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GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
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Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
GROUPAMA SEGUROS, SA (Montantes expressos em euros, exceto quando indicado)
1. Informações Gerais
A Groupama Seguros, S.A. (adiante designada por Groupama Seguros ou Companhia) foi
constituída em 1991 sob a forma jurídica de sociedade anónima, com o objetivo de desenvolver
a atividades dos ramos reais (Não Vida) em Portugal.
A Companhia encontra-se registada em Portugal sob o NIF 502661321 e matriculada na
Conservatória do Registo Comercial. A sua sede é na Avenida de Berna, 24-D, Lisboa.
A Companhia dedica-se ao exercício da atividade de seguros para os ramos Não Vida para o
qual obteve a devida autorização da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de
Pensões (ASF). A sua atividade é exercida em Portugal.
Situação económica internacional
A atividade económica global registou um crescimento de 3.7% em 2017, mantendo o ritmo do
ano anterior. A contribuir para este crescimento muito contribuíram os valores dos Estados
Unidos, Europa e Ásia. O comércio mundial cresceu apoiado por uma recuperação do
investimento, particularmente entre as economias desenvolvidas, e o aumento da produção
industrial na Ásia.
O cenário consensual entre os analistas e as principais entidades de pesquisa económica,
aponta para que 2018 se afirme um ano de maior crescimento, não obstante os riscos
potenciais que se adivinham. O maior dinamismo deverá decorrer nas economias
desenvolvidas, mas também nos mercados emergentes, ainda que estes possam ter um
comportamento heterogéneo fruto do ambiente financeiro mais restritivo (subidas de taxas nos
EUA) e de um eventual impacto esperado pela reforma tributária da Administração Trump.
Em termos globais, as perspetivas para 2018 são elevadas, na medida em que se está a
incorporar o regresso a tendências de uma maior normalidade: lenta elevação da inflação,
inversão do ciclo das commodities, taxa de juro mais elevadas,
Situação económica nacional
A economia portuguesa registou um crescimento de cerca de 2.7% em 2017, registando mais
1.,2 p.p. que no ano anterior, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).
2017 foi o ano de maior crescimento desde a adesão ao Euro.
A economia terá crescido impulsionada pelo aumento da procura interna, e contribuiu para o
crescimento do PIB. Este aumento da procura interna vem do investimento, uma vez que a
procura externa líquida teve um comportamento ligeiramente negativo.
Para o crescimento anual da economia destaca-se a aceleração do consumo privado. O
consumo público praticamente não teve oscilação.
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As exportações portuguesas em 2017, cresceram muito mais do que o comércio internacional,
o que significa que há uma base de sustentabilidade forte da evolução económico-financeira
nacional.
No que diz respeito à taxa de desemprego, verificou-se um significativo decréscimo de 2.2 p.p.
tendo obtido um valor de 8.0%, este nível de desemprego, corresponde ao mais baixo valor
desde julho de 2004.
A taxa de inflação de 1.4% em 2017, acima da taxa média de 0.6 registada em 2016, foi
influenciada pelo comportamento positivo dos preços dos produtos energéticos, mantendo-se
quase inalterados os preços dos produtos alimentares.
2. Bases de apresentação das demonstrações financeiras e principais políticas
contabilísticas adotadas
2.1. Bases de apresentação
As demonstrações financeiras apresentadas reportam-se ao exercício findo em 31 de
Dezembro de 2017 e foram preparadas de acordo com o Plano de Contas para as Empresas
de Seguros, emitido pela ASF e aprovado pela Norma Regulamentar n.º 10/2016 – R de 15 de
Setembro, e ainda de acordo com as normas relativas à contabilização das operações das
empresas de seguros estabelecidas pela ASF.
Este plano de contas, atualmente em vigor, introduziu as Normas Internacionais de
Contabilidade e Reporte Financeiro (“IAS/IFRS”) em vigor tal como adotados na União
Europeia, exceto a IFRS 4 - Contratos de Seguro, relativamente à qual apenas são adotados os
princípios de classificação do tipo de contratos celebrados pelas empresas de seguros. As
IAS/IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards
Board (“IASB”) e as interpretações emitidas pelo Internacional Financial Reporting Interpretation
Committee (“IFRIC”), e pelos respetivos órgãos antecessores.
Tal como descrito abaixo, na nota 2.2, a Companhia adotou na preparação destas
demonstrações financeiras, as normas contabilísticas emitidas pelo IASB e as interpretações do
IFRIC de aplicação obrigatória desde 1 de Janeiro de 2015. Esta adoção teve impacto em
termos de apresentação das demonstrações financeiras e das divulgações, não originando, no
entanto, alterações de políticas contabilísticas, nem afetando a posição financeira da
Companhia.
As demonstrações financeiras estão expressas em euros (exceto, quando indicado) e estão
preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com exceção dos ativos registados ao
justo valor, nomeadamente, ativos financeiros e imóveis de rendimento. Os restantes ativos e
passivos são registados ao custo amortizado ou ao custo histórico.
A preparação de demonstrações financeiras requer que a Companhia efetue julgamentos e
estimativas e utilize pressupostos que afetam a aplicação das políticas contabilísticas e os
montantes de rendimentos, gastos, ativos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou
diferenças destes face à realidade poderão ter impactos sobre as atuais estimativas e
julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade ou onde
são utilizados pressupostos e estimativas significativas na preparação das demonstrações
financeiras encontram-se analisadas na nota 3.
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As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 20 de
Março de 2018.
2.2. Normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas e/ou alteradas:
No decorrer do período de 2017 foram efetuadas alterações em determinadas normas
contabilísticas, nomeadamente:
IFRS 16 – “Locações”:
A IFRS 16 substitui a IAS 17 – “Locações” e as interpretações associadas, com impacto
significativo na contabilização efetuada pelos locatários que passam a ser obrigados a
reconhecer para todos os contratos de locação, um passivo de locação correspondente
aos pagamentos futuros das rendas da locação e um ativo relativo ao “direito de uso”.
Estão previstas isenções a este tratamento contabilístico para as locações de curto
prazo (< 12 meses) e de ativos de baixo valor (< 5.000 USD). A definição de um
contrato de locação também foi revista, sendo baseada no “direito de controlar o uso de
um ativo identificado”. No que se refere ao regime de transição, a IFRS 16 pode ser
aplicada retrospetivamente ou pode ser seguida uma abordagem retrospetiva
simplificada.
Regulamento de Endosso pela União Europeia: Regulamento (CE) N.º 2017/1986 de 31
de outubro.
Data de eficácia: Períodos anuais com início em ou após 1 de janeiro de 2019, sendo
permitida a adoção antecipada desde que a IFRS 15 – ‘Rédito de contratos de clientes’
seja adotada ou esteja em vigor à mesma data.
IFRS 15 – “Rédito de contratos com clientes“:
Esta alteração corresponde a clarificações introduzidas à IFRS 15 e referem-se a
indicações adicionais a seguir na: i) determinação das obrigações de desempenho de
um contrato; ii) determinação do momento do reconhecimento do rédito de uma licença
de propriedade intelectual; iii) identificação dos indicadores para a classificação da
relação principal versus agente; e iv) seleção dos novos regimes transitórios previstos
para a adoção da IFRS 15.
Regulamento de Endosso pela União Europeia: Regulamento (CE) N.º2017/1987 de 31
de outubro.
Data de eficácia: Períodos anuais com início em ou após 1 de janeiro de 2018..
IFRS 4 - “Contratos de Seguro”:
Esta alteração atribui a opção de reconhecimento em Outro rendimento integral, por
oposição ao reconhecimento em resultados do período, da volatilidade que resulte da
aplicação da IFRS 9, antes da entrada em vigor da IFRS 17 – “Contratos de seguro”
(opção concedida às entidades que negoceiam contratos de seguro). As entidades cuja
atividade predominante seja a de seguradora podem recorrer ainda a uma isenção
temporária à aplicação da IFRS 9 até 2021, a qual é opcional e aplicável às
demonstrações financeiras consolidadas de um Grupo, quando este inclui uma
entidade seguradora, conforme “carve in” da União Europeia.
Regulamento de Endosso pela União Europeia: Regulamento (CE) N.º 2017/1988 de 3
de novembro.
Data de eficácia: Períodos anuais com início em ou após 1 de janeiro de 2018.
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IAS 12 - “Reconhecimento dos Impostos Diferidos Ativos”:
Esta alteração clarifica a forma de: i) contabilizar impostos diferidos ativos relacionados
com ativos mensurados ao justo valor; ii) como estimar os lucros tributáveis futuros
quando existem diferenças temporárias dedutíveis; e iii) como avaliar a
recuperabilidade dos impostos diferidos ativos, quando existem restrições na lei fiscal.
Regulamento de Endosso pela União Europeia: Regulamento (CE) N.º 2017/1989 de 6
de novembro.
Data de eficácia: Períodos anuais com início em ou após 1 de janeiro de 2017.
IAS 7 - “Revisão das Divulgações”:
Esta alteração que é parte do projeto de revisão das divulgações introduz uma
divulgação adicional relativa às variações dos passivos de financiamento desagregados
entre as transações que deram origem a movimentos de caixa e outros movimentos
(com um adequado grau de detalhe), e a forma como estas conciliam com os fluxos de
caixa das atividades de financiamento, apresentados na Demonstração dos Fluxos de
Caixa.
Regulamento de Endosso pela União Europeia: Regulamento (CE) N.º 2017/1990 de 6
de novembro.
Data de eficácia: Períodos anuais com início em ou após 1 de janeiro de 2017.
2.3. Principais políticas contabilísticas adotadas
As principais políticas contabilísticas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras
são as descritas abaixo e foram aplicadas de forma consistente para os períodos apresentados
nas demonstrações financeiras.
2.4.Reporte por segmentos
Um segmento de negócio é um conjunto de ativos e operações que estão sujeitos a riscos e
proveitos específicos diferentes de outros segmentos de negócio.
Um segmento geográfico é um conjunto de ativos e operações localizados num ambiente
económico específico, que está sujeito a riscos e proveitos que são diferentes de outros
segmentos que operam em outros ambientes económicos.
2.4.1. Especialização de exercícios
Os rendimentos e os gastos são considerados quando obtidos ou incorridos,
independentemente do momento do recebimento ou pagamento, estando assim relevados nas
demonstrações financeiras dos períodos a que respeitam.
2.4.2. Transações em moeda estrangeira
As conversões para euros das transações em moeda estrangeira são efetuadas ao câmbio em
vigor na data em que ocorrem.
Os valores dos ativos expressos em moeda de países não participantes na União Económica
Europeia (UEM) foram convertidos para euros utilizando o último câmbio de referência indicado
pelo Banco de Portugal.
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As diferenças de câmbio entre as taxas em vigor na data da contratação e as vigentes na data
de balanço, relativas aos ativos/passivos monetários, são contabilizadas na conta de ganhos e
perdas do exercício.
Os ativos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda
estrangeira, são convertidos à taxa de câmbio, à data da transação. Ativos e passivos não
monetários expressos em moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa
de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado. As diferenças cambiais
resultantes são reconhecidas em resultados, exceto no que diz respeito às diferenças
relacionadas com ações classificadas como ativos financeiros disponíveis para venda, as quais
são registadas em reservas.
2.4.3. Ativos tangíveis
Estes bens estão contabilizados ao respetivo custo histórico de aquisição sujeito a depreciação
e testes de imparidade.
Os terrenos não são depreciados. As depreciações dos restantes ativos tangíveis foram
calculadas através da aplicação do método das quotas constantes, por duodécimos, com base
nas seguintes taxas anuais, as quais refletem, de forma razoável, a vida útil estimada dos bens:
No reconhecimento inicial dos valores dos outros ativos tangíveis, a Companhia capitaliza o
valor de aquisição adicionado de quaisquer encargos necessários para o funcionamento correto
de um dado ativo, de acordo com o disposto na IAS 16 `Ativos Fixos Tangíveis’. Ao nível da
mensuração subsequente, a Companhia opta pelo estabelecimento de uma vida útil que seja
capaz de espelhar o tempo estimado de obtenção de benefícios económicos, depreciando o
bem por esse período. A vida útil de cada bem é revista a cada data de relato financeiro.
Os gastos subsequentes com os ativos tangíveis são capitalizados no ativo apenas se for
provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para a Companhia. Todas as
despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como gasto, de acordo com o
princípio da especialização dos exercícios.
Quando existe indicação de que um ativo possa estar em imparidade o seu valor recuperável é
estimado, devendo ser reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de
um ativo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas em
resultados para os ativos registados ao custo.
O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o
seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa estimados
futuros que se esperam vir a obter do uso continuado do ativo e da sua alienação no fim da sua
vida útil.
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2.4.4. Propriedades de investimento
A Companhia classifica como imóveis de rendimento os imóveis cuja recuperabilidade seja por
via da obtenção de rendas ao invés do seu uso continuado, utilizando os critérios de
mensuração da IAS 40.
As propriedades de investimento são reconhecidas inicialmente ao custo de aquisição, incluindo
os custos de transação diretamente relacionados, e subsequentemente ao seu justo valor.
Variações de justo valor determinadas a cada data de balanço são reconhecidas em resultados.
As propriedades de investimento não são depreciadas.
Dispêndios subsequentes relacionados são capitalizados quando for provável que a Companhia
venha a obter benefícios económicos futuros em excesso do nível de desempenho inicialmente
estimado.
O justo valor dos terrenos e edifícios de rendimento baseia-se numa valorização efetuada por
um avaliador independente.
Os avaliadores independentes possuem formação académica e qualificação profissional
reconhecida e relevante para a emissão dos relatórios de avaliação, versando várias áreas, das
quais se destacam a consultoria imobiliária, a coordenação, fiscalização e gestão de
empreendimentos, o ensino e a investigação.
A determinação dos valores do património imobiliário, por parte dos avaliadores independentes,
é baseada nos seguintes métodos:
Método comparativo:
Consiste na avaliação do terreno ou edifício por comparação, ou seja, em função de transações
e/ou propostas efetivas de aquisição em relação a terrenos ou edifícios que possuam idênticas
características físicas e funcionais, e cuja localização se insira numa mesma área do mercado
imobiliário. A utilização deste método requer a existência de uma amostra representativa e
credível em termos de transações e/ou propostas efetivas de aquisição que não se apresentem
desfasadas relativamente ao momento de avaliação.
Método dos múltiplos do Rendimento:
Consiste no apuramento do valor do terreno ou edifício mediante o quociente entre a renda
anual efetiva ou previsivelmente libertada, líquida de encargos de conservação e manutenção, e
uma taxa de remuneração adequado às suas características e ao nível de risco do
investimento, face às condições gerais do mercado imobiliário no momento de avaliação.
Método de atualização de rendas futuras:
Consiste no apuramento do valor do terreno ou edifício através do somatório dos fluxos
financeiros efetiva ou previsivelmente libertados e do seu valor residual no fim do período de
investimento previsto ou da sua vida útil, atualizados a uma taxa de mercado para aplicações
com perfil de risco semelhante.
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2.4.5. Ativos intangíveis
Os gastos incorridos com a aquisição de software são reconhecidos como ativos intangíveis,
assim como as despesas adicionais suportadas pela Companhia necessárias à sua
implementação.
Os gastos diretamente relacionados com o desenvolvimento de software pela Companhia,
relativamente aos quais se verifiquem as seguintes condições, são reconhecidos como ativos
intangíveis, de acordo com a IAS 38 `Ativos Intangíveis’:
a) O desenvolvimento do software é algo tecnicamente viável, para que fique disponível
para utilização;
b) A Companhia pretende completar o software e utiliza-o;
c) Existe intenção pela Companhia, de completar o software e utilizá-lo;
d) É possível demonstrar que o software irá gerar benefícios económicos futuros;
e) A Companhia dispõe de adequados recursos técnicos, financeiros e outros para
concluir o desenvolvimento e usar o software, e
f) As despesas atribuíveis ao desenvolvimento do software durante o seu
desenvolvimento podem ser mensuradas.
Os ativos intangíveis estão mensurados ao respetivo custo histórico de aquisição, sendo
sujeitos a amortizações e testes de imparidade. As suas amortizações são calculadas através
de aplicação do método das quotas constantes, seguindo o critério duodecimal, ao longo de 3
anos, período que reflete de forma razoável a vida útil estimada dos ativos intangíveis.
Taxa anual
Aplicações informáticas 33,33%
Todos os restantes encargos relacionados com os serviços informáticos, incluindo a
manutenção de software, são reconhecidos como gastos quando incorridos.
2.4.6. Ativos financeiros
i) Classificação
A Companhia classifica os seus ativos financeiros no momento da sua aquisição
considerando a intenção que lhes está subjacente, de acordo com as seguintes categorias:
Ativos financeiros detidos para negociação
Adquiridos com o principal objetivo de gerar valias no curto prazo. Esta categoria inclui
também os derivados que não se encontrem designados para cobertura contabilística.
Ativos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de
ganhos e perdas
Esta categoria inclui os ativos com derivados embutidos, designados no momento do
seu reconhecimento inicial ao justo valor, com as variações subsequentes no justo valor
reconhecidas em resultados.
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Ativos financeiros a deter até à maturidade
Nesta categoria são classificados títulos de rendimento fixo, apresentando uma
maturidade e fluxos de caixa fixos ou determináveis, que a Companhia tem intenção e
capacidade de deter até ao seu vencimento. Estes ativos financeiros encontram-se
registados pelo custo amortizado. De acordo com este método, o valor do instrumento
financeiro em cada data de balanço corresponde ao seu custo inicial, deduzido de
reembolsos de capital efetuados e perdas por imparidade, e ajustado pela amortização
com base no método da taxa efetiva, de qualquer diferença entre o custo inicial e o
valor de reembolso.
Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efetiva, que permite calcular o
custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efetiva
é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados
associados ao instrumento financeiro, permite igualar o seu valor atual ao valor do
instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.
