Nova rota da seda: acordos multilaterais e a ascensão de ... · Do lado latino-americano,...

22
NOVA ROTA DA SEDA: ACORDOS MULTILATERAIS E A ASCENSÃO DE UMA NOVA HEGEMONIA Grupo: DENZELL SOUZA MICHELLE GODOY LUCAS MULLER

Transcript of Nova rota da seda: acordos multilaterais e a ascensão de ... · Do lado latino-americano,...

NOVA ROTA DA SEDA: ACORDOS MULTILATERAIS E A ASCENSÃO DE

UMA NOVA HEGEMONIA

Grupo: DENZELL SOUZA

MICHELLE GODOY

LUCAS MULLER

Geopolítica

■ China e seu “soft power”

■ Evitar qualquer conflito com os EUA: modernização e crescimento nacional

■ Foros multilaterais, acordos bilaterais (questão de Taiwan)

■ Parcerias estratégicas com países como Rússia, Índia, Tailândia, Cazaquistão,

França, Brasil e Irã e com blocos econômicos presentes no sistema internacional –

como a Organização para Cooperação de Xangai (OCX) e a Associação de Nações

do Sudeste Asiático (ASEAN)

■ Dificulta uma contenção ou isolamento do país asiático

Geopolítica

■ China como “Império do meio”

■ Três metas:

– Retirada dos EUA da liderança da Ásia

– Impedir a Índia de se tornar o polo autônomo de atração na Ásia

– Tornar-se a potência imprescindível para a paz no golfo Pérsico entre persas (Irã) e árabes (no caso a Arábia Saudita devido ao petróleo e gás natural)

■ Medidas:

– Geoeconômica: zona de livre comércio na Ásia Oriental

– Geopolítica: impedir independência de Taiwan; conter a evolução da Coreia do Norte; reforçar a aliança com o Paquistão e aproximar-se da Arábia Saudita

■ Se adaptar aos desafios contemporâneos, como segurança energética - principalmente em relação ao petróleo e gás - e na luta contra o “terrorism, separatism and extremism” especialmente na Ásia Central, mas também diferentes regiões do mundo, como no Estreito de Malaca, Oriente Médio e África

Antiga Rota da Seda

■ Dinastia Han

■ Rotas interconectadas que ligavam o Extremo Oriente ao Mediterrâneo e à Europa

■ Crescimento e desenvolvimento de regiões e grandes Civilizações

■ Desaparecimento:

– China livrou-se da dominação Mongol

– Dinastia Ming fechou as fronteiras da China

Nova Rota da Seda

■ Plano estratégico de melhorar conexões comerciais entre Ásia-Europa e Ásia-Leste da África

■ Financiamento:

– Fundo Rota da Seda

– Banco Asiático para Investimento em Infraestrutura

– Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS

■ O Projeto é composto por:

– Rota Terreste – Ligação da China com a Europa através da Ásia Ocidental e Central

– Rota Marítima – Ligação da China com o Sudeste Asiático, África e Europa

Ásia

■ AIIB: Fundado em 2016, 86 Países.

■ AIIB x IFIs (FMI, WB, ADB)

– Alta burocratização e contrapartida

– Don’t ask, don’t tell

■ +US$ 4 bilhões em empréstimos

– $600M > Gasoduto (Azerbaijão)

– $400M > Energia & Transporte (Paquistão)

– $285M > Gás Natural & Energia (Bangladesh)

– $210M > Energia Solar (Egito)

– $1000M > Logística & Energia (Índia)

■ Proteção Ambiental, Água, Desenvolvimento Urbano, Infraestrutura Rural, E&P.

■ China, Rússia & Índia (& Japão).

Ásia

China-Pakistan Economic Corridor (PIB: $280 bn)

■ US$62 bilhões

■ Rede rodoviária, ferroviária & fibra ótica.

■ Saída marítima e fronteira com oriente médio

Porto de Hambantota – Sri Lanka (PIB: $81 bn)

■ US$1,5 bilhão.

■ Índia negou, China emprestou.

