noroeste noticias ediçao 167

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10 de outubro de 2010 NOROESTE NOTÍCIAS - Um novo jeito de fazer jornal NOROESTE NOROESTE NOTÍCIAS CIRCULAÇÃO: Itaocara, Aperibé, Pádua, Cambuci, São Sebastião do Alto, Macuco, São Fidélis, Cordeiro, Miracema, Itaperuna, Laje do Muriaé, São José de Ubá, Porciúncula e Natividade Ano XVII Nº 167 10 de Outubro de 2010 R$ 0,50 17 Anos Página 20 COISA DE MEIO AMBIENTE Os ambientalistas da região noroeste e norte do Estado do Rio estão eufóricos com a criação do Consórcio do Lixo. A partici- pação do prefeito de Itaocara, Dr. Alcione Araújo, tem sido uma das causas do sucesso do Projeto... Página 17 Editorial e Opinião Pag. 2 Linguagem moderna e vibrante, o NN mostra sua cara... Amanda Ripper Pág. 10 e 11 Irreverente e bem informada, dá o tom satírico... Leis importantes Págs 8 e 9 Mulher: Lei Maria da Penha. Consumidor: energia... Rosa dos Ventos. Pág 3 Literatura e Poesias - Pág 3. Abaixo, Alcione, 2º (D) e prefeitos consorciados da da região...O fim do lixo urbano? Prefeito Alcione Araújo, Secretária de Ambiente Marlene Ramos e Luiz Fenemê... Cidade Prefeito Alcione Araújo dá banho de obras em Itaocara Quem não passa pelo Bairro Caxias deveria passar para ver a recapeamento das ruas transver- sais à Avenida Cônegos Ananias e desta também, fato que é uma an- tiga reivindicação dos moradores do local, hoje um dos bairros mais progressistas da cidade de Itaoca- ra. Mas isso é apenas o começo: a Avenida Pastor José Henrique da Mata, do lado direito do Valão de Caxias, bem como as ruas que para ela convergem, também serão recapeadas em ato continuo. Além disso, a Rua São José, a mais mo- vimentada da cidade, está sendo totalmente preparada para ganhar um asfalto de altíssima qualidade, isto para suportar o grande fluxo de veículos que por ela passam diariamente. Ela é, guardadas as devidas proporções, a “Avenida Brasil” de Itaocara . Também , segundo fontes bem informadas, o governo Alcione estará asfaltando a Rua Nilo Peçanha em Laranjais, a Sebastião da Penha Rangel, a Avenida Presidente Sodré, a que circunda a Rodoviária, a Magno Martins, com prosseguimento até ao Campo de Semente, onde será construído o prédio para abrigar uma escola profissionalizante. Mas nem só de trabalho e obras vive uma cidade e o seu povo, eis que o lazer e a cultu- ra também são essenciais e a municipalidade tem cuidado de oferecer isso ao povo, através da competência do prefeito e do seu Secretário de Cultura e Turismo, o consagrado Henrique Resende: o Teatro Municipal Kiud, a Escola de Música, a Música na Praça, a Calçada das Artes, o Carnaval, o Fogueirão e agora, fato ocor- rido em 29 de agosto, a palestra inicial para a realização do filme “Patápio Silva- O Filme” , uma realização de Alexandre Palma, da Faculdade de Educação da UFRJ, Júlio Hungria, jornalista e ambientalista e Prefeitura de Itao- cara, que vai projetar o Município de Itaocara no cenário nacional e internacional. Também é de se destacar a transformação do Posto da CEDERJ em Pólo, fato de vital importância para a evolução da Educação em Itaocara. Rua São José em obras... Todo transtorno valeu à pena... Itaocara, UENF, A Constituição do Estado e a Faculdade de Agronomia By Chico Marra Apesar de que a Constitui- ção do Estado do Rio de Janeiro, em vigor, garanta a instalação de um Curso de Agronomia no Município de Itaocara, conforme reza o artigo 49, § 1º e 2º, DOS ATOS DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRAN- SITÓRIAS, até hoje nada foi feito, apesar da determinação dada à UENF- Universidade Estadual do Norte Fluminense, para a devida implantação do curso. Nem mesmo a suces- sora, da UENF, caso esta não cumprisse com sua obrigação legal, seria, conforme o próprio dispositivo constitucional de- termina, a UERJ- Universidade do Estado do Rio de Janeiro que, por sua vez, também não cumpriu a Lex Máxima Estadu- al, numa pecadora omissão que vem prejudicando o Município de Itaocara... Por oportuno e importante, é de se dizer que o Estado do Rio de Janeiro possui em Ita- ocara cerca de 200 (duzentos) alqueires de excelentes terras, marginais ao Rio Paraíba do Sul e em suas também férteis ilhas, um espaço físico privile- giado, inclusive com imóveis- o Campo de Semente, ex- Campo do Algodão a partir de 1924- àquele sob a direção atual da PESAGRO, mas aonde a própria UENF ocupa uma ilha, por sinal bem extensa, na qual realiza ex- periências agrícolas, mesmo que de pouca monta ou expressão. Bem, experiências à parte, contrariando a Carta Estadual e prejudicando Itaocara e mais diversos municípios da região, com os quais Itaocara se con- fronta, diz-se que a UENF estaria pretendendo levar um Pólo, Curso de Extensão e/ou Facul- dade para o próspero Município de Italva, contra o qual nada se tem, sem se considerar a extra- ordinária posição geográfica de Itaocara, sua vocação agrícola e pecuária e o universo de uma possível clientela própria e de municípios outros como Santo Antônio de Pádua, Aperibé, Cambuci, São Sebastião do Alto, São Fidélis, Macuco e Canta- galo, todos próximos e com iguais vocações. É de se dizer também para quem não saiba, que Itaocara é a segunda bacia leiteira do Estado em captação de leite e produz derivados de excelente qualidade, reconheci- da como em sendo a melhor do Estado, e que também é grande produtor de hortifrutigranjeiros, cuja destinação final se dá no Mercado do Produtor de Ponto de Pergunta, hoje funcionando como “CEASA”. Isso sem falar na Agro Indústria que já se alas- tra pelo município, notadamente no local conhecido como Con- ceição. O grande e diversificado potencial de Itaocara, em relação ao exposto acima, pode ser visto e comprovado in loco ou mesmo na EXPO FOGUEIRÃO, onde esses produtos são expostos. Além disso, diante de tudo que já foi exposto, diga-se que Itaocara tem uma excelente hidrografia, esta representada pelos Rios Pa- raíba do Sul, Negro e das Areias, fato este que poderia possibilitar projetos de irrigação. O Prefeito Alcione por ocasião da inauguração do Pólo da CECIERJ Sarnei, aliado de Lula, o homem dos Atos Secretos

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10 de outubro de 2010NOROESTENOTÍCIAS

- Um novo jeito de fazer jornal 10 de outubro de 2010 NOROESTENOTÍCIAS

- Um novo jeito de fazer jornal

NOROESTENOTÍCIAS

CIRCULAÇÃO:Itaocara, Aperibé, Pádua,

Cambuci, São Sebastião do Alto, Macuco, São Fidélis,

Cordeiro, Miracema, Itaperuna, Laje do

Muriaé, São José de Ubá, Porciúncula e Natividade

Ano XVII Nº 167 10 de Outubro de 2010 R$ 0,50

17 Anos

Página 20

COISA DE MEIO AMBIENTEOs ambientalistas da região noroeste e norte do Estado do Rio estão eufóricos com a criação do Consórcio do Lixo. A partici-

pação do prefeito de Itaocara, Dr. Alcione Araújo, tem sido uma das causas do sucesso do Projeto... Página 17

Editorial e Opinião Pag. 2

Linguagem moderna e vibrante,

o NN mostra sua cara...

Amanda Ripper Pág. 10 e 11

Irreverente e bem informada, dá o

tom satírico...

Leis importantes Págs 8 e 9

Mulher: Lei Maria da Penha.

Consumidor: energia...

Rosa dos Ventos.

Pág 3

Literatura e Poesias - Pág 3.

Abaixo, Alcione, 2º (D) e prefeitos consorciados da da região...O fim do lixo urbano?

Prefeito Alcione Araújo, Secretária de Ambiente Marlene Ramos e Luiz Fenemê...

Cidade

Prefeito Alcione Araújo dá banho de obras em Itaocara

Quem não passa pelo Bairro Caxias deveria passar para ver a recapeamento das ruas transver-sais à Avenida Cônegos Ananias e desta também, fato que é uma an-tiga reivindicação dos moradores do local, hoje um dos bairros mais progressistas da cidade de Itaoca-ra. Mas isso é apenas o começo: a Avenida Pastor José Henrique da Mata, do lado direito do Valão de Caxias, bem como as ruas que para ela convergem, também serão recapeadas em ato continuo. Além disso, a Rua São José, a mais mo-vimentada da cidade, está sendo totalmente preparada para ganhar um asfalto de altíssima qualidade, isto para suportar o grande fluxo de veículos que por ela passam diariamente. Ela é, guardadas as devidas proporções, a “Avenida Brasil” de Itaocara . Também , segundo fontes bem informadas, o governo Alcione estará asfaltando a Rua Nilo Peçanha em Laranjais, a Sebastião da Penha Rangel, a Avenida Presidente Sodré, a que circunda a Rodoviária, a Magno Martins, com prosseguimento até ao Campo de Semente, onde será construído o prédio para abrigar uma escola profissionalizante.

Mas nem só de trabalho e

obras vive uma cidade e o seu povo, eis que o lazer e a cultu-ra também são essenciais e a municipalidade tem cuidado de oferecer isso ao povo, através da competência do prefeito e do seu Secretário de Cultura e Turismo, o consagrado Henrique Resende: o Teatro Municipal Kiud, a Escola de Música, a Música na Praça, a Calçada das Artes, o Carnaval, o Fogueirão e agora, fato ocor-rido em 29 de agosto, a palestra

inicial para a realização do filme “Patápio Silva- O Filme” , uma realização de Alexandre Palma, da Faculdade de Educação da UFRJ, Júlio Hungria, jornalista e ambientalista e Prefeitura de Itao-cara, que vai projetar o Município de Itaocara no cenário nacional e internacional. Também é de se destacar a transformação do Posto da CEDERJ em Pólo, fato de vital importância para a evolução da Educação em Itaocara.

Rua São José em obras... Todo transtorno valeu à pena...

Itaocara, UENF, A Constituição do Estado e a Faculdade de Agronomia

By Chico Marra

Apesar de que a Constitui-ção do Estado do Rio de Janeiro, em vigor, garanta a instalação de um Curso de Agronomia no Município de Itaocara, conforme reza o artigo 49, § 1º e 2º, DOS ATOS DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRAN-SITÓRIAS, até hoje nada foi feito, apesar da determinação dada à UENF- Universidade Estadual do Norte Fluminense, para a devida implantação do curso. Nem mesmo a suces-sora, da UENF, caso esta não cumprisse com sua obrigação legal, seria, conforme o próprio dispositivo constitucional de-termina, a UERJ- Universidade do Estado do Rio de Janeiro que, por sua vez, também não cumpriu a Lex Máxima Estadu-al, numa pecadora omissão que vem prejudicando o Município de Itaocara...

Por oportuno e importante, é de se dizer que o Estado do Rio de Janeiro possui em Ita-ocara cerca de 200 (duzentos)

alqueires de excelentes terras, marginais ao Rio Paraíba do Sul e em suas também férteis ilhas, um espaço físico privile-giado, inclusive com imóveis- o Campo de Semente, ex- Campo do Algodão a partir de 1924- àquele sob a direção atual da PESAGRO, mas aonde a própria UENF ocupa uma ilha, por sinal bem extensa, na qual realiza ex-periências agrícolas, mesmo que de pouca monta ou expressão.

Bem, experiências à parte, contrariando a Carta Estadual e prejudicando Itaocara e mais diversos municípios da região, com os quais Itaocara se con-fronta, diz-se que a UENF estaria pretendendo levar um Pólo, Curso de Extensão e/ou Facul-dade para o próspero Município de Italva, contra o qual nada se tem, sem se considerar a extra-ordinária posição geográfica de Itaocara, sua vocação agrícola e pecuária e o universo de uma possível clientela própria e de municípios outros como Santo Antônio de Pádua, Aperibé, Cambuci, São Sebastião do Alto,

São Fidélis, Macuco e Canta-galo, todos próximos e com iguais vocações. É de se dizer também para quem não saiba, que Itaocara é a segunda bacia leiteira do Estado em captação de leite e produz derivados de excelente qualidade, reconheci-da como em sendo a melhor do Estado, e que também é grande produtor de hortifrutigranjeiros, cuja destinação final se dá no Mercado do Produtor de Ponto de Pergunta, hoje funcionando como “CEASA”. Isso sem falar na Agro Indústria que já se alas-tra pelo município, notadamente no local conhecido como Con-ceição. O grande e diversificado potencial de Itaocara, em relação ao exposto acima, pode ser visto e comprovado in loco ou mesmo na EXPO FOGUEIRÃO, onde esses produtos são expostos. Além disso, diante de tudo que já foi exposto, diga-se que Itaocara tem uma excelente hidrografia, esta representada pelos Rios Pa-raíba do Sul, Negro e das Areias, fato este que poderia possibilitar projetos de irrigação.

O Prefeito Alcione por ocasião da inauguração do Pólo da CECIERJ

Sarnei, aliado de Lula, o homem dos Atos Secretos

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10 de outubro de 2010NOROESTENOTÍCIAS

- Um novo jeito de fazer jornal 10 de outubro de 2010 NOROESTENOTÍCIAS

- Um novo jeito de fazer jornal

E x p e d i e n t eJornal Noroeste Notícias

Revista e Editora LtdaCNPJ-MF 39.416.235/0001-02Redação: Rua Gilceria Jorge de Oliveira, 390 - CEP.: 28.570-000 - Itaocara - RJ

Diretor: Jonathan Sabino de FariaProgramador Visual: Fabiane da Cunha - Cel.: (24) 8811-3906 - E-mail: [email protected]

Representante: ESSIÊ PUBLICIDADESImpressão: Gráfica Hoffmann - Tel.: (22) 3824-2499 - Itaperuna - RJ

As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não corresponde, obrigatoriamente, a opinião do JornalN

OR

OE

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EN

OT

ÍCIA

S17

Ano

sPágina 02 Página 19

EditorialO coaxar dos sapos & o príncipe

Chico Marra

É impressionante como nada atinge o presidente Lula, nem mesmo a turbulência das corrupções envol-vendo pessoas de seus ministérios, familiares, petistas, companheiros de sua bancada parlamentar de sustenta-ção e outras autoridades. A blindagem que a ele envolve é de primeiríssima qualidade, fruto de um marketing profissionalíssimo (e caro), tão profissional que é capaz de enganar quase que 80% da população, fato que não é novidade, em face da crença dessa clientela de que com os atuais programas sociais o pobre poderá sair da linha da miséria absoluta, ou quase, e mergulhar no eldorado de certas vidas nababescas, como àquelas que rolam dentro dos palácios e fora deles ou como às passam nas telas da TV. Este acesso, pensam, é possível... “Estamos a caminho do acesso fácil às universidades, do sentar-se em mesas fartas de iguarias nacionais e importadas, com caviar, lagosta, camarão cinza, carne confinada e importada da Argentina, e usar-se roupas de “grife” e calçado “made in USA”, carros de câmbio automático, tudo ao embalo de whisk importado, vinhos franceses”... Essa utopia que é imposta garganta adentro do povo pobre é um pecado, mais que um pecado, é zombar do azar, da boa-fé de um povo sofrido e que o “príncipe” ensinou a acreditar em papai Noel e que, além disso, com um simples beijo seu poder-se-á transformar sapos em príncipes e princesas, como nos contos de fadas. Os outros 20% da população, tirando os 5% da elite arquimilionária, são àqueles que, mesmo não fazendo parte de todas essas benesses, limitam seus sonhos à realidade brasileira, sem o ufanismo exagerado e mal intencionado do Príncipe Lula & Cia, aí incluídos os amigos palacianos, os petistas, sua base de apoio no Congresso, o clero “socialista”, o MST, Etc. & Tal...

É impressionante como nada, nenhuma corrupção, embora grassando pelo país inteiro nas hostes governis-ta e até de familiares, não atingem ao “príncipe”: Os Genuínos, os Dirceus, os Pallocis, os Sarneis caçadores de “marimbondos”, a guerrilheira e “bancária” Dilma Roussef, incluído Color de Mello, os Anões do Orçamen-to que voltaram, como Ibsem Pinheiro. O coronelismo político nordestino e tudo o mais que representa o an-tiético, o imoral político, o retrocesso. Tudo é blindado para não atingir o príncipe e seus seguidores. O grande sonho do “príncipe” era virar um novo Hugo Chaves, um Morales boliviano, com um terceiro mandato. Mas aí entra a resistência do Judiciário e das Forças Arma-das. Afinal, o Brasil é um país democrático ou não? O “príncipe” queria que não fosse. Alias, chegou-se a praticar a mordaça na mídia... E o povão? O povão quer é mais ilusões...

Enquanto o caos se instala nos municípios brasileiros, o “príncipe” adota uma política externa protecionista e de vistas grossas a certos governos de caudilhos, como os do Irã, caso da energia atômica, da Venezuela (desapropriação da Petrobras), da Bolívia (construção de 500 quilômetros de asfalto e patrocínio para a reforma agrária), além de perdão de dívidas de outros países. O Brasil virou refém do Paraguai no caso Itaipu e da Bolívia no caso do gás. Nem lutou. Cedeu a todas as exigências, mesmo com contratos em vigor... Enquanto isso, São Gabriel da Cachoeira, na divisa com a Bolívia, não tem água encanada, nem esgos-tos e nem estradas asfaltadas, assim como diversos outros municípios dessa terra Tupiniquim... Valha-nos Deus e que ele nos livre desse ‘PRÍNCIPE”.... Agora, em 2010, voltam a pipocar escândalos no Gabinete Civil e nos Correios, mas o povo não quer nem saber....

OPINIÃO II

OPINIÃO I

Religião & Política

O Estado Policial

Chico Marra

Estamos vivendo numa era em que o eleitor membro de uma Igreja qualquer está vinculando, preferencialmente, o seu voto político a um candidato da mesma igreja ou seita. Evidentemente que ninguém pode ter nada contra tal atitude, apesar da sepa-ração existente entre o poder temporal e o espiritual. Muito pelo contrário, eis que tal atitude demonstra a preocupação religiosa com o futuro, até do neófito ou leigo, da comunidade onde se vive. Em avatares re-motos, no tempo do Império, o Brasil tinha uma religião oficial- a católica, história essa encerrada com o advento da República que introduziu o Estado Laico. Claro que se se puder conciliar a reciprocidade do espírito religioso do eleitor para com a capacidade do candidato da mesma religião, tanto melhor, eis que o que toda religião almeja, além da salvação das almas, é o progresso revertendo-se para o bem comum de toda sociedade, principalmente da mais carente que é, sem dúvida, a grande discriminada pelos políticos na atualidade, com as raras e devidas exceções. Daí, não ser nenhuma heresia o questionamento que se fizer da capacidade do candidato para desempenhar a contento o seu mandato. Se este não for capaz, politicamente, é claro, que se vote em qualquer outro que o seja, mesmo que de outra religião ou seita. Até em questão de ideologia política, deve-se procurar conciliar as duas coisas, ou seja, o companheirismo com a capacidade. Se assim não for, di-

ficilmente as barreiras que existem pelas estradas serão afastadas para que o progresso possa passar e chegar... Para todos, é claro...

Aliás, o questionamento da capacida-de do candidato deve ser prática comum para todos aqueles, independentemente da religião professada, que queiram verdadei-ramente o progresso do seu município e o bem-estar do povo. O que não se deve, sob nenhum pretexto, é votar por votar, votar apenas por ser amigo de alguém, ou com-panheiro de qualquer filosofia de vida, sem que este tenha a devida e exigida capacidade para desempenhar a respectiva função, sob pena de, assim não sendo, contribuir-se para escrever uma história com final bem infeliz, um final onde o progresso é o grande ausente e a velha e condenável prática nepótica e de baixa politicagem seja a grande vence-dora. Ninguém precisa ter dúvida de que o voto por amizade, por companheirismo ou por paga de favor, qualquer que seja o rótulo que se dê a escravidão do voto, sem a devida qualificação do escolhido para receber o sufrágio, é um ato impensado e infeliz, que se reverterá irremediavelmente contra o próprio eleitor e seus descenden-tes, pela ausência que ele (o voto) trás de indústrias, empregos, habitação, educação (principalmente superior), assistência médico-odontológica, segurança, lazer, equilíbrio ambiental, estradas, saneamento, eletrificação urbana e rural, água encanada, telefonia, segurança, respeito aos direitos do deficiente e a terceira idade, política agrícola, distribuição de renda mais justa,

salários dignos, orçamento participativo e tudo o mais que possa dar dignidade a vida humana, o que é um direito inalienável do cidadão. Essa consciência, a consciência desse direito do povo, repita-se, de que cabe ao poder público propiciar essa garantia além, evidentemente, do conhecimento que o candidato tenha dos meios de se buscar esses objetivos, é que faz a diferença entre os candidatos que se apresentam para receber o voto. A fé cega, religiosa ou política, impede o uso da razão. Cabe ao eleitor, para fugir da pecadora cumplicidade com os desmandos causadores dos seculares atrasos, questionar a capacidade, o conhecimento e a vontade política de cada um para decidir em quem votar. O voto, parafraseando alguém, é a arma mais poderosa e com ela se pode fazer a maior revolução sem se derramar uma gota de sangue sequer.