Empréstimos concedidos e contas a receber
Os empréstimos e contas a receber incluem os ativos financeiros não derivados com
pagamentos fixado ou determinável, não admitidos à cotação num mercado ativo. São
registados neste elemento do ativo os depósitos a prazo em instituições de crédito.
Ativos financeiros disponíveis para venda
Os ativos disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que (i) a
Companhia tem intenção de manter por tempo indeterminado, (ii) que são designados
como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) que
não se enquadrem nas categorias anteriormente referidas.
ii) Reconhecimento, mensuração inicial e desreconhecimento
Aquisições e alienações: (i) ativos financeiros ao justo valor através dos resultados, (ii) ativos
financeiros disponíveis para venda e (iii) investimentos a deter até à maturidade, são
reconhecidos na data da negociação (trade date), ou seja, na data em que a Companhia se
compromete a adquirir ou alienar o ativo. Os ativos financeiros referidos acima são
inicialmente reconhecidos ao seu justo valor adicionado dos custos de transação, exceto nos
casos de ativos financeiros ao justo valor através de resultados, caso em que estes custos
de transação são diretamente registados em resultados.
Os ativos financeiros são desreconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais da
Companhia ao recebimento dos seus fluxos de caixa, (ii) a Companhia tenha transferido
substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção ou (iii) não
obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados
à sua detenção, a Companhia tenha transferido o controlo sobre os ativos.
iii) Mensuração subsequente
Após o seu reconhecimento inicial, os ativos financeiros detidos para negociação e os ativos
financeiros ao justo valor com reconhecimento em ganhos e perdas são valorizados ao justo
valor, sendo as suas variações reconhecidas em ganhos e perdas.
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Os investimentos detidos para venda são igualmente registados ao justo valor sendo, no
entanto, as respetivas variações reconhecidas em reservas, na parte que pertence ao
acionista, até que os investimentos sejam desreconhecidos, ou seja, identificada uma perda
por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos e perdas potenciais
registados em reservas é transferido para resultados. No caso dos produtos com
participação nos resultados, as variações do justo valor são reconhecidas inicialmente em
Reservas (Capital Próprio) e, posteriormente, transferidas para a conta de ‘Participação nos
resultados a atribuir’.
Ainda relativamente aos ativos monetários disponíveis para venda, o ajustamento ao valor
de balanço compreende a separação entre (i) as amortizações segundo a taxa efetiva, (ii) as
variações cambiais (no caso de denominação em moeda estrangeira) – ambas por
contrapartida de resultados - e (iii) as variações no justo valor (exceto risco cambial),
conforme descrito acima.
Os investimentos a deter até à maturidade são mensurados em balanço ao custo
amortizado, de acordo com o método da taxa efetiva, com as amortizações (juros, valores
incrementais e prémios e descontos) a serem registados na conta de ganhos e perdas.
O justo valor dos ativos financeiros cotados é o seu preço de compra corrente (“bid-price”).
Na ausência de cotação, a Companhia estima o justo valor utilizando (i) metodologias de
avaliação, tais como, a utilização de preços de transações recentes, semelhantes e
realizadas em condições de mercado, técnicas de fluxos de caixa descontados e modelos
de avaliação de opções parametrizados de modo a refletir as particularidades e
circunstâncias do instrumento, e (ii) pressupostos de avaliação baseados em informações
de mercado.
Os instrumentos financeiros para os quais não é possível mensurar com fiabilidade o justo
valor, bem como as ações não cotadas, são registados ao custo de aquisição.
iv) Transferências entre categorias de ativos financeiros
Em Outubro de 2008 o IASB emitiu a revisão da norma IAS 39 ‘Reclassificação de
instrumentos financeiros’ (Amendements to IAS 39 ‘Financial Instruments: Recognition and
Measurement’ e IFRS 7 ‘Financial Instruments Disclosures’). Esta alteração veio permitir que
uma entidade transfira ativos financeiros detidos para negociação para as carteiras de ativos
financeiros disponíveis para venda, empréstimos concedidos e contas a receber ou para
ativos financeiros detidos até à maturidade, desde que esses ativos financeiros obedeçam
às características de cada categoria.
As transferências de ativos financeiros disponíveis para venda para as categorias de
empréstimos concedidos e contas a receber e investimentos a deter até à maturidade são
também permitidas.
A temática de Transferências de ativos entre carteiras é também abordado no ponto 6 do
Plano de Contas para as Empresas de Seguros (Anexo I da Norma Regulamentar
nº10/2016-R, de 15 de Setembro).
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v) Imparidade
Imparidade de títulos
A Companhia avalia regularmente se existe evidência objetiva de que um ativo financeiro, ou
grupo de ativos financeiros, apresenta sinais de imparidade. Para os ativos financeiros que
apresentem sinais de imparidade, é determinado o respetivo valor recuperável, sendo as
perdas por imparidade registadas por contrapartida da conta de ganhos e perdas.
Um ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que
exista evidência objetiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram
após o seu reconhecimento inicial, tais como: (i) para os instrumentos de capital cotados,
uma desvalorização continuada ou de valor significativo na sua cotação, e (ii) para títulos de
divida, quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor estimado dos fluxos de
caixa futuros do ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, que possa ser estimado
com razoabilidade.
A Companhia considera que um ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, se encontra
em imparidade após o reconhecimento inicial, de acordo com regras estabelecidas pela
ASF:
Assim, o ativo financeiro é objeto de imparidade, se:
a. Já tiver sido objeto de imparidade em exercícios anteriores; ou
b. A cotação de bolsa esteve em permanência, nos últimos 24 meses, inferior ao
valor de custo (declínio prolongado); ou
c. A cotação na data de fecho é inferior a 50% do valor de custo, variando esta
percentagem em função da volatilidade média dos Mercados (declínio
significativo de 50%).
O montante da imparidade apurado é reconhecido em custos, e resulta da diferença entre o
valor de custo e o valor de cotação à data de fecho, deduzida de qualquer perda de
imparidade, no ativo, anteriormente reconhecida em resultados.
Quando existe evidência de imparidade nos ativos financeiros disponíveis para venda, a
perda potencial acumulada em reservas, correspondente à diferença entre o custo de
aquisição e o justo valor atual, deduzida de qualquer perda de imparidade no ativo
anteriormente reconhecida em resultados, é transferida para resultados. Se num período
subsequente o montante da perda de imparidade diminui, a perda de imparidade
anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do exercício até à
reposição do custo de aquisição. Esta situação acontece se o aumento for objetivamente
relacionado com um evento ocorrido após o reconhecimento da perda de imparidade, exceto
no caso da ações ou outros instrumentos de capital para os quais não é possível reconhecer
qualquer reversão de imparidade. As valorizações subsequentes de ações e outros
instrumentos de capital são reconhecidas em reservas.
No que se refere aos investimentos detidos até à maturidade, as perdas por imparidade
correspondem à diferença entre o valor contabilístico do ativo e o valor atual dos fluxos de
caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de
juro efetiva original do ativo financeiro. Estes ativos são apresentados no ativo, líquidos de
imparidade. Caso estejamos perante um ativo com taxa de juro variável, a taxa de juro a
utilizar para a determinação da respetiva perda de imparidade é a taxa de juro efetiva atual,
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determinada com base nas regras de cada contrato. Em relação aos investimentos detidos
até à maturidade, se num período subsequente o montante de perda por imparidade diminui,
e essa diminuição pode ser objetivamente relacionada com um evento que ocorreu após o
reconhecimento da imparidade, esta é revertida por contrapartida de resultados do exercício.
Ajustamentos de recibos por cobrar e para créditos de cobrança duvidosa
Os ajustamentos de recibos por cobrar têm por objetivo reduzir o montante dos prémios em
cobrança ao seu valor estimado de realização. Os recibos emitidos e não cobrados no final
do exercício são refletidos na rubrica ‘Contas a receber por operações de seguro direto’.
O cálculo destes ajustamentos é efetuado com base nos valores dos prémios por cobrar,
aplicando os critérios definidos pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de
Pensões, de base económica.
Para a constituição do ajustamento foi, em primeiro lugar, determinado qual o rácio de
anulação de recibos pendentes. Este rácio permite-nos ter uma estimativa aproximada da
probabilidade de anulação de um recibo que esteja em cobrança.
Em simultâneo foi determinada uma aproximação da margem de lucro que cada prémio em
cobrança dá à Groupama Seguros.
Os ajustamentos para créditos de cobrança duvidosa destinam-se a reduzir o montante dos
saldos a receber resultantes de operações de seguro direto, de resseguro ou outras, à
exceção dos recibos por cobrar, ao seu valor provável de realização, sendo calculado em
função da antiguidade dos referidos saldos, tendo por base uma análise económica.
A Companhia realiza iniciativas para a regularização dos montantes em dívida, quer através
da sua área de contencioso quer recorrendo posteriormente, se for o caso, à via judicial.
2.4.7. Outros ativos financeiros: derivados embutidos e instrumentos financeiros
derivados
Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos na data da sua negociação (trade
date) pelo seu justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros
derivados é reavaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa
reavaliação registados diretamente em resultados.
O justo valor dos instrumentos financeiros derivados corresponde ao seu valor de mercado.
Os instrumentos financeiros com derivados embutidos são reconhecidos inicialmente ao justo
valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado
numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados
diretamente em resultados do período, nos casos em que o derivado não está intimamente
relacionado com o ativo base, e na reserva de reavaliação nos restantes casos.
O justo valor é baseado em preços de cotação de mercado, quando disponíveis, e na ausência
de cotação (inexistência de mercado ativo) é determinado com base na utilização de preços de
transações recentes semelhantes, e realizadas em condições de mercado ou com base em
metodologias de avaliação disponibilizadas por entidades especializadas, baseadas em
técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o
efeito do tempo, a curva de rentabilidade e fatores de volatilidade.
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2.4.8. Passivos financeiros
Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual
da sua liquidação ser efetuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro ativo financeiro,
independentemente da sua forma legal.
Os passivos financeiros incluem os depósitos recebidos de resseguradores e são registados (i)
inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de transação incorridos e (ii)
subsequentemente pelo maior valor entre a quantia determinada segundo a IAS 37 e a quantia
inicialmente reconhecida.
2.4.9. Caixa e equivalentes de caixa
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e seus equivalentes
englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da
data de balanço, prontamente convertíveis em dinheiro e com risco reduzido de alteração de
valor, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em instituições de crédito.
2.4.10. Capital social
As ações são classificadas como capital próprio quando não há obrigação de transferir dinheiro
ou outros ativos. Os custos incrementais diretamente atribuíveis à emissão de instrumentos de
capital são apresentados no capital próprio como uma dedução dos proventos, líquida de
imposto.
2.4.11. Contratos de seguro
Os Contratos de seguro são contratos segundo o qual a seguradora aceita um risco de seguro
significativo do segurado, aceitando compensar este no caso de um acontecimento futuro
incerto especificado o afetar de forma adversa. Este tipo de contrato cai no âmbito da IFRS 4;
Os contratos de seguro são reconhecidos e mensurados como segue:
i) Prémios
Os prémios brutos emitidos são registados como proveitos no exercício a que respeitam,
independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.
Os prémios de resseguro cedido são registados como custos no exercício a que respeitam,
da mesma forma que os prémios brutos emitidos.
ii) Custos de aquisição
Os custos de aquisição são essencialmente representados pela remuneração
contratualmente atribuída aos mediadores pela angariação de contratos de seguro e de
investimento.
As comissões contratadas são registadas como gastos no momento da emissão dos
respetivos prémios ou renovação das respetivas apólices.
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
13
iii) Provisão para prémios não adquiridos
A provisão para prémios não adquiridos inclui a parte dos prémios brutos emitidos e
contabilizados no exercício, a imputar a exercícios seguintes, tendo sido calculada, contrato
a contrato, mediante a aplicação do método pro-rata temporis, de acordo com a Norma
Regulamentar nº10/2016 – R de 15 de Setembro.
O valor dos custos de aquisição diferidos deduzidos à Provisão para prémios não adquiridos
apenas considera as remunerações de mediação, excluindo os restantes gastos imputados
na rúbrica de custos de aquisição.
iv) Provisão para sinistros
Esta provisão foi determinada como segue:
Pela avaliação individual das participações de sinistros e dos resultados das respetivas
peritagens, encontrando-se definidos, no caso do ramo automóvel, montantes de
referência mínimos para cada cobertura. No caso do ramo de acidentes de trabalho, na
parte não relativa a pensões, são igualmente avaliadas individualmente as
participações de sinistro e os resultados dos relatórios médicos periciais, estando
também definido um montante de referência mínimo.
• Pela aplicação de métodos atuariais de projeção internacionalmente aceites, baseados
em informação histórica organizada por ano de ocorrência e de desenvolvimento. Estes
métodos destinam-se a aferir da responsabilidade última por ano de ocorrência,
estabelecendo-se um montante de IBNR (determinado subtraindo a estimativa de
responsabilidade última com sinistros, aos custos totais verificados até ao final do
exercício adequado para fazer face às responsabilidades futuras com sinistros, quer os
mesmos tenham já sido participados ou não à data de fecho do exercício.
• Pela provisão matemática relativa a sinistros ocorridos, que respeita ao pagamento de
pensões vitalícias referentes ao ramo de acidentes de trabalho. Esta provisão é
calculada, sinistro a sinistro, mediante tabelas (na abertura é utilizada a TV 88-90 e no
encerramento a TD 88-90) e fórmulas estabelecidas pela ASF, Ministério do Trabalho e
legislação laboral em vigor. A responsabilidade inerente ao incremento anual de
pensões vitalícias, por efeito da inflação, pertence ao FAT – Fundo de Acidentes de
Trabalho, fundo este que é gerido pela ASF e cujas receitas constituem as
contribuições efetuadas pelas Companhias seguradoras e pelos próprios segurados do
ramo acidentes de trabalho. A Companhia efetua o pagamento integral das pensões,
sendo posteriormente reembolsada pela parcela da responsabilidade do FAT. No ano
de 2017 o valor pago correspondente ao FAT foi de 1.871 euros (2016: 1.625 euros).
• Custos estimados de gestão de sinistros, correspondentes aos sinistros a regularizar.
v) Provisão para desvios de sinistralidade
A provisão para desvios de sinistralidade destina-se a fazer face à sinistralidade
excecionalmente elevada, nos ramos de seguro em que, pela sua natureza, se preveja que
aquela tenha maiores oscilações, e foi calculada do seguinte modo:
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
14
Seguro de caução – Pela aplicação ao resultado técnico da taxa de 75%, num
máximo de 25% dos prémios brutos emitidos;
Risco de fenómenos sísmicos – Pela aplicação ao capital retido pela
Companhia de um fator de risco para cada zona sísmica, definido pela ASF.
vi) Provisão para riscos em curso
A provisão para riscos em curso corresponde ao montante necessário para fazer face a
prováveis indemnizações e encargos a suportar após o termo do exercício e que excedam o
valor dos prémios não adquiridos e dos prémios exigíveis relativos aos contratos em vigor.
De acordo com o estipulado pela ASF, o montante da Provisão para Riscos em Curso a
constituir deverá ser igual ao produto dos prémios brutos emitidos imputáveis ao(s)
exercício(s) seguinte(s) (prémios não adquiridos) e dos prémios exigíveis considerando uma
expectativa de cobrança dos mesmos e ainda não processados relativos aos contratos em
vigor, por um rácio que tem por base o somatório dos rácios de sinistralidade, despesas e
cedência, deduzidos pelo rácio de investimentos.
A temática da Provisão para Riscos em Curso é também abordado no ponto 4.2.2 do Plano
de Contas para as Empresas de Seguros (Anexo I da Norma Regulamentar nº10/2016-R, de
15 de Setembro).
vii) Provisões técnicas de resseguro cedido
As provisões técnicas de resseguro cedido são determinadas através da aplicação dos
critérios acima descritos para o seguro direto, tendo em atenção as percentagens de
cessão, bem como outras cláusulas existentes nos tratados em vigor.
2.4.12. Imposto sobre o rendimento
Os impostos sobre lucros incluem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos
correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável apurado
de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto aprovada ou
substancialmente aprovada em cada jurisdição. Os impostos diferidos são calculados sobre as
diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a sua base
fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas, ou substancialmente aprovadas, à data de
balanço em cada jurisdição e que se esperam virem a ser aplicadas quando as diferenças
temporárias se reverterem.
Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias
tributáveis, com exceção das diferenças resultantes do reconhecimento inicial de ativos e
passivos que não afetem quer o lucro contabilístico, quer o fiscal, e de diferenças relacionadas
com investimentos em subsidiárias, na medida em que provavelmente não serão revertidas no
futuro.
Os impostos diferidos ativos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias dedutíveis,
bem como para prejuízos fiscais registados em exercícios anteriores e que sejam ainda
reportáveis, apenas na medida em que seja expectável que existam lucros tributáveis no futuro
capazes de absorver as referidas diferenças.
Os impostos sobre lucros são reconhecidos em resultados, exceto quando estão relacionados
com itens que são reconhecidos diretamente nos capitais próprios, caso em que são também
registados por contrapartida dos capitais próprios. Os impostos diferidos reconhecidos nos
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
15
capitais próprios decorrentes da reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda são
posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos em
resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem.
2.4.13. Benefícios concedidos aos empregados
i) Plano de benefícios pós-emprego
Em conformidade com o anterior contrato coletivo de trabalho para o Sector Segurador, cujo
texto foi publicado no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE) nº32, de 29 de Agosto de 2008,
com alterações posteriores publicadas no BTE nº 29, de 8 de Agosto de 2009, a Companhia
assumiu o compromisso de conceder aos colaboradores que iniciaram a sua atividade neste
sector até 22 de Junho de 1995, pensões de reforma por velhice e por invalidez.
Para fazer face a esta responsabilidade, a Companhia contratualizou uma adesão coletiva
ao Fundo de Pensões Groupama (anteriormente designado por Fundo de Pensões
Groupama Seguros).
