Notícias da REM - SciELO - Scientific Electronic Library Online · 2003-10-15 · ... a...

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73 REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 56(2), abr. jun. 2003 A guerra do aço continua, apesar da vitória obtida pelo Brasil, pela União Européia e por mais seis países contra as barreiras impostas pelos Estados Uni- dos a vários tipos de produtos siderúr- gicos. A Organização Mundial do Co- mércio (OMC) anunciou na sexta-feira da semana passada que as salvaguar- das adotadas no começo de 2002 pelo governo americano foram consideradas ilegais, isto é, contrárias às normas in- ternacionais. O governo americano ma- nifestou a intenção de recorrer – o que lhe permitirá, até a decisão final, manter a imposição de sobretaxas de até 30%. No mesmo dia, as autoridades ame- ricanas anunciaram a adoção, em caráter preliminar, de tarifas antidumping para a importação de cabos de aço provenien- tes do Brasil (119%), da Índia (103%), do México (77%), da Coréia do Sul (54%) e da Tailândia (12%).O governo de Wa- shington continua, portanto, disposto a atender ao lobby da superada indústria siderúrgica dos Estados Unidos, garan- tindo-lhe, a qualquer custo, proteção contra a concorrência de fabricantes mais modernos e mais competitivos. As am- bições eleitorais do presidente George W. Bush, prejudicadas pelo aumento do desemprego nos Estados Unidos, devem permanecer como um importante fator de orientação de sua política de comércio internacional. É pouco provável, a julgar pelos ar- gumentos que fundamentaram a decisão da OMC, que os Estados Unidos tenham sucesso em seu recurso contra a conde- nação. De acordo com a sentença, nem as importações haviam crescido como os americanos alegaram, nem ocorreu, no fluxo de comércio de aço, uma alteração repentina e inesperada. Além disso, os americanos foram incapazes de mostrar, na maioria dos casos, uma relação cau- sal entre as importações e as dificulda- des enfrentadas por sua indústria. Não houve como negar que os problemas da siderurgia americana são decorrentes, mesmo, de seu enfraquecimento diante de concorrentes que investiram e se modernizaram. O recurso, no entanto, servirá para prolongar a indevida proteção à indús- tria dos Estados Unidos, ainda que o País fique sujeito a retaliações comerciais para compensação das perdas impostas aos parceiros. As novas medidas, anunciadas na sexta-feira, são mais uma demonstração de como é perigoso, para o comércio mundial, o uso arbitrário de instrumen- tos antidumping. As normas em vigor deixam aos países grande poder de arbí- trio no uso dessas armas. Essa é a razão pela qual o Brasil e outros países defen- dem a adoção de regras mais estritas para as políticas antidumping. O Brasil tem defendido a modificação das normas tanto na discussão da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) quanto nas negociações da Rodada de Doha, no âmbito da OMC. Lobbies do setor privado americano, com apoio de con- gressistas, são contrários à criação de regras mais estritas, que reduzam o po- der de arbítrio do governo dos Estados Unidos. Esse tema será novamente dis- cutido, com certeza, no primeiro balanço geral da Rodada de Doha, na reunião ministerial marcada para setembro,em Cancun. Os americanos têm procurado, além de utilizar os meios de proteção já dispo- níveis, conseguir dos principais fabrican- tes de aço um compromisso de redução da oferta. O assunto está em debate na Organização para a Cooperação e o De- senvolvimento Econômico (OCDE). O Brasil tem interesse em que a ofer- ta seja reduzida pelo meio mais eficiente e mais justo, ou seja, a eliminação das indústrias que sobrevivem apenas gra- ças à proteção e a pesados subsídios. Não tem sentido, segundo o governo brasileiro, lançar o custo da redução da oferta sobre os produtores mais compe- titivos. Mas o Brasil também não pode aceitar um acordo que envolva restrições à sua política de financiamento, realiza- da exclusivamente, ou quase, por meio do Banco Nacional do Desenvolvimen- to Econômico e Social (BNDES). Qual- quer acordo desse tipo apenas benefici- aria os países que já dispõem de canais diversos de financiamento barato. É pou- co provável que se alcance em pouco tempo, nesse foro da OCDE, um acordo satisfatório para todos. Também nesse front, portanto, parece difícil a supera- ção dos conflitos em torno do comércio internacional do aço. *Publicado no jornal “O Estado de São Paulode 20/07/2003 na coluna “Notas e Informações”. A guerra do aço ainda vai durar* www.geologo.com.br O portal do Geólogo é um site independente não subordinados, política ou financeiramente a nenhuma associação, órgão, grupo ou empresa. Trata-se de um novo site (www.geologo.com.br), que tem por objetivo a renovação e a moderni- zação da Geologia e da Mineração do Brasil. Trata-se de um grupo de profissionais que contribuem para a elaboração do Geologo.com.br, com grande experiência e relevância nas várias áreas da geologia contemporânea do Brasil. Colabore! Notícias da REM

