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Nossos Objetivos:

Levar o conhecimento da Cultura e Tradição Cigana. Oferecer cursos e atendimentos que proporcione a busca do conhecimento e

autoconhecimento individual e em grupo. Nossa meta é atender a necessidade da busca do ser para o seu

crescimento.

Sejam bem-vindos!

Facilitadora

Shuvanni - Tsara Gitana Carmem Romani Sunacai Oraculista, escritora, numeróloga e orientadora metafísica.

"É uma honra compartilhar meus conhecimentos para que você encontre

seu caminho de destino e evolução".

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TÓPICOS

INFLUÊNCIA DOS CALDEUS

INFLUÊNCIA EGÍPCIA

INFLUÊNCIA CELTA

STREGHERIA – A VECCHIA BRUXARIA

INFLUÊNCIA ETRUSCA

ESTUDO DA ALTA MAGIA

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BRUXARIA CIGANA

INFLUÊNCIAS PELO MUNDO

INFLUÊNCIA DOS CALDEUS

ASTROLOGIA CIGANA

Desde os tempos antigos, que cada um dos 12 signos está ligado a

uma parte do corpo. O primeiro signo, Áries, está associado à cabeça e o

último signo, Peixes, está ligado aos pés. Os outros signos ligam-se a outras

partes do corpo. Nos tempos primitivos, a astrologia estava ligada à medicina,

principalmente aos humores, que têm semelhança com os quatro elementos:

fogo, terra, ar e água (quente, frio, seco e húmido).

A astrologia mostra de forma rápida e simples o seu temperamento, e

o seu caráter. Este temperamento determina o tipo de doenças que o homem

irá desenvolver ao longo de sua vida.

Desta forma podemos fazer uma análise e podemos identificar as pré-

disposições para as doenças.

Os ciganos, como todos os povos da Terra, amam a Deus. E através

da observação dos astros criaram sua astrologia pouco ou nada divulgada no

Ocidente. Não é uma ciência, como logicamente é a Astronomia. Como a

astrologia dos caldeus, a dos ciganos tem também doze signos. Cada um

deles tem suas características, planetas regentes, influências e lendas. Não

nasceu, no entanto, de Cláudio Ptolomeu que a criou dos restos das crenças

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babilônicas enquanto trabalhava na famosa Biblioteca de Alexandria. Foi

criada pelos kakus (feiticeiros) ciganos em suas caminhadas pelas estradas

banhadas de luar e pelas lendas vindas da velha e misteriosa Índia.

Cores, metais, pedras, plantas e animais foram ligados a cada planeta

e a cada signo. A idêntica associação de ideias abrangeu as constelações do

Zodíaco, que, em um estágio mais avançado da astrologia, foram colocadas

em pé de igualdade com os planetas quanto à influência sobre os horóscopos

individuais.

Astrologia e Saúde

Os ciganos, como todos os povos místicos, levam a sério estes

conhecimentos.

A astrologia antiga acreditava também na força dos quatro elementos:

terra, água, fogo, ar. Tentando conhecer as leis dos céus ou suas regras, os

ciganos, os caldeus, os magos e pensadores antigos buscavam encontrar

respostas.

Cada povo viu as constelações a seu modo e deu nome aos signos a

seu modo. Por exemplo: a constelação do hemisfério norte, chamada a Ursa

Maior na América do Norte, é, na França, conhecida como a Caçarola. Assim

os ciganos a chamam até hoje. Na Idade Média e para os ciganos kalderach,

ela se chama a Carruagem. Os antigos gregos a chamaram Ursa Maior. Assim,

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os nomes para as constelações e para os signos zodiacais podem mudar de

povo para povo.

“A ASTROLOGIA ORIENTA, O SÁBIO FAZ A SUA ESTRELA!"

Como os babilônios, os ciganos aceitam a teoria da elipse,

representando o curso do Sol durante o ano, dividida por doze constelações.

Os ciganos, como todos os povos místicos, levam a sério à astrologia, porém,

à sua maneira.

Toda astrologia antiga acreditava também na força dos quatro

elementos: fogo, ar, água e terra e para os ciganos esses elementos são as

representações máximas do Universo e as suas criações, por isso os signos

ciganos estão ligados a esses elementos. Muitos povos viram as constelações

de modo diferente e deu nomes aos signos de acordo com o que acreditavam

ou sabiam.

Para os ciganos os signos eram chamados por nomes uns tanto

diferentes: Punhal, Coroa, Candeias, Roda, Estrela, Sino, Moeda, Adaga,

Machado, Ferradura, Taça e Capelas. Esses doze signos ciganos

correspondem aos doze signos do zodíaco e carregam em si a magia de um

povo que acredita na vida com alegria. Os ciganos sempre foram ligados em

quiromancia e muitas outras formas de adivinhação e magia. Usavam esses

caminhos para se conectar com as forças superiores e receber as mensagens

espirituais.

Por ser uma cultura passada de geração em geração através da palavra

falada e não da escrita, não existe ainda até os dias de hoje registros

concretos sobre as origens e descobertas da astrologia cigana, assim como a

própria origem deste povo também.

Parte de suas lendas e histórias contadas no passado revela que na

Núbia, próximo ao deserto de Saara, observando as estrelas e os corpos

celestes, eles criaram a sua própria Astrologia.

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INFLUÊNCIA EGIPCIA

Compilação de Constantino K. Riemma

Para tratar dos chamados tarots egípcios, dividimos o material disponível em dois

grupos. Aqui, reunimos informações sumárias com a finalidade de esboçar um cenário geral. O segundo grupo, com textos de aprofundamento, resenhas e galerias

de imagens, poderá ser facilmente acessado pelos links indicados no correr desta apresentação.

A hipótese de Court de Gebelin (1781) O Tarô já circulava há pelo menos 400 anos pela Europa, com sua variada

iconografia, antes que um estudioso francês, Court de Gebelin (1719-1783), publicasse sua hipótese de uma origem egípcia para as cartas, sugestão esta que

ganhou uma expressiva acolhida e se irradiou rapidamente pelo resto do continente.

I. O Mágico, II. A Papisa, VI. Os Enamorados e XII. O Pendurado. As ilustrações utilizadas pelo próprio Court de Gebelin reproduzem o modelo clássico.

