Notas preliminares sôbre a pesca marítima da região Centro Sul do Brasil. Santos - São Paulo.

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Relatório de consolidação dos dados de produção pesqueira marinha do Estado de São Paulo de 1959 a 1965 apresentado à "VII Reunião Nacional de Técnicos em Pesquisas sôbre a Pesca Marítima", realizada em 1966. É um documento histórico e raro que reporta um período único da história das pescarias no Brasil.O documento original está guardado no Instituto de Pesca de São Paulo (www.pesca.sp.gov.br).

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SANTOS

POR Alvaro da Silva Braga Getlio de Souza lieiva Shitiro Tanji Lino Loureno Vellini Manoal IUno de Moraes

DIRETOR

DO Dh"'P i.MENTO DA PRODUO AlTIMAL A:lT

Dr. Quineu Corra

..

Ao apresentarmos em Pe squ i ea a sbre PESCAEARTIlViADi\.

VIr Reunio NacionalSiTTOS,

de Tcnicos

a Po s ca IiSart .ma , as lijJOTA;3 PRELB1HJAHZS SBRE A

nI:GIlo

CI:;lITTRO SlJL ::DOBRASIL,

ESTADO DE SO

PAULO", fazemo-lo anlise profunda

an t e a .i mpos s i.b.iL'l dad o material e minuciosa ligacas e que ser objeto a produo,

de of'e tuar-mo s

uma on

de f'utur o trabalho densidade,

de as particu~aridades local e os pcc i e serao

osfro,

poca?

f'occ.Li zados par t .cu.Lar-Laadamon

to,da pe~

Afim de que tenhamos ca levada todos a efeito nos {:ltimoG ao

uma ic_ia da importncia

7 anos, cat a og'amo do 1.959 a 1 e965 sem Santos, destacando alguda comer-ci.a.l , r epr-oscn t am o objetivo opera no centro sul do Brasil. /

os dados

relativos

desembarque

mas espcies existncia da

que ~ pala. natureza frota pesqueira

que:

A s ar-d.nha que tom apresentado l timos anos alcanou em o mais alto

_SarLinella 2.urita, ndice

s endo uma espcie contribuindo nos

de captura,

apr-ox'i madamon o t

50% do peixe desembarcadode

em Santos,

/

1.965 a aI ta cifrade so Paulo,

74% do ps o 0.0 pes cado dos embar-cadsse produto de habitantes, a poo incom 12 milhes

do, o que representou pulago d.o Zstado

se tomarmos a distribuio

fimo consumo d.e 1.452 gramas do sardinha Essa esp~cie xo custo, pelas suas ap0sar

por habitante/ano. considerada se a de mais bai

de ser

que.I i.dad oe nutritivas

equv aLe s demai s , con

s i der-ad ae finas

e con aequcn t oment e , de mais a Lto v a.lo.r comercial. Quanto a frota pesqueiraJ numa faixa operando com ele 30/409

45 barcos

/

(traineiras) r-a por

com base om Santos,

ra.Lha s do larg.::.

200 milhas apr-ox.imadamcnt e de compr .nento ainda ligados a noites escuras,

u t L zando mtodos perodo (noc80-

de captura

sobrotu.o no

do :

1ua nov a , pela ti1ucios),

1urninescncia

ele cortos

protozorios

flagolados

quando agitad.os,

domonstra a falta imediata queJ

de parelhamentosJ

dernos utilizveis barco e melhor sinal

para melhoria explorao

do 2umento da produo a nosso

por

dos estquos

very no indicam

qualquor

de sobrecarga. Do que sumarizamos se dcpr-cende que, sendo a s2-reli-

nha um peixe

popular

9

deve ser

..ncr-omerrtada sua captura de sotres

e distribuide baixo

ao como contribuio poder aquisitivo.

alimenta~o

da populao

A proeluo cado pela frota do sensivolmente motivando estudosJ pesquoira a partir no de

elo gOGto (~~scion cntreposto~8

~etra~~) de Santos, a

desef:1ba~ tsm ca-

posca

1.959 quando atingiuliga,dos demorsalJ porta,

1.150 tonelaelasJ

em continuidade, Sendo espcie

a essa ospcie.

capturadaao longo

com rdes

de / /

arrasto

"f.r aul er-s" de parelha de so Paul.o , das parolhas

e de

de t oda a costa

do Estado tribuio

R.o do Janc .r-o e Par an , ressal tando a que alcana a quase totalidade

con-

da sua pesca.

