Nova Ortografia

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_________________________________________CRECI_________________________________________PORTUGUS ___ ORTOGRAFIA REFORMA ORTOGRFICA MUDANAS NO ALFABETO O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser: ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ As letras k, w e y, que na verdade no tinham desaparecido da maioria dos dicionrios da nossa lngua, so usadas em vrias situaes. Ex.: a) na escrita de smbolos de unidades de medida: km(quilmetro), kg (quilograma), W (watt); b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano. 2) TREMA No se usa mais o trema (), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui. Como era e como fica: agentar - aguentar argir - arguir bilnge - bilngue cinqenta - cinquenta delinqente - delinquente eloqente - eloquente ensangentado - ensanguentado eqestre - equestre freqente - frequente lingeta - lingueta lingia - linguia qinqnio - quinqunio sagi - sagui seqncia - sequncia seqestro - sequestro tranqilo - tranquilo Ateno: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Ex.: Mller, mlleriano. 3) MUDANAS NAS REGRAS DE ACENTUAO a) No se usa mais o acento dos ditongos abertos i e i das palavras paroxtonas (palavras que tm acento tnico na penltima slaba). Como era como fica : alcalide - alcaloide alcatia - alcateia andride - androide apia (verbo apoiar) - apoia apio (verbo apoiar) - apoio asteride - asteroide bia - boia celulide - celuloide clarabia - claraboia colmia - colmeia Coria - Coreia debilide - debiloide epopia - epopeia estico - estoico estria - estreia estrio (verbo estrear) - estreio gelia - geleia 1) herico - heroico idia - ideia jibia - jiboia jia - joia odissia - odisseia parania - paranoia paranico - paranoico platia - plateia tramia - tramoia

Ateno: essa regra vlida somente para palavras paroxtonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxtonas terminadas em is, u, us, i, is. Ex.: papis, heri, heris, trofu, trofus. b) Nas palavras paroxtonas, no se usa mais o acento no i e no u tnicos quando vierem depois de um ditongo. Como era como fica: baica - baiuca bocaiva - bocaiuva caula - cauila feira - feiura Ateno: se a palavra for oxtona e o i ou o u estiverem em posio final (ou seguidos de s), o acento permanece. Ex.: tuiui, tuiuis, Piau. c) No se usa mais o acento das palavras terminadas em em e o(s). Como era como fica: abeno - abenoo crem (verbo crer) - creem dem (verbo dar) - deem do (verbo doar) - doo enjo - enjoo lem (verbo ler) - leem mago (verbo magoar) - magoo perdo (verbo perdoar) - perdoo povo (verbo povoar) - povoo vem (verbo ver) - veem vos - voos zo - zoo d) No se usa mais o acento que diferenciava os pares pra/para, pla(s)/ pela(s), plo(s)/pelo(s), plo(s)/polo(s) e pra/pera. Como era como fica: Ele pra o carro. - Ele para o carro. Ele foi ao plo Norte. - Ele foi ao polo Norte. Ele gosta de jogar plo. - Ele gosta de jogar polo Esse gato tem plos brancos. - Esse gato tem pelos brancos. Comi uma pra. - Comi uma pera. Ateno: 1) Permanece o acento diferencial em pde/pode. Pde a forma do passado do verbo poder (pretrito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular. Pode a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular. Ex.: Ontem, ele no pde sair mais cedo, mas hoje ele pode. 2) Permanece o acento diferencial em pr/por. Pr verbo. Por preposio. Ex.: Vou pr o livro na estante que foi feita por mim. 3) Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Ex.: Ele tem dois carros. / Eles tm dois carros.

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_________________________________________CRECI_________________________________________PORTUGUS ___ Ele vem de Sorocaba. / Eles vm de Sorocaba. Ele mantm a palavra. / Eles mantm a palavra. Ele convm aos estudantes. / Eles convm aos estudantes. Ele detm o poder. / Eles detm o poder. Ele intervm em todas as aulas. / Eles intervm em todas as aulas. 4) facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/ frma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual a forma da frma do bolo? 5) No se usa mais o acento agudo no u tnico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir. 6) H uma variao na pronncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e tambm do imperativo. Veja: se forem pronunciadas com a ou i tnicos, essas formas devem ser acentuadas. Ex.: verbo enxaguar: enxguo, enxguas, enxgua, enxguam; enxgue, enxgues, enxguem. verbo delinquir: delnquo, delnques, delnque, delnquem; delnqua, delnquas, delnquam. se forem pronunciadas com u tnico, essas formas deixam de ser acentuadas. Ex.: (a vogal sublinhada tnica, isto , deve ser pronunciada mais fortemente que as outras): verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem. verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam. Ateno: no Brasil, a pronncia mais corrente a primeira, aquela com a e i tnicos. USO DO HFEN Algumas regras do uso do hfen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreenso dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hfen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientaes estabelecidas pelo Acordo. As observaes a seguir referem-se ao uso do hfen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, alm, ante, anti, aqum, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, ps, pr, pr, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc. 1) Com prefixos, usa-se sempre o hfen diante de palavra iniciada por h. Ex.: anti-higinico anti-histrico co-herdeiro macro-histria mini-hotel proto-histria sobre-humano super-homem ultra-humano 2) No se usa o hfen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Ex.: aeroespacial agroindustrial anteontem antiareo antieducativo autoaprendizagem autoescola autoestrada autoinstruo coautor coedio extraescolar infraestrutura plurianual semiaberto semianalfabeto semiesfrico semiopaco Exceo: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigao, coordenar, cooperar, cooperao, cooptar, coocupante etc. 3) No se usa o hfen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento comea por consoante diferente de r ou s. Ex.: anteprojeto antipedaggico autopea autoproteo coproduo geopoltica microcomputador pseudoprofessor semicrculo semideus seminovo ultramoderno Ateno: com o prefixo vice, usa-se sempre o hfen. Ex.: vice-rei, vice-almirante etc. 4) No se usa o hfen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento comea por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Ex.: antirrbico antirracismo antirreligioso antirrugas antissocial biorritmo contrarregra contrassenso cosseno infrassom microssistema minissaia multissecular neorrealismo neossimbolista semirreta ultrarresistente. ultrassom 5) Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hfen se o segundo elemento comear pela mesma vogal.

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_________________________________________CRECI_________________________________________PORTUGUS ___ Ex.: anti-ibrico anti-imperialista anti-inflacionrio anti-inflamatrio auto-observao contra-almirante contra-atacar contra-ataque micro-ondas micro-nibus semi-internato semi-interno 6) Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hfen se o segundo elemento comear pela mesma consoante. Ex.: hiper-requintado inter-racial inter-regional sub-bibliotecrio super-racista super-reacionrio super-resistente super-romntico Ateno: Nos demais casos no se usa o hfen. Ex.: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteo. a) Com o prefixo sub, usa-se o hfen tambm diante de palavra iniciada por r: sub-regio, sub-raa etc. b) Com os prefixos circum e pan, usa-se o hfen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegao, pan-americano etc. 7) Quando o prefixo termina por consoante, no se usa o hfen se o segundo elemento comear por vogal. Ex.: hiperacidez hiperativo interescolar interestadual interestelar interestudantil superamigo superaquecimento supereconmico superexigente superinteressante superotimismo 8) Com os prefixos ex, sem, alm, aqum, recm, ps, pr, pr, usa-se sempre o hfen. Ex.: alm-mar alm-tmulo aqum-mar ex-aluno ex-diretor ex-hospedeiro ex-prefeito ex-presidente ps-graduao pr-histria pr-vestibular pr-europeu recm-casado recm-nascido sem-terra

9) Deve-se usar o hfen com os sufixos de origem tupi-guarani: au, guau e mirim. Ex.: amor-guau, anaj-mirim, capim-au. 10) Deve-se usar o hfen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando no propriamente vocbulos, mas encadeamentos vocabulares. Ex.: ponte Rio-Niteri, eixo Rio-So Paulo. 11) No se deve usar o hfen em certas palavras que perderam a noo de composio. Ex.: girassol madressilva mandachuva paraquedas paraquedista pontap 12) Para clareza grfica, se no final da linha a partio de uma palavra ou combinao de palavras coincidir com o hfen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Ex.: Na cidade, conta-se que ele foi viajar. O diretor recebeu os ex-alunos. RESUMO EMPREGO DO HFEN COM PREFIXOS 1) Regra bsica: Sempre se usa o hfen diante de h: antihiginico, super-homem. 2) Outros casos

a) Prefixo terminado em vogal: Sem hfen diante de vogal diferente: autoescola, antiareo. Sem hfen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicrculo. Sem hfen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom. Com hfen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas. b) Prefixo terminado em consoante: Com hfen diante de mesma consoante: inter-regional, subbibliotecrio. Sem hfen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersnico. Sem hfen diante de vogal: interestadual, superinteressante. Observaes 1) Com o prefixo sub, usa-se o hfen tambm diante de palavra iniciada por r sub-regio, sub-raa etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hfen: subumano, subumanidade. 2) Com os prefixos circum e pan, usa-se o hfen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegao, panamericano etc. 3) O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigao, coordenar, cooperar, cooperao, cooptar, coocupante etc. 4) Com o prefixo vice, usa-se sempre o hfen: vice-rei, vicealmirante etc. 5) No se deve usar o hfen em certas palavras que perderam a noo de composio, como girassol, madressilva, mandachuva, pontap, paraquedas, paraquedista etc. 6) Com os prefixos ex, sem, alm, aqum, recm, ps, pr, pr, usa-se sempre o hfen: ex-aluno, sem-terra, alm-mar, aqummar, recm-casado, ps-graduao, pr-vestibular, pr-europeu.

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_________________________________________CRECI_________________________________________PORTUGUS ___ 4. EMPREGO DE CERTAS PALAVRAS 1) Por que / por qu / porque / porqu a) Por que Significando por que motivo, no incio ou no meio da frase. Ex.: Por que a casa est suja? (Por que motivo a casa est suja?) No sei por que a casa est suja. (No sei por que motivo a casa est suja) Observao: Trata-se de um advrbio interrogativo de causa. Significando pelo qual e flexes. Ex.: A causa por que lutvamos era justa. (A causa pela qual lutvamos era justa) Observao: Trata-se do pronome relativo que antecedido pela preposio por, que o verbo exige. Quando a orao comeada pelo que pode ser substituda por isto. Ex.: Ansiava por que todos se entendessem. (Ansiava por isto) Observao: Trata-se da conjuno integrante que antecedida pela preposio por, exigida pelo verbo da primeira orao. b) Por qu Significando por que motivo e colocado no final da frase. Ex.: A casa est suja por qu? (A casa est suja por que motivo?) c) Porque Significando pois. Ex.: Acertou todas as questes porque muito inteligente. (Acertou todas as questes pois muito inteligente) Volte cedo, porque vai chover. (Volte cedo, pois vai chover) Observaao: Trata-se da conjuno subordinativa causal (primeiro exemplo) ou da conjuno coordenativa explicativa (segundo exemplo). Significando para que. Ex.: Procurou ajuda porque o vizinho fosse salvo. (Procurou ajuda para que o vizinho fosse salvo) Observao: Trata-se da conjuno subordinativa final, pouco usada hoje em dia. d) Porqu Quando vem antecedido por um determinante, geralmente o artigo. Ex.: Esse o porqu da questo. Observao: Trata-se de um substantivo. 2) Acerca de / a cerca de / h cerca de a) Acerca de Quando equivale a a respeito de. Ex.: No conversavam acerca de religio. (No conversavam a respeito de religio) b) A cerca de Quando significa a aproximadamente. Ex.: O homem ficou a cerca de duzentos metros. (O homem ficou a aproximadamente duzentos metros)