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73REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 56(2), abr. jun. 2003

A guerra do aço continua, apesarda vitória obtida pelo Brasil, pela UniãoEuropéia e por mais seis países contraas barreiras impostas pelos Estados Uni-dos a vários tipos de produtos siderúr-gicos. A Organização Mundial do Co-mércio (OMC) anunciou na sexta-feirada semana passada que as salvaguar-das adotadas no começo de 2002 pelogoverno americano foram consideradasilegais, isto é, contrárias às normas in-ternacionais. O governo americano ma-nifestou a intenção de recorrer – o quelhe permitirá, até a decisão final, mantera imposição de sobretaxas de até 30%.

No mesmo dia, as autoridades ame-ricanas anunciaram a adoção, em caráterpreliminar, de tarifas antidumping para aimportação de cabos de aço provenien-tes do Brasil (119%), da Índia (103%), doMéxico (77%), da Coréia do Sul (54%) eda Tailândia (12%).O governo de Wa-shington continua, portanto, disposto aatender ao lobby da superada indústriasiderúrgica dos Estados Unidos, garan-tindo-lhe, a qualquer custo, proteçãocontra a concorrência de fabricantes maismodernos e mais competitivos. As am-bições eleitorais do presidente GeorgeW. Bush, prejudicadas pelo aumento dodesemprego nos Estados Unidos, devempermanecer como um importante fator deorientação de sua política de comérciointernacional.

É pouco provável, a julgar pelos ar-gumentos que fundamentaram a decisãoda OMC, que os Estados Unidos tenhamsucesso em seu recurso contra a conde-nação. De acordo com a sentença, nem

as importações haviam crescido como osamericanos alegaram, nem ocorreu, nofluxo de comércio de aço, uma alteraçãorepentina e inesperada. Além disso, osamericanos foram incapazes de mostrar,na maioria dos casos, uma relação cau-sal entre as importações e as dificulda-des enfrentadas por sua indústria. Nãohouve como negar que os problemas dasiderurgia americana são decorrentes,mesmo, de seu enfraquecimento diantede concorrentes que investiram e semodernizaram.

O recurso, no entanto, servirá paraprolongar a indevida proteção à indús-tria dos Estados Unidos, ainda que o Paísfique sujeito a retaliações comerciais paracompensação das perdas impostas aosparceiros.

As novas medidas, anunciadas nasexta-feira, são mais uma demonstraçãode como é perigoso, para o comérciomundial, o uso arbitrário de instrumen-tos antidumping. As normas em vigordeixam aos países grande poder de arbí-trio no uso dessas armas. Essa é a razãopela qual o Brasil e outros países defen-dem a adoção de regras mais estritas paraas políticas antidumping. O Brasil temdefendido a modificação das normastanto na discussão da Área de LivreComércio das Américas (Alca) quantonas negociações da Rodada de Doha,no âmbito da OMC. Lobbies do setorprivado americano, com apoio de con-gressistas, são contrários à criação deregras mais estritas, que reduzam o po-der de arbítrio do governo dos EstadosUnidos. Esse tema será novamente dis-

cutido, com certeza, no primeiro balançogeral da Rodada de Doha, na reuniãoministerial marcada para setembro,emCancun.