É preciso ter muito cuidado, isso vale tanto para religiosos ou não, e observa-ção profunda para se descobrir os “lobos vestidos com pele de ovelhas”, isso em se tratando de política onde, não raras vezes, o discurso não representa de fato o pensamen-to ideológico do candidato e não custa nada observar que os interesses da elite não são, obrigatoriamente, os mesmos do povão. E olha, tem tanta gente elitista, forçando uma tremenda barra, querendo ser popular... mas isso é só agora em época eleitoral. Você, eleitor, já reparou como as elites se juntam? Depois das eleições, como sempre ocorre, com as devidas e elogiosas exceções, salve-se quem puder...

Chico Marra

É verdade que a ditadura de 1964 aprisionou muitas idéias e dilacerou mui-tos corpos, até espíritos, mas não se pode negar que aconteceram progressos extra-ordinários na nação brasileira. Todavia, diversas gerações, daí em diante, ficaram órfãs de liderança, eis que se ficou sem o exercício da oposição e isso fez com que a verve de quase todos, os contras, fosse sepultada através da chamada “censura prévia” que colocava uma “mordaça” nas opiniões, esta baseada na “ditadura da Informação”, quando a delação (ainda não era premiada), mesmo que falsa, era prática comum. Daí não ter se formado nenhuma liderança de respeito durante esse período da história brasileira e com a anistia, durante o governo Figueiredo, voltaram ao cenário velhos políticos populistas, corruptos e até caudilhos que não se moldaram aos novos tempos e de novo no Poder passaram a pregar o mesmo discurso de antanho, velho, roto e falso, mas recheado de oportunismo, embora o “socialismo” deles já tivesse desmoronado com o “muro de Berlim” e só eles não viram. Quer dizer, os velhos caudilhos continuavam dos dois lados, batendo e rebatendo na mesma fria li-malha, com os mesmos jargões pregando separação de classes através da muralha conhecida como “proletários x burgue-sias”, cultivando privilégios... Foram banidos ladrões de bancos, guerrilheiros, assaltantes, corruptos, seqüestradores... Mas todos voltaram e com polpudas indenizações...

É bem verdade, repito, que um ven-daval de “informações”, uma verdadeira “ditadura” delas, vasculhavam todas as ideologias durante o regime militar, o que até se justifica pela necessidade de se manter, nos primeiros anos, bem longe da “nova era”, o janguismo, o brizolismo, o arraismo e tudo o mais que fosse sinônimo de “volta”, ou seja, o “status quo ante” da Central do Brasil e caso isso não tivesse sido feito, o Brasil seria (e pode ser agora) o Cuba da América do Sul, como estão a caminho de o ser a Venezuela e a Bolívia.

Para isso, colhiam-se informações através do SNI e nos estados com as afiadas garras do DOPS-Departamento de Ordem Política e Social...

Passados os anos “pós-ditadura”, pouca coisa mudou nesse país e os “fortes” continuam oprimindo os fracos, principalmente calando, ou tentando calar, a voz daqueles que possam ameaçar o “reinado dos novos deuses”, os “infa-líveis” julgadores de hoje que formam uma casta privilegiada, isto com relação a mordomias, salários e o intocável poder que se arrebatou através de um contrato social que nós, o povo, outorgou ao Estado e que precisa, urgentemente, ser revisto sob pena de, em pouco tempo, instalar-se em nosso território um regime anárquico. E isto, talvez nem fosse de todo mal, já que a opressão de hoje, silenciosa, cruel e disfarçada, é bem pior do que qualquer coisa que já existiu ou, quem sabe, se houvesse no Brasil um “iluminismo” como o nascido na França para “derru-bar a bastilha”, seria bem possível uma reviravolta nessa história... Estamos em pleno “Estado Policial”, quando até sem evidências se “faz” provas... Pobre povo, pobre Brasil...

Passados tantos sóis e tantas luas, pouca coisa mudou nessa terra “tupiniquim” em nível da “ditadura da informação”, delação, fofoca e denúncia vazia, e quem pensar que os temíveis instrumentos de inquirição (ou inquisição) foram abolidos, estará pensando errado: Hoje continua existindo o serviço de informação federal, com outro nome, e é muito eficiente quando lhe convém, como foi o caso da quebra de sigilo bancário do “caseiro” pelo todo poderoso ministro da Fazenda, o Dr. Pallocci que, por sinal foi reconduzido ao poder pelo povo “sem memória” como, aliás, é grande parcela da população, que retorna outros da mesma estirpe, como Maluf, e que o STF absolve os “Palloccis” da vida, etc & tal. A inefici-ência fica por conta dos sucessivos escân-dalos que a mídia noticiou e que ficaram sem ser desvendados e “elles”, os envolvi-dos, continuam andando por aí livremente e retornando, um a um, ao “maravilhoso

mundo novo do poder”. Estão aí, dentre outros, voltando ao “Estado Policial”, os serviços de inteligência da P-2, do GAP e dos X-9 movimentando relatórios até não escritos, mas sussurrados aos ouvidos de diversas autoridades, que usam e abusam dessas informações, informações até anô-nimas e que possibilitam, ainda, a censura prévia, que contraria a Lex Máxima, mas que são decretadas até sem fundamen-tação legal alguma e isso pode ser visto nas constantes invasões de escritórios de advocacia, com base em mandados judi-ciais de muitos juízes que adoram ouvir o canto “cigarras”, em qualquer estação, que a mídia noticia constantemente e que a OAB tem revertido e restabelecido os direitos constitucionais dessa categoria. Falar em violação de direitos do cidadão e instituições é a coisa mais fácil nesse país, fácil e farta, já que o material que pode ser pesquisado é infinito. Mesmo que a Cons-tituição garanta os direitos fundamentais do cidadão, pouca valia isto vem tendo eis que o desrespeito a ela campeia e grassa assustadoramente. O certo é que, embora muitos neguem, continuamos a viver sob o império da “Ditadura da Informação”, no sentido mais negativo possível, agora com a covardia da “delação premiada” e a “burrice da censura prévia”. Ah! Tam-bém é querer demais de um Brasil onde alguns juizes e desembargadores, com as devidas exceções, vendem sentenças, que policiais, alguns, viram ou se unem aos bandidos, que advogados se bandeiam para o lado do crime e de tanta incidência de atos secretos nos parlamentos. Paremos por aí, mas que tem mais, tem... Censuram jornais interioranos, mas quem censura “O Globo”, “O Estadão”, a revista “Veja” e etc. & tal? Jornais são apreendidos e es-critórios invadidos com estardalhaço por policiais e um Capitão do GAP, levando tudo. Os anos passam e nada fica conclu-ído Será que o importante são os quinze minutos de glória, por aparecer na mídia? O interior, parece, virou o paraíso desses “deuses do mundo novo” para quem abusa do poder ou o quer a qualquer preço... Até mesmo sem a legitimidade do voto? Eu sou Chico MARRA...

A Polícia, o Pobre & A Justiça...*A vida do pobre é mesmo

muito difícil, principalmente se ele é humilde e trabalhador, daqueles que enfrentam a lide campesina de sol a sol, sujeito a todas as intempéries do tempo, formigas, espinhos e todo tipo de bichos, insetos e folhas que agridem o seu corpo e a própria alma. Sempre andando (e vi-vendo) por um fio de navalha, qualquer desequilíbrio pode ser fatal e daí à fria cela de uma DP ou presídio, não medeia nenhu-ma distância, eis que ele sempre oscila no meio, bem coladinho, entre a Polícia e a Justiça. Mas essa é outra história. O almoço é as nove, o café ralo e sem “qui-tutes” é ao meio-dia, e o jantar é às quinze horas. Depois disso, desses “banquetes”, o estômago dele só remói a fome nua e crua. Cessada a luta diária, ele chega a casa quando a “dindinha” lua já passeia no céu, e encontra a mulher e mais de cinco filhos a esperá-lo. Estrábica e sem óculos, a filha mais velha chora de dor de dente no canto da sala sem sofá, sentada no banco de madeira. Na televisão sem tela, a janela, a mulher e os outros quatro filhos pensam nos capí-tulos diários da triste novela da vida, onde são “artistas”. Mais tarde, no quarto de dormir, um único, embola pai, mãe e filhos na esteira estendida no chão de terra batida. Na cozinha, o fo-gão de barro, à lenha, mas sem vestígio de fogo, com a cinza da brasa morta há dias, ostenta poucas panelas quase sempre vazias ou, quando cheias, com canjica, fava, angu e um feijão com muita água. O café, bem...

o café de hoje foi feito com o mesmo pó que fizera o de três dias passados. É julho, mês já bem friorento, e na beira do grande Rio, lá no Campo, a bri-sa gelada entra pelas frestas das janelas, portas e buracos da pa-rede... entra e arrepia o corpo de sua família inteira que não tem agasalhos e nem cobertores para espantar o frio. Minto: umas duas cobertas “peleja” existem e quando, com ela, se tapa a cabeça, destapa os pés. Talvez se a “coberta” fosse vermelha, o frio fosse enganado pensando que aquilo era fogo. Mas não, a cor é cinza com listinhas azuis. Maria, a mulher-mãe tem uma sinusite crônica, mas o dinheiro que o marido ganha não dá para comprar o remédio. Sapato? Ninguém tem e brinquedos para as crianças são bonecas de pano e bola de meia. A pouca e melhorzinha comida que entra em casa é a que vem da “Co-munidade Solidária”, apesar do arroz ser tipo cinco (quirela), o feijão imunizado, cascudo e duro e o macarrão com data de validade vencida... A carne que se come é o peixe que o generoso Paraíba dá. Ninguém, ali naquela casa, sabe o sabor da maçã, da uva e da pêra, mas sobra conhecimento do gosto de ingá, jenipapo, goiaba, manga... frutas comuns à beira do rio e que rico quase nunca chupa. Pa-pai Noel, para eles, é um velho bajulador dos ricos... pobre não ganha presente. De madrugada, depois da meia-noite, a coruja farfalha suas asas na cumeeira da casa e o barulho parece ser de “assombração”, de alma pe-

nada. Um tiro para o ar, mesmo que de uma velha espingarda sem registro, talvez, quem sabe, possa espantar qualquer “fantas-ma”... Vida de pobre é mesmo dura, principalmente se ele é trabalhador, ordeiro, honesto, analfabeto e de prole grande, como é o caso do personagem dessa história real a quem dare-mos o nome fictício de “Zé do Campo”, que é parente longe do “Zé da Gaita”, mesmo que isso se dê pela descendência de Adão e Eva. “Zé” tem pouco mais de 40 anos, mas sua pele dura e curtida pelo Sol está toda sulcada de rugas... as da face são mais profundas eis que por elas correm lágrimas-rios de sofri-mentos. As mãos calejadas de puxar tantos cabos de enxadas, já tremem. O seu maior orgulho-o orgulho do Zé-é ter uma folha penal virgem. Mas quem se importa com isso? A polícia e a Justiça, especialmente, parecem que não...

Mas nem toda honestida-de do “Zé” e o seu estafante trabalho; sua prole, sua fome, seu frio e nem a virgindade de sua folha penal foram capazes de impedir que a polícia inva-disse seu barraco, sem ordem judicial, para apreender uma velha espingarda e levá- lo preso para a Delegacia, onde foi humilhado, desrespeitado, interrogado e depois solto para ir embora a pé, andando mais de 10 quilômetros até chegar a sua casa. O que mais espanta nessa história é a presteza e a valentia com que se prendeu o “Zé do Campo” quando, na zona urbana, até quase perto da

polícia, ricos (ou quase) portam e transportam armas livremen-te sem nenhuma repreensão policial. Bandidos... Bem, de bandidos nunca se viu apre-ender arma, mesmo que esta esteja na cintura, no meio da rua, colocando em risco a vida da população ou dentro de casa, e seja de qualquer modelo ou calibre, para o tráfico. Mas in-vadir a casa do “Zé” para pegar uma velha espingarda, a polícia invade com toda coragem do mundo. Ah! Se essa valentia toda fosse usada para prender bandidos e assassinos! Como no filme “Toda nudez...”, será que “toda honestidade será castigada”? Parece que sim...

Concluso o Inquérito, o da apreensão da “perigosíssima” velha espingarda do “Zé”, este último agora vai ter que enfrentar a Justiça, uma Jus-tiça que segue os passos da polícia, acreditando em tudo que ela informa. O Promotor, do caso “Zé do Campo”, já o denunciou e o Excelentíssimo Dr. Juiz aceitou tal denúncia, intimando-o a comparecer para ser “devidamente” pro-cessado. Ninguém quer saber se a invasão da casa do “Zé” foi legal e se suas razões pela guarda da arma (que o próprio MP diz ser de uso não proibido, como está na denúncia) que ele nunca por-tou ou transportou, merecem punição ou perdão. Na justiça não se questiona “coisitas” pe-quenas assim. Isso fica para os “românticos” de coração mole, como o “Zé da Gaita”. “É preciso aplicar a lei com rigor

absoluto”, pensam, dizem e fa-zem os poderosos e infalíveis semi-deuses, com as devidas exceções. É bem possível que o nosso “Zé do Campo”, humilde, pobre e honesto, seja condenado e preso para servir de “exemplo”. Ninguém vai querer saber se a prisão e/ou a pena aplicada foi justa ou injusta e nem se seus filhos e mulher vão passar fome, frio, humilhação e vergonha por uma coisa tão banal e sem risco para ninguém. Afinal, o “Zé” é pobre, e pobre não tem ninguém por ele! Será que apenas a apreensão da “arma” já não seria punição suficiente para alguém puro e inocente como o “Zé” dessa história? Estourem, prendam , denunciem e processem alguém responsável por um depósito clandestino de arma (que todo mundo sabe que existe), quem transporta e porta até metralhadora, os traficantes que andam armados até aos dentes... os impiedosos e bem armados membros dos grupos de extermínio e todos nós, inclusive da imprensa, iremos bater palmas... ora se vamos. Claro que existem ex-ceções... mas que a Reforma do Judiciário (e da Polícia), como queria o ex- senador ACM (e o povo), bem como o controle externo do mesmo Poder, está demorando muito, está. Qualquer semelhança terá sido mera coincidência... * Esta crônica foi escrita há mais de 07 anos e está sendo republicada a pedidos.

Chico Marra

Comportamento

Diagnóstico SocialNo decorrer dos anos, com

não poderia deixar de ser, o Diagnóstico Social da popu-lação vem se alterando com a velocidade de um relâmpago, e é fruto das modernas tecnolo-gias de ponta, tais com TV, te-lefonia móvel, internet, jornais, revistas e informações outras de um modo geral. Além disso, diga-se que o comportamento policial, eleitoral e judicial, aí abrangendo Promotoria, Juízes e Tribunais Superiores, com suas decisões, são fatores pre-ponderantes para embalar ou não o sonho de justiça e há, não tem como negar, certas decisões que formam comportamentos outros que acabam por criar uma “disfunção social”, com as devidas exceções. A educa-ção à distância e tudo o mais que faz a “revolução social”, no sentido positivo, é digna de elogios. O governo, por sua vez, adota uma política paternalista

e clientelista ao estimular o ócio da população com alguns dos seus programas sociais, e acredita que com isso está tirando o cidadão da “linha da pobreza”, mergulhando-o na classe média. Mas isto, porém, não corresponde a verdade e a história recente mostra que o rico está cada vez mais rico e o pobre cada vez mais pobre. Não é à toa que se diz que o Brasil é o país dos banqueiros. Sempre foi e continua sendo. O governo brasileiro vem perdoando dívi-das de países emergentes, mas ninguém perdoa nenhuma dívi-da brasileira. Aliás é bom que se diga a quem não sabe, que a política internacional do Brasil é refém da Venezuela, da Bolí-via, do Irã, de Cuba e de tudo o mais que for do arcaico sis-tema comunista/socialista. As recentes crises ocorridas com a Venezuela em relação ao petró-leo e com a Bolívia tendo como

fato gerador o gás, tiveram o desfecho que todo mundo sabe. Quer dizer, passaram como um trator por cima dos interesses “tupiniquins”. E o que fez o Brasil? Nada, apenas se curvou a eles. Pior: Está patrocinando reforma agrária e asfaltando rodovias na Bolívia. Enquanto isso, São Gabriel da Cachoeira, na divisa com a Bolívia, não tem água encanada e nem esgoto, sem falar que 80% das Rodo-vias da região norte, leiam-se Amazonas, Rondônia, Acre e Roraima ainda curtem terríveis estradas de chão batido. Os atos públicos do senado viram secre-tos... A ridícula participação da diplomacia brasileira no “caso” enriquecimento de urânio no Iran só veio a detonar o prestígio brasileiro. A corrupção cresce com a rapidez da “tiririca”, o capim... Mas, dizem, está tudo bem nesse Brasil do faz de conta... E podem perguntar: O

que tem toda essa história com o diagnóstico Social? Tudo, se é que alguém quer enxergar, a par do progresso, os malefícios, as humilhações que sofrem os menos bafejados pela sorte...

O Diagnóstico Social deste século mostra uma sociedade menos conservadora, menos elitista, menos preconceituosa e muito mais ambientalista. Porém, nota-se uma tendência de que a criança está deixando de ser criança muito cedo e a escola tornou-se um comple-mento da casa de cada um. Bonecas, cantigas de roda, amarelinha, pique esconde? Nada! Os próprios rachões com bolas de meia desapareceram. A alegria das pessoas já não é real e está condicionada a ter ou não estômago cheio, a ter coberta pra repelir o frio, a ter fumaça na chaminé do fogão. O brinquedo para a criançada já não é importante, o importante

é ter o estômago cheio...Com a democratização do

ensino e com a inclusão digital, a batalha pelo primeiro em-prego tornou-se uma “guerra” e a “vitória” fica creditada na “conta” do mais qualificados, daí o nascer de uma legião de desempregado. É de ver-se também que a “crise” na agri-cultura, apesar do PRONAF, criou e cria uma legião de reti-rantes para as periferias das ci-dades e isso leva ao subempre-go, a submoradia, a favelização e assim por diante. A própria instituição do casamento vem tendo sua estrutura abalada, crescendo vertiginosamente as uniões conjugais amparadas por um simples contrato. Claro que esse contrato tem validade, mas a tradição vai cada dia fi-cando mais longe, a sociedade descaracterizada e os padrões comportamentais sofrendo com a terrível disfunção social.

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10 de outubro de 2010NOROESTENOTÍCIAS

- Um novo jeito de fazer jornal 10 de outubro de 2010 NOROESTENOTÍCIAS

- Um novo jeito de fazer jornal Página 03Página 18

LiteraturaFragmentos da História Itaocarense

O tempo & a rosaChico MARRA

Talvez eu tivesse querido plantar roseiras no meu jardim, mas o medo de cultivá-las nas-ceu dos espinhos que elas têm. Entre a beleza, a maciez das pé-talas e o perfume da rosa, optei por ficar com medo de ferir-me nos seus espinhos. Daí, as plan-tações dos girassóis que existem no tapete da sala de minha casa. Escolhi-os por não terem espi-nhos e por girarem sempre em busca da luz. Claro é, porém, que não tenho o mesmo perfume que teria e nem a variedade de cores, mas tenho dezenas de flores grandes, amarelas, poderosas, e que também são visitadas por colibris de todas as cores e tamanhos. Guardando-os, tenho os leões de mármore que rugem no quintal. De repente, ouço passos, leves e suaves, farfalhar de asas: Sãos os papagaios e maritacas que saíram das cor-tinas e vieram para comer as sementes dos girassóis. Sentado num canto da sala, espreito tudo que acontece e se não acontece, imagino. Talvez, quem sabe, não fosse preciso usar a imaginação se eu tivesse plantado rosas, eis que, assim sendo, certamente, você estaria comigo, jardinando-as também para que crescessem bonitas, viçosas e cheirosas, de tal forma que atraíssem beija-flor azul, amarelo, vede, preto, estes construindo seus sedosos ninhos no pé de paina existente à beira-rio, ao pé de uma pedra que é beijada pelas águas do velho Rio Paraíba do Sul...

