Nos domínios da mediunidade aula11
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NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE
LEONARDO PEREIRA
Desdobramento em Serviço(Estudo 11 de 30)
NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE
QUESTÕES PARA ESTUDO
1 - Como definir a mediunidade de desdobramento?
2 - Existiriam condições inerentes ao médium paraque este se torne mais eficiente na atividade dedesdobramento?
3 - E existiriam também condições para os demais membros do grupo auxiliarem o médium?
4 - Qual a importância da oração para auxiliar o médium de desdobramento?
5 - Qual a importância da concentração do médium no momento da atividade?
• 6 - E do estudo constante?
• 7 - Comente a seguinte afirmação do AssistenteÀulus:
• "Raros espíritos encarnados conseguem absolutodomínio de si próprios, em romagens de serviçoedificante fora do carro de matéria densa.
• Habituados à orientação pelo corpo físico, antequalquer surpresa menos agradável, na esfera defenômenos inabituais, procuram instintivamente oretorno ao vaso carnal, à maneira do molusco que serefugia na própria concha, diante de qualquerimpressão em desacordo com os seus movimentosrotineiros."
NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE
LEONARDO PEREIRA
Desdobramento em Serviço(Estudo 11 de 30)
T R E C H O S D O C A P Í T U L O.
(...)"Chegara a vez do médium Antônio Castro.
Profundamente concentrado, denotava a confiança com que se oferecia aos objetivos de serviço.
Aproximou-se dele o irmão Clementino e, à maneira do magnetizador comum, impôs-lhe as mãos, aplicando-lhe
passes de longo circuito.Castro como que adormeceu devagarinho, inteiriçando-se
lhe os membros.Do tórax emanava com abundância um vapor
esbranquiçado que, em se acumulando à feição de uma nuvem, depressa se transformou, à esquerda do corpo
denso, numa duplicata do médium, em tamanho ligeiramente maior.
O diretor espiritual da casa submetia o medianeiro a delicada intervenção
magnética que não seria lícito perturbar ou interromper.
O médium, assim desligado do veículo carnal, afastou-se dois passos, deixando ver o cordão
vaporoso que o prendia ao campo somático.
Enquanto Clementino o encorajava com palavras amigas, o nosso orientador, certamente
assinalando-nos a curiosidade, deu-se pressa em esclarecer:
_Com o auxílio do supervisor, o médium foi convenientemente exteriorizado. A princípio,
seu perispírito ou "corpo astral" estava revestido com os eflúvios vitais que asseguram
o equilíbrio entre a alma e o corpo de carne, conhecidos aqueles, em seu conjunto, como
sendo o
"duplo etérico", formado por emanações neuropsíquicas que pertencem ao campo
fisiológico e que, por isso mesmo, não conseguem maior afastamento da organização terrestre, destinando-se à desintegração, tanto quanto
ocorre ao instrumento carnal, por ocasião da morte renovadora.
• Para melhor ajustar-se ao nosso ambiente, Castro devolveu essas energias ao corpo inerme, garantindo assim o calor indispensável à colméia celular e desembaraçando-se, tanto quanto possível, para entrar no serviço que o aguarda._Ah! - disse Hilário, com expressão admirativa - aqui vemos, desse modo, a exteriorização da sensibilidade!...
• _Sim, se algum pesquisador humano ferisse o espaço em que se encontra a organização perispirítica de nosso amigo, registraria ele, de imediato, a dor do golpe que se lhe desfechasse, queixando-se disto, através da língua física, porque, não obstante liberto do vaso somático, prossegue em comunhão com ele, por intermédio do laço fluídico de ligação.
• _Castro é ainda um iniciante no serviço. À medida queentesoure experiência, manejará possibilidadesespirituais avançadas, assumindo os aspectos que deseje,considerando que o perispírito é constituído deelementos maleáveis, obedecendo ao comando dopensamento, seja nascido da nossa própria imaginaçãoou da imaginação de inteligências mais vigorosas que anossa, mormente quando a nossa vontade se rende,irrefletida, à dominação de espíritos tirânicos ou viciosos,encastelados na sombra.
