Nova ESTIG em 2008 BOLETIM/boletim41... · 2008-10-31 · no Clube de Campo Vila Galé em Albernoa....

12
41 02|08 Ano 6 Regime Especial Maiores de 23 Fumar- mudança de comportamentos 7 9 12 Colóquio A.S.C. www.ipbeja.pt Nova ESTIG em 2008

Transcript of Nova ESTIG em 2008 BOLETIM/boletim41... · 2008-10-31 · no Clube de Campo Vila Galé em Albernoa....

Page 1: Nova ESTIG em 2008 BOLETIM/boletim41... · 2008-10-31 · no Clube de Campo Vila Galé em Albernoa. Mais uma vez, todos os participantes puderam redescobrir as emoções da condução

4102|08

Ano 6

Regime Especial Maiores de 23 Fumar- mudança de comportamentos7 9 12

Colóquio A.S.C.

www.ipbeja.pt

Nova ESTIG em 2008

Page 2: Nova ESTIG em 2008 BOLETIM/boletim41... · 2008-10-31 · no Clube de Campo Vila Galé em Albernoa. Mais uma vez, todos os participantes puderam redescobrir as emoções da condução

.pág.03- Museu Botânico promoveu conferência sobre Biologia Forense- Centro Hortofrutícola comercializa produtos certificados em Modo de Produção Biológico.pág.04- INOV - Jovem com Taxa de Empregabilidade superior ao previsto- Projecto “Um Modelo de Animação Turística”

Indíce:

.pág.05- II Seminário do GAPI “Educação, Inovação e Empreendedorismo”- 2ª Acção de Formação de todo o terreno do curso de desporto- GAI/ESE representa Encontro Europeu de Especialistas- Teval II aprovado.pág.06- Mobilidade Internacional de Estudantes e Docentes- Mobilidade Erasmus 2007|08.pág.07- 1ª fase da nova ESTIG já arrancou- Regime Especial de Acesso ao Ensino Superior para Maiores de 23 anos.pág.08- GAAP presente no 7º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde- Actividades de Verão do Gabinete de Apoio à Actividade Desportiva.pág.09- Seminário “Fumar: Da aplicação da lei à mudança de comportamento”- o ECTS como instrumento facilitador da Mobilidade de Estudantes

Nesta 1ª edição de 2008, e com um novo grafismo no nosso boletim informativo, não podemos deixar de começar com um: “Quem espera sempre alcança!”

Quando já muitos pareciam desacreditar, éis que já deram os primeiros passos as obras de construção do futuro edifício da ESTIG. Com efeito, vai-se juntar ao Campus a única Escola que está (ainda) em instalações provisórias e afastadas do “corpo central” do IPB.A imagem do Politécnico em pleno crescimento, em construção, ocupa justamente o destaque deste número do Corpo do Boletim. Terão os alunos, os docentes e não docentes, dentro de alguns meses, as mesmas condições de trabalho dignas e as mesmas condições de acesso de que usufruem os outros membros da comunidade escolar.Queremos ainda destacar a abertura de mais um Concurso de Acesso ao Ensino Superior dos “Maiores de 23 anos”.Pelo 3º ano consecutivo o IPB cumprirá a sua missão de abrir as portas aqueles que querem recomeçar a estudar e a contribuir, assim, para o aumento da qualificação da população da região.É uma oportunidade para todos; para os que entram e para os que já cá estão.E com a entrada de nova legislação do tabaco, damos sinal de que a preocupação com a promoção do combate ao tabagismo é uma prioridade da saúde no IPB.Uma última nota para as Jornadas de Animação, particularmente o seu V Colóquio “Caminhos da Animação”, que promete reflexão, discussão e claro, muita Animação. Aproveitem!

Edito

rial

.pág.10- Um novo olhar sobre Bolonha....pág.11- Exercício de combate a incêndios do curso de Pós-Graduação em Higiene e Segurança no Trabalho da ESTIG- Docente da ESTIG é o único português no Comité Científico no XII Congresso Ibero-Americano de Direito e Informática.pág.12- V Colóquio de Animação Sociocultural da ESA/IPBeja - “Caminhos da Animação”- Banda Desenhada, ilustração e pintura de Paulo Monteiro na sala de Exposições do IPB

Page 3: Nova ESTIG em 2008 BOLETIM/boletim41... · 2008-10-31 · no Clube de Campo Vila Galé em Albernoa. Mais uma vez, todos os participantes puderam redescobrir as emoções da condução

3

. Biologia Forense Museu Botânico promoveu conferência

ESA

No passado dia 16 de Janeiro, a Doutora Alexandra Ludovico Marques, Doutorada em Biofísica e Especialista Superior do Laboratório de Polícia Científica (Lisboa), proferiu uma conferência intitulada Biologia Forense, no auditório da Escola Superior Agrária de Beja.Durante esta conferência, organizada pelo Museu Botânico da Escola Superior Agrária, foram apresentadas algumas técnicas utilizadas pela Polícia Científica Portuguesa nas suas investigações.Na assistência encontravam-se inúmeros alunos e professores da comunidade escolar e outros interessados da comunidade local que inquiriam a conferencista sobre temas relativos a metodologias utilizadas em investigação biológica na polícia portuguesa e também quanto à possibilidade de se prosseguirem carreiras na área da investigação policial.O Laboratório de Polícia Científica efectua perícias de apoio às investigações nas áreas da Biologia; Toxicologia; Físico-química; Balística; Documentos copia e Criminalística.

O Centro Hortofrutícola da Escola Superior Agrária de Beja possui um olival da cultivar Galega Vulgar, com uma área de 2 ha e com diferentes compassos de plantação: 10x5m (200 árvores ha-1), 10x10m (100 árvores ha-1), 5x5m (400 árvores ha-1) e 5x5m (400 árvores ha-1).Em 2005 iniciou-se a conversão do olival para o Modo de Produção Biológico, que consiste em não utilizar produtos químicos de síntese, de forma a se obter produtos de elevada qualidade e proteger o meio ambiente.Em 2008, a ESAB já pode comercializar o azeite e azeitona de conserva como produtos certificados em Modo de Produção Biológico, sendo o Organismo de Controlo e Certificação a SATIVA.

. Centro Hortofrutícola ESAB pode comercializar o azeite e azeitona de conserva como produtos certificados em Modo de Produção Biológico

foto

: ESA

foto

: ESA

No passado dia 9 de Janeiro, decorreu, no auditório da Escola Superior Agrária do IPBeja, a cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos da Associação de Estudantes.Orgãos Directivos:Assembleia Geral: Presidente – Vera Viegas, 1ª Secretaria – Andreia Albino, 2º Secretario – Paulo

. Associação de Estudantes da ESA Tomada de posse

Vareia); Direcção: Presidente – Luís Reis, Vice Presidente – João Silva, Secretaria – Sónia Pedro, Tesoureira – Suse Guerreiro, 1º Vogal – Ricardo Silva, 2ª Vogal – Liliana Vale, 3º Vogal – Carlos Cabrita, 4º Vogal – Daniela Carvalho, 5º Vogal – Carla Cortez; Conselho Fiscal: Presidente – Miguel Avillez, Secretário – Hugo Escola, Relator – António Ribeiro.