A água fria vinda do rio bate na pedra e respinga nos leões de mármore e estes rugem de frio, amedrontando a escrava que saíra da senzala estampada no painel pintado na parede exter-na da casa. Ouço o barulho de correntes que prendem os pés dos outros escravos que ficaram amarrados nos troncos da senza-la. Um deles recita Castro Alves (Navio Negreiro); - “Ó Deus, em que estrela tu te escondes, se em vão grito o teu nome e não respondes”? O calor de 40º à sombra, feito nesse quente dezembro de 2005, quando nenhum vento sopra, nem o campista rio a cima, fez com que a sinhazinha que vive na toalha que cobre a mesa da sala de jantar dali saísse e rumasse para a rede estendida entre um pé de jenipapo e uma ingazeira, para continuar fazendo o seu tricô, um casaco para aquecê-la no inverno vindouro. Você sente calor? Não sei. Mas se sentisse, certamente estaria aqui na rede refrescando-se debaixo das árvo-res, sem medo dos índios coroa-dos, puris, coropós e botocudos que sempre guerreiam pela orla do Paraíba, este correndo na tela dependurada na parede da sala, mesmo que Frei Tomás proibis-se guerras. Os heróis da Aldeia

da Pedra, pintados na parede da sala de leitura, onde apenas a luz do lampião a querosene ilumina, dela saem para irem ao Porto das Lavadeiras ouvirem a pregação de “Sá Dona” contra a escravidão e pela proclamação da República. No alpendre da casa, uma casa de paredes bran-cas e janelas e portas azuis, um gato e um cachorro travam uma brigam de vitória indefinida e o tapete onde eles moram rola e cai dentro da correnteza do Paraíba e Moleque Amaro e Colibri, que vivem no livro do Dr. Gamaliel Borges Pinheiro, que estava na biblioteca da casa, vindos da Fazenda da Água Preta, dele saem para salvá-los da morte por afogamento, devorando-os a seguir na ceia da madrugada regada a cachaça, esta fabri-cada no Engenho Santa Clara, de Marino Ornellas, quando os galos cantam para espantar os espíritos. Talvez se você tivesse vindo para ficar, tantas brigas e sofrimentos tivessem sido evitados. Mas, não, tudo ficou sem companhia, amor e palavras vestidas com roupas coloridas de alegrias.

Com a libertação dos escra-vos, com a queda da monarquia e a conseqüente proclamação da República e com os ares de liberdade que passaram a soprar pelo Brasil, principal-mente pelas terras da Fregue-sia de São José de Leonissa, eu esperei que o novo tempo trouxesse-me você, eis que os índios não mais amedrontavam ninguém, o hospício tinha sido destruido e só restava o con-vento das Carmelitas ao lado da Igreja Matriz construída pelos índios. Mas foi só uma ilusão cavalgando no dorso do tempo, procurando uma ponte que atravessasse o Rio Paraíba, mas não havia ponte para tal. Será que terei que esperar até que o prefeito Alcebíades de Carvalho, em 1936, inaugure a ponte Ari Parreira? Não sei, não sou profeta, mas “tudo é possível do lado de cá do Equador”. Só não é possível tomá-la nos braços, beijar esses róseos lábios róseos, acariciar esse corpo moreno e sentir o perfume que exala de sua pele. Afinal, você só existe hoje na fotografia dependurada ao lado da minha cama e que os tiros da revolução de 30 acertaram de raspão. Talvez eu tenha sido afoito ao tentar conquistá-la sem esperar o Tempo certo, sem haver plantado as Rosas que você tanto queria. De qualquer modo, não posso dizer que sou infeliz eis que suas lembranças vagueiam pelos corredores da minha casa, ao lado dos giras-sóis, leões de mármore, colibris, escravos, senzalas, índios e tudo o mais que foi ou não contado pela história. Um dia, quem sabe, numa nova vida...

A escolha...

Pretensioso...

Amor & Flor...

Controverso

Dúvidas...Bom dia, bela, certamentehoje poderá ser um bom dia...Não importa onde estejamoscom quem nos relacionamoso que ouvimos ou falamosdentro da gente nós levamoso sorriso, o choro, a alegriaa brisa, o orvalho, a ventaniao céu, o paraíso, o infernoa primavera, o verão, o invernoa tristeza, a alegria, a felicidade o amor, o desamor, a infelicidadea noite escura ou enluaradadormir no conforto da camaou estirado na fria calçadaa vida bonita ou feiaa aranha ou a sua teiao altar ou a cruza escuridão ou a luzDeus ou o diabo. A escolha é nossa!

Chico Marra

Ah! Não acredito no quedizes, Vinícius de Moraes...A vida não é simples “ais”,é preciso muito mais...Deus não se envolvecom coisas pequenas(e as guerras nossas o são),imensamente sacanas.Se fosse questão de pão...Se a vida fosse pra valer,Ninguém iria cair e morrer!Uma vida só? Não creioe nem estamos aqui de passeio!Se a vida é a arte do encontro,o é também do desencontro.Amar não significa possuirE nem tampouco Ir e Vir.É preciso, amigo, criar raiz,mesmo que num cerco de gize se assim ainda não o fizé por que não pude ou não quis...Não se pode confundir o realcom o mundo da poesia,A felicidade com a nostalgia,Nem o tempero do açúcar com

o sal...E o amor, poeta, como dizia

Bandeira,“é eterno enquanto dura”,já que a vida não é brincadeira,e o mesmo remédio que mata,

cura...

Chico Marra

Ah! Se te amo?Amo mais que a vida,e até nem reclamoo amor não correspondido...As emoçõesas contradiçõesas presençasas ausênciasa magiaa nostalgia...Mas as floressão grandes amores,as rosasas orquídeastodas prosasno canteirocom o jardineiro...Mais do que o Solmaior do que a Luaé o cruel anzolque pega a vida na rua...Ah! Bela flor que enche a noite de perfu-me...Ah! Belo amorQue enche a vida de lume...

Chico Marra

O desabrochar da primaveravem de avatarianas erastrazendo floresmuitas coresdiferentes perfumese muitos amores...Quem me deraque a vida fosse sempre

primaverae que eu tivesse sempre girassóisbuscando a luze não houvesse cruzcomo símbolo de castigosque fossemos todos nós

amigos...Pássaros e auroras unidoso canto da aurorabrincando a toda horadeixando o sorriso de foracomo relâmpago de alegria,oh! Amor, sorria, sorria...Belos tempos de Bilacdiferente do Olavo da novelaàquele sempre foi um “craque”enquanto este apaga até luz

de vela!Mas, que digo eu,se nem poeta sou?Apenas pego letrasde quem as perdeu...A inspiração é falhaigual a fogo de palha cuja labareda morree ninguém socorre...Mas, que falo eu?Se só tenho a LuaA praça, a ruae o amor de Morfeu?Quem sou eu?Um poeta sem versoe da vida o reverso...E por isso nem conversojá que nem vivo no universo...

Talvez eu fora felizse houvesse em_ contradoa mulher que sempre quisnesse mundo desen_contrado...

O homem tem de tudodentro do seu peito:Deus e o Diaboo bem e o mala paz e a guerrao açúcar e o salo céu e a terraum grande soluma grande luao peixe e o anzoluma praça ou ruarios que corremmontanhas que ficamsonhos que fogemaves que voamrépteis que rastejampoesias que rimam ou nãoa faca que matao bisturi que salvaa pedra ou o pãoo leite e a nataa bomba que explodea calmaria da féo vendaval que sacodea flor que enfeita a vidaou simboliza a mortetodas as estações do anoo girassol amareloo sul ou o nortea doçura do carameloou o azedo do limãoa treva ou a luzo altar ou a cruzo ódio e o perdãoa máfia da corrupçãoa marca do honestoa crônica e o manifestoa falta de pontuaçãoo acelerador e o freioo belo e o feio...Dentro da minha utopiao meu espírito espiae aí qual seriao meu grande amoro espinho ou a floro riso ou a doro carinho ou a bofetadaa rua ou a calçada?O que prevalece?A escolha é de cada um!Só não se encontra a mulherdos sonhos que vagam com a utopia...Talvez eu fora felizse houvesse encontradoa mulher que sempre quisnesse mundo des_encontrado...

Chico Marra

A Monarquia, o Movimento Republicano, a República e a Independência de Itaocara

Os habitantes da antiga Aldeia da Pedra, sem independência ad-ministrativa e sem perspectiva de tê-la, em função do arcaico regime vigorante, julgavam ter razões de sobra para serem avessos ao regime monárquico, eis que tal sistema de governo era, segundo a população da época, centralizador, conservador e os municípios não t inham autonomia plena. Além disso, durante a monarquia, a religião oficial do Estado era a ca-tólica, o que significava dizer que todas as outras eram tidas como clandestinas. Os padres recebiam salários dos cofres públicos como se empregados públicos fossem. O casamento civil não existia, o voto popular era restrito a q1uem pertencesse a uma camada social mais privilegiada, dependendo esse direito ao critério de certas rendas e o voto feminino era proibido. O man-dato dos senadores era vitalício, isto é, durava a vida inteira. Com tantos privilégios para uns poucos e exclusão da grande maioria na participação da vida monárquica, esta gerando contradições e se afastando cada dia mais do povo, as idéias revolucionárias chega-vam à Aldeia trazida pelo vento da modernidade que soprava vindo de outros países das Américas e aqui achou terra fértil para crescer até a explosão daquele sistema de governo, isto é, da Monarquia. A grande maioria das pessoas não se conformava com esse estado de coisas e achava que o Brasil com a monarquia, estava fadado a ficar fora do carro da história, eis que todo o continente era republicano. Daí o nascer e crescer das idéias republicanas no espírito do povo de quase todo o Brasil de então e a Aldeia da Pedra foi aliada de primeira hora e de nada adiantaram as visitas de D.Pedro II à Aldeia, quando, muitas das vezes, ficava hospedado na Fazenda da Serra Vermelha, esta localizada atualmen-te no 4º distrito, que posteriormente pertenceu ao Capitão Pedro de Souza Coelho e que hoje, já bem modificada, pertence ao Sr. Cláudio Gualberto (esclareça-se, por opor-tuno, que embora decorridos tantos anos das tais andanças de D. Pedro II, a estrada de serra Vermelha até Itaocara continua sendo de terra batida). Isto sem falar nos títulos de nobreza que se oferecia aos poderosos de então na tentativa de tê-los como aliados contra os repu-blicanos. Os exemplos de liberdade, igualdade e fraternidade já tinham sido dados em todos os rincões da Aldeia através de Ana Catarina de Azeredo, a “Sá Dona”, que também deu o primeiro grito contra a es-cravatura em terras itaocarenses. Por outro lado, a criação do “Club Republicano de Estrada Nova”, com a divulgação do seu manifesto, deu combate sem tréguas à monarquia e difundiu os ideais republicanos.

Vem! Vamos fazer uma via-gem retrospectiva nas asas do passado... vamos encilhar nossos cavalos, montá-los e acompanhar Sá Dona pelas estradas e trilhas poeirentas do domínio da Aldeia. Vem! Vamos engrossar suas fileiras e ouvir seus discursos e pô-los em

prática, já que o tempo é inimigo do próprio tempo e a urgência que se tem para instaurar a República é a urgência de quem precisa construir para o amanhã.Vem! Vamos ao berço da independência do Muni-cípio de Itaocara, Estrada Nova, atual 5º distrito, para participar do lançamento do “Manifesto do Club Republicano” com Eduardo Xavier Vahia de Abreu, José Lourenço Be-lieni Júnior, Alfredo Barbosa Toledo e outros. Vem! Estamos com “Sá Dona” que, montada no seu cavalo, vinha da localidade de Laranjeiras, atual Laranjais, para percorrer todo o território da Aldeia e encabeçar a luta anti- escravagista. Onde tivesse uma idéia nova, revolucionária, ali estava Ana Catarina na vanguarda, dando o primeiro grito. Uma mulher de fibra, com a força de furacões, que a nossa história, guardada as devidas proporções, pode comparar a Anita Garibaldi, a heroína do sul do país. Foi de “Sá Dona” o primeiro ato de libertação de escravos nas terras ensolaradas da charmosa Aldeia da Pedra. Ouça: é a voz de Ana Catarina que ainda ecoa na Serra da Bolívia, vinda do Porto das Lavadeiras, no rio Paraíba (onde hoje está o parque Faria Souto) e se propaga por todos os recantos da Terra que ela amou até a morte. Ah! Vem... Escuta os tropéis das patas do seu cavalo que, passado mais de um século, ainda se faz ouvir nas estradas e trilhas. Até parece que sua incomparável trajetória foi de ontem, mas não foi, embora os seus discursos ainda se façam ecoar na Serra da Bolívia, salpicados de go-tículas do rio Paraíba do Sul. Quem disse que Ana Catarina morreu? Não, ela não morreu... está viva na história itaocarense e presente no dia- a- dia da rua que ela empresta o seu nome...

Agora estamos em Estrada Nova, de partida para São Sebas-tião do Alto e acompanhados de João Batista Laper, deputado que representava a região na Assembléia Provincial, Eduardo Vahia de Abreu e outros, para ali lançar o “Manifesto do Club Republicano de Estrada Nova”. A data? É 14 de julho de 1888. Inverno... um vento friorento, com a cumplicidade do sol que se escondeu na serra, acariciava a tudo e a todos. Ali estava Quintino Bocaiúva, o Arquiteto da República, e Eurico Coelho. O momento é de expectativa, magia, sonhos e exal-tações ao movimento republicano que, segundo diziam, era irreversível e a Monarquia estava prestes a cair. Após calorosos debates, no mesmo dia foi fundado o “Club Republicano de Estrada Nova”, que teve a sua primeira diretoria assim composta: Presidente- Colete da Silva Freire; Vice- Presidente- Dr. Aurélio da Silva Araújo; 1º Secretário- Alfredo Barbosa de Toledo; Tesoureiro- Eduardo Xavier Vahia de Abreu e Procurador- José Lourenço Belieni Júnior. Eis o teor do Manifesto lançado naquele frio dia de 14 de julho do ano de 1888:- “O sistema de governo que ora nos rege não oferece a mínima garantia, e jamais colocará o Brasil na posição que como compatriotas queremos. O poder irresponsável supremo do país

tudo abastarda conforme os seus caprichos, sacrificando a coletivida-de, os mais sagrados interesses dos habitantes desta Terra e o tesouro público que acusa um “déficit” sem-pre crescente. Mantê-lo seria manter a ruína do país. Considerando a Monarquia como um poder arcaico e contraproducente com a menta-lidade americana, produzindo leis raquíticas, verdadeiras anomalias e aleijões, e equilatando do seu contraste deplorável com as formas de governos das repúblicas mais adiantadas da América a que menos se coaduna com as aspirações deste país pelas idéias democráticas que tem sempre revelado, torna- se mister libertar- se daquela grande malha que asfixia a vitalidade do Brasil, aderindo aos princípios que seguem as sociedades modernas, baseados na Liberdade, Igualdade e Fraternidade, fundamos o Club Republicano de Estrada Nova, que é mais uma bandeira progressista desfraldada na Pátria de Tiradentes.

No escudo que levantamos temos inscrito o seguinte programa: - Combater a monarquia e firmar as doutrinas de Liberdade, Fraternidade e Igualdade na sociedade brasileira; -Alargar o direito do voto, conferin-do- o a todo cidadão que souber ler e escrever, independente de renda; - Combater a vitaliciedade do Sena-do; - Fazer a separação da Igreja do Estado, com inteira liberdade de cultos; - Federalizar as províncias com presidentes eleitos pelo povo ou pelas Assembléias Provinciais; - Colocar as municipalidades fora da ação do poder central; - Fazer o casamento civil; - Fazer a seculari-zação dos cemitérios, pertencendo a sua administração às Câmaras de Vereadores;- Promover o ensino secular independente do religioso; - Adotar todas as reformas coerentes com os princípios da Justiça e do Direito. O segundo reinado procurou sempre avassalar os caracteres e talentos pujantes de nossa terra. O Decepamento da superioridade constituiu-se o lema do governo meio secular do senhor Pedro II, a quem o desígnio providencial parece ter reservado a encarnação do em-blema do insano labor. O raquítico reinado, recheado de vaidades e egoísmo, ufana-se de haver arreba-tado a opinião, a glória e os louros da abolição triunfante, tentando erigir nela o pedestal da monarquia, que descamba iludida e deslustrada pelo híbrido consórcio da superstição har-moniosa com a ganância e avidez de ambição estrangeira. Já se venera a memória de Tiradentes e o coração do povo se converte em altares de onde partem hinos festivos à vitória da liberdade, soando lúgubre para realizar o clamor da revolta que a desentranha deste organismo que não é o seu e em cujo seio ela pertinazmente tem trabalhado para infiltrar o seu veneno letal”.

A vida corria veloz e com ela também galopava o anseio popular por mudanças no regime principal-mente para, com isso, transformar a Aldeia em Município. Este era o grande sonho. Nem mesmo a libertação dos escravos, através da Lei Áurea, foi capaz de restaurar o prestígio da Monarquia nas terras

da Aldeia. Pelo contrário, com isso o regime perdeu grandes aliados, tais como os “barões do café” e os latifundiários em geral, o que foi, a nível nacional, a causa predomi-nante do prematuro nascimento da República, da República que nem os republicanos estavam preparados para implantar. A Monarquia agoni-zava, mas ainda tinha esperanças de revitalizar- se. Pensando assim, Ouro Preto deu início à campanha com a qual; anunciava que haveria uma profunda reforma municipalista, que fortaleceria os municípios. De nada adiantou essa providência, eis que a República foi proclamada em 15/11/1889. Quando da proclama-ção, governava a província do Rio de Janeiro Carlos Afonso de Assis Figueiredo, irmão de Ouro Preto, que foi logo deposto e preso. Com isso, o Marechal Deodoro da Fonseca entregou o governo da província ao Deputado Francisco Portela, primeiro do governador do estado no regime republicano, que representa-va a região norte da província do Rio de Janeiro na Assembléia. Francisco Portela era amigo e companheiro de João Batista Laper na Assembléia Provincial e, como gratidão pela bravura da gente estrada-novense que foram vanguardeiros republi-canos, em 10 de setembro de 1890 criou o distrito de Estrada Nova, que ficava fazendo parte do Município de Cantagalo.Todavia os habitantes da Aldeia da Pedra e mesmo os de Estrada Nova estavam insatisfeitos com essa medida e queriam a cria-ção do Município de Itaocara e que neste fosse incluído o recém criado distrito, terras que anteriormente pertenciam a Aldeia. Os esforços foram coroados de êxitos e em 28 de outubro de 1890, pelo Decreto nº. 140, foi criado o Município de Itaoca-ra. Eis o texto do referido Decreto:

“Art. 1º- Fica elevado a catego-ria de vila, com a denominação de Vila de Itaocara, a freguesia de São José de Leonissa, desmembrada do município de São Fidélis, tendo as divisas primitivas da mesma fre-guesia, com as seguintes alterações: Ao lado do norte do rio Paraíba, seguirão em linha reta até a estação de Vieira Braga e daí acompanharão o valão do Padre Antônio até a serra de Monte Verde que limitará por vertente a tomar uma linha que, passando pela fazenda de Manoel Luiz Ribeiro, termine no rio Pomba pelos limites da Fazenda Boa Sorte. Art. 2º- O Município de Itaocara fará parte da Comarca de São Fidélis. Art. 3º- O Município de Itaocara fica obrigado ao pagamento de parte da dívida passiva do atual Município de São Fidélis, proporcional à receita da freguesia de São José de Leonissa nos três últimos anos, devendo efe-tuar-se o pagamento em prestações como convier às duas comunidades”

Como já foi dito, o Curato de São José de Leonissa da Aldeia da Pedra era filial da Matriz de São Fidélis e através da Lei nº. 500, de 21 de março de 1859, obteve foros de Freguesia. Os seus limites eram os traçados em setembro de 1812: “pelo lado de São Fidélis até a fazenda da Pedra Lisa e desta até o seguimento do ribeirão de Macapá, pela mar-gem do ribeirão Santíssimo, e pelo

norte do rio Paraíba rumo acima do valão da Anta até a sua nascente, encontrando-se aí com os limites de Pádua”. Conta Alaôr Eduardo Scisínio que o jornal “O Nível”, de 10-12-1905 publicou “Apontamentos Históricos”, de Alexandre Araújo Brazil, dando estes limites, antes da divisão do governador Portela: “Par-tindo das nascentes do córrego das Antas vertentes do Pe. Antônio e por esta até o planalto da Frecheira com Monte Verde; deste, atravessando o rio Pomba por cima da Chave do Faria (depois Pedro Corrêa e hoje Aperibé) pelas vertentes do Pano-rama e serra Bonita que divisa com Pádua até o riacho que divide com Pirapetinga, e pela margem deste até o Ribeirão das Areas, por este até o rio Negro pela Usina Laranjeiras e Santa Bárbara até reunir-se com o rio Grande, pelo rio Grande ao Macapá e Pedra Lisa e desta em linha reta à Fazenda da Bóia até o córrego D’Antas, ponto de partida. Divide-se, pois, a freguesia ao leste com São Fidélis, ao Norte com Monte Verde (que era a sede do atual município de Cambuci) e Pádua, a Oeste com Cantagalo e ao Sul com Santa Maria Madalena e São Sebastião do Alto”. Nesta área está Aperibé, o outrora distrito de Pedro Corrêa.