Ao tratar da hipotética origem egípcia do Tarô, no vol. 8, de sua obra “O mundo primitivo, analisado e comparado com o mundo moderno” (1781), Court de Gebelin apresenta cartas exatamente dentro do padrão corrente no final do séc. 18, similar

ao do “Tarot de Marselha”. De egípcio, na verdade, apenas a imaginação da origem remota, mas sem o menor vínculo iconográfico com os símbolos legados pela

civilização dos faraós.

Mais estudos sobre Court de Gebelin e história

• Para uma visão de conjunto da história do Tarô veja: História

• Para conhecer hipóteses e suposições de origem das cartas e paralelos com

outros jogos: Hipóteses

• Em seu Manifesto para o futuro do Tarô, Nei Naiff focaliza os principais

autores envolvidos com o Tarô, no período em que as cartas ganham novas

histórias e um novo status: Esoterismo e cartomancia

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• História do movimento esotérico. Para conhecer melhor o clima cultural da

Europa nos séculos 18 e 19, bem como as razões para a aceitação da idéia de uma origem egípcia do tarô, consulte a tese de Rui Sá Silva Barros sobre esse

período: Tomando o céu de assalto...

• Original, em francês, "Du Jeu des Tarots", p.365-410, vol.8, Monde

primitif... no qual Court de Gebelin sugere uma origem egípcia para o tarô e discute o significado e aplicação das

cartas: http://www.tarock.info/gebelin.htm

• Tarô, símbolos egípcios ou europeus? Excertos de um trabalho em

que Nádia Greco discute a tese de o tarô ter origem egípcia: Egito-Europa

Etteilla e o seu tarô egípcio (1783)

Jean-Baptiste Alliette (1738–1791), mais conhecido por Etteilla, está entre os primeiros escritores que publicaram livros com regras para utilização do tarô na

cartomancia. Iniciou bem jovem seus estudos sobre as cartas, a partir de 1757, reunindo e codificando os sistemas de ler a sorte, recolhidos da tradição popular de

seu tempo.

Referido pelos comentaristas como cabeleireiro ou peruqueiro, ele se auto-intitulava professor de álgebra. Publicou seu primeiro livro, em 1770, “Etteila ou a Maneira de

se recrear com um jogo de cartas”. Nele descreve as regras que preparou para utilizar o jogo de “piquet”, com um baralho de 33 cartas. Em 1791, publica seu

próprio maço de baralho, intitulado “Petit Etteilla” (O Pequeno Etteilla), baseado em seu método de interpretação.

O Ás de Copas, o Valete de Espadas e a Dama de Ouros do “Pequeno Etteilla”

O autor apresenta este jogo “como um passatempo adequado para suprir as idéias arbitrárias que cada cartomante atribui às cartas segundo os diferentes métodos”.

[www.lepalaisdutarot.com]

As 33 cartas do “Pequeno Etteilla” constituem uma simples redução das cartas de jogar, utilizando de cada naipe apenas o ás, as cartas numeradas de 7 a 10 e três

figuras: Valete, Dama e Rei. Ao total dessas 32 cartas é adicionada mais uma, que representa o consulente.

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A novidade desse baralho está na inscrição dos significados, de acordo com o

posicionamento das cartas nas diferentes tiragens, recurso para codificar e popularizar a utilização do baralho para as adivinhações.

Alliette-Etteilla, que se proclamava “Mestre da Cartomancia”, tornou-se, sem dúvida, o primeiro nome masculino famoso ligado à leitura da sorte pelas cartas. Muito atento ao que se passava ao seu redor, menos de dois anos após Court de Gebelin

publicar o volume 8 de sua obra, em 1781, o nosso cartomante aparecia com seu “Grande Etteilla” ou “Livro de Thoth” endossando a origem egípcia para as

cartas.

O livro O Livro de Thoth – Tarô de Etteilla com o jogo completo de 78 cartas pode ser

adquirido na loja virtual especializada em tarô e parceira do Clube do Tarô: www.simbolika.com.br

Cartas do baralho "Grande Etteilla ou Tarots Egípcios" (1783) Personagens e gestual europeus, trazem às vezes algum adereço de inspiração egípcia.

[www.trionfi.com]

As cartas do tarô de Etteilla, conhecido como o Grande Etteilla, são baseadas nos desenhos dos tarôs comuns dessa época, que vai do número 1, “Etteilla

questionnant” (Etteilla em consulta) até o 78, “Folie” (A Loucura). Esse conjunto, preparado para fins divinatórios, vinha acompanhado de um livro de explicações e

orientações, intitulado “Maniére de tirer le Grand Etteilla ou tarots Egyptiens” (Maneira de tirar o Grande Etteilla ou tarôs Egípcios). As cartas repetem o expediente adotado no "Pequeno Etteilla" e trazem inscritos alguns significados que

se tornaram usuais na cartomancia popular praticada desde então.

Em 1788, Etteilla fundou a primeira associação dedicada à leitura das cartas,

a Sociétée des Interprétes du Livre de Thoth (Sociedadade dos Intérpretes do Livro de Thoth).

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Nessa fase egípcia de sua carreira, ele pretendia revelar “a

chave dos 78 hieróglifos que estão no Livro de Thot, obra de 17 magos, descendentes de Mercúrio-Thoth, gerada

1828 anos após a Criação ou 171 após o Dilúvio”.

Etteilla se revelou também um pioneiro no espírito moderno de cunho promocional. Foi o primeiro cartomante

profissional de renome continental, que provou os bons resultados comerciais na alteração dos nomes,

embalagens e de atributos do produto para estimular as vendas.

Considerado por alguns como um simples charlatão, não

se pode negar, porém, que tinha o dom da palavra e conhecimentos gerais de simbolismos e cabala, além de

grandes aptidões comerciais que o tornaram muito rico.

Pouco sabemos de seus dons reais. Sejam quais forem, sua bem sucedida popularização da idéia de um "tarô

faraônico", reverteu a favor do renome de Gebelin, até hoje intimamente associado ao tema egípcio no tarô.

www.trionfi.com

Próxima a ele, e sua seguidora, encontramos Mlle. Lernomand, que adota o baralho reduzido e simplificado. Ela é o segundo grande renome mundial no campo

da cartomancia. Reproduções, bem como as imitações, de seus baralhos continuam com grande aceitação até hoje. Etteila e sua obra exerceram, igualmente, influência sobre o trabalho de Papus com o Tarot.

