Notícias de Israel - Ano 28 - Nº 12

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www.Beth-Shalom.com.br DEZEMBRO DE 2006 • Ano 28 • Nº 12 • R$ 3,50 BETH-SHALOM

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• Como Deus Faz História • Relatos do VIII Congresso • A Verdade Sobre a Palestina • O papa Pio XII teve cúmplices • As armas do Irã podem alcançar até a Europa

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É uma publicação mensal da ““OObbrraaMMiissssiioonnáárriiaa CChhaammaaddaa ddaa MMeeiiaa--NNooiittee”” comlicença da ““VVeerreeiinn ffüürr BBiibbeellssttuuddiiuumm iinn IIssrraaeell,,BBeetthh--SShhaalloomm”” (Associação Beth-Shalom paraEstudo Bíblico em Israel), da Suíça.

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EEddiiççõõeess IInntteerrnnaacciioonnaaiissA revista “Notícias de Israel” é publicadatambém em espanhol, inglês, alemão,holandês e francês.

As opiniões expressas nos artigos assinadossão de responsabilidade dos autores.

INPI nº 040614Registro nº 50 do Cartório Especial

OO oobbjjeettiivvoo ddaa AAssssoocciiaaççããoo BBeetthh--SShhaalloomm ppaarraaEEssttuuddoo BBííbblliiccoo eemm IIssrraaeell éé ddeessppeerrttaarr eeffoommeennttaarr eennttrree ooss ccrriissttããooss oo aammoorr ppeelloo EEssttaaddooddee IIssrraaeell ee ppeellooss jjuuddeeuuss.. Ela demonstra oamor de Jesus pelo Seu povo de maneiraprática, através da realização de projetossociais e de auxílio a Israel. Além disso,promove também CCoonnggrreessssooss ssoobbrree aa PPaallaavvrraaPPrrooffééttiiccaa eemm JJeerruussaalléémm e vviiaaggeennss, com aintenção de levar maior número possível deperegrinos cristãos a Israel, onde mantém aCasa de Hóspedes “Beth-Shalom” (no monteCarmelo, em Haifa).

ISRAELNotícias de

19

4 Prezados Amigos de Israel

HHOORRIIZZOONNTTEE

• O papa Pio XII teve cúmplices - 19• As armas do Irã podem alcançar

até a Europa - 20

índice5 Como Deus Faz História

8 Relatos do VIII Congresso

10 A Verdade Sobre a Palestina

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44 Notícias de Israel, dezembro de 2006

“Este será grande e será chamado Filhodo Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará otrono de Davi, seu pai; ele reinará parasempre sobre a casa de Jacó, e o seureinado não terá fim” (Lc 1.32-33).

O Natal, a festa do nascimento de Jesus, temalgo de misterioso e fascinante, que cativaprincipalmente as crianças. A história donascimento de Jesus mostra que, na época, até omundo celestial entrou em movimento. Gabriel,um dos mais elevados príncipes angelicais, estevediretamente envolvido nos acontecimentos.Primeiro ele foi enviado a Zacarias para anunciar onascimento de João Batista, que mais tardeprepararia o caminho para o ministério divino deJesus. Em seguida, Gabriel foi mandado a Mariapara comunicar-lhe o nascimento de Jesus, quandodisse as significativas palavras: “Este será grandee será chamado Filho do Altíssimo; Deus, oSenhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai;ele reinará para sempre sobre a casa deJacó, e o seu reinado não terá fim” (Lc 1.32-33). Essas palavras do anjo não apenas movemcorações infantis mas emocionam e surpreendema todos que se dispõem a ler a Bíblia seriamente.

As declarações do anjo Gabriel a Zacarias e aMaria fazem parte de uma cadeia de promessas deum Salvador, que tiveram seu início no Jardim doÉden quando o primeiro casal caiu em pecado. Jánesse momento tão remoto Deus prometeu avinda dAquele que iria acertar as contas com ocausador do pecado: “Porei inimizade entre tie a mulher, entre a tua descendência e oseu descendente. Este te ferirá a cabeça, etu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15). Acorrente de promessas continuou, passando porAbraão e Jacó, que no final de sua vida profetizousignificativamente a respeito de Judá: “O cetronão se arredará de Judá, nem o bastão deentre seus pés, até que venha Siló; e a eleobedecerão os povos” (Gn 49.10). Essaprevisão é uma clara confirmação de que Jesus é oMessias. Pois, após Seu nascimento, a Judéialentamente deixou de existir como poder políticoe acabou se chamando Palestina, quando o cetro eo bastão do poder se retiraram de Judá. Mas ondeficou, então, o cumprimento de um reino eterno?O anjo Gabriel não falou de um reinado que nãoteria fim?

O próprio Jesus profetizou a esse respeito:“Em verdade vos digo que não passará esta

geração sem que tudo isto aconteça” (Mt24.34). Muito já se discutiu se a expressão “estageração” significa uma geração ou um povo. Osdois significados são viáveis, e é um milagre diantedos nossos olhos ver o povo judeu ainda existindoapesar de tudo que passou no decorrer de suahistória conturbada. Como se não bastasse suasimples sobrevivência como nação, hoje temos umIsrael forte, um poder político que se estabeleceuna Terra Prometida. De fato, Deus vela sobre SuaPalavra, e no passar do tempo atestou que ela éverdadeira. Somente isso já é razão mais do quesuficiente para que nos alegremos no Natal! Bastapensar que Ele já cumpriu uma de Suas maisgrandiosas promessas! Essa fidelidade de Deus emcumprir o que promete pode ser experimentadapor todos nós, não apenas ao recebermos emnossa vida Aquele que veio para ser o Salvador detoda a humanidade, mas no nosso viver diário, nasnossas alegrias e tristezas. Ele é fiel e semprecumpre o que disse em Sua Palavra!

Unidos nAquele que faz o que promete, desejoum Feliz Natal a todos!

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1. Jesus deverianascer em BelémPor volta de 700 anos antes de

Cristo viveu o profeta judeu Mi-quéias, que predisse acerca do apa-recimento do Messias de Israel: “Etu, Belém-Efrata, pequena demais pa-ra figurar como grupo de milhares deJudá, de ti me sairá o que há de reinarem Israel, e cujas origens são desde ostempos antigos, desde os dias da eterni-dade” (Mq 5.2).

Aquele que tem origens eternas,e que age desde sempre, viria a nas-cer em um lugar pré-definido e es-pecífico, que era Belém, pequeno einsignificante lugarejo na Judéia.Caso a anunciação do nascimentodo Rei de Israel se referisse a Jeru-salém nada haveria de extraordiná-rio, uma vez que os reis normal-mente nascem na capital do reino.Porém, com muitos séculos de an-tecipação, um lugar sem represen-tatividade foi destacado entre os mi-lhares de Judá para ser o local donascimento do Rei que viria, o queera algo muito especial. Pratica-mente todo cidadão de Israel co-nhecia essa passagem das Escrituras

que afirmava que um dia o Messiasviria de Belém. Por isso, quandoHerodes perguntou onde nasceria orei dos judeus, os entendidos na Leipuderam lhe fornecer imediatamen-te o nome do lugar onde deverianascer o Prometido segundo as pro-fecias: “Então, convocando [Hero-des] todos os principais sacerdotes e es-cribas do povo, indagava deles onde oCristo deveria nascer. Em Belém daJudéia, responderam eles, porque as-sim está escrito por intermédio do pro-feta: [em Miquéias 5.2] E tu, Belém,terra de Judá, não és de modo algum amenor entre as principais de Judá;porque de ti sairáo Guia que há deapascentar a meupovo, Israel” (Mt2.4-6).

Entretanto,em relação a es-sa profecia haviaum problema, eeste não era pe-queno: Maria eJosé não viviamem Belém, masem Nazaré (Lc1.26), e aparen-

temente não planejavam se mudarpara Belém. Deus não enviou umanjo para lhes dizer: “Querido José,querida Maria, vocês não sabemque o Messias deve nascer em Be-lém? Vocês não sabem que a Pala-vra de Deus precisa se cumprir eSeu Filho não pode nascer em Na-zaré? Levantem! Ponham-se a ca-minho para que se cumpra a pala-vra do Senhor falada através doprofeta Miquéias!”

Não foi o que aconteceu. O im-perador César Augusto tomou umadecisão política em Roma, bem lon-ge de Israel e sem ter a mínima no-

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Quando Jesus nasceu, cumpriram-se literalmente inúme-ras profecias feitas séculos antes. O Antigo Testamen-to está repleto de indicações da primeira vinda de Cris-

to. Com o Seu nascimento, as promessas da Palavra de Deus sefizeram História. O mais admirável, entretanto, é a maneira comoDeus faz Sua Palavra tornar-se real e Suas profecias transforma-rem-se eventos históricos: muitas vezes Ele usa as atitudes pro-fanas das pessoas e as circunstâncias políticas da época paraconcretizar Seus planos. A Bíblia nos traz muitos exemplos nes-se sentido. Destacaremos três, salientando lugares relacionadoscom o nascimento e a infância de Jesus.

Belém.

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ção das profecias bíblicas – decre-tando um recenseamento do povo.Essa decisão política obrigou José,juntamente com Maria, que estavano final da gravidez, a irem até Be-lém para se registrarem no censopopulacional. Em Lucas 2.4 lemosque José era “da casa e família deDavi”. Portanto, era em Belém (a“cidade de Davi”) que ele tinha dese registrar. Chegando lá, Maria lo-go deu à luz ao Filho de Deus. É oque podemos chamar de “tempo deDeus”! O Senhor, em Sua onisciên-cia e onipotência, usou a políticasecular e um de seus líderes para fa-zer cumprir Suas profecias e paraconcretizar as previsões de Sua Pa-lavra.