O referido plano de pensões correspondia a um plano de benefícios definidos, uma vez que
definia os critérios de determinação do valor da pensão que um empregado receberá
durante a reforma, usualmente dependente de um ou mais fatores como sejam a idade,
anos de serviço e retribuição.
Contudo, no dia 14 de Janeiro de 2016 foi assinado um novo acordo coletivo de trabalho
(ACT) entre a Associação Portuguesa de Seguradores (APS) e dois sindicatos
representativos da classe profissional (STAS e SISEP). Este novo ACT foi posteriormente
publicado no BTE n.º 4, de 29 de Janeiro de 2016.
O novo ACT veio, entre outros aspetos, alterar o plano de benefícios de reforma do anterior
CCT relativamente ao pessoal no ativo, substituindo os benefícios definidos anteriormente
consagrados em contribuições definidas, aplicáveis a todos os trabalhadores no ativo. De
acordo com o n.º 1 da cláusula 50ª do novo ACT, “todos os trabalhadores em efetividade de
funções, bem como, aqueles cujos contratos de trabalho estejam suspensos por motivo de
doença ou de acidente de trabalho com contratos de trabalho sem termo, beneficiam de um
Plano Individual de Reforma, em caso de reforma por velhice ou por invalidez concedida
pela Segurança Social, o qual integrará e substituirá quaisquer outros sistemas de pensões
de reforma previstos em anteriores instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho
aplicáveis à empresa”.
Tendo em conta o disposto na cláusula 51ª do novo ACT, a Companhia efetuará anualmente
contribuições para o Plano Individual de Reforma (PIR), não apenas para os trabalhadores
do quadro permanente da Companhia, admitidos na Atividade Seguradora antes de 22 de
Junho de 1995, como também para os trabalhadores admitidos após essa data, havendo um
tratamento diferenciado entre ambos em termos de contribuições para o PIR tendo em
consideração a data de admissão na Atividade Seguradora de cada colaborador.
Para os trabalhadores admitidos na Atividade Seguradora antes de 22 de Junho de 1995, a
primeira contribuição anual da Companhia para a conta de cada colaborador no PIR
verificou-se em 2015, de acordo com as percentagens indicadas na tabela seguinte,
aplicadas sobre o ordenado base anual do trabalhador:
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
16
Ano civil de contribuição para o PIR Percentagem
2015 ………………………………………….. 2,75
2016 e seguintes ……………………. 3,25
Para os trabalhadores admitidos na Atividade Seguradora entre 22 de Junho de 1995 e 31
de Dezembro de 2009, a contribuição anual da Companhia para a conta de cada
colaborador no PIR verificar-se-á de acordo com as percentagens indicadas na tabela
seguinte, aplicadas sobre o ordenado base anual do trabalhador:
Ano civil de contribuição para o PIR Percentagem
2015 ………………………………………….. 2,75
2016 e seguintes ……………………. 3,25
Para os trabalhadores admitidos na Atividade Seguradora após 1 de Janeiro de 2010, a
primeira contribuição anual da Companhia para a conta de cada colaborador no PIR
verificar-se-á no ano seguinte àquele em que complete dois anos de prestação de serviço
efetivo na empresa, de acordo com as percentagens indicadas na tabela seguinte, aplicadas
sobre o ordenado base anual do trabalhador:
Ano civil de contribuição para o PIR Percentagem
2015 ………………………………………….. 2,75
2016 e seguintes ……………………. 3,25
Os participantes poderão resgatar o valor acumulado na sua conta na data da passagem à
reforma por velhice ou invalidez concedida pela Segurança Social, sendo que pelo menos
2/3 do valor total acumulado na sua conta terão de ser convertidos em renda vitalícia
imediata mensal.
Em caso de morte de um participante, o respetivo valor acumulado na sua conta deverá ser
utilizado, aquando do falecimento, em pelo menos 2/3 na aquisição de uma pensão de
sobrevivência a favor dos seus beneficiários designados ou, na falta de designação destes,
para os herdeiros legais.
Caso o participante deixar de estar ao serviço da empresa, adquire o direito a 90% do valor
acumulado na sua conta, só podendo no entanto liquida-lo na data de passagem à reforma
por velhice ou invalidez.
Existe ainda a possibilidade de transferir 90% do valor total acumulado para outra
Seguradora ou Fundo de Pensões, desde que o novo veículo de financiamento cumpra os
requisitos previstos no novo ACT e seja similar ao plano de origem.
O participante perde o direito ao valor acumulado na sua conta se a cessação do vínculo
laboral tiver ocorrido por despedimento com justa causa promovida pelo empregador com
fundamento de lesão de interesses patrimoniais da Companhia.
ii) Prémio de permanência (Outros benefícios de longo prazo)
Ao abrigo do novo ACT, a cláusula 42ª contempla a obrigação de a Companhia atribuir aos
colaboradores, mediante o cumprimento de determinados requisitos definidos na mesma
cláusula, prémios de permanência pecuniários (colaboradores com idade inferior a 50 anos)
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
17
ou a concessão de dias de licença com retribuição (colaboradores com idade superior ou
igual a 50 anos).
Quando o trabalhador completar um ou mais múltiplos de cinco anos de permanência na
Companhia terá direito a um prémio pecuniário de valor equivalente a 50% do seu ordenado
base efetivo mensal. Após o trabalhador completar 50 anos de idade e logo que verificados
os períodos mínimos de permanência na empresa a seguir indicados, o prémio pecuniário é
substituído pela concessão de dias de licença com retribuição em cada ano, de acordo com
o esquema seguinte:
a) Três dias, quando perfizer 50 anos de idade e 15 anos de permanência na
Companhia;
b) Quatro dias, quando perfizer 52 anos de idade e 18 anos de permanência na
Companhia;
c) Cinco dias, quando perfizer 54 anos de idade e 20 anos de permanência na
Companhia.
iii) Benefícios de saúde
Os colaboradores da Groupama Seguros que se encontram no ativo têm direito a um
benefício de assistência médica, o qual é reconhecido como gasto (Seguro de saúde).
iv) Bónus de desempenho
A Companhia adotou em 2017 por efetuar o cálculo da remuneração variável, através de
Prémios por Objetivos, conforme a posição e responsabilidade de cada Colaborador na
estrutura organizacional da Companhia.
Os Prémios por Objetivos, foram atribuídos com base em percentagens ligadas à
performance de resultados e comercial (vendas) da Companhia, adicionado de
percentagens atribuídas a objetivos individuais. Por forma a garantir uma melhor atribuição
desta remuneração, foram ainda incluídos objetivos que tiveram em conta aspetos
comportamentais, de seguimento de equipas, gestão de riscos e controlo de orçamento.
v) Seguro de vida para reformados
A Companhia garante um seguro de vida temporário aos colaboradores quando passam à
situação de reforma aos 65 anos, ou à reforma antecipada antes dos 65 anos, através de
apólices individuais.
Até aos 70 anos de idade, a Companhia garante um capital que é calculado com base no
último salário efetivo. Esse capital vai decrescendo, anualmente, durante o período de
vigência da apólice, sendo que no final desse período o capital garantido é igual a zero.
Durante o ano de 2017 o custo incorrido relativo a seguros de vida para reformados foi de
1.339 euros (2016: 1.090 euros).
2.4.14. Provisões, ativos e passivos contingentes
São reconhecidas provisões quando (i) a Companhia tem uma obrigação presente (legal ou
construtiva) (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser
feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
18
O montante reconhecido em provisões consiste no valor atual da melhor estimativa dos
recursos necessários para liquidar a obrigação, na data de relato. Tal estimativa é determinada,
tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação.
As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a refletir a melhor
estimativa a essa data.
As obrigações presentes que resultam de contratos onerosos são registadas e mensuradas
como provisões. Existe um contrato oneroso quando a Companhia é parte integrante das
disposições de um contrato ou acordo, cujo cumprimento tem associados custos que não são
possíveis evitar, os quais excedem os benefícios económicos derivados do mesmo.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo
divulgados sempre que se verifica uma possibilidade não remota de uma saída de recursos
englobando benefícios. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações
financeiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um futuro fluxo económico de
recursos.
2.4.15. Reconhecimento de juros e dividendos
Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros classificados como disponíveis
para venda são reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares utilizando o método da
taxa efetiva. Os juros dos ativos financeiros ao justo valor através dos resultados são também
incluídos na rubrica de juros e proveitos similares.
A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos futuros estimados
durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais
curto, para o valor líquido atual de balanço do ativo ou passivo financeiro.
Para o cálculo da taxa de juro efetiva são estimados os fluxos de caixa futuros considerando
todos os termos contratuais do instrumento financeiro, não considerando, no entanto, eventuais
perdas de crédito futuras. O cálculo inclui as comissões que sejam parte integrante da taxa de
juro efetiva, custos de transação e todos os prémios e descontos diretamente relacionados com
a transação.
No caso de ativos financeiros ou grupos de ativos financeiros semelhantes para os quais foram
reconhecidas perdas por imparidade, os juros registados em resultados são determinados com
base na taxa de juro utilizada na mensuração da perda por imparidade.
No que se refere aos instrumentos financeiros derivados, a componente de juro inerente à
variação de justo valor não é separada e é classificada na rubrica de resultados de ativos e
passivos ao justo valor através de resultados.
Relativamente aos rendimentos de instrumentos de capital (dividendos), são reconhecidos
quando estabelecido o direito ao seu reconhecimento.
2.4.16. Locações
A Companhia classifica as operações de locação como locações financeiras ou locações
operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal, cumprindo os critérios
definidos na IAS 17 ‘Locações’. São classificadas como locações financeiras as operações em
que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo são transferidos para o locatário.
Todas as restantes operações de locação são classificadas como locações operacionais.
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
19
Locações operacionais
Os pagamentos efetuados à luz dos contratos de locação operacional são registados em custos
nos períodos a que dizem respeito.
Locações financeiras
Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início, no ativo e no passivo,
pelo custo de aquisição da propriedade locada, que é equivalente ao valor atual das rendas de
locação vincendas. As rendas são constituídas (i) pelo encargo financeiro que é debitado em
resultados e (ii) pela financeira do capital que é deduzida ao passivo. Os encargos financeiros
são reconhecidos como custos ao longo do período da locação, a fim de produzirem uma taxa
de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo em cada período.
A Companhia apenas tem contratos de locação operacional relativos a contratos efetuados para
viaturas e equipamento informático.
2.4.17. Ativos não correntes detidos para venda
Ativos não correntes são classificados como detidos para venda quando o seu valor de balanço
for recuperado, principalmente através de uma transação de venda (incluindo os adquiridos
exclusivamente com o objetivo da sua venda), e a venda for altamente provável.
Imediatamente antes da classificação inicial do ativo como detido para venda, a mensuração
dos ativos não correntes é efetuada de acordo com os IFRS aplicáveis. Subsequentemente,
estes ativos para alienação são mensurados ao menor valor entre o valor de reconhecimento
inicial e o justo valor deduzido dos custos de venda.
3. Principais estimativas contabilísticas e julgamentos relevantes utilizados na
elaboração das demonstrações financeiras
As IAS/IFRS estabelecem uma série de tratamentos contabilísticos e requerem que o Conselho
de Administração utilize o julgamento e faça as estimativas necessárias de forma a decidir qual
o tratamento contabilístico mais adequado. As principais estimativas contabilísticas e
julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos pela Companhia são
divulgadas abaixo, no sentido de melhorar o entendimento de como a sua aplicação afeta os
resultados reportados da Companhia. Uma descrição alargada das principais políticas
contabilísticas utilizadas pela Companhia é apresentada na Nota 2.
Dever-se-á ter em conta que, em algumas situações, poderão existir alternativas ao tratamento
das políticas contabilísticas adotadas pela Companhia, que levariam a resultados diferentes
caso um tratamento diferente tivesse sido escolhido. No entanto, a Companhia entende que os
julgamentos e as estimativas aplicadas são apropriados pelo que as demonstrações financeiras
apresentam de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Companhia e das suas
operações em todos os aspetos materialmente relevantes.
Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para assistir o
leitor no entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de sugerir que outras
alternativas ou estimativas são mais apropriadas.
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
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3.1. Provisões técnicas
As responsabilidades futuras presentes decorrentes de obrigações emanadas de contratos de
seguro são registadas na rubrica provisões técnicas.
Os pressupostos utilizados foram baseados na experiência passada da Companhia e do
mercado. Estes pressupostos poderão ser revistos se for determinado que a experiência futura
venha a confirmar a sua desadequação.
As provisões técnicas decorrentes de contratos de seguro incluem (1) provisão para sinistros
(reportados e não reportados, incluindo as despesas de regularização respetivas), e (2)
provisão para prémios não adquiridos, (3) provisão para riscos em curso e (4) provisão para
desvios de sinistralidade.
Quando existem sinistros, qualquer montante pago ou que se estima vir a ser pago pela
Companhia é reconhecido como perda nos resultados. A Companhia estabelece provisões para
pagamento de sinistros decorrentes dos contratos de seguro.
Na determinação das provisões técnicas decorrentes de contratos de seguro a Companhia
avalia periodicamente as suas responsabilidades utilizando metodologias atuariais e tomando
em consideração as coberturas de resseguro respetivas. As provisões são revistas
periodicamente pelo atuário responsável.
A Companhia calcula as provisões técnicas com base nas notas técnicas dos produtos.
Qualquer eventual alteração de critérios é devidamente avaliada para quantificação dos seus
impactos financeiros.
Qualquer eventual alteração de critérios (nomeadamente alterações nos processos de gestão
de sinistros, inflação e alterações legais) é devidamente avaliada para quantificação dos seus
impactos financeiros.
Adicionalmente, poderá existir uma diferença temporal significativa entre o momento da
ocorrência do evento seguro (sinistro) e o momento em que este evento é reportado à
Companhia. As provisões são revistas regularmente através de um processo contínuo à medida
que informação adicional é recebida e as responsabilidades vão sendo liquidadas .
3.2. Justo valor de ativos financeiros
O justo valor é baseado em cotações de mercado, quando disponíveis, e na ausência de
cotação é determinado com base na utilização de preços de transações recentes, semelhantes
e realizadas em condições de mercado ou com base em metodologias de avaliação, baseadas
em técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o
valor temporal, a curva de rentabilidade e fatores de volatilidade. Estas metodologias podem
requerer a utilização de pressupostos ou julgamentos na estimativa do justo valor.
Consequentemente, a utilização de diferentes metodologias ou diferentes pressupostos ou
julgamentos na aplicação de determinado modelo poderia originar resultados financeiros
diferentes daqueles reportados.
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3.3. Imparidade dos ativos financeiros disponíveis para venda
A Companhia determina que existe imparidade nos seus ativos disponíveis para venda quando
existe uma desvalorização prolongada ou de valor significativo no seu justo valor. A
determinação de uma desvalorização prolongada ou de valor significativo requer julgamento. No
julgamento efetuado, a Companhia avalia entre outros fatores, a volatilidade normal dos preços
das ações. Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado ou de
modelos de avaliação, os quais requerem a utilização de determinados pressupostos ou
julgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor.
Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas, poderá
resultar num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente
impacto nos resultados da Companhia.
3.4. Justo valor de propriedades de investimento
As propriedades de investimento são reconhecidas inicialmente ao custo de aquisição, incluindo
os custos de transação diretamente relacionados, e subsequentemente ao seu justo valor.
A valorização das propriedades de investimento faz-se mediante a consideração da ponderação
ajustada a cada caso dos valores resultantes da aplicação dos seguintes métodos:
a) Método comparativo;
b) Método dos múltiplos do rendimento;
c) Método de atualização de rendas futuras;
Alterações aos pressupostos considerados em cada um dos métodos de avaliação podem ter
um impacto significativo nos valores determinados.
3.5. Pensões e outros benefícios a empregados
A determinação das responsabilidades por pensões de reforma (Benefícios definidos) requer a
utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projeções atuariais,
rentabilidade estimada dos investimentos e outros fatores que possam ter impacto nos custos e
nas responsabilidades do plano de pensões. Alterações a estes pressupostos poderiam ter um
impacto significativo nos valores determinados.
3.6. Imposto sobre lucros
A determinação dos impostos sobre lucros requer determinadas interpretações e estimativas.
Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre
lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período.
De acordo com a legislação fiscal em vigor, as Autoridades Fiscais têm a possibilidade de rever
o cálculo da matéria coletável efetuado pela Companhia durante um período de quatro anos.
Desta forma, é possível que hajam correções à matéria coletável, resultantes principalmente de
diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho de
Administração da Companhia de que não haverá correções significativas aos impostos sobre
lucros registados nas demonstrações financeiras.
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4. Reporte por segmentos
A Companhia considera como segmento principal o segmento de negócio. Relativamente a
este segmento, efetuar-se-á o relato da informação, considerando os ramos mais significativos,
pelos seguintes segmentos: acidentes e doença, incêndio e outros danos e automóvel.
Existem ainda mais dois segmentos, como segue:
• Outros – incluí os restantes ramos que, individualmente, representam menos de 10%
dos ativos totais ou do resultado líquido do exercício, e que no conjunto não
representam mais de 25% destes indicadores.
• Não técnicos / não alocados – inclui os valores não alocados a nenhum ramo
específico.
No que concerne ao segmento geográfico, todos os contratos são celebrados em Portugal, pelo
que existe apenas um segmento de negócio.