Porto de Myanmar (PIB: $67 bn)

■ Projeto da CITIC, estimado em US$7,5 bilhões

■ Preocupação governamental

África

■ 1955-1975: Período de reaproximação com países recém declarados

independentes da França, Reino Unido, etc. Suporte politico e econômico.

■ 1960-1989: Áfica recebeu 48% de todo o auxilio a outros continentes.

■ 2000: Desenvolvimento de zonas comerciais

■ 2000-2015: Empréstimos somaram US$94 bilhões, sendo $52 para transportes e

energia.

África

Tanzania Zambia Railway (TAZARA)

■ US$ 2,5 bilhões

■ Conectada posteriormente a Benguela

Railway, reconstruída pela China após longa

guerra civil.

Addis Ababa–Djibouti Railway

■ Ferrovia conectando Etiópia ao porto de

Djibouti, responsável por receber quase todo o

fluxo de mercadorias do país.

■ Djbouti é um porto/base militar construída

pelos chineses por US$600 milhões em 2017

Europa

■ Linha Ferroviária: Londres – Yiwu

■ Potencialização das relações comerciais

■ Diversidade dos Investimentos Chineses na Europa

– Crise de 2008

– Aquisição de Marcas

– BREXIT

– Usinas Nucleares no Reino Unido

América Latina

■ Busca por novos fornecedores mundiais

■ Novo público para exportação de seus produtos manufaturados

■ Isolamento desses países com Taiwan

■ Cooperação no campo político-estratégico – fóruns internacionais

■ Modernização do sistema portuário acompanhado de uma interoperabilidade entre

esse e as outras vias

América Latina

■ Suriname: o interesse chinês verifica-se nos recursos naturais do país, tais como bauxita, ferro, cobre, ouro e petróleo. Pequim já doou 1,6 milhões de dólares em material e treino a Paramaribo (capital do Suriname), e em relação a logística, a China Dalian International Corp. forneceu cerca de 6 bilhões de dólares para a construção de um porto profundo e de novas autoestradas

■ No México, por exemplo, a China tem vindo a investir em alguns dos maiores portos do país (Ensenada, Manzanillo, Lazaro, Cardenas and Vera Cruz). Por sua vez, “em Machala, no sudoeste do Equador, a empresa Tongling Nonferrous Metals Group e a sua parceira, China Railways, estão a planejar instalações para a carga e descarga de minério extraído nas províncias de Zamora Chinchipe, na Amazônia (onde a Ecuacorrientes, uma empresa de propriedade chinesa, pretende iniciar a extração de cobre)”

■ Canal de Nicarágua, um projeto inter-oceânico chinês, que visa ligar o Pacífico e o Atlântico financiado por uma companhia privada, a HKND com cede em Honk Kong e controlada pelo chinês Wang Jing. São necessários cerca de 50 bilhões de dólares para financiar os 278 Km (cerca de três vezes e meia o comprimento do canal do Panama que é de 77 Km), levando cerca de cinco anos a ser construído (o dobro do tempo que foi necessário para construir o do Panamá), gerando 50 mil postos de trabalho diretos e mais 200 mil empregos indiretamente

América Latina

■ Atlântico Sul: descoberta de importantes jazidas de petróleo e gás natural, assim

como vários minérios fundamentais do ponto de vista econômico

■ Do lado latino-americano, Venezuela, Argentina e Brasil são importantes parceiros

estratégicos da China. A América Latina respondeu por 15% de todo o investimento

da China, perdendo somente para os países da Ásia. O estoque de investimentos

chineses na região ultrapassa US$ 200 bilhões, com mais de US$ 60 bilhões

concentrados no Brasil. Existem ainda outros núcleos energéticos eventualmente

promissores na região que têm canalizado o interesse das grandes potências : as

ilhas Malvinas e a Antártica.

Conclusão

■ A China ainda tem um longo caminho para desbancar os Estados Unidos do

primeiro lugar mundial, a Nova Rota da Seda está apenas no começo, mas tudo

indica que o governo de Xi Jinping está no caminho certo para alcançar esse

objetivo. Pode ser que ainda demore anos, ou décadas, mas é inegável que o país

esteja causando um grande alvoroço mundial.