2. Jesus viria do Egito

A Bíblia não apenas profetizaque Cristo nasceria em Belém mastambém diz que Ele viria do Egito.No oitavo século antes de Cristo,outro profeta anunciava em Israel arespeito do vindouro Messias:“Quando Israel era menino, eu o

amei; e do Egito chamei o meu filho”(Os 11.1). Os comentaristas judeusaplicavam essa profecia a Israel e aoMessias, o que se torna bem evi-dente conhecendo o contexto doNovo Testamento. Mas como elase cumpriu, como foi que Jesus,ainda menino, veio do Egito? Amaioria de nós conhece a históriada matança dos meninos judeus emBelém ordenada pelo infanticida reiHerodes, que via seu trono ameaça-do pelo nascimento de Jesus. A Bí-blia diz a esse respeito: “Tendo elespartido, eis que apareceu um anjo doSenhor a José, em sonho, e disse: Dis-põe-te, toma o menino e sua mãe, fogepara o Egito e permanece lá até que eute avise; porque Herodes há de procu-rar o menino para o matar. Dispondo-se ele, tomou de noite o menino e suamãe e partiu para o Egito; e lá ficouaté à morte de Herodes, para que secumprisse o que fora dito pelo Senhor,por intermédio do profeta [em Os11.1]: Do Egito chamei o meu Filho”(Mt 2.13-15).

Os planos cruéis, egoístas e as-sassinos de um político mundanoacabaram contribuindo para que a

Palavra se cumprisse. He-rodes pensava que aniqui-laria os planos divinos,mas sua maldade apenascontribuiu para que asprofecias se cumprissemliteralmente.

3. Jesus, o NazarenoSegundo minha conta-

gem, Jesus é chamado de“Nazareno” pelo menos18 vezes no Novo Testa-

mento. Ele era conhecido como“Jesus de Nazaré”, pois tinha vividoali por muitos anos. Quando mor-reu na cruz, sobre Sua cabeça esta-va afixada uma placa que dizia:“Este é Jesus de Nazaré, o Rei dos ju-deus”. O nome “Nazaré” origina-seda raiz hebraica “nezer”, que signi-fica “broto”, “renovo” ou “ramo”.O profeta Zacarias anunciou o se-guinte, 520 anos antes de Cristo,acerca do Messias de Israel: “E di-ze-lhe: Assim diz o Senhor dos Exérci-tos: Eis aqui o homem cujo nome é Re-novo; ele brotará do seu lugar e edifi-cará o templo do Senhor” (Zc 6.12).“Ouve, pois, Josué, sumo sacerdote, tue os teus companheiros que se assentamdiante de ti, porque são homens depresságio; eis que eu farei vir o meuservo, o Renovo” (Zc 3.8). Jeremiasproclamou o mesmo 80 anos antesde Zacarias: “Eis que vêm dias, diz oSenhor, em que levantarei a Davi umRenovo justo; e, rei que é, reinará, aagirá sabiamente, e executará o juízo ea justiça na terra” (Jr 23.5).

Quando Jesus veio, Ele foi o“Nazareno”, o “Renovo” do qualfalavam as profecias. Mas como Je-sus não apenas nasceu em Belémsem que seus pais residissem ali,veio do Egito por razões inacreditá-veis e ainda pode ser chamado deNazareno? Porque mais tarde Elemorou em Nazaré, confirmandouma vez mais as profecias, mostran-do que elas se cumprem por razõesàs vezes bastante profanas. Herodeshavia morrido, e José ainda viviacom Maria e o menino no Egitoquando, através de um anjo, rece-beu ordens de retornar à terra de Is-rael. Era óbvio que José desejava re-tornar à sua terra com sua família,mas quando ficou sabendo que Ar-quelau reinava no lugar de seu pai,ficou com medo. Arquelau era umdominador de triste fama e muitocruel, que os romanos suportarampor apenas dois anos e depois o de-

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A Bíblia não apenas profetizaque Cristo nasceria em Belém mas também diz queEle viria do Egito.

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puseram. Na realidade, quem deve-ria assumir o trono de Herodes naJudéia era outro de seus filhos, maspor um capricho pessoal, Herodesmudou seu testamento pouco antesde morrer e colocou Arquelau no

poder. Para não sesubmeter ao seu do-mínio, José foi viverna Galiléia, na cidadede Nazaré, que estavasubordinada a outrogovernante: “TendoHerodes morrido, eisque um anjo do Senhorapareceu em sonho aJosé, no Egito, e disse-lhe: Dispõe-te, toma omenino e sua mãe e vaipara a terra de Israel;porque já morreram osque atentavam contraa vida do menino. Dis-pôs-se ele, tomou o me-nino e sua mãe e regres-sou para a terra de Is-rael. Tendo, porém,ouvido que Arquelaureinava na Judéia emlugar de seu pai Hero-des, temeu ir para lá; e,por divina advertência

prevenido em sonho, retirou-se para asregiões da Galiléia. E foi habitar numacidade chamada Nazaré, para que secumprisse o que fora dito por intermé-dio dos profetas: Ele será chamado Na-zareno” (Mt 2.19-23).

Esses três exemplosmostram muito claramenteque nada nem ninguémpode impedir ou barrar osplanos de Deus. Não háfalha humana, manobrapolítica, crueldade, capri-cho ou força da naturezaque impossibilitem Deusde concretizar Seus propó-sitos. Nada impedirá queJesus volte cumprindoSuas promessas a Israel.Os acontecimentos proféti-cos, cujo desenrolar vemosem nossos dias, culmina-rão na volta de Cristo emostram que ela está seaproximando. Todos os fa-

tos que acontecem no mundo sãodirigidos por Deus de tal forma queacabarão servindo para que os Seusdesígnios se realizem e para que Je-sus venha a este mundo como o Reie Messias. Jesus voltará cumprindomuitas profecias que ainda não serealizaram, pois muitas delas dizemrespeito diretamente a Sua volta empoder e glória e à restauração de Is-rael, predita tantas vezes e por tantotempo! Israel já retornou à sua pró-pria terra depois de um longo tem-po de dispersão (Diáspora), quandohavia judeus espalhados pelo mun-do todo. Até o terrível Holocaustoacabou servindo à causa judaica,pois acelerou a fundação do Estadode Israel e permitiu que mais ju-deus voltassem à sua pátria. Quasetodas as nações votaram em favorde Israel nessa ocasião, pois esta-vam chocadas com o que haviaacontecido aos judeus durante a Se-gunda Guerra Mundial nas mãosdos nazistas. Apenas três anos de-pois do final da guerra, os judeus jápossuíam seu próprio Estado. Noentanto, a luta, atual e futura, dosinimigos contra Israel e contra Jeru-salém é predita nas profecias, e pre-cisa acontecer. A Bíblia fala de umaunidade mundial política, religiosae econômica que acabará se opondoa Israel. Hoje vemos que todos osesforços políticos acontecem emfunção desse desejo de globaliza-ção. A Palavra de Deus se cumpresempre. Alegremo-nos por isso!

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O nome “Nazaré” origina-se da raiz hebraica “nezer”, que significa “broto”, “renovo” ou “ramo”. Oprofeta Zacarias anunciou o seguinte, 520 anos antesde Cristo, acerca do Messias de Israel: “E dize-lhe: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é Renovo; ele brotará do seu lugar e edificará o templo do Senhor” (Zc 6.12).

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Legendas:1) Abertura do VIII Congresso.2) Congressistas na livraria.3) Ana Lúcia Abdalla ao teclado.4) Equipe da Chamada cuidando

da cobertura online.5) Dave Hunt sendo traduzido por

Eros Pasquini, Jr.6) Arno Froese autografando.7) Norbert Lieth autografando

seus livros.8) André Paganelli.9) Equipe da Chamada,

filmando o Congresso.10) Verbus, o Ônibus da Palavra.

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• Saí daqui motivado a me voltar so-mente à Palavra e pregar sua suficiência.(Roberto – São Vicente/SP)

• O Congresso foi um brado de alertapara os acontecimentos mundiais, princi-palmente no Oriente Médio e com Israel.(Palmyra – Rio de Janeiro/RJ)

• O Congresso foi de grande valia, poisaprendemos profundamente sobre assun-tos bíblicos que são fundamentais e rele-vantes para o cristão. (Edson e Darci – Va-lença/BA)

• Eu cheguei aqui apenas para passarum tempo de descanso, pois estava muitoestressada. Quando comecei a ouvir asmensagens senti quão egoísta eu estavame tornando. Agradeço, pois Deus mudouo rumo dos meus pensamentos e queroaprender mais sobre as profecias. (Mariada Guia – Jardinópolis/SP)

• O Congresso para mim é muito impor-tante, pois aprendo coisas novas e ficociente do que está acontecendo no mundo.

Fui muito edificada nesse Congresso. (Ivo-ne – Rio de Janeiro/RJ)

• Desde 2001 tenho vindo assiduamen-te e sempre volto bastante revitalizada...Sei que para mim foi uma grande bênção.(Zélia – Rio de Janeiro/RJ)

• A partir desse Congresso a minhamaneira de encarar este mundo, com suasnecessidades, dificuldades e incertezasnão é mais a mesma. Meus olhos agoraestão voltados para o alto. (Marisa – Presi-dente Prudente/SP)

• É a primeira vez que eu compareçoao Congresso e ele superou a minha ex-pectativa. Espiritualmente saio daqui forta-lecido, porque as profecias contidas na Bí-blia contam tudo o que aconteceu com ahumanidade, o que ainda vai acontecer e aestratégia divina envolvendo o povo israeli-ta. (Nilton – Rio de Janeiro/RJ)

• Estar no Congresso me ajuda a refle-tir e buscar uma vida de santificaçãoprogressiva, por

VIII Congresso InternacionalSobre a Palavra Profética

. : Poços de Caldas/MG - 18 a 21/10/2006 : .

