Nossos filhos são espíritos maio 2013

31
Eugênia Calazans Maio 2013

Transcript of Nossos filhos são espíritos maio 2013

Page 1: Nossos filhos são espíritos maio 2013

Eugênia Calazans

Maio 2013

Page 2: Nossos filhos são espíritos maio 2013

Olhos de ver e olhos de olhar

Deus não julga oportuno revelar-nos coisas para as quais aindanão temos “olhos de ver”.

Muitas vezes os olhos são apenas de olhar...2

Page 3: Nossos filhos são espíritos maio 2013

Coisas para desaprender

As crianças não herdam características psicológicas dos pais – somente as físicas;

A alma não é criada no momento da concepção ou do nascimento. Os Espíritos ou almas a nós confiados, embalados em corpos físicos - tem uma biografia pessoal, vivências e experiências prévias;

A criança não é um anjinho inocente – é um ser em evolução, ligado a nós por vínculos ou compromissos.

3

Page 4: Nossos filhos são espíritos maio 2013

Responsabilizando-sepelos atos cometidos

“A geração de um corpo humano, para que nele se instale um espírito, representa um convite formal a alguém que já existe numa dimensão que nos escapa aos sentidos habituais”.

4

Page 5: Nossos filhos são espíritos maio 2013

o bebê não deve ser fruto de uma decisão de momento, de um impulso impensado, de uma união fortuita. Quem é adulto e fisicamente amadurecido para gerá-lo, também deve ser psicologicamente amadurecido para assumi-lo;

não se deve assumir, perante o filho que está para nascer, uma atitude hostil, negativa, de rejeição ou de desamor e indiferença.

a interrupção da trajetória do corpo em formação representa a fuga a compromissos assumidos - o espírito, ainda que não totalmente ligado ao pequeno feto, receberá o impacto físico e emocional da violência e da rejeição.

Responsabilizando-sepelos atos cometidos

5

Page 6: Nossos filhos são espíritos maio 2013

Psicóloga norte americana, pós graduada. Utilizou-se da regressão da memória, por meio de transe hipnótico, levando pacientes a recuar gradativamente, no tempo, em busca de lembranças do passado;

Lembranças iniciais mais recentes, recua pela juventude, infância, momento do nascimento, vida intra uterina, ao período em que viveu como espírito e, finalmente, às vidas já vividas;

Pesquisadas 750 pessoas.(Livro Life before life)

Os estudos da Drª. Helen Wambach

6

Page 7: Nossos filhos são espíritos maio 2013

Alguns resultados

Morrer até que é bom, nascer é que não é nada interessante;

As pessoas não sentiam que seu “verdadeiro ser interior fosse masculino ou feminino”;

As pessoas experimentaram a sensação que “existiam, totalmente conscientes, como entidades independentes do feto”;

objetivos planejados para a vida a ser vivida: “prioritariamente, aprender a relacionar-se e amar sem ser exigente e possessivo”.

7

Page 8: Nossos filhos são espíritos maio 2013

Alguns resultados81% disseram que eles próprios haviam decidido renascer;

68% declaravam-se relutantes, tensos ou resignados ante a perspectiva de viver nova existência;

90% informaram que as mortes foram experiências agradáveis, mas que os nascimentos constituem momento de desventura e tensão;

87% declararam haver conhecido seus pais, amantes, parentes e amigos em vidas anteriores;

89% disseram que somente se envolveram com o feto após seis meses de gestação.

8

Page 9: Nossos filhos são espíritos maio 2013

Sensações ao nascimentoNascimento antes do tempo:

(...) “senti-me indignado no canal, porque estava sendo forçado a sair antes do tempo que desejava. Logo que nasci, observei a parede, de um branco intenso, a apenas uma jarda diante de mim. Não estava consciente dos sentimentos das demais pessoas por causa da minha intensa fúria”.

