de sucesso, para compartilhar melhores práticas entre os

Page 90: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

90

interessados no tema. No site http://www.onid.org.br são feitos o cadastro e o mapeamento dos telecentros.

O endereço do link é: http://www.onid.org.br/

Page 91: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

91

Etapa 3

PROGRAMAS E/OU SOLUÇÕES CRIATIVAS DE USO DAS TECNOLOGIAS

Nome da Escola Aluno/pesquisador

Programas, projetos e recursos

utilizados

Resumo descritivo do programa utilizado

Resultados obtidos Segmentos envolvidos

(professor,aluno, etc.)

Há possibilidade de aplicação em projetos de

arte-educação? Aspectos positivos

do projeto

Aspectos negativos

do projeto

Escola Infantil Cia da Criança

Aparelho de DVD

Aparelho de Som

Televisão Video Cassete Computadores

1º Bimestre Trabalhamos aspectos

da Arte Brasileira

Pintura

Desenho

Construção de imagens a partir de histórias

Origami e dobraduras a

partir de historias

Teatro/Performances

Dinâmicas/Brincadeiras com o corpo e movimentos

Desenvolvimento motor

Desenvolvimento social e afetivo

Desenvolvimento

intelectual e critico

Desenvolvimento da imaginação, criatividade e

criação

Falta de tempo para

realizar todas as

atividades em tempo

hábil

Uma professora de artes visuais

Alunos de 2 anos (Maternal I) a 9 anos (4º ano) – cerca de 110

alunos

O plano de curso é totalmente fundamentado

em arte- educação.

Arteduca: Arte, Educação e Tecnologias Contemporâneas

MÓDULO Tecnologias contemporâneas na escola

TURMA/TUTORES 2012/2012/Aparecida Izabel – Anderson Leitão ALUNO Priscila de Macedo Pereira e Souza

ATIVIDADE Análise comparativa dos dados levantados

Page 92: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

92

PROBLEMAS DETECTADOS NOS LEVANTAMENTOS

Nome da escola Aluno/pesquisador

Problemas detectados Hipótese de causa Proposta de solução

Escola Infantil Cia da Criança

Alunos especiais junto com

os “normais” sem uma educação diferenciada ou apoio especializado, a não ser monitoras, pedagogas

sem preparo para tal situação (síndrome de down,

dislexia, hiperativíssimo, dentro outros, ficando na responsabilidade de uma psicóloga que vai a escola uma vez na semana e a

coordenadora pedagógica que acompanha e faz os

relatórios)

Despreparo da gestão

Trabalhar com projetos voltados ao

conscientização das crianças “normais” e dos pais desses alunos com

relação a atitudes com os mesmos.

Incentivando o

tratamento de igual pra igual, não

menosprezando a capacidade do outro.

Page 93: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

93

Avaliação do módulo 10

O texto desse módulo foi um pouco confuso, precisei ler várias vezes para entender

o contexto do mesmo e conseguir fazer a atividade trazendo para minha realidade.

Acredito que não consegui participar muito bem do fórum de debate com os autores

por nao estar totalmente integrada ao tema, a realidade dos colegas com relação as

escolas e tentei participar com a minha experiência com relação a realidade descrita

no texto, mas, creio que me expressei mal e fui mal interpretada. Acontece.

Gostei das atividades e consegui realizá-las satisfatoriamente e em tempo hábil.

O acompanhamento da tutoria foi válido, mas, no debate com os autores, fui mal

interpretada também pela professora que considerou que eu não havia lido o texto.

Creio que me expressei muito mal mesmo, já que o fato aconteceu.

Page 94: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

94

MÓDULO 11 - PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA ESCOLA

Atividade do módulo Práticas pedagógicas na escola

Linguagem artistica: Artes Visuais

Gravura - Monotipia

Tema: CIDADES

Título: Trabalhando sobre o esgoto

Encontros

1 vez por semana, aula de arte – 50 minutos

Espaço de intervenção pedagógica

O trabalho será realizado em escola(s) de ensino formal, visando trabalhar questões

referentes ao próprio espaço cidade, com salas de aproximadamente 30 alunos, de

5º à 9º ano, de cerca de 12 à 15 anos de idade.

Objetivo Geral

O objetivo geral é proporcionar experiências práticas e teóricas que levem

cada um dos alunos a conhecer alguns dos principais processos de produção de

gravuras e estampas, para então repensá-los no contexto do ensino de artes, em

como as artes estão e devem estar inseridas nas cidades em diferentes locais.