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99Notícias de Israel, dezembro de 2006

isso pretendo participar de todos até o Arrebatamento.Maranata! (Maria Célia – Rio de Janeiro/RJ)

• Eu cheguei sem esperar grandes coisas, mas logona primeira noite Deus mudou meu pensamento. Passeia conhecer Deus de uma nova maneira, como o Criadorfiel e cuidadoso, pude reconhecer a verdadeira autorida-de de Deus. Foi um despertar para a vinda de Jesus.(Ricardo – Presidente Prudente/SP)

• O Congresso me despertou mais para oArrebatamento da Igreja e [a realidade daspromessas para] Israel. Não que eu tenhaesquecido disso, mas trabalhando no reinode Deus e sendo praticante da palavra enão só ouvinte, não dava muita importân-cia a esse tema. Vi que é necessário rea-vivar a esperança da volta de Jesus emmeu coração. (Ronan – Belo Horizon-te/MG)

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Legendas:1) Vista geral do auditório.2) Dave Hunt com congressistas.3) Norbert Lieth sendo traduzido por Ingo Haake.4) Arno Froese pregando.5) Reinhold Federolf.6) Norbert Lieth com congressistas.7) Congressistas em palestra de Arno Froese.8) Congressistas durante palestra.9) Grande interesse pelo material da Chamada.

10) Congressistas no refeitório.11) Norbert Lieth e Arno Froese ganham presentes.12) Crianças em atividade realizada pela APEC.

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Reserve em sua agenda as datas dos próximos Congressos:• Sudeste: 17/10 a 20/10/2007• Nordeste: 22/10 a 25/10/2007

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A alegação de que a “Palestina”pertence aos árabes (como insistemos muçulmanos) é uma cause célèbrepara todo o mundo árabe. Ela é de-fendida tenazmente, para beneficiarcertos árabes (tanto dentro comofora de Israel) que se autodenomi-nam “palestinos”. No que diz res-peito aos árabes, Israel não existe.Por exemplo, “Israel não é reconhe-cido como Estado soberano nos li-vros didáticos da Arábia Saudita, eseu nome não aparece em nenhummapa. Todos os mapas dos livrosescolares da Arábia Saudita [e deoutras nações muçulmanas] só tra-zem o nome Palestina... que é apre-sentada como uma nação muçul-mana ocupada por estrangeiros queprofanam seus lugares santos, espe-cialmente a mesquita de Al-Aqsa,em Jerusalém. A ocupação da Pa-lestina é apresentada como o pro-blema mais crucial dos árabes emuçulmanos, que deveriam unirsuas forças para obter a libertaçãototal da Palestina”.[1]

Cerca de quatro milhões de “pa-lestinos” estão registrados como re-fugiados na Agência de Obras Assis-tenciais das Nações Unidas Para osRefugiados Palestinos (UNRWA),dos quais 33 por cento vivem noscinqüenta e nove campos de refu-giados da UNRWA localizados naMargem Ocidental, na Faixa de Ga-za, na Jordânia, na Síria e no Líba-no. Eles afirmam ser filhos e netosdos palestinos que descendiam dos“palestinos originais”, os quais te-riam sido supostamente expulsos de

seus lares, negócios e fazendas pelosisraelitas na Guerra da Independên-cia, em 1948. Com o apoio da opi-nião pública mundial, da ONU, daUnião Européia (UE) e da maioriados líderes mundiais, eles exigemretornar à sua “Palestina” natal.

Na guerra de 1948, a Transjor-dânia (que a Grã-Bretanha tinhacriado em 1946, usando terras quea Declaração de Princípios de 1922da Liga das Nações reconhecia co-mo pertencentes aos judeus) tomouJerusalém Oriental. Algumas unida-des da Legião Árabe da Jordâniaque atacaram Jerusalém foram, naverdade, comandadas por oficiaisbritânicos. A Jordânia lançou umataque aéreo contra Israel antesmesmo que este se declarasse umEstado independente. A artilhariapesada e os bombardeios da Jordâ-nia foram demaispara os judeus quefaziam a defesa, poiseles não tinham arti-lharia nem aviões deguerra. Os judeusentregaram o bairrojudaico da CidadeVelha em 28 demaio de 1948, per-dendo seu preciosoMuro Ocidentalduas semanas depoisde se declararemuma nação indepen-dente. Os árabes ti-nham atacado a ci-dade com mais dedez mil granadas,

matando mil e duzentos civis e des-truindo mais de duas mil casas. Osmal-equipados israelenses consegui-ram, de alguma maneira, manterheroicamente Jerusalém Ocidental.

Os não-judeus geralmente cha-mam o Muro Ocidental de “Murodas Lamentações”, um termo rela-tivamente novo. Os israelitas, entre-tanto, insistem em usar a outra ex-pressão, e têm bons motivos paraisso. O analista político e militarZe’ev Schiff explicou, num artigopublicado no diário israelenseHa’aretz: “Qual é a extensão doMuro Ocidental? Será que ele serestringe à parede de apenas 58 me-tros que está voltada para o espaçotradicionalmente usado pelos ju-deus para suas orações, ou incluitoda a muralha ocidental de con-tenção do Monte do Templo? Os

A Palestina é apresentada como uma nação muçulmanaocupada por estrangeiros que profanam seus lugares

santos, especialmente a mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém.

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palestinos exigem que qualqueracordo diplomático adote a menorextensão, conhecida como ‘o Murodas Lamentações’. Israel insiste no‘Muro Ocidental’ [...] cujo compri-mento é de 485 metros”.

A Transjordânia (hoje conhecidacomo Jordânia), recebeu uma parteda “Palestina” cuja área é mais decinco vezes superior à fração final-mente entregue a Israel. Na ganân-cia por mais terras, suas legiões ára-bes tomaram a Margem Ocidental,enquanto o Egito se apossava daFaixa de Gaza. Todos os judeus fo-ram expulsos e suas propriedadesforam demolidas ou confiscadas.Esse é o procedimento padrão queos muçulmanos adotam sempre quepodem. Apesar disso, os árabes exi-gem, hipocritamente, que Jerusalémcontinue sendo uma cidade interna-cional, por temerem que Israel des-trua os lugares santos dos muçul-manos – algo que os judeus jamaisfizeram, mas que os muçulmanossempre fizeram com as propriedadesdos judeus. O mais inacreditável éque a ONU e os líderes mundiaistomam resoluções políticas com ba-se nas mentiras dos árabes e em to-tal desacordo com fatos históricosbem estabelecidos.

Em 1993, os Acordos de Oslodeixaram Nablus (antiga Siquém)sob jurisdição israelense. Ali estásituado o local tradicionalmente re-

conhecido como o túmulo de Jo-sé, um lugar precioso, não só pa-ra os israelenses e os judeus domundo inteiro, mas também paraos cristãos. Em 7 de outubro de2000, o então primeiro-ministroEhud Barak ordenou que as tro-pas israelenses saíssem de Nablus,confiando num compromisso assu-mido pelos palestinos de protege-rem aquele local. Em poucas ho-ras, podia-se ver uma coluna de fu-maça saindo do túmulo, enquantouma multidão alegre queimava li-vros de oração e outros objetos ju-daicos, festejando a retirada israe-lense. Munidos de picaretas e mar-retas, os palestinos começaram ademolir a construção de pedra.Dois dias depois, tratores limpa-vam a área.[2] A ONU e a UEnão disseram uma palavra a res-peito dessa profanação – mas es-tão sempre criticando Israel furio-samente por se defender.

Arautos da Paz?Depois que os integrantes das

Forças de Defesa Israelenses (IDF –Israel Defense Forces) evacuaramRamalá, em 3 de janeiro de 1996,Yasser Arafat, dirigindo-se à multi-dão de palestinos entusiasmados, doalto do antigo Quartel-General daIDF, declarou que Ramalá e Al-Bira“estão livres para sempre [...]. Hoje

começamos nossa cami-nhada em direção a um Es-tado palestino independen-te, tendo Jerusalém comosua capital!”.[3] Era issoque o “processo de paz”representava para Arafat, eainda representa paraMahmoud Abas (Abu Ma-zen), seu sucessor na presi-dência da Autoridade Pa-lestina (AP) e seu parceirode longa data no terroris-mo. Nada mudou, exceto o

fato de que a retórica será muitomais branda e enganadora.

Quando comparamos o modocomo a IDF tem saído de cada umadas posições de que abriu mão, deboa fé, após a assinatura de acordoscom seus “parceiros na paz”, com omodo como os palestinos têm rece-bido essas áreas, vemos desmoronartoda ilusão de que é possível alcan-çar uma paz verdadeira. Veja, porexemplo, o espetáculo que se obser-vou na transferência de Nablus paraas mãos da Autoridade Palestina(AP) de Arafat:

As imagens exibidas na televisãomostravam os soldados israelenses[em retirada] encolhidos em seus veí-culos, sendo apedrejados, cuspidos exingados... A multidão enfurecida,alegre e embriagada pelo poder,queimou bandeiras israelenses... Édifícil imaginar uma visão mais humi-lhante [para Israel]...

As cenas da evacuação de Nablusreforçam a impressão de que foi so-mente a pressão árabe [e não a boavontade de Israel]... que levou Israel ase retirar. Panfletos da Fatah [o grupoterrorista do próprio Arafat] distribuí-dos em Nablus saudavam a vitória pa-lestina sobre “o exército de ocupaçãonazista”, gabando-se de que o fogopalestino é que “tinha feito o solo ar-der sob os pés dos macacos e por-cos”. A conclusão óbvia é que o mes-mo fogo pode fazer Israel fugir do res-to da Palestina.[4]

A Margem Ocidental e a Faixade Gaza, que têm aparecido bastan-te nas notícias, estiveram em poderda Jordânia e do Egito por dezeno-ve anos, e foram usadas como pla-taformas de envio de terroristascontra Israel, até que este foi força-do – para sua própria proteção – aocupar essas áreas na Guerra dosSeis Dias, em 1967. Foram os ára-bes, e não Israel, que puseram os“refugiados” nos acampamentos eos mantiveram ali desde então – em

Judeu ortodoxo orando no Muro das Lamentações.