c) H cerca de Equivalendo a h aproximadamente, sendo esse h o verbo haver indicando tempo ou significando existir. Ex.: No o vejo h cerca de dois meses. (No o vejo h aproximadamente dois meses) Aqui h cerca de cem pessoas. (Aqui h, ou seja, existem aproximadamente cem pessoas) 3) Tampouco / to pouco a) Tampouco Equivale a tambm no. Ex.: No canta, tampouco faz poesia. (No canta, tambm no faz poesia) b) To pouco Trata-se do advrbio to mais o advrbio ou pronome pouco. Ex.: Estudou to pouco que nada aprendeu. Ganhou to pouco dinheiro que acabou desistindo. 4) Mau / mal a) Mau O contrrio de bom. Ex.: Era um mau negcio. (Era um bom negcio) b) Mal Em todos os outros casos. Antnimo de bem. Ex.: Ele canta mal. (Ele canta bem) Sinnimo de assim que. Ex.: Mal comeou a chuva, eles entraram. (Assim que comeou a chuva, eles entraram) Sinnimo de quase no. Ex.: Est to fraco que mal d para ficar em p. (Est to fraco que quase no d para ficar em p) 5) Mais / mas / ms a) Mais Antnimo de menos. Ex.: Tem mais recursos que voc. (Tem menos recursos que voc) Sentido aproximado de jamais. Ex.: No quero mais falar sobre isso. (No quero jamais falar sobre isso) b) Mas Sinnimo de porm. Ex.: Foi cidade, mas no resolveu o problema. (Foi cidade, porm no resolveu o problema) Na correlao no s...mas tambm = e. Ex.: No s trabalha, mas tambm se diverte. (Trabalha e se diverte). c) Ms Antnimo de boas. Ex.: No andava em ms companhias. (No andava em boas companhias) 6) Sob / sobre

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_________________________________________CRECI_________________________________________PORTUGUS ___ a) Sob Embaixo de Ex.: O cachorro ficou sob a mesa. Na dependncia de autoridade Ex.: Estvamos sob uma terrvel ditadura. De acordo com Ex.: S usa roupas sob medida. A partir de Ex.: Analisei o caso sob novo ngulo. Envolvido, influenciado Ex.: Vivia sob grande tenso. Durante Ex.: Tudo se passou sob o governo de D. Pedro II. b) Sobre Acima de Ex.: A escova estava sobre uma cadeira. A respeito de Ex.: Naquela poca, no se conversava sobre poltica. De encontro a Ex.: A luz incidiu sobre a parede. Alm de Ex.: J estava sobre os cinqenta anos. Por causa de Ex.: Orgulhava-se sobre sua vida de conquistas. Em relao de dominncia Ex.: Exerce influncia benigna sobre os jovens. Aps Ex.: Subiu a escadaria degrau sobre degrau. 7) H / a / a) H o verbo haver. Ex.: H pessoas na sala. (existem) Ele saiu h pouco. (faz; idia de tempo decorrido) b) A Como preposio, costuma confundir-se com o verbo haver (h). Ex.: Daqui a pouco, sairei. (no equivale a faz; idia de futuro) c) Fuso da preposio a com outro a (artigo ou pronome). Ex.: Irei feira. (Irei a a feira) 5. ACENTUAO Slabas: so chamadas de slaba o fonema ou o grupo de fonemas pronunciados numa s emisso de ar. As palavras podem ter uma ou vrias slabas. Ex.: beleza be-le-za parabenizar pa-ra-be-ni-zar. 1) Slaba tnica: A slaba proferida com mais intensidade que as outras a slaba tnica. Esta possui o acento tnico, tambm chamado acento de intensidade ou prosdico. Nem sempre a slaba tnica recebe acento grfico. Exemplos: caj, caderno, lmpada 2) Slaba subtnia: Algumas palavras geralmente derivadas e polisslabas, alm do acento tnico, possuem um acento secundrio. A slaba com acento secundrio chamada de subtnica. Exemplos: terrinha, sozinho 3) Slaba tona: As slabas que no so tnicas nem subtnicas chamam-se tonas. Podem ser pretnicas (antes da tnica) ou postnicas (depois da tnica). Ex.: barata (tona pretnica, tnica, tona postnica) mquina (tnica, tona postnica, tona postnica) No confunda acento tnico com acento grfico. O acento tnico est relacionado com intensidade de som e existe em todas as palavras com duas ou mais slabas. O acento grfico existir em apenas algumas palavras e ser usado de acordo com regras de acentuao. Quanto aos monosslabos, eles podem ser: a) tonos: no possuem acentuao prpria, isto , so pronunciados com pouca intensidade: o, lhe, e, se, a. b) tnicos: possuem acentuao prpria, isto , so pronunciados com muita intensidade: l, p, mim, ps, tu, l. Os monosslabos tnicos soam distintamente no interior da frase: j os monosslabos tonos, no possuindo acentuao prpria, soam como uma slaba da palavra anterior ou da palavra posterior. Ex.: Quero encontr-la l. D o livro de Portugus. Tenho d do menino. A distino entre monosslabo tnico e monosslabo tono depende do contexto, ou seja, eles tm que ser analisados numa frase. Fora do contexto, todos os monosslabos so tnicos. Classificao das palavras quanto slaba tnica Quanto posio da slaba tnica, as palavras classificam-se em: a) Oxtonas: a slaba tnica a ltima slaba da palavra. Ex.: ma-ra-cu-j, ca-f, re-com-por. b) Paroxtonas: a slaba tnica a penltima slaba da palavra. Ex.: ca-dei-ra, ca-r-ter, me-sa. c) Proparoxtonas: a slaba tnica a antepenltima slaba da palavra. Ex.: s-la-ba, me-ta-f-si-ca, lm-pa-da. Nem sempre a slaba tnica vem indicada com acento grfico. Dessa forma, fundamental distinguir o acento tnico do acento grfico. O acento tnico o acento da fala; marca a maior intensidade na pronncia de uma slaba. O acento grfico o sinal utilizado, em algumas palavras, para indicar a slaba tnica. Regras: Para acentuar corretamente as palavras, convm observar as seguintes regras: a) Proparoxtonas: Todos os vocbulos proparoxtonos so acentuados.exemplos: metafsica, lmpada, pssego, quisssemos, frica, ngela. b) Paroxtonas: So acentuados os vocbulos paroxtonos terminados em:__________________________________________________________________________________________________________________________ www.evolucaoconcursos.com (48) 3025-1165 3025-1166

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_________________________________________CRECI_________________________________________PORTUGUS ___ I(S): jri, jris, lpis, tnis. us: vrus, bnus. UM/UNS: lbum, lbuns. r: carter, mrtir, revlver. X: trax, nix, ltex. n: hfen, plen, mcron, prton. l: fcil, amvel, indelvel. DITONGO: Itlia, ustria, memria, crie, rseo, sia, Cssia, fceis, imveis, fsseis, jrsei. O(S): rgo(s), sto (s), fo (s), bno (s). (S): rf(s), m (s). PS: bceps, frceps No se acentuam os paroxtonos terminados em ENS: hifens, polens, jovens, nuvens, homens. No se acentuam os prefixos paroxtonos terminados em I ou R: super-homem, inter-helnico, semi-selvagem. c) Oxtonas: so acentuados os vocbulos terminados em: A(S ), E(S), O(S): maracuj, anans, caf, voc, domin, palets, vov, vov, Paran. EM/ENS: armazm, vintm, armazns, vintns. d) Acentuam-se tambm: os monosslabos tnicos terminados em A, E, O (seguidos ou no de S): p, p, p, ps, ps, ps, l, d, hs, crs. As formas verbais terminadas em A, E, O tnicos seguidos de lo, la, los, las tambm so acentuadas: am-lo, diz-lo, replo, f-lo, rep-la, f-lo-, p-lo, compr-la-. Regras especiais a) Acentuam-se os ditongos de pronncia aberta u, i, i: chapu, cu, anis, pastis, coronis, heri. b) Hiatos O E E: Ex.: vo, enjo, vos, crem, lem, dem. Coloca-se acento nas vogais I e U que formam hiato com a vogal anterior. Ex.: sa--da, sa-s-te, sa--de, ba-la-s-tre, ba-, ra--zes, ju-zes, Lu-s, pa-s, He-lo--sa, Ja-. No se acentuam o I, O e U que formam hiato quando seguidos, na mesma slaba, de L, M, N, R ou Z: Ex.: Ra-ul, ru-im, sa-ir-des, ju-iz. Tambm no se acentua o hiato seguido do dgrafo NH: Ex.: ra-i-nha, ven-to-i-nha, ba-i-nha. Coloca-se o trema na letra U dos encontros GUE, GUI, QUE, QUI, quando a letra U for pronunciada atonamente (nesses casos, o semivogal: Ex.: tranqilo, freqente, lingia, sagi. Se a letra U de tais encontros for pronunciada tonicamente, levar acento agudo (nesses casos, o u vogal): Ex.: averige, argi, argis. Se a letra U de tais encontros no for pronunciada, evidentemente no levar acento algum (nesse caso, temos dgrafo): Ex.: quilo, quente, guerra, guerreiro, queijo. Observaes: a) Os verbos TER e VIR levam acento circunflexo na 3 pessoa do plural do presente do indicativo: Ex.: ele tem / eles tm, ele vem / eles vm. b) Os verbos derivados de TER e VIR levam acento agudo na 3 pessoa do singular e acento circunflexo na 3 pessoa do plural do presente do indicativo: Ex.: ele retm/ eles retm, ele intervm /eles intervm. c) Recebem acento diferencial as seguintes palavras: CA (verbo e substantivo), para diferenciar de coa (contrao). PR (verbo), para diferenciar de por (preposio). PRA (verbo), para diferenciar de para (preposio). PLO (substantivo), para diferenciar de pelo (contrao). PLO (do verbo pelar), para diferenciar de pelo (contrao). PLO (substantivo), para diferenciar de polo (contrao de por+o). PLO (substantivo), para diferenciar de polo (contrao de por+o). PRA (substantivo), para diferenciar de pera (preposio antiga). PDE (3 pessoa do singular do pretrito perfeito), para diferenciar de pode (3 pessoa do singular do presente o indicativo) INTERPRETAO DE TEXTO O REINADO DO TERROR Tenho pena do Unabomber. Falo do norte-americano - que j matou trs pessoas e feriu outras 26 com cartas-bomba em 17 anos de terror - e no desta tosca verso brasileira. No dia 21 de setembro, os jornais The New York Times e Washington Post publicaram 35 mil palavras de um enorme manifesto do Unabomber (disponvel na Internet a partir de http;// www.paranoia.com/coe/resources/fc/fc.htm) chamado Industrial Society and Its Future. A publicao foi exigncia dele, que assim se comprometeu a pr fim s suas bombas. O Unabomber condena a sociedade tecnolgica. Para entender sua filosofia, preciso voltar Inglaterra do Sculo 19, entre 1811 e 1816, quando artesos, especialmente em Nottingham, se reuniram e destruram mquinas txteis, num movimento que ficou conhecido como Luddite. Assim, combatiam a ento nascente Revoluo Industrial. Os Luddites temiam que as mquinas fossem substituir seus empregos.Como voc e eu sabemos, eles estavam certos. (...) Os argumentos do Unabomber so os principais existentes hoje contra a Revoluo da Informao que estamos vivendo. o medo de que a tecnologia apagar algo de fundamental da humanidade. Nossa sociedade est se dividindo em duas classes: a dos que tm habilidade com a tecnologia e a dos que no tm. Os primeiros poderiam transformar-se na classe dominante, mas representam apenas 1%. A maioria, portanto, poder acabar com este 1% antes que seja dominada. E os Luddites de hoje podero ter mais sucesso do que os do passado. Eu estaria muito assustado com estas reflexes se no acreditasse que possvel sair desse impasse educando os Luddites. Temos feito muito pouco para ensinar as novidades tecnolgicas. Usamos jargo, escrevemos sobre Informtica em cadernos separados dentro dos jornais e publicamos revistas que so colocadas nas bancas lado a lado com outras da mesma rea. Segregamos a informao tecnolgica. hora de ensinar. Do contrrio, corremos o risco de ver cada vez mais bombas explodirem por a. Srgio Charlab (Jornal do Brasil ) 1. Os jornais The New York Times e Washington Post aceitaram publicar o manifesto de Unabomber, porque queriam: a) satisfazer a curiosidade de seus leitores. b) contribuir para a cessao dos ataques dos terroristas. c) assumir o risco de serem os destinatrios de cartas-bomba. d) continuar a ser os dois jornais mais importantes dos Estados Unidos. e) atender s presses do governo americano na sua tentativa de isolar o terrorista. 2. Pelo texto, pode-se concluir que os Luddites de hoje caracteriza-se por:

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_________________________________________CRECI_________________________________________PORTUGUS ___ a) serem opositores Revoluo Industrial. b) terem fracassado, nessa nova luta reacionria. c) desistirem de lutar contra a Revoluo da Informao. d) temerem a perda de caractersticas humanas por causa da tecnologia recente. e) quererem evitar a divulgao dos recentes progressos tecnolgicos nos rgos da mdia. 3. O reinado do terror faz referncia: a) ao medo da violncia da sociedade atual. b) sociedade do sculo 19 e s mquinas modernas. c) certeza de que outros Luddites no surgiro na sociedade. d) ao medo de bombas e ao receio de que a tecnologia apague fundamentos da humanidade. e) ao receio sentido por aqueles que no tm habilidade com a tecnologia diante dos que a tm. 4. Pela leitura do texto conclui-se que: a) o Unabomber ficou conhecido como Luddite. b) os artesos ingleses queriam preservar suas empresas. c) as mquinas substituram os empregos dos Luddites do passado. d) os jornais publicaram um manifesto combatendo tendo a Revoluo Industrial. e) os que tm habilidade com a tecnologia so maioria, na sociedade atual. 5. Para o problema dos Luddites de hoje, o autor do artigo cr que a soluo : a) segregao das informaes tecnolgicas. b) uso de um jargo prprio para a nova cincia. c) ensino, para todos, das novidades tecnolgicas. d) combate aos terroristas mais agressivos, como o Unabomber. e) aparecimento, na sociedade, de outras classes em oposio aos Luddites. O QUINZE Chegou a desolao da primeira fome. Vinha seca e trgica, surgindo no fundo sujo dos sacos vazios, na descarnada nudez das latas raspadas. - Mezinha, cad a janta? - Cala a boca, menino! J vem ! - Vem l o qu !... Angustiado, Chico Bento apalpava os bolsos... nem um triste vintm azinhavrado... Lembrou-se da rede nova, grande e de listras que comprara em Quixad por conta do vale de Vicente. Tinha sido para a viagem. Mas antes dormir no cho do que ver os meninos chorando, com a barriga roncando de fome. Estavam j na estrada do Castro. E se arrancharam debaixo dum velho pau-branco seco, nu e retorcido, a bem dizer ao tempo, porque aqueles cepos apontados para o cu no tinham nada de abrigo. O vaqueiro saiu com a rede, resoluto: - Vou ali naquela bodega, ver se dou um jeito... Voltou mais tarde, sem a rede, trazendo uma rapadura e um litro de farinha: - T aqui. O homem disse que a rede estava velha, s deu isso, e ainda por cima se fazendo de compadecido... Faminta, a meninada avanou; e at Mocinha, sempre mais ou menos calada e indiferente, estendeu a mo com avidez. Contudo, que representava aquilo para tanta gente? Horas depois, os meninos gemiam: - Me, tou com fome de novo... - Vai dormir, Dianho! Parece que t espritado! Soca um quarto de rapadura no bucho e ainda fala em fome! Vai dormir! E Cordulina deu o exemplo, deitando-se com o Duquinha na tipia muito velha e remendada. A redinha estalou, gemendo. Cordulina se ajeitou, macia, e ficou quieta, as pernas de fora, dando ao menino o peito rechupado. Chico Bento estirou-se no cho. Logo, porm, uma pedra aguda lhe machucou as costelas. Ele ergueu-se, limpou uma cama na terra, deitou-se de novo. - Ah! Minha rede! cho duro dos diabos! E que fome! Levantou-se, bebeu um gole na cabaa. A gua fria, batendo no estmago limpo, deu-lhe uma pancada dolorosa. E novamente estendido de ilharga, inutilmente procurou dormir. A rede de Cordulina que tentava um balano, para enganar o menino pobrezinho! o peito estava seco como uma sola velha! - gemia, estalando mais, nos rasges. E o intestino vazio se enroscava como uma cobra faminta, e em roncos surdos resfolegava furioso: rum, rum, rum... De manh cedo, Mocinha foi ao Castro, ver se arranjava algum servio, uma lavagem de roupa, qualquer coisa que lhe desse para ganhar uns vintns. Chico Bento tambm j no estava no rancho. Vagueava toa, diante das bodegas, frente das casas, enganando a fome e enganando a lembrana que lhe vinha, constante e impertinente, da meninada chorando, do Duquinha gemendo: (T tum fome! d tum!) Parou. Num quintalejo, um homem tirava o leite a uma vaquinhamagra. Chico Bento estendeu o olhar faminto para a lata onde o leite subia, branco e fofo como um capucho... E a mo servil, acostumada sujeio do trabalho, estendeu-se maquinamente num pedido... mas a lngua ainda orgulhosa endureceu na boca e no articulou a palavra humilhante. A vergonha da atitude nova o cobriu todo: o gesto esboado se retraiu, passadas nervosas o afastaram. Sentiu a cara ardendo e um engasgo angustioso na garganta. Mas dentro da sua turbao lhe zunia ainda aos ouvidos: Me, d tum !... E o homenzinho ficou, espichando os peitos secos de sua vaca, sem ter a menor idia daquela misria que passara to perto, e fugira, quase correndo... Raquel de Queiroz 6 .Chico Bento apalpava os bolsos porque... a) lembrou-se da rede nova, grande e de listras; b) ia sair para a viagem; c) procurava algum dinheiro; d) queria comprar uma rede nova em Quixad; e) nenhuma das alternativas. 7. No texto existem diferenas entre as falas das personagens e do narrador porque: a) o autor quis mostrar que alguns deles no sabem falar; b) a fome faz com que eles mudem seu jeito de falar; c) o autor quis, atravs da reproduo da fala, dar mais realismo histria; d) os personagens estavam cansados; e) nenhuma das alternativas. 8. No texto existem expresses que nos remetem a uma regio de seca. Assinale a alternativa em que todas as palavras possuam relao com estiagem: a) vaquinha magra, misria, peito seco, fome; b) rapadura, rede, litro, leite; c) meninada, fome, dormir, casas; d) macia, roncos, surdos, vaca; e) nenhuma das alternativas. 9. So caractersticas mais marcantes de Chico Bento: a) sujeio e preguia; b) preguia e fome; c) persistncia e orgulho; d) falsidade e dinamismo; e) nenhuma das alternativas. VELHOS VCIOS

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_________________________________________CRECI_________________________________________PORTUGUS ___ Est anunciada para hoje na Cmara a votao de mais uma Lei Eleitoral. Ainda no a definitiva, mas outra para atender s convenincias do casusmo poltico que o autoritarismo exacerbou. Alm do retrocesso, o que se prenuncia como disposio de esprito assustador. Entre outras barbaridades, fala-se em garantir o anonimato dos doadores de dinheiro para a campanha eleitoral. Reconhecimento legal da corrupo, claro. No primeiro semestre, ningum acreditaria que a representao poltica se sentisse mal na eficincia que conquistou com a aprovao das emendas constitucionais e se lanasse de volta aos braos da imagem desacreditada. Deve ter sido por distrao. Tudo que se sabe a respeito da Lei Eleitoral que as melhores intenes perderam-se no percurso legislativo da matria. A chegada do projeto ao plenrio foi precedida de vozes que trombeteiam exatamente o oposto do indispensvel para dotar o pas de normas moralizadoras cujo coroamento seria a informatizao nacional do pleito e da apurao. Compreende-se que os velhos vcios polticos tenham arautos, mas o entranhvel a ausncia de desautorizaes frontais a essas provocaes. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Carlos Velloso, de opinio que a nova lei eleitoral, como est, desacredita os polticos. Cita como exemplo deplorvel a iniciativa de transferir para os partidos polticos a indicao dos mesrios, retirando da Justia Eleitoral que a exerce h meio sculo a prerrogativa de compor com cidados as mesas de votao. Falar ao mesmo tempo em informatizar eleies e de ferir aos partidos a escolha dos mesrios fazer pouco dos cidados e da conscincia poltica brasileira. Indicao de partidos equivale, na comparao do presidente do TSE, a usar cabritos para tomar conta da horta. No h justificativa para o retrocesso eleitoral que ameaa, por dentro, a democracia no Brasil; nos ltimos anos a Justia Eleitoral vem estudando o aperfeioamento das normas que regulam os pleitos, com o objetivo de reduzir a margem de fraudes de difcil apurao e, sobretudo, com mnima punio. A comisso de juristas e cientistas polticos, com o que de melhor existe no pas, preparou um levantamento completo e fez sugestes animadoras. O Congresso recebeu o material e desconversou. Sabe-se agora, s vsperas da votao, que foi em vo: o desejo de oficializar a corrupo tomou conta da cena poltica. Fica difcil acreditar que, depois de tudo que se viu na ltima eleio (no Rio o pleito para deputado estadual e federal foi anulado), seja considerada digna de debate a proposta para que dinheiro grosso circule por baixo da lei, sem que o candidato ou o doador tenham que declarar a quantia e a procedncia. Ou seja: a eleio ser uma lavagem de dinheiro da contraveno, da sonegao e do narcotrfico. Pior, em nome da democracia, que ficaria em dbito. (Editorial do Jornal do Brasil, setembro / 1995.) 10. Segundo o texto, o ponto alto da adoo de normas moralizadoras seria: a) a votao de mais de uma Lei Eleitoral. b) a informatizao das eleies e da apurao. c) a indicao dos mesrios de forma aleatria. d) a participao efetiva dos partidos na apurao. e) a aprovao de diversas emendas constitucionais. 11. De acordo com o texto, o ministro Carlos Velloso (L. 15) acredita que a nova Lei se caracteriza por: a) ser nociva imagem dos polticos. b) dotar o pas de normas moralizadoras. c) trombetear o oposto do indispensvel. d) atender s convenincias do casusmo poltico. e) extinguir a corrupo ocupada pela cena poltica. 12. Ao empregar, como crtica, a imagem usar cabritos para tomar conta da horta (L. 22), o editorial traduz, na prtica, a seguinte idia: a) corruptos podem reabilitar-se, desde que incentivados. b) os polticos precisam entender melhor os problemas eleitorais. c) os homens mal-educados no podem ser tomados como modelo. d) os partidos polticos costumam prejudicar o que j est organizado. e) pessoas desonestas no devem ser escolhidas para guarda de valores. 13. Os avanos e os velhos vcios na Legislao Eleitoral so o tema do texto. A seqncia que evidencia essa dicotomia : a) democracia no Brasil / retrocesso eleitoral. b) eficincia conquistada / imagem desacreditada. c) normas moralizadoras / desautorizaes frontais. d) respeito lei eleitoral / oficializao da corrupo. e) informatizao das eleies / deferimento aos partidos da escolha dos mesrios. 14. A frase que fecha o primeiro pargrafo do texto tem, de toda evidncia, um carter do tipo: a) critico e irnico. b) poltico e alienado. c) normativo e ferino. d) imparcial e reacionrio. e) assustador e jornalstico. DECADNCIA E ESPLENDOR DA ESPCIE No sei o que ter acontecido com a espcie humana. Esta ausncia de plos... Para os outros mamferos a nossa nudez pode parecer repugnante como, para ns, a nudez dos vermes. E, depois, a nossa verticalidade antinatural. Estas mos pendendo, inteis, so ridculas como as dos cangurus sentados. Se fssemos veludos e quadrpedes, ganharamos muito em beleza e, sem a atual tendncia adiposidade, poderamos ser quase to belos como cavalos. Felizmente, inventou-se a tempo o vesturio, que, pela variedade e beleza (a par de sua utilidade em vista do fatal desabrigo em que ficamos), redime um pouco esta degenerescncia. E acontece que inventamos tambm o mobilirio, os utenslios: no caso vigente, esta cadeira em que escrevo sentado a esta mesa, luz artificial desta lmpada. E ainda este ato de escrever, isto , de expressar-me por meio de sinais grficos, mais uma prova da nossa artificialidade. Mas quem foi que disse que eu estou amesquinhando a espcie? Quero apenas significar que, em face das suas miserveis contingncias, o homem criou, alm do mundo natural, um mundo artificial, um mundo todo seu, uma segunda natureza, enfim. O homem, esse mascarado ... (Mrio Quintana. Caderno H, Porto Alegre, Globo) 15. A alternativa que mostra o homem como um animal especial a: a) ausncia de plos (L. 3), a nudez como a dos vermes (L. 4) b) inutilidade das mos, tal como as dos cangurus (L. 9) c) variedade e beleza do vesturio por ele inventado (L. 15) d) comunicao e expresso por meio de sinais grficos (L. 24) 16. ... o homem criou, alm do seu mundo natural, um mundo artificial, um mundo todo seu, uma segunda natureza, enfim. O que provocou isto foi sua: a) miservel contingncia. b) antinatural verticalidade. c) repugnante degenerescncia. d) atual tendncia adiposidade 17. Segundo o texto, a segunda natureza do homem a: a) transmisso da cultura; b) utilidade do mobilirio; c) variedade do vesturio;

