Normas CCE

download Normas CCE

of 13

description

Normas de centros e campos escutistas - CNE

Transcript of Normas CCE

  • NORMAS ORIENTADORAS PARA CENTROS E CAMPOS ESCUTISTAS

    AprovAdo no ConSELHo nACIonAL pLEnrIo dE25 dE MAIo dE 2013

  • AprovAdo no ConSELHo nACIonAL pLEnrIo dE 25 dE MAIo dE 2013 - norMAS orIEnTAdorAS pArA CEnTroS E CAMpoS ESCUTISTAS | 1

    1. Centros e Campos Escutistas no Corpo Nacional de Escutas Escutismo Catlico Portugus: Definio e Enquadramento

    2. Infraestruturas necessrias a um Centro e Campo Escutista

    3. Tipologia para Centros e Campos Escutistas

    4. Animao Pedaggica para Centros e Campos Escutistas

    5. Boas prticas ambientais e de segurana a cumprir em Centros e Campos Escutistas

    6. Internacionalizar os Centros e Campos Escutistas

    7. Funcionamento e manuteno de Centros e Campos Escutistas

    NDICE

    Pag. 2

    Pag. 4

    Pag. 5

    Pag. 6

    Pag. 7

    Pag. 10

    Pag. 12

  • AprovAdo no ConSELHo nACIonAL pLEnrIo dE 25 dE MAIo dE 2013 - norMAS orIEnTAdorAS pArA CEnTroS E CAMpoS ESCUTISTAS | 2

    O acampamento educativo , por excelncia, e desde as origens, uma atividade fundamental na mis-so educativa do Escutismo, pois permite pr em evidncia e ao, de uma forma nica, todos os el-ementos pedaggicos constituintes do mtodo escutista. O acampamento educativo, vivido em plena comunho com a natureza, criao de Deus, e em ambiente que corresponda s mais bsicas mas fundamentais necessidades de bem-estar e de segurana, carece de espaos adequados para a sua realizao. Espaos cuja existncia em espaos naturais, pblicos ou privados, nem sempre se encontra assegurada ou que carecem de adequada verificao prvia e de autorizao expressa.

    Neste contexto, a existncia de um conjunto amplo, disperso e diversificado de espaos previa-mente definidos, infra-estruturados e preparados para a realizao de acampamentos educativos - os Centros e Campos Escutistas - constitui uma inestimvel mais-valia para o Corpo Nacional de Escutas e para a misso educativa que este realiza nas suas unidades escutistas.

    Um Centro ou Campo Escutista um espao privilegiado, onde todos os associados tm sua disposio um vasto leque de recursos e meios, tanto humanos como de equipamentos, os quais permitam realizar em condies adequadas acampamentos educativos e outras atividades escutistas, contribuindo para o desenvolvimento e educao dos jovens, atravs da educao integral preconi-zada pelo mtodo escutista. Os Centros e Campos Escutistas devem, assim, possuir caractersticas fsicas que permitem desenvolver atividades que visem o desenvolvimento fsico, psquico, social e espiritual das crianas e jovens escuteiros, enquadradas no sistema pedaggico e que permi-tam aos escuteiros uma evoluo dentro do sistema de progresso. As referidas atividades devero repercutir o desenvolvimento pessoal, conforme descrito abaixo:

    Desenvolvimento afectivo os sentimentos e as emoes

    Desenvolvimento social a integrao social

    Desenvolvimento intelectual a inteligncia

    Desenvolvimento fsico o corpo Desenvolvimento do carcter a atitude

    Desenvolvimento espiritual o sentido de Deus

    1 - CENTROS E CAMPOS ESCUTISTAS NO CORPO NACIONAl DE ESCUTAS ESCUTISMO CATlICO PORTUgUS: DEfINIO E ENqUADRAMENTO

    Os Centros e Campos Escutistas devem privilegiar a implementao do mtodo escutista, elemento original e identitrio do Escutismo, baseado em sete elementos (as sete maravilhas do mtodo escutista).

    Lei e Promessa

    Mstica e Simbologia

    Relao Educativa

    Vida na Natureza

    Sistema de Progresso

    Aprender Fazendo

    Sistema de Patrulhas

  • AprovAdo no ConSELHo nACIonAL pLEnrIo dE 25 dE MAIo dE 2013 - norMAS orIEnTAdorAS pArA CEnTroS E CAMpoS ESCUTISTAS | 3

    Ao estar inserido fisicamente numa determinada localidade, o Centro ou Campo Escutista deve estar integrado na comunidade local, assumindo-se como fator de desenvolvimento da mesma. Sempre que possvel, o Centro ou Campo Escutista deve colocar-se ao servio da comunidade, proporcionando s crianas e jovens que l realizam atividades, oportunidades para a prestao de servio comunidade envolvente. As atividades especficas de cada Centro ou Campo Escutista (atividades pr-preparadas) devem tambm focar as tradies e/ou pontos de interesse da regio, sendo que podero ser aproveitadas as aes j implementadas (ex.: passeios j organizados, per-cursos pedestres j definidos, roteiros culturais, etc.).