Page 4: Nova ESTIG em 2008 BOLETIM/boletim41... · 2008-10-31 · no Clube de Campo Vila Galé em Albernoa. Mais uma vez, todos os participantes puderam redescobrir as emoções da condução

. Projecto “Um Modelo de Animação Turística” O Desafio do Desenvolvimento Sustentado!

. Projecto net.com – Redes Empresariais na Comunidade Programa Inov - Jovem com Taxa de empregabilidade superior ao previsto

4

Vasc

o da G

ama

Para quem está habituado a olhar a região e analisar as suas “virtudes” e “pecados” torna-se, sempre, um desafio elaborar projectos que tenham como perspectiva o seu desenvolvimento, de uma maneira que permita aos seus ocupantes, nativos e resi-dentes, uma melhoria de vida, sem perder de vista certas características que marcam o quotidiano e cultura própria. Podem-se elaborar projectos de tudo e de mais alguma coisa, alguns deles até podem ser desenhados com as cores do arco-íris, onde se real-cem todos os brilhos que elas contêm. Podem até formular-se sonhos de formas mais ou menos inten-sas consoante os nossos desejos pessoais para uma região, do género, “eu gostaria que a minha cidade se espelhasse nos volumes celestiais de Nova Iorque”, ou “viria com bons olhos que a “minha igreja, cá da terra, tivesse a imagem da fachada de Notre Dame”. Todos nós temos sonhos … ainda bem! Mas elabo-rar um projecto implica saber olhar e analisar o que temos e o que, poderemos ter, conjugando factores tão importantes como a realidade do meio e do país, e, mais importante, prospectivar as novas tendências culturais e económicas.Reconhecendo que o concelho de Beja necessita criar modelos de desenvolvimento, onde se integram todas as valências sociais, o Vasco da Gama, não o grande marinheiro português, mas o Centro de Inves-tigação e Desenvolvimento do IPBeja, decidiu juntar uma equipa de trabalho multidisciplinar e “residente” que elaborasse um projecto de modelo de animação

turística para o Concelho, que para além de descrever todas as nossas potencialidades, colocasse também os recursos potenciadores do desenvolvimento, no-meadamente os humanos e institucionais.O problema, após análise cuidada desses elementos, seria equacionar o que fazer deles e como se pode-riam conjugar o estabelecido e o pretendido, sem que as transformações afectassem o equilíbrio de uma cidade reconhecidamente calma com uma en-volvência rural ainda com algumas boas característi-cas campesinas e naturais. A linha de rumo acertaria em alguns parâmetros filosóficos fundamentais tal como a imagem de cen-tralidade que Beja necessita marcar, para que retorne à posição de capitalidade perdida e potencie o seu núcleo urbano, assim como o seu tecido empresa-rial, mas, simultaneamente, criasse linhas direccion-ais tendo como rumo os espaços rurais mais mar-cantes ao nível do património natural e cultural.As linhas optativas e as metas desejadas alcançar-se-iam através da criação de vários percursos, chamar-lhe-emos rotas, por defeito de forma, em que se pudessem explorar aspectos unificadores das nossas características e com algum toque inovador do conhecimento geral. Isto é, numa linguagem sim-plificadora, “o que é que nós temos que os outros não têm? Como explorá-los no plano turístico e cul-tural”?No plano do património natural a exploração da pai-sagem, o silêncio mudo das vozes dos pássaros, as

cores e a luz cristalina, o ruído melódico das águas das ribeiras e do Guadiana, o amanhecer e o pôr do Sol, são espaços únicos inigualáveis para qualquer projecto de animação turística. Já no plano do património construído, porque o homem vive dos seus sentidos e do seu saber, teríamos que traba-lhar a arte e a história da cidade, nas suas múltiplas formas e tempos, tal como explorar a riqueza da tradição mediterrânica do trigo e do pão e do saber centenário do aproveitamento dos materiais para a construção, numa arquitectura única europeia que é a nossa arquitectura tradicional.Os Sistemas Tradicionais de Moagem com uma rota que percorra as suas diferentes técnicas e épocas; a Arquitectura do Tempo, com a passagem por vários edifícios de interesse artístico e histórico, o Azul e o Ouro dos nossos azulejos e talha dourada; as Coisas do Tempo de D. Manuel, rei de Portugal e Duque de Beja; os Sabores da Panela, com os alimentos da alma que os nossos velhos avós nos deixaram; as Vi-das de Amor e Paixão da nossa literatura conventual; assim como os eventos culturais e económicos que fazemos e outros que poderemos fazer, são algumas das nossas propostas.Este projecto, pode-se dizer, saiu dos nossos sabe-res mas, principalmente, dos nossos corações e, gostaríamos que não constituísse mais um projecto “gaveteiro”, daqueles que se elaboram e ficam es-quecidos no tempo, tornando-se num futuro objecto arqueológico.

O projecto net.com – Redes Empresariais na Comuni-dade, no âmbito da medida

2 do programa Inov – Jovem, terminou com uma taxa de empregabilidade superior ao inicialmente esperado.Em candidatura, o Centro de Estudos e Desenvolvi-mento do IPB – Vasco da Gama considerou que o objectivo de empregabilidade seria plenamente realizado se 56% dos formandos conseguissem ficar efectivamente integrados em empresas/insti-tuições.No entanto, no fim do projecto a taxa de empregabi-lidade atingiu os 75%. Dos 33 jovens em situação de emprego, 40% foram empregues por empresas receptoras dos estágios, enquanto os restantes 60% foram integrados por outras empresas/instituições. Destes estagiários, 56% adquiriu a sua formação no Instituto Polité-cnico de Beja, sendo que os restantes 44% frequen-taram outros estabelecimentos de ensino.As áreas de formação dos jovens integrados nas empresas/instituições empregadoras são: Gestão de Empresas, Marketing, Estratégia e Gestão Turística, Gestão Hoteleira, Contabilidade e Auditoria, Enge-nharia Informática, Informática de Gestão, Enge-nharia Alimentar, Engenharia do Ambiente, Enge-nharia Mecânica, Engenharia Civil e Educação Física.

foto

s: V

asco

da

Gam

a

Page 5: Nova ESTIG em 2008 BOLETIM/boletim41... · 2008-10-31 · no Clube de Campo Vila Galé em Albernoa. Mais uma vez, todos os participantes puderam redescobrir as emoções da condução

5

ESE

O Gabinete de Apoio à Investigação - GAPI está a organizar, em colaboração com a Associação de Defesa do Património de Mértola - ADPM, a segunda edição do Seminário “Educação, Empreendedorismo e Inovação” a realizar no dia 16 de Abril de 2008. Para esta edição estão convida-das personalidades nacionais de reconhecido mérito e o programa incluirá um evento prévio de apresentação do seminário em Lisboa, apoiado pela FNAC. Mais informações no GAPI e através dos e-mails [email protected]; [email protected].