Resultados por segmento em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016
2017Acidentes e
doença
Incêndio e
outros danosAutomóvel Outros Não técnicos Total
Prémios adquiridos l íquidos de resseguro 11.913.000 3.306.771 5.643.406 155.337 21.018.513
Custos com s inis tros , l iquidos de resseguro -9.675.973 -2.283.618 -5.839.665 -19.144 -17.818.399
Variação provisões técnicas 242.553 -68.924 -439.833 5.978 -260.226
Provisão para riscos em curso (variação) 242.553 32.309 -439.833 6.414 -158.556
Provisão para desvios de s inis tra l idade (variação) -101.233 -436 -101.669
Participação nos resultados atribuída
Custos e gastos de exploração l íquidos -2.734.505 -1.208.533 -2.134.334 -69.583 -6.146.955
Resultado financeiro 50.078 70.152 100.947 2.618 2.656 226.451
Rendimentos 98.113 85.274 149.043 5.050 3.511 340.992
Gastos de investimentos -62.554 -42.692 -96.283 -4.065 -855 -206.448
Ganhos l iquidos de activos e pass ivos financeiros não
va lorizados ao justo va lor através de ganhos e perdas 38 67 117 4 226
Ganhos l iquidos de activos e pass ivos financeiros
va lorizados ao justo va lor através de ganhos e perdas 14.480 27.503 48.070 1.62991.681
Ganhos l íquidos pela venda de activos não financeiros
que não estejam class i ficados como activos não
correntes detidos para venda e unidades operacionais
descontinuadas
Perdas de imparidade (l iquidas de reversão)
Outros rendimentos/gastos técnicos , l iquidos de resseguro 906 2.568 472 -132 3.814
Outros rendimentos/gastos 187.541 187.541
Resultado antes de impostos -203.940 -181.584 -2.669.007 75.074 190.197 -2.789.260
Impostos 356.200
Resultado líquido do exercicio -2.433.061
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
23
2016Acidentes e
doença
Incêndio e
outros danosAutomóvel Outros Não técnicos Total
Prémios adquiridos l íquidos de resseguro 13.633.724 3.119.677 4.974.367 143.430 21.871.198
Custos com s inis tros , l iquidos de resseguro -11.268.945 -2.138.385 -4.609.326 -7.638 -18.024.294
Variação provisões técnicas 316.806 -325.968 -366.090 -4.046 -379.297
Provisão para riscos em curso (variação) 316.806 -232.600 -366.090 -3.532 -285.416
Provisão para desvios de s inis tra l idade (variação) -93.368 -514 -93.881
Participação nos resultados atribuída
Custos e gastos de exploração l íquidos -3.437.525 -1.441.322 -1.368.163 -122.477 -6.369.487
Resultado financeiro 60.683 64.367 97.291 4.494 -4.871 221.965
Rendimentos 112.589 81.444 157.413 8.233 359.679
Gastos de investimentos -83.681 -49.523 -122.830 -7.019 -4.871 -267.925
Ganhos l iquidos de activos e pass ivos financeiros não
va lorizados ao justo va lor através de ganhos e perdas 16.639 13.609 26.302 1.376 57.926
Ganhos l iquidos de activos e pass ivos financeiros
va lorizados ao justo va lor através de ganhos e perdas 15.137 18.837 36.407 1.904 72.285
Ganhos l íquidos pela venda de activos não financeiros
que não estejam class i ficados como activos não
correntes detidos para venda e unidades operacionais
descontinuadas
Perdas de imparidade (l iquidas de reversão)
Outros rendimentos/gastos técnicos , l iquidos de resseguro -965 -1.970 13.713 -711 10.067
Outros rendimentos/gastos 121.783 121.783
Resultado antes de impostos -696.222 -723.602 -1.258.208 13.052 116.912 -2.548.066
Impostos 3.214.146
Resultado líquido do exercicio 666.080
Os ativos e passivos da Groupama Seguros distribuem-se, por segmento, da seguinte
forma, em 31 de Dezembro de 2017 e de 2016:
2017Acidentes e
doença
Incêndio e outros
danosAutomóvel Outros Alocados Não alocados Total
Provisões técnicas 6.795.832 6.023.254 10.527.516 356.710 23.703.312 23.703.312
Provisão para s inis tros 5.534.096 3.342.333 6.723.513 274.887 15.874.829 15.874.829
Provisão para prémios não adquiridos 1.071.947 1.492.213 2.591.100 46.106 5.201.366 5.201.366
Provisão para riscos em curso 189.789 215.666 1.212.903 1.618.358 1.618.358
Provisão para desvios de s inis tra l idade 973.041 35.718 1.008.759 1.008.759
Outros pass ivos 2.941.679 2.941.679
Capita l próprio 9.364.782 9.364.782
Total capital próprio e passivo 6.795.832 6.023.254 10.527.516 356.710 23.703.312 12.306.461 36.009.773
Caixa e equiva lentes 299.385 176.657 308.763 10.462 795.267 795.267
Terrenos e edi fícios
Investimentos em fil iais, associadas e empreendimentos
conjuntos
Activos financeiros detidos para negociação 238.348 262.722 459.190 15.559 975.819 975.819
Activos financeiros class i ficados no reconhecimento
inicia l ao justo va lor através de ganhos e perdas 1.060.264 941.639 1.645.808 55.766 3.703.477 3.703.477
Activos financeiros disponíveis para venda 4.905.063 4.133.233 7.224.114 244.779 16.507.189 11.223 16.518.412
Activos a deter até à maturidade
Outros activos tangíveis 7.167 12.740 22.266 754 42.927 107.778 150.705
Outros activos 386.055 686.225 1.199.393 40.640 2.312.313 11.553.780 13.866.093
Total do activo 6.896.281 6.213.216 10.859.535 367.960 24.336.992 11.672.781 36.009.773
2016Acidentes e
doença
Incêndio e outros
danosAutomóvel Outros Alocados Não alocados Total
Provisões técnicas 6.514.879 4.029.400 7.787.873 407.330 18.739.482 18.739.482
Provisão para s inis tros 4.954.038 1.544.194 4.624.586 322.108 11.444.926 11.444.926Provisão para prémios não adquiridos 1.128.498 1.365.422 2.390.218 43.526 4.927.665 4.927.665Provisão para riscos em curso 432.342 247.975 773.070 6.414 1.459.802 1.459.802Provisão para desvios de s inis tra l idade 871.808 35.281 907.089 907.089
Outros pass ivos 2.735.467 2.735.467Capita l próprio 9.657.817 9.657.817Total capital próprio e passivo 6.514.879 4.029.400 7.787.873 407.330 18.739.482 12.393.283 31.132.765Caixa e equiva lentes 208.036 9.926 19.185 1.003 238.151 238.151
Terrenos e edi fícios
Investimentos em fi l ia is , associadas e
empreendimentos conjuntos 136.896 169.126 326.881 17.097 650.000 650.000
Activos financeiros detidos para negociação 627.500 27.703 53.544 2.801 711.548 711.548
Activos financeiros class i ficados no reconhecimento
inicia l ao justo va lor através de ganhos e perdas 1.189.243 813.661 1.572.613 82.253 3.657.769 3.657.769
Activos financeiros disponíveis para venda 4.481.009 3.240.824 6.263.744 327.614 14.313.191 11.223 14.324.414Activos a deter até à maturidade
Outros activos tangíveis 9.041 11.169 21.588 1.129 42.927 171.709 214.636Outros activos 486.996 601.650 1.162.846 60.821 2.312.313 9.023.934 11.336.247
Total do activo 7.138.722 4.874.060 9.420.401 492.717 21.925.899 9.206.867 31.132.765
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
24
5. Prémios adquiridos líquidos de resseguro
Os prémios adquiridos líquidos de resseguro são como segue:
2017 2016
Prémios brutos emitidos 24.090.816 25.114.641
Prémios de resseguro cedido -2.757.700 -2.656.993
Prémios brutos, líquidos de resseguro 21.333.116 22.457.648
Variação da provisão para prémios não adquiridos , l íquida de resseguro 314.603 586.450
Prémios adquiridos, líquidos de resseguro 21.018.513 21.871.198
Os prémios brutos emitidos por segmento de negócio são como segue:
Ramos 2017 2016
Acidentes e doença 12.854.846 14.700.504
Incêndio e outros danos 4.050.969 3.793.413
Automóvel 6.948.222 6.439.806
Outros 236.780 180.917
Total 24.090.816 25.114.641
6. Custos com sinistros líquidos de resseguro
Os custos com sinistros líquidos de resseguro são analisados como segue:
2017 2016
Seguro Directo 20.095.907 18.030.897
Montantes pagos 16.002.907 17.940.454
Prestações e Sinis tros Reembolsados 14.336.386 16.124.371
Custos de gestão de s inis tros imputados (Nota 11) 1.666.521 1.816.083
Provisão para s inis tros (variação) 4.093.000 90.443
Resseguro cedido 2.277.507 6.603
Montantes pagos 421.829 203.658
Provisão para s inis tros (variação) 1.855.678 -197.055
Custos com sinistros, líquidos de resseguro 17.818.399 18.024.294
O rácio de sinistralidade é obtido dividindo os custos com sinistros (incluindo os custos de
gestão imputados) pelos prémios adquiridos, conforme quadro anexo:
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
25
Rácio de sinistralidade, valor bruto de resseguro 2017 2016
Acidentes de trabalho 88,4% 89,0%
Automóvel 95,7% 76,5%
Incêndio e outros danos 101,4% 58,6%
Acidentes pessoais e doença 72,9% 75,0%
Responsabi l idade civi l gera l 13,9% 2,6%
Transportes -33,1% 12,1%
Diversos 0,1% 0,3%
Total 84,5% 73,6%
Rácio de sinistralidade, valor líquido de resseguro 2017 2016
Acidentes de trabalho 99,4% 99,5%
Automóvel 103,5% 92,7%
Incêndio e outros danos 69,1% 68,6%
Acidentes pessoais e doença 78,2% 79,9%
Responsabi l idade civi l gera l 16,9% 3,1%
Transportes 4,8% 24,3%
Diversos 0,2% 0,3%
Total 84,8% 82,4%
Outros rácios:
2017 2016
26,2% 26,2%
110,7% 99,8%
116,6% 97,6%
Despesas (custos de exploração / prémios adq)
Combinado (s inistros + custos exploração / prémios adq)
Operacional (s inistros + custos de exploração - rendimentos +(-) resseguro / prémios adq)
Rácios
7. Outras provisões técnicas, líquidas de resseguro
As outras provisões técnicas, líquidas de resseguro, são analisadas como segue:
2017 2016
Provisão para desvios de s inistral idade 101.669 93.881
Provisão para riscos em curso 158.556 285.416
Total 260.226 379.297
Ver Nota 26.
8. Custos e gastos de exploração líquidos
Os custos e gastos de exploração líquidos são analisados como segue:
2017 2016
Custos de aquisição 4.650.065 4.815.513
Remunerações de mediação 2.381.322 2.635.423
Custos imputados à função aquis ição (Nota 11) 1.800.729 1.862.060
Outros custos de aquis ição 468.015 318.030
Custos de aquisição diferidos (variação) -34.737 -90.897
Gastos administrativos 1.607.976 1.700.515
Remunerações de mediação 316.528 338.598
Custos imputados à função administrativa (Nota 11) 1.291.448 1.361.917
Comissão e participação nos resultados de resseguro -76.349 -55.644
Custos e gastos de exploração líquidos 6.146.955 6.369.487
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
26
Os custos imputados às funções são primeiro contabilizados pela sua natureza e
posteriormente imputados, tendo por base uma chave de repartição, a Custos de aquisição, a
Gastos administrativos, a Custos com sinistros e a Custos com gestão de investimentos (ver
Nota 11).
A metodologia de imputação utilizada para 2017 foi consistente com aquela adotada em 2016.
9. Rendimentos
Os rendimentos por categoria de ativos financeiros são analisados como segue:
Rendimentos 2017 2016
De juros de activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de
ganhos e perdas 321.595 353.156
Activos financeiros disponíveis para venda 288.095 353.156
Juros 305.539 372.204
Amortização à taxa efectiva -17.443 -19.048
Activos a deter até à maturidade
Juros
Amortização à taxa efectiva
Activos financeiros reconhecimento inicia l ao justo va lor 33.500
Juros 33.500
Amortização à taxa efectiva
Depós itos em insti tuições de crédito
Juros
Outros 19.396 6.523
Activos financeiros disponíveis para venda 19.396 3.103
Dividendos 19.396 3.103
Terrenos e Edi fícios 3.420
Rendimento 3.420
Outros
Total 340.992 359.679
10. Gastos financeiros
A rubrica de gastos financeiros respeita aos custos imputados à função investimentos.
Ver Nota 11.
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
27
11. Custos por natureza imputados
Os gastos por natureza são imputados por função como segue:
2016
Conta
técnica
Conta não
técnicaTotal Total
Custos de aquis ição (Nota 8) 1.800.729 1.800.729 1.862.060
Custos administrativos (Nota 8) 1.291.448 1.291.448 1.361.917
Custos com s inistros (Nota 6) 1.666.521 1.666.521 1.816.083
Custos de gestão de investimentos (Gastos
Financeiros - Nota 10) 205.593 855 206.448 267.925
Total 4.964.291 855 4.965.146 5.307.985
2017Custos por função
A desagregação dos gastos por natureza é como segue:
2017 2016
Custos com pessoal 1.847.929 1.838.682
Fornecimentos e serviços externos 2.584.712 2.893.283
Trabalhos especia l i zados 1.813.550 2.041.046
Rendas e a lugueres 294.095 348.335
Comunicações 135.284 127.885
Conservação e reparação 136.872 116.040
Publ icidade e propaganda 52.605 97.664
Des locações , estadas e despesas de representação 22.816 33.032
Impressos , l ivros e documentação técnica 18.647 21.793
Materia l de escri tório 2.148 2.157
Quotizações 31.336 16.574
Custos com cobranças de prémios 24.423 18.456
Seguros 6.424 15.429
Custos com trabalho independente 1.850 615
Electricidade 3.729 12.576
Combustíveis 17.265 15.353
Limpeza, higiene e conforto 12.728 12.703
Outros 10.938 13.626
Impostos e taxas 113.191 105.050
Amortizações/depreciações e imparidade do exercício 392.574 447.162
Activos intangíveis 318.827 376.528
Imóveis de serviço próprio
Activos tangíveis 73.748 70.635
Juros suportados 487 348
Comissões 26.254 23.459
Total 4.965.146 5.307.985
Os serviços prestados pelos Revisores Oficiais de Contas são registados na rubrica de
trabalhos especializados. Os honorários com o Revisor Oficial de Contas ascenderam em 2017
a 57.730 euros (2016: 39.638 euros), sendo este montante referente à emissão da Certificação
Legal das Contas, emissão de relatórios prudenciais exigidos pela ASF e emissão de inter-
Office para a consolidação com a casa-mãe.
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
28
Os gastos com o pessoal decompõem-se como segue:
2017 2016
Remunerações 1.333.406 1.345.391
dos orgãos socia is 9.625 5.500
do pessoal 1.323.780 1.339.891
Encargos sobre remunerações 285.323 251.111
Beneficios pós emprego 20.669 24.437
planos de contribuição definida 20.669 24.437
Seguros obrigatórios 52.218 55.475
Gastos acção social 8.371 10.719
Outros gastos pessoal 18.592 26.493
Estimativa de bónus 129.350 125.057
Total 1.847.929 1.838.682
A remuneração das pessoas que têm autoridade e responsabilidade pelo planeamento, direção
e controlo da Companhia, encontra-se detalhada no quadro abaixo:
2017 2016
Conselho de Administração
Presidente
Remuneração e outros benefícios
Benefícios pós emprego
Remunerações variáveis
Administrador
Remuneração e outros benefícios
Benefícios pós emprego
Remunerações variáveis
Presidente da mesa da Assembleia Geral
Remuneração e outros benefícios
Conselho Fiscal
Presidente
Remuneração e outros benefícios
Benefícios pós emprego
Remunerações variáveis
Vogal
Remuneração e outros benefícios 11.461 6.457
Benefícios pós emprego
Remunerações variáveis
Directores
Remuneração e outros benefícios 161.485 184.975
Benefícios pós emprego 60.162 54.277
Remunerações variáveis 16.561 19.597
Durante o exercício de 2017 a Companhia teve, em média, 45 trabalhadores ao seu serviço
(2016: 41 trabalhadores), distribuídos pelas seguintes categorias profissionais:
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
29
Categoria profissional 2017 2016
Director 1 2
Gestor Técnico 4 5
Técnico 10 9
Coordenador Operacional 7 7
Especia is ta Operacional 17 17
Ass istente Operacional 6 1
TOTAL 45 41
12. Benefícios concedidos a empregados
A 31 de Julho de 2013, os fundos de pensões da Groupama Seguros de Vida, S.A. e da
Groupama Seguros, S.A., passaram a estar incorporados num único Fundo de Pensões,
denominando-se Fundo de Pensões Groupama. Na mesma data, foi transferida a gestão do
Fundo de Pensões para a SGF – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, SA.
O plano de pensões está de acordo com o novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para a
Atividade Seguradora, de 14 de Janeiro de 2016, cujo texto foi publicado no Boletim do
Trabalho e do Emprego (BTE) n.º 4, de 29 de Janeiro de 2016 (adiante designado por ACT) que
substitui o CCT para a Atividade Seguradora, cujo texto consolidado foi publicado no BTE n.º 2,
de 15 de Janeiro de 2012 (adiante designado Anterior CCT).
Implementou-se um plano de contribuição definida de acordo com o estabelecido no ACT, a
partir de 1 de Janeiro de 2016, o qual substitui o sistema de pensões de reforma de benefício
definido previsto no Anterior CCT.
O Novo ACT vincula os Associados, bem como todos os seus trabalhadores do quadro
permanente.
O Fundo de Pensões mantem os atuais beneficiários, garantindo o financiamento integral das
responsabilidades com pensões em pagamento assim como as respetivas atualizações que se
vierem a verificar.
A primeira contribuição anual do empregador para o plano individual de reforma verificar-se-á:
a) Para os trabalhadores no ativo admitidos na atividade seguradora antes de 22 de Junho
de 1995 — no ano de 2015;
b) Para os trabalhadores no ativo admitidos na atividade seguradora no período
compreendido entre 22 de Junho de 1995 e 31 de Dezembro de 2009 — no ano de
2012;
c) Para os trabalhadores no ativo admitidos depois de 1 de Janeiro de 2010 — no ano
seguinte àquele em que completem dois anos de prestação de serviço efetivo na
empresa.