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_________________________________________CRECI_________________________________________PORTUGUS ___ d) inveno dos utenslios. 18. O autor diz: O homem, esse mascarado ... A alternativa que sintetiza, no texto, esta colocao : a) ...um mundo artificial, um mundo todo seu ... b) E, depois, a nossa verticalidade antinatural. c) ...escrevo sentado a esta mesa, luz artificial desta lmpada. d) E, acontece que inventamos tambm o mobilirio, os utenslios... 19. A norma culta da lngua d uma classificao para plos/pelos. Esta classificao tambm aceita para: a) emigrar / imigrar; b) aprear / apressar; c) despensa / dispensa; d) cavaleiro / cavalheiro. 20. A acentuao da palavra degenerescncia (L. 18) segue a mesma regra de acentuao da seguinte palavra: a) poderamos; c) grfico; b) espcie; d) plos. 21. Se fssemos veludos e quadrpedes, ganharamos muito em beleza ... (L. 10 e 11) O perodo que passa a mesma idia : a) Embora fssemos veludos e quadrpedes, ganharamos muito em beleza. b) Para que fssemos veludos e quadrpedes, ganharamos muito em beleza. c) Enquanto fssemos veludos e quadrpedes, ganharamos muito em beleza. d) Contanto que fssemos veludos e quadrpedes, ganharamos muito em beleza. VOCAES Todos diziam que a Leninha, quando crescesse, ia ser mdica. Passava horas brincando de mdico com as bonecas. S que, ao contrrio de outras crianas, quando largou as bonecas no perdeu a mania. A primeira vez que tocou no rosto do namorado foi para ver se estava com febre. S na segunda que foi carinho. Ia porque ia ser mdica. S tinha uma coisa. No podia ver sangue. Mas, Leninha, como que . . . Deixa, que eu me arranjo. No que ela tivesse nojo de sangue. Desmaiava. No podia ver carne malpassada. Ou ketchup. Um arranhozinho era o bastante para derrub-la. Se o arranho fosse em outra pessoa ela corria para socorr-la era o instinto mdico , mas botava o curativo com o rosto virado. Acertei ? Acertei ? Acertou o joelho. S que na outra perna ! Mas fez o vestibular para a medicina, passou e preparou-se para comear o curso. E as aulas de Anatomia, Leninha? Os cadveres ? Deixa que eu me arranjo. Fez um trato com a Olga, colega desde o secundrio. Quando abrissem um cadver, fecharia os olhos. A Olga descreveria tudo para ela. Agora esto tirando o fgado. Tem uma cor meio ... Por favor. Sem detalhes. Conseguiu fazer todo o curso de medicina sem ver uma gota de sangue. Houve momentos em que precisou explicar os olhos fechados. concentrao, professor. Mas se formou. Hoje mdica, de sucesso. No na cirurgia, claro. Se bem que chegou a pensar em convidar a Olga para fazerem uma dupla cirrgica, ela operando com o rosto virado e a Olga dando as coordenadas. Mais para esquerda... A. Agora corta ! Est feliz. Inclusive se casou, pois encontrou uma alma gmea. Foi num aeroporto. No bar onde foi tomar um cafezinho enquanto esperava a chamada para o embarque puxou conversa com um homem que parecia muito nervoso. Algum problema? perguntou, pronta para medic-lo. No tentou sorrir o homem. o avio... Voc tem medo de voar? Pavor. Sempre tive. Ento por que voa? Na minha profisso preciso Qual a sua profisso? Piloto. Casaram-se uma semana depois. Lus Fernando Verssimo 22. O par de palavras que serve para caracterizar Leninha : a) dedicada / ftil d) ingnua / revoltada b) frvola / piedosa e) consciente / solidria c) violenta / ansiosa 23. Leninha difere dos outros mdicos por no possuir: a) frieza; d) descontrole; b) destreza; e) complacncia; c) inteligncia; 24. Apesar dos problemas que Leninha apresentava, pode-se afirmar que, realmente, a medicina era a sua prioridade. Isto pode ser confirmado quando: a) despreocupa-se com os cadveres, dizendo que se arranjaria. b) corre para socorrer uma pessoa apenas arranhada. c) toca no rosto do namorado para ver se tem febre. d) sabe que qualquer arranhozinho a derrubava. e) pensa em fazer dupla cirrgica com Olga. 25. Na situao em que Leninha se encontrava, a explicao para os olhos fechados pareceu: a) intil, pois o professor j percebera tudo; b) infrutfera, pois ficaria sem soluo o problema; c) deboche, a fim de se mostrar para Olga e a turma; d) proveitosa, porque assim deixaria de assistir aula; e) revolta, por desconhecer o que estava sendo explicado. 26. Carne malpassada / /ketchup/ arranho /cadveres. Esta srie de palavras, em relao Leninha pode ser traduzida como: a) temor exagerado; b) perda da conscincia; c) descontrole emocional; d) materializao dos temores; e) valorizao dos dados emocionais. 27. Na vida acadmica de Leninha, o papel de Olga foi ser: a) simples coadjuvante; b) apenas porta-voz das ocorrncias; c) de grande importncia como orientadora; d) portadora dos sentidos que a amiga se negava a usar; e) assessora dos mestres, acrescentando o necessrio para ajud-la. 28. No campo conotativo do comportamento de Leninha, o inaceitvel : a) o despistamento na aula; b) a viso da gota de sangue; c) o encontro do aeroporto; d) o homem muito nervoso; e) o trato feito com Olga. 29. Leninha, como mdica, no deve entender de: a) pneumonia d) filologia b) paraplegia e) epilepsia c) hemofilia 30. O texto, com o final feliz de Leninha, prova que, no fundo, a vida dela constituiu-se de:

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_________________________________________CRECI_________________________________________PORTUGUS ___ a) certezas; b) tristezas; c) virtudes; d) dvidas; e) angstias. Ningum pode ter olhos de prola. Entenda-se: olhos negros e brilhantes como prolas. Assim, o emprego da palavra prola constitui um caso de conotao conhecido como metfora. A linguagem se diz conotativa, figurada ou metafrica. Veja abaixo a famosa frase de Jos de Alencar a respeito de Iracema. Iracema, a virgem dos lbios de mel. A palavra mel tem valor conotativo, pois os lbios de uma pessoa no podem ser de mel. A idia de doura contida na palavra mel transferida para os lbios de Iracema. Assim, mel tem valor conotativo e, ao mesmo tempo, metafrico. Se dissermos lbios doces como mel, a palavra passa a ter valor denotativo. III. s vezes difcil perceber que se trata de conotao. Ex.: Nesta frase, no h coeso. Em gramtica, coeso , como veremos adiante, a ligao entre as partes de um texto. Mas coeso, em seu sentido original, primitivo, a fora atrativa que existe entre as molculas de um corpo. Assim, na frase dada, coeso tem sentido conotativo. 2) Sinonmia: Emprego de sinnimos, isto , palavras de mesmo sentido. Ex.: A frase est certa. A frase est correta. 3) Antonmia: Emprego de antnimos, isto , palavras de sentido oposto. Ex.: Resolveu entrar na casa. Resolveu sair da casa. Observaes: a) No existem sinnimos perfeitos. Tudo depende do contexto. Ex.: Ele forte. Ele robusto. O seu forte a matemtica. (no cabe palavra robusto) b) claro que todos sabem o que so sinnimos e antnimos. Mas prefervel, em provas, que eles no apaream. impossvel saber o sentido de todas as palavras. Tudo acaba tornando-se uma grande loteria. Veja a frase abaixo. Ex.: Era uma jovem pudibunda. Isso apareceu numa prova, h pouco tempo. Voc conhece a palavra? A banca do concurso deu como sinnimo pundonorosa. Triste, no mesmo? c) necessrio melhorar o vocabulrio. Leia bastante. Quando desconhecer o sentido de uma palavra, pegue o amigo de todos ns, o dicionrio. E procure aprender a nova palavra. 4. Homonmia: Emprego de palavras que tm identidade de pronncia ou de grafia, os chamados homnimos. Homnimos homfonos: mesma pronncia, grafia diferente. Ex.: cozer coser Homnimos homgrafos: mesma grafia, pronncia diferente. Ex.: sobre (^) sobre () apoio apio Obs.: Mesmo um tendo acento, as palavras so consideradas homgrafas. Homnimos perfeitos (ou homfonos e homgrafos: mesma grafia e mesma pronncia. Ex.: pena (pluma) pena (compaixo) 5. Paronmia : emprego de parnimos, isto , palavras muito parecidas. Ex.: O mandato do deputado de quatro anos. Expediu um mandado de busca. Procure gravar os homnimos e parnimos colocados abaixo. So muito importantes. absolver inocentar absorver esgotar, consumir acender pr fogo a ascender elevar-se acento inflexo da voz assento lugar onde se senta aferir conferir auferir conseguir amoral sem o senso da moral