Mais estudos sobre Etteilla, seus baralhos e técnicas

• A Regra de Ouro. Artigo de Júlio Soares sobre os desafios que enfrentou para

se inteirar do Thoth Taroth de Etteilla : O Livro de Thoth ou O Tarô de Etteilla

• O Livro de Thoth - Tarô de Etteilla. Resenha do historiador Giordano

Berti sobre o livro e o jogo com 78 cartas, agora disponíveis no Brasil: O livro

e o baralho

• Etteilla e seu método divinatório. A primeira integração conhecida

entre Tarô e Astrologia. Elizabeth Hazel e James W. Revak apresentam a tiragem de cartas segundo a proposta de Etteilla em Manière de se récréer

avec le jeu de cartes nommées tarots (Maneira de se divertir com o jogo de cartas denominadas tarôs) em 1785. Para os que têm familiaridade com os símbolos astrológicos, apresenta muitos estímulos para aprofundar a tiragem

também conhecida por "Mandala astrológica": 1. Histórico, 2. O Método de Etteilla e 3. Exemplo

Tarôs anônimos do séc. 19 Os apanhados históricos ressaltam, em sua maioria, autores que marcaram época,

sejam os sérios, sejam os polêmicos e os enganadores. Mas podemos encontrar amostras de baralhos de confecção mais acessíveis ao consumo popular, produzidos

por anônimos, muitas vezes cópias não autorizadas de cartas mais conhecidas.

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1. O consulente, 12. A Prudência e 19. O Homem benevolente (Rei de Ouros).

Tarô anônimo de 1845, uma imitação bem produzida do Grande Etteilla

[www.trionfi.com - Coleção de Alexander Sukhorukow]

O baralho reproduzido acima é um bom exemplo de cópias inspiradas em referências

egípcias sugeridas por Etteilla. Foi impresso na França, por volta de 1845, sem deixar registros do autor ou do impressor.

Eliphas Levi (1854), um inspirador

Eliphas Levi Zahed é a tradução hebraica de Alphonse Louis Constant, um parisiense nascido em 1810. Seminarista católico, artista plástico, aplicado ao esoterismo, constitui um personagem multifacetado, que estimulou muitos outros

estudiosos de seu tempo.

O Carro de Eliphas

Levi

De seu desenho do Tarô, foram apenas divulgados algumas

cartas, que elaborou com motivos da arte egípcia. Ele estabeleceu relações de cada um dos 22 trunfos com as letras do alfabeto hebraico e tornou-se inspirador direto das

incursões de Falconnier e Papus com o Tarô, não só através de suas exposições, mas também com a publicação de

“Dogma e ritual da alta magia” (Dogme et rituel de la haute magie - 1854).

Mais do que provar alguma origem egípcia do Tarô, Eliphas Levi estava interessado em estabelecer nexos de significados com diferentes tradições, sem recusar ou se opor à herança

do esoterismo cristão. Essa disposição de integração, de inclusão, nem sempre era encontrada nesse período histórico

que testemunhou memoráveis embates que nos permitem compreender melhor as disposições do pensamento contemporâneo.

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Mais estudos sobre Eliphas Levi

• Éliphas Lévi, sacerdote, radical, mago. Texto de James W. Revak,

traduzido por Alexsander de Abreu Lepletier: O seminarista que se voltou para

o tarô

• Biografia de Eliphas Levi. Num texto da Sociedade de Ciências

Antigas com ilustrações recolhidas pelo Clube do Tarô: Eliphas Levi

• Em seu Manifesto para o futuro do Tarô, Nei Naiff focaliza Eliphas Levi e

outros autores empenhados em dar um caráter esotérico às cartas. Firma uma posição sobre a origem histórica do baralho. Manifesto

Papus e o Tarot dos Boêmios (1889)

Gérard Encausse (1865-1916), médico que se tornou célebre na França, é definido

comumente como ocultista. Mais conhecido por Papus, co-fundador da “Ordem Martinista”, foi escritor, conferencista e organizou, entre outros grandes eventos,

a Conferência Maçônica e Espiritualista Internacional de 1908.

4. O Imperador no Tarot Papus-Goulinat À esquerda, como apareceu no livro, em 1889; 2ª edição revista, em 1911;

ao centro, com os símbolos associados à carta (www.tarotpedia.com/wiki); à direita, no baralho impresso pela US Games, em 1989.

Seu livro, O Tarô dos Boêmios (1889), bastante valorizado e traduzido, é até hoje

publicado no Brasil. Em algumas edições aparecem as cartas redesenhadas por Jean-Gabriel Goulinat, que dão colorido às antigas gravuras de Papus.

Podem ser reconhecidas nessa proposta de baralho, as direções oferecidas

anteriormente por Eliphas Levi, no que se refere aos arcanos maiores, e por Etteilla quanto aos arcanos menores.

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Os 22 arcanos maiores do Tarô de Papus, redesenhados por Gabriel Goudinat

Para ver ampliação da imagem acima, clique sobre ela.

Em síntese, temos o antigo taro europeu adornado com imagens de inspiração egípcia mais ou menos fiéis ao padrão artístico da antiga civilização desaparecida.

Mais estudos sobre Papus

• Papus, médico e mago. Um apanhado da vida e obra de Gérard-Anaclet-Vincent Encausse (1868-1916) e sua influência nos estudos sobre a dimensão

simbólica do tarô. Texto de James W. Revak traduzido por Alesander Lepletier: Sua vida: estudante de medicina e de ocultismo

• Nei Naiff tem algumas observações pontuais sobre Papus: Manifesto para o

futuro do tarô

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O Tarô de Falconnier (1896) e Saint-Germain (1901)

Transcorrido um século desde as iniciativas de Gebelin e Etteilla, surge um novo tarô

com motivos egípcios. René Falconnier publica, em Paris, seu livro “As 22 lâminas herméticas do tarot divinatório” (1896), acompanhado de 22 xilogravuras de Maurice O. Wergener. Conforme o autor do livro, os desenhos teriam sido

reconstituídos “de acordo com os textos sagrados e segundo a tradição dos magos do antigo Egito”.

16. Torre, 20. Julgamento, 5 de Espadas e 10 de Ouros As cartas 16 e 20 são de Falconnier-Wergener (1896) e os dois arcanos menores aparecem cinco anos após, num outro livro, atribuídos a Saint-Germain (1901).