As primeiras autoridades nome-adas para administrar o Município de Itaocara foram: Presidente da Inten-dência- Dr. João José de Sá ; Mem-bros- Major João Batista Heggendon, Reynaldo José Machado e Augusto Poubel. Autoridades policiais: Dele-gado- José Joaquim da Cruz Braga; 1º Suplente- Dr. Constantino Martins Lontra; 2º Suplente- José Henrique Duarte; 3º Suplente- Francisco Gerô-nimo Lage; 1º, 2º e 3º Suplentes do Juiz Municipal e de Órfãos- Cel. José Ferreira Guimarães, José Borges Pinheiro e Raymundo Gomes Ca-tette. Tabeliães: 1º Ofício- José Luiz Marinho; 2º Ofício- José Joaquim Pereira de Carvalho. Escrivão de Rendas do Estado- Artur Ferreira de Oliveira e Silva. Não demorou muito, em 13 de abril de 1891 o Distrito de Estrada Nova voltava a integrar as terras itaocarenses, desanexado que foi de Cantagalo. A primeira divisão política de Itaocara foi dada pela Deliberação de 4 de setembro de 1891, que dividiu o município em quatro distritos: 1º distrito- Vila; 2º distrito- Conceição de Estrada Nova; 3º distrito- Três Irmãos e 4º distrito- Pedro Corrêa. Abandonado por quase todos os prefeitos no de-correr dos anos, Estrada Nova agora, a partir do ano de 2001, começa a recuperar seu esplendor de outrora e tudo começa com o saneamento e calçamento total da zona urbana, a construção da quadra coberta e da conservação das estradas vicinais, além da construção da Fábrica de Cimento Mizu, que começa se deli-near em 2009.

Texto do livro “Casa de Pedra”, do Dr. Francisco Marra de Moraes, no prelo. Não pode ser transcrito parcial ou totalmente sem prévia anuência do autor.

Obras consultadas: Anotações existentes nos arquivos da Igreja Matriz de São Fidélis e Itaocara- Uma Democracia Rural, de Alaôr Eduardo Scisínio.

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10 de outubro de 2010NOROESTENOTÍCIAS

- Um novo jeito de fazer jornal 10 de outubro de 2010 NOROESTENOTÍCIAS

- Um novo jeito de fazer jornalPágina 04 Página 17

Bandeirantes, Mão de Luva, Índios & FornosAntes de Frei Tomás chegar às

Terras onde seria fundada a Aldeia da Pedra, o destino de tal território sempre foi pertencer a São Fidélis de Sigmaringa que, por sua vez, pertencia a Vila de Campos dos Goitacazes, exceto o atual distrito de Estrada Nova, ex- Arraial do Tatu, que pertencia a Cantagalo. Nessa época, bem antes de 1809, centenas de índios puris já habita-vam este vasto território, quase todo coberto de matas fechadas repletas de animais ferozes, que ia de Macapá a Pirapetinga (incluindo Aperibé); de Cantagalo a Monte Verde e Ponte Nova, hoje Cambias-ca. Estimava-se, por fontes apócri-fas, de São Fidélis e depoimentos de pessoas centenárias,ou quase, como Chico “Caxixe”, Caetano de Monte Puri, prof. Sebastião, o ve-lho Olímpio Marra, Apolinário Moraes e outros, que esta tribo indígena, a puri, chegou a ter nesse espaço temporal cerca de 3.000 índios espalhados pelas margens dos rios Grande, Negro e Paraíba, incluindo-se a população indígena nas margens do rio Pomba, ou seja as dos Quartéis, Funil, Flecheiras e Aperibé, então agregados ao território que formaria a Aldeia da Pedra, sem falar no Ribeirão da Areas, situação esta mantida até o ano de 1721, aproximadamente. Têm-se notícias, vagas e impreci-sas, de que os bandeirantes abriram trilhas pelas matas fechadas, à margem direita do Paraíba, e fize-ram incursões por estas terras, cortando-a lado a lado, indo até a orla marítima de Campos, mas fi-cando por aqui, principalmente em terras hoje formadoras do distrito de Jaguarembé, onde se apaixona-ram por algumas índias e por ali ficaram, constituindo famílias. Muito bem armados, com verve privilegiada e protegidos pela Co-roa, foram dominando tudo e todos, criando quase um império de deze-nas de quilômetros. Segundo tais relatos, o célebre “Mão de Luva”, que ficara rico com garimpo nas Minas Gerais, teria vindo com sua tropa rio Paraíba abaixo, pela mar-gem esquerda, perseguido pela polícia da coroa, até a Serra da Bolívia “onde enterra seu tesouro perto de uma velha e grande árvo-re que ficava à margem de um lago de cristalinas águas”, daí atraves-sando o rio Paraíba em canoa indí-gena “alugada” até o atual centro da cidade de Itaocara, de onde partiu com uma escolta de índios puris até as terras que hoje forma o distrito de Jaguarembé, com a idéia de alcançar o rio Negro para subir por sua margem esquerda até che-gar em Cantagalo. Mas, antes disso, encontrando os remanescentes dos “Bandeirantes”, achando que esta-va salvo das milícias, resolveu juntar-se a esses e aos índios puris que dominavam as matas da re-gião... Os fornos recentemente descobertos, na ´decada de 90, no atual 4º distrito, em número de três, localizados na sede distrital, no quintal de João Batista Cabral de Resende, isto na Praça José Dias; na Ouricana, em terras que perten-ceram ao Sr.”Zeca” do Roque e na

localidade de Santa Cruz, perto de Jaguarembé de Cima, mostram construções com tecnologia muito avançada para a época, inclusive usando material de acabamento desconhecido até hoje e assim descritos pelo artista plástico e designer Henrique Resende, que acompanhou José Francisco de Moraes, um explorador de cavernas e pesquisador de história e misté-rios geográficos, como “Fornos de 2,60 metros de comprimento por 1,60 metros de largura e 1,10 me-tros de altura. Todos têm as mesmas medidas, porem variam as quanti-dades de furo, que são 77 no da Ouricana; 60 em Santa Cruz e 70 no de Jaguarembé, todos com as mesmas características. Na parte superior do forno da ouricana exis-tem 77 furos de 5 centímetros de boca por onde escapava o calor. Os furos são distribuídos de forma simétrica e com perfeição milimé-trica”, o que significa uma alta tecnologia para a época que, segun-do se informa, teria mais de 230 anos de existência, como disseram algumas pessoas antigas e as que se dizem sabedoras do teste de carbono que teria sido feito em material colhido por autoridades no assunto, aliás um assunto ainda não esgotado e merece um melhor es-tudo. Três versões existem para justificar a existência tais fornos, todos feitos com um reboco ainda hoje não muito conhecido e que, pela precisão das construções, com “modernas” técnicas, atravessaram tempos imemoriais chegando até hoje em perfeitas condições e que até poderiam ser usados, sem ne-nhum retoque ou reforma, fato no mínimo verdadeiramente intrigan-te, todos com as mesmas descrições feitas por Henrique Resende: A primeira- servir para o fabrico de carvão vegetal para aquecer lareiras (dado ao imenso frio que irradiava das matas) ou para o fabrico de pão e assados comestíveis (caças), o que não convence muito em relação à primeira parte. A segunda- tais fornos serviriam para cremar cor-pos, uma pratica já conhecida dos índios puris e dos brancos ali resi-dentes. A terceira - a mais ousada das suposições diz respeito à utili-zação dos fornos, que pelas descri-ções de suas construções, para derreter e/ou fundir metais nobres e, nesse caso, teriam sido usados por “Mão de Luva” que voltara à Serra da Bolívia, agora já recupe-rado das energias gastas na fuga das Minas Gerais, de onde teria retira-do o seu tesouro ali escondido, voltando ao território das terras formadoras de Jaguarembé para “beneficiá-los”, levando-o com menos dificuldades até o destino final, este em sendo Cantagalo, subindo pela margem direita do rio Negro, sempre acompanhado por um grupo de índios puris, seus aliados, vindo a ser preso em Can-tagalo e deportado para a África, onde teria morrido pobre, esqueci-do e louco. Aliás, diga-se a quem não sabe, que em quase tudo exis-tente em Cantagalo, até aos dias atuais, leva e lembra, coincidente-mente, o nome de “Mão de Luva”...

Tais fornos, tomando por base as descrições de Henrique Resende, bem como o seu desenho e as fo-tografias, foram realmente usados, havendo neles fortes vestígios de fumaça e deformações provavel-mente produzidas por altíssimas temperaturas. Há quem diga, ainda, que tais fornos serviriam para o fabrico de urnas funerárias, vasos, panelas, etc., o que parece não ter sido tradição daqueles índios. Se a idade de tais fornos, mais de 230 anos, inexplicavelmente todos existentes em Jaguarembé, for confirmada, inclusive a sua desti-nação, a história de Itaocara pode-rá sofrer grandes alterações mos-trando que, definitivamente, já naquelas épocas, muito antes da fundação da Aldeia da Pedra, por Frei Tomás em 1809, quando este trouxe os coroados e coropós para habitar a Aldeia da Pedra, vindos de fracassados aldeamentos fide-lenses, já havia, no mínimo, um aldeamento indígena e uma popu-lação alienígena (brancos e negros) nas terras hoje formadoras de Ja-guarembé o que, certamente, con-jugando-se todos os relatos dessa história, levaria a fundada suposi-ção da existência e um rico sítio arqueológico naquela região, ainda não pesquisado. O próprio nome de Jaguarembé deriva, ao contrário dos outros distritos do Município de Itaocara, do vocabulário puri/tupi, ou seja, a união de dois vo-cábulos, “Jaguar´imbé” – Jaguar- onça; imbé – valão: Valão da Onça, como remotamente eram designadas às terras fronteiriças ao rio Negro e ao outrora grande curso de água que cortava a atual sede distrital nos velhos e frios tempos. O velho Capitão Lessa, umas das figuras marcantes de Jaguarembé, a quem tive o prazer de conhecer, já quase no fenecer de sua vida, chefe revolucionário dos anos 30, avalizava estas his-tórias que, segundo ele, vinham passando de geração em geração de sua família. Carlos Lessa; Ma-noel Cabral, o velho, Semiana Souza; Francisco Pedro de Brito,

dentre outros, em conversas man-tidas comigo, quando ainda crian-ça, mas com espírito indagador e curioso, faziam referências posi-tivas a respeito de tudo a que se refere este texto. Filinho Satuta, outro pesquisador de “mistérios”, dizia ter recebido de seus pais (ex-prefeito José Dias) e que estes receberam dos seus avós, relatos dessas histórias. Tudo indica que com a chegada de muitos outros homens brancos, já sem a força dos descentes dos bandeirantes e de “Mão de Luva” , os índios puris foram empurrados mata a dentro em dois sentidos: o primei-ro, subindo o rio Negro, aldeando-se no local hoje conhecido como Monte Puri, zona rural de Jagua-rembé, e daí seguindo tempos depois, para Serra Vermelha, Água Preta e dispersando-se na região de Chave do Lontra, já em terras cantagalense; o segundo, atraves-sando a fechada mata em trilhas com destino à margem do rio Pa-raíba, alguns subindo pela barra do rio Pomba, aí ficando até a chegada dos coroados e coropós trazidos por Frei Tomás, para cujo aldeamento na sede da Aldeia da Pedra, o império brasileiro destinou razoável área de terras demarcada para esse domínio, sob a proteção da Igreja Católica, religião oficial do Estado à época. Sob ás bênçãos de Frei Tomás, os índios casavam, batizavam-se e até construíram a primitiva igreja católica, embrião da que hoje enfeita com sua beleza ímpar a Praça Cel. Guimarães, Depois, vindos das Minas Gerais, pela margem do rio Paraíba do Sul, chegaram os botocudos, arredios, valentes, guerreiros e indomáveis, que foram aldear- se na localidade de Palmital, já em terras formado-ras do atual distrito de Laranjais. Por fim, os puris voltaram à Água Preta, os coroados e coropós foram sendo expulsos da vila. Eles que construíram a Aldeia da Pedra, desta foram expulsos e não pude-ram entrar na igreja que construí-ram e nem banhar-se nas claras águas do Paraíba, marginais à al-

deia. Os tais fornos ficaram escon-didos por todos esses mais de duzentos anos para o cidadão co-mum, exceto para a sociedade secreta “Os Bota Amarela”, que já os conhecia e até os utilizava para esconder armas e alguns militantes da sociedade que precisasse des-pistar a polícia ou seus adversários políticos, isto a partir de 1918. Não é sofisma afirmar que os puris já habitavam toda essa vasta região muito antes de Frei Tomás fundar a Aldeia da Pedra e isto está em relatos confiáveis e oficiais de que “antes da fundação da Aldeia da Pedra Frei Tomás já estivera na região por diversas vezes, inclusi-ve batizando e casando índios”. Na Aldeia puri, quando Frei To-más aqui chegou pela primeira vez, já encontrou dezenas de fa-zendas de café e gado exploradas por “homens brancos” que, por informações de fontes apócrifas pesquisadas, chegavam à casa estimada de 1.532 pessoas, estas brancas, mulatas, pretas e mesti-ças. Fontes não oficiais pesquisa-das e tomando por base relatos de pessoas antigas, que receberam geração a geração, informações a este respeito, a primeira população de que se tem notícia nas terras da Aldeia, antes de Frei Tomás, che-garia ao número de 5.532 pessoas, somando-se índios e alienígenas. Somadas todas estas “nações” indígenas, dizem as mesmas fon-tes, isto já entre o final de 1790 até 1800, juntos estes índios chega-vam à casa dos 3.780, que foram aos poucos sendo exterminados pelos brancos ou destes fugindo mata a dentro até desaparecer, deixando porém, alguns descen-dentes que podem ser encontrados até hoje em terras itaocarense. Por derradeiro, desafiando o tempo, os Fornos de Jaguarembé, tenham sido eles construídos por quem quer que seja, estão em perfeito estado, podendo até ser usados, podem ainda durar mais outros 250 anos, caso o homem não os destruam. Uma garantia maior da perpetuação dos mesmos seria seus respectivos tombamentos como patrimônio do Município, ou até do Brasil, até porque não se tem noticia de algo semelhante em qualquer outro lugar por esse Brasil a fora. Ainda existem mais dois fornos no distrito de Jagua-rembé, ainda não explorados: Um em Monte Puri e outro no lugar “Olho D´ água”. Texto, desenho e fotos do livro “Casa de Pedra”, do Dr. Francisco Marra de Moraes, no prelo. Não pode ser transcrito no todo ou em parte, sem a prévia autorização do Autor. Com agra-decimentos às fontes de informa-ções, ao artista plástico e designer Henrique Resende e ao Pesquisa-dor de cavernas, minerais, histó-rias, curiosidades e pontos geográ-ficos importantes, o explorador José Francisco de Moraes, sem os quais este despretencioso “En-saio” não teria sido escrito e nem se teria o desenho comum dos fornos e as inéditas fotografias, estas de fora e de dentro de um dos fornos.

Depois de realizar um bem suce-dido concurso público no dia 28 de março último, cumprindo a última cláusula do Termo de Ajuste de Con-duta-TAC, firmado com o Ministério Público de Tutela Coletiva, Núcleo de Pádua, a prefeitura de Itaocara deu posse aos novos servidores estatutá-rios no dia 26 de junho, fato ocorrido no União Esportiva Itaocarense. Diversas autoridades municipais, como o Prefeito, Vereadores e Se-cretários municipais compareceram para prestigiar o evento. O respectivo exercício foi dado a partir de 01 de julho de 2010 e os novos servidores já recebem seus vencimentos até o dia 31/07/10.

O citado concurso foi realizado pela CEPERJ, sucessora da FESP-RJ, e teve mais de 5. 600 candidatos para pouco mais de 130 vagas, aí incluídos todos os cargos, numa inconteste prova da credibilidade

da instituição e da própria Prefeitura que agiu com lisura e transparência. Se-gundo apurou nossa repor-tagem, nesse primeiro mês de trabalho a avaliação dos novos servidores foi extremamente positiva. Ninguém ousou duvidar da honestidade do concurso, aliás esta foi uma das exi-gências feitas pelo Prefeito Alcione Araújo, além da transparência de todos os atos...

Meio AmbienteGeralA outra história de Itaocara

Concurso

Itaocara na vanguarda da proteção ambiental

Prefeitura de Itaocara dá posse aos seus concursados

Para quem vive preocupado com a questão ambiental, a Prefeitura de Itaocara tem algumas notícias impor-tantes: Até a algum tempo, o morro fronteiriço à Prefeitura Municipal, parte do Morro Bela Vista, era con-siderado como em sendo o “Pulmão da Cidade”, tal era a exuberância e o verde de sua mata nativa, uma ver-dadeira fonte de oxigênio! Mas aos poucos essa mata foi desaparecendo e em conseqüência algumas casas fo-ram invadindo o local, inclusive com sérias ameaças urbanísticas ao centro da cidade. Em 2008, no governo Ma-noel Faria, tal área foi reflorestada com a plantação de centenas de pés de árvores nativas na região. Com o Projeto “Sombra Verde”, idealizado pelo artista plástico Henrique Re-sende, contando com total apoio da Prefeitura, dezenas de árvores também já foram plantadas em ruas da cidade e muitas delas já estiveram floridas nesta última primavera, além de propiciar sombras e abrigar pássaros. Alcione continua tocando esses dois importantes projetos...

Outra questão de vital importância para a preservação do meio ambiente é a referente à colheita e depósito do Lixo Urbano. Para resolver esse crônico problema, o governo Alcione liderou a criação do Consórcio do Lixo, este assinado com os município de Pádua, Aperibé, Cambuci, São Fidélis, Italva e Cardoso Moreira e o aterro sanitário ficará localizado no distrito de Pureza (S.F). Sua estrutura já está toda montada, inclusive com CNPJ. Com isso, a questão do lixo urbano estará totalmente resolvida. Outra luta está sendo iniciada: É o tratamento de esgotos que são despe-jados in natura no Valão de Caxias. Os primeiros contatos já foram ini-ciados com a Secretaria Estadual de Ambiente. Outra grande iniciativa do Prefeito Alcione Araújo foi à criação da Guarda Municipal Ambiental, cujo projeto já foi aprovado pela Câmara de Vereadores e transformado em Lei. Aliás o Consórcio já está formado e o aterro sanitário ficará em Pureza, onde já se comprou uma grande área para sua instalação.

(Governo Alcione quer resolver problemas ambientais)

O Prefeito Alcione Araújo conversa com concursados...

Posse dos concursados 2010

Deputado Luiz Paulo volta a cobrar em plenário (dia 05.10) o pagamento da PPE aos fazendários e avalia o resultado das eleições

O SR. LUIZ PAULO - Sra. Presidente, seguramente V.Exa. não estava aqui quando afirmei antes das eleições, que tentaria impe-dir, de todas as formas, que qualquer projeto do Governo tramitasse nesta casa enquanto a PPE dos Fazendários não fosse paga. Houve um acordo do Poder Executivo com o Par-lamento na redação final desse Projeto, que contou com as presenças do Secretário-chefe da Casa Civil, Regis Fichtner; do Secretário de Fazenda, Renato Vilella; do Secretário de Planejamento, Sérgio Ruy e pela Assembleia Legislativa, além dos líderes de partidos, o Presidente Jorge Picciani e o líder do Go-verno, Deputado Paulo Melo. O Projeto foi aprovado de comum acordo e sancionado na integralidade, só que a PPE foi paga aos Auditores, mas não aos Fazendários.

Sr. Presidente, para haver uma Sessão nesta Casa, diz o Regimento Interno que deve haver, no mínimo, 10% do total de Deputados presentes na abertura do Expe-diente Inicial. São 70 Deputados, portanto, devem estar presentes pelo menos sete, não apenas passar aqui em mangas de camisa, dar a presença e ir embora.

Hoje, às 16h30, está prevista votação de projeto do Governo na Ordem do Dia. Já anuncio que vou pedir verificação de quórum; que vou emendar o projeto e que vou votar pela inconstitucionalidade, pois não atende aos requisitos determinados pela Constituição.

É necessário que a bancada do Governo, majoritária, com mais de 50 Deputados, resolva trabalhar. Antes, os Deputados que compõem a bancada justificavam suas ausências deste Parlamento por conta das eleições, só que as eleições já passaram.

Será que vão justificar as ausências agora dizendo que estão comemorando?

Ora, é necessário que todos estejamos presentes!

Sr. Presidente, feitos esses esclareci-mentos, mudarei de assunto.

O dia 03 de outubro passou e as urnas falaram. Há a necessidade de uma análise da conjuntura eleitoral.