31. Nas passagens do texto listadas abaixo, a identificao do falante, est correta em: a) Mas Leninha, como que . . . - (L. 6) - namoradode Leninha. b) Acertou o joelho. S que na outra perna! - (L. 12) Leninha. c) Por favor. Sem detalhes - (L. 19) - professor. d) Mais para a esquerda ... A. Agora corta! - (L. 26) Olga. e) Qual a sua profisso? - (L 36) - homem do bar, futuro marido de Leninha. 32. O vocbulo um/uma pertence mesma classe de palavras no seguinte par: a) Um arranhozinho (L. 9) / um cafezinho (L. 28); b) Fez um trato (L. 16) / S tinha uma coisa (L. 4); c) uma alma gmea (L. 27) / uma semana depois (L. 38); d) um cafezinho (L. 28) / uma semana depois (L. 38); e) um homem (L. 29) / S tinha uma coisa (L. 4). GABARITO1B 6C 11 A 16 A 21 D 26 D 31 D 2D 7C 12 E 17 A 22 D 27 D 32 A 3D 8A 13 E 18 A 23 E 28 C 4C 9C 14 A 19 B 24 A 29 D 5C 10 B 15 D 20 B 25 B 30 A

SEMNTICA Parte da gramtica que trata do sentido das palavras. Assunto explorado em todos os concursos pblicos, requer cuidados especiais. 1) Denotao e conotao Denotao Emprego de uma palavra com seu sentido original, real, dicionarizado. Ex.: A menina ganhou uma flor. A palavra flor est empregada com o seu sentido normal, registrado em dicionrios: trata-se do vegetal que todos conhecem. Diz-se que ela tem valor denotativo. Conotao Emprego especial, figurado de uma palavra. Ex.: A menina uma flor. A palavra flor, agora, no pode ser entendida como o vegetal que colhemos em determinadas plantas. Na realidade, menina um ser animal; flor, um ser vegetal. Ento, ao p da letra, uma menina no pode ser uma flor. A frase s pode ser entendida se a desdobrarmos em uma comparao: a menina bonita como uma flor. Nesta, flor tem valor denotativo. No entanto, quando se diz diretamente, quando se afirma que algum uma flor, a palavra flor tem um sentido especial, que extrapola a realidade da palavra. Diz-se, ento, que ela tem valor conotativo. Observaes: I. A noo de denotao e conotao muito importante para o entendimento do texto. Pode ser cobrada diretamente, aparecendo as duas palavras, ou de maneira indireta, em questes de compreenso e interpretao de textos. II. Quando a conotao tem base em uma comparao, temos uma figura de linguagem conhecida como metfora. Ex.: A jovem tem olhos de prola.

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_________________________________________CRECI_________________________________________PORTUGUS ___ imoral que atenta contra a moral apstrofe chamamento apstrofo tipo de sinal grfico arrear pr arreios arriar abaixar asado com asas, alado azado oportuno, propcio assoar limpar o nariz assuar vaiar astral sideral austral que fica no sul atuar exercer atividade autuar processar bocal abertura de vaso bucal relativo boca caar perseguir cassar anular cavaleiro que anda a cavalo cavalheiro educado cegar tirar a viso de segar ceifar, cortar cela cmodo pequeno sela arreio censo recenseamento senso juzo, raciocnio cerrao nevoeiro serrao ato de serrar cervo veado servo criado; escravo cesso ato de ceder sesso tempo que dura uma reunio seo departamento, diviso cesto pequena cesta, balaio sexto ordinal de seis chcara propriedade rural xcara narrativa popular em versos cidra tipo de fruta sidra tipo de bebida cheque ordem de pagamento xeque lance do jogo de xadrez comprimento extenso cumprimento saudao; ato de cumprir concerto harmonia; sesso musical conserto reparo conjetura hiptese conjuntura situao; ocorrncia coser costurar cozer cozinhar deferir conceder, atender diferir ser diferente; adiar degredar desterrar degradar rebaixar, aviltar delatar denunciar dilatar alargar descrio ato de descrever discrio qualidade de discreto descriminar inocentar discriminar separar despensa estoque de alimentos dispensa ato de dispensar; licena despercebido sem ser notado desapercebido desprevenido destinto desbotado distinto que sobressai; diferente destratar insultar distratar desfazer divagar sair do assunto devagar lento elevar levantar, aumentar enlevar encantar, extasiar emergir vir tona imergir mergulhar emigrar sair de um pas imigrar entrar em um pas eminente destacado, importante iminente prestes a acontecer empossar dar posse empoar formar poa encetar principiar incitar provocar, instigar esbaforido ofegante espavorido apavorado esperto inteligente, vivo experto perito espiar olhar expiar sofrer castigo estada permanncia de algum estadia tempo de um navio no porto esttico parado exttico absorto, em xtase estofar cobrir de estofo estufar inchar; pr em estufa estrato camada; tipo de nuvem extrato que se extraiu flagrante evidente; o ato fragrante perfumado fluir correr; manar fruir desfrutar incerto duvidoso inserto inserido incipiente que est comeando insipiente que no sabe, ignorante inflao desvalorizao do dinheiro infrao transgresso infligir aplicar (pena ou castigo) infringir transgredir intemerato puro intimorato corajoso lactante que amamenta lactente que mama locador proprietrio locatrio inquilino lustre candelabro lustro cinco anos; brilho mandado ordem judicial mandato procurao peo tipo de trabalhador; pea de xadrez pio tipo de brinquedo pleito disputa; pedido preito homenagem prescrever receitar; expirar (prazo) proscrever afastar, expulsar ratificar confirmar retificar corrigir sortir abastecer surtir resultar subentender entender o que no estava expresso subtender estender por baixo sustar suspender suster sustentar tacha tipo de prego taxa imposto trfego movimento, trnsito trfico comrcio usurio aquele que usa usurrio avaro; agiota vesturio veste, trajo vestirio local onde se troca de roupa vultoso grande, volumoso vultuoso com vultuosidade (inchado e vermelho) 6) Campos semnticos: Diz-se que as palavras pertencem ao mesmo campo semntico quando esto associadas, de alguma forma, pelo sentido.

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_________________________________________CRECI_________________________________________PORTUGUS ___ Ex.: tristeza, melancolia, pesar vinho, leite, refrigerante. 7) Polissemia: Pluralidade de sentidos de uma palavra. Ex.: A paixo de Cristo. (o sofrimento) Tinha uma grande paixo por ela. (sentimento forte e desequilibrado) Apresentou-me a paixo de sua vida. (a pessoa por quem se est apaixonado) 8) Coeso e coerncia Coeso Ligao que existe entre os componentes de um texto. importante que se conheam as palavras e expresses que tm a capacidade de ligar termos, oraes, perodos, pargrafos. Ex. 1: Havia pouqussimas pessoas trabalhando no balco, porm fui logo atendido. A conjuno porm adversativa, liga oraes de sentido adverso, contrrio. Ela o elemento conector no perodo, que apresenta duas idias contrrias: haver poucas pessoas atendendo e ser logo atendido. Assim, pode-se afirmar que o texto tem coeso, porque a conjuno porm por seu sentido, liga esses dois segmentos. Observe, agora, a frase colocada abaixo. Ex.2: Havia pouqussimas pessoas trabalhando no balco, portanto fui logo atendido. Ora, a conjuno portanto, que conclusiva, no pode fazer a ligao de coisas opostas. Nesta frase, est faltando coeso, isto , a conjuno no est ligando devidamente os dois segmentos do texto. Coerncia Sentido lgico do texto. Quando falta a coeso, normalmente falta a coerncia, ou seja, o texto fica ilgico. Ex.: Estudei muito, apesar disso fui aprovado. No h coerncia na frase, uma vez que no h coeso. Apesar disso expresso concessiva, introduz termos que se opem ao que se afirmou ou vai afirmar. Para torn-lo coerente, precisamos de uma expresso que indique concluso ou conseqncia. Assim, poderamos dizer Estudei muito, por isso fui aprovado (portanto, por causa disso, ento etc.) Observaes: a) A incoerncia pode no depender do emprego dos conectivos. Ex.: Foi farmcia e, l, comprou as laranjas que faltavam. No se compram laranjas em farmcia. b) Qualquer palavra que se refira a outra no texto coesiva, isto , promove a coeso textual. Ex.: Cheguei muito cedo ao estdio, pois o jogo s comearia s quatro. Por isso, encontrei-o vazio. Alm das conjunes pois e por isso, que ligam as oraes do perodo, temos o pronome o, que se refere a estdio. Nesse caso, estdio o referente da palavra o. Tambm o adjetivo vazio tem como referente a palavra estdio. MORFOLOGIA SUBSTANTIVO De acordo com a gramtica portuguesa, um substantivo determinado pelo seu gnero, nmero e grau. Para transformar uma palavra de outra classe gramatical em um substantivo, basta preced-lo de um artigo. Exemplo: "O no uma palavra dura". Artigos sempre precedem palavras substantivadas, mas substantivos (que so substantivos em sua essncia) no precisam necessariamente ser precedidos por artigos. Classificao do substantivo 1) Quanto formao a) Quanto existncia de radical, o substantivo pode ser classificado em: Primitivo: palavras que no derivam de outras. Ex.: flor, pedra. Derivado: vem de outra palavra existente na lngua. O substantivo que d origem ao derivado (substantivo primitivo) denominado radical. Ex: floreira, pedreira. b) Quanto ao nmero de radicais, pode ser classificado em: Simples: tem apenas um radical. Ex: gua, couve, sol Composto: tem dois ou mais radicais. Ex: gua-de-cheiro, couve-flor, girassol, lana-perfume. 2) Quanto semntica Quando se referir a especificao dos seres, pode ser classificado em: a) Concreto: designa seres que existem ou que podem existir por si s. Ex.: casa, cadeira. Tambm concretos os substantivos que nomeiam divindades (Deus, anjos, almas) e seres fantsticos (fada, duende), pois, existentes ou no, so sempre considerados como seres com vida prpria. b) Abstrato: designa idias ou conceitos, cuja existncia est vinculada a algum ou a alguma outra coisa. Ex.: justia, amor, trabalho, etc. c) Prprio: denota um elemento especfico dentro de um grupo, sendo grafado sempre com letra maiscula. Ex.: Fernanda, Portugal, Braslia, Fusca. d) Coletivo: um substantivo coletivo designa um conjunto de seres de uma mesma espcie no singular. No entanto, vale ressaltar que no se trata necessariamente de quaisquer seres daquela espcie. Alguns exemplos: Uma biblioteca um conjunto de livros, mas uma pilha de livros desordenada no uma biblioteca. A biblioteca discrimina o gnero dos livros e os acomoda em prateleiras. Uma orquestra ou banda um conjunto de instrumentistas, mas nem todo conjunto de msicos ou instrumentistas pode ser classificado como uma orquestra ou banda. Em uma orquestra ou banda, os instrumentistas esto executando a mesma pea musical ao mesmo tempo, e uma banda no tem instrumentos de corda. Uma turma um conjunto de estudantes, mas se juntarem num mesmo alojamento os estudantes de vrias carreiras e vrias universidades numa sala, no se tem uma turma. Na turma, os estudantes assistem simultaneamente mesma aula. Todos os substantivos que no so prprios podem ser genericamente classificados como substantivos comuns. Flexo do substantivo 1) Quanto ao gnero Os substantivos flexionam-se nos gneros masculino e feminino e quanto s formas, podem ser: a) Substantivos biformes: apresentam duas formas originadas do mesmo radical. Ex.: menino - menina, traidor - traidora, aluno - aluna. b) Substantivos heternimos: apresentam radicais distintos e dispensam artigo ou flexo para indicar gnero. Ex.: arlequim - colombina, arcebispo - arquiepiscopisa, bispo episcopisa, bode - cabra. c) Substantivos uniformes: apresentam a mesma forma para os dois gneros, podendo ser classificados em: d) Epicenos: referem-se a animais ou plantas, e so invariveis no artigo precedente, acrescentando a palavras macho e fmea, para distino do sexo do animal. Ex.: a ona macho - a ona fmea; o jacar macho - o jacar fmea; a foca macho - a foca fmea. e) Comuns-de-dois-gneros: o gnero indicado pelo artigo precedente. Ex.: o dentista, a dentista.