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vez de recebê-los em seu próprio“Estado Palestino” que, na opiniãodo mundo, só não existe por culpade Israel. O mesmo mundo quepermaneceu calado, como era pre-visível, quando a Jordânia e o Egitoconfinaram os “refugiados palesti-nos” nos acampamentos, e quenunca disse uma palavra sequer decondenação durante os dezenoveanos de ataques terroristas lançadoscontra Israel a partir dessas áreas,agora acusa Israel de “oprimir” es-sas pessoas e levanta um clamor pa-ra que Israel cesse sua “ocupaçãoilegal do território palestino”.

Apesar do óbvio caráter fingidoda Organização Para a Libertaçãoda Palestina (OLP), Israel continuaa ceder territórios, literalmente pre-parando o palco para sua própriadestruição, como previu o profetaEzequiel: “Não tivestes visões falsas[...] Visto que andam [os líderes] [...]enganando, sim, enganando o meu po-vo, dizendo: Paz, quando não há paz[...] os profetas de Israel que profetiza-ram a respeito de Jerusalém e para elatêm visões de paz, quando não há paz,diz o SENHOR Deus”.[5]

Israel Está Cometendo Suicídio?Numa entrevista coletiva, em 27

de dezembro de 2004, o presidenteda OLP, Mahmoud Abbas, enfati-zou “os direitos inalienáveis do po-vo palestino, principalmente o di-reito dos refugiados, de retornarema Israel e estabelecerem um Estadopalestino independente, tendo Jeru-salém como capital”.[6] É óbvioque tal nação jamais existiu. Por-tanto, como eles poderiam “voltar”para ela? Além disso, os árabesnunca sugeriram a criação dessepaís durante o período em que deti-veram o controle daquela área, de1948 a 1967. E por que não? Por-que o objetivo deles não é esse, e

sim a destruição de Is-rael.

Para a pequena na-ção de Israel – que temmenos de oito milhõesde cidadãos, sendo quemais de um milhão de-les são árabes muçul-manos que adorariamver o país destruído –permitir a entrada demais quatro milhões deárabes que juraram ani-quilá-la seria o mesmoque cometer um suicí-dio nacional. É isso queos árabes querem quan-do exigem o retorno de todos os“refugiados”. E é por isso que opresidente Bush expressou publica-mente sua opinião de que o únicodireito que esses “refugiados” têm éserem recebidos em seu próprio Es-tado palestino independente, for-mado dentro do atual território pa-lestino – que é justamente o propó-sito do seu mapa do caminho para apaz.

Embora os “palestinos” finjam es-tar interessados nas negociações me-diadas pelas potências ocidentais pa-ra fazer a “paz” em troca do compro-misso de Israel de entregar maisterras, seu objetivo final é tomar pos-se de todo o território de Israel. Estecontinua sendo seu firme propósito.Eles não poderiam aceitar menos doque isso sem renunciar ao Islã e aMaomé, seu profeta fundador.

A insistência obstinada nessa rei-vindicação ilegítima, e o apoio queela recebe do resto do mundo, noque diz respeito à criação de um“Estado palestino”, constituemuma rejeição indesculpável do clarotestemunho fornecido tanto pelahistória quanto pela Bíblia, além deser uma flagrante rebelião contra oDeus de Israel. Este crime tríplicecriou a crise do Oriente Médio queestamos enfrentando hoje. Não são

apenas os muçulmanos que estãodesafiando o Deus de Israel, mastambém os líderes políticos do Oci-dente. Porém, a paciência de Deusestá se esgotando – e isso é um pen-samento assustador.

As Intenções dos Árabes

Sob a alegação de que descen-dem dos “palestinos originais” queviviam na terra da “Palestina” antesque os israelitas, comandados porJosué, invadissem e conquistassemseu território, os refugiados árabesreivindicam a propriedade legítimade toda aquela terra. Eles insistemem dizer que os judeus estão ocu-pando ilegalmente a terra que lhespertence por herança e, portanto,têm que sair.

Ouve-se muito a queixa de que oobstáculo para a paz é a “ocupação”da Margem Ocidental e da Faixa deGaza pelos israelenses. Se isso é ver-dade, então por que a OrganizaçãoPara a Libertação da Palestina foicriada em 1964, quando Israel nãotinha nada a ver com esses territó-rios, pois eles ainda estavam inteira-mente sob o controle dos árabes? Oque eles queriam “libertar” quandoa Jordânia e o Egito tinham em seu

Numa entrevista coletiva, em 27 de dezembro de2004, o presidente da OLP, Mahmoud Abbas,

enfatizou “os direitos inalienáveis do povo palestino,principalmente o direito dos refugiados, de

retornarem a Israel e estabelecerem um Estado palestino independente, tendo Jerusalém

como capital”.

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poder os “palestinos”, a quem eles(e não os israelenses) puseram emcampos miseráveis nessas áreas? Porque a OLP e sua canalha de terro-ristas atacaram Israel a partir dessesterritórios e o Hizb’allah (Partido deAlá) atacou do Líbano? Só há umaresposta: essa conversa de criaçãode um Estado palestino é só umacortina de fumaça para encobrir averdadeira intenção de aniquilar Is-rael. Os “palestinos” são merospeões na mão dos árabes.

Os exércitos árabes que atacaramo recém-criado Estado de Israel, emmaio de 1948, foram vergonhosa-mente derrotados. Com relutância,eles assinaram acordos de “cessar-fogo” temporários (permitidos peloexemplo dado por Maomé em Hu-daybiya, em 628): o Egito, em 24 defevereiro de 1949; o Líbano, em 23de março; a Transjordânia, em 3 deabril; e a Síria, em 20 de julho. Asfronteiras de Israel demarcadas poresses acordos ficaram conhecidasdesde então como “Linha Verde”.

A vitória custou caro. As mortesde israelenses chegaram a 6.373(2.400 civis), cerca de 1 por centode toda a sua população (o que se-

ria comparável a uma perda deaproximadamente 3 milhões deamericanos hoje). As estimativasdas baixas entre os árabes variamentre 5.000 a 15.000 – cerca de1/40 de 1 por cento.

Em 11 de outubro de 1949, oMinistro das Relações Exteriores doEgito, Muhammad Saleh el-Din,declarou que “os árabes querem queeles [os refugiados] retornem comosenhores... Mais explicitamente: elespretendem aniquilar o Estado de Is-rael... Os árabes não se constrangemem dizer: ‘Não nos satisfaremos en-quanto não conseguirmos a aniqui-lação completa de Israel”’.[7] Nema Alemanha nazista pretendia “ani-quilar” totalmente a França ou a In-glaterra – mas é isso que os árabesquerem fazer com Israel. E o mun-do culpa Israel por não estar em pazcom esse tipo de inimigo!

“Palestina”?Já vimos que a terra para onde

Deus levou Abraão, há cerca dequatro mil anos – terra que Deusprometeu a ele e a seus herdeirosem aliança eterna, e na qual Abraão

e seus descendentes atravésde Isaque e Jacó viveram du-rante séculos, desde então –não era um lugar inexistentechamado “Palestina”, comoinsistem em afirmar aquelesque hoje se autodenominam,erroneamente, “palestinos”.Ela era a histórica terra deCanaã: “Dar-te-ei e à tua des-cendência [...] toda a terra deCanaã, em possessão perpétua, eserei o seu Deus”.[8] “Lembra-se perpetuamente da sua alian-ça, da palavra que empenhoupara mil gerações; da aliançaque fez com Abraão e do jura-mento que fez a Isaque; o qualconfirmou a Jacó por decreto e aIsrael, por aliança perpétua, di-

zendo: Dar-vos-ei a terra de Canaã[...]”.[9]

A antiga terra de Canaã e seushabitantes estão identificados de for-ma inequívoca, tanto na Bíbliaquanto nos registros arqueológicos.Canaã nunca foi prometida aos ára-bes, e eles nunca viveram ali, seja emque quantidade for, até os temposmodernos. Os primitivos habitantesde Canaã eram os queneus, os que-nezeus, os cadmoneus, os heteus, osferezeus, os refains, os amorreus, oscananeus, os girgaseus e os jebuseus– não os “palestinos”.[10] Quandoos israelitas retornaram depois dequatrocentos anos de escravidão noEgito (outro fato que os assinala co-mo herdeiros da promessa), eles exe-cutaram o juízo de Deus sobre umapopulação incrivelmente perversa,conquistando Canaã como Deus or-denou: “[...] Pela maldade destas ge-rações, é que o SENHOR as lança dediante de ti. Não é por causa da tuajustiça [...]”.[11] Canaã tornou-seIsrael e foi chamada assim por maisde mil e quinhentos anos.

Mas, hoje em dia, a maior partedo mundo, e até mesmo a maioriados israelitas, chama aquela terrade Palestina. Esse tem sido o seunome há séculos. Porém, se ela eraa terra de Israel, como e quandopassou a se chamar “Palestina”?

Por volta de 132 d.C., os roma-nos, que haviam dizimado Jerusa-lém no ano 70 de nossa era, come-çaram a reconstruí-la para o impe-rador Adriano, para ser uma cidadepagã dedicada a ele e a Júpiter. Elescomeçaram a construir um templodedicado a Júpiter sobre o Montedo Templo, no mesmo local ondeantes se localizavam os antigos tem-plos judaicos. Evidentemente, osjudeus se rebelaram, tentando im-pedir aquela profanação. A revoltafoi liderada por Simão Bar Kochba,que muitos naquela época acredita-vam ser o Messias.