Deste modo, o Fundo de Pensões passou a financiar dois planos de pensões, sendo um de
benefício definido (para os pensionistas que já se encontravam nesta situação no antigo plano)
e outro de contribuição definida (para os trabalhadores no ativo, admitidos na atividade
seguradora antes de 22 de Junho de 1995), complementares e independentes do regime
público da Segurança Social. Para os trabalhadores admitidos na atividade seguradora após
essa data, as contribuições são efetuadas para uma apólice.
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
30
12.1. Plano de benefício definido
Anualmente, é realizada uma avaliação atuarial para o plano de pensões de benefício definido,
de forma a monitorizar a performance e adequação dos ativos financeiros face às
responsabilidades do plano.
Os principais pressupostos considerados nos estudos atuariais a 31 de Dezembro de 2017,
2016 são:
2017 2016
Tábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90
Taxa prevista de desconto
Até 65 anos N/A N/A
Após 65 anos 1,20% 1,20%
Taxa de prevista de crescimento dos activos do plano 1,20% 1,20%
Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,00%
De acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.4.13, a taxa de desconto utilizada
para estimar as responsabilidades com pensões de reforma, compara-se às taxas de mercado
à data do balanço, associadas a obrigações de empresas de rating de elevada qualidade.
A população de participantes do plano de pensões de benefício definido da Companhia inclui os
beneficiários já reformados provenientes do plano de benefício definido do anterior CCT e visa
garantir exclusivamente o pagamento de pensões de reforma por velhice ou invalidez. A
população do plano é decomposta como se segue:
Pensionistas 2017 2016
Velhice 1 1
A 31 de Dezembro de 2017 e 2016, os montantes reconhecidos em balanço podem ser
analisados como segue:
(Débito) / Crédito 2017 2016
(Activos) / Pass ivos a receber ou entregar em 1 de Janeiro -46.563 -49.999
Custo dos juros 723 1.145
Resultantes das variações entre a real idade e os pressupostos -87 4.953
Encargos do ano:
Perdas Atuaria is Financeiras -2.124 -518
Retorno esperado dos activos do plano -1.281 -2.145
Diferença para va lor contabi l i zado -3.405 -2.663
Activos em 31 de Dezembro -49.333 -46.563
A evolução das responsabilidades com pensões de reforma pode ser analisada como segue:
2017 2016
Responsabilidades em 1 de Janeiro 1.039.517 57.256
Custo dos juros 723 1.145
(Ganhos) / Perdas actuaria is nas responsabi l idades -87 4.953
Benefícios pagos pela Companhia -3140 -3.140
Responsabilidades em 31 de Dezembro 1.037.013 60.214
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
31
O detalhe dos ganhos/perdas atuariais pode ser analisado como se segue:
Justificação dos ganhos atuariais * 2017 2016
Crescimento das Pensões di ferentes do previsto -603 -572
Mortal idade 516 445
Alteração da Taxa de Juro 5.080
Total Ganhos e perdas atuaria is -87 4.953 * Informação requerida através da norma IAS 19 Revista
A evolução dos ativos do fundo de pensões pode ser analisada como segue:
2017 2016
Saldo do fundo em 1 de Janeiro 106.778 107.255
Retorno esperado dos activos do plano 723 1.145
Ganhos / (Perdas) actuaria is 2682 1.518
Beneficios pagos pela companhia -3140 -3.140
Total 107.043 106.778
A carteira de ativos do Fundo de Pensões, é composta da seguinte forma (por classe de ativo):
Valor % Valor %
Títulos rendimento variável 20.411 19,70% 14.533 13,6%
Títulos rendimento fixo 53.836 50,3% 71.908 67,3%
Outros 32.640 30,0% 20.336 19,0%
Total 106.887 100,0% 106.778 100,0%
2017 2016
A taxa de rentabilidade do Fundo pode ser analisada como segue:
2017 2016
Valor dos ativos do plano 107.043 106.778
Taxa de rendibi l idade dos ativos do plano 1,52% 1,51%
A evolução dos desvios atuariais diferidos no capital próprio (Outras reservas) pode ser
analisada como segue:
2017 2016
(Ganhos)/perdas actuaria is reconhecidos no SORIE em 1 de Janeiro -46.553 -49.999
(Ganhos)/perdas actuaria is do ano -2.780 3.446
nas responsabi l idades -1.499 5.591
nos activos do plano -1.281 -2.145
Outros efei tos , incluindo variação de imposto di ferido
(Ganhos)/perdas actuariais reconhecidos no SORIE em 31 de Dezembro (Nota 34) -49.333 -46.553
A evolução do excesso de ativos face às responsabilidades pode ser analisada como segue:
2017 2016
Responsabi l idades em 31 de Dezembro 57.710 60.214
Saldo do Fundo em 31 de Dezembro 107.043 106.778
(Excesso) / Insuficiência do Fundo -49.333 -46.563
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
32
O impacto na conta de ganhos e perdas, pode ser analisado como segue:
2017 2016
Custo de juros 723 1.145
Retorno esperado dos activos do plano e de eventuais direi tos de reembolso -1281 -2.145
Total de impactos no Ganhos e Perdas -558 -1.000
A evolução das responsabilidades e saldos do fundo nos últimos 4 anos é analisada como
segue:
2017 2016
Valor presente da obrigação de benefícios definidos 57.710 60.214
Justo valor dos activos do plano 107.043 106.778
Défice/(excedente) do plano -49.333 -46.563
Ajustamentos de experiência resultantes dos pass ivos do plano -1.499 5.591
Ajustamentos de experiência resultantes dos activos do plano -1.281 -2.145
12.2. Plano de contribuição definida
O plano de contribuição definida visa garantir o pagamento de pensões complementares de
reforma por velhice, reforma por invalidez e sobrevivência imediata. Este plano tem como base
o Plano Individual Reforma (PIR) previsto no novo ACT, celebrado a 29 de Janeiro de 2016. O
PIR teve início em 1 de Janeiro de 2012, sendo o financiamento deste plano obtido através de
um fundo de pensões e de uma apólice de seguro da Groupama seguros de Vida.
Fundo de pensões
São participantes do fundo todos os trabalhadores do quadro de pessoal permanente que
tenham sido admitidos na atividade seguradora antes de 22 de Junho de 1995. A 31 de
Dezembro de 2017 o fundo é composto por 48 participantes.
A primeira contribuição anual da Companhia para a conta de cada participante do PIR verificou-
se em 2015.
No final do ano, o valor do PIR é o seguinte:
31/12/2017 31/12/2016
48 Participantes 302.507 322.453
A entidade gestora do fundo de pensões garante o capital inicial entregue e todas as entregas
anuais para o PIR.
Apólice de Seguro
Foram participantes da Apólice Reforma Segura XXI os trabalhadores admitidos na atividade
seguradora após 22 de Junho de 1995. O valor da apólice foi transferido para o Fundo de
Pensões Groupama no decorrer de 2015.
Tendo em conta o disposto na cláusula 49ª do novo CCT, a Companhia efetuará anualmente
contribuições para o Plano Individual de Reforma (PIR), de valor correspondente às
percentagens indicadas na tabela seguinte, aplicadas sobre o ordenado base anual do
trabalhador:
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
33
Ano civil de contribuição para o PIR Percentagem
2013 ………………………………………….. 2,25
2014 ………………………………………….. 2,5
2015 ………………………………………….. 2,75
2016 e seguintes ……………………. 3,25
A contribuição do ano para esta apólice ascendeu a 23.437 euros (2016: 24.437 euros).
No ano de 2017 não houve contribuição extraordinária para o plano individual de reforma dos
trabalhadores, assim como em 2016.
12.3. Outros benefícios de longo prazo
Ao abrigo do novo ACT, a cláusula 42ª contempla a obrigação de a Companhia atribuir aos
colaboradores, mediante o cumprimento de determinados requisitos definidos na mesma
cláusula, prémios de permanência pecuniários (colaboradores com idade inferior a 50 anos) ou
a concessão de dias de licença com retribuição (colaboradores com idade superior ou igual a
50 anos).
Quando o trabalhador completar um ou mais múltiplos de cinco anos de permanência na
Companhia, terá direito a um prémio pecuniário de valor equivalente a 50% do seu ordenado
efetivo mensal. Após o trabalhador completar 50 anos de idade e logo que verificados os
períodos mínimos de permanência na empresa a seguir indicados, o prémio pecuniário é
substituído pela concessão de dias de licença com retribuição em cada ano, de acordo com o
esquema seguinte:
a) Três dias, quando perfizer 50 anos de idade e 15 anos de permanência na Companhia;
b) Quatro dias, quando perfizer 52 anos de idade e 18 anos de permanência na
Companhia;
c) Cinco dias, quando perfizer 54 anos de idade e 20 anos de permanência na
Companhia.
Em 2017, existiam seis colaboradores elegíveis para receber o prémio de permanência, destes,
seis cumpriam os requisitos, tendo sido atribuído um prémio no valor total de 5.103 euros
(2016: 4.268 euros).
Para o pagamento de prémios de permanência futuros, foi constituída uma provisão no valor de
33.579 euros (2016: 24.851 euros).
12.4. Benefícios de curto prazo
Ver Nota 11.
12.5. Benefícios por cessação de emprego
Ver Nota 11.
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
34
13. Ganhos líquidos de ativos e passivos financeiros não valorizados ao justo valor
através ganhos e perdas
Os ganhos líquidos de ativos disponíveis para venda são analisados como segue:
2017 2016
Ganhos Perdas Total Ganhos Perdas Total
Activos financeiros disponíveis para venda 362 -135 226 93.549 -35.624 57.926
Obrigações e outros títulos de rendimento fixo 362 -135 226 93.549 -35.624 57.926
De emissores públ icos 54 54 49.933 -245 49.688
De outros emissores 307 -135 172 43.616 -35.378 8.238
Acções
Outros títulos de rendimento variável
Total 362 -135 226 93.549 -35.624 57.926
Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros não
valorizados ao justo valor através de ganhos e perdas
14. Ganhos líquidos de ativos e passivos financeiros valorizados ao justo valor através
ganhos e perdas
Os ganhos líquidos de ativos e passivos financeiros detidos para negociação e classificados no
reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas são analisados como segue:
2017 2016
Ganhos Perdas Total Ganhos Perdas Total
Activos financeiros detidos para negociação -4.048 -4.048 -112 -3.179 -3.291
Obrigações e outros títulos de rendimento fixo
De emissores públ icos
De outros emissores
Acções
Outros títulos de rendimento variável -4.048 -4.048 -112 -3.179 -3.291
Activos financeiros ao justo va lor através de ganhos e perdas no
reconhecimento inicia l 95.811 -82 95.729 75.576 75.576
Obrigações e outros títulos de rendimento fixo 46.300 46.300 24.477 24.477
De emissores públ icos 46.300 46.300 24.477 24.477
De outros emissores
Acções
Edi fícios de rendimento 50.000 50.000 50.000 50.000
Outros títulos de rendimento variável -489 -82 -571 1.099 1.099
Total 95.811 -4.130 91.681 75.463 -3.179 72.285
Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros valorizados ao justo
valor através de ganhos e perdas
15. Ganhos líquidos de ativos não financeiros que não estejam classificados como ativos
não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas
Nada a evidenciar.
16. Perdas de imparidade, líquidas de reversão
Nos anos de 2017 e 2016, não existia nenhum ativo em carteira sujeito a imparidade
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
35
17. Outros rendimentos/gastos técnicos, líquidos de resseguro
Os outros rendimentos/gastos técnicos, líquidos de resseguro, são analisados como segue:
2017 2016
Gastos
Comissão de angariação -1.057 -5.789
Outros 1.669 -558
Total gastos 611 -6.348
Rendimentos
Comissão de gestão de co-seguro 3.203 2.919
Outros rendimentos técnicos 13.495
Total rendimentos 3.203 16.414
Outros Rendimentos/Gastos Técnicos
Liquidos de Resseguro 3.814 10.067
18. Outros rendimentos/gastos
2017 2016
Gastos
Valores em contencioso 64.208
Serviços bancários -12.813 -14.239
Perdas activos tangíveis
Reforço do a justamento de recibos por cobrar (Nota 27) 48.277 -11.671
Regularizaçãode sa ldos de outros devedores com antiguidade
Outros gastos -42.273 -23.265
Total gastos 57.398 -49.175
Rendimentos
Condomínio dos imóveis arrendados
Reestruturação
Anulação de cheques 13.671 12.496
Regularizaçãode sa ldos de outros devedores com antiguidade 115.180 115.180
Outros rendimentos 1.292 43.282
Total rendimentos 130.143 170.958
Outros Rendimentos/Gastos 187.541 121.783
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
36
19. Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem
O saldo desta rubrica em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 é analisado como segue:
2017 2016
Numerário 1.182 756
Depós i tos bancários imediatos mobi l i zaveis 794.085 237.395
Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 795.267 238.151
Depós i tos bancários imediatamente mobi l i zaveis
Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem e depósitos a
prazo considerados na Demonstração de Fluxos de Caixa 795.267 238.151
20. Ativos financeiros detidos para negociação
O saldo desta rubrica em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 é analisado como segue:
Negociação 2017 2016
Outros títulos de rendimento variável 975.819 711.548
Unidades de participação de fundos de investimento mobi l iário 975.819 711.548
Valor de balanço 975.819 711.548
Valor de aquisição 977.487 711.601
Em termos da hierarquia do justo valor, prevista na IFRS7, estes instrumentos financeiros
encontram-se inseridos no Nível 1 (ver Nota 35).
21. Ativos Financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor
Os ativos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor são como se segue:
Activos reconhecidos ao justo valor através de ganhos e perdas 2017 2016
Obrigações e outros títulos de rendimento fixo 1.070.900 1.024.600
De outros emissores 1.070.900 1.024.600
Outros títulos de rendimento variável 2.632.577 2.633.169
Unidades de participação de fundos de investimento mobi l iário 2.632.577 2.633.169
Valor de balanço 3.703.477 3.657.769
Valor de aquisição 3.632.803 3.632.803
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
37
22. Ativos disponíveis para venda
Os instrumentos financeiros classificados como disponíveis para venda são como segue:
Positiva Negativa
Obrigações e outros títulos de rendimento fixo
De dívida públ ica 3.321.995 165.070 -52.671 3.434.394 67.123 3.501.518
De emissores públ icos 698.545 49.452 747.997 10.340 758.337
De outros emissores 9.381.727 169.079 -33.479 9.517.327 112.525 9.629.851
Acções 11.223 11.223 11.223
Outros títulos de rendimento variável 420.355 3.131 423.486 423.486
Saldo em 31 de Dezembro de 2016 13.833.844 386.733 -86.151 14.134.426 189.988 14.324.414
Obrigações e outros títulos de rendimento fixo
De dívida públ ica 3.317.267 220.848 3.538.115 58.494 3.596.609
De emissores públ icos 599.804 39.769 639.573 2.932 642.505
De outros emissores 11.147.046 231.112 -7.493 11.370.665 111.240 11.481.905
Acções 11.223 11.223 11.223
Outros títulos de rendimento variável 774.767 11.403 786.170 786.170
Saldo em 31 de Dezembro de 2017 15.850.107 503.132 -7.493 16.345.746 172.666 16.518.412
Juro decorridoValor
contabilistico
Reserva de justo valorCusto
Amortizado ( 1)Imparidade Justo Valor
(1) Ou custo de aquisição no caso de acções e outros títulos de rendimentos variável
Em termos da hierarquia do justo valor, prevista na IFRS7, todos os ativos disponíveis para
venda encontram-se inseridos no Nível 1, à exceção do montante relativo à UP da Obrigação
Oberon Credit – nível 2- e à exposição a ações que se encontram classificadas como nível 3
(ver Nota 35).
23. Terrenos e edifícios
Em 2017 a Empresa não detinha quaisquer terrenos e edifícios.
24. Outros ativos tangíveis
Os movimentos ocorridos durante os anos de 2017 e 2016 são analisados como segue:
Valor bruto DepreciaçõesValor
liquidoReforço Regularizações Valor bruto Depreciações
Valor
liquido
Equipamento administrativo 56.310 53.603 2.707 2.475 56.310 56.078 232
Máquinas e ferramentas 20.841 20.841 20.841 20.841
Equipamento informático 310.658 305.562 5.096 8.733 5.948 319.392 311.510 7.881
Insta lação interiores 385.446 385.446 385.446 385.446
Materia l de transporte 35.956 35.956 -24.956 -24.956 11.000 11.000
Outras imobi l i zações corpóreas 117.885 86.428 31.457 13.329 117.885 99.757 18.128
Despesas em edi ficios arrendados 533.002 357.626 175.376 1.083 51.995 534.085 409.621 124.464
Total 1.460.098 1.245.462 214.636 9.817 -24.956 73.748 -24.956 1.444.959 1.294.254 150.705
Saldo Final
2017Saldo inicial
Transferências
e abates
Depreciações
Aquisições
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
38
Valor bruto DepreciaçõesValor
liquidoReforço Regularizações Valor bruto Depreciações
Valor
liquido
Equipamento administrativo 223.496 195.418 28.078 -167.186 5.410 -147.225 56.310 53.603 2.707
Máquinas e ferramentas 20.841 20.841 20.841 20.841
Equipamento informático 305.432 304.328 1.104 5.227 1.234 310.658 305.562 5.096
Insta lação interiores 422.248 406.914 15.334 -36.802 -21.468 385.446 385.446
Materia l de transporte 35.956 35.956 35.956 35.956
Outras imobi l i zações corpóreas 134.042 79.376 54.666 -16.157 14.705 -7.653 117.885 86.428 31.457
Imobi l i zações em curso
Despesas em edi ficios arrendados 501.779 308.341 193.438 31.222 49.285 533.002 357.626 175.376
Total 1.643.794 1.351.174 292.620 36.449 -220.145 70.635 -176.347 1.460.098 1.245.462 214.636
Saldo inicial
2016Depreciações Saldo Final
Transferências
e abatesAquisições
Considera-se que o valor contabilístico relevado não difere significativamente do valor de
realização dos ativos tangíveis detidos.