Percepções em relação às pessoas:

(...) “parecia-me que os médicos não percebiam que eu estava consciente e me tratavam como um não-ser, mera coisa ou objeto”; (...) “uma mulher me apanha bruscamente. Sinto-a zangada e vejo que não gosta de mim. Parece que, de alguma forma, eu a ofendera. Minha mãe também está cansada demais e dolorida para demonstrar qualquer interesse por mim. A mulher sai comigo nos braços. Lágrimas genuínas escorriam de meus olhos, enquanto ela me levava. Na verdade eu queria voltar para aquele espaço luminoso de onde viera”.

9

Page 10: Nossos filhos são espíritos maio 2013

Comunicando-se com os bebêsRecado às grávidas – “converse com a “pessoa” que está no seu ventre. Diga-lhe que a ama, que a espera de coração aberto, que conte com você em tudo que for possível. Acaricie-a mansamente, com as mãos. O magnetismo do amor se transmite facilmente, como energia positiva a escorrer pelos dedos”.

10

Page 11: Nossos filhos são espíritos maio 2013

Sensações ao nascimento

11

Page 12: Nossos filhos são espíritos maio 2013

O retorno à vida corporal

O espírito que anima o corpo de uma criança pode ser tão desenvolvido quanto o de um adulto, ou ainda mais, caso seja mais evoluído. Apenas os órgãos imperfeitos o impedem de se manifestar.

12

Page 13: Nossos filhos são espíritos maio 2013

O retorno à vida corporalO processo da encarnação acarreta ao espírito uma perturbação “muito maior e sobretudo muito mais longa” do que o da morte. Na morte, o espírito sai da escravidão; no nascimento entra nela.” LE Questão 339

O espírito vive os primeiros anos da encarnação mais ligado ao corpo do que propriamente encarnado. A infância é como um “tempo de repouso para o espírito”;

O espírito é mais acessível durante a infância às impressões que recebe e que podem ajudar seu adiantamento. É nessa fase que se pode reformar seu caráter e reprimir suas más tendências;

“Esse é o dever que Deus confiou aos pais, missão sagrada pela qual terão de responder.”

13

Page 14: Nossos filhos são espíritos maio 2013

SÓ ESQUECEMOS O QUE SABEMOS

Por que não se lembrar de existências anteriores?

“Reconcilia-te com teu adversário

enquanto estás a caminho

com ele”

(Mateus, cap. V, v. 25 e 26. ESE Cap. X)

14

Page 15: Nossos filhos são espíritos maio 2013

Medos e comportamentos inexplicáveis

Podem ter origem em reminiscências de encarnações anteriores - lembranças e vivências às vezes transbordam de uma vida para outra, nem sempre nítidas e explícitas, surgindo sob misteriosos disfarces (antipatias ou simpatias; sintomas físicos – claustrofobia; marcas de nascença ou lembranças vívidas)

15

Page 16: Nossos filhos são espíritos maio 2013

A DEBATIDA INFLUÊNCIA DO MEIO

Dons ou tendências específicas podem ser estimulados OU inibidos pela influência do meio, mas também pode a criança impor-se a ele, com maior ou menor segurança e determinação.

Se encontrar pessoas que o auxiliem a combater suas inclinações negativas, poderá obter maior êxito do que se conviver com pessoas que o abandonem a si mesmo.

16

Page 17: Nossos filhos são espíritos maio 2013

Sobre a adoção

Crianças encontradas em famílias presas a ambientes de pobreza e dificuldades, devem ser assistidas, ajudadas, orientadas, acompanhadas, porém mantidas no lugar onde estão.

A transferência de uma criança de um contexto de pobreza e simplicidade para um de riqueza e sofisticação oferece insuspeitados riscos e inconveniências;

Para o autor, a adoção é indicada para os recém-nascidos abandonados ou para crianças entregues a asilos e orfanatos.