    Os Centros e Campos Escutistas so, pois, um lugar importante para a formao de jovens e diri-gentes, devendo disponibilizar uma oferta pedaggica de qualidade em termos de atividades di-versificadas, no tempo e no espao, para todas as seces, de modo a que as Unidades possam concretizar os objetivos delineados para as suas atividades.

    Sendo os Centros e Campos Escutistas locais por excelncia para a formao em situao real, estes espaos devem merecer das respetivas direes uma ateno especial de modo a que a sua dinmica pedaggica interna seja um modelo para a ao prtica dos dirigentes na animao das unidades e por conseguinte na sua prpria formao enquanto animadores adultos.

    O funcionamento dos Centros e Campos Escutistas, e toda a sua ao, processa-se de acordo com os princpios gerais do mtodo pedaggico escutista, a espiritualidade e a vivncia dos valores prprios do Escutismo Catlico, pelo que toda a atividade neles desenvolvida tem em considerao o cumprimento do Regulamento Geral do Corpo Nacional de Escutas Escutismo Catlico Portugus e o respeito pelo enquadramento legal relevante.

  • AprovAdo no ConSELHo nACIonAL pLEnrIo dE 25 dE MAIo dE 2013 - norMAS orIEnTAdorAS pArA CEnTroS E CAMpoS ESCUTISTAS | 4

    Para servir de local para atividades escutistas, o Centro ou Campo Escutista deve possuir um conjunto de infraestruturas que possibilitem desenvolver qualquer tipo de atividade escutista.

    Como instalaes prioritrias e fundamentais de um Centro ou Campo Escutista, devemos considerar todas aquelas que so indispensveis para garantir condies de segurana e higie-ne, tais como:

    vedao;

    telefone ou outro tipo de dispositivo de comunicao com as Autoridades Locais;

    agente extintor apropriado;

    gua potvel;

    instalaes sanitrias;

    casa de abrigo com condies, fsicas e tcnicas, para prestao de primeiros socorros;

    espao para realizao de atividades;

    local para deposio seletiva de resduos (ecoponto) e lixo indiferenciado, salvo a existn-cia destes equipamentos nas imediaes;

    Sempre que possvel, devem apresentar outro tipo de instalaes que facilitem a estadia das Unidades/Agrupamentos/Ncleos/Regies, tais como:

    espao para as Celebraes Religiosas;

    local pr-definido para acampar;

    local pr-definido para a realizao do fogo de conselho;

    local para lavagens;

    locais para pernoita abrigada;

    bicas de gua potvel espalhadas pelo Centro ou Campo Escutista;

    sala de formao equipada segundo as necessidades e respetiva oferta;

    material para construes;

    materiais para a realizao de atividades especficas do Centro ou Campo Escutista.

    Todos os Centros ou Campos Escutistas devem ter um Plano de Segurana previamente elaborado que contribua para evitar os acidentes (correta identificao dos perigos existentes e avaliao dos respetivos riscos) e que facilite a actuao, caso ocorra algum acidente. Deste Plano de Segurana devem constar, entre outros, as plantas das infraestrutura, zona de risco, meios de extino, contactos das autoridades locais e procedimentos a realizar em caso de emergncia. Deste documento (Plano de Segurana) deve ser dado conhecimento s Autorida-des Locais.

    2 - INfRAESTRUTURAS NECESSRIAS A UM CENTRO E CAMPO ESCUTISTA

  • AprovAdo no ConSELHo nACIonAL pLEnrIo dE 25 dE MAIo dE 2013 - norMAS orIEnTAdorAS pArA CEnTroS E CAMpoS ESCUTISTAS | 5

    3 - TIPOlOgIA PARA CENTROS ESCUTISTAS E CAMPOS ESCUTISTAS

    CEnTro ESCUTISTA Espao que detm valncias ao nvel das

    infraestruturas, logstica e responsveis que promovem a gesto e organizao do Centro Escutista;

    A este espao est associado um tema e o Centro Escutista possui uma dinmica pedaggica associada a esse tema;

    Os Centros Escutistas devem ter capa-cidade para acolher e realizar aes de formao associadas ao tema a que es-to dedicados.