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_________________________________________CRECI_________________________________________PORTUGUS ___ f) Sobrecomuns: invariveis no artigo precedente. Exemplos: a criana, a testemunha, o indivduo (no existem formas como "criano", "testemunho", "indivdua", nem "o criana", "o testemunha", "a indivduo"). 2) Quanto ao nmero Os substantivos apresentam singular e plural. Os substantivos simples, para formar o plural, substituem a terminao em vogal ou ditongo oral por S; a terminao em O, por ES, ES, e OS; as terminaes em S, R, e Z, por ES; terminaes em X so invariveis; terminaes em AL, EL, OL, UL, trocam o L por IS, com as seguintes excees: "mal" (males), "cnsul" (cnsules), "mol" (mols), "gol" (gols); terminao em IL, trocado o L por IS (quando oxtono) ou o IL por EIS (quando paroxtono). Os substantivos compostos flexionam-se da seguinte forma quando ligados por hfen: a) se os elementos so ligados por preposio, s o primeiro varia (mulas-sem-cabea); b) se os elementos so formados por palavras repetidas ou por onomatopia, s o segundo elemento varia (tico-ticos, pinguepongues); c) nos demais casos, somente os elementos originariamente substantivos, adjetivos e numerais variam (couves-flores, guardas-noturnos, amores-perfeitos, bem-amados, ex-alunos). 3) Quanto ao grau Os substantivos possuem trs graus, o aumentativo, o diminutivo e o normal que so formados por dois processos: a) Analtico: o substantivo modificado por adjetivos que indicam sua proporo (rato grande, gato pequeno); b) Sinttico: modifica o substantivo atravs de sufixos que podem representar alm de aumento ou diminuio, o desprezo ou um sentido pejorativo (no aumentativo sinttico: gentalha, beiorra), o afeto ou sentido pejorativo (no diminutivo sinttico: filhinho, livreco). Exemplos de diminutivos e aumentativos sintticos:sapato/sapatinho/sapato; casa/casinha/casaro; co/cozinho/cozarro; homem/homenzinho/homenzarro; gato/gatinho/gatarro; bigode/bigodinho/bigodaa; vidro/vidrinho/vidraa; boca/boquinha/bocarra; muro/murinho/muralha; pedra/pedrinha/pedregulho; rocha/rochinha/rochedo.

acar - sacarino guia - aquilino anel - anular astro - sideral bexiga - vesical bispo - episcopal cabea ceflico

Classificao do adjetivo 1) Quanto origem Os adjetivos podem ser classificados quanto a serem originados ou no por outras palavras: a) Primitivo: no deriva de outra palavra. b) Derivado: deriva de outra palavra, normalmente de outra classe gramatical, chamada de palavra raiz ou radical. 2) Quanto semntica A classificao semntica dos adjetivos pode variar de acordo com o tipo de caracterstica que exprimem. Alguns exemplos: a) Adjetivos de cor: vermelho, amarelo, azul, preto, etc. b) Adjetivos de forma: quadrado, redondo, triangular, etc. c) Adjetivos de temperatura: quente, frio, morno, gelado, etc. d) Adjetivos de intensidade: forte, fraco, moderado, etc. e) Adjetivos de proporo: grande, mdio, pequeno, nanico, enorme, etc. f) Adjetivos de qualidade: bom, bonito, amvel, agradvel, etc. g) Adjetivos de defeito: mal, ruim, feio, horrvel, etc. h) Adjetivos ptrios: brasileiro, portugus, paulista, carioca, lisboeta, etc. importante lembrar que, com exceo dos adjetivos gentlicos, essa classificao no determinada pela Nomenclatura Gramatical Brasileira, por ser muito ampla. 3) Quanto flexo Ver artigo principal: Flexo dos adjetivos 3.1) Flexo de gnero: Os adjetivos podem se classificar quanto ao gnero em dois tipos: a) Uniformes: apresentam s uma forma para o masculino e o feminino. Exemplos: jovem, grande, quente, azul, etc. b) Biformes: apresentam duas formas para o masculino e uma para o feminino. Exemplos: velho - velha, pequeno - pequena, morno - morna, amarelo - amarela. 3.2) Flexo de nmero Quanto quantidade de seres qual se refere, o adjetivo classifica-se em: a) Singular: refere-se a um ser de determinada espcie. b) Plural: refere-se a mais de um ser de determinada espcie. 3.3) Flexo de grau A nica flexo propriamente dita universal, para todos os adjetivos, entre o grau normal e o grau superlativo absoluto, que aumenta a intensidade. Ex.: rpido - rapidssimo, magro - macrrimo, fcil - faclimo. Existem ainda alguns adjetivos que apresentam o grau comparativo sinttico de superioridade, a saber: Ex.: bom - melhor, mau - pior, ruim - pior, grande - maior, pequeno - menor, alto - superior, baixo - inferior, jovem - jnior, velho - snior. Existem ainda os seguintes graus de adjetivo que so determinados por advrbios, e no por flexes: Comparativo: estabelece uma comparao de alguma coisa em relao outra. Pode ser: a) De superioridade: "mais velho que", "mais novo que", "mais forte que", "mais fraco que". b) De igualdade: "to velho quanto", "to novo quanto", "to forte quanto", "to fraco quanto". c) De inferioridade: "menos velho que", "menos novo que", "menos forte que", "menos fraco que".

ADJETIVO Palavra varivel que restringe a significao do substantivo, indicando qualidades e caractersticas deste. Mantm com o substantivo que determina relao de concordncia de gnero e nmero. Adjetivos ptrios: indicam a nacionalidade ou a origem geogrfica, normalmente so formados pelo acrscimo de um sufixo ao substantivo de que se originam (Alagoas>alagoano). Podem ser simples ou compostos, referindo-se a duas ou mais nacionalidades ou regies; nestes ltimos casos assumem sua forma reduzida e erudita, com exceo do ltimo elemento (franco-talo-brasileiro). Locues adjetivas: expresses, geralmente, formadas por preposio e substantivo que equivalem a adjetivos (anel de prata = anel argnteo / andar de cima = andar superior / estar com fome = estar faminto). Listas de consulta de adjetivos eruditos:

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_________________________________________CRECI_________________________________________PORTUGUS ___ d) Superlativo relativo: estabelece uma comparao de alguma coisa em relao a todas as outras daquela mesma espcie. Pode ser: e) De superioridade: "o mais velho", "o mais novo", "o mais forte", "o mais fraco". f) De inferioridade: "o menos velho", "o menos novo", "o menos forte", "o menos bonito". 3) Pronomes pessoais So aqueles que representam as pessoas do discurso. Subdividem-se em: a) Caso reto (exercem a funo de sujeito ou predicativo do sujeito): eu, tu, ele/ela, ns, vs, eles/elas; b) Caso oblquo (exercem a funo de complemento verbal): me, mim, comigo, te, ti/si, contigo/consigo, o, a, lhe, ele, ela, nos, ns, conosco, vos, convosco, os, as, lhes, eles, elas. 4) Pronomes reflexivos So pronomes pessoais oblquos que, embora funcionem como objeto direto ou indireto, referem-se ao sujeito da orao: se, me, te, lhe, nos, vos etc. O pronome reflexivo apresenta trs formas prprias na terceira pessoa, do singular e plural: se, si e consigo. Ex.: Guilherme j se preparou. Ela falou de si. Antnio conversou consigo mesmo. Nas outras pessoas, os reflexivos assumem as mesmas formas dos demais oblquos no-reflexivos: me, mim, te, ti, nos, vos: Ex.: Eu no me vanglorio disso. Olhei para mim no espelho e no gostei do que vi. Assim tu te prejudicas. Conhece a ti mesmo. Lavamo-nos no rio. Vs vos beneficiastes com a Boa Nova. 5) Pronomes de tratamento Entre os pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tratamento, que se referem segunda pessoa do discurso, mas sua concordncia feita em terceira pessoa. Ex.: voc, o senhor, Vossa Excelncia, a Vossa Senhoria, Vossa Santidade, Vossa Magnificncia, Vossa Majestade, Vossa Alteza e etc. Para mais exemplos clique aqui: pronome de tratamento. 6) Pronomes demonstrativos So aqueles que indicam a posio do ser no espao (em relao s pessoas do discurso) ou no tempo. a) primeira pessoa: este, esta, estes, estas, isto. b) segunda pessoa: esse, essa, esses, essas, isso. c) terceira pessoa: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo. Tambm podem ser utilizados para localizar algo num texto: este (e suas flexes) indica um objeto que est adiante (ainda no mencionado); esse (e flexes) indica um objeto j mencionado. Os pronomes "isto", "isso", "aquilo" so classificados geralmente como demonstrativos, mas funcionam na verdade como pronomes pessoais de terceira pessoa, representando o gnero neutro. OUTROS PRONOMES DEMONSTRATIVOS Mesmo, mesma, mesmos, mesmas: quando tm sentido de "idntico", "em pessoa"; prprio, prpria, prprios, prprias: quando tm sentido de "idntico", "em pessoa"; semelhante, semelhantes: so demonstrativos quando equivalerem a "tal" ou "tais"; Tal, tais; O, a, os, as: quando puderem ser substitudos por "isto", "isso", "aquilo" e variaes. OBSERVAO * Utiliza-se este (e variaes) quando a coisa do qual se fala est perto de quem fala; * Utiliza-se esse (e variaes) quando a coisa do qual se fala est prxima de quem ouve; * Utiliza-se aquele (e variaes) quando a coisa do qual se fala est distante de quem fala e de quem ouve. COLOCAO PRONOMINAL