Os americanos têm procurado, alémde utilizar os meios de proteção já dispo-níveis, conseguir dos principais fabrican-tes de aço um compromisso de reduçãoda oferta. O assunto está em debate naOrganização para a Cooperação e o De-senvolvimento Econômico (OCDE).

O Brasil tem interesse em que a ofer-ta seja reduzida pelo meio mais eficientee mais justo, ou seja, a eliminação dasindústrias que sobrevivem apenas gra-ças à proteção e a pesados subsídios.Não tem sentido, segundo o governobrasileiro, lançar o custo da redução daoferta sobre os produtores mais compe-titivos. Mas o Brasil também não podeaceitar um acordo que envolva restriçõesà sua política de financiamento, realiza-da exclusivamente, ou quase, por meiodo Banco Nacional do Desenvolvimen-to Econômico e Social (BNDES). Qual-quer acordo desse tipo apenas benefici-aria os países que já dispõem de canaisdiversos de financiamento barato. É pou-co provável que se alcance em poucotempo, nesse foro da OCDE, um acordosatisfatório para todos. Também nessefront, portanto, parece difícil a supera-ção dos conflitos em torno do comérciointernacional do aço.

*Publicado no jornal “O Estado de São Paulo”de 20/07/2003 na coluna “Notas e

Informações”.

A guerra do aço ainda vai durar*

www.geologo.com.brO portal do Geólogo é um site independente não subordinados, política ou financeiramente a nenhuma associação,

órgão, grupo ou empresa. Trata-se de um novo site (www.geologo.com.br), que tem por objetivo a renovação e a moderni-zação da Geologia e da Mineração do Brasil.

Trata-se de um grupo de profissionais que contribuem para a elaboração do Geologo.com.br, com grande experiênciae relevância nas várias áreas da geologia contemporânea do Brasil. Colabore!

Notícias da REM

REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 56(2), abr. jun. 200374

Brasil será representado na Argentina pelopresidente da Samarco

O presidente da Samarco, José Luciano Duarte Penido, foi o único executivobrasileiro a participar da 1ª Conferência Argentina de Responsabilidade Social Em-presária, que aconteceu em Tucumán, nos dias 7, 8 e 9 de julho. Ele foi convidadoespecial da Fundación Del Tucumán para apresentar um testemunho de responsabi-lidade social empresarial não apenas diante de centenas de empresários, acadêmi-cos, representantes de ONG’s, como também do Presidente da República da Argen-tina, Nestor Kirchner.

Penido, além da Samarco, representou também o presidente do Instituto Ethos,Oded Grajew, atualmente assessor especial do presidente Lula, e a Federação dasIndústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), entidade da qual é vice-presidentee ainda presidente do Instituto de Cidadania e Voluntariado Empresarial. “O convitefoi uma honra porque demonstrou o reconhecimento do compromisso e responsabi-lidade social que tem o Brasil, Minas Gerais e a Samarco”, comentou.

Segundo Penido, a intenção foi apresentar aos argentinos o princípio de ges-tão empresarial através do qual as empresas devem assumir total responsabilidadepor suas ações nas dimensões econômica, social e ambiental e oferecer exemplospráticos que ilustram esse conceito.

Entre outros objetivos, a Conferência visou a criar um espaço de trabalho eintegração do empresariado da Argentina, coordenar ações e esforços e aplicar aresponsabilidade social nas empresas como um novo modelo de gestão. Para isso,pretende difundir as melhores práticas do empresariado argentino que possam serreplicadas.

Usiminas Mecânicatransporta

equipamento giganteGuindaste fabricado em Ipatinga é a

peça com maior comprimento játransportada no Brasil

A Usiminas Mecânica, fabricante debens de capital (equipamentos e estru-turas metálicas), controlada pela Usimi-nas, iniciou o transporte da lança de umguindaste com de 68 toneladas, 50 me-tros de comprimento, 3,5 metros de lar-gura e 2,4 metros de altura. As partes doguindaste, fabricado pela Usiminas Me-cânica na unidade industrial de Ipatin-ga, serão levadas até o porto de PraiaMole, no Espírito Santo. A lança é a peçacom maior comprimento já transportadaentre estados em território brasileiro.