Objetivos Específicos

· Levar, apresentar as obras do artista plástico Alex Fischer, que usa dos

bueiros como monotipias, transferindo os desenhos desses bueiros

encontrados pelo artista para papéis usando a frottage, mostrando a

importância de refletir sobre a arte como um meio encontrado por toda a

cidade, em qualquer lugar, bastando um olhar sensível a esses objetos;

· Levar os alunos a pensarem nas artes não só como cópia, mas como

numa dança entre formas tradicionais de arte e as novas tecnologias,

Page 95: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

95

comporem e registrarem seus percursos por meio da frottage, técnica

tradicional que revela a imagem com o uso do grafite e do papel. Como afirma :

“ uma caçada global para as marcas do urbano industrial com foco num ponto

que normalmente passa despercebida para as pessoas”.

Temáticas

· Frottage

· Monotipia

· Grafitte

Recursos / Materiais

· Papeis sulfite A3 e A2

· Giz de cera – coloridos

· Tesouras

· Canetinhas

· Lápis de cor

· Tinta-guache

· Pincéis

· Panos velhos

· Fita crepe

Cronograma dos Trabalhos

1º dia:

1. Apresentar as obras do artista plástico Alex Fischer (20 minutos);

2. Mostrar como é feito a frottage, a monotipia e o grafitte (30 minutos);

3. Pedir para próxima aula que levem o material necessário para nossas

primeiras experiências dentro da própria escola.

Page 96: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

96

Artista plástico Alex Fischer

Page 97: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

97

2º dia:

1. Levar os alunos a um passeio dentro da própria escola, levando-os a perceber

o espaço e as possibilidades usando outros objetos/elementos como paredes,

objetos, piso, outros (50 minutos).

2. Trabalhar com duplas, preferencialmente, individual.

3º dia:

1. Levar os alunos para os arredores da escola, previamente com a autorização

dos pais, de preferência com a presença dos mesmos, e alguns funcionários

da escola para melhor segurança dos alunos (50 minutos);

Page 98: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

98

4º dia:

1. Levar os alunos novamente para os arredores da escola, previamente com a

autorização dos pais, de preferência com a presença dos mesmos, e alguns

funcionários da escola para melhor segurança dos alunos (50 minutos)

Page 99: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

99

Bueiros do mundo:

http://fotosdebueiros.blogspot.com.br/2010_02_01_archive.html

2. Explicar a técnica do decalque:

Fischer utiliza aquele método de decalque que a maioria de nós aprendeu na

escola, nos anos primários. Basta posicionar um papel sobre a tampa e

pressionar o grafite para obter uma linda cópia do relevo do objeto.

Page 100: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

100

Colocando os decalques lado a lado é possível perceber as diferenças e os

detalhes de cada um. Isso acontece porque não existe um padrão mundial ou

regional para o desenho das tampas de bueiros. Interessa apenas que elas

sejam redondas para facilitar, entre outras coisas, a sua colocação e a sua

remoção por meio de rosqueamento.

A simetria das tampas

O esgoto não é uma coisa bela. Nós sabemos que a beleza de qualquer coisa

está intimamente ligada a sua simetria. Não existe muita simetria nos dejetos

provenientes do esgoto, não é mesmo? Então, as tampas de bueiro trazem essa

simetria com a qual tentam compensar o conteúdo das redes de esgoto.

Como realizar?

5º dia:

1. Levar os trabalhos dos alunos para sala de aula e discutir os resultados e as

percepções de cada aluno, experiências, questões (20 minutos);

2. Manipular as imagens, alterando-as com giz de cera, canetinhas, dentre outros

materiais trazidos pelos próprios alunos (30 minutos).

Page 101: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

101

Exemplos de cores e imagens – Fonte:

http://artedemais.blogspot.com/2010/09/livro-sobre-arte-em-tampas-de-

bueiros.html

6º dia:

1. Realizar uma exposição dos trabalhos na escola, com a intenção de levar

essa discussão para as outras turmas também, levando em consideração as

questões de cada autor e o porque das cores, e outros aspectos de cada

obra.

Avaliação

A avaliação, como aponta TOURINHO apud Hernandez (2000) “a avaliação é

a realização de um conjunto de ações direcionadas ao recolhimento de uma série de

dados sobre uma pessoa, fato, situação ou fenômeno, com o fim de emitir um juízo

sobre a mesma”, assim sendo, não poderia ser diferente da discutida por

TOURINHO apud Pimentel (2009), sendo processual, necessitando da colaboração

dos alunos, dependendo das circunstâncias e contexto.