Alguns tiveram sucesso retumbante nas urnas, outros nem tanto. O que de fato ocorreu? A eleição resulta de uma conjun-tura que, às vezes, nos é favorável e, outras vezes, desfavorável. O Deputado Comte Bittencourt teve uma excelente votação, mas poderia ter tido até mais votos. O De-putado Marcelo Freixo teve uma votação muito grande no voto de opinião, o que, evidentemente, retirou votos dos que dispu-tam parcela deste voto. No voto popular, o Deputado Wagner Montes, com mais de 500 mil votos, também fechou muito o trabalho dos que atuam neste segmento.

Mas houve outro fenômeno. O Gover-no Lula/Dilma quando editou por decreto o PNDH-3 - Plano Nacional de Direitos Humanos-3 - à época eu fiz duras críticas aqui, o que resultou num documento dos cristãos repelindo tal decreto petista assinado por Lula, na vigência da gestão de Dilma, documento petista que limitava o trabalho da imprensa, documento petista que lutava e incitava a todos a lutar pelo aborto, pelo casamento homossexual, enfim, o docu-mento, sem discussão com a sociedade, impunha uma série de programas para o futuro Governo da Dilma.

Esse documento, Sr. Presidente, foi duramente repelido pelos cristãos, princi-

palmente por católicos e evangélicos. Isso fez com que católicos e evangélicos também votassem muito unidos, o que também res-tringiu a área de votação para determinados parlamentares.

Então, essa é uma das análises possíveis associada a outras análises que fazem parte da própria conjuntura das eleições majo-ritárias quer sejam as presidenciais, as do Governo do Estado e as da Senatória.

Independente dessas análises, Sr. Presi-dente, quero agradecer à população flumi-nense que nos honrou com o seu voto. Meu Partido, o PSDB, fez uma coligação com dois outros Partidos: o PPS presidido pelo Deputado Comte Bittencourt, e o DEM.

A nossa coligação elegeu oito Deputa-dos: quatro do PSDB, três do PPS e um do DEM. Entre esses oito, três estão aqui em plenário: eu, o Sr. Deputado Comte Bitten-court e lá na última fileira, o Sr. Deputado Gerson Bergher.

No meu entendimento, se a população fluminense elegeu Sérgio Cabral no primeiro turno e quis também me honrar com 34.500 votos, ela me elegeu para que eu continuasse na oposição. Para mim, a eleição é muito clara. Quando a população elege um gover-nador contra quem você lutou nas eleições, e quando elege uma bancada deste governa-dor, aquela bancada é do Governo. Agora, quando elege os Deputados que estiveram na oposição, Deputado Comte Bittencourt, ela nos elegeu para que fôssemos oposição, para que continuássemos a fiscalizar o Governo, para que cobrássemos do Governo políticas públicas de melhor qualidade.

As críticas à área da Educação não eram somente críticas político-eleitorais, não. São críticas concretas porque a educação no Es-tado do Rio de Janeiro é de fato um grande atraso. Eu duvido - e não tenho nada a ver com isso - que o Governador irá manter a Secretária de Educação, porque ela foi um desastre na educação: 3,3 no último Enem. Somos campeões brasileiros em evasão escolar.

Na Saúde, outro desastre; só tem UPA para contar, e remédios superfaturados.

Então, o eleitor fluminense elegeu a nossa coligação com oito deputados para ser oposição. Este é o meu posicionamento; se será o dos outros sete, Sr. Presidente, eu não sei. No meu entendimento, elegeu uma bancada do PR de nove Deputados, para serem de oposição, porque o PR também lançou um candidato a Governador; se o serão, eu também não sei. E o mesmo vale para o PSOL, que elegeu dois Deputados estaduais, e com relação a esses eu já tenho um pouco mais de convicção de que serão, de fato, oposição.

Então, eu quero trazer aqui o meu agradecimento à população fluminense, pro-curarei dignificar o mandato que estão me conferindo, e me manterei coerente com as minhas atitudes cumprindo aqui as minhas funções de fiscal do Poder Executivo, de legislador, de intermediário entre as deman-das da sociedade e os Poderes constituídos e também ajudando a formar opinião sobre os grandes temas que o Parlamento fluminense precisa discutir.

Muito obrigado.

Fonte: Texto retirado da Ata publicada no D.O. do Legislativo, de 06.10.10

Os misteriosos fornos são assim..., no detalhe, o explorador José Francisco Moraes dentro de um

dos impressionantes fornos...

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10 de outubro de 2010NOROESTENOTÍCIAS

- Um novo jeito de fazer jornal 10 de outubro de 2010 NOROESTENOTÍCIAS

- Um novo jeito de fazer jornal Página 05Página 16

Obras & Serviços

Quem sabe, faz. Quem não sabe, fala...Que tiver olhos para enxer-

gar e não tenha preconceitos ideológicos contra o atual p r e f e i t o de I tao-cara, Dr. A l c i o n e Araújo verá e conclui-rá que ele já pode ser considerado como um dos melhores pre-feitos de Itao-cara em todos os tempos, tal é o volume de obras que ele toca, prestação de serviços de qualidade e o grande número de máquinas e veícu-los comprados des-de que ele assumiu o Poder em 2009. E muita coisa

ainda está por vir...A reforma e ampliação do

Colégio Municipal “Profes-sor Nildo

Nara”, que abri-gava um posto do CEDERJ, hoje tem em funcionamento um

Pólo da Fundação CECIERJ, fato que significa dizer que o

universo das fa-c u l -d a -

d e s oficiais, gratuitas, foi am-plamente aumentado. Já a reforma do Centro de Saúde, do bairro Caxias e a compra de diversos veículos, entre eles ambulâncias e UTIs mó-veis, além de melhorias no atendimento e distribuição de remédios. No lazer, a reforma da Quadra de Esportes Pedro de Souza de Souza Coelho, Apenas exemplificando, dá bem o tom da seriedade com que o assunto vem sendo tratado. Na cultura, temos a criação do Teatro Municipal “Kiúd” e da Escola de Música “Patápio Silva, o Projeto Música na Pra-ça, a manutenção do Fogueirão, a criação da Casa de Cultura e o espetacular Projeto “Calçada das Artes. Na Educação, é vi-sível o progresso e já esta em fase final a construção de um belo prédio em Jaguarembé para nele se ministrar o pré- escolar...

O recapeamento das ruas e avenidas do Bairro Caxias já estão em andamento, a Rua São José, no centro da cidade está ficando de cara nova, a Rua Nilo Peçanha, em Laranjais já teve o seu asfaltamento iniciado e segundo informações, dentro de poucos dias deve iniciar uma grande onda de asfaltamento no centro da cidade, assim como também será asfaltada a estrada Itaocara- Campo de Semente, lo-cal este que abrigará o laborató-rio de Biogenética para melhorar a qualidade dos rebanhos itaoca-renses e que irá sediar a Escola Técnica Profissionalizante.. Em menos de dois anos de governo, o prefeito Alcione Araújo já com-prou mais máquinas e veículos do que muitos prefeitos juntos

compararam, inclusive um Rolo Compactador,

coisa que ne-n h u m a

pre-feitura da região tem. As es-tradas rurais estão sendo

bem cuidadas. A nova Prefeitura está aí, bela e funcional e a Ro-doviária, já com suas calçadas livres de barras e exposição de mercadorias, está sendo refor-mada. Cinco pontes, de há muito

reclamadas, foram cons-truídas, uma no cen-

tro da cidade e quatro na

zona rural e uma moderna

Capela Mortu-ária para o cemi-

tério de Itaocara já está em curso com

a desapropriação de terreno próximo a De-

legacia de Polícia.. O sério problema de abaste-

cimento de água no Morro São Benedito foi resolvido e

questão do Lixo Urbano está sendo tratada como deve, com

a criação do Consór- cio do L i x o , q u e j á é uma rea-l i -

d a -de. Mas tem

mais, muito mais.... É só querer enxergar...

A nova Prefeitura de Itaocara- fruto da

determinação do Prefeito Alcione

Em 2009 o Prefeito Alcione cuidou de

comprar Máquinas

Em 2009, ambulâncias e UTIs Móveis foram adquiridas pela Prefeitura

Compactando... Você já viu como estão ficando

as estradas rurais?

Rodoviária reformada em 2010Em 2009, o Prefeito Alcione reformou,totalmente, o

Centro de Saúde

Fragmentos da História ItaocarenseO Mural da Nave Central da Igreja Matriz de São José de Leonissa e o artista plástico Henrique Resende

Todo mundo sabe que o padroeiro do Município de Itaocara é São José de Leonis-sa, mas será que muita gente conhece a história do nosso padroeiro? Com o objetivo de popularizar essa história, o NN transcreve nesta opor-tunidade gravuras e textos de Henrique Resende, o genial artista plástico itaocarense, que já é consagrado nacional e internacionalmente pela crítica especializada:

“A pintura mural da Nave Central da Igreja Matriz de São José de Leonissa foi en-comendada ao artista plástico Henrique Resende, que teve total liberdade de criação, sendo o tema, o Santo Padro-eiro de Itaocara. A realização dessa pintura celebra algo de extraordinário para Itaocara: a cidade é a única no Brasil que tem como padroeiro São José de Leonissa.

Pesquisando sobre a vida do Santo, pode-se perceber a riqueza de sua atividade hu-mana e a ação da graça divina. Dentre os principais aconteci-mentos milagrosos da vida de São José, o artista escolheu, para o centro da composição, o momento em que o anjo enviado por Deus o salva da morte. No livro A Vida de São José de Leonissa,do escritor José De Cusatis, o episódio é narrado na página 41 e diz o seguinte: - “ (...) Enfurecido com a resistência que se lhe opunha, o Sultão condenou-o a morte em bárbaro suplício; prenderam-lhe a dois gan-chos, por um pé e uma das mãos, ficando pendurado o corpo, e embaixo acenderam com lenha e palha umedeci-das, uma fogueira, cujo calor e fumaça o fizessem morrer em horríveis convulsões. O Santo padeceu por três dias

ao suplício, contente de dar a vida por Jesus Cristo. Deus, embora permitindo-lhe o mérito do suplício, livrou-o da morte, enviando um anjo que o desprendeu do patí-bulo , curou-lhe as chagas e restituiu-lhe as forças (...)”. Nos cantos do mural, outras quatro importantes passa-gens da vida de São José de Leonissa foram pintadas: a primeira mostra o Santo com “o crucifixo junto ao peito, em atitude piedosa e, assim, o manteve por muito tempo. Até que, sentindo exalar do corpo de São José um forte mau-cheiro, o Superior do Convento exigiu verificar o que acontecia e constatou o crucifixo entranhado na sua carne mortificada pelo sacri-fício”. A segunda cena faz referência ao Êxtase em Trevi, “num bosque onde ia orar em solidão, teve um êxtase em que ficou-lhe o corpo como envolto em chamas que se elevavam acima das árvores, parecendo um verdadeiro incêndio. Avistando o cla-rão, correm ao local muitas pessoas que encontram Frei José, de braços cruzados ao peito e sem sentidos”. A ter-

ceira é uma cena em que “as enchentes dos rios Trento e Márcia, não davam passagem para as aldeias onde ia pregar, atirava-se ao meio da torrente e, a pé enxuto, caminhava sobre as águas até a margem oposta”. A última cena faz re-ferência ao “caso de Otricoli. Havia aí uma mulher, pobre e cheia de filhos, que estava semimorta de fome. Incon-formado, Frei José corre ao seu socorro. Procura com que alimenta-los e acha apenas um punhado de feijões, leva-os para o quintal, planta-os e os abençoa. As poucas favas semeadas e bentas por Frei José, num só dia, germinaram, cresceram e produziram tanto que bastou para o sustento de outras famílias na penúria”.

Com relação a São José de Leonissa, assim se expres-sou o Monsenhor Pedro Maia Saraiva:

“São José de Leonissa é, sem dúvida, um amigo mais que fiel. Com certeza, Ele, como grande intercessor, me conduziu ao sacerdócio. Sou feliz por tê-lo como protetor e modelo de vida a se seguido”.

Ó São José, esta aldeia da pedra, que se rende aos Teus milagres e às Tuas bênçãos, hoje se sente vaidosa por te retratar, na nave central de seu templo, parte de sua sofrida e gloriosa vida. Nossa alegria é ainda maior por termos como criador e executor dessa mara-vilha um filho nascido e criado nesta aldeia abençoada por Ti.

E hoje, meu santo pro-tetor, meu amigo fiel, meu padroeiro, meu coração de pastor pulsa forte de emoção e alegria por poder homenage-ar-Te de forma tão carinhosa. Continua, meu amigo fiel, a proteger e abençoar os Teus filhos que Te amam. Itaocara- maio de 2001.

Teto da igreja de São José de Leonissa, em

Itaocara

Padre capuchinho Elio D’Agostino e o artista plástico, Henrique Resende, de sua visita à Itália, em 2004

Henrique Resende, o artista:

Em 1991, Henrique Resen-de vai para o Rio de Janeiro onde, pela Escola de Artes Vi-suais do Parque Lage, forma-se em 1997. Em 1995, cura Arte Contemporânea em Londres e Amsterdã. Também participou de cursos em instituições como o Museu da República e o Mu-seu de arte Moderna do Rio de Janeiro.

Como principais exposi-ções estão o Salão carioca (RJ), o Salão de Americana (SP), Novíssimos 98 (IBEU Copa-cabana), Universidade VII (RJ) e Singularidade- Henrique Re-sende e Otávio Avancini (CAC Itaocara). Realizou ilustrações para publicidade de empresas como Petrobras, Smitehkline & Beecham, Sebrae, MacDonald, Ernst & Youn, Macrofarma, Interunion entre outras, através de agências de propagandas do Rio de Janeiro. Recentemente, foi o autor do famosíssimo bus-to de Derci Gonçalves e agora do ex-prefeito de Cordeiro(RJ),

José Carlos Boareto. O artista Henrique Resende tem sido muito requisitado para traba-lhos em São Paulo. Também é de autoria de Henrique Resende a estátua de Frei Tomás, de corpo inteiro, e que embeleza a Praça Cel. Guimarães, em Itaocara. Além, evidentemente da pintura do Mural da Nave Central da Igreja Matriz de São José de Leonissa, em Itaocara. A criação e execução da pin-tura da Nave Central da Igreja Matriz de São José de Leonissa renderam-lhe grande prestígio também na Itália, onde uma revista especializada deu des-taque a sua obra. Hoje, além de suas atividades artísticas, Henrique Resende é o atual Secretário de Cultura e Turismo do Município de Itaocara. É de sua iniciatica.a criação da Es-cola de Música do Município, a Calçada das Artes, o Projeto “Sombra Verde”, A estátua de Frei Tomás, colocada na Praça Cel. Guimarães, etc.

Lugar de lixo é na lixeira.

Cidade limpa, povo ordeiro

Mantenha sua cidade limpa.

O mosquito da dengue está chegando, e você, o que está fazendo para auxiliar? Não deixe nenhum reservatório aberto, pneus, vasinhos de planta, e garrafas onde pode ficar água parada. Cubra-os.Isto é importante para você e para os de sua cidade.

A saúde agradece!!

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10 de outubro de 2010NOROESTENOTÍCIAS

- Um novo jeito de fazer jornal 10 de outubro de 2010 NOROESTENOTÍCIAS

- Um novo jeito de fazer jornalPágina 06 Página 15

Fragmentos da História Itaocarense

A Ponte Ari ParreiraUm dia um jornalista es-

creveu que “Itaocara tem uma ponte. Itaocara tem uma ponte de concreto armado”. Tem... E bem no caminho que vai para Aperibé. Mas, quem sabe como era o transporte e a própria passagem para o “outro lado do rio?”. Quem sabe a sua história?

Antes dela, a ligação com as terras da Aldeia da Pedra, e posteriormente do próprio município de Itaocara, que ficavam do outro lado, com o distrito de Pedro Corrêa e o município de Pádua, era feita de barcos e canoas através das águas do Paraíba que, naquela época, era mais caudaloso e não tinha tantas ilhas. Era um festival de barcos, canoas e balsas singrando o rio de um lado a outro. O grande sonho da população itaocarense, o grande desafio, era a constru-ção de uma ponte e esse sonho veio amadurecendo: Em 1895, o Deputado Dr. Sebastião Bar-roso conseguiu aprovar o seu projeto que mandava “incluir no quadro de obras públicas de caráter geral a construção de uma ponte sobre o rio Paraíba, em frente à Vila de Itaocara.” Era um projeto vago, impreciso e que não foi realizado, mas teve o mérito de levantar a questão para o debate.

Decorridos 29 anos após o “projeto Sebastião Barro-so”, o deputado itaocarense Antônio Pitta de Castro, em 1924, apresentou à Assem-bléia Legislativa um projeto que autorizava o governo do Estado do Rio de Janeiro a “mandar construir uma ponte sobre o rio Paraíba em frente à cidade de Itaocara”. O jornal O Nível, em 02/11/24, assim noticiou tal fato: “Agora o Cel. Pitta de Castro revive o assun-to, apresentando um projeto claro, explícito e não anódino como aquele do Dr. Sebastião Barroso”. Mas, infelizmente, ainda não foi daquela vez que o sonho itaocarense de ter uma ponte de concreto armado sobre o rio Paraíba do Sul, se transformou em realidade. As barcas e os botes continuavam violentando as águas do velho Rio Paraíba do Sul.

Somente com o aconte-cimento de um fato novo a situação veio a ser modificada, dando a expectativa de sair-se do marasmo de então: A Estrada de Ferro Leopoldina Railway, que servia a região, havia conseguido junto ao

Governo Federal autorização para aumento de tarifas nas li-nhas de concessão federal. Era governador do Estado naquela época o Dr. Feliciano Sodré, que “consentiu na majoração especificando, porém, em cláu-sula expressa, que 10% dessa majoração teríamos aplicação especial que seria mencionada no respectivo contrato. Em fun-ção dessa cláusula, reuniram-se no Palácio do Governador a bancada federal de deputados e o governador expôs, apontando num mapa, quais as especi-ficações que desejava incluir no projeto”. O representante itaocarense na Câmara Federal era na ocasião o Dr.Carlos de Faria Souto, que se encontrava presente na reunião e que com grande capacidade de argumen-tação, “expôs a necessidade de se fazer à ligação São Fidélis a Portela e Itaocara a Aperibé, construindo-se em Itaocara uma grande ponte ferroviária e rodoviária, mostrando as vantagens dessa ligação”. O Dr. Feliciano Sodré, após ouvir a explanação do Deputado Faria Souto, apaixonou-se verda-deiramente pela causa e de-terminou “que a par de outras, fosse incluída no contrato, na condição “sine qua nom” da majoração das tarifas, a cons-trução da ponte de Itaocara,

com o prolongamento do ramal ferroviário de Portela a São Fidélis”.

A Leopoldina durante al-gum tempo consegui fugir do compromisso, até que, com a Revolução de 30, veio para o Estado o comandante Ary Par-reira que elaborou o projeto da estrada Niterói-Espírito Santo com a variante Jaguarembé-Minas. Com esse plano, a Leo-poldina foi obrigada a entregar ao Governo do Estado o saldo de 10% da majoração tarifária para a construção da ponte. Assim, no dia 09/12/34, o Al-mirante Ary Parreira autorizou o início das obras. O contrato foi firmado com a firma Leão, Ribeiro e Cia. A obra, segun-do o contrato, deveria estar concluída em 280 dias, isto é, em 31/01/36. “Ä ocorrência de problemas na fundação sobre a ilha que serve de apoio aos 3º e 4º vãos, à procura de rocha firme a 10 metros abaixo do nível do terreno e das águas do Paraíba, exigiu a dilatação do prazo por 90 dias”. A inaugu-ração da ponte ocorreu no dia 03/05/1936, às 11h00min. Era Governador do Estado o Almi-rante Protégenes Guimarães, e prefeito de Itaocara o Sr. Al-cebíades de Carvalho. Estava assim realizado o grande sonho da população itaocarense, gra-

ças, principalmente, ao seu de-putado Carlos de Faria Souto.

A ponte compõe-se sete vãos em arco de corda, de 80 metros os externos, de 81 metros os intermediários, além de quatro outros com viga reta de 10 metros livres, um dos quais sobre o Parque Faria Souto, totalizando 840 metros. O estrado mede 6,50 metros de largura com uma pista rolante asfaltada de 5 metros (que foi agora, durante o Governo Garotinho, expandi-da para evitar engarrafamento, inclusive construindo-se uma passarela para pedestres) e dois passeios laterais de 0,75 metros (que foram suprimidos para o alargamento da pista de rolamento). A obra foi contra-tada por 1.564 contos e com as obras complementares ficou em cerca de 1.800 contos. “Nas obras foram concretados 2.072 m2 consumindo 23.000 sacos de cimento, 3.900 m3 de areia, 236 m3 de pedra de alvenaria, 800 m3 de madeira, 4.300 Kg de pregos e 234.000 Kg. de ferro, segundo dados do BIOPI nº. 27, p. 20”.