A reprodução da edição original das 22 cartas dos arcanos maiores de Falconnier-Wergener, pode ser conhecida no site do tarólogo russo

Andriy "Andrew" Kostenko: www.green-door.narod.ru/tarotfalc.htm

Influenciado por Stanislas de Guaita e com poucos conhecimentos de egiptologia, Falconnier tenta reconstruir os 22 arcanos maiores de um tarô completamente

"egípcio". Um bom observador logo notará que dificilmente essas cartas poderiam ser consideradas de origem egípcia.

Poucos anos após, aparecem os 56 arcanos menores associados ao trabalho de

Falconnier-Wergener, de autoria de Edgar Valcourt-Vermont, sob o pseudônimo de Conde de Saint-Germain, em seu livro “Astrologia Prática: método simples

para calcular horóscopos” (1901). O resultado desse acréscimo, do ponto de vista da iconografia do Egito Antigo, é ainda mais ingênuo.

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Tarô Kier (1955 e 1971)

Os “Tarots Egípcios” da Editorial Kier, de Buenos Aires, são os mais conhecidos do

público brasileiro. Sua primeira publicação ocorreu em 1955 (gravuras em preto em branco), embora a referência mais comum seja a de 1971, impressa a cores e acompanhados do livro “La Cabala de Prediccion” de J. Iglesias Janeiro.

As 56 cartas correspondentes aos arcanos menores dos baralhos clássico seguem, neste modelo argentino, o mesmo padrão dos arcanos maiores. Um layout básico é

mantido para as 78 cartas.

19. A Inspiração (1955), 4. O Imperador (1971) e 69. O Acaso (1984)

A primeira impressão, de 1955, é pouco conhecida. A reprodução do arcano 19 foi

cedida por Eduardo Escalante, que também oferece Informações Históricas sobre o autor e

as datas de publicação.

As mesmas 78 cartas dos Tarots Egípcios publicadas por Editorial Kier de Buenos

Aires, em 1971, foram também editadas pela U.S.Games, em 1984 (impressas na Suíça), com os títulos em inglês e cores mais leves, como poderá ser apreciado

na Galeria Kier.

Apesar de jamais ter sido encontrado nas tumbas dos faraós e nobres egípcios qualquer jogo que lembrasse o Tarô, as cartas reelaboradas com motivos egípcios

exercem um forte fascínio e são bastantes procuradas por estudantes e profissionais.

Estudos e traduções dos textos do Tarô Egípcio Kier

• J. Iglesias Janeiro, autor de La Cábala de Predicción em que é apresentado o Tarô Egípcio da Kier e os significados atribuídos às cartas. Dessa obra foram traduzidos para o Clube do Tarô:

• Arcanos maiores do Livro de Thot • Arcanos menores

• Eduardo Escalante, estudioso do tarô, tem em sua coleção um exemplar da

segunda edição do Tarô Egípcio da Kier e o livro de Iglesias Janeiro, de

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1955. Ele oferece algumas precisões históricas sobre essa obra: A Cabala de

Predição

• Nelise Carbonare Vieira, taróloga que utiliza o Tarô Egípcio da Kier e

participa de sua divulgação no Brasil, é a autora da resenha sobre esse jogo: Apresentação do Tarot Kier

• Galeria completa do Tarô Egípcio da Kier com reprodução das cartas da

edição de 1984: Arcanos Maiores: 1-22 | Arcanos menores: 23-36 | 37-50 | 51-64 | 65-

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• Renato Portal, indica as cartas do Tarô Egípcio da Kier que se referem aos

assuntos da vida diária: El Tarot Egipcio y los asuntos cotidianos del consultante

• Consultas gratuitas online com as cartas do Tarô Egípcio da Kier estão

disponíveis: Oráculo egípcio

Outros tarôs com motivos egípcios

Se procurarmos na Internet encontraremos uma boa dúzia de tarôs com desenhos que reproduzem, de modo mais ou menos livre, as figurações egípcias. Na maior parte dos casos tomam sua inspiração num dos exemplos que acabamos de

apresentar.

XVI. Torre e XX. Julgamento, de Silvana Alasia;

VIII. A Justiça, no Tarô Transição; II. O Portal do Santuário, no Tarô Ibis.

[www.tarotpedia.com]

Nos catálogos de vendas de tarôs, europeus e norte-americanos, são muito

difundidos os trabalhos de Silvana Alasia, artista italiana, que reproduziu os desenhos de M. O. Wergener (do Tarot Falconnier) com diferentes formatos de impressão.

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INFLUÊNCIA CELTAS

Rituais Celtas

Druidismo

Alguns estudiosos preocupam-se em discernir duas correntes

religiosas: a céltica e a druídica. Embora muito semelhantes (levando-se em conta que a céltica é derivada da druídica) existe uma tendência a fazer certas considerações. Acredita-se que o celtismo era mais rudimentar e mais ligado

ao culto da Mãe Natureza, enquanto o druídismo apegava-se a diversas divindades ligadas à natureza.

Pode-se afirmar que o druidismo se baseava em dois grandes

princípios: o Respeito à Natureza e na crença da imortalidade. Os druidas eram os sacerdotes e presidiam as cerimônias religiosas, e exerciam outras

funções.

Acreditavam na figura suprema da Deusa-Mãe e em divindades“elementais” (do ar, da água, do fogo e da terra). Alguns estudiosos atestam o politeísmo do povo celta, outros já o consideram

monoteísta e todas as divindades nada mais eram que extensão de uma Deusa-Mãe. Outros os descrevem como monoteístas, que cultuavam o deus-

fogo Beal, ligado ao sol (a exemplo de Ra para os egípcios).

Algumas árvores tinham importante significância na religião celta, como era o caso do carvalho (ligada à sabedoria e ao druida), o freixo (ligado

à proteção), o salgueiro (ligado às divindades da água), e etc. Alguns animais também tinham sua simbologia - o touro, por exemplo, estava representava a fertilidade e a serpente ligada à sabedoria.

A crença na alma e na vida após a morte está presente no druidismo.

Os celtas acreditavam na existência do “Outro Mundo”, aonde residem os antepassados e demais espíritos. Acreditavam também que determinadas

pessoas eram dotadas do poder de comunicação com este mundo. Acredita-se que o fato de os guerreiros celtas serem bravos e destemidos venha da certeza que eles tinham de que a morte nada mais é que uma passagem.

