NOVA PONTE PORTO ALEGRE-GUAIBA - DADOS SOBRE TRÁFEGO ATUAL
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A economia gaúcha e o Plano Integrado de Transportes
- A atividade comercial da região metropolitana é de alto significado para a economia gaúcha.
- Necessidade de incrementar o desenvolvimento da Metade Sul do RS. Anúncio de grandes projetos florestais.
- Proposta de ampliação do Pólo Petroquímico de Triunfo.
- O PIT, elaborado entre 2001 e 2002, diagnosticou gargalos de infra-estrutura e elaborou recomendações para superá-los a fim de imprimir maior dinamismo à economia do Estado e para sua maior integração com os países adjacentes e com os demais Estados brasileiros.
Desafios apontados pelo PIT
- Navegação permanente e segura na Lagoa dos Patos com orientação permanente através de sinalização visual e eletrônica, e com garantia de calado constante dentro dos padrões viáveis para seu canal de navegação.
- Nova localização do porto de Porto Alegre.
- Elevado tráfego de passagem e concentração urbana crescente no uso do solo urbano com tendência à formação de uma megalópole com os seus gargalos.
- Limitação da atual ponte de travessia do Guaíba, conectando Porto Alegre à Eldorado do Sul (BR-116 e BR-290). A Travessia Getúlio Vargas, conhecida como a Ponte do Guaíba, inaugurada em 1958 apresenta evidentes limitações
Ponte móvel do Guaíba
- Qual é a prioridade? Navios ou veículos?
- O que acontecerá se ela não funcionar?
- Somente mudar os horários de içamento da ponte resolveria o problema?
- A travessia do Guaíba entre Porto Alegre e Eldorado do Sul é crucial para as conexões entre a Capital do Estado e o Porto do Rio Grande (BR-116) e Norte do Estado (BR-386); todo o Leste da metade Sul (BR-116); para a região Oriental e Central do Uruguai e para o Nordeste Argentino (BR 116, BR-290, BR-153 e BR-158). Ademais ela é igualmente de relevância para as ligações com resto do Brasil.
- Riscos e conseqüência de uma falha maior no sistema(desvio de cerca de 300 kms para chegar a Eldorado do Sul.
- Definição da construção da Rodovia do Parque (ligação da BR-116 com a BR-386). Aumento do tráfego de veículos na ponte móvel.
-Duplicação da BR-101
- Previsão de que em 5 anos estaremos diante de um esgotamento quase total da travessia.
Veículos Passantes no trecho Porto Alegre – Eldorado do Sul e Eldorado do Sul – Porto Alegre
10.257.000854.77028.101Total
680.00056.6701.863Carretas
1.083.00090.2502.967Caminhões
619.00051.6001.696Ônibus
7.875.000656.25021.575Leves
Média AnualMédia MensalMédia DiáriaVeículo Tipo
Fonte: Concepa
Movimentação de cargas e passageiros sobre a ponte móvel
BR-290/RS km 104 / CURVA DE SAZONALIDADE ANUAL (Pesados)
0,85
0,90
0,95
1,00
1,05
1,10
1,15
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Meses do Ano
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Fonte: Concepa
Movimentação de cargas sobre a ponte móvel
Fonte: Concepa
BR-290/RS km 104 / CURVA DA SAZONALIDADE ANUAL (Leves)
0,85
0,90
0,95
1,00
1,05
1,10
1,15
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Meses do Ano
Movimentação de passageiros sobre a ponte móvel
Içamentos na ponte móvel e tempos de interrupção do tráfego (dados de 2005):
- De 1 a 4 içamentos/dia. Na média, 3 içamentos/dia.
- Cada içamento interrompe o tráfego de 15 a 35 minutos.
- Tempo médio/mês de interrupção do tráfego: 15 horas (mínimo 12h40min; máximo 18h03min)
Custo econômico atual das interrupções resultantes dos içamentos
Levando em conta a sazonabilidade, o tempo médio mensal de interrupção do tráfego, a média mensal do número de carretas e caminhões que passam na ponte móvel, o custo total das horas mensais ociosas da frota de carga que passa pela ponte, chega-se a um custo anual, estimado, de R$ 124.212.000,00 (somente para o transporte de carga).
Não foram contabilizados os prejuízos resultantes do trânsito na ponte móvel/mês de:
- 51.600 ônibus de transporte coletivo
- 656.250 veículos leves.