2

A produo do gote alcana os mais a.L tos ndices se perodo com o estgio gonadal mais avanado. Os at~Uls (3~mbrid~~) de pe .xcs e afins, constituemUQ

/

no ver~o, ou seja, no primeiro trimestre de cada ano, coindidi~do s

grupo /

de granc"Le importncia para o Brasil, haja visto o conceito /

que goza dos consUblidorec principalmente uando industrializados. Ocorre om abundanc

a nas costas do norte e no.r dest e, podendo se tor-

nar base para o d os orrvo.Lv i.mcnt (leind.strias Lo ca i s ele8.1to signifi o cado econmico, pois a estimativa d' :pusaa cio1.962 foi orada em 70.000 no Atlntico, /

. tribuindo

tonoladas num v a'l r de 26,,6000000 c

dlares 9 con

provavolmente as costas do Brasil com 20% desses totais. Os at uns c af i.nspr ec i sazis cr oquac onado s pelo po

temcial cconomico que renresentam no dstria o da economia da regio norte

desenvolvimento da pesca, da inG

norQeste do Brasil. aztoous)e (ponaeus brasili-

Os camares rosa (Pc~~~~ Di tti) representando 91v

ensis), seto barbas (Xiphopencus kroyeri) o legtimo (penaeus sebiOEl

pso QO pescado dcscmbercado em Santos, e Considerando-se /

35% do valor total, podem sor estimados como um dos recursos pesqueiros mais valiosos elaregio Centro Sul cioBrasil. as possibilidades de exportao, um dos investimentos pesqueiros / elemaiores possibilidades, para av~ento da mdia(o

dsde quo adotado aparlhamento

adequado

75 quilos

por lance de 4/5 horas obtida /

nos ltimos anos. Ao que tudo indica os ostqu6s ainda continuam subexplorados, podendo-se au.mentar em muito as capturas som projuizo da densidade.

o

carnar ao sete bar bas , tendo seu habi tat nas aguas /

costeiras do fundo lodoso ou misto do areia, se distribue dGsde

o

Atlntico norte ato o sul de Santa Catarina1 dosaparecendo em seguida Aposar deSaI'

considorvel o estque desta espcie,

a pesca se realiza em rea relativamente pequona, 20 milhas da bca da baa do Santos, om profundidades menores de 30 metros. TGndo diminui do sensivelmente a sua produo dosombar cada, tanto quantitativamente por barco como por lance, observaes feite,s1 sugerem que a manuteno da frota na tre,dicional rea de -"Des ca se manteve a custa do aum onto do preo por quilo. A posca do camarao soto barbas precisa scr'oxt end i da a outras rG~Selolitoral, afim de que os estques atualmente oxplorados no venham sofrer sobrepesca. No qUG di z respeito.:;,o camarao legtimo (P~schimitti)0

nao o uma espcie abundante em nosso litoral,

as maiores capturas

osto sompre ligadas ao segundo semostre do anoo

3

ora, riao 'tem sido do estudado

camar-ao I Gg t Lmo, por sor ateno, a

ox.gua

a sua

captusem

ob j ct o de p::1TticvJ.ar

c s t.ando no entanto pesqueira.

paz-a c.sc l ar-oc men tos A chanac.a

ligr,dos

sua biologia,

"ma s tur-a'",

conc t t u i da do peixes

do

I

pequeno tamanho

e ccns .dcr-ada

do qu i.l Ldad e j.nfoTioT,:;JOtl3T

r-cpr os crrt a mni-

mo v a l or coracr-c i aL, no ont ant o para a indstria,

v-ir

2.

r-opros crrte.r ma t er a a pr Lma nossas

mo t i.vo por que t cmocm a f'rvz orno pr es ~.nte nas s

estz..tsticas. A pcsca~.a.f'oguo t e (~_c.cr1icropof;2~ .furnimj.l so capturadas eAS, o .