Page 102: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

102

No caso a avaliação se daria também em observações dentro e fora de sala

de aula, em como a turma reage com a proposta, e nos resultados, se satisfez a

turma enquanto aprendizado e conhecimento de novas técnicas e um novo ver com

relação a novas (velhas) ferramentas –giz de cera, lápis de cor, canetinhas, papel

sulfite -, se promoveu de fato reflexão desse grupo em questão, interesse pelas

aulas.

Referências Bibliográficas

Arte demais. Disponível em: http://artedemais.blogspot.com/2010/09/livro-sobre-

arte-em-tampas-de-bueiros.html . Acesso em: 30 de Novembro de 2010, as

21:54:00.

Bueiros Artes. Disponível em: http://rappadeangu.blogspot.com/2010/01/espaco-

104-abre-exposicao-de-arte-nos.html. Acesso em: 30 de Novembro de 2010, as

12:12:00.

Japão e tampas de bueiro. Disponível em:

http://spintravel.blogtv.uol.com.br/2010/01/12/japao-possui-as-tampas-de-bueiros-

mais-bonitas-do-mundo. Acesso em: 30 de Novembro de 2010, as 21:56:00.

Retratos. Disponível em:

http://www.flickr.com/photos/rdenubila/sets/72157623732799721/. Acesso em: 27 de

Novembro de 2010, as 12:26:00.

Pessoas. Disponível em:

http://www.flickr.com/photos/conras/sets/72157601522875575/. Acesso em: 27 de

Novembro de 2010, as 12:27:00.

TOURINHO, Irene. Retomando um tema delicado: Avaliação e ensino de arte.

Artigo publicado pela ANPAP, no 19º Encontro da Associação Nacional de

Pesquisadores em Artes Plásticas “Entre Territórios” – 20 a 25/09/2010 – Cachoeira

– Bahia – Brasil.

Page 103: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

103

Atividade: Arte Postal - interatividade e rede

Fórum da Atividade 1: Arte Postal

A Artista Manoela Dos Anjos, Professora na Faculdade de Artes Visuais tambem tem

um trabalho com Arte Postal... em anexo uma obra dela com alguns amigos artistas,

em São Paulo.

Coleção da Artista. Arte Postal do Mundo.

Page 104: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

104

Ah, conversei com a Manu, e ela está numa correria, não vou consegui mais

detalhes dos seus trabalhos, e ela me indicou uma amiga, a Constança Lucas, que

trabalha com Arte Postal tbm. Abaixo alguns trabalhos dela:

Fonte: http://artepostaloslivros.blogspot.com.br/p/postais-na-exposicao-fotos-de-

constanca.html

Page 105: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

105

Avaliação do módulo 11

Adorei esse módulo.

Acredito que foi um dos melhores.

Amei os textos, as propostas de atividades, me empolguei com a proposta para

realizar na escola, com a monotipia em tampas de esgoto. No mesmo dia estava na

rua caminhando em direção a escola onde trabalho e me veio esse insight.

Muito bom mesmo.

O acompanhamento da tutoria foi ótimo, apesar de não ter recebido comentários

novamente sobre meus posts, mas, ok. Se não houve observações ou correções,

entendi que estava de acordo com o solicitado.

Acredito que tenha me saido bem em todas as atividades desse módulo, consegui

administrar muito bem meu tempo, com relação a postagens, leituras e

planejamentos.

Mandei o cartão-postal a tempo, mas, ainda nao recebi o meu. Pela ausência da

minha colega, que ficou responsável por mandar um cartão postal para minha

pessoa, acredito que talvez eu não o receba... mas, tudo bem. A oportunidade de

fazer pela primeira vez um trabalho dessa forma foi muito válido.

Espero usar de tudo um pouco do que aprendi e vivenciei nesse curso para realizar

mais uma pesquisa, que será a do TCC logo mais.

Page 106: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

106

Arteduca 2011 - TCC Espaço de elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso do Arteduca 2011

SALA PRÁXIS

ETAPA 3 - TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ATIVIDADES PRELIMINARES: Atividades para preparação para elaboração do Projeto de Ensino e Aprendizagem

Atividade 1 - Ponto de partida: vivências pessoais - Antecedentes de uma

jornada

1 - Aos 7 anos iniciei meus estudos em Piano e Teoria Musical no conservatório da

UFG em Goiânia.

2 - Aos 9 anos iniciei meus estudos em artes plásticas, dança e desenho na escola

de Artes Veiga Valle em Goiânia.

3 - Aos 14 anos terminei meus estudos em Musica e avancei meus estudos em artes

no Centro Educacional Basileu França

4 - Aos 15 anos iniciei meus estudos em LIBRAS - Lingua Brasileira de Sinais.

5 - Aos 17 anos iniciei meus estudos em Design de Interiores pela PUC de Goiás.