    Vedao; Espao destinado a acampamento ou

    acantonamento; Espao destinado a fazer fogueira; Espao para realizao de atividades; Local destinado a lavagens; Instalaes sanitrias; Sala de formao equipada; Espao equipado para prestao de pri-

    meiros socorros; Informao dos contactos de emergncia

    locais (Bombeiros, GNR, PSP, Hospital, Centro de Sade);

    Meios de combate a incndios; gua potvel; Local para deposio seletiva de resdu-

    os (ecoponto) e lixo indiferenciado

    Deve ter atividades, relacionadas com o tema do Centro Escutista, ao dispor dos utilizadores;

    As atividades devem focar as tradies e/ou pontos de interesse da comunidade envolvente, podendo ser implementadas parcerias com entidades externas, de modo a potenciar a oferta de atividades;

    Se possvel, deve haver prestao de Servio Comunidade.

    CAMpo ESCUTISTA Espao que detm valncias ao n-

    vel das infraestruturas, logstica e responsveis que promovem a gesto e organizao do Campo Escutista.

    Vedao; Espao destinado a acampamento ou

    acantonamento; Espao destinado a fazer fogueira; Espao para realizao de atividades; Local destinado a lavagens; Instalaes sanitrias; Espao equipado para prestao de pri-

    meiros socorros; Informao dos contactos de emergncia

    locais (Bombeiros, GNR, PSP, Hospital, Centro de Sade);

    Meios de combate a incndios; gua potvel; Local para deposio seletiva de resdu-

    os (ecoponto) e lixo indiferenciado

    No h obrigatoriedade de ter atividades estruturadas ao dispor de quem frequen-ta o Campo Escutista.

    Os Centros ou Campos Escutistas j existentes devero enquadrar-se na estrutura apresentada (Centro Escutista ou Campo Escutista), no obrigando a qualquer alterao de nome do espao em questo.

    Sempre que surja um novo espao para a realizao de atividades escutistas, a direo do mesmo deve, antes de oficializar a sua abertura, candidatar-se a uma destas categorias fazendo acompa-nhar a sua candidatura do cumprimento dos referidos pr requisitos.

    dES

    Cr

    I

    oIn

    FrA

    ESTr

    UTU

    rA

    S M

    nIM

    AS

    ATIv

    IdA

    dES

  • AprovAdo no ConSELHo nACIonAL pLEnrIo dE 25 dE MAIo dE 2013 - norMAS orIEnTAdorAS pArA CEnTroS E CAMpoS ESCUTISTAS | 6

    4 - ANIMAO PEDAggICA PARA CENTROS ESCUTISTAS

    A animao pedaggica dos Centros Escutistas fundamental como elemento caracterstico do Corpo Nacional de Escutas Escutismo Catlico Portugus.

    Pretendemos um modelo onde exista: uma oferta pedaggica ativa:

    com uma equipa pedaggica: viso educativa dos Centros Escutistas; com outsourcing: recurso a parcerias com entidades externas.

    uma oferta pedaggica passiva: pacotes de atividades: com atividades j preparadas, prontas a serem utilizadas pelos

    escuteiros; cadernos de recursos: com indicaes do que existe na zona envolvente, nomeadamente a

    nvel desportivo, ambiental, histrico e cultural.

    A nvel de contedos pedaggicos, os Centros Escutistas devem: abranger as seis reas de desenvolvimento pessoal; promover a associao ao enquadramento local: paisagstico, ambiental, histrico,

    cultural, etc.; incentivar insero comunitria, atravs de partilhas de hbitos, saberes e histria da

    zona envolvente.

    Propem-se que, em termos pedaggicos, os Centros Escutistas estejam subordinados, no m-nimo, a uma das temticas abaixo descritas, estando as atividades propostas relacionadas tam-bm com este tema:

    proteo do ambiente; natureza / aventura: (serra, montanha, percursos pedestres, raids, explorao de fauna,

    explorao da flora); gua (lagos, albufeiras, rios e mares); histrico-cultural (patrimnio cultural, visitas a monumentos).

  • AprovAdo no ConSELHo nACIonAL pLEnrIo dE 25 dE MAIo dE 2013 - norMAS orIEnTAdorAS pArA CEnTroS E CAMpoS ESCUTISTAS | 7

    5 - BOAS PRTICAS AMBIENTAIS E DE SEgURANA A CUMPRIR EM CENTROS E CAMPOS ESCUTISTAS

    Todo o Escuteiro que realizar atividades num Centro ou Campo Escutista deve cumprir a Lei do Escuta. Sendo assim dever garantir os cuidados ambientais e de segurana, seja consigo prprio e tambm para com os outros.