No âmbito do Curso de Desporto, da Escola Superior de Educação de Beja, realizou-se no dia 31 de Janeiro a 2ª Acção de Formação de Todo o Terreno.A iniciativa realizou-se em parceria com a Empresa de Animação Turística “Emotion Sports” e decorreu no Clube de Campo Vila Galé em Albernoa.Mais uma vez, todos os participantes puderam redescobrir as emoções da condução todo-o-ter-reno em Moto 4 e de um clássico muito conhecido

. Curso de Desporto 2ª Acção de Formação de Todo o Terreno

. “Educação, Inovação e Empreendedorismo” O GAPI está a organizar II Seminário

. Encontro Europeu de Especialistas Gabinete de Apoio à Investigação representa ESEB

– as Renault 4L. Depois das adaptações iniciais aos veículos e controlo das normas de segurança, todos os participantes partiram à descoberta da paisagem alentejana única e deslumbrante, através de um pas-seio com duração de 2 horas por estradas e trilhos sem dificuldade técnica. No final a avaliação foi bastante positiva, sendo que esta acção será para ter continuidade nos próximos anos.

O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP, I.P.) em cooperação com o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, organizou o se-gundo Peer Learning Activity (PLA), do Grupo de Trabalho Europeu para a formação de Professores e Formadores “VET TT Focus Group”, entre os dias 14 a 17 Janeiro 2008, em Lisboa. Este PLA contou com a participação de 20 representantes de nove países europeus, representantes de órgãos governamen-tais, entidades privadas e associações civis, entre as quais a Escola Superior de Educação de Beja, através do seu Gabinete de Apoio à Investigação.Os trabalhos foram coordenados por membros da Comissão Europeia, do Cedefop e de peritos exter-nos especialmente convidados. No contexto do Programa de Educação e Formação 2010, o PLA teve como principal objectivo a co-

aprendizagem e a troca de experiências entre os par-ticipantes em termos de: - Debater as diferentes abordagens para a validação da aprendizagem não-formal e informal, e seu suces-so factores;- Reflectir sobre a forma como estas metodologias poderão ser transferidas para o contexto de profes-sores e formadores noutras realidades nacionais;- Formular propostas para futuras acções de apoio ao desenvolvimento de validação de aprendizagem não-formal e informal de professores e formadores. Estes temas foram abordados recorrendo também a visitas a Centros Novas Oportunidades, permitindo: - Descobrir o sistema português de validação da aprendizagem não-formal e informal; - Uma panorâmica dos outros países em experiên-cias na validação não-formal e informal;

- Discutir metodologias de identificação e avaliação dos resultados de aprendizagem adquirida através de processos não-formais e informais, assim como os critérios para a garantia de qualidade destes pro-cedimentos;- Identificar abordagens e métodos que poderiam ser transferidas para o contexto da reconhecimento e validação de competências professores e forma-dores. A participação de Clara Rodrigues, em vista da experiência adquirida durante o projecto TEVAL – Evaluation Model for Teaching and Training Com-petences, foi um contributo para o enriquecimento da discussão do grupo, reportada em publicação brevemente lançada na página on-line do CEDEFOP.

Mais informações através dos seguintes contactos: +351 284 315 000/ ext.2201.. Projecto TEVAL II

Gabinete de Apoio à Investigação da ESEB com projecto europeu aprovado

No passado mês de Outubro, a Comissão Europeia deu a conhecer os resultados das candidaturas ao Programa Comunitário Aprendizagem ao Longo da Vida 2007-2013, destinado à promoção de projectos nas áreas da educação e formação, que visem con-tribuir para os objectivos anunciados na Estratégia de Lisboa. Neste contexto, o Gabinete de Apoio à Investigação da Escola Superior de Educação de Beja (GAPI_

ESEB), conseguiu a aprovação do Projecto TEVAL II – Innovative Evaluation Model in Teaching and Trai-ning Organisations, que vem na continuidade dos projectos-piloto Leonardo da Vinci TEVAL – Evalua-tion Model for Teaching and Training Competences.Este novo projecto pretende a transferência dos re-sultados atingidos no projecto anterior, no sentido de uma validação experimental nas escolas e centros de formação do modelo de avaliação desenvolvido

durante o TEVAL I, o qual parte de competências comuns a professores e formadores, numa pers-pectiva europeia. Mais informações acerca desta primeira edição encontram-se disponíveis em www.teval.eu.A implementação do modelo de avaliação será con-duzida em 7 países europeus, que fazem parte da parceria do projecto: Portugal, França, Alemanha, Polónia, Reino Unido, Roménia e Itália.

Mais informações através dos seguintes contactos: [email protected]; [email protected]; [email protected]; Telefone: +351 284 315 000Fax: +351 284 326 824.

foto

: ESE

Page 6: Nova ESTIG em 2008 BOLETIM/boletim41... · 2008-10-31 · no Clube de Campo Vila Galé em Albernoa. Mais uma vez, todos os participantes puderam redescobrir as emoções da condução

6

IPB

. A Mobilidade Internacional de Estudantes e Docentes Uma oportunidade de crescimento institucional

A Área Europeia de Ensino Superior (AEES) com o seu objectivo de reforçar a competitividade da Europa ao nível da economia do conhecimento, impõe novos desafios às instituições de ensino superior (IES’s) e cria novas oportunidades para o desenvolvimento pessoal e profissional dos estudantes e docentes.Neste novo cenário, a internacionalização das IES’s e a aposta efectiva em programas de qualidade e investigação orientada para o desenvolvimento lo-cal, constituem definitivamente os maiores desafios. Mas, em nossa opinião, é aí que reside a grande oportunidade de desenvolvimento, ou até mesmo de sobrevivência, das pequenas Instituições de Ensino Superior.Para as IES’s, internacionalizar-se significa estabe-lecer uma cooperação inter-departmental efectiva entre instituições. Muito diferente, portanto, de esta-belecer um pontual acordo de colaboração institucio-nal ou de desenvolver uma projecto de investigação isolado. Significa que os estudantes e docentes realizam missões de aprendizagem e de ensino em instituições parceiras e se desenvolvem programas de ensino conjuntos, como é o caso dos programas intensivos ERASMUS. A cooperação implica con-fiarmos na avaliação que a instituição parceira faz do trabalho desenvolvido pelos nossos alunos e reco-nhecermos, sem reservas, essa mesma avaliação.