O transporte será realizado pelaempresa Transpesa Della Volpe que, soba supervisão da Usiminas Mecânica,desenvolveu todo o estudo de viabili-dade da tarefa. Serão utilizados um ca-valo mecânico com tração dupla, marcaScania, com potência de 450 HP, e semi-reboque de conjunto modular hidráulicocomposto de dois dollyes, tendo quatrolinhas de eixos com oito pneus por eixocada um.

O transporte será realizado so-mente em dias úteis, do amanhecer aopor do sol, e com velocidade máximade 30 km/h. O prazo de entrega estáestimado entre seis e oito dias. Havé-ra escolta da Polícia Rodoviária Fede-ral (PRF).

A Petrobras e seus sócios – BHPBilliton, Total e Amerada Hess - anun-ciaram hoje descoberta de petróleo emáguas ultraprofundas, no setor ameri-cano do Golfo do México, com a per-furação do poço exploratório nº 3, noprospecto de Chinook.

O resultado exploratório da des-coberta de Chinook é encorajador epassará por avaliações exploratóriasadicionais e estudos de desenvolvimen-tos da produção, para permitir umamelhor definição quanto ao tamanhoda reserva.

A perfuração no poço Chinooknº3, no bloco Walker Ridge 469, foiiniciada em 13 de janeiro de 2003, como navio sonda C.R. Luigs posicionadoem águas de 2.691metros, tendo al-cançado a profundidade final de, apro-ximadamente, 8.427 metros, encon-trando uma coluna de petróleo de 189metros, com 79 metros de espessura

Petrobras: descoberta no Golfo do MéxicoPetrobras anuncia descoberta no setor americano do golfo do México

1936 - 2003

Não esconda

seu trabalho.Publique-o na

REM.

67 anosdivulgando

ciência.

útil. O poço foi fechado temporaria-mente para o uso futuro.

A Petrobras detém 30% de parti-cipação no prospecto Chinook, en-quanto que a BHP Billiton (operadora)detém 40%; a Total e a Amerada Hessdetêm 15% de participação cada uma.

Chinook está localizado a aproxi-madamente 32 km ao sul da recentedescoberta de Cascade, operado tam-bém pela BHP Billiton, no qual a PE-TROBRAS detém 25% de participa-ção no poço descoberto, perfurado em2002.

A participação da PETROBRASnessas duas descobertas está emconformidade com o seu Plano Es-tratégico, representando importan-tes etapas na consolidação de umportfolio de exploração e produçãode alta qualidade em águas profun-das no Golfo de México.

75REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 56(2), abr. jun. 2003

A Petrobras assinou, em Nova Ior-que, contratos para viabilizar o financia-mento no valor de US$ 1 bilhão para im-plantação do Projeto Malhas - expansãodas malhas de gasodutos das RegiõesSudeste e Nordeste -, que ampliará a ca-pacidade de transporte de gás naturalno Nordeste, em 9 milhões de metroscúbicos/dia, nos próximos dois anos,podendo chegar a 14 milhões em 2012.Na Região Sudeste, a capacidade detransporte será ampliada em 13 milhõesde metros cúbicos/dia, nos próximosdois anos.

Inicialmente o Projeto Malhas foielaborado para atender à demanda dasusinas incluídas no Programa Prioritáriode Usinas Termelétricas – PPT. Hoje,entretanto, tem como principal objetivogarantir o suprimento da demanda dosetor industrial, além de estimular a mas-sificação do uso do gás natural, com oaproveitamento do combustível em pro-jetos de co-geração e geração distribuí-da, para processos de aquecimento e re-frigeração, nos segmentos residencial ecomercial.

Com esse projeto, a Petrobras tam-bém pretende incrementar o consumo degás natural no segmento automotivo,através da inserção do combustível nasfrotas de transporte coletivo urbano, emsubstituição ao óleo diesel, visando àmelhoria da qualidade do meio ambien-te, nos grandes centros urbanos.