17

Page 18: Nossos filhos são espíritos maio 2013

Projetos reencarnatórios envolvem complexidades

Pesquisas do passado e avaliação de possibilidades futuras;

Identificação e localização de pessoas com as quais devam ser negociadas futuras atividades;

Atento exame de condições sob as quais os espíritos programados para uma tarefa coletiva devam renascer;

Como deverão ser encaminhados;

Tendências estimular, desestimular ou combater; virtudes enfatizar e erros a corrigir;

Limite do suporte de pressões corretivas - problemas que devem ser postergados para outras existências. 18

Page 19: Nossos filhos são espíritos maio 2013

NÃO É TRAGICO SER MÉDIUM

Se alguma criança sua, de sua família ou de amigos e conhecidos apresentar indícios ou manifestações de nascentes faculdades mediúnicas, não se assuste, não se aflija, não se espante, nem procure reprimir as manifestações;

Como as recordações espontâneas de vidas passadas, podem apagar-se em torno dos dez anos de idade.

Tenha calma, observe, consulte quem entenda do assunto e não tome atitudes precipitadas como proibições, ameaças ou e castigos.

19

Page 20: Nossos filhos são espíritos maio 2013

FILHOS DEFICIENTESA pessoa que nos foi entregue é um ser humano, tão filho de Deus como cada um de nós; veio para junto de nós um espírito condicionado a certas limitações, que nos compete aceitar para enfrentar as dificuldades decorrentes;

A dor, a desarmonia, o desajuste, são situações transitórias. O espírito ESTÁ deficiente, NÃO É deficiente;

Os pais de uma criança deficiente têm, necessariamente, um

envolvimento pessoal na questão; têm uma quota de responsabilidade perante aquele ser;

A lei está sendo, em tais oportunidades, generosa e compassiva, oferecendo uma oportunidade de recuperação e purificação.

20

Page 21: Nossos filhos são espíritos maio 2013

Avaliando nossos filhos pela pluralidade das existências

21

Page 22: Nossos filhos são espíritos maio 2013

Avaliando nossos filhos pela pluralidade das existências

Que programas trazem? Que decisões? Que fraquezas? Que traços mais fortes e consolidados

na personalidade? Que tipo de experiências? Que correções pretendem fazer? O que podemos fazer para ajudá-los, evitando

que sejam novamente arrastados para mazelas que vieram para eliminar de suas estruturas psicológicas e éticas?

22

Page 23: Nossos filhos são espíritos maio 2013

Nossa função: esmerilhar arestas, corrigir desafeições, ampliar afetos, cultivar entendimentos, pacificar antigos rancores,

testemunhar dedicações e devotamentos.

23

Page 24: Nossos filhos são espíritos maio 2013

O lar, nossa maior escolaPonto de encontro, o momento cósmico em que as condições estão ali criadas para que tudo dê certo;

Se cada um tomar diferentes rumos após o trabalho da conciliação, partirão todos como amigos que apenas se despedem por algum tempo, com encontros marcados no futuro, para dar prosseguimento aos projetos em comum e para novas etapas evolutivas, pois somos todos companheiros de viagem.

A família é nossa universidade. Ou saímos dela diplomados e com pós graduação concluída, prontos para as conquistas pessoais, ou dela nos retiramos precipitadamente, interrompendo o curso das esperanças;

representa o melhor modelo de célula social. Se as coisas não estão dando certo, acham os entendidos que a falha não é do modelo, mas das pessoas.

24

Page 25: Nossos filhos são espíritos maio 2013

A PRESENÇA DE DEUS

A escolha da religião ocorre, muitas vezes, antes de nascer; encaminham-se para famílias católicas, protestantes, judias ou muçulmanas;

tal atitude visa, nem sempre, adotar automaticamente e sem restrições a religião dos pais e irmãos e, sim, tentar influenciá-los para que considerem outras opções;

as crianças trazem consigo denso conteúdo de experiências religiosas do passado.

O QUE IMPORTA NÃO É ESTA OU AQUELA RELIGIÃO ESPECÍFICA.

É A PRESENÇA DE DEUS EM NÓS E, SOBRETUDO, NOSSA CONSCIÊNCIA DE TAL PRESENÇA.