Quando os israelitas retornaram depois de quatrocentos anos de escravidão no Egito(outro fato que os assinala como herdeirosda promessa), eles executaram o juízo deDeus sobre uma população incrivelmenteperversa, conquistando Canaã como Deusordenou: “[...] Pela maldade destas gera-ções, é que o SENHOR as lança de diante deti. Não é por causa da tua justiça [...]”.

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De início, a revolta foi extraordina-riamente bem sucedida. Porém, Ro-ma enviou mais legiões para lá e, nofinal, destruiu quase mil aldeias, ma-tou cerca de quinhentos mil judeus eescravizou outros milhares. Quando arebelião foi finalmente esmagada, em135 d.C., os conquistadores romanos,cheios de indignação, trocaram o no-me da terra de Israel para ProvínciaSíria-Palestina, homenageando os an-tigos inimigos de Israel, os filisteus.Daquela época em diante, todos osque viviam ali passaram a ser conheci-dos como “palestinos”.

Judeus, os “Palestinos”Quem eram as pessoas que vi-

viam na recém-nomeada Palestina eque, portanto, passaram a ser cha-madas de “palestinos”? Judeus, éclaro. Expulse-os de lá e eles voltampara a terra que Deus deu a seus an-cestrais. Naquela época, os árabesnem sequer sonhavam que a “Pales-tina” fosse sua terra. Essa ambiçãoainda demoraria quinhentos anospara aparecer, com o surgimento doIslã – e mesmo assim, eles ainda nãose chamavam de “palestinos”.

Na Segunda Guerra Mundial, aGrã-Bretanha tinha uma brigada devoluntários conhecida como “A Bri-gada Palestina”. Ela era compostaexclusivamente de judeus. Os árabesestavam lutando ao lado de Hitler.Além da destruição de Israel, Hitlerhavia prometido liberdade e inde-pendência a todos os Estados ára-bes, em troca de sua ajuda. UmaDivisão SS inteira era composta debósnios muçulmanos. Existia a Or-questra Sinfônica Palestina, uma or-questra judaica, e o Palestinian Post,um jornal judeu. Até 1950, os ára-bes não aceitavam ser chamados depalestinos e declaravam que, se talpovo existisse, ele seria o judeu.

Um líder árabe local afirmou,diante da Comissão Peel: “Não

existe um país chamado Palestina.‘Palestina’ é um termo que os Sio-nistas inventaram...”. O professorPhilip Hitti, historiador árabe, tes-temunhou diante de uma comissãode inquérito anglo-americana, em1946: “Não existe esse negócio dePalestina na história – absoluta-mente!”[12] Em 31 de maio de1956, Ahmed Shukairy declarou aoConselho de Segurança da ONU:“Todo mundo sabe que a Palestinanão é nada senão o Sul da Síria”.Oito anos depois, em 1964, Shu-kairy tornou-se o presidente funda-dor da Organização Para a Liberta-ção da Palestina e cunhou o lemainfame: “Empurraremos os judeuspara dentro do mar”. E ele nem se-quer era “palestino”! Assim comoArafat, Shukairy nasceu no Cairo.A Organização Para a Libertação daPalestina não foi fundada por pales-tinos, mas tem sido usada para tirarpartido desse povo maltratado, naguerra entre o Islã e Israel.

Desmascarando o Mitodos Árabes “Palestinos”

Os árabes “palestinos” de hojesão parentes próximos dos árabesque vivem nos países vizinhos – dosquais procede a maioria deles – ouseus ancestrais imediatos. Eles fazemuma série de alegações conflitantes,que por seu próprio contra-senso ne-gam sua legitimidade. Mesmo quetivesse existido um país chamadoPalestina, ocupado por palestinos, osárabes não seriam seus descenden-tes. Os árabes afirmam que são des-cendentes de Ismael, o primeiro fi-lho de Abraão, e que, portanto, são

os legítimos herdeiros da terra queDeus deu a Abraão. Eles realmentetêm muito sangue ismaelita corren-do em suas veias, mas não há umagenealogia direta que vá desde osárabes modernos até Ismael. Elessão um povo misturado.

Já vimos que Isaque foi o filho dapromessa. Mesmo que os árabes fos-sem 100 por cento ismaelitas, aindaassim eles não seriam descendentesdos habitantes originais da terra.Deus prometeu a terra a Abraão an-tes que Ismael nascesse, e ela já pos-suía muitos habitantes. Portanto, co-mo árabes descendentes de Ismael(nascidos de imigrantes, séculos de-pois da colonização de Canaã) pode-riam ser, ao mesmo tempo, descen-dentes dos “habitantes originais” daTerra Prometida? Impossível!

O próprio Ismael não era des-cendente dos antigos habitantes deCanaã. Seu pai, Abraão, era de Urdos Caldeus; e sua mãe, Agar, eraegípcia. Nenhum deles estava entreos “habitantes originais de Canaã”,nem tinha qualquer parentesco comeles, por mais remoto que fosse –e os descendentes de Ismael tam-bém não poderiam ter. Os “pales-tinos” de hoje estão espalhandouma mentira! Mas é uma mentiraque o mundo adora, e que usa comgrande alegria para atingir Israel.

Canaã já estava colonizada quan-do Abraão chegou ali, juntamentecom sua esposa Sara e sua escravaAgar. Com a idade de quatorze anos,

Os árabes estavam lutando ao lado de Hitler. Além dadestruição de Israel, Hitler havia prometido liberdadee independência a todos os Estados árabes, em troca

de sua ajuda. Uma Divisão SS inteira era compostade bósnios muçulmanos. Na foto: chapéu dos

muçulmanos pertencentes às SS.

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Ismael (e sua mãe), banidos por Sa-ra da casa de Abraão, deixaram He-brom e Canaã e, daí por diante, pas-saram a viver “no deserto de Pa-rã”.[13] Os descendentes de Ismaelnunca viveram em Canaã, mas seestabeleceram na Península Arábica.Somente depois do século VII denossa era, através das invasões da ji-had (guerra santa) islâmica, é queos árabes chegaram numa quantida-de significativa à terra de Israel, queera erroneamente chamada de Pa-lestina naquela época.

Como os descendentes de Is-mael, que nem sequer viviam na“Palestina”, podem afirmar que des-cendem dos “palestinos originais”?Isso é totalmente impossível. Obvia-mente, os árabes não poderiam serdescendentes dos primitivos habi-tantes de Canaã. Essas contradiçõesnão fornecem uma base sólida pa-ra as reivindicações dos atuais “pa-lestinos”. Apesar disso, o mundoaceita essas fantasias como base deum acordo que querem impingir aIsrael, cujo direito ancestral àquelaterra remonta a quatro mil anos!

Nenhum Parentesco com os Filisteus

Se a “Palestina” é tão importantepara os árabes, por que ela não émencionada nem uma única vez emseu livro sagrado, o Corão? A pala-vra é usada quatro vezes na Bí-blia,[14] mas nunca se refere nem àterra de Canaã nem a Israel. A pala-vra hebraica traduzida como Palesti-na é pelensheth. Ela se refere a umapequena região também conhecidacomo Filístia,[15] a terra dos pelis-htee, ou filisteus. A Filístia ocupavaa mesma região (embora fosse umpouco maior) que a atual Faixa deGaza, que recebeu esse nome porcausa da cidade filistéia de Gaza.Suas outras cidades eram Asdode,Gate (cidade de Golias), Gerar e

Ecrom. Esta é a verdadeira história,sobre a qual o Corão não sabe nada.

Os filisteus não eram um povosemita como os árabes. Eles tinhaminvadido Canaã pelo mar, vindos dooutro lado do Mediterrâneo, e ocu-param aquela área antes da chegadados israelitas. Eles não eram os “ha-bitantes originais da terra” (comoafirmam os atuais “palestinos” a res-peito de seus ancestrais), mas expul-saram certos cananeus, do mesmomodo como acabaram sendo expul-sos por Israel. Os árabes “palesti-nos” (semitas) que vivem ali atual-mente não podem alegar nenhumparentesco étnico, lingüístico ou his-tórico com os filisteus, nem apresen-tar qualquer outra justificativa parase autodenominarem palestinos.

Os que hoje afirmam ser palesti-nos são árabes por nascimento, lín-gua, religião islâmica e cultura. Seuspais e avós “palestinos” imigraramdos países árabes vizinhos, atraídospela prosperidade que estava sendogerada com o retorno dos judeus àsua antiga Terra Prometida. Namaioria dos casos, esse afluxo ocor-reu apenas alguns meses ou anosantes de Israel declarar sua indepen-dência. As Nações Unidas definiramo termo “palestino” como sendo to-do indivíduo que tivesse vivido alipor pelo menos dois anos. Mesmoessa definição tão ampla não foi se-guida à risca. É claro que a regra foigenerosamente aplicada aos árabes,mas não aos judeus, embora estestambém vivessem na “Palestina”.

E Quanto a Jerusalém?Jerusalém foi estabelecida como

capital de Israel pelo rei Davi, hátrês mil anos. Como já observamosanteriormente, ela não é menciona-da uma só vez no Corão. Mesmona época em que os impérios mu-çulmanos controlavam todo oOriente Médio, os árabes não da-

vam muita importância a Jerusa-lém. No final do século XIX, a po-pulação de Jerusalém era de cercade quarenta mil pessoas – em suamaioria, judeus. O restante eracomposto de cristãos de várias li-nhas e só alguns poucos árabes.

Também não há qualquer refe-rência a Jerusalém no Pacto Nacio-nal Palestino, de 1964. Quando osmuçulmanos começaram a insistirque a Margem Ocidental, a Faixade Gaza e a cidade de Jerusalém ti-nham sempre pertencido aos “pa-lestinos”, isso foi uma invenção no-va e uma reviravolta total.