A resistência da ponte foi calculada para suportar um comboio de caminhões de 12 toneladas cobrindo 2/3 dos vãos livres. Apesar dessa previsão, ela suportou quando

da construção da Fabrica de Cimento Alvorada e outras, em Cantagalo, a carreta Jofeir, carregada com parte de maqui-naria, pesando uma única peça mais de 100 toneladas, sem contar com o cavalo mecânico, a carreta especialmente cons-truída e toda a frota de seguran-ça e apoio. Recentemente, por ocasião de sua “reconstrução”, no ano de 2001, a ponte Ary Parreira deu mostras inequívo-cas de que sua estrutura suporta mais peso do que imaginaram seus construtores, recebendo, além do tráfego intenso, maior capacidade de tonelagem dos veículos, um peso acessório imenso, resultado da passare-la, do novo asfalto (por cima do velho) feito tendo o carvão mineral como base, uma revo-lução na arte de asfaltar e das muretas laterais, agora sem os passeios, mas com uma passarela para pedestres. Isto sem falar no trânsito mais que pesado gerado pelas carretas cada vez maiores e o aumento do tráfego em geral, principal-mente o acontecido em 2007, com as grandes cheias que assolaram a região, fazendo desviar o trânsito da BR- 101 para a RJ-116.

Do livro “Casa de Pedra”, do Dr. Francisco Marra de Moraes.

Série História de Itaocara

A História passa pelo Túnel do TempoUm artigo com a chance-

la de Chico Marra

Há centenas de anos o Rio Paraíba do Sul, com suas límpidas e volumosas águas, formava uma grande Baía, na hoje cidade de Itaocara, a então terra de matas fechadas, índios, aves, pássaros e todos os tipos de animais... Do gam-bá às gigantes onças pintadas, apenas exemplificando... Não havia ilhas, exceto a existente onde hoje se situa a praça Cel. Guimarães, local das paje-lanças, das festas e todos os rituais, ou seja, da morte, do casamento e dos nascimentos, sem falar nos namoros que ali nasceram, viveram ou mor-reram nos dias ensolarados ou nas noites enluaradas. Só os gemidos das corredeiras das águas, fora o farfalhar de folhas ao vento, o uivo de animais e algazarras de aves e pássaros, sem falar nos cân-ticos de guerra, quebrava o silêncio da orla do rio, um rio repleto de encantos e magias, principalmente quando a Lua Cheia mergulhava em suas águas para, depois, ir dormitar no alto da serra da Bolívia... As canoas, feitas com ma-deiras leves, como a garapa e o jenipapo e até com as de estirpes mais nobres, como o mogno e o cedro, singravam a lâmina d`água do velho Para-íba, para transporte de índios para a margem esquerda e para a peca, esta feita com arpão e muita paciência. Guerras entre as tribos indígenas eram constantes e os cadáveres eram enterrados ou comidos por ferozes animais. Na ver-dade, o costume indígena há época era apenas de enterrar em bonitas urnas funerárias, com toda pompa, os mortos de suas tribos, principalmente em lugares aonde as águas do rio não atingiam, como o antigo “Morro dos Cabritos”, hoje Bela Vista que, malgrado a negativa de muitos, é um excepcional sítio arqueológi-co, donde já foram retiradas urnas funerárias, panelas de barro, vasos, talhas, bilhas e mosaicos coloridos de azul e vermelho, tingidos que eram com tintas extraídas de jenipa-po e urucum, respectivamente, e que se encontram hoje sob o domínio de particulares, como também estão peças iguais retiradas das profundezas do Paraíba por garimpeiros lá pelos idos de 1988/1989... Os inimigos? Bem, estes depois de mortos eram deixados pe-las florestas ou pelos poucos campos então existentes...A real possibilidade de que a atual Praça Cel. Guimarães era uma ilha e que as águas do Pa-raíba dominavam quase todo o perímetro onde hoje se situa a cidade de Itaocara, está na narração no engenheiro Ivan Henriques dada ao redator do

jornal Noroeste Notícias: -“ Em escavações realizadas para construção de edifícios na rua Cel. Guimarães fomos sur-preendidos com a existência , em razoável profundidade, de uma grande e alva camada de areia, igual às encontradas no leito do Paraíba, fato incomum no subsolo da cidade”. Tal declaração dispensa qualquer comentário...

Os primitivos donos das terras, e de tudo o mais, eram os índios purís, que não vie-ram com frei Tomás, que se espalhavam pelas margens dos rios Paraíba, Pomba e Negro onde, neste último, no atual distrito de Jaguarembé, havia uma “civilização” indígena muito avançada, inclusive com conhecimentos tecnológicos ainda hoje disponíveis a res-trito número de pessoas, que fora caldeada com os brancos dos bandeirantes e, depois, com Mão de Luva, o Conde de Santo Tirso, e seus seguidores. Dessa “civilização” surgiram as incríveis construções dos já famosos “fornos” de 77 perfu-rações cilíndricas, milimétrica e assimétricamente perfeitos para melhor aproveitamento

da temperatura produzida, esta, calcula-se, atingindo mais de 1000º centígrados, o suficiente, dizem, para trans-formar o ouro bruto em lin-

gotes, documentados pelo designer Henrique Resende e pelo pesquisador José Fran-cisco de Moraes, mas que as autoridades itaocarenses não deram à devida importância. O curioso é que tais fornos só existem no distrito de Ja-guarembé, que significava na língua tupi “Valão da Onça”, e já em 1918 eram conhecidos e usados pelos Bota Amare-las, uma sociedade secreta ali surgida e comandada por Jerônimo Braz, Cap. José Dias e Monclar Duarte, em oposi-ção à liderança do Cel. Roque Teixeira Alves, para combater as fraudes eleitorais, quando se votava sob a mira dos fuzis governistas. Tais fornos exis-tem em posições estratégicas em Jaguarembé: nas localida-des de Santa Cruz, Ouricana e

na Praça José Dias, no centro da vila, se falar no recém e inexplorado forno descoberto na localidade de Monte Puri, também no distrito de Jagua-rembé. O estranho de tudo isso, além da exclusividade de Jaguarembé em tê-los, é o fato deles se apresentarem em per-feito estado de conservação, embora subterrâneos, constru-ídos sem tijolos, sem cimento e com uma liga composta de material que ainda hoje é um enigma, sem falar no “tapete” que cobre as perfurações dos mesmos, tornando-os invisí-veis ao olhar comum. Quan-tos mistérios ainda existem em Terras Jaguarembeenses? Os fantasmas que cismam em andar pelas madrugadas, alguns batendo tamanco com seus pisares pela calçada do

falecido Tomás Gama? Ou os que atormentam as noites escuras da Praça José Dias? Herança das pessoas escravas que foram dessa “civilização” que precede a fundação oficial da Aldeia da Pedra? O falecido bruxo e mago “Chico Caxixe”, lá das minas de malacacheta da localidade de “Farope”, em Ipituna, próxima a Serra do Curuzú, que já pertencera a Aldeia da Pedra, e que, se vivo fosse, teria hoje 160 anos, dizia que sim, com base em relatos de seus antepassados. O velho Manoel Cabral de Rezende, o padeiro Augusto de Oliveira, a dona Semiana Souza e tantos outros, também com os mesmos fundamentos, acreditavam que sim...

Do livro Casa de Pedra, do Dr. Francisco Marra de Morres,

não pode ser reproduzido integral ou parcialmente, inclusive fotos, sem prévia autorização do autor

Antiga cocheira Álvaro Reis, que ficava na atual rua Patápio Silva. Numa época em que carros eram raros, o local era point de cavalos carroças e charretes.

A história passa pelo Túnel do Tempo...

Praça do Paraíso, antiga... O tempo passa, mas não volta, como passa o Rio Paraíba.... Mas não há fenda no espaço para que eles voltem. Só vivem no mundo paralelo...

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10 de outubro de 2010NOROESTENOTÍCIAS

- Um novo jeito de fazer jornal 10 de outubro de 2010 NOROESTENOTÍCIAS

- Um novo jeito de fazer jornal Página 07Página 14

Meio Ambiente

Conhecendo Sildecir Alves RibeiroTécnico Ambiental da Pre-

feitura Municipal de ItaocaraPresidente do Rotary Club

de ItaocaraPresidente do Diretório

Municipal do PSDBDepois do último Concurso

público de Itaocara, quando ele foi classificado em 1º lugar, con-correndo com outros candidatos a apenas uma vaga, muita gente se perguntou quem é Sildecir, o novo Técnico Ambiental do Município? De onde saiu esse cara que até bem pouco tempo ninguém ouvia falar nele? Para matar a curiosidade dessas pessoas, fomos buscar as infor-mações:

Sildecir é um itaocarense, nascido no 2º distrito de Itao-cara, mais precisamente no En-genho Central, filho do Pastor e Construtor Silvino (Vivi) e Dona Maria. Sildecir é casado com Ana Tércia, pai de dois filhos, Dimas e Daniel. Dimas hoje, seminarista no Seminário Católico em Nova Friburgo. Nascido em família humilde e grande, tem cinco irmãos e duas irmãs, cuja família sempre pautou na conduta ética e moral.

Quando ainda adolescente iniciou-se na vida de trabalho, pois almejava horizontes mais distantes e para alcançá-los precisava prosseguir os estudos. Trabalhava na parte da manhã

em uma olaria de tijolos no Engenho Central, cujo pagamento ajudava ao pai custear os estudos no Giná-sio de Laranjais. Dedicado ao trabalho e aos estudos, respondia sempre a quem o abordasse que o trabalho, qualquer que fosse, dignifica o homem. Terminando os estudos em Laranjais veio estudar em Itaocara, por seu interesse e dedicação passou por diversos setores de tra-balho, aprendendo com isso vários ofícios. Trabalhava o dia inteiro e vinha para Itaocara estudar à noite no Colégio João Brazil , hoje Nildo Nara, onde terminou o segundo grau formando-se em Técnico em Administração de Empre-sas. A exemplo de seu pai, era apaixonado em obras, já sem a presença de seus pais no seu convívio, foi estudar na capital com muito sacrifício, forman-do-se no ramo de Construção Civil com ênfase em projetos e nesta profissão trabalhou em grandes obras, com profissio-nais renomados e empresas de grande gabarito, tais como, Cia. Vale do Rio Doce, Engevix Engenharia, Grupo Votorantim, dentre outras, executou traba-lhos em outros estados, como execução de Obras na Riviera de São Lourenço, no litoral

paulista, teve participação na execução de vários projetos im-portantes na Capital do Estado do Rio de Janeiro, tais como Cidade das Crianças, Cidade do Samba, Cidade da Música, Revitalização do Cais do Porto (Pier Mauá) e Vilas Olímpicas do Pan Americano.

Retornou os trabalhos em Itaocara em 2006, quando foi convocado pela Prefeitura para trabalhar na elaboração

do Plano Diretor do Município, coordenando os trabalhos com muita dedicação e empenho, conquistando com isso a con-sideração de seus colegas de trabalho que tinham na figura dele um líder, que com seu carisma e educação, sempre se dirigia a eles com carinho e respeito, cujo tratamento os impulsionava a sempre fazer o melhor. Sildecir conquistou a amizade e o respeito do Prefei-to Manoel Faria que devotava a ele muita confiança e liberdade de ação, uma vez que sempre tratou o trabalho público com dedicação e garra, proporcio-nando resultados que lhes são peculiares à iniciativa privada. Sempre estudando, cursando Ciências Biológicas (em fase final de Curso), foi convocado no governo atual para trabalhar como assessor na Secretaria de Meio Ambiente, onde de-sempenha um bom trabalho, sempre solícito e dedicado, participou e participa de di-versos cursos de capacitação,

tornando-se cada vez mais apto a exercer suas funções, através destas capacitações conseguiu formar-se Gestor Ambiental Público, com grandes conhe-cimentos em diversas áreas ambientais, como Tratamento de água e esgoto, resíduos sólidos, remediação de lixões e toda a legislação pertinente ao Meio Ambiente. Pelas suas expertises foi convocado para integrar uma equipe, juntamen-te com técnicos do IBAMA, na cidade de Pirassununga, estado de São Paulo, para elaborar o Plano de Ação Nacional para Conservação das Espécies Ameaçadas na Bacia do Rio Paraíba do Sul, representando Itaocara, como única Secre-taria de Meio Ambiente dos 180 municípios integrantes da Bacia do Rio Paraíba do Sul a ser convidada para essa ação mais que urgente e necessária. Este ano com a ocorrência do Concurso Público da Prefei-tura de Itaocara, concorrendo à única vaga para Técnico Ambiental , foi contemplado com o primeiro lugar. Recente-mente viajou a capital de Minas Gerais (Belo Horizonte) para uma capacitação do Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento, sendo eleito mul-tiplicador na Região Noroeste. Amante obstinado da natureza, ele revela cheio de orgulho: sou privilegiado até no sobrenome: - “Ribeiro, um simples riacho que segue humilde, desvian-do de obstáculos, rompendo barreiras, servindo a nobres e plebeus, mas sempre em dire-ção às grandes águas.”

Este é Sildecir, o técnico ambiental de Itaocara...

Sildecir comparece a cursos, congressos, conferências e reuniões

Antes de Frei Tomás che-gar às Terras onde seria fundada a Aldeia da Pedra, o destino de tal território sempre foi pertencer a São Fidélis de Sigmaringa que, por sua vez, pertencia a Vila de Campos dos Goitacases, exceto o atual distrito de Estrada Nova, ex-Arraial do Tatu, que pertencia a Can-tagalo. Nessa época, bem antes de 1809, centenas de índios puris já habitavam este vasto território, quase todo coberto de matas fechadas, que ia de Macapá a Pirape-tinga, de Cantagalo a Monte Verde e Ponte Nova, hoje Cambiasca. Estimava-se, por fontes apócrifas, da Vila de São Fidélis, e depoimentos de pessoas centenárias, que esta nação indígena chegou a ter nesse espaço temporal cerca de 3.000 índios espa-lhados pelas margens dos rios Grande, Negro, Paraíba e Pomba, sem falar no Ribei-rão da Areas, situação esta mantida até o ano de 1721, aproximadamente. Têm-se notícias, vagas e impreci-sas, de que os bandeirantes abriram trilhas pelas matas fechadas, à margem do Para-íba, e fizeram incursões por estas terras, cortando-a lado a lado, indo até a orla marítima de Campos, mas por aqui, daí em diante, apaixonados por algumas índias, alguns brancos, bem armados e pro-tegidos pela Coroa Portugue-sa, que foram escravizando e dizimando grande quantidade deles. Depois, com Frei To-más, vieram os coroados e coropós, que foram aldeados na Aldeia da Pedra, aí já en-contrando muitas fazendas de café e gado exploradas por brancos que, segundo fontes pesquisadas, mas sem muita precisão e fidelidade, chegavam, aproximadamente à casa das 1.532 pessoas. Daí, a notícia que se tem é de que a primeira população das terras formadoras da Aldeia da Pedra, antes desta, seria de cerca de 4.532 pessoas, somando índios e brancos. Os puris ainda vagavam pe-las margens do rio Pomba, principalmente nas locali-dades de Flecheiras, Funil e Quartéis (hoje município de Cambuci), além da ocu-pação da margem esquerda do rio Negro, sediando-se, inclusive, no local hoje co-nhecido como Monte Puri, zona rural de Jaguarembé, mata adentro, até a locali-

dade de Chave do Lontra, quando chegaram os primei-ros coroados e coropós, que não eram muitos, vindos das aldeias fidelenses. Por fim, vindos de Minas Gerais, da região de Muriaé, descendo pelas margens do Rio Pomba, vieram os botocudos, estes então considerados ferozes, mas que foram empurrados, pela força das outras tribos, para a localidade de Palmi-tal. Somadas estas “nações”, dizem as mesmas fontes, isto já no início de 1800, juntos estes índios chegavam à casa dos 3.780 indivíduos que so-mados aos 3.101 habitantes fixos e ocasionais, brancos, mulatos e pretos, perfaziam uma população de cerca de 6. 881 moradores. Estes núme-ros de habitantes sãos os pri-meiros de que se tem notícia, mas, a bem da verdade, não havendo nenhum instituto es-pecializado na época para tal fim, tal número é estimado, podendo oscilar para mais ou menos.

Para um município que tinha, em 1893, com três anos de existência, já com uma fronteira bem menor, uma população de 13.095 habitan-tes; em 1929 mais de 39 mil habitantes (O Município de Itaocara, de Júlio Pompeu) e em 1950 o índice de 24.069 habitantes, estas últimas bem maiores do que a l população itaocarense detectadas pe-los Censo 2000, de 23.003 habitantes, divulgada pelo IBGE e em 2007 (IBGE) a população alcançou apenas 22.069 mil habitantes, foi uma grande decepção, uma decepção até compreensível pelo ilusório crescimento da construção civil na área urbana da cidade, mas que apenas retrata uma situação bem mais negativa que se explica pelo o êxodo da população rural que vem à procura de melhor sorte na “capital” itaocarense ou outras cidades, engrossando a periferia desta e fazendo crescer vertiginosamente as favelas e o desemprego. Quer dizer: Em 1929, mais de 39 mil habitantes e em 1950 a população itaocarense era de 24.069, com 12.159 homens e 11.910 mulheres, ambas bem maiores do que a de hoje (22.069 habitantes) e isto prova o inquestionável retrocesso populacional de Itaocara. Cada vez que a cerca de arame farpado che-ga para mais perto da porta

da sala do colono, mais uma família deixa a roça e nesta só fica a velha soqueira de cana pisada pelo boi e/ou o capim e a macega. Em 1970 registrava-se (IBGE) 22.176 habitantes, revelando uma densidade demográfica de 50,51 por km2, e com esses números o Município de Itaocara ocupava o 39º lugar no Estado em número de habitantes. Em trinta anos, pasmem, a população itaoca-rense cresceu menos de 1.000 habitantes, segundo o censo demográfico do IBGE no ano 2000! Na microrregião homogenia representada por Itaocara, Cantagalo, Carmo, Sumidouro e Duas Barras, segundo o recenseamento de 1970, a Terra itaocarense es-tava em primeiro lugar em ní-vel populacional, com 22.176 habitantes, vindo a seguir Cantagalo com 18.581. Em 1985 (IBGE) a população era de 20.402 habitantes, com densidade de 46,5 habitan-tes por Km2. Em 1990, de acordo com o CIDE, a popu-lação era em cerca de 19.100 habitantes, 10,4% menor do que em 1980. Há quem diga, porém, que a população itaocarense informada pelo IBGE em 2000 e 2007 não correspondem à realidade e os contestadores estimam que devesse ser de 35 mil o número atual de habitantes. . Do número oficial, 23.003 habitantes em 2000, 11.367 são homens contra 11.636 mulheres, estas superiores em 269 pessoas. Deste uni-verso populacional, 15.928 estavam espalhados pelas zonas urbanas da cidade e das sedes distritais e 7.075 nos outrora verdes, férteis e produtivos campos itaoca-renses, que já foram grandes produtores de café, cana-de-açúcar, fumo, algodão e hoje apenas produz, a rigor, hortifrutigranjeiros, eis que todos os outros ciclos tive-ram suas fronteiras invadidas pelas patas dos bois, estes últimos formadores de um ciclo econômico que quase não absorve mão-de-obra e que faz, por isso, a riqueza circular em poucas mãos. Em 2004, a situação ficou pior ainda com a crise da PARMALAT e do comércio leiteiro em geral, juntando-se a isso a evasão de indústrias e comércios, a situação tende a piorar significativamente e o crescimento populacional poderá ser negativo.

