Nota do Centro de Defesa dos Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu

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CENTRO DE DIREITOS HUMANOS E MEMÓRIA POPULAR DE FOZ DO IGUAÇU www.cdhfoz.blogspot.com [email protected] (45) 9941-6969 NOTA PÚBLICA O Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu manifesta veemente repúdio às torturas seguida de morte, cometidas contra o trabalhador Ademir Gonçalves Costa, em um estabelecimento da União, situado na Ponte Internacional da Amizade. As fotografias amplamente divulgadas, juntamente com declarações de pessoas que se encontravam no local do crime, mostram claramente que, após ter sido subjugado, Ademir foi levado vivo para um recinto da Aduana e retirado do mesmo morto e com diversas marcas de torturas no corpo. Aliás, o próprio Laudo preliminar do IML, preparado às pressas para que o corpo fosse sepultado, reconhece que a morte de Ademir foi causada por "violências e envenenamento". O CDHMP, acompanhará o desenrolar das investigações e estará levando esse caso aos organismos nacionais e internacionais. Vale lembrar que o Brasil tem sérios compromissos com a erradicação da tortura: estabelecidos pela Constituição de 1988 e os tratados internacionais do qual é signatário. A prática da tortura, considerada crime contra a humanidade, é inafiançável e imprescritível e deve ser punida de forma exemplar nos termos da Lei. Tendo em vista o exposto, comunicamos que além, de colocarmos um dos advogados de nosso quadro para acompanhar os advogados da família e assim efetuar as ações que julgar necessárias, protocolaremos esta Nota no Ministério Público Federal, juntamente com uma solicitação para que o mesmo abra uma investigação sobre esse caso de tortura seguida de morte ocorrida em um local de propriedade da União. Foz do Iguaçu, 31 de janeiro, de 2017 Centro de Direitos Humanos e Memória Popular

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CENTRO DE DIREITOS HUMANOS E MEMÓRIA POPULAR DE FOZ DO IGUAÇU

www.cdhfoz.blogspot.com [email protected] (45) 9941-6969

NOTA PÚBLICA

O Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu manifesta veemente repúdio às torturas seguida de morte, cometidas contra o trabalhador Ademir Gonçalves Costa, em um estabelecimento da União, situado na Ponte Internacional da Amizade.

As fotografias amplamente divulgadas, juntamente com declarações de pessoas que se encontravam no local do crime, mostram claramente que, após ter sido subjugado, Ademir foi levado vivo para um recinto da Aduana e retirado do mesmo morto e com diversas marcas de torturas no corpo. Aliás, o próprio Laudo preliminar do IML, preparado às pressas para que o corpo fosse sepultado, reconhece que a morte de Ademir foi causada por "violências e envenenamento".

O CDHMP, acompanhará o desenrolar das investigações e estará levando esse caso aos organismos nacionais e internacionais. Vale lembrar que o Brasil tem sérios compromissos com a erradicação da tortura: estabelecidos pela Constituição de 1988 e os tratados internacionais do qual é signatário. A prática da tortura, considerada crime contra a humanidade, é inafiançável e imprescritível e deve ser punida de forma exemplar nos termos da Lei.

Tendo em vista o exposto, comunicamos que além, de colocarmos um dos advogados de nosso quadro para acompanhar os advogados da família e assim efetuar as ações que julgar necessárias, protocolaremos esta Nota no Ministério Público Federal, juntamente com uma solicitação para que o mesmo abra uma investigação sobre esse caso de tortura seguida de morte ocorrida em um local de propriedade da União.

Foz do Iguaçu, 31 de janeiro, de 2017

Centro de Direitos Humanos e Memória Popular