A ampliação da rede de gasodutosSudeste e Nordeste é o primeiro de umasérie de projetos que prevê a inserçãomais intensa do gás natural na matrizenergética brasileira. A ampliação da ofer-ta do combustível estimulará, também, asua utilização como matéria-prima para aindústria petroquímica.

Projeto Malhas

Com financiamento de cerca de 40%do Japan Bank for International Coope-ration - JBIC (US$ 394 milhões), o Proje-to Malhas contará, ainda, com R$ 830milhões (aproximadamente US$ 256 mi-lhões) do BNDES, além de US$ 250 mi-lhões de um pool de bancos internacio-nais com garantia fornecida pela NipponExport and Investiment Insurance – NEXI- e de uma parcela de capital próprio detradings japonesas.

Para viabilizar o projeto, foram cons-tituídas duas empresas de propósito es-pecífico, a Nova Transportadora do Nor-deste S.A. (NTN) e a Nova Transporta-dora do Sudeste S.A - (NTS), cujo con-trole acionário é da Mitsui & Co (40%),Itochu Corporation e Mitsubishi Corpo-ration (30% cada uma).

A NTN e a NTS serão responsá-veis pela captação dos recursos finan-ceiros e pelos investimentos necessári-os à construção dos gasodutos e demais

instalações e a Petrobras arcará com acompra da capacidade de transporte.Estima-se que com a implantação do pro-jeto sejam gerados mais de 10 mil empre-gos diretos, durante a construção dosgasodutos, sendo superior a 70% o con-teúdo nacional do empreendimento.

Os investimentos na ampliação daMalha Sudeste concentram-se na cons-trução do Gasoduto Campinas – Japeri(RJ), com 442 km de extensão, que terácapacidade para transportar 8,7 milhõesde metros cúbicos/dia de gás natural. Oinício da construção desse gasodutoestá previsto para o segundo semestrede 2003, após a liberação do licenciamen-to ambiental pelo Ibama, e as obras de-vem estar concluídas em janeiro de 2005.O projeto prevê ainda a ampliação dosistema de compressão de gás da baciade Campos.

A ampliação da Malha Nordesteprevê a implantação de sete gasodutose ramais, com 962 km de extensão, a cons-trução de oito citygates e a instalaçãode duas estações de compressão naBahia, nos municípios de Candeias eCatu. Esse projeto vai possibilitar o aten-dimento à demanda de gás de natural jácontratada naquela região. As obras deampliação da Malha Nordeste deverãoter início também no segundo semestre,com término previsto para meados de2005.

Expansão das malhas de gasodutosPetrobras assina contratos para expansão das malhas de gasodutos sudeste e nordeste

REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 56(2), abr. jun. 200376

O Geólogo Aramis Pereira Gomes(há 30 anos na CPRM - Serviço Geológi-co do Brasil, ex-Presidente da CRM - CiaRiograndense de Mineração - a maiorprodutora de carvão do país) lança o li-vro CARVÃO DO BRASIL / TURFAAGRÍCOLA, livro inédito no Brasil so-bre nossa maior riqueza em energia ( cin-co vezes mais que as reservas de petró-leo ), tratando, em linguagem simples edidática, própria para público leigo, es-tudantes, professores, políticos, cientis-tas, etc. São feitos comparativos com asmatrizes energéticas de vários países, eé feita uma orientação de como ter aces-so em tempo real aos dados do WorldEnergy Council (geo-cientistas). Tambémsão relatadas curiosidades sobre carvão

Curso de legislação mineral emSão Paulo

O Instituto Brasileiro de Direito Minerário (IBDM), com apoio de Willi-am Freire & Advogados Associados, realiza nos dias 23 e 24 de outubro oCurso de Legislação Mineral, no Hotel Gran Mercure, em São Paulo. O cur-so, dirigido a advogados, geólogos, engenheiros de minas, funcionários eparceiros de empresas de mineração, tem programa básico de 14horas/aula.Inscrições até 30 de setembro.

Mais informações: 31 3261-9722 [email protected].