Para os alunos, a possibilidade de realizarem no mínimo um semestre numa instituição estrangeira, a estagiar ou a frequentar aulas, é uma ”imensidão” de oportunidades que nós, instituição, temos a obrigação de lhes proporcionar. Em comparação com os estudantes não móveis, e tendo como referência as principais conclusões de alguns estudos efectuados ao nível do impacto dos programas de mobilidade na inserção profissional dos estudantes, e possível constatar que os estu-dantes internacionais:1) Estão melhor preparados para enfrentar a com-petição ao nível do mercado de trabalho, porque têm mais “ferramentas” que os colegas, nomeadamente o conhecimento linguístico e a maior apetência para enfrentar desafios e assumir responsabilidades;2) Têm mais competências ao nível da capacidade de comunicação, relacionamento interpessoal e de liderança e autonomia;3) Têm mais oportunidade e capacidade do que os estudantes não móveis para desenvolverem traba-lhos de forma independente;As possibilidades de internacionalização proporcio-nadas pelo ERASMUS.O ERASMUS, enquanto programa que proporciona e financia bolsas de mobilidade de estudantes e do-centes no Ensino Superior no âmbito do Programa

de Aprendizagem ao Longo da Vida, representa para as IES’s de pequena dimensão a possibilidade efecti-va de cooperarem no contexto internacional. Pelas oportunidades proporcionadas pelo Erasmus, tanto para os alunos como docentes bem como para a ins-tituição em geral, consideramos que a participação neste programa de mobilidade é um objectivo que deverá ser partilhado por todos.

1The Experience of Studying Abroad for Exchange Students in Europe, by Erasmus Student Network Survey 2005 in partnership with Petrus CommunicationsFonte: http://www.esn.org/; VALERA Project (VALERA= VALue ofErasmus Mobility)by International Centre for Higher Education Re-search Kassel: INCHER-Kassel (Novembro 2006) Fonte: www.uni-kassel.de . Mobilidade Erasmus 2007|2008

Alunos enviados e recebidos No âmbito do Programa de Mobilidade Erasmus, 37 estudantes do Instituto Politécnico de Beja estão a desenvolver um período de estudos em diversas Instituições de Ensino Superior Europeias. Ao nível dos alunos recebidos, também 37 alunos oriundos de instituições parceiras escolheram o IPB para reali-zar o seu período Erasmus. A partir do próximo ano lectivo, para além da realização do Erasmus Clássico, que compreende a frequência de aulas, alguns dos nossos alunos já poderão realizar Estágios Erasmus. A Escola Superior de Tecnologia e Gestão está a pre-parar uma candidatura a esta modalidade, e já em 2008/2009 haverá financiamento para Estágios Inter-nacionais. Os Estágios Erasmus, porque possibilitam uma experiência de trabalho em contexto internacio-nal, são uma importante mais-valia para os nossos estudantes. Prevemos que esta possibilidade possa abranger, em breve, todas as áreas de formação do IPBeja.fo

tos:

GR

E

Page 7: Nova ESTIG em 2008 BOLETIM/boletim41... · 2008-10-31 · no Clube de Campo Vila Galé em Albernoa. Mais uma vez, todos os participantes puderam redescobrir as emoções da condução

7

IPB

Após 12 anos em instalações provisórias, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPBeja, terá novas instalações a partir do final do presente ano. A empreitada de construção da 1ª fase irá durar 10 meses, tendo sido assinado o Auto de Consignação no passado dia 26 de Dezembro. Serão edificados os Blocos D e E, que correspondem a uma área bruta de aproximadamente 4200 m2

O valor de adjudicação da obra de construção do referido edifício, 2 998 801,23 Euros, será assegurado através da comparticipação do POCI – Programa Operacional Ciência e Inovação 2010 (1.995.425,85 Euros), sendo o restante financiado através do PIDDAC (428.779, 24 Euros) e por receitas próprias (574.596,14 Euros).Situada desde a sua criação, em 1996, em instalações provisórias alugadas à REFER, a ESTIG / IPB integrar-se-á finalmente no campus do IPB (onde já se encontram as restantes 3 Escolas Superiores da Instituição e todos os designados Serviços Comuns – Auditório, Biblioteca, Refeitório -), situando-se em terrenos cedidos pelo Município de Beja.Para estudantes, docentes, não docentes, Conselhos Directivos das Escolas e Presidência do IPB trata-se da concretização de um sonho, um anseio antigo alargado à comunidade civil, que decerto também irá beneficiar com as novas condições de aprendizagem e investigação em áreas científicas muito importantes para o desenvolvimento da região.Neste momento, o IPB prepara já a candidatura da 2ª fase de construção do Edifício da nova ESTIG a financiamentos de programas comunitários, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional.

. Nova Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPBeja Construção da 1ª fase já arrancou

. Acesso ao Ensino Superior para Maiores de 23 anos Inscrições entre 3 de Março e 4 de Abril

O IPB irá proceder, pelo 3º ano consecutivo, à abertura de candidaturas para o Regime Especial de Acesso ao Ensino Superior para os Maiores de 23 anos. O período de inscrições irá decorrer entre 3 de Março e 4 de Abril deste ano.Este regime, Provas Especialmente Adequadas a Avaliar a Capacidade para a Frequência dos Cursos Superiores dos Maiores de 23 Anos, é legislado pelo Decreto-Lei n.º 64/2006 de 21 de Março, e visa proporcio-nar o acesso ao ensino superior a candidatos maiores de 23 anos (com 23 anos completados até 31 de Dezembro do ano anterior ao da can-didatura) independentemente da habilitação académica do candidato, conforme informação da DGES (Direcção Geral do Ensino Superior).Os candidatos poderão realizar inscrição num máximo de 3 cursos das 4 Escolas que integram o IPBeja.Para serem admitidos em concurso especial a qualquer curso do IPB, os candidatos devem realizar a prova especifica correspondente ao curso em que se inscrevem, seguindo-se uma entrevista que visa apreciar e discutir o seu curriculum vitae e a sua experiência profissional, assim como as suas motivações para a escolha do curso superior. A aprovação nas provas é válida para a candidatura à matrícula e inscrição nas Escolas do IPB no ano de aprovação e nos cinco anos seguintes. Todas as informações sobre este regime estão disponíveis em: www.ipbbeja.pt. de

sign

: GR

E

Page 8: Nova ESTIG em 2008 BOLETIM/boletim41... · 2008-10-31 · no Clube de Campo Vila Galé em Albernoa. Mais uma vez, todos os participantes puderam redescobrir as emoções da condução