Recentemente, escritores muçul-manos começaram a enaltecer Jeru-salém, afirmando que ela é “compa-rável em santidade” a Meca e Medi-na, ou até “nosso lugar maissagrado”.[16] Mas isso é outra in-vencionice e jamais um fato históri-co. A organização terrorista Hizb’al-lah (Partido de Alá), cujo quartel-general está localizado na Síria,exibe o Domo da Rocha em seu ma-terial de propaganda para inflamarseus seguidores contra Israel. Arafatdeclarou que “Al-Quds [Jerusalém]está no lugar mais profundo do nos-so coração, no coração do nosso po-vo e no de todos os árabes, muçul-manos e cristãos do mundo”.[17]Não é de surpreender que ele tenhadeixado de fora os judeus, paraquem Jerusalém significa mais doque para qualquer outro povo!

A OLP cita Jerusalém em suaconstituição de 1968 como “a sededa Organização Para a Libertação daPalestina”. Ela tentou implementaressa reivindicação fraudulenta esta-belecendo escritórios da AutoridadePalestina na venerável Casa doOriente de Jerusalém (violando osAcordos de Oslo), onde realizava ne-gócios e recebia delegados interna-cionais e ativistas da “paz”. Por fim,os israelenses ficaram fartos das ten-tativas da OLP de abrir precedentes

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para legitimar sua reivindicação deter Jerusalém como capital de umEstado palestino. Eles despejaram aOLP e ocuparam a Casa do Orientee outros escritórios da AP em Jerusa-lém, em 10 de agosto de 2001.[18]

Bem no início, Maomé fez a qi-blah (orientação da oração) dirigidaa Jerusalém, aparentemente paraatrair os judeus. Mas, quando a ma-nobra não deu resultado, ele tornoua fazer os muçulmanos orarem vira-dos na direção da Caaba, em Meca,como eles têm que fazer até hoje.Porém, nos oito primeiros anos, aCaaba em direção à qual os muçul-manos oravam estava cheia comcerca de trezentos e sessenta ídolos,dos quais o principal era Alá.

Portanto, o Corão não só nãomenciona Jerusalém como ainda,implicitamente, a rebaixa, pois ela éa qiblah errada: “Ainda que apre-sentes qualquer espécie de sinal an-te aqueles que receberam o Livro[i.e., judeus e cristãos], jamais ado-tarão tua quibla nem tu adotarás adeles; nem tampouco eles seguirãoa quibla de cada um mutuamente.Se te rendesses aos seus desejos,apesar do conhecimento que tensrecebido, contar-te-ias entre os iní-quos”.[19] Obviamente, os judeusnão têm quibla, a menos que seja le-vantar os olhos em direção ao céu,em oração, como fazia Jesus.[20]

Apesar disso, os palestinos exi-gem a volta de Jerusalém como suacapital. Dando sua ajuda para a pro-pagação do mito palestino, o reiFahd, da Arábia Saudita, conclamouos países muçulmanos a protegerem“a cidade santa [que] pertence a to-dos os muçulmanos do mun-do!”.[21] Na verdade, durante osmuitos séculos em que um regimemuçulmano rival ou outro controla-va Jerusalém, e mesmo estando oDomo da Rocha localizado ali, a ci-dade nunca teve nenhuma proemi-nência especial no Islã. A atual ten-

tativa dos muçulmanos de reivindi-car Jerusalém como uma cidade san-ta do Islã teria escandalizado os mu-çulmanos de séculos atrás. Esta ésimplesmente mais uma mentira emais uma manobra na campanha depropaganda para desalojar Israel.Seu extraordinário sucesso continua-rá até o dia em que os israelitas esti-verem tão desesperados a ponto declamarem a uma só voz pelo socorrodo Messias – e Ele virá salvá-los.

Um Emaranhado de Confusões

Existem muitos outros proble-mas com as alegações dos “palesti-nos”. É claro que, depois que osovos foram batidos para a omelete,não dá para “desbatê-los”, mas éexatamente isso que estão tentandofazer. Quem realizou a partilha daterra foi a ONU. Israel ficou con-tente com o que recebeu, embora,em alguns pontos, a faixa de terrafosse tão estreita que era quase in-defensável. Os judeus não atacaramos árabes; foram os árabes que, de-safiando as Nações Unidas, ataca-ram a nação de Israel – e com a in-tenção mais do que declarada deaniquilá-la completamente. Todosos territórios que os árabes perde-ram, da parcela que a ONU tinhadesignado para eles, foram tomadospor Israel numa ação defensiva con-tra um inimigo que o atacou tendoem mente o seu extermínio.

A revista Time chamou a aten-ção[22] para o fato de que, se osárabes tivessem aceitado a partilhada ONU, como fez Israel, em vezde atacarem, os “palestinos” esta-riam vivendo em sua própria naçãotodos esses anos. É óbvio que elesnunca tiveram a intenção de aceitarqualquer coexistência com Israel,como seus líderes não cansam derepetir. E agora, depois de cincoguerras fracassadas, eles exigem

aquilo que a ONU lhes tinha dadono início. Com certeza, Israel nãotem nenhuma obrigação de devol-ver aos árabes as fronteiras estabe-lecidas pela ONU, visto que eles asrejeitaram violentamente e as usa-ram para tentar aniquilar Israel. Is-so seria praticar um ato suicida pararecompensar uma agressão.

Seria um absurdo se Israel devol-vesse a seus agressores o territórioestratégico que tomou para garantirsua própria defesa. No entanto,num gesto absolutamente inédito nahistória das guerras, a vitoriosa na-ção de Israel devolveu cerca de 95por cento do território que tomaraem autodefesa – e os palestinos têmusado constantemente esse territó-rio para lançar ataques terroristascontra quem lhes têm feito bem.

Os Palestinos e o Terrorismo

Com os terroristas não há argu-mento. Eles só entendem a força.Sem sombra de dúvida, o maiorterrorista dos últimos anos foi Yas-ser Arafat, e não Osama Bin Laden.Nascido em 27 de agosto de 1929,seu verdadeiro nome era Abd al-Rahman Abd al-Rauf Arafat al-Qudwa al-Husseini, que ele abre-viou para omitir o revelador al-Hus-seini. Seu principal propósito eraocultar o parentesco com o primode seu avô, Haj Amin Mohammedal-Husseini, ao qual já nos referi-mos anteriormente e que foi no-meado Grão-Mufti de Jerusalémpelos britânicos, em 1921. Esse as-sassino de judeus, parceiro de Hi-tler (que lhe deu 500.000 dólarespara combater os aliados e os ju-deus), era um terrorista por convic-ção e foi “mentor e guia” de Ara-fat.[23] Arafat adotou o nome de“Yasser” em memória de Yasser al-Birah, “um líder do reino de terrorestabelecido pelo Grão-Mufti na

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década de 1930”.[24] Arafat come-teu seu primeiro assassinato aosvinte anos – matando um inocentepalestino, Rork Hamid.[25]

A Organização Para a Liberta-ção da Palestina foi fundada em1964, não na Palestina, mas noCairo, por Gamal Abdel Nasser,presidente do Egito,[26] suposta-mente para representar o “povo pa-lestino oprimido”. Yasser Arafat,que já chefiava o grupo terroristaFatah, tornou-se presidente daOLP em 1969. Sob a liderança deArafat, a OLP tornou-se a mais ricaorganização terrorista, com umarenda anual de mais de 1,2 bilhõesde dólares,[27] dos quais Arafat es-condeu bilhões em suas contas pes-soais na Suíça. Tornou-se tambéma mais perversa de que se tem regis-tro, estando envolvida em centenasde “atentados a bomba, tiroteios,ataques com foguetes e seqüestrosde aviões e de pessoas em vinte eseis países”. A maioria das vítimas emais de 90 por cento dos milharesde reféns não eram israelitas.[28]

Negociar com Arafat e a OLPera, e continua sendo, algo que nãofaz o menor sentido. Entretanto, Is-rael tem sido forçado a isso pelaopinião pública mundial. A CartaNacional Palestina da OLP deixabem claro quais são as suas metas.Essas pessoas não são extremistas,mas muçulmanos devotos, de modoque seus objetivos não são simples-mente os de sua organização, massim os de sua religião. A menos quea religião mude, não existe a menorpossibilidade desses objetivos seremalterados. No processo de negocia-ção da “paz” com Israel, eles po-dem “fingir” que mudaram – masisso, com certeza, não aconteceu.

Arafat dirigia os territórios dadosà OLP por Israel da mesma formaque a família real governa a ArábiaSaudita (e seu sucessor, Abu Ma-zen, fará o mesmo). Não há liberda-

de. Ninguém se atrevia a discordarou mesmo questionar Arafat e suaAutoridade Palestina (AP). As elei-ções são uma piada. A imprensa écontrolada. Um experiente jornalis-ta árabe escreveu certa vez que “to-do jornalista que quiser entrevistarum funcionário do alto escalão pa-lestino deve providenciar o seguinte:um caixão, um sepulcro para ele esua família, e um testamento prepa-rado com antecedência”.[29]

A verdade não significava nadapara Arafat ou para seus comparsasno crime, que inventam a “história”como lhes convém (como os comu-nistas sempre fizeram). Os dissiden-tes soviéticos tinham uma frase quese aplica muito bem aos palestinos:“A União Soviética é o único paíscom um passado imprevisível”. ACarta Nacional da OLP revela umainclinação pelo irracional. Mesmodiante do imenso volume de evi-dências históricas em contrário, elase atreve a dizer (e o mundo gostade acreditar nessas mentiras):

As alegações de que existem la-ços históricos ou religiosos dos ju-deus com a Palestina são incompatí-veis com os fatos históricos... Os ju-deus também não constituem umanação única com uma identidadeprópria; eles são cidadãos dos paí-ses a que pertencem.