Como eram os rituais celtas para honrar seus deuses isto é difícil

precisar. Sabe-se que as cerimônias eram realizadas em lugares abertos, em campos e florestas. As florestas de carvalho eram de predileção dos druidas,

pelo fato do carvalho ser considerado uma árvore sagrada. Nestes locais construíam-se círculos de pedras, onde eram realizadas as cerimônias

religiosas - o mais famoso deles é Stonehenge.

No entanto, estudos recentes defendem que estes círculos de pedra, na verdade, eram usados como observatórios astronômicos e não como construções religiosas. Com isto, abre-se espaço para discussão dos

elementos de culto dos celtas e dos druidas, o que faria do druidismo uma religião fortemente influenciada pelas estrelas e pela observação dos astros

(como a religião egípcia).

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Druidas

No druidismo – como o próprio nome sugere – os líderes religiosos

eram o Druidas, que constituíam uma classe privilegiada dentro da sociedade celta. Eram eles que presidiam as cerimônias religiosas, realizavam os

sacrifícios humanos e conduziam oráculos. Além das funções religiosas, desempenhavam as funções de educadores, juízes e eram os responsáveis

pela conservação da história e da tradição celta. Eram sábios e tinham conhecimentos de medicina, agricultura e astronomia. É importante lembrar que os druidas, temerosos aos registros escritos, passaram todo seu

conhecimento oralmente de geração para geração. As mulheres também integravam a classe druídica. Eram, em sua maioria, profetizas.

Os druidas eram a única classe que transcendia as divisões tribais.

Foram os grandes responsáveis pela unidade do mundo celta. Onde hoje está localizada Orleánais (França), estes sacerdotes organizaram uma grande assembléia geral, cuja sede situava-se nas proximidades de onde hoje é a

cidade francesa de Sully-sur-Loire.

Roma logo condenou o druidismo, percebendo que os druidas eram a grande força política do mundo celta. Mesmo assim eles perduraram até a

Idade Média, na Irlanda, e até o século V na Gália.

Pouco se sabe sobre os druidas, exatamente pelo fato de não fazerem uso da escrita (embora, crê-se que eles tiveram conhecimento de um sistema

de escrita rúnico). Contudo, pode-se afirmar que eles existiram, exerciam grande influência na vida céltica e eram extremamente privilegiados nos conhecimentos. Relatos registram a coragem dos druidas na defesa de sua

crença, sendo que muitos morreram durante a repressão romana.

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STREGHERIA – A VECCHIA BRUXARIA

Stregheria é um termo usado para a antiga Bruxaria italiana, como também para se referir a um movimento moderno neopagão surgido

na Itália e nos Estados Unidos a fim de resgatá-la. A Stregheria é algumas vezes referida como La Vecchia Religione ("a Antiga Religião"). A

palavra stregheria é uma palavra italiana arcaica para "bruxaria", sendo a palavra italiana moderna e comumente usada, stregoneria.

A Stregheria é um culto pagão italiano com origens no período pré-

cristão. De acordo com Raven Grimassi, seria um ramo da religião etrusca, mais tarde misturado com outros cultos.

Stregueria Revelada

A Stregheria passou a ser conhecida graças ao folclorista Charles G. Leland, que no final do século XIX escreveu obras sobre o tema, entre as

quais se incluem Aradia, Il Vangelo delle Streghe Italiane e Etruscan and Roman Remains in Popular Tradition. Leland conseguiu este material na Florença, onde mantinha contato com mulheres que se intitulavam Strege

(Bruxas em Italiano).

A maioria dos Clãs de Stregoneria são Politeístas, tendo

um Panteão cheio de Deuses, Semi-Deuses e Raças de Espíritos, todos eles criados das deidades supremas que são Diana. Alguns praticantes, no entanto, mantém seu culto firmado em algumas deidades, criando com elas

uma espécie de aliança, não necessariamente sendo Diana, embora, indubitavelmente ela seja a mais cultuada.

As bases dos mistérios Stregonesci vieram principalmente de influências Etruscas. É importante lembrar, porém, que os romanos e assim, os ítalos tiveram muito contato com outros povos, dado à posição comercial

e geográfica que os privilegiou em muitos momentos da história. Desta forma, desde os celtas que viveram no norte da Itália aos cultos e tradições

trazidos pelos gregos que se instalaram na Magna Grécia, na Sicilia, influenciaram muito os modos, tradições e crenças das streghe, das fazedoras de magia, de curas.

Hoje, muitos praticantes de Bruxaria Italiana têm seus cultos e crenças enraizados também no Cristianismo e na cultura judaico-cristã, pois com a

conversão dos romanos, muitos deuses e seus templos e cultos ganharam esse caráter, embora não tenham perdido sua essência e importância entre

os praticantes recém-convertidos. Estes são atualmente aqueles que fazem suas curas em nome de Santa Luzia, São Miguel ou São Pedro, mas com magias e rezas, além do uso de ervas, plantas e especiarias.

Animulare, Tanara, Janare, Strie, Strighe, Borde, Magare, Majare, Cogas, Masche, Basure são palavras sinônimas para "strege" em diversos

dialetos italianos. Foram erroneamentes tidas como 'Tradições de Bruxaria', mas na verdade são apenas palavras de diversos dialetos.

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Clãs e Tradições de Stregueria

A Stregheria contém em si várias ramificações que são chamadas de

Clãs ou Tradições. Um Clã é formado por um conjunto de regras, liturgias, mitos e práticas em comum, onde os Stregoni e Strege estão ligados entre si pela linhagem.

Outros grupos ainda, não tem um nome específico porque se desenvolvem em regiões, como resultado das vilas daqueles locais, ou em

famílias. Nem sempre as famílias abrem ou mesmo assumem suas práticas mágicas, religiosas ou espirituais, por isso são muito pouco conhecidas.

Bibliografia

Leland, Charles G., Aradia o evangelho das Bruxas

Ginzburg, Carlo, Os Andarilhos do Bem

Grimassi, Raven, Italian WItchcraft

STREGA, Mandrágora, Grimório de Štrigova. Gornji Tkalec Village -

Croátia.

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INFLUÊNCIA ETRUSCA

Introdução - quem eram os etruscos e região que habitaram

Os etruscos eram um povo que habitava a antiga Etrúria, região a oeste dos Montes Apeninos e do rio Tibre. Este povo dominou a região central da

Itália durante os séculos VI e VII a.C. Era formado por doze cidades independentes, sendo as mais importantes Volterra, Cortona, Fiesole e Chiusi.