8

SAS

Decorreu, nos passados dias 31 de Janeiro, 1 e 2 de Fevereiro, na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, o 7.º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde, organizado de dois em dois anos pela distinta Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde (SPPS), subordinado este ano ao tema “Intervenção em Psicologia e Saúde”.Como tem vindo a ser habitual, o Gabinete de Apoio Psico-Pedagógico (GAPP) dos SAS do IPB esteve presente nesta iniciativa, desta vez a convite do Pro-fessor Doutor Pestana Cruz, professor da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve, na pessoa da Dr.ª Sónia Carvalho, psicóloga clínica deste gabinete, com a apresentação da comu-nicação “Saúde e Bem-Estar na Transição para o Ensino Superior: Influência dos Estilos de Vida nos Processos de Adaptação”, baseada na sua tese de mestrado em Psicologia (especialização em Psicolo-gia da Saúde). Os resultados apresentados, obtidos através da par-ticipação de alunos de 1.º ano do IPB e da UALG numa investigação realizada no ano lectivo 2006/2007, re-velam que os estilos de vida assumem um papel pri-mordial na promoção de um processo de adaptação académica de qualidade, mediado pela influência positiva da felicidade subjectiva (satisfação com a vida) e negativa dos indicadores de psicopatologia.Estes dados são concordantes com outras inves-

tigações e legitimam e fortalecem o trabalho que tem sido desenvolvido pelos Gabinetes de Apoio Psicológico no Ensino Superior, que disponibilizam serviços de consulta psicológica mas que também desenvolvem programas de promoção e educação para a saúde enquanto processos de capacitação, participação e responsabilização dos indivíduos com vista a potenciar a sua percepção individual de com-petência, felicidade pessoal e valor próprio.Muitos outros resultados de investigações científicas sobre as particularidades e necessidades dos alunos

que frequentam o Ensino Superior foram apresenta-dos, incluídos no Simpósio “Intervenção na Saúde Mental dos Estudantes do Ensino Superior”, na sua maior parte por técnicos de Gabinetes de Apoio Psi-cológico, sendo consensual para os psicólogos en-volvidos nestes serviços, o evidente imperativo em não só criar novos centros de consulta psicológica no Ensino Superior, como principalmente dotar os já existentes de recursos permanentes, garantindo, desta forma, uma melhor qualidade dos serviços prestados à comunidade académica.

. 7º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde GAPP apresenta resultados de investigação com alunos do IPB e da UALG

Gostava de chegar ao Verão elegante?Então, do que está à espera para começar? Veja as actividades que o Gabinete de Apoio à Actividade Desportiva tem para toda a comunidade I.P.Beja já a partir do mês de Março.Começando pelas actividades Bora lá Mexer, de carácter regular, temos a Aeróbica, o Hip-Hop, o Ténis, a Natação, o Yoga, o Voleibol, o Badminton, o BTT e o Futsal Feminino. Passando pela Taça I.P.Beja, com os torneios de Futsal, Voleibol, Basquetebol 3x3 e Badminton, onde pelo meio temos os torneios de Futebol e Ténis da Se-mana Académica e terminando nas Actividades Pontuais com Caminhadas diurnas e nocturnas, Masterclasses, Canoagem, BTT, Desporto Aventura e o Dia da Actividade Física do I.P.Beja.Com estas ofertas tem tudo para fazer inveja no Verão.

Mais informações em: www.ipbeja.pt/gaad/index.htm. Se deseja receber regularmente informações desportivas envie um mail para [email protected].

. Gabinete de Apoio à Actividade Desportiva Faltam 5 meses para o Verão

foto

: GAP

Pde

sign

: GR

E

Page 9: Nova ESTIG em 2008 BOLETIM/boletim41... · 2008-10-31 · no Clube de Campo Vila Galé em Albernoa. Mais uma vez, todos os participantes puderam redescobrir as emoções da condução

9

ESS

. Fumar Da aplicação da lei à mudança de comportamento

O consumo de tabaco é, nos dias de hoje, a prin-cipal causa de doença e de mortes evitáveis. A Organização Mundial de Saúde (OMS) indica-nos que anualmente cerca de 4,9 milhões de pes-soas morrem, em todo o mundo, (mais de 10 mil mortes/dia) em resultado do tabagismo. Es-tima ainda que cerca de um terço da população mundial adulta, 1 bilião e 200 milhões de pes-soas (entre as quais 200 milhões de mulheres), são fumadores, aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população femi-nina no mundo fumam. Enquanto nos países em desenvolvimento os fumadores constituem 48% da população masculina e 7% da população femi-nina, nos países desenvolvidos a participação das mulheres mais do que triplica: 42% dos homens e 24% das mulheres têm o hábito de fumar. Podemos apenas ler “números” e não atribuir significado de relevo, há sempre outras quantifi-cações que podemos colocar em paralelo e as-sim…não encontramos motivo que valha para mudar o que quer que seja. Mas, nessa atitude envolvemos os que estão connosco e não lhe da-mos opção sequer de um outro ambiente e outra qualidade de vida. Se a epidemia não for travada, a mesma organização estima que, em 2020/30, esse número chegará aos 10 milhões de pessoas por ano!!!Será o tabagismo, enquanto acto voluntário de inalar o fumo, um acto deveras voluntário? Um comportamento aditivo? Uma carga genética associada? Que sabemos sobre as suas causas e que respostas podem ser associadas numa estratégia mais eficaz para uma mudança com-portamental? A quase totalidade dos fumadores inicia o consumo durante a adolescência ou em idade escolar, mas sabemos também que os edu-cadores, professores e profissionais de saúde mantêm taxas elevadíssimas de consumo. E com que consequências?Para desenvolver conhecimento em torno de toda esta problemática e de debater estratégias de res-posta que o Conselho Pedagógico da Escola Supe-rior de Saúde está a programar a realização de um . O ECTS – Sistema Europeu de Transferência e Acumulação de Créditos Instrumento facilitador da Mobilidade de Estudantes

O ECTS1 é antes do mais um instrumento destinado a criar transparência, a estabelecer as condições necessárias para a aproximação entre estabelecimentos e a ampliar a gama de opções propostas aos estudantes. A sua aplicação pelos estabelecimentos de ensino facilita o reconhecimento dos resultados académicos dos estudantes graças à utilização de medidas compreendidas da mesma forma por todos — os créditos e as notas — e proporciona uma grelha de interpretação dos sistemas na-cionais do ensino superior. O ECTS assenta em três elementos de base: Guia ECTS (informação sobre as instituições e os programas de estudo e os resultados do estudante), acordo mútuo (entre os estabelecimentos parceiros e o estudante) e a utilização de créditos ECTS (valores que indicam o volume de trabalho efectivo do estudante).A metodologia proposta pelo ECTS dá aos interessados os instrumentos necessários para criar transparência e facilitar o reconhecimento académico. O pleno reconheci-mento académico é uma condição sine qua non da mobilidade estudantil no âmbito dos programas de mobilidade. Decorre daqui que o período de estudos desenvolvido pelo aluno no estrangeiro (incluindo exames e outras formas de avaliação) substituí efectivamente um período de estudos comparável (incluindo os exames e outras formas de avaliação) no âmbito do estabelecimento de origem, mesmo que haja diferenças entre o conteúdo dos programas adoptados num e noutro caso.