6 - Aos 18 anos abandonei o curso e iniciei meus estudos em Artes Visuais -

Licenciatura pela FAV - Faculdade de Artes Visuais - UFG.

7 - Me formei aos 22 anos, em 2011 em Artes Visuais e iniciei meus estudos em Arte

Tecnologia logo em seguida no ArtEduca pela UnB.

8 - Em 2012 me mudei para Brasilia, e atualmente trabalho numa escola particular,

como professora de Artes e Musicalização para crianças de 2 a 9 anos.

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107

Banco de atividades

Linguagem artística: Artes Visuais

Gravura - Monotipia

Tema: CIDADES

Título: Trabalhando sobre o esgoto

Encontros

1 vez por semana, aula de arte – 50minutos

Espaço de intervenção pedagógica

O trabalho será realizado em escola(s) de ensino formal, visando trabalhar questões

referentes ao próprio espaço cidade, com salas de aproximadamente 30 alunos, de

5º à 9º ano, de cerca de 12 à 15 anos de idade.

Objetivo Geral

O objetivo geral é proporcionar experiências práticas e teóricas que levem

cada um dos alunos a conhecer alguns dos principais processos de produção de

gravuras e estampas, para então repensá-los no contexto do ensino de artes, em

como as artes estão e devem estar inseridas nas cidades em diferentes locais.

Objetivos Específicos

· Levar, apresentar as obras do artista plástico Alex Fischer, que usa dos

bueiros como monotipias, transferindo os desenhos desses bueiros

encontrados pelo artista para papéis usando a frottage, mostrando a

importância de refletir sobre a arte como um meio encontrado por toda a

cidade, em qualquer lugar, bastando um olhar sensível a esses objetos;

· Levar os alunos a pensarem nas artes não só como cópia, mas como

numa dança entre formas tradicionais de arte e as novas tecnologias,

comporem e registrarem seus percursos por meio da frottage, técnica

tradicional que revela a imagem com o uso do grafite e do papel. Como afirma :

Page 108: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

108

“ uma caçada global para as marcas do urbano industrial com foco num ponto

que normalmente passa despercebida para as pessoas”.

Temáticas

· Frottage

· Monotipia

· Grafitte

Recursos / Materiais

· Papeis sulfite A3 e A2

· Giz de cera – coloridos

· Tesouras

· Canetinhas

· Lápis de cor

· Tinta-guache

· Pincéis

· Panos velhos

· Fita crepe

Cronograma dos Trabalhos

1º dia:

1. Apresentar as obras do artista plástico Alex Fischer (20 minutos);

2. Mostrar como é feito a frottage, a monotipia e o grafitte (30 minutos);

3. Pedir para próxima aula que levem o material necessário para nossas

primeiras experiências dentro da própria escola.

Page 109: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

109

Artista plástico Alex Fischer

Page 110: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

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2º dia:

1. Levar os alunos a um passeio dentro da própria escola, levando-os a perceber

o espaço e as possibilidades usando outros objetos/elementos como paredes,

objetos, piso, outros (50 minutos).

2. Trabalhar com duplas, preferencialmente, individual.

3º dia:

1. Levar os alunos para os arredores da escola, previamente com a autorização

dos pais, de preferência com a presença dos mesmos, e alguns funcionários

da escola para melhor segurança dos alunos (50 minutos);

Page 111: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

111

4º dia:

1. Levar os alunos novamente para os arredores da escola, previamente com a

autorização dos pais, de preferência com a presença dos mesmos, e alguns

funcionários da escola para melhor segurança dos alunos (50 minutos)

Page 112: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

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Bueiros do mundo: http://fotosdebueiros.blogspot.com.br/2010_02_01_archive.html

2. Explicar a técnica do decalque:

Fischer utiliza aquele método de decalque que a maioria de nós aprendeu na

escola, nos anos primários. Basta posicionar um papel sobre a tampa e

pressionar o grafite para obter uma linda cópia do relevo do objeto.

Page 113: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

113

Colocando os decalques lado a lado é possível perceber as diferenças e os

detalhes de cada um. Isso acontece porque não existe um padrão mundial ou

regional para o desenho das tampas de bueiros. Interessa apenas que elas

sejam redondas para facilitar, entre outras coisas, a sua colocação e a sua

remoção por meio de rosqueamento.

A simetria das tampas

O esgoto não é uma coisa bela. Nós sabemos que a beleza de qualquer coisa

está intimamente ligada a sua simetria. Não existe muita simetria nos dejetos

provenientes do esgoto, não é mesmo? Então, as tampas de bueiro trazem essa

simetria com a qual tentam compensar o conteúdo das redes de esgoto.