25

Page 26: Nossos filhos são espíritos maio 2013

Ensinar a orarA prece é o fio invisível de nossa ligação com Deus; é uma conversa com Ele, e conversa não precisa de fórmulas, ritos ou posturas especiais.

O recurso da prece está sempre à nossa disposição, em qualquer lugar, momento ou situação. Não precisa nem mesmo ser verbalizada em voz alta, basta ser pensada.

26

Page 27: Nossos filhos são espíritos maio 2013

DO ESTADO SÓLIDO AO GASOSO A morte é apenas uma mudança de estado: passamos do

estado sólido para o gasoso. Monteiro Lobato

Ao perder entes queridos, é inútil desejar que se estanque as lágrimas e volte a sorrir, por um passe de mágica. É preciso dar tempo para que as emoções em tumulto se acomodem em outro nível e se possa dar prosseguimento à vida, por maiores que sejam os desencantos e profundos desalentos;

Não há perdas, ninguém morre para sempre, ninguém “desaparece”, nem é encaminhado para uma destinação irrecorrível e final. Se o amor nos vinculava a seres que conosco conviviam, os vínculos permanecem após a morte, muitas vezes fortalecidos e consolidados.

O que desejam de nós os espíritos que se foram é que possamos dar prosseguir a vida, na prática do bem e do amor ao próximo, para que um dia possamos estar juntos novamente.

27

Page 28: Nossos filhos são espíritos maio 2013

A nova disposição nos arranjos mentais - algumas conclusões

O ser humano é dotado de alma imortal, que sobrevive à morte do corpo;

Morrer não é uma tragédia – é um momento de libertação e de reencontro com inesquecíveis amores;

É necessário reformular o conceito de responsabilidade pessoal - não há condenação eterna; as oportunidades de recuperação nos são incansavelmente concedidas pelas leis divinas; perdoar não é apagar o erro cometido com um passe de mágica – é a oportunidade de fazer de novo aquilo que fizemos errado, até aprender!

Há um intercâmbio intenso e ativo entre vivos e mortos e pessoas dotadas de faculdades especiais podem servir de intermediárias entre essas duas faces da vida;

As crianças são espíritos adultos, vividos, experimentados e dotados, às vezes, de maior capacidade intelectual e bagagem cultural do que muitos de nós;

28

Page 29: Nossos filhos são espíritos maio 2013

A nova disposição nos arranjos mentais - algumas conclusões

As limitações demonstradas pelas crianças não se devem à precariedade de seus espíritos, mas às deficiências do instrumento de que estão se utilizando para viver na Terra - seus corpos físicos;

Embora venha para a existência corporal com todo seu potencial preservado e pronto para interagir com o meio, o conhecimento e a experiência pregressa ficam como que segregados em compartimentos, mas não de todo inacessível.

A presença de Deus, não como mero conceito teológico ou conveniência de pertencer a esta ou religião, mas como convicção e princípio ordenador de toda a existência, essência do processo da vida.

29

Page 30: Nossos filhos são espíritos maio 2013

O poeta Mário de Andrade dizia que amar é verbo intransitivo. Acho que é, também, defectivo, pois não tem passado - é só presente e futuro. Quem uma vez amou, continua amando, se é que é amor e não paixão.

“O amor é paciente, é benéfico; o amor não é invejoso, não é temerário; não se ensoberbece,

não é ambicioso, não busca seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade,

tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo sofre. O amor não acaba nunca.”

Como poderia acabar se é da própria essência de Deus?

30

Page 31: Nossos filhos são espíritos maio 2013

“Vossos filhos não são vossos filhos, são os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma. Vêm através de vós, mas não de vós, e embora vivam convosco, não vos pertencem. Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,  porque eles têm seus próprios pensamentos. Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas, pois suas almas moram na mansão do amanhã,  que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho. Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,  porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados. Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas. O Arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força , para que Suas flechas se projetem, rápidas e para longe. 

Que vosso encurvamento na mão do Arqueiro seja vossa alegria, pois assim como Ele ama a flecha que voa,  ama também o arco que permanece estável”.

Khalil Gibran

31