25. Outros ativos intangíveis
Os movimentos ocorridos durante os anos 2017 e 2016 são:
Valor bruto Depreciações Valor liquido Reforço Regularizações Valor bruto Depreciações Valor liquido
Despesas com apl icações
informáticas 7.061.983 6.491.856 570.126 64.237 58.451 318.826 7.184.671 6.810.682 373.989
Activos intangíveis em curso 222.541 222.541 167.079 -58.451 331.170 331.170
Total 7.284.524 6.491.856 792.668 231.316 318.826 7.515.841 6.810.682 705.159
Saldo Final
2017Saldo inicial
AquisiçõesTransferências
e abates
Depreciações
Imparidade
Valor bruto Depreciações Valor liquido Reforço Regularizações Valor bruto Depreciações Valor liquido
Despesas com apl icações
informáticas 6.849.937 6.115.329 734.608 212.046 376.527 7.061.983 6.491.856 570.126
Activos intangíveis em curso 84.878 84.878 137.663 222.541 222.541
Total 6.934.815 6.115.329 819.486 349.709 376.527 7.284.524 6.491.856 792.668
Imparidade
Saldo Final
2016Saldo inicial
AquisiçõesTransferências
e abates
Depreciações
Considera-se que o valor contabilístico relevado não difere significativamente do valor de
realização dos ativos intangíveis detidos.
26. Provisões técnicas de seguro directo e resseguro cedido
As provisões técnicas de seguro direto e resseguro cedido decompõem-se como segue em 31
de Dezembro de 2017 e 2016:
2017 2016
Seguro directo e
resseguro aceiteResseguro cedido Total
Seguro directo e
resseguro aceiteResseguro cedido Total
Provisão para prémios não adquiridos 5.201.366 -48.021 5.153.346 4.927.665 -54.186 4.873.479
Provisão para sinistros 15.874.829 -3.342.543 12.532.286 11.444.926 -1.486.865 9.958.062
Provisão para riscos em curso 1.618.358 1.618.358 1.459.802 1.459.802
Provisão para desvios de sinistralidade 1.008.759 1.008.759 907.089 907.089
Total 23.703.312 -3.390.563 20.312.749 18.739.482 -1.541.051 17.198.431
Provisões
Das análises atuariais efetuadas, a conclusão do Atuário Responsável é que a Companhia tem
um nível de provisionamento prudente, do ponto de vista global e determinístico, e que as
provisões técnicas estão calculadas de acordo com a legislação em vigor.
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
39
A provisão para prémios não adquiridos, em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, é analisada
como segue:
2017 2016
Provisão para prémios
não adquiridos
Custos de aquisição
diferidosSaldo
Provisão para
prémios não
adquiridos
Custos de aquisição
diferidosSaldo
Seguro Directo
Acidentes e doença 1.187.120 -115.174 1.071.947 1.251.105 -122.607 1.128.498
Incêndio e outros danos 1.706.442 -214.230 1.492.213 1.562.044 -196.622 1.365.422
Automóvel 2.869.968 -278.867 2.591.100 2.645.369 -255.151 2.390.218
Outros 51.496 -5.390 46.106 48.070 -4.544 43.526
Subtotal 5.815.027 -613.660 5.201.366 5.506.588 -578.924 4.927.665
Resseguro Cedido
Acidentes e doença -6.700 2.143 -4.557 -6.962 2.217 -4.746
Incêndio e outros danos -40.262 8.052 -32.210 -47.853 9.563 -38.289
Automóvel
Outros -13.828 2.574 -11.254 -13.705 2.554 -11.151
Subtotal -60.790 12.770 -48.021 -68.520 14.334 -54.186
Total 5.754.236 -600.891 5.153.346 5.438.069 -564.590 4.873.479
Provisão para prémios não adquiridos
A provisão para sinistros, em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, é analisada como segue:
2017 2016
Seguro directo Resseguro cedido Líquido Seguro directo Resseguro cedido Líquido
Acidentes e doença 5.534.096 -33 5.534.063 4.954.038 -1.800 4.952.239
Incêndio e outros danos 3.342.333 -1.646.503 1.695.830 1.544.194 -338.655 1.205.539
Automóvel 6.723.513 -1.505.429 5.218.084 4.624.586 -912.969 3.711.617
Outros 274.887 -190.578 84.309 322.108 -233.441 88.667
Total 15.874.829 -3.342.543 12.532.286 11.444.926 -1.486.865 9.958.062
Provisão para sinistros
A provisão para sinistros (IBNR), em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 é analisada como segue:
2017 2016
Seguro directo Resseguro cedido Líquido Seguro directo Resseguro cedido Líquido
Acidentes e doença 656.497 656.497 660.040 660.040
Incêndio e outros danos 87.661 87.661 64.610 64.610
Automóvel 79.697 79.697 98.560 98.560
Outros 1.609 1.609 1.238 1.238
Total 825.463 825.463 824.448 824.448
Provisão para sinistros (IBNR)
A provisão para sinistros (IBNER), em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 é analisada como
segue:
2017 2016
Seguro directo Resseguro cedido Líquido Seguro directo Resseguro cedido Líquido
Acidentes e doença 225.000 225.000 315.000 315.000
Incêndio e outros danos 300.000 300.000 200.000 200.000
Total 525.000 525.000 515.000 515.000
Provisão para sinistros (IBNER)
A provisão para sinistros de Acidentes de Trabalho, em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 é
analisada como segue:
Seguro directo Resseguro cedido Líquido Seguro directo Resseguro cedido Líquido
Pensões conci l iadas 1.197.478 1.197.478 985.560 985.560
Pensões definidas 542.889 542.889 617.855 617.855
Pensões presumíveis 175.047 175.047 148.955 148.955
Encargos com ass is tência vi ta l ícia 35.981 35.981 35.981 35.981
Outras prestações 856.773 856.773 863.714 863.714
Provisão para IBNER 225.000 225.000 225.000 225.000
Provisão para IBNR 49.721 49.721 84.183 84.183
Custos de gestão de s inis tros 120.708 120.708 103.097 103.097
Total 3.203.598 3.203.598 3.064.345 3.064.345
Provisão para sinistros (Acidentes de trabalho)2017 2016
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
40
A 31 de Dezembro de 2017, o desenvolvimento da provisão para sinistros relativo a sinistros
ocorridos em exercícios anteriores e seus reajustamentos (correções) é analisado como segue:
Reajustamentos da provisão para sinistros
Ramos técnicos
Acidentes e doença 4.954.038 2.294.980 2.977.875 318.816
Incêndio e outros danos 1.544.194 826.656 577.076 -140.462
Automóvel 4.624.586 1.235.455 3.649.318 260.187
Marítimo, aéreo e transportes 128.796 9.137 85.847 -33.813
Outros 193.312 4.556 185.087 -3.669
Total 11.444.926 4.370.783 7.475.202 401.059
* Sinistros ocorridos no Ano-1 e anteriores
Provisão para sinistros
em 31/12/N-1
(1)
Custos com sinistros *
montantes pagos no
exercício
(2)
Provisão para
sinistros *
em 31/12/N
(3)
Reajustamentos
(3) + (2) - (1)
Ver adicionalmente o Anexo 2.
A situação a 31 de Dezembro de 2016 era a seguinte:
Reajustamentos da provisão para sinistros
Ramos técnicos
Acidentes e doença 4.133.444 1.979.516 2.704.993 551.065
Incêndio e outros danos 1.721.039 840.202 911.244 30.407
Automóvel 4.815.967 1.413.565 2.766.734 -635.667
Marítimo, aéreo e transportes 152.792 25.000 128.796 1.004
Outros 221.631 13.739 190.379 -17.513
Total 11.044.873 4.272.023 6.702.146 -70.705
* Sinistros ocorridos no Ano-1 e anteriores
Provisão para sinistros
em 31/12/N-1
(1)
Custos com sinistros *
montantes pagos no
exercício
(2)
Provisão para
sinistros *
em 31/12/N
(3)
Reajustamentos
(3) + (2) - (1)
A provisão para desvios de sinistralidade, em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, é analisada
como segue:
Saldo de balanço Variação em ganhos e perdas
2017 2016 2017 2016
Incêndio e outros danos 973.041 871.808 -101.233 -93.368
Outros 35.718 35.281 -436 -514
Total 1.008.759 907.089 -101.669 -93.881
Provisão para desvios de sinistralidade
A provisão para riscos em curso, em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 é analisada como segue:
Saldo de balanço Variação em ganhos e perdas
2017 2016 2017 2016
Acidentes e doença 189.789 432.342 242.553 316.806
Incêndio e outros danos 215.666 247.975 32.309 -232.600
Automóvel 1.212.903 773.070 -439.833 -366.090
Outros 6.414 6.414 -3.532
Total 1.618.358 1.459.802 -158.556 -285.416
Provisão para riscos em curso
Existe um incremento considerável nos ramos de Incêndio e Automóvel, devido ao aumento da
taxa de sinistralidade verificada em 2017.
No que concerne ao ramo de acidentes e doença verifica-se uma diminuição significativa devido
a ter sido efetuado um saneamento da carteira do ramo de doença no período de 2017.
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
41
27. Outros devedores por operações de seguros e outras operações
O saldo desta rubrica em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 é analisado como segue:
2017 2016
Contas a receber por operações de seguro directo
Tomadores de seguro 1.099.240 1.336.861
Mediadores 12.453 38.478
Co-seguradores 10.740 14.652
Reembolsos de s inis tros 1.016.581 679.679
sub-total 2.139.015 2.069.670
Contas a receber por operações de resseguro
Outros resseguradores 72.420 330
sub-total 72.420 330
Contas a receber por outras operações
Empresas do Grupo (Nota 34)
Rendas de imóveis 45.225 45.225
Adiantamentos ao pessoal 1.292 2.559
Imovel 2.896.250 2.846.250
Outros 17.610 112.591
sub-total 2.960.377 3.006.625
Total Contas a receber 5.171.811 5.076.625
Ajustamentos -123.017 -235.502
Total 5.048.794 4.841.123
Os ajustamentos e outras provisões entre 31 de Dezembro de 2017 e 2016, evoluíram como
segue:
2017 Saldo inicial Aumento Redução Saldo Final
Ajustamentos de recibos por cobrar 116.569 68.292 -116.569 68.292
Ajustamentos de créditos de cobrança duvidosa 118.934 64.208 54.725
Ajustamentos e outras provisões 235.502 68.292 -52.360 123.017
2016 Saldo inicial Aumento Redução Saldo Final
Ajustamentos de recibos por cobrar 104.898 116.569 -104.898 116.569
Ajustamentos de créditos de cobrança duvidosa 118.934 118.934
Outras provisões
Ajustamentos e outras provisões 223.832 116.569 -104.898 235.502
28. Ativos e Passivos por impostos
A Companhia está sujeita ao regime fiscal estabelecido pelo Código do IRC – Imposto sobre o
rendimento das Pessoas Coletivas. Adicionalmente, o conceito de impostos diferidos,
resultantes das diferenças temporárias entre os resultados contabilísticos e os resultados
fiscalmente aceites para efeitos de tributação do IRC, é aplicável sempre que haja uma
probabilidade razoável de que tais impostos venham a ser pagos ou recuperados no futuro.
O cálculo do imposto corrente dos exercício de 2016 e 2017 foi apurado com base na taxa
nominal de imposto e de derrama municipal, respetivamente de 21% e 1,5%, aplicável às
atividades da Companhia, bem como da derrama estadual, criada pela Lei nº 12-A/2010, com a
alteração do Orçamento de Estado de 2013 (Lei nº 66-B/2012). Naqueles anos não foi apurado
qualquer valor de derrama estadual nem municipal.
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
42
Relativamente ao cálculo do imposto corrente do exercício de 2016 foi apurado com base na
taxa nominal de imposto e de derrama municipal, respetivamente de 21% e 1,5%, aplicável às
atividades da Companhia, bem como da derrama estadual, criada pela Lei nº 12-A/2010, com a
alteração do Orçamento de Estado de 2013 (Lei nº 66-B/2012). No ano de 2016 não foi apurada
qualquer valor de derrama estadual.
A última inspeção pela AT à Companhia teve como base o exercício de 2010, não se tendo
constatado ajustamentos significativos às declarações entregues em exercícios anteriores. As
declarações de autoliquidação da Companhia ficam sujeitas a inspeção e eventual ajustamento
pelas autoridades fiscais durante um período de quatro anos. No entanto, é convicção da
Administração da Companhia, não ser previsível qualquer correção relativa aos exercícios
acima referidos com impacto significativo sobre as demonstrações financeiras.
A Companhia é tributada conjuntamente com a Groupama Seguros de Vida, pelo regime
especial de tributação dos grupos de sociedades.
Os ativos por impostos correntes, em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, são analisados como
segue:
Activo por impostos correntes 2017 2016
IRC a receber
Taxa para o ANPC 6 8
Taxa para o INEM 4
Taxa para o FAT 3.894 4.540
Contribuições para a Segurança Socia l 230.554
Total 234.458 4.548
Os passivos por impostos correntes, em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, encontram-se
detalhados abaixo:
Passivo por impostos correntes 2017 2016IRC a l iquidar 23.704
Retenção de imposto na fonte 31.289 37.021
Imposto de selo 133.572 181.225
Taxa para o ANPC 33.685 33.226
Taxa para o INEM 43.734 49.911
Taxa para o FAT 26.761 31.471
Taxa ASF 24.561 14.883
Taxa para o FGA e Prevenção Rodoviária 28.951 27.874
Contribuições para a Segurança Socia l 21.117 23.383
IMI 250 22.450
Taxa Esgotos 2.611
Outros impostos e taxas 8.343 14.121
Total 352.263 461.882
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
43
Os ativos e passivos por impostos diferidos reconhecidos no balanço, e a sua evolução entre 31
de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016 são analisados como segue:
Impostos diferidos reconhecidos na demonstração da posição
financeira2017
Reconhecido
em resultados
Reconhecido
em reservas2016
IMPOSTOS DIFERIDOS ACTIVOS
Imóveis
Diferença entre valor contabilistíco e fiscal das ações 314 314
Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento 70.747
Prejuízos fiscais 4.342.833 395.102 3.947.731
TOTAL DE IMPOSTOS DIFERIDOS ACTIVOS 4.343.147 395.102 4.018.792
IMPOSTOS DIFERIDOS PASSIVOS
Fundo de pensões (IAS 19) -11.242 2.891 -14.133
Reservas de reavaliação - ajustamentos de justo valor -111.519 -45.279 -66.240
TOTAL DE IMPOSTOS DIFERIDOS PASSIVOS -122.760 2.891 -45.279 -80.372
IMPOSTO DIFERIDO LIQUIDO 4.220.387 397.993 -45.279 3.938.420
Os prejuízos fiscais podem ser deduzidos até ao ano de 2029.
O imposto sobre o rendimento reportado nos resultados de 2017 e 2016 explica-se como
segue:
Imposto sobre o rendimento reportado nos resultados 2017 2016
Imposto corrente 19.027 23.704
Imposto diferido -375.226 -3.237.850
Origem e reversão de diferenças temporárias -375.226 -3.237.850
Prejuízos fiscais
Total do imposto registado em resultados -356.200 -3.214.146
O imposto diferido relacionado com itens do capital próprio, nos anos de 2017 e 2016 explica-se
como segue:
Imposto sobre o rendimento reportado em reservas 2017 2016Imposto diferido
Reserva de justo valor -111.205 -66.240
Benefícios aos empregados (Outras reservas)Total do Imposto diferido -111.205 -66.240
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
44
A reconciliação da taxa de imposto pode ser analisada como segue:
Reconciliação entre taxa de imposto nominal e efectiva 2017 2016
Resultado antes de impostos -2.789.260 -2.548.066
Gasto de imposto nominal 21% -585.745 -535.094
Tributação Autónoma 19.027 23.704
Imposto Di ferido -375.226 -3.237.850
13% 126%
Diferença 229.546 -2.679.052
Custos não aceites ( multas , donativos , despesas confidencia is ) 4.827 6.043
Amortizações não aceites 112
Outros Acréscimos 36.140 16.259
Benefícios fi sca is -15.668 -8.340
Outras Deduções -63.085
Impostos Di feridos -55.071
Imóveis (menos va l ia não real izada)
Total de diferenças (base tributável) -92.857 14.074
Sub-total (Imposto) -20.778 2.955
Prejuízos fiscais não reconhecidos -191.240 2.700.000
Tributação autónoma -19.027 -23.704
Imposto Diferido Relativo ao Fundo de Pensões 1.499 -199
Diferença -229.546 2.679.052
29. Acréscimos e diferimentos
A rubrica acréscimos e diferimentos em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 é analisada como
segue:
2017 2016
Activo
Gastos diferidos 94.006 81.437
Total acréscimos e diferimentos activos 94.006 81.437
Passivo
Rendimentos diferidos
Acréscimos de gastos -995.293 -801.860
Estimativa bónus por objectivos -254.122 -236.716
Estimativa subsídio de férias -74.348 -76.779
Estimativa encargos -40.420 -41.349
Bourges (Nota 34)
Facturas em trânsito -626.402 -447.016
Total acréscimos e diferimentos Passivos -995.293 -801.860
Total -901.286 -720.424
30. Afetação dos investimentos e outros ativos
Ver Nota 4, reporte por segmentos.
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
45
31. Outros passivos financeiros
Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, os outros passivos financeiros são compostos por
depósitos recebidos de resseguradores, os quais são analisados como segue:
2017 2016
SECURA 71.105
GROUPAMA, SA (Nota 34) 35.000
Total 106.105
32. Outros credores por operações de seguros e outras operações
O detalhe desta rubrica em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 é analisado como segue:
2017 2016Por operações de seguro directoTomadores de seguro 473.491 376.443Mediadores 178.988 210.870Co-seguradores 80.699 83.739
sub-total 733.178 671.052Por operações de resseguroResseguradores do Grupo (Nota 34) 99.554 174.267Outros resseguradores 256.798 202.350
sub-total 356.352 376.617Por outras operações - Outros credoresEmpresas do Grupo (Nota 34) 268.915 68.433Fornecedores 112.823 140.391Pessoal 95 1.275Outros 51.183
sub-total 381.833 261.281Total 1.471.362 1.308.950
33. Capital, Outros instrumentos de capital, Reservas de reavaliação, Outras reservas e
Resultados Transitados
Capital
O capital da Companhia encontra-se representado por 1.640.000 de ações nominativas, com
valor nominal de 5 Euros cada, as quais se encontravam subscritas e realizadas na totalidade
pela Groupama Seguros de Vida, SA.