Para se ter uma páli-da idéia da perspectiva do crescimento populacional do município de Itaocara, é de se dizer que nos anos de 1889 a 1905 nasceram, só no primeiro distrito, 5.018 pessoas e faleceram apenas 1.730. No mesmo período realizaram-se 985 casamen-tos (O Nível, de 18/02/1906). Analisando-se os dados for-necidos pela FAPERJ, em seu “Atlas do Estado do Rio de Janeiro” verifica-se que em 1980, 13,6% da população correspondiam a pessoas não-naturais do município e isso demonstra claramente que esta população oscilante não contribuiu para o cres-cimento populacional do município, possuindo este um saldo migratório nega-tivo nas décadas dos anos 60/70/80. Este saldo negativo pode ser creditado ao fim dos ciclos do café e da cana-de-açúcar, principalmente com o fechamento da Usina do Engenho Central Laranjeiras e das sucessivas secas que assolaram o território itaoca-rense, de 1950 a 1980, levan-do expressiva quantidade de pessoas para os municípios do Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Friburgo e Cachoeira de Macacu, gli-céria, etc. Depois, ano a ano, outras indústrias foram saindo, exemplificando, o Café Itaocara, a FITAL, a Ita Produtos Farmacêuticos, a Fundição Centenário (parali-sada) e Confecções diversas, de Itaocara e nenhuma outra tem vindo para substituí-las. Além disso, diga-se como obrigação histórica, que al-guns “itaocarenses” ganham a vida aqui, mas investem seus recursos em outros mu-nicípios. Uma prova desta última assertiva está na mon-tagem de uma indústria de mármore, em Aperibé, na ida da fábrica do Café Itaocara para Pádua, etc. Daí, pela fal-ta de emprego e área de terra para cultivar, já que os bois são os “senhores da terra”, o êxodo populacional interno e externo que se verifica, justi-fica o número de habitantes existentes. Sem falar, é claro, na fuga de muitos jovens para grandes centros à procura de ensino superior. Segundo fontes oficiais, a população itaocarense teve, como ou-tros municípios da região tiveram, um crescimento negativo no censo de 2007, como o acima mencionado,

mas há quem acredite, e são muitos, com a confirmação oficial recém admitida, que esse decréscimo populacio-nal corresponde à realidade. Porém, é de se ressaltar que a população itaocarense em 1929 era de mais de trinta e nove mil habitantes, e isso se explica pela pujança da zona rural à época, com grandes produções de café, cana-de-açúcar, cacau, arroz, milho, feijão, algodão, fumo, etc., conforme dados do Livro “O Município de Itaocara”, de Júlio Pompeu. Hoje, com a Fábrica de Cimento MIZU, a maior e mais moderna fábrica do Estado, a se instalar no distrito de Estrada Nova, que alguns “ecologistas” querem impedir, graças a um gigan-tesco esforço do Poder Exe-cutivo de Itaocara (2009), com o Protocolo de Intenções assinado pelo Governo do Estado (Pezão), o Prefeito de Itaocara, a MIZU, e Edu-ardo Pães, Prefeito do Rio de Janeiro; a construção da Hidrelétrica Itaocara, pelo Consórcio LIGHT/CEMIG prevista para ter início em 2.011, a transformação do Posto do CEDERJ em Pólo, fato que está trazendo mais faculdades gratuitas, a cons-trução (em andamento) da Fábrica de Papel no Engenho Central, o Projeto, de um Pólo Industrial, as indústrias recém instaladas na localida-de de Vista Alegre, em Por-tela; as Agros Indústrias de Conceição, em Jaguarembé e o grande desenvolvimento das plantações dos hortifru-tigranjeiros que propiciam o fantástico movimento do Mercado do Produtor em Ponto de Pergunta; as indús-trias de mármores, a Indús-tria do Café “Du Valle”; a so-lidez e expansão da CAPIL; a expansão das indústrias de móveis, a Siderurgia; a grande rede hoteleira atual, a expansão do comércio e dos prestadores de serviços, e outras medidas que estão sendo tomadas, fazem renas-cer a esperança de progresso e o consequente aumento da oferta de emprego, geração de renda, crescimento popu-lacional e melhoria na qua-lidade de vida da população itaocarense.

Texto do livro “Casa de Pedra”, do Dr. Francisco

Marra de Moraes, no prelo. Proibida a reprodução sem

prévia anuência do autor.

A População de Itaocara no decorrer dos anosPopulação

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10 de outubro de 2010NOROESTENOTÍCIAS

- Um novo jeito de fazer jornal 10 de outubro de 2010 NOROESTENOTÍCIAS

- Um novo jeito de fazer jornalPágina 08 Página 13

Leis que você precisa conhecer... trecho do Livro dos Óbitos Contrato

Lei Maria da PenhaConhecida como Lei Maria

da Penha a lei número 11.340 decretada pelo Congresso Na-cional e sancionada pelo pre-sidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva em 7 de agosto de 2006; dentre as várias mudan-ças promovidas pela lei está o aumento no rigor das punições das agressões contra a mulher quando ocorridas no âmbito doméstico ou familiar. A lei entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006, e já no dia seguinte o primeiro agressor foi preso, no Rio de Janeiro, após tentar estrangular a ex-esposa.

A introdução da lei diz:Cria mecanismos para

coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do art. 226 da Consti-tuição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Con-venção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Jui-zados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. — Lei 11.340

O nomeO caso nº 12.051/OEA, de

Maria da Penha (também co-nhecida como Leticia Rabelo) Maia Fernandes, foi o caso ho-menagem à lei 11.340. Ela foi agredida pelo marido durante seis anos. Em 1983, por duas vezes, ele tentou assassiná-la. Na primeira com arma de fogo, deixando-a paraplégica, e na segunda por eletrocução e afo-gamento. O marido de Maria da Penha só foi punido depois de 19 anos de julgamento e ficou apenas dois anos em regime fechado.

Em razão desse fato, o Centro pela Justiça pelo Di-reito Internacional e o Comitê Latino-Americano de Defesa dos Direitos da Mulher (Cla-dem), juntamente com a vítima, formalizaram uma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, que é um órgão internacional responsável pelo arquivamento de comunicações decorrentes de violação desses acordos internacionais.

A leiA lei alterou o Código

Penal Brasileiro e possibilitou

que agressores de mulheres no âmbito doméstico ou familiar sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada, estes agressores também não poderão mais ser punidos com penas alter-nativas, a legislação também aumenta o tempo máximo de detenção previsto de um para três anos, a nova lei ainda prevê medidas que vão desde a saída do agressor do domicílio e a proibição de sua aproximação da mulher agredida e filhos.

Críticas positivasA juíza Andréia Pachá

considera a lei um marco na história da luta contra a violência doméstica, segundo ela: “ A Lei Maria da Penha foi um passo importante para enfrentar violência contra mulheres [...]” Acessado em 10 de setembro de 2008.</ref> A maioria dos segmen-tos da sociedade, incluindo a Igreja Católica, consideraram a lei muito bem-vinda. Inclu-sive em 1990 a Campanha da Fraternidade, instituída pela CNBB, escolheu o tema “Mu-lher e Homem — Imagem de Deus”, fazendo clara referên-cia a igualdade de gêneros.[1] Na Câmara, a deputada representante da bancada fe-minina Sandra Rosado do PSB, chamou a atenção de suas companheiras para a aplicação da lei com rigor e prioridade.[2]

Os Evangélicos também consideram a lei importante. A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), por exemplo, elaborou uma cartilha[3] onde condena seve-ramente a violência praticada contra a mulher, “Temas e conversas – pelo encontro da paz e superação da violência doméstica”. Curiosamente, a

própria Bíblia condena toda forma de violência contra o assim chamado “sexo frágil”, em diversas passagens do Novo Testamento.

A mudança mais conside-rável da Lei Maria da Penha com a introdução do Art. 9º, do Art. 129, do Código Penal Brasileiro.

Críticas negativasAlguns críticos alegam

que, embora mais rara, a vio-lência contra o homem também é um problema sério, minoriza-do pela vergonha que sentem em denunciar agressões sofri-das por parte de companheiras agressivas.[4] É caracterizada pela coação psicológica, es-telionato (como casamentos por interesse), arremesso de objetos e facadas.

Um dos pontos chave é que o artigo 5º da constituição garante direitos iguais a todos, portanto o termo “violência contra a mulher” é incompleto, pois separa a violência “[...] contra as mulheres dos de-mais”.[5] Um caso típico, foi a série de críticas propugnadas por um juiz de Sete Lagoas, Edilson Rumbelsperger Ro-drigues, contra a lei, segundo ele, entre argumentos a respeito de Adão e Eva, “A vingar esse conjunto de regras diabólicas, a família estará em perigo, como inclusive já está: desfacelada, os filhos sem regras, porque sem pais; o homem subjuga-do.”[6]

Uma outra crítica vem do delegado Rafael Ferreira de Souza, ele afirma “Quantas vezes presenciei a própria mulher, vítima de uma amea-ça ou de uma lesão corporal, desesperada (literalmente) porque seu companheiro fi-caria preso [...]”.

A farmacêutica Maria da Penha, que dá nome à lei contra a violência doméstica.

E agora, doutores...Francisco Marra de Moraes*

Já se passaram tantas luas, tantos sóis e tantas águas des-pencaram do Paraíba rumo ao mar... Tantos escritórios de advocacia foram invadidos sem nenhuma justificativa plausível e tantos computadores foram confiscados pela justiça, que já nem se tinha conta do volume de tais investidas, inclusive contra políticos, investidas es-sas próprias de um “Estado Po-licial”, estado no qual se adora ouvir os cantares de “arapongas e cigarras”, delação premiada, X 9, alcagüetes, denúncias anônimas, GAP, P2, 15 minu-tos na mídia televiziva e etc. & tal. Muitas lágrimas foram derramadas, muito prejuízo material e moral em função de atitudes desprovidas de bom-senso e sem nenhuma funda-mentação eis que, a respeito, bastava a promoção do MP e pronto: o mandado de busca e apreensão estava concedido, como se existisse uma bola de cristal para fundamentar um exercício de adivinhação de culpa ou dolo... Esses “deuses do poder”, literalmente, parece, adoram um estado de exceção e nivelam os advogados (e o povo) por baixo como se estes fossem bandidos e para provar esta assertiva basta que se dê uma olhada nas mídias dos últimos tempos. Claro é, porém, que existiam e existem exceções, mas estas são poucas nesse universo jurídico... E Ita-ocara, como em todo Noroeste Fluminense, tais “excesso de zelo” não são mesmo exceções e os últimos acontecimentos que antecederam as eleições mostram mui bem a cara do Es-tado Policial em que vivemos..

Para se ter uma pálida idéia do absurdo que era a invasão de escritórios de advocacia, basta dizer que uma equipe policial, verdadeira “Tropa de Elite”, armada até aos dentes e comandada por um capitão do GAP, além das acintosas investidas propriamente ditas, levavam computadores e ar-quivos gerais de amigos meus, inclusive meus, para “perícia”, sem respeitar prazos para tal e sem devolvê-los. E quase 4 anos já se passaram.... A Lei que regula a matéria? Bem, a Lei não precisa ser cumprida pelos infalíveis “deuses”, afi-nal, prevalece a teoria de que “manda quem pode, obedece quem tem juízo” e o artigo 5º, LVII, da Léx Máxima, que vá para o “inferno”...

Ouvir o “canto da cigarra”

é uma coisa horrorosa, criando um recurso de linguagem figu-rativa, mas existem pessoas que gostam, principalmente àqueles que se julgam “deu-ses” e infalíveis, esquecidos de que em todos os segmen-tos da sociedade e Poderes, eu disse todos, prolifera a corrupção tanto ativa quanto passiva, disfunção funcional, incompetência, vedetismo, juizite, promotorite etc. & tal, mantidas as exceções... Mas como na vida nada é eterno, nem o bem e nem o mal, tam-bém o “poder” judiciário e policial mudam de mão. Além disso novas leis surgem para combater o arbítrio, o nepo-tismo, o estado de exceção... O estado policial em que se vive, uma ditadura disfarçada e bem pior do que a de 1964, que era clara e transparente, ao contrario dessa atual “di-tadura da Informação”, as disfunções administrativas em todos os poderes dessa nação “tupiniquim”...

Agora eu quero ver juízes decretarem busca e apreensão em escritórios de advocacia sem fundamentação porme-norizada, sem a presença de representante da OAB e com os estardalhaços policialescos: É que uma nova norma legal está em pleno vigor, a Lei Fe-deral nº. 11.766, de 7 de agosto de 2008, que vem botar um freio em algumas “decisões” judiciais, estas quase sempre motivadas por infundadas “denúncias anônimas” e que são acatadas como verdades absolutas. Obedecer ou não a Lei, me parece ser uma ques-tão de “cabeça”, de “juízo”, de “competência”, de “justiça” ou não cumprir, num exercício de extrema burrice....

O estardalhaço que se faz durante tais invasões, quase sempre truculentas, bem mos-tra o despreparo policial, in-clusive do GAP, para exercer tal mister, já que, incluindo alguns promotores e man-tidas as devidas exceções, estão mais preocupados com seus 15 minutos de glória, com a notícia espalhafatosa na mídia. Depois, provada a inocência do “acusado”, to-dos desaparecem e ninguém vem a público para limpar a honra de quem quer que seja. A violência existe, a imbeci-lidade idem... Claro, mantidas as honrosas exceções... Mas também, pudera, vivemos em pleno Estado Policial.... Con-vivendo com denúncia anô-nima e a delação premiada...

Oficialmente, Itaocara nasceu em 1809, depois de autorização concedida pelo Vice-Rei do Bra-sil, Dom Marcos de Noronha. Consta, porém que o fundador Frei Thomás de Castello já rezava missa por aqui, com o seu “altar portátil”, desde 1804.

A Aldeia formou-se pelos índios Coroados, Coropós, Boto-cudos e Purís.

Como exemplo do rico do-cumento existente no livro de tombos da Igreja Matriz de São José de Leonissa, pegamos um assinado por Frei Thomás e que está no Livro de Óbitos da Aldeia:

“Em 30 de dezembro de 1814, faleceu, com mais de 60 anos de idade, o índio José de Leoniza e Silva, casado com a índia Rosa. Foi o primeiro Capitão-do-Mato desta Al-deia. Foi homem muito pací-fico e sossegado de muito bom gênio e estimado por todos de sua nação como dos portugue-ses que todos o amavam; por obra dele que teve princípio

esta Aldeia que pois logo foi feita Freguesia também dos portugueses por presente do Exmo. Sr. Bispo o qual tam-bém muito gostou do capitão pelas boas prendas dele e em particular pela sua assiduida-de a rezas e missas, tendo re-cebido os santos sacramentos da igreja, finalmente com des-gosto de todos, fechou os seus dias a trinta de dezembro, no meio de todos os de sua nação, que todos se ajuntaram para assistir a sua morte e funeral como fizeram no dia trinta e um, dia depois do seu faleci-mento, com tropa formada e dando as três descargas, nove maiorum, comandadas por o Alferes o índio José Francisco Adriense, na ocasião que por mim (ilegível) da missa solene de réquiem foi encomendado, foi enterrado nesse cemitério desta igreja que tanto o capi-tão ajudou para se fazer. De que para constar à verdade fiz esse assento que assino. Erat ut supra. Fr. Thomás de Castello Mº. Vigº.”

O crime & o contrato socialFrancisco Marra de Moraes*

Não é só o homem que mata, mas o homicídio é um privilégio dele e isso vem de longas e imemo-riais eras, desde o começo do mundo com Cain e Abel nas calmas terras do Paraíso, quando não exis t ia nenhuma regra punitiva fora da divina. Matava-se por qualquer motivo: pela comida, pela disputa de mulheres, pelo espaço de terra, pela to-cha de fogo. A segurança e o respeito eram coisas e/ou direitos desconhecidos e isso fazia com que todo mundo vivesse na maior incer teza e desespero, apesar da pouca consci-ência predominante. A impunidade campeava e no decorrer dos anos a noção de que era preciso uma organização social, mesmo que mínima, foi tomando conta dos ho-mens, surgindo, preca-riamente, na época, o que hoje se chama de “gover-no”. Daí o surgimento do “Contrato Social”, isto é, a outorga de poderes de legislar e punir feita pelo povo (a sociedade) ao governo. Nascia para o homem, à convivência com direitos e deveres,

punindo-se ou absolven-do - se o s acusados de violar tal contrato...

Mas nem todo homicí-dio e/ou tentativa, embora taxados como crimes na legislação penal são pu-níveis, eis que o próprio Código prevê a exclusão da punição quando se ca-racteriza a existência, in casu, da legítima defesa em qua lquer das suas modalidades, inclusive a putativa. Até mesmo quando não caracteriza-da, a LD, pode-se defen-der a “legítima limpeza”, esta acontecendo contra àquelas “vítimas” pro-vocadoras e verdadeiras “fábricas de réus”. Isto porque a paz social da maioria deve prevalecer sobre esses que são gra-ves e constantes ameaças à própria sociedade. O crime é, no mínimo, um fa to b i la te ra l , da í se r preciso, caso se queira fazer justiça, perquirir o comportamento de ambos antes, durante e depois do evento crime e não como se faz , quase sempre , analisando o comporta-mento do réu, deixando a suposta “vítima” alheia ao evento quando se sabe que, às vezes, é ela- a suposta vítima- a acio-

nadora do gatilho que a vitimara, apesar da ten-dência do “Parquet” de considerar toda evidência como prova, quando esta é contrária ao acusado e desprezar toda e qualquer evidência que seja contrá-ria à “vítima” ...

Fugindo dos “pa-drões” t radicionais da def inição de que “age em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a di-reito seu ou de outrem”, é preciso acrescentar que assim também age todo aquele que é agredido em seu direito, qualquer que seja a forma, e o Estado não está presente, através de seus representantes, para defendê-lo. Quando isso acontece , quando o Estado está ausente, a t r avés da au to r idade policial, o cidadão reto-ma, legi t imamente , os poderes que ele outorgou ao próprio Estado e este, representado pelo Po-der Judiciário, não pode puni-lo. É a quebra do Contrato Social, à volta ao “status quo ante” ou, melhor dizendo, ao tempo em que não havia o “con-trato social”...

Dívida

Literatura

Depois de três anos dívida não pode ser Cobrada

Ninguém é bom pagador se não tem dinheiro e o SERASA/SPC tem “deitado e rolado em cima do nome do desafortunado consumidor que por linhas tortas da vida fica inadim-plente e, por isso, com o nome sujo na praça por longos cinco anos ou até mais. Agora, porém, esse calvá-rio está diminuindo de intensidade:

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro-TJ acaba de reduzir esse prazo para três anos e quem, depois dessa nova regra, continuar com o seu nome na lista desses serviços de “proteção ao crédito” poderá acionar a justiça para reabili-tar seu nome e até pedir indenização por perdas e danos morais...

O orvalho, o vampiro & o bêbadoChico MARRA

A noite que passou esteve sempre cheia de sons, luzes, bri-lho e flash das máquinas fotográ-ficas na orla do Rio Paraíba, na Praça Pedro Eugênio de Oliveira Sardinha, em Itaocara. Todo mundo sorria, cantava e pulava ao som de um famoso conjun-to musical e a alegria parecia palpável, real, certa e unânime. Analisando a cidade, pelo ângulo da praça, ninguém ousaria dizer que a infelicidade existe, mas o paradoxo estava bem ali, no cantinho da praça e tão pertinho das águas do rio que, batendo na pedra marginal, perto da velha figueira, respingava no corpo de alguém que dormia bêbado na calçada e tinha pesadelos

com a cena que vira na vi-rada da noite para o novo dia, o beijo que ela, uma mulher espe-

cial, dera no seu melhor amigo. A cena era demasiadamente forte, principalmente em função dos protagonistas, sua namorada e o seu melhor amigo. Daí o em-briagar-se com cachaça e cerveja até dormir, eis que esse era, no momento, o único caminho para a fuga. Acordar? Pra quê?

Mas acordou, e o persona-gem dessa história viu que a noite virou madrugada e a lua cheia foi dormitar na Serra da Bolívia junto com flores exóti-cas, pássaros e animais diversos, fazendo com que todos os ca-minhos rurais ficassem escuros, tornando impossível a fuga. Toda a relva estava coberta pelo orvalho e este prateava todas as folhas, expulsando o bem-te-vi que canta na palmeira à beira-rio para acordar o bêbado, dizendo para ele “bem-te-vi”, o que o fa-zia imaginar fosse uma devassa à

sua vida noturna passada. Com a madrugada, uma chuva fina caí-ra, mas o arco-íris, a ponte para a liberdade, não viera com os raios do sol. Só o orvalho chegou para beijar folhas, flores e o bêbado...

O bêbado abriu lentamente os olhos e viu que a multidão fora embora e nenhum som ou luz existia no parque. A alegria acabara! Levantou-se camba-leante, segurou no corrimão e sentou-se no banco de madeirada da praça. Ao lado, remanescente da festa, em outro banco, um casal dormia. A eles se dirigiu para saber que horas eram, colo-cando a mão no ombro da mulher e perguntou: -“Por favor, que horas são? Antes da resposta, os seus olhos fitaram dois olhos verdes e grandes, os olhos da namorada traidora. Desesperado com a continuidade da traição, e não querendo acreditar que olhos

verdes assim fossem capazes de trair, sentiu o estômago enjoado e, com isso, lembrou-se de que tinha um “engove” no bolso, apanhou-o, mas um filhote de gavião em vôo rasante tomou de sua mão o remédio. Daí o voltar ao centro da praça com o estô-mago mais enjoado ainda. Um dos quiosques continuava aberto apesar da hora. Pediu ao garçom uma cachaça dupla, daquela branquinha, e virou tudo de uma só vez na boca, antes jogando um pouco para o “santo”. O orvalho continuava a molhar e gelar sua cabeça...

