Nota do CGG de 30/08
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O movimento grevista dos professores das Instituições Federais de Ensino foi deflagrado em 17 de maio, após inúmeras tentativas de negociação com o Governo Federal, desde 2010. Nossas reivindicações têm como eixos principais: a) reestruturação da carreira docente e valorização do piso e incorporação das gratificações, descumprido pelo Governo Federal; e b) condições de trabalho e infraestrutura nas IFES.
Após mais de cem dias de greve e de duas propostas do MEC que não atenderam às reivindicações da categoria, o governo ainda assim assinou em 03 de agosto de 2012 um acordo com o Proifes - Sindicato ligado partidariamente ao Governo – e entidade que não representa majoritariamente a categoria.
Diferente do que é anunciado pela mídia, os professores continuam em greve e a data de 31 de agosto é apenas uma referência relativa à Lei de Orçamento Anual (LOA). Esta lei, cumpre salientar, pode sofrer emendas. Ademais, as questões atinentes a plano de carreira e condições de trabalho e infraestrutura podem – e devem- ser revistas pelo Governo após a data referida, portanto, a greve continua.
Neste sentido, em função da continuidade da greve, reafirmamos que o calendário acadêmico, conforme acordado anteriormente entre a Reitoria e o Comando Geral de Greve, será discutido após o término da mesma e que qualquer decisão tomada,
os alunos serão avisados.Neste momento, o ANDES-SN, tendo consigo
um representante da Unipampa, permanece fazendo pressão junto ao Senado Federal pela reabertura das negociações com os professores. Em audiência realizada em 29 de agosto com a Comissão de Educação e Cultura do Senado foi conseguido, de maneira unânime, um documento de apoio.
Em algumas Instituições Federais de Ensino, as reitorias optaram pelo reforço ao movimento docente, a partir da elaboração de notas ao MEC solicitando a retomada das negociações. Nesse sentido, reforçamos a importância deste ato, como forma de reconhecimento da precarização das condições de ensino e da necessidade de valorização do trabalho docente.
Dessa forma, reiteramos a solicitação de que a reitoria, e agora também o Consuni, se manifestem, oficialmente, à Comunidade Acadêmica e aos Ministérios do Planejamento e da Educação em favor da reabertura das negociações.
Finalmente, denunciamos o visível descaso do Governo federal para com a educação em nosso país que tem resultado em um forte desgaste de todos os envolvidos no processo: docentes, alunos e técnico administrativos. A greve continua, bem como a luta por uma educação pública, gratuita e de qualidade.
Nota do ComandoGeral de Greve da Unipampa
COMANDO GERAL DE GREVE DA UNIPAMPA
pela valorização da
educação
docentes emgreve
Pela manutenção da greve e reabertura das negociações