• _Pela concentração mental, qualquer Espírito se evidenciará na expressão que deseje, todavia,
empregando nossa imaginação criadora, podemos e devemos mobilizar os recursos ao
nosso alcance, aprimorando concepções artísticas no campo de nossas relações, uns com os outros. A Arte, tanto quanto a Ciência, entre nós, é muito
mais rica que no círculo dos encarnados e, por ela, a educação se processa mais eficiente, no que
tange à beleza e à cultura. (....)O médium, mais à vontade fora do corpo denso,
recebia as instruções que Clementino lhe administrava, paternal.
• Dois guardas aproximaram-se dele e lhe aplicaram à cabeça um capacete em forma de
antolhos._Para a viagem que fará - avisou-nos o
Assistente -, Castro não deve dispersar a atenção. Incipiente ainda nesse gênero de
tarefa, precisa instrumentação adequada para reduzir a própria capacidade de observação, de modo a interferir o menos possível na tarefa a
executar.Vimos o rapaz plenamente desdobrado alçar-se
ao espaço, de mãos dadas com ambos os vigilantes.
• O trio volitou em sentido oblíquo, sob nossa confiante expectação.
Desde esse momento, demonstrando manter segura
comunhão com o veículo carnal, ouvimo-lo dizer através da boca
física:_Seguimos por um trilho estreito
e escuro!... Oh, tenho medo, muito medo...Rodrigo e Sérgio amparam-me na excursão, mas sinto receio!...Tenho a idéia de
que nos achamos em pleno nevoeiro...
• Mas Raul, sob a inspiração do mentor da casa, elevou o padrão vibratório do conjunto, numa prece fervorosa em que rogava ao Alto forças multiplicadas para o irmão em serviço.Junto de nós, Áulusinformou:_A oração do grupo, acompanhando-o na excursão e transmitida a ele, de imediato, constitui-lhe abençoado tônico espiritual.
• Interpretando os fatos sob nossa observação, o Assistente explicou:_Raros espíritos encarnados conseguem absoluto domínio de si próprios, em romagens de serviócedificante fora do carro de matéria densa. Habituados à orientação pelo corpo físico, ante qualquer surpresa menos agradável, na esfera de fenômenos inabituais, procuram instintivamente o retorno ao vaso carnal, à maneira do molusco que se refugia na própria concha, diante de qualquer impressão em desacordo com os seus movimentos rotineiros. Castro, porém, será treinado para a prestação de valioso concurso aos enfermos de qualquer posição.
O desdobramento em serviço estava
findo e com a tarefa terminada
havíamos recolhido preciosa
lição.
NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE
LEONARDO PEREIRA
Desdobramento em Serviço(Estudo 11 de 30)RESPOSTAS
1 - Como definir a mediunidade de desdobramento?
•Desdobramento é o fenômeno pelo qual o espírito, sempre envolvido
por seu perispírito, separa-se do corpo físico, ao qual se mantém ligado apenas por um laço fluídico conhecido como "cordão de prata" e vai
estar em outros lugares. Este fenômeno pode ocorrer de forma anímica ou mediúnica, consciente ou inconscientemente, dependendo de
existir ou não a interferência do plano espiritual e da vontade ou não do espírito que se desloca.
• O caso narrado no capítulo que estamos estudando é de desdobramento mediúnico e consciente. O médium deslocou-se
conscientemente ao plano espiritual, em espírito, com o objetivo de se encontrar com um antigo trabalhador da casa que desencarnara há
pouco e de transmitir uma sua mensagem, deixando seu corpo no local onde se realizava o trabalho mediúnico
2 - Existiriam condições inerentes ao médium para que este se torne mais eficiente na atividade de
desdobramento?