Em 283, os etruscos foram dominados e submetidos ao controle dos romanos, perdendo várias características culturais.

Cultura etrusca: resumo das principais características

Muitas informações sobre a civilização etrusca foram obtidas por

historiadores e arqueólogos que descobriram diversos túmulos ao norte de Roma. A partir da análise dos artefatos e túmulos, chegou-se a várias revelações importantes:

- Os etruscos possuíam uma sociedade aristocrática;

- As mulheres etruscas desfrutavam de uma vida emancipada;

- Faziam objetos (vasos, esculturas e enfeites) em terracota com grande habilidade;

- Dominavam as técnicas de fazer objetos em bronze e metal;

- Eram habilidosos na arte da ourivesaria (fabricação de joias);

- Na arquitetura, destaca-se a construções de templos, necrópoles e pontes. Usavam a pedra e o barro como base das construções.

Economia

Os etruscos basearam sua economia em atividades ligadas à agricultura e ao comércio, principalmente, de joias, artesanato e diversos

produtos de metal. Religião

Existem certas analogias com religiões orientais (especialmente com a

de Suméria e Caldeia e mesmo a egípcia). O tipo de religião é politeísta de revelação, e estava plasmada numa série de livros sagrados conhecidos em seu conjunto como Etrusca Disciplina, que os romanos

conheceram e comentaram, mas depois foram perdidos. Partes sobrevivem em tradução grega. O primeiro, intitulado Livro dos Arúspices, aborda a arte

da divinação; o segundo, Livro dos Raios, ensina como interpretá-los como augúrios, e o terceiro, Livro dos Rituais, tem um escopo mais largo,

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abordando desde as práticas rituais do culto, o destino, a duração da vida do

homem e do Estado, até os padrões de vida que o indivíduo deveria alcançar e praticar. Havia ainda um Livro de Aqueronte, descrevendo o submundo, a

vida no além e as formas de enterramento, e dois livros sobre os profetas Tages e Vegoia. Escritores gregos e romanos referem os etruscos como o povo mais religioso que conheciam. Sua vida era regida em grande parte por

leis e regras de origem religiosa. Os sacerdotes denominavam-se arúspices, e sempre tiveram uma posição de privilégio na sociedade. Os arúspices

especializavam-se em interpretar o que consideravam signos proféticos encontrados em entranhas de animais sacrificados, em fenômenos atmosféricos e no voo das aves, por exemplo, buscando desvendar a vontade

divina.

A religião etrusca tem sido tradicionalmente entendida como uma

adaptação da religião grega, mas sabe-se pouco sobre ela, apesar de ser uma das áreas mais estudadas de sua cultura e a que deixou mais material arqueológico. As pesquisas mais recentes indicam que houve mesmo vários

pontos de contato entre ambas, mas em muitos aspectos a etrusca foi uma religião original, com características próprias. São conhecidos os nomes de

várias divindades, geralmente associadas a divindades greco-romanas por escritores da Antiguidade, como Tínia (Zeus), Uni (Hera) e Menrfa (Atena),

mas a correlação não é exata e suas funções precisas são obscuras. Alguns deuses parecem ser autóctones, como Tarchies. Segundo o testemunho romano, o deus mais poderoso era Voltumna, que parece ser o mesmo que

Tínia. Ele, assim como a maioria dos outros, tinha uma sexualidade ambígua e variável. Acreditavam em poderes abrangentes e anônimos acima dos

deuses, que personificavam o Destino. Cultuavam em templos urbanos e santuários rurais, que não costumavam ser grandes ou luxuosos, mas alguns foram ricamente decorados. Estátuas e imagens não eram uma necessidade

para o culto, mas um altar estava sempre presente e o ato de dedicar oferendas materiais como presentes e comida aos deuses era central na

ritualística, inclusive a funerária. Sacrifícios de animais eram comuns. Parecem ter praticado também uma forma de culto aos ancestrais. Existia a crença na existência de demônios maléficos e no retorno periódico de

uma Idade Dourada. Um cerimonial complexo estava vinculado à morte e ao enterramento, refletido na importante arte e arquitetura fúnebre que

sobrevive. A prática da cremação dos corpos competia com a da inumação, ocorrendo variações na popularidade de cada uma ao longo dos tempos e entre as várias regiões. As pequenas urnas cinerárias construídas em formato

de mini-templo ou decoradas com relevos e uma figura reclinada do morto na tampa, são uma das tipologias artísticas mais típicas de sua cultura.

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ESTUDO DA ALTA MAGIA

ESCOLAS INICIATICAS

Escolas de Mistérios

Tão antigo quanto o Homem é a busca por respostas para as questões que ele próprio desconhece, as coisas ocultas ou superiores. Afortunadamente, sempre existiram, na história da humanidade, lugares onde eram estudados os princípios

mais sagrados ou transcendentais do conhecimento, frequentados por Professores ou Veneráveis Mestres, estudantes e múltiplos buscadores.

As Escolas Iniciáticas ou Escolas de Mistérios são esses lugares onde ocorre a

transmissão da sabedoria dos séculos. Fundadas e sustentadas por homens e mulheres que percorreram o Caminho Iniciático, são lugares onde se estudam e praticam os princípios da sabedoria universal ou ciência superior. Toda autêntica

Escola de Mistérios possui Ciência e Filosofia, também possui conhecimentos Artísticos e Religiosos ou Místicos. Normalmente seus estudos são orientados a

buscar compreender os mistérios da existência, o porquê dos principais eventos da vida, os segredos e leis do universo e da natureza e principalmente do Ser Humano, buscando levar este último a verdadeira realização interior.

Os diversos conhecimentos estudados nas Escolas de Mistérios são normalmente

transmitidos em dois níveis: um nível externo ou público e outro nível secreto ou iniciático.

No nível público, mais básico, ocorre a adequação dos mistérios, ou conhecimentos

superiores, aos costumes ou meio cultural vigente, pois é sabido que o ser humano somente consegue expandir para novos conhecimentos se estes estiverem

próximos do seu campo de percepção, similar ao passo de uma perna, que não pode ir muito distante da posição em que se encontra a perna de apoio. Porém a finalidade deste nível público é preparar, àqueles que queiram, para ascender a um

nível mais objetivo e claro, saindo do campo das superstições e crenças, onde a

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compreensão mais ampla e a prática do conhecimento são os principais focos, os

quais permitem ir formando o que se chama Iniciado nos Mistérios.