Resultados básicos por ação:
Os resultados básicos por ação, a 31 de Dezembro de 2017 e 2016, decompõem-se como
segue:
2017 2016
Resultado l íquido do exercício -2.433.061 666.080
Nº médio ponderado de acções ordinárias em circulação 1.640.000 1.640.000
Resultado bás ico por acção -1,48 0,41
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
46
Outros instrumentos de capital
Na rubrica outros instrumentos de capital estão incorporados 9.179.77 euros relativos a
Prestações Suplementares.
No mês de Julho de 2017 o acionista único, Groupama Seguros de Vida, realizou prestações
acessórias no valor de 2.000.000 de euros.
Reservas de reavaliação
As reservas de reavaliação por ajustamentos no justo valor de ativos financeiros incluem as
mais e menos valias potenciais relativas à carteira de investimentos disponíveis para venda,
líquidas da imparidade reconhecida em resultados no exercício e/ou em exercícios anteriores,
como segue:
2017 2016
Custo amortizado dos activos financeiros disponíveis para venda 15.850.107 13.833.844
Imparidade acumulada reconhecida
Custo amortizado dos activos financeiros disponíveis para venda, líquido de
imparidade 15.850.107 13.833.844
Justo valor dos activos financeiros disponíveis para venda 16.345.746 14.134.426
Valias na reserva de justo valor, dos títulos transferidos da categoria disponíveis para
venda para a categoria a deter até maturidade
Ganhos/(perdas) potenciais na carteira de activos financeiros disponíveis para venda 495.639 300.582
Ver adicionalmente a Nota 22.
Reservas por impostos diferidos
Os impostos diferidos, calculados sobre os ajustamentos fiscais entre os valores contabilísticos
dos ativos e passivos e a sua base fiscal, são reconhecidos em resultados, exceto quando
estão relacionados com itens que são reconhecidos diretamente nos capitais próprios, caso em
que são também registados por contrapartida dos capitais próprios, nesta rubrica. Os impostos
diferidos reconhecidos nos capitais próprios decorrentes da reavaliação de investimentos
disponíveis para venda são posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que
forem reconhecidos em resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem.
Outras Reservas
Nesta rubrica a Companhia tem registado em “Reservas Livres”, o montante de 7.397 euros
(2016: 7.397 euros), as quais resultam de resultados positivos, não necessários para dotar a
reserva legal nem para cobrir prejuízos transitados e não distribuídos ao acionista único.
Também incluído em Outras Reservas – “Reserva Legal,” encontra-se registado o montante de
691.799 euros (2016: 625.191 euros), o qual só pode ser utilizado para cobrir prejuízos
acumulados ou para aumentar o capital. De acordo com o estipulado no artigo 295º do Código
das Sociedades Comerciais, a reserva legal deve ser anualmente creditada com pelo menos
10% do lucro líquido anual, até à concorrência do capital emitido.
Finalmente temos a Reserva onde estão contabilizados os ganhos e perdas atuariais relativos
ao Plano de Pensões da Companhia, em conformidade com a IAS 19, no montante de 41.377
euros (saldo credor) (2016: 51.443 euros (saldo credor)).
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
47
Ao longo do exercício findo em 31 de Dezembro de 2017, as reservas e os resultados
transitados podem ser analisados como segue:
Reserva de
reavaliação
Reserva por
impostos diferidosOutras reservas
Resultados
transitados
Saldo em 1 de Janeiro de 2016 762.520 -170.172 571.987 -4.293.728
Transferência de/para reservas 112.044
Alterações de valor -461.938 103.932
IncorporaçãodoRLEXºde 2016 1.008.400
Saldo em 31 de Dezembro de 2016 300.582 -66.240 684.031 -7.306.407
Transferência de/para reservas 56.542
Alterações de valor 195.057 -44.965
IncorporaçãodoRLEXºde 2017 599.472
Saldo em 31 de Dezembro de 2017 495.639 -111.205 740.573 -6.706.935
34. Transacções com partes relacionadas
As operações com partes relacionadas (intra-grupo) em 2017 foram-no com a Groupama, SA, a
Groupama Asset Management, a Groupama Seguros de Vida, SA e a Groupama Supports et
Services.
Com a Groupama SA temos as operações relacionadas com os tratados de resseguro, com a
Groupama Supports et Services existem operações ao nível dos sistemas informáticos e com a
Groupama Vida as operações internas relacionadas com a utilização comum de espaço, de
meios humanos e materiais, nomeadamente, rendas dos imóveis e financiamentos de
Tesouraria.
Por outro lado, a gestão dos Investimentos é feita em França, numa empresa do grupo, a
Groupama Asset Management.
Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, o montante global dos ativos e passivos da Companhia
que se referem a operações com partes relacionadas, resume-se como segue:
2017 Activo Passivo Gastos Rendimentos
Groupama SA 2.260.000 132.176 2.439.176 20.000
Groupama Asset Management 5.059 18.901
Groupama Credit
Groupama Seguros de Vida 268.915 623.273 496.166
Groupama Supports et Services 18.590 6.017
Total 2.260.000 424.740 3.087.366 516.166
2016 Activo Passivo Gastos Rendimentos
Groupama SA 660.941 240.240 760.820 184.272
Groupama Asset Management 4.601 16.706
Groupama Credit 328
Groupama Seguros de Vida 18.542 694.367 575.462
Groupama Supports et Services 18.590 55.449
Total 660.941 282.301 1.527.341 759.734
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
48
35. Gestão dos riscos de actividade
As responsabilidades na Gestão do Risco ao nível da Companhia, dividem-se como se segue:
Comité de Risco
Em funcionamento a partir de 2012, a sua missão é a de controlar os riscos que possam afetar
a entidade e a sua coordenação de riscos com a casa-mãe. Este Comité é presidido pela
Administração e compreende o Comité de Direção.
As suas principais funções e responsabilidades são:
Análise do Plano de Ação do Departamento de Gestão de Riscos, juntamente com as
diversas Direções;
Controlo dos principais riscos da Companhia (Riscos Críticos do Grupo e Riscos
Críticos da Empresa), análise da sua avaliação, bem como assegurar a implementação
dos planos de mitigação acordados;
Acompanhamento, e submissão à aprovação, das ações sobre as exigências de
relatórios e orientações pela gestão de riscos do Grupo, particularmente na Solvência II:
o Direção Financeira: Supervisiona o trabalho do Pilar I;
o Departamento de Gestão de Riscos: Supervisiona o trabalho referente ao Pilar
II (exigências de documentação e gestão do risco no âmbito do Pilar II e
exigências de comunicação em termos de gestão de risco com a Sede) e
parte do Pilar III;
Avaliação da possibilidade de entrada de novos riscos considerados críticos para a
Companhia;
Análise do nível de cumprimento das tarefas atribuídas a cada equipa de Gestão de
Risco, incluindo Risk Owner’s.
Departamento de Gestão de Riscos (DGR)
A Companhia tem o DGR como a principal unidade para executar as funções definidas pela
diretiva Solvência II e Normas de Regulamentação e/ou orientações técnicas emanadas pelo
ISP nesta temática. Este Departamento reporta diretamente à Direção Geral da Companhia,
que por sua vez depende do Administrador Delegado. Isso garante a independência da função
em relação ao negócio de seguros.
A principal função do DGR é desenvolver um quadro de gestão eficaz dos riscos na
Organização que permita uma correta monitorização e que garanta o cumprimento dos
objetivos e sobrevivência da Organização no longo prazo.
As principais responsabilidades do DGR são:
Auxiliar na identificação de novos riscos potenciais resultantes de fatores internos ou
externos;
Colaborar na atualização do mapa de risco com metodologias de valorização
homogéneas;
Monitorizar o Sistema de Gestão de Riscos no geral;
Definir ações a desenvolver para cumprir com as normas do Grupo e normas Legais;
Dinamizar o Risk Management na Companhia;
Sensibilizar da importância do Risk Management na Companhia;
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
49
Providenciar informação para o seguimento global do risco na Companhia;
Desenvolver planos de ação para monitorizar os riscos na Companhia e controlá-los;
Submeter à Administração as propostas necessárias que se considerem convenientes
para uma gestão de riscos adequada (de acordo com as melhores práticas do
mercado, ou de acordo com recomendações sobre o sistema de gestão de riscos do
ISP e/ou Sede);
No âmbito do projeto de Solvência II, a função de gestão de riscos é responsável pelo
pilar II e parte do pilar III.
Proprietários Riscos (Risk Owner’s – RO)
Os RO são membros do Comité de Direção da Companhia. Para cumprir com as suas funções,
o Departamento de Gestão de Riscos (DGR) designa responsáveis em cada direção (RO) que
gerem e informam sobre os riscos inerentes ao seu âmbito de responsabilidade. Cada RO é
responsável pela gestão dos riscos no seu âmbito de atividade:
Gerir a abertura de novas fichas de risco e atualizar as fichas de risco já existentes
(definição, causas e processos associados, avaliação bruta e líquida e respetivos
controlos,…);
Manter a avaliação dos riscos atualizada, sabendo que os mais importantes serão alvo
de seguimento no Comité de Riscos;
Informar os Controlos e anexar documentação e fichas de controlo preenchidas para
facilitar o trace dos mesmos;
Registar todos os eventos que possam impactar um risco (seu ou não);
Definir e controlar indicadores para a monitorização dos riscos associado à sua
atividade;
Estabelecer planos de ação que permitam adequar a exposição aos níveis de risco
desejados.
Em resumo, as responsabilidades de cada Direção / Departamento são:
A Direção Financeira é responsável por gerir os riscos associados à gestão de ativos e
gestão ativo/passivo (riscos de mercado e risco de crédito). Estes riscos são discutidos
com a casa-mãe nos Comités Financeiro e de Gestão de Ativos. Ao nível da
Companhia, esta problemática é igualmente acompanhada em Comité de Riscos
Financeiros. Este Comité é coordenado pela Direção Financeira, e tem como membros
permanentes a Administração, o DGR e a DTV.
A Direção Técnica de Vida (DTV) é responsável pela gestão dos riscos de Subscrição
Vida. Estes riscos são discutidos em Comité de Riscos Técnicos Vida, numa base
trimestral. O Comité é coordenado pela DTV, e os membros permanentes são a
Administração, o DGR e as Direções Comerciais (DC’s)
A Direção Técnica Não Vida (DTNV) é responsável pela gestão dos riscos de
Subscrição Não Vida. Estes riscos são discutidos no Comité de Riscos Técnicos Não
Vida uma base mensal. O Comité é coordenado pela DTNV, e os membros
permanentes são a Administração, o DGR e as Direções Comerciais.
O DGR define com os proprietários de riscos os principais riscos operacionais associados aos
processos de negócio, com base na classificação de riscos operacionais do Grupo. Existe um
Comité de Riscos Operacional, com regularidade trimestral, e é dividido por temáticas. Nesse
Comité são analisados os principais riscos operacionais e respetivas medidas de tratamento e
controlo. O DGR coordena o Comité de Risco Operacional.
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
50
As conclusões do Comité de Risco Operacional são transferidas para o Comité de Risco.
Assim, com a descrição de processos-chave, os riscos associados a estes processos, controlos
internos adequados e um controlo permanente, a Companhia garante que controla os riscos
dentro dos limites que considera aceitáveis. A definição de políticas de risco e o seguimento
dos principais riscos é objeto de um estudo de validação periódica pelo Comité de Direção no
Comité de Riscos.
Principais Riscos
Risco de Crédito: risco de incumprimento (default) ou de alteração na qualidade
creditícia (rating) dos emitentes de valores mobiliários, aos quais a Companhia está
exposta, bem como dos devedores, prestadores de serviços, mediadores, tomadores
de seguro e resseguradoras que com ela se relacionam.
Para a Companhia, o Risco de Crédito encontra-se essencialmente presente na carteira
de investimentos. No entanto, as dívidas a receber resultantes de cobranças e
resseguro também estão expostas a este tipo de risco.
A política de investimentos da Companhia estabelece critérios de rating de elevada
qualidade da Standard & Poor’s, de modo a mitigar este risco. Por outro lado, é
efetuada uma gestão permanente das carteiras de títulos, existindo uma grande
interação entre a Direção Financeira e os gestores dos ativos financeiros. De modo a
intensificar o controlo e monitorização deste risco, tem-se verificado uma melhoria
contínua ao nível de desenvolvimento e utilização de ferramentas de avaliação, e
também ao nível dos procedimentos e circuitos de decisão.
Os quadros abaixo, ilustram a exposição da Companhia ao risco de crédito, por rating
do emitente, em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016:
2017 AAA AA A BBB <BBB Not rated Total 2017
Activos disponíveis para venda 403.574 1.932.712 7.066.855 4.382.619 1.724.850 210.409 15.721.019
Activos financeiros class i ficados no
reconhecimento inicia l ao justo valor
através de ganhos e perdas 1.070.900 1.070.900
Investimentos a deter até à maturidade
Total 403.574 1.932.712 8.137.755 4.382.619 1.724.850 210.409 16.791.919 2016 AAA AA A BBB <BBB Not rated Total 2016
Activos disponíveis para venda 1.046.729 1.258.160 2.527.318 3.858.704 5.198.794 3.645.799 17.535.504
Investimentos a deter até à maturidade
Activos financeiros class i ficados no
reconhecimento inicia l ao justo valor
através de ganhos e perdas 1.024.600 1.024.600
Total 1.046.729 1.258.160 3.551.918 3.858.704 5.198.794 3.645.799 14.914.306
A diversificação dos títulos de rendimento fixo por sectores de atividade para os
exercícios findos em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, encontra-se apresentada
conforme segue:
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
51
2017Activos disponíveis
para venda
Activos financeiros
classificados no
reconhecimento
inicial ao justo valor
Total 2017
Insti tuições financeiras 5.109.299 1.070.900 6.180.199Dívida públ ica 3.596.609 3.596.609
Outros emissores publ icos 642.505 642.505Telecomunicações 510.394 510.394Construção 56.305 56.305
Uti l i ties 1.564.173 1.564.173Outros -4.150.616 -4.150.616
Total 7.328.669 1.070.900 8.399.569
2016Activos disponíveis
para venda
Investimentos a deter
até à maturidadeTotal 2016
Insti tuições financeiras 5.108.197 1.024.600 6.132.797Dívida públ ica 3.501.518 3.501.518
Outros emissores publ icos 758.337 758.337Telecomunicações 100.975 100.975
Construção 58.171 58.171Uti l i ties 814.052 814.052
Outros 3.548.455 3.548.455
Total 13.889.706 1.024.600 14.914.306
A exposição à divida publica por País é analisada como se segue:
2017 Títulos de Dívida Peso
França 620.014 17%
Itál ia 693.234 19%
Holanda 403.574 11%
Portugal 1.618.170 45%
Austria 261.617 7%
Total 3.596.609 100%
2016 Títulos de Dívida Peso
França 329.925 9%
Itál ia 720.255 21%
Holanda 421.760 12%
Bélgica 312.569 9%
Portugal 1.441.931 41%
Aústria 275.079 8%
Total 3.501.518 100%
Risco de Mercado: deriva do nível ou da volatilidade dos preços de mercado dos ativos,
resultante da exposição a movimentos em variáveis financeiras como o preço das
ações, taxas de juro, taxas de câmbio ou preços de commodities (ex: petróleo). Inclui
ainda a exposição de produtos derivados (opções e futuros) a variações no preço do
ativo subjacente e está também fortemente relacionado com o risco de disparidade
entre ativos e passivos.
A gestão dos ativos da Companhia é realizada por uma empresa do Grupo, a
Groupama Asset Management, de acordo com a política de investimentos previamente
definida a nível do Grupo, e com a colaboração da Companhia. Tem como principio
base a minimização dos riscos, limitando o investimento a ativos líquidos e com elevada
notação de rating.
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
52
A monitorização da gestão dos ativos é realizada mensalmente, pela Companhia
através do Comité de Riscos Financeiros. Paralelamente, numa base trimestral, são
realizados Comités Financeiros com a Casa-mãe e com a entidade gestora de ativos,
de modo a fazer um acompanhamento dos principais acontecimentos.
Todos os eventos ligados aos ativos detidos em carteira, tais como pagamentos de
dividendos, juros ou reembolsos, são controlados numa base diária. A falha de algum
destes eventos, ou a ocorrência de algum acontecimento que possa condicionar a
gestão da carteira de investimentos, é de imediato comunicado pela entidade gestora
para que o Comité de Riscos Financeiros possa emitir uma deliberação sobre o assunto
em causa.