1O Sistema ECTS foi integrado na legislação nacional pelo Decreto-Lei n.º 42/2005 de 22 de Fevereiro.

seminário que vai ter lugar em Abril no auditório dos serviços comuns do IPB, com a presença do Sr Director Geral de Saúde, Dr Francisco George e do Presidente da Confederação Portuguesa De Prevenção de Tabagismo, Professor Doutor Luís

Rebelo, entre diversos outros convidados. Deixa-mos então o desafio a todos estudantes, profes-sores e demais funcionários das escolas do IPB que possam estar interessados a estarem connos-co participando activamente.

desi

gn: G

RE

Page 10: Nova ESTIG em 2008 BOLETIM/boletim41... · 2008-10-31 · no Clube de Campo Vila Galé em Albernoa. Mais uma vez, todos os participantes puderam redescobrir as emoções da condução

10

Bolo

nha

A cerca de dois anos do seu fim, pode dizer-se que, de um modo geral, parece não haver dúvidas quanto à importância e dimensão do processo de Bolonha cujo objectivo, como tem sido amplamente repetido, é a criação, de uma vasta Área Europeia do Ensino Superior (AEES) de modo a que, a partir de 2010, a Europa se apresente como a economia baseada no conhecimento mais competitiva do mundo. No en-tanto, o carácter experimental do ambicioso projecto europeu, tem sido gerador de muitas inseguranças e, sobretudo, de muitas incertezas quanto às suas consequências a longo prazo. Nenhuma destas interrogações, porém, como aliás outra coisa não seria de esperar, parece afectar o dis-curso do Ministro de Ciência e do Ensino Superior. No passado mês de Novembro, por ocasião da abertura oficial do ano académico no Instituto Politécnico de Leiria, Mariano Gago anunciou, com determinação e optimismo que, uma vez concluído o dispositivo le-gislativo de Bolonha e da mobilidade de estudantes em 2006, e com a publicação, em 2007 do novo regime jurídico das instituições de ensino superior que veio possibilitar a reorganização e redefinição do seu modus operandi face aos novos desafios que se lhes apresentam, a partir de 2008/2009 as insti-tuições de ES nacionais deverão estar preparadas para a entrada em funcionamento de um nova etapa do processo de Bolonha, que pressupõe que até fi-nal de 2008 «o processo de reorganização da oferta formativa deverá estar concluído no seu essencial, de modo a colocar à disposição dos estudantes em rede de Ensino Superior (ES) mais coerente e mais racional”,1 cabendo acima de tudo às próprias insti-tuições dar o primeiro passo nesse sentido. Ou seja, usando uma imagem da gíria futebolística, a bola está neste momento no lado das instituições e das suas comunidades académicas. No entanto, o optimismo e a determinação e Ma-riano Gago parece não ser partilhado pelos principais agentes desta reforma que são, sem dúvida ao estu-dantes e os professores e os seus dirigentes, que de um modo geral tendem a considerar a reforma de Bolonha como “uma manta de retalhos imposta de cima pelo governo”,2 e que a verdadeira mudança – a alteração dos métodos de ensino, a estimativa do tempo de estudo autónomo e a sua transformação em créditos, que são as pedras basilares desta refor-ma – está ainda por fazer. Por outro lado, no que se refere à reorganização da rede de ensino superior, ainda que o optimismo do Ministro o leve a afirmar que “ a opção do governo foi a de aproveitar e potenciar o investimento feito nas diferentes áreas e não a de encerrar instituições e concentrar os recursos humanos nas outras”,3 a verdade é que a realidade parece ser outra. O espe-ctro do desemprego ameaça um número crescente de docentes em várias instituições, e o persistente aumento da taxa de desemprego de licenciados veri-ficado nos últimos anos, têm vindo a contribuir for-temente para o desenvolvimento de um clima de in-segurança, descrédito e desmotivação relativamente às promessas de Bolonha. E, como tem sido também repetidamente salientado nos mais variados comuni-cados, discursos, relatórios e artigos de opinião não

parece ser possível, para usar as palavras de João Ruivo num editorial do Ensino Magazine, “traçar cenários de futuro com o desencanto dos principais protagonistas desta viagem.”4 Importa salientar, no entanto, que este panorama de desânimo não é um exclusivo português. De acordo com os últimos relatórios de organizações pan-euro-peias como a European University Association (EUA), ou da European Students Union (ESU /ESIB), a partir de 2005 verificou-se um progresso significa-tivo no que se refere à generalização da estrutura em três ciclos e à aplicação do sistema de créditos ECTS, ainda que, neste caso, a sua utilização se encontre ainda numa fase muito incipiente, carecendo de uma ligação coerente com os resultados de aprendizagem e com uma avaliação cuidada e continuada do cál-culo do volume de trabalho do estudante.5 Contudo, as questões relacionadas com as saídas profissio-nais, uma das maiores bandeiras do pro-cesso de Bolonha, ficaram muito aquém das expe-ctativas, na maioria dos países aderentes, assim como o novo paradigma de ensino-aprendizagem centrado no alu-no que, tal como em Portugal, tem tido dificuldade em afirmar-se no “velho continente”.Várias são as razões apontadas para este impasse no processo em curso. Na perspectiva dos estudantes europeus a situação resulta, sem dúvida, da “forma apressada e sem qualidade” como tem sido conduzi-da a reestruturação “meramente centrada na gestão da imagem pública internaciomal por parte dos governos.”6 E, na visão de alguns especialistas eu-ropeus, se por um lado a implementação do primeiro passo deste processo – a introdução e generalização da estrutura em três ciclos - tem possibilitado a har-monização da estrutura dos cursos, por outro, esta tem sido como que “nacionalizada” por cada país a fim de levar por diante as sua próprias agendas de reforma. Esta é talvez a principal explicação para o contraste entre optimismo do ministro português e o desânimo daqueles que estão realmente “dentro” do sistema que esperavam ou esperam vir a beneficiar dos efei-tos produzidos pelas reformas em curso.Porém, apesar da clara evidência de que nem tudo vai tão bem como parece, tanto no plano nacional como a nível da AEES, a verdade é que há alguns sinais positivos que devem ser realçados.Em primeiro lugar importa referir o crescimento do número de novos estudantes no ES, em particular no subsistema politécnico, que apresentou uma taxa de crescimento de 24%, enquanto que nas universi-dades o aumento foi de 11%, o que veio confirmar as conclusões apresentadas no relatório da avaliação do sistema de ES superior português realizado pela OCDE em 2006, que apontava para a necessidade da co-existência dos dois sub-sistemas em Portugal.E aos milhares de licenciados desempregados ou desaproveitados em funções para as quais a sua for-mação académica aparentemente nada conta, deverá também ser dada uma palavra de encorajamento e de confiança, uma vez que as suas licenciaturas têm, ou deveriam ter, outras funções para além da pre-paração para um emprego. Num interessante artigo publicado na edição do jornal Expresso, Ricardo Fer-