O Sionismo é um movimento políti-co... racista e fanático por natureza,agressivo, expansionista e colonial emseus objetivos, e fascista em seus mé-todos. Israel é... uma ba-se geográfica do imperia-lismo mundial, estrategi-camente colocada nomeio da terra natal dosárabes para combater asesperanças de libertação,unidade e progresso danação árabe. Israel éuma ameaça constante àpaz no Oriente Médio eem todo o mundo.[30]

Isso é pior que o roto falando dorasgado e o sujo do mal lavado! Arafatmorreu em 11 de novembro de 2004.Os palestinos queriam enterrá-lo naMesquita de Al-Aqsa, no Monte doTemplo, o que Israel não permitiu, pa-ra evitar que, no futuro, seus inimigosviessem a usar isso para reivindicar di-reitos sobre o lugar mais sagrado de Is-rael. Como uma solução conciliatória,ele foi enterrado com grandes honrasem Ramalá, onde fica o quartel-generalda OLP, em meio a uma multidãoque, aos gritos, tentava tocar o caixão atodo custo. Porém, o corpo de Arafatfoi colocado num caixão de concreto,para que pudesse ser transferido paraAl-Aqsa quando Israel for finalmenteexpulso da terra. Quase imediatamen-te, vários líderes mundiais foram apre-sentar seus últimos cumprimentos notúmulo desse facínora. O primeiro-mi-nistro britânico, Tony Blair, fez isso nofinal de dezembro de 2004, postando-se de pé a uma distância respeitosa.Entre os que depositaram coroas notúmulo, estavam o ministro das Rela-ções Exteriores da Itália, Giancarlo Fi-ni, e o presidente do Banco Mundial,James Wolfensohn.[31]

Isso é “Paz”?Será que a ONU, a UE e os líde-

res mundiais, como Bush e Blair,não enxergam quais são as verdadei-ras intenções dos árabes? Isso pare-ce impossível, considerando-se onúmero de vezes que os árabes rei-

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1188 Notícias de Israel, dezembro de 2006

teram sua determinação de aniquilarIsrael completamente. Sua peculiardefinição de “paz” está explicadaclaramente na Carta da OLP:

Como a libertação da Palestinadestruirá a presença sionista e impe-rialista e contribuirá para o estabele-cimento da paz no Oriente Médio, opovo palestino espera o apoio de to-das as forças progressistas e pacífi-cas... em sua luta justa pela liberta-ção de sua pátria.[32]

Quando a AP assumiu o contro-le de Belém, pouco antes do Natalde 1995, Arafat foi de helicópteroaté lá e fez um discurso triunfante,diante de uma multidão eufórica dedezenas de milhares de pessoas:“Este é o lugar onde nasceu nossoSenhor, o Messias, o palestino, opalestino!” Seu discurso fazia pare-cer que Jesus era um militante pa-lestino que lutava pela liberdade,combatendo Israel. Apesar disso, opapa João Paulo II aceitou de bomgrado o convite de Arafat para ir aBelém celebrar com ele o “nosso Je-sus Cristo”. Nosso Jesus Cristo?

O “Jesus palestino” a quem elese referia (“Isa”, no Corão) não é oFilho de Deus que morreu em nos-so lugar pagando o preço do peca-do. Alguém morreu no lugar de Isa,que foi levado vivo para o céu eprecisa voltar para morrer umamorte natural. No entanto, a decla-ração falsa de Arafat não impediu opapa de abençoar a “luta dos pales-tinos pela liberdade”!

O Islã e seu Alá são notoriamenteconhecidos pelo ódio a Israel e a to-dos os judeus. Obviamente, Alá nãoé o Deus da Bíblia. O ciúme doentiodos descendentes de Ismael em rela-ção aos herdeiros de Isaque deixouuma nódoa nas páginas da históriaque nem Hitler conseguiu igualar.

A determinação dos nazistas emexterminar todos os judeus não eramenor do que a dos muçulmanos dehoje, que foram seus parceiros nesse

objetivo maquiavélico, durante a Se-gunda Guerra Mundial. Os nazistas,porém, não consideravam o extermí-nio dos judeus como um manda-mento divino. Hitler também nãoprometia um paraíso de sexo perpé-tuo com centenas de virgens aos quemorressem matando judeus (comoprometeu Maomé). Os nazistas sim-plesmente se dedicaram a essa tarefamacabra metodicamente, como al-guém que extermina baratas ou ra-tos de sua casa. Para os nazistas, erauma ciência. Para os muçulmanos,entretanto, o extermínio de judeus éum ritual religioso que agrada a Alá,é objeto de fervorosas orações nasmesquitas e oferece grandes recom-pensas aqui e no além.

Nada expõe tão claramente amentira de que os terroristas são ex-tremistas que mancham a reputaçãodo Islã quanto a forma honrosa co-mo os muçulmanos do mundo intei-ro tratam os assassinos de judeus.Amado por todo o mundo islâmico,o sheik Abdul Rahman Al Sudais,imã da Grande Mesquita de Meca, éum bom exemplo. Em 23 de outu-bro de 2005, ele foi eleito a “Perso-nalidade Islâmica do Ano”, no Du-bai International Holy Qur’an Awards(Prêmio Internacional do Corão Sa-grado de Dubai). Em seu discursode agradecimento, ele enalteceu oIslã, afirmando: “A mensagem do Is-lã e dos muçulmanos é... justiça...compaixão, harmonia e bondade”.

Porém, na Grande Mesquita deMeca, diante de 2 milhões de mu-çulmanos, Al Sudais pediu a Aláem oração que “exterminasse” osjudeus, e qualificou-os como “a es-cória da humanidade, os ratos domundo... porcos e macacos”. Seuapelo aos árabes e muçulmanos detodo o mundo para que “abando-nem as iniciativas de paz com Is-rael” foi transmitido ao mundo in-teiro pela Reuters e pela AssociatedPress. Ninguém (certamente, ne-

nhum muçulmano) disse que eleera um “extremista” que está man-chando a reputação do Islã. Ele foisaudado por todo o mundo islâmi-co como um líder que tem “umahistória honrosa a serviço do Islã edos muçulmanos”.[33]

A imagem torturante e apavo-rante de Daniel Pearl algemado ecom uma arma apontada para a ca-beça – um homem gentil, nascidoem Nova Jersey, Phi Beta Kappa deStanford, que estava para ser paipela primeira vez, que amava a vidae corria atrás da verdade no mundointeiro, como jornalista do The WallStreet Journal – é algo que não seconsegue esquecer. Os muçulma-nos que o capturaram fizeram umvídeo para mostrar sua obra aomundo. Ele parece quase relaxado,transmitindo boa vontade, enquan-to obedece à ordem recebida e con-fessa que é judeu. De repente, suagarganta é cortada, a cabeça é sepa-rada do corpo e exibida desafiado-ramente, levantada várias vezes. Eusou judeu. As palavras, ecoando pe-los corpos assassinados e mutiladosque se amontoam ao longo de mil etrezentos anos de história do Islã,parecem sair não apenas dos lábiosde Pearl, mas também de milhõesde outros. Lentamente, a verdadesurge: é isso que a “Palestina” re-presenta. Um grito de indignaçãoexplode na garganta de alguém –depois, só o silêncio. Ninguém estáouvindo. (extraído do livro O Diado Juízo, a ser lançado em breve)

Notas:1.Extraído do Depoimento de David A. Har-

ris, Diretor Executivo do Comitê JudeuAmericano, diante da Comissão de Orça-mento do Senado, Subcomissão de Traba-lho, Saúde, Assistência Social e Educação;Audiência sobre “Educação Palestina –Ensinando a Paz ou a Guerra?”, 30 de ou-tubro de 2003. Baseado numa análise de93 livros didáticos publicados pelo Ministé-rio da Educação da Arábia Saudita e emcirculação entre 1999 e 2002 [mostrando]desprezo pela civilização ocidental e pelosadeptos de outras religiões.

2.http://www.worldnetdaily.com/news/arti-cle.asp?ARTICLE–ID=31203.

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1199Notícias de Israel, dezembro de 2006

3.The Jerusalem Post International Edition,Fim de semana, 6 de janeiro de 1996, p. 3.

4.The Jerusalem Post International Edition,Fim de semana, 23 de dezembro de 1995,p. 10.

5.Ezequiel 13.6-16.6.http://www.ipc.gov.ps/ipc–new/english/de-

tails.asp?name=1707.7.Al-Misri, 11 de outubro de 1949.8.Gênesis 17.8.9.1 Crônicas 16.15-18.

10.Gênesis 15.19-21.11.Deuteronômio 9.4-5.12.Citado em: Eliyahu Tal, Whose Jerusalem?

(Tel Aviv: Fórum Internacional para umaJerusalém Unificada, 1994), p. 93.

13.Gênesis 21.21.14.Êxodo 15.14; Isaías 14.29, 31; Joel 3.4.15.Salmos 60.8; 87.4; 108.9.

16.Mufti da AP Ikrama Sabri, citado em: Kha-lid Amayreh, “Mufti of Palestine: Alqods isthe Sister of Mecca and Madina”, Associa-ção Islâmica para a Palestina, 6 de agostode 2000; Hasan Abu Ali, um adolescenteatirador de pedras, citado em: AssociatedPress, 30 de setembro de 2000.

17.The Jerusalem Post, 29 de agosto de2000.

18.www.pna.gov.ps/subject–details2.asp?-Docld+263.

19.Sura 2.145.20.João 17.1.21.Reuters, 12 de agosto de 2000.22.Time, 4 de abril de 1988.23.Benjamin Netanyahu, A Place Among the

Nations: Israel and the World (Nova York:Bantam Books, 1993), p. 188.