e corv-ipelos

jm1tas,

principalmente

mOCLlao

arean sul

do ma. o:r abundanc ia dessas de

duas especl Sul /

es en con't r-am=ao no litoral

San t a Cabr.r-Lna o aio Cr ando do gr ando , estrangeiros, de que

onde operam os i!traVTIGj~sit de parelha.---...

com

apenas

6 barcosem ~reas

captUl'2.m na i s que o clro da produo

60 "travrlers';pau~ estao

de parelha lista

mdi a ncc

ona i s , que o pcr c.m mr.i s prximos densidade. Os ":Jarcos citados no pr8scnt0s ogu.nt csj

do litoral, rr-latorio

te baixade acor-do

/

c Laas..f

ccdoe

com o t ame.nho, nas at Kodios Gr:;,ndes OsbO.l'COS

Cl:'Ilogorie.sg

10 motr-o s

de 10 a 20 notros, do 20 metros so,rdinl18iros para oais. enquadr am+so na categoLgue.L dcnom.nao di:

ria

do mdios

c r-ecebem o nome usac as nestes

d.o tTainoir3.8. barcoso

da t embm s rdes p\.ra cercar

'I'r-a't arn=ae de relGs prprias ~ estes

car durnoa em a.I to ma.r quando Os dados Gsto

" af'Lor am a super f i c. e ,

dds t r bu'i dos por 60 milhas

blocos

de

um /

gl'au de le.do

( J:'etn'ulosP()SC~l

de apr-oz. madamont.e ano para

quadradas),

por apar aLho s do

c por

cada uma das

principais

espci os /

do po .x es e cr-us t ooos que sao a.pr-ox'i madaraent o em nmero de vinte. (Figura1 anexa).

Fic~m aqui tos aos ar-mador-os o pcs ccuor-cs ao nosso de mc.terial Servio pare

consigninados pela

os

nossos

agradecime~ que tm /

de Santos

colaborao sore

pr~stGdo cimonto

at~3Wsde Gstuelos.

informaos ICualmente

a pesca

e forne

somos gratos suas

aos senhoexperiGnci

r os t cn .co s da, F:P.Oque aquilS,

pcrmancc cram e que pelas

limito

contriburam

par-a

o doo envo Iv i ment.o dos nossos

trabalhos.

,-, .-... sbre o frota2.

Assim, pee c s, martima

a apr-es ent a o das "Not e.s pr-o'l i mi.ncr-es contra sul do Br as

da regio

L'", como aontribuiquo as pesquicientfico alta

ao conhoc .monto da orgc.niz8.::1o do con tr-o Le da pr o du.o da nossa pe squc i r-a , s crrt mo+nos Gc.tisfei tos nos ltimos

em demonstrar um acrvo

sas mantidas

7

c.nos rcprosontam

mente s ign.i f ca t v o par c o Brasil.

SARTIINHA A sardinha verdadoira (Sardinella aurita)9 e uma,

espcie qUE; polo volume d.ecaptura assume UDa importncia muito grancio para a industria da posca, no s no Estado de so Paul09 como p~

1'a todo' a regiao ao longo da costa centro-sul do Brasil. que desembarcado em maior quantidade om Santos. do ~

:f;

o peixe

Nos anos de 1.963

e 64 a sardinha chegou a c tingir uma ;llGc1..ia de 50% do peixe desGmbarc~ A produo foi do 10.586 tcne12.das em 1,9639 9.054 toneladas em 1.9649 e ,z;m .965 ossa produo foi quasi o dbro atingindo o total 1 de 17.427 toneladas apenas em Santos. sardinha desembarcada tambm~ "',-...J

Em Ubatuba e so Sebastio

a

Til

crande ~uantidad.eo,.

Constitui esso peixe uma excelente fonte de protOlnas e acessivel as populaozos de peQuano recurso economico. Atualmente 45 bO,rcos com base em Santos operam / em uma rea relati vamorrt o pcquona ,2,0

longo de uma faixa litornea /

de umas 30 ou 40 mi.Lhc.e largura por uma s 200 milhas de comprimende to. Os mtodos de captuYa ainda sao atrazados, por isso a pr-odu ao por bar-co pescada apenasumaN'

ainda c z-e.l at .vament e ra!:::t:.