reira Reis refere que grau académico deverá ou deve-ria, também, servir para “sinalizar as capacidades de um indivíduo”, acrescentando que “com a saudável massificação do ensino superior, a tendência para licenciados a trabalhar fora da sua de especialização é uma tendência crescente, como já acontece nos EUA.”7 Trata-se, de facto, de uma tendência que as novas licenciaturas de Bolonha vêm acentuar, mas importa não esquecer que o objectivo de Bolonha é precisamente abrir as portas a uma formação mais flexível e mais adaptável, capaz de responder às no-vas realidades de um mundo em acelerado processo de mudança.Finalmente, cabe aqui ainda registar o sinais de mu-dança que parecem querer contrariar tradicional “es-pírito de quinta” prevalecente nas as organizações nacionais, públicas e privadas, e que, segundo Paulo Nordeste, tem sido o principal factor de impedimento da procura e desenvolvimento de novas oportuni-dades e de novas soluções.8 A Universidade Porto e a Universidade de Lisboa já anunciaram a intenção de reestruturar o seu modelo organizativo, quer através do desenvolvimento de fundações, quer através de consórcios, no sentido de reforçar e potenciar os seus recursos humanos e materiais e ampliar a sua competitividade em termo internacionais.9 Outro exemplo desta tendência foi o recente anúncio da “criação do Instituto de Inves-tigação e Inovação em Saúde (I3S) que agregará as competências de mais de 600 investigadores oriun-dos de três instituições diferentes. Os exemplos dados referem-se, na verdade, a insti-tuições de grande dimensão, situadas em locais de grande densidade populacional, o que é, sem dúvida uma vantagem. A questão torna-se mais complicada nas instituições de pequena dimensão, situadas em regiões do inte-rior, pouco populosas e pouco atractivas. Para estes casos, diz-nos Mariano Gago, a solução terá de pas-sar pelo desenvolvimento de “uma estratégia de ex-pansão do número de estudantes que implicará um recrutamento de proximidade muito alargado”, mas também pelo desenvolvimento de uma oferta edu-cativa dinâmica e inovadora, capaz de atrair novas energias, o que dificilmente se conseguirá se as ins-tituições não forem capazes de se abrir para o exte-rior, de trabalhar em rede, de estabelecer parcerias, “de articular competências e vontades de ultrapas-sar os limites das quintas e dos quintais que já não fazem sentido no mundo actual.”10

In Ensino Magazine, Dez. 2007, p2In Expresso, 19 de Jan. 2008, p. 28 3in Ensino Magazine, Dez. 2007, p. 34In Ensino Magazine, Dez. 2007, p. 245Os relatórios dos membros consultivos aqui referidos – Trends V (EUA) e Bolognga with Student Eyes (ESU/ESIB) estão disponíveis no portal do ipb : http://portal.ipbeja.pt/ em Processo de Bolonha, ponto 9. Resultados da Cimeira Ministerial de Londres.6Bruno Carapinha, representante dos estudantes europeus, cit. in Ex-presso, 19 de Jan. 2008, p. 287Ricardo Ferreira Reis, «Desempregados ou desaproveitados», in Ex-presso Economia, 26 de Janeiro 2008, p.388Ver artigos in Expresso, 29 de Dezembro de 2007, p. 40 e Expresso, 26 de Janeiro de 2008, p. 349Paulo Nordeste, «Espírito de Quinta» in Expresso Economia, 19 de Jan. 2008, p. 2810Id., ibid.

. Bolonha Um novo olhar...

Page 11: Nova ESTIG em 2008 BOLETIM/boletim41... · 2008-10-31 · no Clube de Campo Vila Galé em Albernoa. Mais uma vez, todos os participantes puderam redescobrir as emoções da condução

11

ESTIG

Aprender as técnicas de combate a incêndios em contexto real, foi o objectivo do exercício promovido pela coordenação do curso de Pós-Graduação - Técnico Superior em Higiene e Segurança no Trabalho em colaboração com os Comandos Operacionais da Autoridade Nacional da Protecção Civil dos Distritos de Beja e Évora e com os Bombeiros Voluntários de Viana do Alentejo. O exercício teve lugar no campo de treino de Viana do Alentejo e integrou vários tipos de acções:- explicação sobre o manuseamento dos diversos tipos de extintores a utilizar;- técnicas de combate a diversos tipos de obstáculo em combustão;- utilização de diversos agentes extintores.Todos os alunos do curso participaram de forma activa, tendo o exercício servido para enriquecer os conteúdos teóricos adquiridos nestas matérias.

. Curso de Pós Graduação - Higiene e Segurança no Trabalho Promoveu Exercício de Combate a Incêndios

Manuel David Masseno, Professor-Ajunto da ESTIG, é o único português a integrar o Comité Científico do XII Conngresso Ibero-Americano de Direito e Informática, a ter lugar em Saragoça, Espanha, no próximo mês de Maio. O evento é organizado pela FIADI - Federação Ibero-Americana de Associações de Direito e Informática, fundada em 1984, em Santo Domingo, República Dominicana, por ocasião do I Congresso Ibero-Americano de Informática Jurídica.

. XII Congresso Ibero-Americano de Direito e Informática Docente da ESTIG é o único português a integrar Comité Científico

Direcção da AEESTIG:Presidente: Carlos Eduardo do Carmo Mendes; Vice-Presidente: Luís Filipe Silvestre Gonçalves;Secretário: Luís Eduardo Aleixo Guerra;Tesoureira: Carina Isabel Neves Coelho; 1º Vogal: Nelson António Martins Saramago; 2º Vogal: João Carlos do Prado Tavanez; 3º Vogal: Tiago Jorge

. Associação de Estudantes da ESTIG Nova Direcção tomou Posse

. Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas Análise ao plano de estudos da licenciatura em Gestão de Empresas

A Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (CTOC) concluiu a análise ao plano de estudos da licenciatura em Gestão de Empresas – segundo o modelo do Processo de Bolonha em vigor desde 2006/2007 - e verificou a satisfação dos critérios académicos definidos para acesso à profissão de TOC. Com a confirmação deste reconheci-mento, estão garantidas as habilitações académicas para a inscrição como TOC por parte dos licenciados em gestão de Empresas da ESTIG.

Nos dias 22 e 29 de Setembro de 2007 o Coordenador Departamental Erasmus da Escola Superior de Tecno-logia e Gestão do Instituto Politécnico de Beja, Eng. Rui Isidoro, realizou uma visita preparatória Erasmus à Universidade Técnica de Ostrava, na República Checa.Com a realização desta visita de trabalho à Universidade de Ostrava foram alcançados os objectivos inicial-mente propostos:- Conhecer pessoalmente a Universidade de Ostrava e a Faculdade de Engenharia de Segurança, mais espe-cificamente os colegas com os quais nos relacionamos quer por correio, e-mail ou fax;- Partilhar experiências ao nível da gestão do programa Erasmus;- Recolher informações sobre as condições para envio/recepção de alunos/docentes;- Divulgar o IPB, a ESTIG e a licenciatura de Protecção Civil junto do parceiro europeu;- Conhecer as cidades de Ostrava e de Praga, as condições de acolhimento que oferece para alunos em mobilidade: habitação/alojamento, transportes, modo e custo de vida, etc.- Recolher informações relativas a outros possíveis parceiros Erasmus na área da Protecção Civil;- Estender o acordo existente a outras áreas de interesse às duas instituições.

