Norovírus
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Norovirus in the hospital setting: virus introduction
and spread within the hospital environmental
Universidade Federal de GoiásInstituto de Patologia Tropical e Saúde Pública
Virologia Humana
Discente: Tayse Silva dos SantosGoiânia, 13 de dezembro de 2012
• Familia Caliciviridae• Encontrado em humanos, coelhos, porcos, gatos,
galinhas, répteis, golfinhos, leões marinhos, raposas etc
• Ss-RNA (simples senso), vírus não envelopado.• Não é muito estudado devido não crescerem em
cultura e não existir um modelo animal apropriado.
• Transmissão é geralmente pela rota fecal-oral, mas pode também ser transmitido pela rota respiratória.
Caracterização do vírus - Norovírus
# Os NoV são a maior causa de gastroenterite humana aguda não bacteriana acometendo adultos e crianças em todo o mundo.
# Os surtos ocorrem com mais frequência onde há concentração de pessoas em áreas de tamanho reduzido, como, por exemplo, em casas para idosos, restaurantes, eventos servidos por bufês , navios de cruzeiro e ambientes hospitalares.
# Os NoV são altamente infecciosos, devido a combinação de baixa dose infectante (DI 50 < 20 partículas virais), alto nível de excreção viral (cópias de RNA por grama de fezes) e excreção prolongada após recuperação clínica.
• Altamente infeccioso• Alto grau de plasticidade genômica• Pobre habilidade de revisão/correção
da RNA polimerase resultando em mutações• Vírus responde rapidamente a pressões selecionadas no
ambiente, fazendo-o um vírus muito adaptável• Replica nos tecidos oral e respiratório
A partícula viral dos norovírus (família Caliciviridae)
#Os vírions são constituídos de um capsídeo e um ácido nucleico,
medindo cerca de 27 a 30 nm de diâmetro.
#Não possuem envoltório.
#O nucleocapsídeo é arredondado e exibe simetria icosaédrica.
#Estrutura de superfície: modelo regular com características distintas.
# O arranjo do capsômero é claramente visível.
#O genoma viral consiste em uma molécula linear de RNA fita simples de
polaridade positiva.
#Os NoV podem ser subdivididos em cinco genogrupos (GI, GII, GIII, GIV
e GV), compostos por pelo menos 31 clusters genéticos ou genótipos.
#Comer alimentos ou beber líquidos contaminados com norovírus;
#Tocar superfícies ou objetos contaminados com norovírus e, em
seguida, colocar os dedos na boca;
#Ter contato com alguém que está infectado com o norovírus (por
exemplo, cuidar ou compartilhar alimentos ou utensílios com alguém
com a doença).
Transmissão alimentar, ou transmissão pessoa a pessoa, via fecal-oral.
• Comumente causa gastroenterite, náusea, vômitos e diarreia. • Vírus se multiplica no intestino delgado.• Tempo de incubação de 2 dias• Os sintomas geralmente só duram 3 dias• A maioria das infecções por calicivírus não chamam a atenção médica • Após a infecção, a imunidade é geralmente incompleta e temporária. • Afeta pessoas de todas as idades. • Causa aproximadamente 90% das epidemias e surtos de gastroenterite não bacterianas ao redor do mundo, comumente chamada de “stomach flu”.• Pode ser responsável por 50 % de todos os surtos de gastroenterite nos EUA. • Lavar as mãos é um efetivo método para reduzir a disseminação de patógenos, mas usar álcool não é muito efetivo.
• Como não há cura conhecida para calicivírus, o controle é essencial. As carcaças devem ser enterrados Enquanto que os animais expostos ao vírus devem ser colocados em quarentena ou sacrificados.
• A desinfecção de objetos que entraram em contato com animais doentes pode ser feito mais eficazmente usando lixívia (água sanitária).
• Hábitos adequados de higiene; • Lavar bem frutas e vegetais; • Quando estiver doente não preparar comida; • Limpar e desinfetar superfícies contaminadas.
Obs.: O norovírus pode ser encontrado no vômito e nas fezes antes dos sintomas e pode permanecer nas fezes por mais 2 semanas após da pessoa se
sentir melhor.