A separação em dois níveis de ensinamentos aparece em todas as sociedades esotéricas da antiguidade. Entre os pitagóricos, por exemplo, sabe-se que os

recém-ingressos, enquanto estudavam diversas matérias como matemática, filosofia e símbolos sagrados, também eram orientados a permanecer por anos

mantendo silêncio, como prova inicial de humildade e aspiração a receber os mistérios mais elevados, desta maneira os ensinamentos de Pitágoras saíam pouco ao nível público. Já no orfismo grego, o círculo público se expressava mais

Já no orfismo grego, o círculo público se expressava mais através das formas artísticas, como o teatro, a música e a dança, onde se instruía a consciência das multidões com os princípios eternos mais elementares e de forma simbólica.

Enquanto que, no Cristianismo primitivo, Jesus falava às multidões em parábolas e concluía dizendo que “aquele que tiver ouvidos, que ouça”; quando os apóstolos o

interrogaram sobre o porquê da diferença de ensinamentos dados às multidões e aos discípulos, ele respondeu:

“Porque a vós é dado conhecer os mistérios, mas a eles não lhes é dado; porque aquele que tiver (ou seja, o que tiver o interesse e a ciência para decifrar os

mistérios) se dará mais e terá em abundância; porém o que não tiver (esse entendimento) até o pouco que tem lhe será tirado. Porque eles, vendo, não vêem;

e, ouvindo, não ouvem nem compreendem”. Mat. 11-13

No oriente, especialmente no Tibet, os candidatos passavam também por provas até finalmente serem aceitos como alunos e depois disso ainda se passavam alguns

anos nas matérias básicas até poderem acessar os níveis mais profundos, também pouco difundidos ao público geral.

Neste sentido podemos ver que as formas religiosas, ou seja, as grandes religiões antigas, geralmente são o aspecto mais público ou externo de tais escolas de

mistérios. Seus grandes iniciados ao trazerem ao mundo vários ensinamentos, fazem-no por uma necessidade de formar novos sábios, o que por uma

consequência faz surgir um novo movimento ou escola iniciática, a qual, posteriormente, difunde-se nas multidões.

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“A Natureza revela seus mais íntimos segredos e partilha a verdadeira sabedoria

somente àquele que busca a verdade por amor à própria verdade, e que aspira ao conhecimento para conferir benefícios aos outros, não à sua insignificante

personalidade.” H.P. Blavatsky

As escolas de mistérios também têm um ciclo vital e, como qualquer organismo que se desenvolve na natureza, nascem, crescem, reproduzem-se (multiplicam-se

em várias vertentes) e por fim definham e morrem. Diz-se então que são formas mortas, porque já não conduzem aos mistérios, apenas servem como um sistema de regulação da conduta social, ou sistema religioso, muitas vezes dogmático.

Krishna fala com Arjuna

É assim como Krishna explica a Arjuna no Bhagavad Gita:

“Ò Arjuna, sempre que há declínio da virtude e predominância do vício, encarno-

me. Para a proteção do bom e destruição dos malfeitores e para o restabelecimento do Dharma sou nascido de era em era.” Krishna

Ou seja cada vez que os princípios religiosos de um povo decaem e viram meros costumes sociais e dogmas religiosos, surge então um novo mensageiro, um novo

Avatar, para restaurar os princípios da religião cósmica, os princípios eternos, ou seja, a ciência iniciática original. Esse novo mensageiro ou profeta traz a mesma

mensagem, porém revestida de um novo formato, para que seja vista pelas multidões como uma renovação, do contrário não produziria o efeito psicológico

que tem que produzir, pois não estremeceria a consciência nem produziria a motivação para realizar uma revolução interior. Assim, os princípios eternos se mantém, porém agora são tratados com outra aparência e com isso vão surgindo

os diferentes movimentos espirituais que marcaram a história da humanidade.

E de acordo com as necessidades de cada período vão surgindo as Escolas de Mistérios, cada uma trazendo os princípios eternos em uma forma que possa ser

compreendida e praticada em seu tempo. Assim, as grandes Escolas Iniciáticas são vertentes da sabedoria universal que possuem os seus tesouros sagrados mais além do plano tridimensional, nas dimensões sutis da natureza e segundo a lei de

afinidades, cristalizam-se em determinada época e região para cumprir com sua finalidade de expandir o nível de consciência da humanidade.

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Realizando uma verificação na antiguidade para buscar as características gnósticas

nos diferentes povos do mundo, as encontraremos claramente presentes nos elementos helenísticos orientais, incluindo as Escolas de Mistérios da Pérsia,

Mesopotâmia, Fenícia, Índia, Egito,etc., e na América e suas culturas serpentinas dos Nahuas, Toltecas, Astecas, Zapotecas, Maias, Chibchas, Incas, Quéchuas, etc.

Como referência da Gnosis antiga podemos citar alguns exemplos:

Pitágoras de Samos

− Tales de Mileto (séc VII a.C.) – autor da máxima “nosce te ipsum” (conhece-te a ti mesmo), inscrita na Escola do Templo de Delfos, Grécia.

− Sólon (séc VII a.C.) – quem teve acesso às tradições iniciáticas por meio de

Escolas do Antigo Egito.

− Pitágoras (séc VI a.C.) – e sua Escola Pitagórica, como citamos, considerado uma figura legendária, um Mestre de Mistérios Maiores que segundo contam as

tradições só foi conhecido pelos altos iniciados. Ensinou sobre a imortalidade da alma e as reencarnações (metempsicose). Pitágoras fundou a Escola Pitagórica que possuía iniciação secreta. Eles floresceram em uma colônia grega na Itália. Foi

Pitágoras que inventou a palavra filosofia (amizade ao saber) e revelou segredos sobre as dimensões da natureza e as músicas superiores.

− Sócrates (séc V a.C.) – o maior referencial filosófico acadêmico de todos os

tempos. Um marco gigante na história da humanidade capaz de ter produzido o que os historiadores chamam de “Pré-socráticos” e “Pós-socráticos”, um equivalente ao “antes de Cristo” e “depois de Cristo”. Sua filosofia era desenvolvida

mediante diálogos críticos com seus interlocutores (dialética). Esses diálogos podem ser divididos em dois momentos básicos: interrogação e a maiêutica

(concepção de ideias). Os principais representantes gnósticos do período pós-socrático são: Platão e Aristóteles.