. Visita preparatória ERASMUS Docente da ESTIG na Universidade Técnica de Ostrava

Lourenço Palma; 4º Vogal: Sara Isabel Ferreira da Silva; 5º Vogal: David Alexandre da Lança Guerreiro; 6º Vogal: Emanuel Filipe de Sousa Costa; 7º Vogal: Pedro Miguel Sebastião Braz Inácio;Mesa da Assembleia Geral:Presidente: César António Pereira Correia; 1º Secretário: Marta Sofia Dionísio Lucas Charneco; 2º

Secretário: Teresa Cláudia Santos Neves;Conselho Associativo e Fiscal:Presidente: João Carlos Bernardo Gonçalves; 1º Secretário: Carla Isabel Baptista Casaca; 2º Secretário: Rui Filipe Neto Algarvio; 3º Secretário: Rui Jorge Lourenço Alves; 4º Secretário: Fábio Miguel Martins Loução.

foto

: EST

IG

foto

: EST

IG

Page 12: Nova ESTIG em 2008 BOLETIM/boletim41... · 2008-10-31 · no Clube de Campo Vila Galé em Albernoa. Mais uma vez, todos os participantes puderam redescobrir as emoções da condução

Últim

as no

tícia

s. II Jornadas de Animação V Colóquio de Animação Sóciocultural da ESE/IPBeja - “Caminhos da Animação”

Vai decorrer na cidade de Beja, nos próximos dias 4 e 5 de Março, o V Colóquio de Animação Sóciocul-tural da Escola Superior de Educação de Beja, su-bordinado à temática “ Novos Desafios e Caminhos da Animação”.Este colóquio é organizado pelos alunos de 3º ano do Curso de Animação Sociocultural da Escola Su-perior de Educação de Beja e pretende constituir-se como um espaço de reflexão e de intercâmbio de experiências sobre diferentes âmbitos de inter-

venção da Animação Sóciocultural. Esta actividade será, também e naturalmente, um meio de divulgar a Animação enquanto instrumento de intervenção, junto de instituições que a ela podem recorrer para prosseguir actuações nos domínios da educação, da cultura, do desenvolvimento, do empreendedorismo, do turismo, da gestão e programação cultural e da acção social.O pré-programa do V Colóquio de Animação Sócio-cultural da Escola Superior de Educação de Beja, que está ainda a ser ultimado, prevê a realização de cinco painéis subordinados aos seguintes temas: Animação e Desenvolvimento Local; Animação e Património; Animação e Turismo; Animação e Em-preendedorismo; Animação e Associativismo; Ani-mação e Voluntariado; Novos Desafios e Caminhos da Animação e Animação e Formação de Públicos.

Em cada um destes painéis haverá intervenções de instituições e de individualidades que desenvolvem actuações nesses diferentes domínios da Animação. O Colóquio incluirá, ainda, mesas redondas e um conjunto diversificado de actividades de animação relacionadas com as temáticas em análise.Os interessados em participar nesta iniciativa podem efectuar a sua inscrição até ao próximo dia 29 de Fevereiro de 2008, através da entrega ou envio por correio de ficha de inscrição que pode ser solicitada na Escola Superior de Educação de Beja – Rua Pedro Soares 7800-295 Beja, pelo telefone 284 315 001, ou pelo e-mail [email protected].

Para qualquer esclarecimento adicional:Ruben Felicidade: 962787427Rui Faustino: 965038388Dra. Ana Lavado: 917357288

http://caminhosdanimacao5.googlepages.com

A partir da ideia de um novo espaço renovado e dinâmico, a exposição que aqui se apresenta é a primeira de seis que se irão realizar este ano na Sala de Exposições do Instituto Politécnico de Beja. Este conjunto de exposições que passam pela banda desenhada, ilustração, pintura, cinema de animação, paleontologia, etnografia, caricatura e fotografia, proporcionarão um novo foco de difusão cultural e científico oferecendo à comunidade do IPBeja e à comunidade da região em geral novas oportunidades de ver, conhecer e experimentar. Paulo Monteiro nasceu em Vila Nova de Gaia, cresceu em Alverca do Ribatejo e mudou-se para Beja há cer-ca de 15 anos. Quando veio para o Alentejo integrou a equipa do Museu Regional de Beja, criou o sector educativo e desenvolveu actividades que chegaram a

centenas de crianças em todo o Alentejo.Durante largos anos ilustrou livros de outros au-tores e os seus próprios, principalmente para a in-fância mas também para leitores adultos. A banda desenhada acompanha-o desde sempre, primeiro em criança como fervoroso leitor depois como autor, contador de histórias e fazedor de fanzines. Criou em Beja o Toupeira – Atelier de Banda Desenhada (que conta com cerca de 20 autores), a Bedeteca de Beja e o Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja que trouxeram toda uma nova imagem da BD para a cidade e para o país. Os seus trabalhos de contornos poéticos e intimistas confrontam o leitor com os seus próprios sentimen-tos. O mar, o campo abandonado, os corações inun-dados de amor e esperança mas também a guerra e

. Banda desenhada, ilustração e pintura de Paulo Monteiro Na Sala de Exposições do IPB entre 22 de Fevereiro e 16 de Março

a coragem de saber que chegou o fim. Homens apai-xonados e mulheres que os amam de volta, casos perdidos de amor impossível, cavalos sonhadores...O trabalho que Paulo Monteiro nos mostra nesta exposição acompanha o seu percurso artístico atra-vés dos anos e sobre vários suportes de expressão artística, no entanto todo o trabalho está ligado por uma sinceridade de sentimentos, característicos à sua obra. Publica as suas histórias regularmente em fanzines portugueses e galegos e mostra muitas vezes o seu trabalho ao público em exposições e festivais de banda desenhada. Prepara actualmente um livro de pequenas histórias de amor e de guerra e um outro maior sobre a história de um marinheiro apaixonado por uma mulher que não o consegue amar.

Ficha TécnicaPropriedade: Instituto Politécnico de Beja | Redacção: José Pedro Fernandes; Maria Cristina Palma; António Padeirinha; Luísa Castro e Brito; Susana Monteiro; Escolas; Serviços e Centro Vasco da Gama do IPB Design e Paginação: Marta Ferreira | Fotografia: João Domingos (arquivo fotográfico do IPB)

desi

gn: G

RE