PRONOMES Pronome a classe de palavras que substitui uma frase nominal. Inclui palavras como ela, eles e algo. Os pronomes so reconhecidos como uma parte do discurso distinta das demais desde pocas antigas. Essencialmente, um pronome uma nica palavra (ou raramente uma forma mais longa), com pouco ou nenhum sentido prprio, que funciona como um sintagma nominal completo. O pronome a palavra que acompanha ou substitui o substantivo, relacionando-o com uma das pessoas do discurso. Quando um pronome substitui o substantivo ele chamado de pronome substantivo. Os pronomes classificam-se em vrios tipos. Os pessoais apontam para algum participante da situao de fala: eu, voc, ns, ela, eles. Os pronomes demonstrativos apontam no espao ou no tempo, como este em "Este um bom livro". Os pronomes interrogativos fazem perguntas, como quem em "Quem est a?". Os pronomes indefinidos, como algum ou alguma coisa, preenchem um espao numa frase sem fornecer muito significado especfico, como em "Voc precisa de alguma coisa?". Os pronomes relativos introduzem oraes relativas, como o que em "Os estudantes que tiraram a roupa durante a cerimnia de formatura esto encrencados". Finalmente, um pronome reflexivo como si mesmo e um pronome recproco como um (a)o outro referem-se a outros sintagmas nominais presentes na sentena de maneiras especficas, como em "Ela amaldioou a si mesma" e "Eles esto elogiando muito um ao outro, ultimamente". Como regra geral, um pronome no pode tomar um modificador, mas h umas poucas excees: pobre de mim, coitado dele, algum que entenda do assunto, alguma coisa interessante. 1) Pronomes possessivos So aqueles que se referem s pessoas do discurso, atribuindolhes a posse de alguma coisa. Flexionam-se em gnero e nmero, concordando com a coisa possuda, e em pessoa, concordando com o possuidor. Ex.: meu, minha, teu, tua, nosso(a), vosso(a).] 2) Pronomes indefinidos So aqueles que se referem a substantivos de modo vago, impreciso ou genrico. So pronomes indefinidos aqueles que se referem 3 pessoa do discurso de modo indeterminado. a) Variveis: Todo, toda, algum, alguma, nenhum, nenhuma, certo, certa, muito, muita, outro, outra, pouco, pouca, tanto, tanta, qualquer, quaisquer, bastante. b) Invariveis: Tudo; algo; nada; algum; outrem; ningum; cada; mais; menos. Estes pronomes no sofrem nenhuma alterao, ou seja, no mudam de gnero nem de nmero]

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_________________________________________CRECI_________________________________________PORTUGUS ___ Ocorre quando o verbo est no futuro do presente ou no futuro do pretrito. Ex.: Mandar-lhe-ei a intimao. Escrever-te-ia uma nova carta. Observaes: a) No se esquea de que, havendo palavra atrativa, a preferncia da prclise. Ex.: Nunca lhe mandarei a intimao. (correto) Nunca mandar-lhe-ei a intimao. (errado) b) Futuro do subjuntivo exige prclise, por causa da conjuno subordinativa ou do pronome relativo. Ex.: Quando te pedirem algo, procura atender. Analisarei o projeto que me mandarem. Prclise facultativa H casos em que se pode usar indiferentemente prclise ou nclise, prclise ou mesclise. o que se entende por prclise facultativa ou optativa. a) Com os substantivos. Ex.1: O garoto se machucou. O garoto machucou-se. Ex.2: O garoto se machucar. O garoto machucar-se-. b) Com os pronomes pessoais e os pronomes demonstrativos. Ex.1: Ele me agradou. Ele agradou-me. Ex.2: Ele me agradar. Ele agradar-me-. Ex.3: Isto me agrada. Isto agrada-me. Ex.4: Isto me agradar. Isto agradar-me- c) Com as conjunes coordenativas. Ex.1: Falou pouco, mas se cansou. Falou pouco, mas cansou-se. Ex.2: Falar pouco, mas se cansar. Falar pouco, mas cansar-se-. d) Com o infinitivo pessoal precedido de palavra negativa. Ex.: Esforcei-me para no o magoar. Esforcei-me para no mago-lo. Observaes: a) Como se viu nos trs primeiros casos de prclise facultativa, se o verbo estiver no presente ou no passado, pode-se usar a prclise ou a nclise; no futuro do indicativo, a prclise ou a mesclise. b) O ltimo caso perigosssimo, pois existe a palavra no, que normalmente exige prclise. Mas isso no ocorre quando ela antecede o infinitivo pessoal. Colocao nas locues verbais Como vimos ao estudar os verbos, a locuo verbal a unio de um verbo auxiliar e um verbo principal. O principal, que sempre o ltimo, encontra-se numa forma nominal: infinitivo, gerndio ou particpio. Vejamos, ento. 1) Com o infinitivo ou o gerndio. Veja, abaixo, as frases consideradas perfeitas. Ex.: Quero mostrar-lhe o resultado. Estou mostrando-lhe o resultado. Quero-lhe mostrar o resultado. Estou-lhe mostrando o resultado. Observaes a) Com palavra atrativa, no ser possvel a nclise ao verbo auxiliar. Ex.: No quero mostrar-lhe o resultado. (certo) No lhe quero mostrar o resultado. (certo) No estou mostrando-lhe o resultado. (certo) No lhe estou mostrando o resultado. (certo) No quero-lhe mostrar o resultado. (errado) No estou-lhe mostrando o resultado. (errado)

Os pronomes tonos me, te, se, o, lhe, nos e vos podem sem colocados antes, depois ou dentro verbo. Assim, temos: 1) Prclise: quando o pronome aparece antes do verbo. Ex.: Nada o preocupava. Diz-se que o pronome o est procltico ou em prclise. 2) nclise: quando o pronome usado depois do verbo. Ex.: Pediram-me ajuda. Diz-se que o pronome me est encltico ou em nclise. 3) Mesclise: quando o pronome se encontra dentro do verbo. Ex.: Mandar-te-ei os documentos. Diz-se que o pronome te est mesocltico ou em mesclise. Observaes: a) Existem situaes de prclise obrigatria que estudaremos a seguir. A nclise e a mesclise s so empregadas quando no h obrigatoriedade de prclise. Digamos, ento, que quem manda a prclise. b) A mesclise, diferentemente da prclise e da nclise, exige que o verbo esteja num determinado tempo, no caso o futuro do indicativo (do presente ou do pretrito). Com as formas verbais simples 1) Prclise a) Com advrbios que no peam pausa. Ex.: Ali se trabalha bastante. Obs.: Se for usada a vrgula, que o advrbio permite, no caber mais a prclise. Ex.: Ali, trabalha-se bastante. b) Com pronomes indefinidos, relativos e interrogativos. Ex.: Ningum se machucou. (ningum pronome indefinido) No entendi o recado que me deram. (que pronome relativo) Quem nos explicar o caso? (quem pronome interrogativo) c) Com as conjunes subordinativas. Ex.: Ele disse que me avisaria. (que conjuno subordinativa integrante) Correram quando nos aproximamos. (quando conjuno subordinativa temporal) d) Com o gerndio precedido de em. Ex.: Em se colocando as coisas dessa forma, no h dvidas. e) Com as frases optativas. Ex.: Deus te proteja! Obs.: Frase optativa aquela que exprime um desejo do falante. Normalmente, tem ponto de exclamao. f) Com qualquer palavra negativa (geralmente advrbios e pronomes indefinidos, que j vimos que exigem prclise). Ex.: No me explicaram o problema. 2) nclise a) No incio do perodo. Ex.: Disseram-lhe tudo. Obs.: Quando se inicia a frase com o verbo, no h palavra atrativa para que se empregue a prclise. Por isso se diz que no se comea frase com pronome tono. b) Com verbo no imperativo afirmativo. Ex.: Pedro, levante-se! Levante-se! Observaes: a) Quando o verbo est no imperativo afirmativo, ou se usa o vocativo (Pedro), ou se inicia a frase com o verbo. No primeiro caso, haver a vrgula, que vai impedir a prclise; no segundo, o verbo estar iniciando a frase, o que tambm pedir nclise. b) O imperativo negativo pede prclise, j que apresenta a palavra no. Ex.: Paulo, no se levante! c) Com determinadas oraes reduzidas de gerndio, que pedem pausa. Ex.: O professor adiou a prova, deixando-nos menos preocupados. 3) Mesclise

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_________________________________________CRECI_________________________________________PORTUGUS ___ b) Se o pronome estiver solto entre os dois verbos (sem hfen), teremos uma situao polmica. Para alguns gramticos, correto, para outros no. Convm fazer a questo por eliminao. Ex.: Quero lhe mandar o resultado. (certo ou errado) Estou lhe mandando o resultado. (certo ou errado) Pode parecer estranho o que estou dizendo, mas a realidade da lngua portuguesa. Numa redao, peo-lhe que no use o pronome solto entre os dois verbos. 2) Com o particpio Quando o verbo principal o particpio, h uma limitao maior. S duas colocaes so rigorosamente corretas, uma delas com palavra atrativa. Ex.: Tenho-lhe mostrado o resultado. Nunca lhe tenho mostrado o resultado. Observaes finais: a) O particpio, diferentemente do infinitivo e do gerndio, no admite nclise. Ex.: Tenho mostrado-lhe o resultado. (errado) Nunca tenho mostrado-lhe o resultado. (errado) b) Com o pronome solto entre os dois verbos, como vimos anteriormente, a situao polmica. Resolva por eliminao. Ex.: Tenho lhe mostrado o resultado. (certo ou errado). c) Veja, a seguir, como se deve agir quando h uma frase com pronome solto entre os dois verbos. Assinale o erro de colocao pronominal. a) Algum me falou sobre o jogo. b) Vou lhe contar algo. c) Mostr-lo-ei. d) Me deixaram feliz. A alternativa b pode ser considerada correta ou errada pela banca do concurso. Assim, observe as outras opes. A ltima traz uma frase comeada por pronome tono. Isso , j o dissemos, inaceitvel. Assim, deduz-se que a banca considerou correta a opo b. O gabarito s pode ser a letra d. e) s vezes o pronome tono fica entre duas palavras atrativas. uma situao especial de prclise conhecida como apossnclise. Ex.1: Talvez me no peam nada. claro que fica mais agradvel dizer: Ex.2:Talvez no me peam nada. Contudo, ambas as construes so corretas. f) A palavra atrativa pode estar antes de uma expresso entre vrgulas. Ex.: Ele garantiu que, se no chovesse, se apresentaria logo. A conjuno que atrai o pronome tono me. NUMERAL Numeral uma palavra (ou expresso) que exprime nmero, nmero de ordem, mltiplo ou frao, podendo ser classificado como cardinal, ordinal, multiplicativo ou fracionrio. 1) Numerais Cardinais Os numerais cardinais so aqueles que utilizam os nmeros naturais para a contagem de seres ou objetos, ou at designam a abstrao das quantidades: os nmeros em si mesmos: Ex.: Dois mais dois so quatro. Neste ltimo caso valendo, na realidade, por substantivos. Os numerais cardinais um, dois (e todos os nmeros terminados por estas unidades), assim como as centenas contadas a partir de duzentos, so variveis em gnero. Os numerais que indicam milhes, bilhes etc. so invariveis em gnero. 2) Numerais Coletivos Os numerais coletivos so aqueles que indicam uma quantidade especfica de um conjunto de seres ou objetos. So termos variveis em nmero e invariveis em gnero. Exemplos de numerais coletivos so: dzia(s), milheiro(s), milhar(es), dezena(s), centena(s), par(es), dcada(s), grosa(s).