Podemos citar também as correntes gnósticas que influenciaram o

surgimento do Cristianismo, sendo contemporâneos a ele, como são: os essênios, os batistas (do qual participava João) e os nazarenos.

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A partir daí vamos encontrar os gnósticos históricos, assim denominados

pela cultura geral na atualidade, que viveram em sua maior parte durante os quatro primeiros séculos da Era Cristã.

Desses podemos destacar os seguintes:

− Basílides de Alexandria (Egito) – século II.

− Valentin (Itália) – século II. Fundador da Escola dos Valentinianos.

− Aparecem as escolas dos Setianos e dos Ofitas.

Alquimista

Após esse período, diz o Dr. Samael Aun Weor, que a Gnosis permaneceu

mais oculta até os dias de hoje, porém ele mesmo nos demonstra que a sabedoria dos mestres se deixou perceber algumas vezes durante a Idade Média, como, por

exemplo, através de:

− Os Templários (França) – século XII.

− Os Cátaros (França) – século XII.

− Os célebres Alquimistas imortalizados nas pessoas de Aureolo Paracelso, Alberto Magno, Nicolas Flamel, Raimundo Lulio, Saint German, Cagliostro,

Fulcanelli, entre outros.

Convém destacar que muitas destas correntes até aqui citadas possuem na atualidade pretensos representantes que em nada se assemelham, já que

perderam seus princípios originais e servem a fins meramente caprichosos, às vezes políticos, outras vezes comerciais.

Continuando nossa investigação, ainda encontraremos personalidades ilustres que documentaram a Gnosis para o mundo como podemos citar:

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O Homem Vitruviano nos traços de Da Vinci: Alusão ao conhecimento de si mesmo

William Shakespeare; Goethe, com seu Fausto; Leonardo da Vinci com sua

genial ciência oculta unida à arte e à religião; Richard Wagner, com suas obras clássicas “Walkírias”, “Tristão e Isolda” e “Parsifal”; e Carl Gustav Jung, com seus

textos gnósticos de psicologia.

Assim, podemos ver que a sabedoria superior esteve presente em muitas épocas e culturas, expressando-se também, isoladamente, em alguns grandes

cientistas e artistas. De maneira que o conhecimento dos mistérios esteve, quase sempre, ao alcance daquelas pessoas sinceras que anelavam um tipo mais objetivo de conhecimento, que pudesse esclarecer as dúvidas mais elementares da

existência humana e também elucidar os mistérios mais elevados da natureza e do Cosmos, buscando assim liberar-se de alguns sofrimentos inúteis do diário viver e

ter uma vida mais edificante conquistando a felicidade real. Portanto, o objetivo principal de todas as autênticas escolas de mistérios é liberar o homem comum de seus próprios problemas, através do autoconhecimento, levando-o a

autorrealização íntima.

O maior ocultista do século XIX, como muitos o consideram, era filho de um modesto sapateiro. Tinha uma irmã, Paulina-Louise, quatro anos mais

velha que ele. Desde sua infância demonstrava um grande caráter de seu talento para o desenho; seus pais introduziram-no ao ensinamento religioso.

Depois disso, aos dez anos de idade ingressou na comunidade

do presbitério da Igreja de Saint-Louis em Lille, onde aprendeu o catecismo com o seu primeiro mestre, o abade Hubault, que fazia seleções dos garotos mais inteligentes. Eliphas Levi foi encaminhado por Hubault

ao seminário de Saint-Nicolas Du Chardonnet, para concluir seus estudos preparatórios. A vida familiar para ele havia acabado neste momento. No

seminário, teve a oportunidade de aprofundar-se nos estudos da filologia, e quando completara seus dezoito anos já era apto para ler a Bíblia no seu contexto original.

No ano de 1830, foi transferido para o seminário de Issy para

estudar filosofia. Dois anos depois, ingressou em Saint-Sulpice para

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estudar teologia. Foi nesse tempo que esteve em Issy que escreveu seu

primeiro drama bíblico, Nemrod. No seminário de Saint-Sulpice criou seus primeiros poemas religiosos, considerados de demasiada beleza.

Eliphas Levi foi ordenado diácono em 19 de dezembro de 1835. Em

maio de 1836, teria sido ordenado sacerdote, se não tivesse confessado ao seu superior o amor por Adelle Allenbach, cuja primeira comunhão com ele

havia realizado. Suas convicções receberam um choque tão grande, que Levi sentiu-se jogado fora da carreira eclesiástica.

Por resultado de uma publicação de uns escritos de sua Bíblia da liberdade foi posto preso durante oito meses, incluindo 300 francos de multa,

acusado de profanar o santuário da religião, de atentar contras as bases que sustentam a sociedade, de espalhar ódio e a insubordinação.

Depois de tanto constrangimento e de tantos parênteses na sua vida,

enquanto esteve preso, teve contato com os estudos de Swedenborg. Segundo Eliphas mesmo afirmava, que, tais escritos não contêm toda a verdade, mas conduzem os neófitos com segurança em uma suposta senda

esotérica.

Obras

•A Bíblia da Liberdade (La Bible de la liberte) - 1841 •Doutrinas religiosas e sociais (Doctrines religieuses et sociales - 1841

•A Suposição da Mulher (L'assomption de la femme) - 1841 •A Mãe de Deus (La mère de Dieu) - 1844 •O Livro das Lágrimas ou Cristo Consolador (Le Livre des Larmes ou le Christ

Consolateur) - 1845 •Dogma e Ritual da Alta Magia (Dogme et Rituel de la Haute Magie) - 1854

•História da Magia (Histoire de la Magie) - 1859 •A Chave dos Grandes Mistérios (La Clef des Grands Mystères) - 1859 •Os Mistérios da Cabala (Les Mystères de la Kabbale) - 1861

•Curso de Filosofia Oculta (Cours de Philosophie Occulte) - 1861 •Fábulas e Símbolos (Fables et Symboles) - 1863

•A Ciência dos Espíritos (La Science des Esprits) - 1865 •O Grande Arcano (Le Grand Arcane) - 1868 •As Origens da Cabala (Les Origines de la Kabbale) - 1869/70

•O Livro dos Sábios (Le Livre des Sages) - 1869/70 •Os Paradoxos da Sabedoria Oculta [Alta Ciência] (Les Paradoxes de la

Sagesse Occulte [Haute Science]) - 1873