Para produzir o fenômeno de desdobramento mediúnico consciente, o espírito deve contar já com algum
adiantamentomoral, que lhe possibilite, através do pensamento,
desprender-se do corpo físico e desdobrar-se. Martins Peralva, na
obra acima citada, elenca as condições que contribuem para a produção do fenômeno e que devem ser observadaspelo médium: vida pura, aspirações elevadas, potência
mental, cultivo da prece e exercício constante.
3 - E existiriam também condições para os demais membros do grupo auxiliarem o
médium?• (Como em todo trabalho mediúnico, o grupo
deve ser uniforme, ter uma unidade de pensamento e de propósitos. Os
componentes do grupo mediúnico, analisa o mesmo Autor, também devem observar
determinados deveres para quepossam prestar ao médium o auxílio necessário
ao êxito do desprendimento: prece, concentração e exortação.
4 - Qual a importância da oração para auxiliar o médium de desdobramento?
•Ao deixar o corpo físico, o espírito desdobrado ingressou em região próxima à Terra que recebia todas as emanações fluídicas negativas
próprias de um mundo de provas e de expiações. A substância mental expelida pela humanidade encarnada do Planeta refletia o seu
desequilíbrio, conseqüente das paixões inferiores, vícios, crimes, ódios e outros sentimentos nada nobres ainda comuns no plano
terreno. Castro, o médium em desdobramento, ao ingressar nessaregião, que descreveu como "... um trilho estreito e escuro...", sentiu-
se amedrontado, imaginando achar-se em " ...pleno nevoeiro...". Uma prece realizada pelo grupo mediúnico elevou
o seu padrão vibratório, fortalecendo o médium em serviço, que afirmou a ter recebido como "... um chuveiro de luz...". Vemos, pois, o valor da prece também nesse tipo de trabalho, renovando as forças
e mantendo o grupo mediúnico numa sintonia elevada, com vibrações altamente positivas.
5 - Qual a importância da concentração do médium no momento da atividade?
•
É através da concentração mental que o espírito direciona o pensamento de modo a
manejar seu perispírito,impulsionando o desprendimento do corpo
físico e dando-lhe a forma como se apresentará durante o período de
desdobramento.
6 - E do estudo constante?
•
Na Introdução do Livro dos Médiuns, Allan Kardec recomenda àquele que deseje lidar seriamente com a mediunidade que primeiro leia o Livro dos Espíritos.
Estabeleceu, assim, o Codificador, como premissa para a prática de qualquer atividade mediúnica o
estudo. Sem o conhecimento dos princípios básicos que regem a relação entre os dois planos de vida, o médium ficará sempre sujeito a produzir fenômeno mediúnico não confiável, refletindo o pensamento de espíritos perturbadores, que não têm nenhum
compromisso como a seriedade do trabalho.
• 7 - Comente a seguinte afirmação do Assistente Àulus: "Raros espíritos encarnados conseguem absoluto domínio de si próprios, em romagens de serviço edificante fora do
carro de matéria densa. Habituados à orientação pelo corpo físico, ante qualquer
surpresa menos agradável, na esfera de fenômenos inabituais, procuram
instintivamente o retorno ao vaso carnal, à maneira do molusco que se refugia na
própria concha, diante de qualquer impressão em desacordo
com os seus movimentos rotineiros."
• Quis o assistente Áulus demonstrar a dificuldade com que espíritos no nosso nível
de evolução ainda se defrontam ao se liberarem do corpo físico. Como ainda se
encontram fortemente impressionáveis pela influência da matéria, ante as mínimas
dificuldades com que se defronta, a reação inconsciente do espírito, nestas
circunstâncias, é buscar a fuga através do esconderijo do corpo físico, como faz o
molusco com a própria concha, no exemplo citado pelo benfeitor.
•
Bons estudos e iluminadas reflexões!