# Surtos: associados geralmente com instituições fechadas (hospitais e
casas para idosos). Estabelecimentos de comida, navios de cruzeiro,
salas de concerto e escolas.
# Transmissão: geralmente pessoa-pessoa (ambiente e contaminação
pelo ar tem sido reportado).
# O genoma do norovírus e a diversidade antigênica resultam do
aparecimento de mutações durante a replicação do RNA viral.
# A baixa dose infecciosa, a estabilidade do norovírus no ambiente e
imunidade a curto prazo após a infecção contribuem para a facilidade
de dispersão do norovírus em pacientes e funcionários no ambiente
hospitalar.
Introdução
# Surtos prolongados de gastroenterites não são incomuns e
frequentemente reporta-se a propagação de ala para ala.
# Os sintomas podem durar mais que sete dias e em pacientes
enfermos ou idosos e existe substancial mortalidade.
# O norovírus é endêmico em indivíduos com infecção recorrente,
resultando em muitas oportunidades para introdução nos hospital.
# Fatores de risco: maior número de camas na unidade e mais
unidades de cuidado. Ala geriátrica e de clínica geral estão associadas
com aumento do risco.
Introdução
Medidas de controle de infecção são usadas frequentemente para
reduzir surtos e prevenir sua propagação:
#Enfatizar a necessidade de lavar as mãos antes e depois do contato
com paciente doentes;
#Pessoal afetado permanecer no trabalho, pelo menos, 48h após os
sintomas terem desaparecido;
#Diminuir a movimentação de pessoal entre áreas afetadas e não
afetadas;
#Restrição de visitas.
Introdução
Objetivo:
Este estudo detalhou a caracterização de cepas do vírus
(norovírus). Foi realizado a fim de monitorar sua introdução no
hospital e sua propagação dentro e entre as alas. O
monitoramento “ambiental” das áreas dentro de alas, banheiros e
equipamentos foi realizado depois a fim de verificar a eficácia e
identificar potencias “hot spots” de contaminação do norovírus.
Introdução
1° - Fechamento do compartimento logo que um caso de vômito
com ou sem diarreia com uma apresentação clínica compatível
com infecção gastrointestinal é reportada.
2° - Quando o grupo de enfermagem para este compartimento é
instituído, é atribuído um banheiro específico.
3° - Pacientes e pessoal não são transferidos.
4° - Visitas se tornam restritas.
Quando duas ou mais alas são afetadas instiga-se o fechamento
da ala.
Práticas de controle de infecção hospital Introdução
Surtos
Definiu-se como surto: dois ou mais casos de gastroenterite
ligados por tempo e espaço.
Um novo surto foi arbitrariamente definido como ocorrendo,
pelo menos, sete dias depois do último caso em um surto prévio
ou como ocorrendo em um diferente paciente tanto na unidade
de saúde como na ala.
Métodos
Pacientes e amostras
#Surtos: ausentes no hospital durante setembro e novembro de 2009,
com um pequeno número detectado em novembro e significante
atividade no final de dezembro para janeiro de 2010, anunciando uma
nova temporada do vírus.
#Aumento: 24 de dezembro de 2009 e 11 de maio de 2010, 326
pacientes em 22 alas ou unidades foram identificados como tendo
sintomas consistentes de gastroenterites por norovírus.
#128 casos suspeitos, 56 confirmados, alojados em 14 enfermarias (ala
do hospital).
Métodos
Detecção do norovírus
Espécies fecais foram preparadas com suspensão 10% de
tampão Star e ácido nucléico foi extraído. Os norovírus foram
detectados usando RT-PCR.
Caracterização do norovírus
Os norovírus foram genotipados. Análise da sequência de
ácidos nucléicos do domínio S do capsídeo.
Análises mais detalhadas: região P2.
Métodos
Limpeza clínica
#Paredes, teto, chão, bordas, armários dos pacientes, mesas, cadeiras,
escaninhos, estrutura das camas, capa de colchão e instalações
sanitárias, onde presentes, foram lavados com solução Actichlor.