    No que diz respeito s atividades de exterior realizadas nos Centros ou Campos Escutistas, ou mesmo na sua envolvente, dever da Direo de cada Centro ou Campo Escutista ter preocu-paes relativamente ao seu impacte ambiental e reger-se pelas boas prticas abaixo descritas.

    receo Informar antecipadamente os visitantes sobre a fauna, flora, relevo, hidrografia, trilhos existen-

    tes, locais de interesse geolgico, cientfico ou histrico/arqueolgico, aumentando assim as oportunidades educativas dos visitantes e garantindo a reduo do impacte das suas atividades;

    Se o Centro ou Campo Escutista se situar junto ou numa rea protegida, informar os visi-tantes que para acampar, acantonar ou realizar um percurso pedestre na zona envolvente dever ser solicitado um parecer entidade que gere essa rea protegida. Informar tam-bm que algumas atividades podero estar interditas ou condicionadas em determinadas zonas ou alturas do ano ou requererem autorizao especial para a sua realizao;

    De modo a evitar os danos ambientais causados pela busca e salvamento, deve ser sem-pre solicitado aos visitantes o cumprimento das normas de segurana em atividades de exterior das quais destacamos: questionar o grupo sobre o planeamento e preparao das atividades; pedir que informem sempre o Centro ou Campo Escutista do local e hora pre-vista de chegada; consultar a previso meteorolgica antes de partirem; verificar se levam o material e alimentos adequados; alertar o grupo para no subestimar a sua capacidade.

    Comportamento Apelar aos visitantes para andar e acampar em silncio, preservando a tranquilidade e a

    sensao de harmonia que a natureza oferece e a escutar os sons da natureza, a respeitar o espao dos animais e a guardar distncia de tocas e ninhos, especialmente em poca reprodutiva;

    Preparar a zona de fogo de conselho de modo a resguardar o espao envolvente do som produzido durante as atividades ai desenvolvidas. Zelar pelo cumprimento da hora de si-lncio e regular os jogos noturnos de forma a minimizar o seu impacto.

    Montagens Autorizar o acampamento somente em locais pr-estabelecidos (solo mais durvel) e a

    mais de 100 metros de qualquer fonte, curso ou linha de gua natural. Incentivar os visi-tantes a manter o terreno intacto onde so montadas as tendas e a preservar a vegetao existente. Aconselhar a retirar apenas os pequenos paus e pedras que se encontrem no local de montagem para minimizar os efeitos sobre o ecossistema local;

    Sempre que se justifique, recomendvel que o Centro ou Campo Escutista providencie um plano de gesto florestal promovendo a gesto sustentvel da sua rea;

    Possuir, sempre que possvel, um estaleiro com madeira para construes que permita a reutilizao de madeira e apelar criatividade dos grupos para realizarem construes de forma a serem autossustentveis, usando o mnimo de recursos naturais;

    Usar apenas corda para segurar os materiais nas rvores.

  • AprovAdo no ConSELHo nACIonAL pLEnrIo dE 25 dE MAIo dE 2013 - norMAS orIEnTAdorAS pArA CEnTroS E CAMpoS ESCUTISTAS | 8

    Alimentao Nas refeies fornecidas pelo Centro ou Campo Escutista, escolher a ementa de forma a

    reduzir os resduos de embalagens. Comprar produtos da poca, evitar a compra de pro-dutos importados que gastam muita energia no seu transporte. Procurar produtores de ali-mentos perto do local do Centro ou Campo Escutista. Preferir produtos comprados a peso, que no so embalados, ou produtos em embalagens que podem ser preferencialmente, reutilizadas ou ento recicladas;

    Sempre que possvel, plantar uma pequena horta no Centro ou Campo Escutista e utilizar os alimentos nela colhidos.

    Instalaes Sanitrias e resduos As infraestruturas devem estar ligadas rede local de tratamento de guas residuais e no

    caso em que tal no seja possvel devero possuir estruturas capazes de realizar esse tratamento. O recurso a instalaes sanitrias portteis deve ser ponderado quando no possvel criar as infraestruturas ou durante a realizao de grandes eventos. Devem ser contempladas instalaes sanitrias em nmero adequado para ambos os sexos e para pessoas com mobilidade reduzida.