Cálculo dos custos decorrentes dos içamentos com interrupção do tráfego na atual ponte do Guaíba:
No caso dos veículos de cargas (caminhões e carretas)
1. Passam pela ponte 146.920 veículos de carga a cada mês.
2. Cada veículo fica parado na ponte devido aos içamentos cerca de 100 minutos por mês (1hora e quarenta minutos).
3. A frota inteira de veículos de carga- que passa pela ponte – fica parada 244.866 horas por mês
4. Este número de horas paradas equivale à paralisação de941 veículos parados por um mês inteiro durante suas 260 horas úteis mensais.
5. Os custos fixos destes 941 veículos (R$ 5.000 mensais para cada veículo segundo os dados da NTC) elevam-se R$ 4. 705.000,00 por mês ou R$ 54.460.000,00 por ano
6. Os custos equivalentes de armazenagem forçada ao mês (segundo a empresa Logservice, Logística de Serviços e armazenamentos) são da ordem de R$ 200,00 e atingem o montante de
R$ 5. 646.000,00 por mês ouR$ 67. 752.000,00 por ano
7. Custo total para a sociedade decorrente dos içamentos da ponte com respeito exclusivamente aos veículos de carga
R$ 56.460.000,00 + R$ 67.752.000,00 =
R$ 124.212.000,00 por ano
Nova ponte
Extensão:Ponte: 2.500m Alças : 1.850m
Larguras:Ponte: 20mAlças : 7,00m a 10,00m
Áreas: 66.500 m²
Pista de rolamentos: 2 (uma por sentido)
Características nova ponte:
Faixas de trafego por pista: 2 (3,10m + 3,40m)
Faixas de segurança: 0,40m junto a barreira central0,60m junto a defensa lateral
Passeio para pedestres:1,50m de largura em cada sentido
Espaço livre para os estais:0,70m por sentido
Maior altura livre: 40m
Característica: Seções pré-moldadas em concreto protendido, com três vãos principais de 120m + 240m +120m, estaidos em duas linhas em leque, suportados por duas torres de concreto em cada lado; os demais vãos serão em vigas caixão com 40m, executados em aduelas pré- fabricadas de inércia constante em concreto protendido, montados em balanços sucessivos com treliças.- Captação de todo escoamento pluvial superficial para bacias de contenção- Baias (refúgios) em determinados pontos para socorro e atendimento mecânico- 1.800m de alças de acesso elevados, interligando a 3ª perimetral (Rua D. Teodora) e a BR-290/BR-116 no Km 95,40 e o Km99,00 da BR-290/BR-116 (próximo ao Saco da Alemoa)
Custo estimado: R$ 337.500.000,00
Custo estimado: R$ 337.500.000,00
Decisão de fazer: até o final de 2006
Elaboração do Projeto Executivo e licença ambiental: em 2007
Construção: 2008, 2009 e 2010
Alternativas de financiamento da nova ponte do Guaíba
- Trecho sob concessão.
- Parceria público-privada.
- Investimento do Governo Federal.
Recomendações do PIT – médio e longo prazo
Localização do porto de Porto Alegre após a implantação da segunda ponte
- Nova localização do Porto (10 metros de calado);
- Navegação permanente na Lagoa dos Patos com dragagem periódica do canal.
-Novos Serviços Portuários de apoio mais eficiente às atividades econômicas desenvolvidas na região metropolitana de Porto Alegre e nos eixos Porto Alegre - Caxias do Sul e Porto Alegre - Osório.
- Transformação da atual localização portuária em porto turístico e espaço cultural.
- Redução do tráfego de passagem pela cidade de Porto Alegre e implantação de Centro Multimodal de Logística - CML previsto pelo PIT na região de Eldorado do Sul, para conferir mais eficiência logística à movimentação de cargas na conurbação Porto Alegre – Novo Hamburgo e nos dois eixos econômicos Porto Alegre Caxias e Porto Alegre Novo Hamburgo.
- Construção de uma terceira ponte nas imediações à oeste do Pólo Petroquímico lligando a margem esquerda do rio Jacuí com sua a margem direita na área de influência direta de Eldorado do Sul e complementação do anel viário Itapuã –Eldorado do Sul.
- Implantação do Centro Multimodal de Logística nas cercanias da nova localização do porto de Porto Alegre.
- No longo prazo: implantação de um ramal ferroviário atravessando o Jacuí até o CML de Eldorado do Sul como primeiro passo para futura Ferrovia General Luz - Pelotas.