Como realizar?

5º dia:

1. Levar os trabalhos dos alunos para sala de aula e discutir os resultados e as

percepções de cada aluno, experiências, questões (20 minutos);

2. Manipular as imagens, alterando-as com giz de cera, canetinhas, dentre outros

materiais trazidos pelos próprios alunos (30 minutos).

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Exemplos de cores e imagens – Fonte:

http://artedemais.blogspot.com/2010/09/livro-sobre-arte-em-tampas-de-

bueiros.html

6º dia:

1. Realizar uma exposição dos trabalhos na escola, com a intenção de levar

essa discussão para as outras turmas também, levando em consideração as

questões de cada autor e o porque das cores, e outros aspectos de cada

obra.

Avaliação

A avaliação, como aponta TOURINHO apud Hernandez (2000) “a avaliação é

a realização de um conjunto de ações direcionadas ao recolhimento de uma série de

dados sobre uma pessoa, fato, situação ou fenômeno, com o fim de emitir um juízo

sobre a mesma”, assim sendo, não poderia ser diferente da discutida por

TOURINHO apud Pimentel (2009), sendo processual, necessitando da colaboração

dos alunos, dependendo das circunstâncias e contexto.

No caso a avaliação se daria também em observações dentro e fora de sala

de aula, em como a turma reage com a proposta, e nos resultados, se satisfez a

turma enquanto aprendizado e conhecimento de novas técnicas e um novo ver com

relação a novas (velhas) ferramentas –giz de cera, lápis de cor, canetinhas, papel

sulfite -, se promoveu de fato reflexão desse grupo em questão, interesse pelas

aulas.

Page 115: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

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Referências Bibliográficas

Arte demais. Disponível em: http://artedemais.blogspot.com/2010/09/livro-sobre-arte-

em-tampas-de-bueiros.html . Acesso em: 30 de Novembro de 2010, as 21:54:00.

Bueiros Artes. Disponível em: http://rappadeangu.blogspot.com/2010/01/espaco-

104-abre-exposicao-de-arte-nos.html. Acesso em: 30 de Novembro de 2010, as

12:12:00.

Japão e tampas de bueiro. Disponível em:

http://spintravel.blogtv.uol.com.br/2010/01/12/japao-possui-as-tampas-de-bueiros-

mais-bonitas-do-mundo. Acesso em: 30 de Novembro de 2010, as 21:56:00.

Retratos. Disponível em:

http://www.flickr.com/photos/rdenubila/sets/72157623732799721/. Acesso em: 27 de

Novembro de 2010, as 12:26:00.

Pessoas. Disponível em:

http://www.flickr.com/photos/conras/sets/72157601522875575/. Acesso em: 27 de

Novembro de 2010, as 12:27:00.

TOURINHO, Irene. Retomando um tema delicado: Avaliação e ensino de arte. Artigo

publicado pela ANPAP, no 19º Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores

em Artes Plásticas “Entre Territórios” – 20 a 25/09/2010 – Cachoeira – Bahia –

Brasil.

Page 116: Novela gráfica urbana uma reflexao acerca do cotidiano de alunos do entorno do paranoá

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Atividade 3 - proposição do pré-projeto

Tema: Trabalhar a música e as artes para o público da educação infantil e ensino fundamental.

Título: "A música no mundo das Artes!"

Problema detectado: Há uma certa dificuldade em unir a música e as artes no currículo.

Gostei da ideia da colega Andréia... Pintando a música. Será possível unirmos ambos projetos? Mesmo estando em lugares diferentes?

Pensando mais, e observando todos as pre ideias. Conversando com o Diogo e a Viviane. Ficamos de fazer juntos. Estamos pensando em desenvolver o projeto mais ou menos nessa linha de novela gráfica. http://www.youtube.com/watch?v=S5E_uGcRO3g&feature=relmfu Dá pra envolver desenho, pintura, fotografia, edição de vídeo, música (pesquisa da trilha sonora). Gostaríamos de incluir os jogos cênicos nisso, mas ainda não conseguimos imaginar "o como". Estamos conversando.

Apoiada e Assinada embaixo a idéia dos colegas Viviane e Diogo.

Pré-PEA

Tema: Problemas urbanos

Título: Novela gráfica urbana

Problema: Como os alunos da zona urbana interpretam os problemas comuns da realidade em que estão inseridos?

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ELABORAÇÃO DO PEA: Projeto de Ensino e Aprendizagem

Etapa 1: Definição do problema da pesquisa - somente leitura

Colaborativo. (Acima os resultados)