3) Numerais Fracionrios Os numerais fracionrios so aqueles que indicam partes, fraes, sendo concordantes com os numerais cardinais. Ex.: Trs quartos da superfcie terrestre so cobertos de gua. 4) Numerais Multiplicativos Os numerais multiplicativos so aqueles que indicam uma quantidade equivalente a uma multiplicao (uma duplicao, uma triplicao etc.). Ex.: s vezes, as palavras possuem duplo sentido; Arrecadou-se o triplo dos impostos relativos ao ano passado. 5) Numerais Ordinais Os numerais ordinais so aqueles que indicam a ordenao ou a sucesso numrica de seres e objetos. Ex.: Recebeu o seu primeiro presente agora mesmo. ARTIGO Artigo uma palavra que pode preceder um substantivo, classificando-o quanto a gnero e nmero, ao mesmo tempo em que especifica ou generaliza. A classe dos artigos a menos numerosa de todas as classes gramaticais. Podem ser classificados em: 1) Definidos: o, a, os, as Ex.: O anel de ouro. 2) Indefinidos: um, uma, uns, umas Ex.: Sou uma mulher amigvel. a) Masculinos: o, um, os, uns Ex.: Eu quero uns chocolates! b) Femininos: a, uma, as, umas Ex.: A menina inteligente! c) Singulares: o, a, um, uma Ex.: Um homem muito gentil. d) Plurais: os, as, uns, umas Ex.: Quero as laranjas mais doces. Os artigos definidos so declinveis e podem se combinar com algumas preposies, formando os seguintes casos: a) Genitivo: do, da, dos, das (preposio "de") b) Locativo: no, na, nos, nas (preposio "em") c) Dativo: ao, , aos, s (preposio "a") d) Ablativo: pelo, pela, pelos, pelas (preposio "por") e) Comitativo (em desuso): co, coa, cos, coas (preposio "com") VERBO Verbo o nome dado classe gramatical que designa uma ocorrncia ou situao. uma das duas classes gramaticais nucleares do idioma, sendo a outra o substantivo. o verbo que determina o tipo do predicado Classificao Os verbos admitem vrios tipos de classificao, que englobam aspectos tanto semnticos quanto morfolgicos. Podem ser divididos da seguinte forma: 1) Quanto semntica a) Verbos transitivos: Designam aes voluntrias, causadas por um ou mais indivduos, e que afetam outro(s) indivduo(s) ou alguma coisa, exigindo um ou mais objetos na ao. Podem ser transitivos diretos se precedem diretamente o objeto, ou indiretos, se exigem uma preposio antes do objeto. Ex.: dar, fazer, vender, escrever, amar etc. b) Verbos intransitivos: Designam aes voluntrias, causadas por um ou mais indivduos, mas que no afetam outros indivduos. Ex.: andar, existir, nadar, voar etc.

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_________________________________________CRECI_________________________________________PORTUGUS ___ c) Verbos de ligao: So os verbos que, em vez de aes, designam situaes. Servem para ligar o sujeito ao predicativo. Ex.: ser, estar, parecer, permanecer, continuar, andar, tornar-se, ficar, viver, virar etc. d) Verbos impessoais: So verbos que designam aes involuntrias. Geralmente, mas nem sempre, designam fenmenos meteorolgicos e, portanto, no tm sujeito nem objeto na orao. Ex.: chover, anoitecer, nevar, haver (no sentido de existncia) etc. 2) Quanto conjugao a) Verbos da primeira conjugao: So os verbos cuja vogal temtica A: molhar, cortar, relatar etc. b) Verbos da segunda conjugao: so os verbos cuja vogal temtica E: receber, conter, poder etc. O verbo anmalo PR(nico com o tema em O), com seus compostos, tambm considerado da segunda conjugao devido sua forma antiga (poer). c) Verbos da terceira conjugao: so os verbos cuja vogal temtica I: sorrir, fugir, iludir etc. 3) Quanto morfologia a) Verbos regulares: Flexionam sempre de acordo com os paradigmas da conjugao a que pertencem. Exemplos: amar, vender, partir, etc. b) Verbos irregulares: Sofrem algumas modificaes em relao aos paradigmas da conjugao a que pertencem. Ex.: resfolegar, caber, medir ("eu resfolgo", "eu caibo", "eu meo", e no "eu resfolego", "eu cabo", "eu medo"). c) Verbos anmalos: So verbos que no seguem os paradigmas da conjugao a que pertence, sendo que muitas vezes o radical diferente em cada conjugao. Ex.: ir, ser, ter ("eu vou", "ele foi"; "eu sou", "tu s", "ele tinha", "eu tivesse", e no "eu io", "ele iu", "eu sejo", "tu ss", "ele tia", "eu tesse"). O verbo "PR" pertence segunda conjugao e anmalo a comear do prprio infinitivo. d) Verbos defectivos: So verbos que no tm uma ou mais formas conjugadas. Ex.: reaver, precaver - no existem as formas "reavejo", "precavenha", etc. e) Verbos abundantes: So verbos que apresentam mais de uma forma de conjugao. Ex.: encher - enchido, cheio; fixar - fixado, fixo. 4) Flexo Os verbos tm as seguintes categorias de flexo: a) Tempo: presente, pretrito perfeito, pretrito imperfeito, pretrito mais-que-perfeito, futuro do presente, futuro do pretrito, passado do futuro. b) Modo: indicativo, conjuntivo ou subjuntivo, imperativo, formas nominais. c) Pessoa: primeira (transmissor), segunda (receptor), terceira (mensagem). d) Nmero: singular e plural. 5) Vozes verbais Voz verbal, em lingstica, como se denomina a flexo verbal que denota a forma segundo a qual o sujeito se relaciona com o verbo e com os complementos verbais. Voz a categoria verbal da qual se marca a relao entre o verbo e seu sujeito. Essa relao pode ser de atividade, passividade ou ambas. As vozes verbais so: a) Voz reflexiva: como se denomina a flexo verbal que denota que o sujeito pratica a ao sobre si mesmo. Ex.: O garoto magoou-se. Eu me arrumei para a festa Jos se queimou Marcos se feriu ADVRBIO Advrbio a classe gramatical das palavras que modificam um verbo ou um adjetivo ou um outro advrbio. Raramente modificam um substantivo. a palavra que indica as circunstncias em que ocorre a ao verbal. No se flexionam em gnero e nmero, mas podem sofrer flexo de grau. Uma locuo adverbial ocorre quando duas ou mais palavras exercem funo de advrbio. Locues adverbiais so conjuntos de palavras, geralmente introduzidas por uma preposio, que exercem a funo de advrbio: s pressas, toa, s cegas, s escuras, s vezes, de quando em quando, de vez em quando, direita, esquerda, em vo, frente a frente, de repente, de maneira alguma, etc. Eu penteio meu cabelo b) Voz reflexiva recproca: quando h um sujeito composto e o verbo indica que um elemento do sujeito pratica ao sobre o outro, mutuamente. Ex.: Jos e Maria se casaram. c) Voz ativa: como se denomina a flexo verbal que indica que o sujeito pratica ou participa da ao denotada pelo verbo, d destaque quem pratica a ao (agente) Ex.: Maria Joana quebrou a janela de dona Tlia. A torcida aplaudiu os jogadores. c) Voz passiva: como se denomina a flexo verbal que indica que o sujeito recebe a ao, d destaque a quem recebe a ao(paciente). d) Voz passiva sinttica ou pronominal: formada por verbo transitivo direto, pronome se como partcula apassivadora e sujeito paciente. Ex.: Alugam-se casas. Compram-se carros velhos. No vero,pede-se um sorvete No inverno, pede-se um caf Compraram-se as roupas Alugam-se as casas Destruiu-se a casa e) Voz passiva analtica: formada por sujeito paciente, verbo auxiliar ser ou estar, verbo principal no particpio, formando locuo verbal passiva e agente da passiva. Ex.: As casas so alugadas pelo corretor. Durante um jogo de futebol, vrios jogadores foram machucados por torcedores. Quando a aula de matemtica terminou fomos surpreendidos com a morte de um professor A janela de Dona Tlia foi quebrada por Maria Joana Os jogadores foram aplaudidos pela torcida

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_________________________________________CRECI_________________________________________PORTUGUS ___ A funo do advrbio : Morfologicamente: invarivel, ou seja, no apresenta flexo de gnero, numero modo, etc; Semanticamente: expressa uma circunstncia como: lugar, tempo, modo, dvida, afirmao, negao e intensidade; Sintaticamente: modifica um verbo, um adjetivo, um outro advrbio ou toda uma afirmao expressa em uma frase. Classificao A classificao dos advrbios feita de acordo com a semntica. Podem ser distinguidas as seguintes categorias: 1) Advrbios sentenciais a) de afirmao: sim, realmente, certamente, verdadeiramente, com certeza etc. b) de negao: No, nunca, jamais, absolutamente, etc. c) de dvida: Talvez, possivelmente, provavelmente, hipoteticamente, etc. 2) Advrbios temporais a) de passado: ontem, anteontem, trasanteontem, etc. b) de presente: hoje, agora, atualmente, etc. c) de futuro: amanh, futuramente, posteriormente, etc. 3) Advrbios de perodo: anualmente, semanalmente, mensalmente, eventualmente, sempre, etc. 4) Advrbios de lugar: aqui, l, perto, longe, etc. 5) Advrbios de modo: rapidamente, belamente, tristemente, loucamente(a maioria terminada em "mente") etc. 6) Advrbios de intensidade: muito, pouco, bastante, suficiente, etc. Flexo do advrbio Apenas os advrbios de quantidade, de lugar e de modo so flexionados, sendo que os demais so todos invariveis. A nica flexo propriamente dita que existe na categoria dos advrbios a de grau, a saber: a) Superlativo: aumenta a intensidade. Ex.: longe longssimo, pouco pouqussimo, inconstitucionalmente - inconstitucionalissima-mente, etc. b) Diminutivo: diminui a intensidade. Ex.: perto - pertinho, pouco - pouquinho, devagar - devagarinho, etc. Os adjetivos "bem" e "mal" admitem ainda o grau comparativo de superioridade, respectivamente, "melhor" e "pior". Existem tambm as formas analticas de representar o grau, que no so flexionadas, mas sim, representadas por advrbios de intensidade como "mais", "muito", etc. Nesse caso, existe o grau comparativo (de igualdade, de superioridade, de inferioridade) e o grau superlativo (absoluto e relativo). Observao: c) As palavras "muito", "pouco" e "tanto" tambm podem ser pronomes indefinidos, e alm disso so invariveis. A diferenciao fcil: podendo variar em gnero ou nmero, sero pronomes indefinidos; quando forem invariveis, sero advrbios. No confundir advrbio interrogativo com pronome interrogativo. Usar mesma regra para diferenciao que a usada para as palavras "muito", "pouco" e "tanto". Ex.: Eu estou MUITO feliz Ela est MUITO feliz Ele est MUITO feliz Eles esto MUITO felizes Elas esto MUITO felizes Em todos os exemplos o muito no muda no plural singular feminino ou masculino. d) "Melhor" e "pior" so as formas irregulares do grau comparativo dos advrbios "bem" e "mal". Porm, se esto juntos de adjetivos ou particpios, usam-se as formas "mais bem" e "mais mal". Ex.: Ele est melhor. Ele est pior. Seu trabalho est mais bem feito que o meu. Seu trabalho est mais mal feito que o meu.

e) Quando na mesma frase h dois ou mais advrbios terminados em mente, o sufixo colocado somente no ltimo. Ex. Ela fez tudo fria e cruelmente. Certas palavras, apesar de apresentarem forma semelhante a advrbios, no se relaciona com nenhuma outra palavra da frase so usadas para indicar que se est querendo realar uma i