Áreas degradadasO 1º EBT- Encontro Brasileiro de

Tecnógeno deverá ser realizado em maiode 2004, na cidade de Ouro Preto.O even-to foi aprovado pela ABGE, ABEQUA eUFOP, que serão os patrocinadores. Oapoio de outras entidades é importante.Os interessados em ajudar, participar oudar sugestões podem entrar emcontato para maiores esclarecimentos.

Informações: Adriana

[email protected]

CURSO: MBA emmármores e granitos

Direcionado para profissionais de for-mação superior, técnicos e empresários, ocurso está sendo organizado pela UFRJ eCETEM, além do CETEMAG e RETEQRO-CHAS, com o objetivo de formar e difundirconhecimentos e fundamentos do setor derochas ornamentais, abrangendo a análise dacadeia produtiva e suas características ope-racionais. A iniciativa está alinhada à políticade desenvolvimento do setor mineral realiza-da pelo Governo do Estado, destacando-seque o Rio já é o terceiro exportador nacionalde rochas ornamentais em geral e o segundoem chapas polidas de mármores e granitos,gerando em torno de 17 mil empregos diretosem toda a cadeia produtiva. O MBA aconte-cerá simultaneamente em Cachoeiro do Ita-pemirim e informações podem ser obtidasem www.cetem.gov.br ou pelo end. eletrôni-co: [email protected].

Rio tem plano de ação para o setor produtivo de britaFoi lançado, na FIRJAN, o Plano

de Ação para o setor de brita e agrega-dos, que tem por objetivo o desenvol-vimento sustentável do setor produti-vo e o atendimento da demanda para aconstrução civil e obras públicas nosdezessete municípios da Região Me-tropolitana do Rio de Janeiro, que é osegundo consumidor brasileiro, com4,8 milhões de m3 de brita em 2002. En-quanto nos países industrializados oconsumo per capita de brita e areia éde 8 t/hab/ano, no Brasil esse índicenão passa de 2,3 t/hab/ano, demons-trando a carência de investimentos namelhoria da qualidade de vida da po-pulação. A cadeia produtiva da indús-

tria de brita na Região Metropolitana,que inclui também os segmentos de areia,concreto e artefatos de cimento, congre-ga cerca de 40 mil postos de trabalho,dos quais em torno de 1.200 no segmen-to produtor de brita. A perspectiva deinvestimentos pesados em infra-estrutu-ra e habitação nos próximos anos, queresultarão em significativo incremento daprodução de brita, areia, tijolos e con-creto, além dos demais materiais de cons-trução, requer ações institucionais degrande eficácia estruturadas em um Pla-no de Ação fundamentado em estratégi-as harmonicamente integradas. O Estu-do que serve de base ao Plano foi elabo-rado pelo Departamento de Geologia da

UFRJ e uma equipe de consultores as-sociados à ConDet, com recursos doFNDCT/CTMIn e apoio do Governo doEstado e entidades empresariais, inclu-indo a FIRJAN e SINDIBRITA. O pla-no prevê diversas ações, destacando-se a criação de um Fórum permanentede debates, reunindo governo e empre-sariado, que se encarregará de acom-panhar as medidas a serem adotadastanto do lado público como privado,incluindo aquelas relacionadas ao meioambiente e ao processo de ocupaçãodo espaço urbano.

Notícia veiculada no boletim in-formativo do DRM de 09/07/03.

e turfa no RS e SC, as térmicas a carvão,são apresentados os projetos em cons-trução, as causas do sabor e aroma dowhisky (defumação com turfa), suges-tões para maior utilização do carvão na-cional: energia em moeda nacional, fato-res de multiplicações econômicas no“hinterland”, trabalho e paz no campo(novos municípios). Também são comen-tados exemplos a serem seguidos peloBrasil, como, por exemplo, a produçãode energia a partir do carvão mineral emsistema pulverizado (mais barato) comgrandes cuidados ambientais (nada a vercom o passado em SC), trabalho feitopela Austrália (carvão de mesma origem:continente de Gondwana e idade -280 mi-lhões de anos).Preço: R$ 20,00 - Fone: 51 3334-2279

Geólogo lança livro

77REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 56(2), abr. jun. 2003

XII Simpósio de Geologiade Minas Gerais

XLII Semana de Estudos Geológicos - SICEGTemas Centrais: Geologia Regional e Ambiental

4 a 8 de novembro de 2003

Ouro Preto - UFOP

Informações e Inscrições:

ÉTICA Promoção de Eventos Ltda.