De repente, o bêbado pas-sou a mão pela testa fria, suada e escorregadia, e nela encontrou dois caroços nas “laterais”. Eram picadas de mosquitos, mas ele pensou: – “Pó, chifre nasce assim tão depressa? No mesmo dia?”. Daí, ao imaginar-

se um boi bem chifrudo foi um passo só. Mugiu, correu pela pista cimentada, deu coi-ce, comeu o capim da praça e saciou sua sede na barrenta água do Paraíba do Sul. Sua figura disforme refletiu na água, apavorou-se: - “seria eu tão chi-frudo assim, um corno?” Olhou para trás e viu sua namorada agarrada com o outro, corpos colados como se fosse uma só pessoa. –“É, acho que sou!”. Chegando a esta conclusão, nem o orvalho frio foi capaz de refrescar sua testa. Essa virada de ano, de 2005 para 2006, não vai ser esquecida nunca, afinal foram tantos planos de uma vida em comum feitos com a bela de olhos verdes e tudo acabou numa noite apenas, pensou em voz alta. De repente, o bêbado viu o homem que estava com a sua namorada ir embora.

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10 de outubro de 2010NOROESTENOTÍCIAS

- Um novo jeito de fazer jornal 10 de outubro de 2010 NOROESTENOTÍCIAS

- Um novo jeito de fazer jornal Página 09Página 12

LEISProcesso Seletivo Prefeitura e CEDAEPrefeitura de Laje (RJ) abre inscriçõespara o processo seletivo simplificado

LAGE DO MURIAÉ- A Prefeitura Municipal de Laje do Muriaé-RJ, acaba de divulgar a abertura de inscrições para o Proces-so Seletivo Simplificado destinado a contratação de pessoal por tempo deter-minado, para o Programa de Saúde da Família (PSF), Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e Bolsa Família, Programa de erradicação de Trabalho Infantil (Peti), Programa Na-cional de Inclusão de Jovens (ProJovem), Agente Comu-nitário de Saúde e Agente de Vigilância Sanitária. A inscrição na Internet e no Posto Presencial acontecem nos mesmos locais, dias e horário para o Concurso Público, porém, os candi-

datos a Agente Comunitário de Saúde só podem fazê-la pessoalmente em razão da obrigatoriedade de apresen-tação do comprovante de residência. A prova objetiva, comum a todos os cargos, será no dia 24 de outubro. As inscrições variam entre R$ 36,50 a R$ 67,50.

“A atitude da Prefeitura de Laje ao adotar o Pro-cesso Simplificado para as áreas acima mencionadas é um fato inédito na região e deverá ser o marco inicial para que outras municipali-dades façam à mesma coisa, cumprindo a constituição e acabando com o cliente-lismo político”, comentou JFS, morador da cidade que, por sinal é oposição ao atual prefeito.

Prefeitura e CEDAE resolvem problemas de abastecimento de água em Itaocara

Segundo o Departamen-to de Obras, em apenas 18 meses, contados a partir de 01 de janeiro de 2009 até hoje, a Prefeitura de Itaocara e a CEDAE, numa grande e produtiva parceria, já colocaram 12.500 metros de tubos para extensão e substituição de redes de distribuição de água tratada ao custo de R$ 335.000,00, fato que supera em muito outras administrações que já passaram por Itaocara. Também foram feitas subs-tituições dos equipamentos elevatórios do Sistema de Abastecimento de Jagua-rembé, elevando a vazão de distribuição para atender a maior demanda local, fato que resolveu de vez o pro-

blema de distribuição de água tratada naquela loca-lidade.

Depois de longos anos de sofrimento, os moradores do Morro São Benedito, que fica paralelo à Rua Paulo César Erthal, no centro da cidade de Itaocara, recebe-ram o precioso líquido em suas casas, graças ao grande empenho da Prefeitura Mu-nicipal de Itaocara. O NN es-teve no local e Dona M.A.P, que não quis se identificar, disse que “Estou muito grata ao Prefeito Alcione Araújo por essa obra de grande importância para a nossa comunidade”.

Ainda em relação à par-ceria Prefeitura/CEDAE, o Dr. Giovani Cardoso de

Freitas, gerente regional des-ta última, informou a nossa reportagem que existem ain-da os seguintes projetos em andamento para o Município de Itaocara: substituição do conjunto moto-bomba da elevatória do Bairro BNH, fato este que acabará de vez com o problema gera-do pela insuficiência atual de distribuição de água; Implementação de sistema de bombeamento e linha adutora de água tratada de Valão do Barro para Estrada Nova, 5º distrito de Itaoca-ra e reforma das estações de tratamento de água de Batatal e Jaguarembé. “É assim que se trabalha para a população”, disse o citado gerente. Agência BIOPI.

SINFAZERJ Consórcio

Governo do Estado não cumpre sua própria Lei

PPE JÁRio de Janeiro- O

Governo do Estado do Rio de Janeiro não cumpre sua própria lei e isto é o caso da Lei nº. 5756/10, de iniciativa do governador Sérgio Cabral, em razão de projeto de lei do Poder Executivo aprovado pela ALERJ e, obvia-mente, sancionado por àquele. O fato que mais espanta é que não se pagou a PPE dos fa-zendários, que é uma ninharia, mas se paga a PPE (da mesma Lei) aos Fiscais de Renda, hoje Auditores Fiscais, inclusive a muitos que não tem nem mesmo lotação, com gratificações que va-riam de R$ 57 mil a R$ 70 mil a cada um. Mas quem pode, pode e ainda conta com o apadrinhamento de Renato Villela (SEFAZ) e Sérgio Rui (SEPLAG) tudo fica muito fácil. Os fazendários que se da-nem...

Hoje, 21/09/10, os Fa-

zendários, liderados pelo SIFAZERJ, e alguns depu-tados fizeram veementes protestos em frente à sede do SEFAZ, contra o não pa-gamento do PPA a eles e até ameaçam entrar em greve para, com isso, sensibilizar o governado Sérgio Cabral a cumprir com a sua palavra. Segundo um fazendário que não quis se identificar, por questões óbvias (JPL) ,“Não dá para entender o

Governador Sérgio Cabral: foi ele que mandou o Pro-jeto de Lei para a ALERJ, tal projeto foi aprovado, beneficiando Fiscais de Rendas (hoje Auditores Fiscais) e Fazendários, com a chamada “PPA”. Paga-se aos “Auditores” e não se paga aos Fazendários, numa verdadeira prova de discriminação e um ato até criminoso, eis que descum-prir a Lei é crime.”

Uma homenagem ao Fazendário NEI BRANDÃO DE SOUZA- A voz do SINFAZERJ

O Consórcio Light/CEMIG já está em Itaocara

Pelo visto, a calcular-se pela movimentação de pessoal e veículos ligados ao consórcio Light/Itaocara Energia/CEMIG na cidade, inclusive com diversas casas alugadas, sem falar no pes-soal de campo que já está no local da obra, A Hidrelétrica Itaocara agora sai mesmo do papel e em breve suas turbi-nas estarão gerando energia para toda a região noroeste fluminense. Segundo infor-mações colhidas por nossa reportagem a obra, que conta com financiamento do BNDS deverá estar iniciada defini-tivamente no início de 2011. uma outra informação impor-tante, que vem a confirmar o que se disse anteriormente nesta matéria, é o pedido de informações sobre a alíquota do ISSQN que teria sido feito às prefeituras de Itaocara e Aperibé.

Apesar da grande re-sistência de alguns setores ambientalistas, os mesmo que são contra a Fábrica de Cimento Mizu, a Hidrelétri-ca de Itaocara deverá mes-mo acontecer, assim como também a Mizu. Quanto à primeira, é de se dizer que a Lei Municipal que “proíbe’ a construção de hidrelétricas no leito do Rio Paraíba do Sul em território itaocaren-se não será obstáculo para

a sua construção, eis que a competência para legislar sobre rios cabe a União. Quanto à segunda, a Mizu, o argumento de que no local existe uma caverna e ‘man-gue” não procede, eis que uma caverna tem caracterís-ticas próprias, estalactites, profundidades, etc, e essa não passa de um “buraco de tatu” e o brejo citado não acolhe nem mesmo um sapo. Na verdade, o povo itaoca-rense já não agüenta mais ver grassar o desemprego no município, enquanto os visinhos se industrializam, geram empregos e diminuem a desigualdade social . A pergunta que se faz a tais “ambientalistas” é: Será que só Itaocara não pode se in-dustrializar? Recentemente também esteve em Itaocara o corpo técnico da Santa Giselle Empreendimentos, firma que pretende construir uma hidrelétrica nas imedia-ções do Campo de Semente, que ficaria, se construída, a cerca de 19 quilômetros da Hidrelétrica Itaocara e colocaria suas águas às por-tas da cidade. Outra notícia importante é que as inde-nizações aos proprietários das terras a serem alagadas pela Hidrelétrica Itaocara já estão sendo providenciadas. Agência NN.

LEI Nº. 853/10, DE 20 DE AGOSTO DE 2010.DÁ DENOMINAÇÃO DE “PAÇO MUNICIPAL DARCI MACHADO

DE FREITAS À NOVA SEDE DA PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAO-CARA, LOCALIZADA NA RUA SEBASTIÃO DA PENHA RANGEL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS...

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE ITAOCARA, Estado do Rio de Janeiro, FAÇO saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

ART. 1º- Fica denominado “PAÇO MUNICIPAL DARCI MACHADO DE FREITAS” a nova sede da Prefeitura Municipal de Itaocara, localizada na Rua Sebastião da Penha Rangel, centro, nesta cidade.

ART. 2º- Os setores competentes da municipalidade tomarão as devidas providências para o fiel cumprimento do artigo anterior.

ART. 3º- Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário ou incompatíveis.

PREFEITURA DE ITAOCARA, em 20 de agosto de 2010.

ALCIONE CORREA DE ARAÚJOPREFEITO.

Crédito, de acordo com Lei Municipal específica:

Matéria aprovada por unanimidade.

Depois de diversas décadas de benesses injustificadas de concessão de autonomia de táxi, quase sempre para quem não trabalhava na profissão, mas que se utilizava disso até para comprar carros de luxo, aproveitando-se das isenções tributárias, o povo do Município de Itaocara acaba de acordar para uma outra realidade: A Prefeitura de Itaocara acabou de cassar dezenas de concessões de autonomias que foram consideradas irregulares pelas inves-tigações feitas e pelas decisões nos respectivos processos, nos quais foram dados os mais amplos direitos de defesas aos investigados. É isso que se lê no Decreto Municipal que cassou tais autonomias.

A decisão de realizar uma profunda investigação nessas concessões se deveu à solicitação de informações feitas pelo Ministério da Fazenda, além da vontade própria do governo municipal. Uma alta fonte palaciana que não quis se identificar, falando a nossa reportagem disse estar “surpreso com a situação encontrada, ou seja, dezenas de veiculo que não tinham “pontos” e nem mesmo seus donos exerciam a profissão”. Além disso, continuou essa alta fonte do governo, da grande isenção de impostos dados pelo governo federal, esses veículos também não pagavam os 4% para o licenciamento dos veículos, um verdadeiro absurdo agora sanado pela Prefeitura de Itaocara. A Receita Federal enviou um ofício ao Prefeito Alcione Araújo parabenizando-o pela corajosa e necessária atitude.A íntegra do citado documento segue abaixo:

Prefeitura de Itaocara cassa Táxis Irregulares

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10 de outubro de 2010NOROESTENOTÍCIAS

- Um novo jeito de fazer jornal 10 de outubro de 2010 NOROESTENOTÍCIAS

- Um novo jeito de fazer jornal

@ En_femando?Pois é, o sábado corria tranqüilo para um

ex-bancário, mas, de repente, sua testa começou a coçar... O interessante, pensou ele,”é que isso vem acontecendo com muita frequência nos últimos tempos...”Bem longe dali (o cara mora no centro de uma cidade da região) uma jovem mulher morena, que já “morreu” de amores por um médico de fora de tal cidade, estacionou sua moto debaixo de uma mangueira, quase

à beira Rio, no loteamento perto do Campo de Semente. Será que ela esperava alguém? A velha paixão, ou uma nova? Com um pouco de criatividade e atenção, o leitor, observando o titulo deste tópico, saberá a profissão da bela...

@ Cu_rriculumPois é, uma mulher loira e fogosa, bonita

e sensual, é mesmo um atrativo à parte pra homens que adoram um “bumbum” bem em-pinadinho. De tanto assim ser, a bela já teve todos os homens que quis, do mais humilde ao mais orgulhoso, Segundo ela, “BD”, mulheres da família do seu ex-marido vivem com os cu_tuvelos arranhados, de tanto apóia-los na cama que é de concreto... Pois é...

@ Troca-TrocaRecentemente, um cidadão itaocarense

perdeu sua mulher para outro e a sua casa, a que ele fez com imensos sacrifícios, foi junto. Durante algum tempo, o cara andou cabisbaixo pela cidade, sendo até motivo de piadinhas. Mas como há sempre um dia novo depois da noite escura, quando um outro dia amanheceu, eu vi o tal cidadão, por sinal um cara fantástico, de bra-ços dados com um monumento de mulher que trabalha no comércio local. Pô, o cara perdeu um teco-teco, mas ganhou um jato supersônico. Essa troca foi boa demais, mas será que ele tem aeroporto para esse jato?...

@ Gata por Lebre?Pois é, e essa é uma história que todo mun-

do sabe como iniciou e como terminou, mas o detalhe que se conta aqui talvez pouca gente saiba: Um certo cara conheceu uma mulher de outro estado numa circunstância bem esquisita, mas logo assumiu o relacionamento e casou-se com ela. Logo a seguir foi abandonado... Dia desses, “CL” foi visto com seu carrão estacio-nado na porta de uma empresa esperando uma bela mulher, morena e sensual mas que, dizem, gosta do mesmo sexo... A história se repete!!!!

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@ Bola Cheia...Quem está mesmo de “bola cheia” é o nosso

amigo Toninho... Àquele do carrão vermelho esporte da Volkswagem. Além de ser o cara que mais entende de mulher em Itaocara, ele vive rodeado de mulheres bonitas. Segundo ele, se alguém o encontrar com alguma mulher feia, pode apartar que é briga certa. Detalhe: O cara nunca está sozinho: quando termina um namoro, tem um fila de mais de 10 lindas mulheres à espera...

@ Quentíssima...Uma linda mulher loira, com seus 27 ani-

nhos, linda de viver, cujo marido ficava dentro do guarda-roupas e a obrigava a transar com outro na cama do casal, parece que cansou dessa história. Parece, não. Cansou mesmo. Motivo: Ela até que gostava de manter relações sexuais para o maridão ver, mas este, ultimamente, “embonecado”, andou formando o “trio” e não queria deixar sobrar nada pra ela... Daí, ela saiu de casa para ter a liberdade de escolher seus parceiros... Mas sempre dois de cada vez... Um fica dentro do guarda-roupa enquanto o outro transa... Depois o outro sai do guarda-roupa, invertendo as posições... Pior... O maridão “banca” o aluguel do cafofo e tudo o mais...Safadinha & quentíssima essa loira.

@ Língua de TrapoQuem anunciou aos quatro cantos da região

que o concurso de Itaocara não seria sério, deve estar com vergonha de si mesmo: É que tal opositor ao atual governo fez e divulgou uma lista com cerca de 20 pessoas que passariam no Concurso por serem “apadrinhadas” de políti-cos importantes. Ninguém da tal lista passou... E agora, cara... Sua filha passou e será que ela foi apadrinhada?

@ Poli_ ticandoTem gente por aí que se transveste de

socialista pregando a geração de emprego e renda, isso no discurso, mas que na prá-tica agem totalmente diferente: é o caso da Fábrica de Cimento Mizu que eles tentam impedir de vir para Itaocara e geraria cer-ca de 1.500 empregos. Esses “socialistas” foram denunciar ao IBAMA que no local existe uma caverna e um brejo muito rico e que os mesmos devem ser preservados. A verdade, porém, é que a tal “caverna” não passa de um buraco de tatu e o brejo nem sapo tem, apenas existem ali algumas sanguessugas, como muita gente é igual... Ah! Com relação a hidrelétrica, essa turma já perdeu as esperanças...

@ O TrioPois é, os anos passam mas muita gente

não aprende que segredo é para ser guardado protegidos por sete chaves. Porém, aqui em Itaocara já é noticia o relacionamento a três e já em vias de ser acrescentado mais um, quer dizer, tal ficará formado por 3 homens e uma mulher simultaneamente. Convite pra isso não está faltando... Todo mundo é casado nesse trio e futuro quarteto...

@ Acd + Oq o gato fazPois é, rola papo & rola papo por aí na re-

gião, fazendo surgir “fofocas” e “confissões” de todos os gêneros: dia desses uma lésbica estava se vangloriando de haver tomado uma linda loira (G) do marido dela. Segundo se comenta, as duas estão andando pelas noites da região de mãos dada no maior love. Há quem diga que as duas já até alugaram um apartamento em Aperibé. As alianças, “L’ disse que já estão compradas, com nomes gravados e tudo...

@ Trânsito Caótico...Que o trânsito da cidade de Itaocara está

caótico todo mundo sabe, principalmente

nas ruas São José, Nilo Peçanha, Ponta da Areia e Cel. Pita de Castro... O prefeito vem tentando mudar esse quadro, mas sofre resistências... Será que tem gente tão ma-soquista que adora sofrer com tal situação? Pelo visto, sim...

@ EstacionandoPois é, quem passa pela praça da Alfar-

rouba, perto da CEDAE, fica escandalizado com o uso da mesma para estacionamento de carros. E isso acontece todos os dias. Pois é, se o trânsito já tivesse sido municipalizado, tal fato não aconteceria... mas, pelo visto, tem gente que gosta...

@ Escondida...Pois é, uma firma, um Instituto de Apoio

às Políticas Públicas que atua numa Prefeitura da Região tem sua sede em uma cidade que ninguém imagina e se apresenta como entidade sem fins lucrativos, para não pagar impostos.... Só que o endereço da firma, dizem, não é real e no local , uma casa , mora uma família que nunca ouviram falar em tal firma. Os “donos” da firma? Dizem que são de fora e tem político no meio....

@ Trio AmorosoPois é, está correndo pela cidade de Itaocara

uma notícia envolvendo um relacionamento de três homens, todos casados, com uma mulher também casada. Dizem que a bela morena até quis se libertar de dois, para ficar de vez com a sua mais nova conquista, que até já largou a esposa, mas um dos envolvidos não concorda com isso. Conclusão: Pelo visto a bela vai ficar com os três.... Fogosa essa morena...

@ Charmosa, dengosa& gulosa...

Pois é, Aperibé volta a ser notícia de

escândalos amorosos e de novo e tem gente graúda nessa história... Ah! Como o “poder” de sedução de uma bela mulher consegue envolver cinco homens ao mesmo tempo? Envolve... E tem um deles, que é de cidade vizinha que está até falando até em casamento...Pois é, “L” & “T” ...

@ Circulando...Pois é, certo FIAT UNO, zero, do modelo

novo- “Unidú nitê, salamê minguê, sorvete colorê, o escolhido foi você” – anda circu-lando pelas ruas de Aperibé pilotado por uma linda mulher, que é casada. Carro & Mulher se completam... Completam? Lindos! Você já observou ?

AMANDA RIPPER

@ Maria FernandaA bela da foto é Maria Fernanda,

filha de Patrick Campany de Moraes e Vanessa do Couto Campany. Simpá-tica, bonita, inteligente, comunicativa e vascaína, fatos que fazem dela uma “pessoinha” muito especial...

@ Lara de Faria BidoliEsta é Lara de Faria Bidoli, um loi-

rinha apimentada e de inteligência rara que é xodó da vovós Izabel e Dinorá... Claro, dos papais Alessander Bídoli e Simone Sabrina de Faria.

@ Atitude & CompetênciaQuem vem dando um banho de competência e atitude à frente da Secretaria Muni-

cipal de Ação Social é a 1ª Dama do Município de Itaocara, Professora Leila Araújo, na foto no palanque do Carnaval Vivo-2010.

Como em todas as suas atividades, a Secretária de Ação Social

Mônica Fuly, a linda paduana.que sonha ser modelo...

A paduana Mônica Fuly, estilizada, cheia de classe...

Mônica Fuly...

Beleza e classe...

@ Mônica FulyA sequência fotográfica é de Mônica

Fuly, a linda paduana que sonha ser mode-lo. Atributos para tanto é o que não lhe fal-ta: bela, competente, fotogênica, elegância e classe, cultura & tudo o mais que se exige para uma carreira de modelo...

@ Apimentada...Pois é, esta é a apimentadíssima morena

GISELE NERIS, que reside em Teófilo Oto-ni (MG) e é bailarina do Conjunto “Suco de Pimenta”. Por onde ela passa, ou se passam por ela, o sucesso é certo... Também, pudera, competente e linda de viver...

@ Beleza & ClasseEsta bela morena tem a genética Marra e

desfila sua elegância natural com muita clas-se e discreção pelas ruas da cidade de Buriti Alegre, Estado de Goiás... Aliás, Goiás é o berço inicial dos Marras no Brasil, isso no período colonial. Ela é Giselle Fallone Mar-ra, 21 anos, vascaína e já quase psicóloga....

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