#Todos os equipamentos clínicos foram limpos antes de serem
removidos do cômodo.
#Se sujos com sangue ou fluidos corporais, os equipamentos foram
primeiro limpos com água e detergente, seguido de Acticholor plus.
#As cortinas foram removidas antes da limpeza e um jogo limpo foi
pendurado depois da limpeza ter sido completada.
#Sacos de resíduos hospitalares e domésticos foram substituídos.
Métodos
Amostragem
#Portas, armários, alças de descarga foram analisadas.
#Duas enfermarias nas quais o norovírus foi detectado na
superfície após a limpeza foram sujeitas a uma segunda limpeza
clínica e as superfícies fora novamente analisadas para a presença
do norovírus.
#Extração do ácido nucléico e RT-PCR.
Monitoramento ambiental Métodos
Genótipo viral e grupos genéticos
#Todos foram identificados como da cepa GII 4. A caracterização da codificação
do gene domínio P2 revelou oito grupos genéticos distintos do GII 4.
Resultados
O grupo genético I foi identificado primeiro em um paciente na
enfermaria K1 em 2 de janeiro de 2010 e até 10 de fevereiro de
2010, foi encontrado associado com casos de gastroenterites em
mais 4 alas. Similarmente, grupos 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 nos períodos de
15, 74, 20, 49, 29, 4 e 11 dias e foram associados com casos nas
alas 4, 4, 2, 2, 3, 1 e 4, respectivamente.
Resultados
Monitoramento ambiental
#O vírus foi encontrado em 75 (31,4%) dos 239 swabs coletados de
locais em 5 alas (H3, K2, K1, G4 e B1) e em uma “sala de estar” (E1).
#45% dos swabs, 45,9% de equipamentos, 29,4% dentro do posto
de enfermagem, 42,9% das cabeceiras, 23,6% dos móveis e
acessórios foram positivos para norovírus.
#Dentro de 2 alas, re-limpadas e re-testadas, a contaminação foi
reduzida das superfícies de 42,1% para 13,2% e de 48,7% para
19,4% em K2 e H3, respectivamente.
Resultados
# Os surtos sazonais de norovírus tem se tornado um intratável
problema nos nossos hospitais e casas de cuidado.
# Cepas GII-4 predominaram em populações nos hospital e casas de
cuidado, embora muitos genótipos re-circulem na comunidade.
# As rotas de transmissão do norovírus, sazonalidade de infecção, falta
de imunidade protetora de longo prazo, baixa dose de infecção, alta
taxa de ataque, o papel desempenhado por infecções sintomáticas e
assintomáticas, a mutabilidade do genoma e estabilidade viral no
ambiente podem contribuir para “aumentar” estes vírus nos hospitais.
Discussão
# O monitoramento de áreas afetadas pós limpeza revelou um alto nível de
contaminação ambiental.
# Locais contaminados sugeriu transmissão via contato de mão, e hot spots
foram identificados em equipamentos de monitorização de pacientes,
computadores e carrinhos de notas nos postos de enfermagem,
dispensadores de sabão e álcool, corrimão dentro de banheiros e cabeceiras.
# Mais de 40% dos locais foram contaminados durantes os testes no início de
março, mas esta proporção foi reduzida para <15% no final de março, abril e
maio;
# A falta de um sistema de cultura de células ou animais de laboratório para o
norovírus faz a determinação do vírus problemática. Destruição do capsídeo
desinfetantes de cloro, expõe o RNA viral a destruição por RNases no
ambiente, rendendo um vírus não-viável.
Discussão
# Com exceção da lavagem das mãos, as quais mostraram diminuição
dos episódios de diarreia, muitos dos procedimentos de controle de
infecção em uso corrente não tem base de evidência concreta.
# A presença de população complexa de vírus infectando pacientes por
toda parte e consequente espalhamento faz o rastreamento do surto
ser difícil.
# A combinação da caracterização pormenorizada do vírus e da limpeza
podem ser uma poderosa ferramenta nas auditorias de controle de
infecção para determinar o tamanho e a extensão de um surto e
monitorar a eficiência da limpeza clínica.
Discussão
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