24.Ibid.25.Thomas Kierman, Yasir Arafat (Londres:

Sphere Books, 1976), p. 138.26.Jill Becker, The PLO: The Rise and Fall of

the Palestine Liberation Organization (No-va York: St. Martin’s, 1984), p. 14.

27.John Laffin, The PLO Connections (Lon-dres: Transworld, 1982), p. 18.

28.Ibid.29.“Arafat’s plan for democracy: Freedom

from the press”, Jerusalem Post Internatio-nal Edition, 3 de dezembro de 1993.

30.Carta da OLP, parágrafos 20, 22.31.http://www.mmorning.com/articleC.asp?Ar-

ticle=2036&CategoryID=6.32.Carta da OLP, parágrafo 22.33.http://www.worldnetdaily.com/news/printer-

friendly.asp?ARTICLE–ID=47041.

O papa Pio XII colaborou comos nazistas. Recentemente vierama público novas informações colo-cando em cena mais um papa nes-se negro capítulo da história daIgreja Católica. Trata-se do papaPaulo VI.

O papa Pio XII, líder da Igreja Ca-tólica durante a Segunda Guerra Mun-dial, colaborou com os nazistas, inclu-sive no que diz respeito à perseguiçãoaos judeus pelas tropas alemãs. Mas aIgreja Católica continua tentando en-cobrir as manobras escusas desse pon-tífice.

Recentemente o mundo ficou saben-do que o envolvimento católico nos cri-mes nazistas não se restringiu a PioXII, mas que Paulo VI também teve suaparticipação nos episódios. Paulo VInasceu em 1897 no Norte da Itáliacom o nome de Giovanni Montini eexerceu a função papal a partir de1963. Ele faleceu em 1978. A partirde 1922 Montini trabalhou na Secreta-ria de Estado, onde esteve até 1954,com exceção de um curto período deatividades na Nunciatura de Varsóvia(Polônia). Além do seu cargo oficial,

foi assessor-geral do movimentoestudantil católico italiano entre1925 e 1933, e nessa função re-lacionou-se com o regime fascis-ta. Hoje sabe-se que Montini,tanto durante como após a guer-ra, teve contato com criminososde guerra croatas e os ajudou aesconder bens roubados, inclusi-

ve tomados de judeus.Detalhes acerca do envolvimento

do papa Paulo VI vieram a públicoatravés do testemunho de um ex-oficialdo serviço secreto norte-americanochamado William Gowen diante deum tribunal nos Estados Unidos. Go-wen relatou que, durante a SegundaGuerra Mundial, tinha a incumbênciade espionar em Roma a liderança daUstasha, o movimento nacionalista-ca-tólico croata que colaborava com osnazistas. Depois da guerra, Ante Pave-lic, chefe da Ustasha, e outros nacio-nalistas croatas foram procurados co-mo criminosos de guerra, por teremperpetrado cruéis massacres de ju-deus, ucranianos, sérvios e ciganos,das etnias Roma e Sinti, e por teremestabelecido campos de concentraçãona Croácia, onde foram mortas maisde 100.000 pessoas.

Quando a guerra chegou ao fim,os líderes da Ustasha fugiram para Ro-ma. Com a ajuda do Vaticano, Pavelicconseguiu escapar para a Argentina.Afirma-se que nessa fuga ele levouconsigo uma parte do tesouro nacional

croata. Entre os que o ajudaram a fu-gir havia dignitários do alto escalãodo Vaticano. A Igreja Católica forne-ceu novos documentos de identificaçãoaos criminosos de guerra, providen-ciou esconderijos provisórios para elesna Europa e posteriormente ajudou-osa fugir para a América do Sul ou parao Oriente Médio. Dentre esses crimino-sos de guerra incluíam-se nomes co-nhecidos como Klaus Barbie, AdolfEichmann, Josef Mengele e FranzStangl. Este último praticou suas cruel-dades no campo de concentração deTreblinka e foi preso no Brasil.

Gowen fez as revelações diante deum tribunal federal em San Francisco(EUA), como testemunha da promoto-ria em um processo contra o Banco doVaticano, acusado de estar envolvidono roubo de bens pertencentes a ju-deus, sérvios e ciganos (Sinti e Roma)durante a Segunda Guerra Mundial.Os tesouros roubados incluíam ouro,obras de arte e jóias, que Pavelic teriacontrabandeado para Roma em dezcaminhões. Lá esses objetos valiososteriam sumido dentro dos cofres doBanco do Vaticano, e os líderes da Us-tasha teriam recebido como contrapar-tida dinheiro e outras formas de ajuda.

Gowen relatou que o serviço secre-to norte-americano conseguira desco-brir os locais onde se encontravam oscabeças da Ustasha. Na época, foi re-digido um documento atestando quePavelic se encontrava em um prédio

O papa Pio XII teve cúmplices

A Igreja Católica e o Holocausto

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2200 Notícias de Israel, dezembro de 2006

Horizonte

em Roma, locali-zado dentro daárea de sobera-nia nacional doVaticano, e queteria se encon-trado com Mon-tini, o futuro pa-pa Paulo VI. Go-wen descobriuque todos osmembros do Va-ticano que man-tinham qualquercontato com cri-minosos de

guerra eram obrigados a fornecer re-latórios a Montini, descrevendo os diá-logos mantidos com eles. O próprioMontini teria sabido de tudo, inclusivea respeito dos bens saqueados e es-condidos. Gowen também contou queMontini descobriu que estava sendoobservado e se queixou a seus supe-riores pela violação do status diplomá-tico do Vaticano. “Com isso, ele ape-nas queria desviar a atenção dos re-sultados da espionagem em curso”,afirmou Gowen.

Mais tarde, Montini tornou-se papa.Ele foi o primeiro pontífice a visitar Is-rael. Para o Estado judeu essa visita ofi-cial, em 1964, foi diplomaticamentemuito significativa. Mesmo assim, elacriou enormes tensões políticas e reli-giosas. O papa, que do seu ponto-de-vista dizia visitar a “Terra Santa” e quenão proferiu uma única vez as palavras“Estado de Israel”, foi recebido na Jor-dânia e em Israel com honras de chefede Estado. Apesar disso, recusou-se apisar em Jerusalém Ocidental, o que foiconsiderado uma afronta à soberaniado Estado de Israel. (Zwi Lidar)

Os crimes da Igreja Católicacontra os judeus durante os sécu-los são numerosos. Poderíamosenunciar di-versas razõespara essa pos-tura. Uma dasmais impor-tantes é a se-guinte: o cato-licismo é umadas maioresseitas, e por is-so não conse-

gue aceitar os judeus, que sãouma prova da veracidade da Bí-blia. É nesse ponto que as con-cepções bíblicas e católicas coli-dem. Trata-se também de umadas razões do anti-semitismo emnossos dias: Israel, a prova terre-na da verdade divina, é intolerá-vel para um mundo sem Deus. Éigualmente sob essa perspectivaque devemos entender a rejeiçãode Israel pelos povos. Por isso, étanto mais importante que todosos cristãos verdadeiros apóiem Is-rael e ajudem essa nação de di-versas maneiras – enquanto aindaestivermos aqui na terra e puder-mos fazê-lo. (Conno Malgo)

O papa Pio XII colaborou com os nazistas.

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As atenções estão voltadas paraas pesquisas nucleares iranianas.O mundo parece esquecer, porém,que mesmo as outras armas do Irãpodem atingir alvos europeus.

Há concordância geral de que, nomáximo até o ano 2008, o Irã seráuma potência nuclear, caso não acon-teça algo antes disso. Repetidamentetêm circulado boatos sobre um possívelataque israelense às instalações nu-cleares iranianas...

Diante dessas especulações, não sedeve esquecer, porém, que o Irã dis-põe atualmente de uma das mais bemequipadas e modernas Forças Arma-das do mundo. Os iranianos investi-ram enormes recursos em equipamen-tos para seu Exército e também suaForça Aérea não pode ser despreza-

da, apesar de já ter passado por diasmelhores. Além disso, a indústria ar-mamentista desse país islâmico radicalexerce um papel importante na moder-nização do seu arsenal.

Segundo fontes externas, o Irã dis-põe de 500.000 soldados em serviçoregular. Mais 350.000 reservistas po-dem ser convocados rapidamente. Aesses se acrescentam tropas de elite es-pecialmente treinadas, a Guarda Revo-lucionária, que dispõe de 120.000 ho-mens. O Exército iraniano possui1.700 tanques de diferentes tipos, e aForça Aérea do país tem mais de 700aviões a jato, apesar de alguns delesserem modelos antigos. De qualquermaneira, o Irã dispõe de 50 aviões decombate F-14 e 250 F-4. No início desetembro, o Irã até apresentou ao mun-

do um avião de fabricação própria. AMarinha tem três submarinos e algu-mas dezenas de navios de combate,parcialmente equipados com mísseismodernos de fabricação chinesa. Ou-tros mísseis foram fabricados pelo pró-prio Irã, utilizando tecnologia cedidapela China. Entre esses modelos estãoos CSS-8 (alcance de 150 km), SCUD-B(300 km), SCUD-C (500 km) e “Shi-bab” (cujo alcance, conforme o tipo,varia entre 1.300, 2.000 ou até mesmo6.000 km). O Irã está trabalhando con-tinuamente no melhoramento das ogi-vas desses mísseis, que podem alcançarfacilmente a Europa. (AN)

É um grande consolo saber quenada passa despercebido para oDeus de Israel. A situação noOriente Médio parece avançar ca-da vez mais para as condições emque o mundo estará disposto a sa-crificar Israel e a não defender oEstado judeu. Todos os especialis-tas concordam a respeito de umponto: quando o Irã tiver a bombaatômica, ele a usará contra Israel.(Conno Malgo)

As armas do Irã podemalcançar até a Europa

O perigo além das pesquisas nucleares iranianas

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