A sardinha e

,

em noites escuras, sobretudo no perOdO da lua nova, vistos quando af Ior-am -:.t:cavs Lumi.neuc da onc a que emi ten certos protozori

vez que, no escuro os car-dumos po dcm seri c .o ,

euper-fnhacao

os flagolad.os (noc t Luc i os }, ao sorem agi t ado a , A captura de sardi-

6

foita por traineiras

(Vieira, 1.945)1+. d.osestoques que

ord:Ltamos QUEl as possibilidadesdados coletadosLa.t v

muito ma.i ores :do que os indicas de c ap t ur-c.s tuo.Ls urna vez a ,

durante 8 anos, referentes ao ndice de densidade r~

a e estrutura de ostQue, no sugor em qualquer s no.L do sobreA produo de sardinha oscila muito durante as

pElsca. v2.rias opacas do ano.'I'a..s flutuaes vorificao.-se om d.ecorrncia /

da disponibilidade do peixe no mar par::1 capturas superficie. as Flutuaes tambm con s.d or-vo. e, ocorrem 2.8 vozes de um ano para outro ~ Nos ltimos anos dante nas 2.reas localizadas1

sardinha tem sido mais abunem

entro o meridiano 46 o 47 U, do que

anos an t eri.or-cs Rarc.montc os barcos vo alm da regio de so Sebas , tio.

A sardinha desembarcada

em Santos constituontro

da em sua maioria, pelas class~s do comprimento compreendidas

1+

~ Vicira, BoBorgos, at al, io945.

Anurio da Pesca Mariina

do

Estado d S~o Paulo.

Doparto da Prodo

Animal? Div. Proto Pei

xes e Animais Silvostres. do Est. de

Dir. Publ .Agro Socret. da Agric. /

S .Paul o , 112 pp. figs.

517,5 a 21 conts., embora nestes numa amplitudo de 12 a 25 cants. os dos orabar-quce , doscmbarquos os comprim0ntos variam / Como os espcimos com 17?5 a 21

conts. tm do 2 para 3 anos do idade? so GSoas classos quo sustentam

G01iTE

o

dosombarauo ~e Go~tc nela frota do Santos

om

1.959 foi do 1.150 toneladas, o ~uo cor~os~on_ou naquela 5poca a 14 / milhos de eruzoiros para o poscador. velmcnto daque.l a poca par-a c. tudos Esta c

A -produo do gOGte cau sensiUL1i1

r-azao

que justifica os c s

feitos om continuao s~bro esta osp6cio.A

pese",: de um~ ospcio demcTsa1 o portanto capt~ As quo Em

Trata-s

rado no f'urido com rdos do arrasto, (';'Gr.::nrlorslpa.r ha e de pr t a ) de c.l om toda costa dos ostados do so Paulo 9 Rio do Janeiro e Paran. parelhas contribuem com anroximadamonto 99% da produo enquanto os iltrawlorsil do prti1 capturam

restanto

ou sGjag um por conto.

uma viagem provitosa, uma parelha radi2, podo capturar crca do uma a trs toneladas.;i

durao do cada lance: de UI'1a o.Lha mcd..a vara / par o

entre trs a quatro horas e as po scar .as s.ofeitas durante o dia com raras oxcoos noite.

No h uma pesca rciti1 exclusivamonto para gOGto, / assim cooo h para a sardinha e para o camaro rosa. quo capt.ur o goto v i.s am t amb n outras ospo am do a pescada foguete o corvin~ dade nas parelhas mdias? que o prprio gotc.

Os Iltrawlors" /

os (lomersis, sobretu-

quo aparecem, alis em msior quanti-

Aspctos biJlgicos

e da produo

A produo, geralm~nto C08ca a atingir os nlvois / -mais elevados no ltimo tl'i80stro do cada a mxima no pr Lmo.i r-o trr .moa tr-c ou soja ,110