No final de 2017 e 2016, a carteira de investimentos encontrava-se alocada da seguinte
forma:
AFS HFT TRAD OUTROS TOTAL AFS HFT TRAD OUTROS TOTAL
Titulos Rendimento Fixo 15.721.019 1.070.900 16.791.919 95,2% 28,9% 79,2%
Obrigações taxa fixa 14.952.997 1.070.900 16.023.897 90,5% 28,9% 75,6%
Obrigações taxa variável 768.022 768.022 4,6% 3,6%
Titulos Rendimento Variável 797.393 2.632.577 975.819 4.405.789 4,8% 71,1% 100,0% 20,8%
Up's obrigações 786.170 2.632.577 3.418.747 4,8% 71,1% 16,1%
Acções 11.223 11.223 0,1% 0,1%
Up's cash 975.819 975.819 100,0% 4,6%
Depósitos a Prazo
Total 16.518.412 3.703.477 975.819 21.197.708 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
2017VALOR CONTABILÍSTICO %
AFS HFT TRAD OUTROS TOTAL AFS HFT TRAD OUTROS TOTAL
Titulos Rendimento Fixo 13.889.706 1.024.600 14.914.306 97,0% 28,0% 77,1%
Obrigações taxa fixa 13.040.921 1.024.600 14.065.521 91,0% 28,0% 72,7%
Obrigações taxa variável 848.784 848.784 5,9% 4,4%
Titulos Rendimento Variável 434.709 2.633.169 711.548 3.779.425 3,0% 72,0% 100,0% 19,5%
Acções 11.223 2.633.169 11.223 0,1% 0,1%
Up's cash 711.548 711.548 100,0% 3,7%
Imóveis
Depósitos a Prazo 650.000 650.000 100,0% 3,4%
Total 14.324.414 3.657.769 711.548 650.000 19.343.731 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
2016VALOR CONTABILÍSTICO %
De acordo com a IFRS 13, os ativos financeiros detidos podem estar valorizados ao
justo valor de acordo com um dos seguintes níveis:
o Nível 1 – Justo valor determinado diretamente com referência a um mercado
oficial ativo.
o Nível 2 – Justo valor determinado utilizando técnicas de valorização suportadas
em preços observáveis em mercados correntes transacionáveis para o mesmo
instrumento financeiro.
o Nível 3 - Justo valor determinado utilizando técnicas de valorização não
suportadas em preços observáveis em mercados correntes transacionáveis
para o mesmo instrumento financeiro.
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
53
A valorização dos ativos financeiros por níveis, a 31 de Dezembro de 2017 e 2016, é
analisada como segue:
2017 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total
Activos financeiros detidos para negociação 975.819 975.819
Activos financeiros class i ficados no reconhecimento
inicia l ao justo va lor através de ganhos e perdas 3.703.477 3.703.477
Activos disponíveis para venda 15.793.803 506.468 218.141 16.518.412
Total 20.473.100 506.468 218.141 21.197.708
2016 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total
Activos financeiros detidos para negociação 711.548 711.548
Activos financeiros class i ficados no reconhecimento
inicia l ao justo va lor através de ganhos e perdas 3.657.769 3.657.769
Activos disponíveis para venda 13.961.454 351.737 11.223 14.324.414
Total 18.330.771 351.737 11.223 18.693.731
Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, o justo valor por classe de ativos e passivos
financeiros é analisado como se segue:
Valor Balanço Justo Valor
2017 2016 2017 2016
Activos Financeiros
Disponibi l idades em Insti tuições de Crédito 795.267 238.151 795.267 238.151
Devedores 5.002.297 4.841.123 5.002.297 4.841.123
Total 5.797.564 5.079.274 5.797.564 5.079.274
Passivos Financeiros
Depós itos de Resseguradores 106.105 106.105 106.105
Credores 1.471.362 1.308.950 1.471.362 1.308.950
Total 1.471.362 1.415.056 1.577.467 1.415.055
Risco de taxa de juro:
O Risco de Taxa de Juro está associado às perdas resultantes de movimentos
adversos na curva de taxa de juro. A carteira de obrigações, classificada como
disponível para venda, é bastante vulnerável a esse risco dado que a sua valorização
depende, em grande medida, do comportamento das taxas de juro.
O quadro a seguir apresentado resume a análise do impacto resultante da variação da
taxa de juro de referência nos ativos financeiros da Companhia, a 31 de Dezembro de
2017 e 2016.
2017 -200 bp -100 bp -50 bp Cenário base +50 bp +100 bp +200 bp
Disponibi l idades em Insti tuições de Crédito 795.267 795.267 795.267 795.267 795.267 795.267 795.267
Outros activos financeiros va lorizados ao justo
va lor através de resultados 5.903.522 4.803.500 4.253.489 3.703.477 3.153.466 2.603.455 1.503.433
Activos Financeiros disponíveis para venda 18.718.457 17.618.434 17.068.423 16.518.412 15.968.401 15.418.389 14.318.367
Investimentos detidos até a maturidade
Activos financeiros ao justo va lor para
negociação 975.819 975.819 975.819 975.819 975.819 975.819 975.819
Depós itos a prazo
Total 26.393.064 24.193.020 23.092.997 21.992.975 20.892.953 19.792.930 17.592.885
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
54
2016 -200 bp -100 bp -50 bp Cenário base +50 bp +100 bp +200 bp
Disponibi l idades em Insti tuições de Crédito 238.151 238.151 238.151 238.151 238.151 238.151 238.151
Outros activos financeiros va lorizados ao justo
va lor através de resultados 3.657.769 3.657.769 3.657.769 3.657.769 3.657.769 3.657.769 3.657.769
Activos Financeiros disponíveis para venda 16.188.385 15.256.400 14.790.407 14.324.414 13.858.421 13.392.428 12.460.443
Investimentos detidos até a maturidade
Activos financeiros ao justo va lor para
negociação 711.548 711.548 711.548 711.548 711.548 711.548 711.548
Depós itos a prazo 650.000 650.000 650.000 650.000 650.000 650.000 650.000
Total 21.445.853 20.513.867 20.047.875 19.581.882 19.115.889 18.649.896 17.717.910
Risco de ações:
O Risco de Ações decorre da possibilidade de se verificarem perdas mediante
movimentos desfavoráveis no preço de mercado das ações.
No final de 2017, o montante investido no mercado acionista representava 0,1% dos
ativos da Companhia, o que equivale a 11.223 euros (2016: 11.223 euros). A exposição
ao mercado acionista é feita através de investimento direto e de fundos de investimento
compostos maioritariamente por ações.
No quadro seguinte encontra-se o impacto para a Companhia de um decréscimo de 5%
no valor de mercado das ações e dos fundos de investimentos de ações:
Valor
contabilísticoImpacto
Risco acções 11.223 nulo
Risco cambial:
Decorre da variação do valor de ativos e passivos detidos pela Companhia resultante
de oscilações nas taxas de câmbio das moedas em que esses ativos e passivos se
encontram expressos.
A Companhia não se encontra exposta a risco cambial a 31 de Dezembro de 2017 e
2016, uma vez que todos os ativos e passivos se encontram denominados em euros.
Risco de Liquidez: risco de exposição a perdas, na eventualidade de existirem poucos
ativos com liquidez para cumprir os pagamentos das responsabilidades para com os
tomadores de seguros, credores e outras contrapartes, quando elas forem devidas.
Este risco é monitorizado no Sistema Geral de Riscos, pois está implícita a imagem da
Companhia, caso haja escassez de liquidez.
Para mitigar este risco, a Groupama Seguros recorre por vezes à conta de depósitos à
ordem da Groupama Vida, pois esta apresenta saldo de tesouraria pontuais suficientes
para cobrir eventuais obrigações derivadas de contratos de seguros.
Em simultâneo, os investimentos estão maioritariamente classificados como disponíveis
para venda, o que possibilita a transformação imediata dos títulos financeiros em
liquidez.
A tabela seguinte analisa os ativos financeiros da Companhia, incluindo depósitos à
ordem, por grupos de maturidade relevantes, em 31 de Dezembro de 2017 e 2016:
GROUPAMA SEGUROS, S.A. Notas explicativas integrantes das Demonstrações Financeiras
55
2017 Até 1 ano De 1 a 3 anos De 3 a 5 anosDe 5 a 15
anos
Mais de 15
anos
Sem
maturidadeTotal
Caixa e seus equivalentes e depós itos à ordem 795.267 795.267
Activos financeiros detidos para negociação 975.819 975.819
Activos financeiros class i ficados no
reconhecimento inicia l ao justo va lor através de
ganhos e perdas 3.703.477 3.703.477
Activos disponíveis para venda 1.211.166 1.800.038 1.124.162 10.817.631 768.022 797.393 16.518.412
Depós itos a prazo
Total de Activos 1.211.166 1.800.038 1.124.162 10.817.631 768.022 6.271.956 21.992.975
2016 Até 1 ano De 1 a 3 anos De 3 a 5 anosDe 5 a 15
anos
Mais de 15
anos
Sem
maturidadeTotal
Caixa e seus equivalentes e depós itos à ordem 238.151 238.151
Activos financeiros detidos para negociação 711.548 711.548
Activos financeiros class i ficados no
reconhecimento inicia l ao justo va lor através de
ganhos e perdas 3.657.769 3.657.769
Activos disponíveis para venda 1.302.926 2.981.399 162.681 8.593.915 848.784 434.709 14.324.414
Depós itos a prazo 650.000 650.000
Total de Activos 1.952.926 2.981.399 162.681 8.593.915 848.784 5.042.176 19.581.882
Risco Operacional: risco de perdas resultantes da inadequação ou falha nos
procedimentos internos, pessoas, sistemas ou eventos externos. Está associado a
eventos como fraudes, falhas de sistemas, e ao não cumprimento de normas e regras
estabelecidas. Inclui ainda, por exemplo, o risco resultante de falhas no governo da
sociedade, nos sistemas, nos contratos de prestação de serviços em outsourcing e no
plano de continuidade do negócio.
A Groupama Seguros e a Groupama Seguros de Vida fazem a gestão deste risco através
dos seguintes pontos:
o Gestão da política de subscrição;
o Aprovação de novos produtos;
o Gestão de acumulação de riscos;
o Gestão da política de provisionamento;
o Gestão de sinistros.
Para uma gestão prudente do Risco Operacional, a Companhia tem definidas como
principais as seguintes políticas, devidamente descritas no documento da Política de
Gestão de Riscos:
o Processos:
Normalização e otimização dos processos e procedimentos da
Companhia;
Identificação e mapeamento dos processos críticos de negócio.
o Risco Legal e Compliance: o Departamento Jurídico controla e supervisiona
todos os prestadores externos que nos apoiam em questões jurídicas, bem
como controla o cumprimento normativo;
o Plano de Continuidade: neste documento está identificada a equipa a mobilizar
em caso de evento, a matriz de comunicação, os telefones e o plano de
emergência de computadores;
o Sistemas de Informação: a gestão dos sistemas de informação na Companhia
é da responsabilidade da Direção de Sistemas de Informação (DSI) e reporta
ao Diretor Geral Adjunto (responsável por todas as áreas de back-office).
o Recursos Humanos: existe um Comité Internacional de RH coordenado
pela Direção de Recursos Humanos do Grupo, cujo objetivo é a análise e
respetiva descentralização internacional de políticas comuns em matéria de
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RH, nomeadamente: formação, mobilidade interna, barómetro de opinião e
aplicativos de gestão de RH.
Risco de reputação: Este risco pode ser definido como risco da Companhia incorrer em
perdas resultantes da deterioração ou posição no mercado devido a uma perceção
negativa da sua imagem entre os clientes, contrapartes, acionista ou autoridades de
supervisão, assim como do público em geral.
Risco estratégico: O risco estratégico pode ser definido como o risco do impacto atual e
futuro nos proveitos ou capital que resulta de decisões de negócio inadequadas,
implementação imprópria de decisões ou falta de capacidade de resposta às alterações
ocorridas no mercado.
• Risco de seguro: As empresas de seguros assumem riscos através dos contratos de
seguros, os quais classificam na categoria do Risco Específico de Seguros. Os riscos
específicos de seguros são os riscos inerentes à comercialização de contratos de
seguro, associados ao desenho de produtos e respetiva tarifação, ao processo de
subscrição e de provisionamento das responsabilidades e à gestão dos sinistros e do
resseguro. São aplicáveis a todos os ramos de atividade e podem subdividir-se em
diferentes sub-riscos:
o Risco de Desenho dos Produtos: risco da Companhia assumir exposições de
risco decorrentes de características dos produtos não antecipadas na fase de
desenho e de definição do preço do contrato.
o Risco de Prémios: relacionado com sinistros a ocorrer no futuro, em apólices
atualmente em vigor, e cujos prémios já foram cobrados ou estão fixados. O
risco é o de os prémios cobrados ou já fixados poderem vir a revelar-se
insuficientes para a cobertura de todas as obrigações futuras resultantes
desses contratos (sub-tarifação).
o Risco de Subscrição: risco de exposição a perdas financeiras relacionadas
com a seleção e aprovação dos riscos a segurar.
o Risco de Provisionamento: é o risco de as provisões para sinistros
constituídas se venham a revelar insuficientes para fazer face aos custos com
sinistros já ocorridos.
o Risco de Sinistralidade: é o risco de que possam ocorrer mais sinistros do que
o esperado, ou de que alguns sinistros tenham custos muito superiores ao
esperado, resultando em perdas inesperadas.
o Risco de Retenção: é o risco de uma maior retenção de riscos (menor
proteção de resseguro) poder gerar perdas devido à ocorrência de eventos
catastróficos, ou a uma sinistralidade mais elevada.
o Risco Catastrófico: resulta de eventos extremos que implicam a devastação
de propriedade, ou a morte/ferimento de pessoas, geralmente devido a
calamidades naturais (terramotos, furacões, inundações). É o risco de que um
evento único, ou uma série de eventos de elevada magnitude, normalmente
num período curto (até 72 horas), implique um desvio significativo no número
e custo dos sinistros, em relação ao que era esperado.
O Risco Específico de Seguros pode ser mitigado pela política de resseguro, através da
qual uma parte dos riscos assumidos pela Companhia são transferidos para uma
resseguradora (ou um conjunto de resseguradoras).
A Companhia implementou mecanismos de gestão de riscos, tendo sido já elaborado
um Manual de Gestão de Risco. Neste âmbito, foi já reportado, relativo ao ano de 2015\
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, o Relatório anual sobre o Sistema de Gestão de Riscos e Controlo Interno, dando
cumprimento ao n.º 1 do Art.º 19.º da Norma Regulamentar 14/2005-R, da Autoridade
de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.
O Risco Específico de Seguros tem origem na definição da estratégia da Empresa.
A estratégia da empresa é revista a cada 3 anos, e na qual participam as várias
Direções da Companhia, e define os objetivos anuais para a Companhia, orçamentando
o volume de prémios, o valor das provisões de sinistros, o valor dos gastos gerais,
custos com o pessoal, etc., por forma a obter o Resultado do Exercício.
Para formalizar o Risco Específico de Seguros, a abordagem adotada pela Companhia
teve uma base processual, no sentido de mapear os processos de negócio em várias
vertentes:
o Processo de desenho de produtos e tarifação - Os produtos, antes de serem
lançados, são discutidos entre a Administração e as várias Direções.
o Processo de revisão atuarial de produtos - A revisão atuarial é efetuada
anualmente e formalizada no relatório do atuário responsável, o qual certifica a
adequacidade do cálculo das Provisões Técnicas, bem como a metodologia
utilizada.
o Processo de aceitação e avaliação do risco - Para mitigar o risco de subscrição
seguimos as regras de subscrição definidas.
o Processo de gestão de sinistros - No que concerne o provisionamento, este é
efetuado case by case e com estimativas do valor previsto do sinistro.
o Processo de cedência ao ressegurador - A Groupama Seguros transfere parte
do risco para os resseguradores por forma a limitar a exposição. A Direção
Técnica Não Vida utiliza com rigor a lista dos resseguradores de segurança do
grupo (a lista dispõe de rating próprio do grupo). No resseguro facultativo evita-
se a concentração num ressegurador.
Estes processos encontram-se mapeados nos manuais das áreas técnicas.
A Direção Técnica é responsável por avaliar e gerir este risco, bem como de partilhar
com outras direções a responsabilidade do caucionamento das provisões técnicas.
A política de Risco Específico de Seguros da Companhia corresponde à política de
aceitação do risco e à gestão do mesmo, cujas linhas orientadoras são:
o Rigorosa seleção de riscos (não asseguramos todas as naturezas de risco);
o Princípio da diversificação de exploração de ramos (asseguramos todos os
ramos);
o Minimização do risco através do resseguro;
o Seleção dos resseguradores pela lista de referência do Grupo
36. Compromissos
Em 31 de Dezembro de 2017 estavam em vigor diversos contratos de locação operacional de
viaturas, sendo o período de vigência destes contratos de 48 meses.
Encontravam-se igualmente em vigor diversos contratos de locação operacional de
equipamento informático, com e sem assistência técnica, com um período de vigência de 36
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meses, e ainda um contrato de prestação de serviço de cópia destinado a equipar a Sede e as
agências, de impressoras laser, com um período de vigência de 48 meses.
No quadro abaixo encontram-se as rendas pagas durante o ano de 2017, bem como a
estimativa do valor anual das rendas a pagar até à maturidade dos contratos:
2017 2018 2019
Locação operacional de viaturas 40.877 43.107 43.107
Locação operacional de equipamento informático
Prestação de serviços de cópia 17.608 16.853 16.853
Total 58.485 59.960 59.960
37. Eventos subsequentes
No seguimento da Norma Regulamentar 9/2013-R, da Autoridade de Supervisão de Seguros e
Fundos de Pensões, serve o presente para indicar que existem eventos subsequentes a
evidenciar respeitantes ao período de 2017 e que descrevemos de seguida:
A Groupama Seguros de Vida S.A., acionista única da Groupama Seguros, S.A, foi
integralmente adquirida (100%), no dia 01 de Fevereiro de 2018, pelo grupo China Tianying,
através da sua sociedade gestora de participações sociais, Benefits and Increases SGPS,
Unipessoal, Lda.
Foi cumprido o Artigo 163º, nº1, b) do RJASR (Regime Jurídico de Acesso e Exercício da
Atividade Seguradora e Resseguradora), tendo em conta a aprovação da ASF em deliberação
de Conselho de Administração no dia 18 de janeiro de 2018.
Após a aquisição, foram despoletados junto da Autoridade Tributária os procedimentos
legalmente previstos tendo em vista a manutenção inalterada do RETGS (Regime Especial de
Tributação de Grupos de Sociedades), o perímetro de tributação, em que está incluída a
Groupama Seguros, circunstância decisiva para a recuperabilidade dos prejuízos fiscais
gerados no passado, e consequentemente par a realização dos impostos diferidos ativos. Nesta
data não é conhecida a decisão da Autoridade Tributária.