Rua Nossa Senhora do Brasil, 765

31130-090 - Belo Horizonte - MG

Fone: (31) 3444-4794 - Fax: (31) 3444-4329

E-mail: [email protected]

REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 56(2), abr. jun. 200378

Suprimentos de Base: CondiçãoEstratégica para o Crescimento*

Rinaldo Campos Soares������������������

O Brasil está atravessando um período de reformas e de conscientiza-ção centrado no megaobjetivo de reverter o longo período de estagnaçãoda economia, que já dura vinte anos. Há algumas semanas, o Ministério doPlanejamento emitiu um termo de referência, para discussão com o Conse-lho de Desenvolvimento Econômico e Social, onde, além de sinalizar que aspolíticas de crescimento, de inclusão social e de superação da vulnerabili-dade externa passam necessariamente pela elevação dos investimentos emcapacidade produtiva, evidenciou três aspectos , que acreditamos funda-mentais para a construção de um projeto nacional de desenvolvimento dopaís: a taxa de ocupação da capacidade de produção, a competitividadeglobal e o coeficiente de insumos importados.

Não há dúvida de que o Brasil conta com um conjunto de fatores favo-ráveis à expansão econômica, como o potencial da economia, as demandasreprimidas, tanto em infra-estrutura, quanto no suprimento de bens de ca-pital e de consumo; a atratividade mundial do país e as macroalianças con-tinentais.

Mas estamos travados por um conjunto de fatores desfavoráveis, comoa incapacidade de investimento do governo, sufocada pelo serviço da dívi-da pública; a vulnerabilidade externa; e as políticas monetárias e de crédi-to, que retiram da economia recursos que poderiam estar sendo canaliza-dos para o investimento e o consumo, a taxas de juros próximas das que sepraticam nos demais países emergentes.

Com um desempenho comparativo, considerando os últimos 20 anos,nem é justo classificarmos o Brasil como país emergente, que têm essadenominação por crescerem mais que a média mundial. A continuar cres-cendo a um ritmo inferior a média mundial, o Brasil poderá caracterizar-secomo submergente.

Evitar esse desastre é o maior desafio da nação atualmente. E é aí queentram os três aspectos que citamos no início. Dois deles são essenciaispara remover a vulnerabilidade externa: a sustentação de cadeias produti-vas globalmente competitivas e a redução dos coeficientes de importaçãode cadeias fortemente dependentes de suprimentos externos.

Em paralelo às reformas que o governo está encaminhando, é impres-cindível que se definam os gargalos nas cadeias básicas de suprimentos daeconomia, especialmente em siderurgia, celulose, química básica, refino depetróleo e petroquímica, com o objetivo de que possam corresponder ataxas de crescimento de, no mínimo, 4% ao ano, e suportem exportaçõesque resultem em saldos comerciais positivos de, no mínimo, US$ 20 bilhõesanuais, necessários para zerar nosso déficit em transações correntes.

No nosso entendimento, o estudo técnico de nossas cadeias produti-vas, a revelação de gargalos e a estimativa dos investimentos em cadasetor são os primeiros passos a serem dados. As reformas são muito impor-tantes, sem dúvida, mas não farão tudo o que é necessário. Os suprimentosde base constituem o outro lado estratégico da equação de crescimento daeconomia.

*Artigo publicado no Jornal Gazeta Mercantil, em 23.06.2003

CSTR$ 36,8 milhões em

projetos sociais e demeio ambiente

A CST investiu, no ano de 2002,R$ 36,8 milhões em programas educa-cionais internos e em projetos sociaise de meio ambiente. Comprometida comações de responsabilidade social e como desenvolvimento sustentável, a CSTpretende investir cerca de R$ 3,5 mi-lhões no exercício de 2003, somente emprojetos comunitários.

No âmbito social, a CST fechou oano de 2002 com 47 projetos em anda-mento, beneficiando diretamente 15 milpessoas. Entre as iniciativas, destaquepara “Escola Campeã”, um convênioassinado com o Instituto Ayrton Sen-na, que promove a melhoria do ensinofundamental da Serra (município ondeestá instalada a CST) e atende a 4,5 milcrianças com enfoque na alfabetizaçãoe na aceleração da aprendizagem.

Outro projeto que contou com oapoio da CST foi o Universidade paraTodos, curso pré-vestibular gratuito,desenvolvido desde 1996, pela inicia-tiva de ex-alunos da Universidade Fe-deral do Espírito Santo (Ufes) e com aparticipação da companhia. Cerca demil alunos são beneficiados a cada ano,com maiores chances de ingressar nafaculdade.

Em 2002, a CST ficou novamenteem primeiro lugar entre as empresasbrasileiras do setor industrial com mai-or nível de satisfação dos empregados,conforme levantamento da Hay do Bra-sil. Atualmente, todos os 3,6 mil em-pregados da companhia contam, no mí-nimo, com formação de ensino médio,cerca de um terço possui o nível supe-rior e, destes, 42% têm pós-graduação,além da companhia manter um progra-ma contínuo de treinamento e aperfei-çoamento profissional. Mais informa-ções poderão ser enocntradas no siteda empresa.

79REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 56(2), abr. jun. 2003

Abastecimento do Mercado e os preços do açoDirigentes do Instituto Brasileiro de

Siderurgia – IBS estiveram reunidos como Ministro do Desenvolvimento, Indús-tria e Comércio Exterior - MDIC, Luiz Fer-nando Furlan, em 11.03, em Brasília, paraapresentar análise detalhada das condi-ções de abastecimento do aço ao merca-do interno e da evolução dos fatores decusto, responsável pelo reajuste dospreços do aço.

Os representantes da siderurgiademonstraram, com números, que foi bemsucedido o esforço do setor de manter aindústria consumidora plenamente abas-tecida. Desse modo os problemas surgi-dos no final do ano passado, decorren-tes de previsões pessimistas de algunssetores consumidores quanto à deman-da daquele período, já foram quase to-talmente superados através do aumentoda oferta interna, em detrimento das ex-portações. O IBS ressaltou que o setorsiderúrgico dispõe de capacidade insta-lada de produção de 32 milhões de tone-

ladas de aço bruto enquanto a demandado mercado interno situa-se no entornode 18 milhões de toneladas.

Os reajustes ocorridos no aço, se-gundo os dados individuais de cadaempresa, resultaram em grande parte dosefeitos da variação cambial na cotaçãodos insumos importados bem como da-queles referidos a preços internacionais.Além disso, foram, em média, bastanteinferiores aos valores indicados pelossetores consumidores em recente cartaao MDIC.

Se a intenção fosse obter maior re-ceita com os preços de exportações, asempresas não redirecionariam sua ofertapara melhorar o abastecimento do mer-cado interno, já que isto significa, nascondições atuais, para alguns produtos,perda de receita de 50 a 100 dólares, emmédia, por tonelada comercializada.

Lembraram, ainda, os dirigentes doIBS, que a siderurgia mundial - Brasil in-

clusive - vinha acumulando prejuízos hávários anos e que o atual nível internaci-onal de preços já apresenta sinais dedecréscimo, comprovando o caráter cí-clico que caracteriza o mercado mundialde aço.

Por último, os diretores do IBS ma-nifestaram repúdio ao pleito de algunssegmentos consumidores de aço paraaplicação de tributação ou contingenci-amento das exportações do setor, poisrepresentam quebra de confiança e aban-dono das regras do mercado, que eles selembram de defender somente quandolhes convêm. Ressaltaram, a propósito,o aumento médio de 29,5% nas exporta-ções dos setores intensivos em aço nosegundo semestre de 2002, em compara-ção com o semestre imediatamente ante-rior, demonstrando, assim, que o aço nãoconstituiu restrição à competitividadedos referidos setores.

Fonte: Notícias do IBS

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