    Promover a utilizao de detergentes biodegradveis, panos de cozinha, pratos, copos e talheres de metal ou plstico durvel, evitando assim os descartveis;

    Minimizar a produo de lixo atravs do mtodo de reduo, reutilizao, reparao e re-ciclagem. Sempre que possvel, possuir no recinto, locais prprios para deposio seletiva de resduos, promovendo a separao dos mesmos. Os resduos orgnicos e florestais devem ser utilizados na compostagem.

    Fogo Para as fogueiras, permitir apenas o uso dos locais destinados para tal ou usando

    equipamentos apropriados e s nas pocas autorizadas. Esse local deve ser cuidadosa-mente limpo e revestido com pedras ou outro material que evite o risco de propagao de incndio e de destruio do solo. A fogueira deve ser feita num local que no esteja em contacto com o cho, afastado de rvores e vegetao;

    No permitir fumar no centro, ou definir locais especficos e preparados para tal.

    recursos Energticos Monitorizar, minimizar e promover o uso eficiente e responsvel da gua, eletricidade, le-

    os, madeira, gasolina e gasleo. Utilizar energias renovveis, sempre que possvel; Recomenda-se a existncia de espaos apropriados de armazenagem e manuseamento

    de produtos qumicos, tendo em vista a minimizao de riscos de incndio e contaminao de solos.

    Educao Ambiental Encorajar e educar os visitantes e o staff para realizar aes de melhoria do ambiente no

    Centro ou Campo Escutista, bem como na sua envolvente, nomeadamente na conserva-o da fauna e flora, ajudando a manter e expandir a biodiversidade natural do espao;

  • AprovAdo no ConSELHo nACIonAL pLEnrIo dE 25 dE MAIo dE 2013 - norMAS orIEnTAdorAS pArA CEnTroS E CAMpoS ESCUTISTAS | 9

    Dinamizar a criao de um viveiro de espcies autctones ou outras atividades de educa-o ambiental que permitam entender e interpretar o espao natural envolvente;

    Criar espaos ou programas que ajudem os visitantes a atingir as etapas propostas pela Insgnia Mundial de Ambiente.

    Comunidade Promover a colaborao em parceria de entidades cientficas que possam enriquecer os

    contedos e os conhecimentos sobre o ecossistema local. Envolver a comunidade local nas aes de educao ambiental;

    Informar os visitantes que caso encontrem um animal morto ou ferido, deve ser feita a comunicao da ocorrncia ao Servio de Proteo da Natureza e do Ambiente da GNR (SEPNA);

    Motivar os visitantes a respeitar a propriedade privada e os terrenos cultivados, a serem cordiais, a integrar e a conhecer a comunidade local, a sua cultura e o seu patrimnio histrico;

    Dar preferncia a produtos, servios e equipamentos com certificao ambiental, bem como de origem local.

    Quanto segurana, a direo do Centro ou Campo Escutista deve: fazer a identificao de todos os perigos existentes no Centro ou Campo Escutista e as-

    sinal-los corretamente (poos, buracos, degraus, etc.), bem como implementar medidas que minimizem todos os riscos que possam da decorrer;

    vistoriar, recorrendo a tcnicos competentes e em estreita colaborao com as autoridades locais, as instalaes elctricas, de abastecimento de gua, saneamento, bem como os edifcios e outras estruturas;

    garantir a correta manuteno dos meios de extino existentes; garantir que as vias de evacuao, a usar em caso de emergncia, se encontram perma-

    nentemente livres e desimpedidas; garantir a integridade da vedao, bem como controlar os acessos ao Centro ou Campo

    Escutista.

  • AprovAdo no ConSELHo nACIonAL pLEnrIo dE 25 dE MAIo dE 2013 - norMAS orIEnTAdorAS pArA CEnTroS E CAMpoS ESCUTISTAS | 10

    6 - INTERNACIONAlIzAR OS CENTROSE CAMPOS ESCUTISTAS

    A pertena a um movimento global com mais de 30 milhes de membros abre oportunidades para os Centros e Campos Escutistas se tornarem espaos de vivncia efetiva da fraternidade mundial, tal como sonhava Baden Powell. Para alm disso, a interao entre escuteiros de di-versas provenincias proporciona aprendizagens diferentes e potencia desenvolvimento de no-vas valncias nos Centros e Campos Escutistas. Podem pois identificar-se algumas vantagens da abertura destes locais dimenso internacional:

    proporciona uma melhor oferta educativa aos jovens da associao (possibilidade de con-tacto internacional no prprio pas);

    refora o sentido de pertena a um Movimento; motiva a qualificao da operao dos Centros ou Campos Escutistas ao nvel dos progra-

    mas, da formao e das infraestruturas; constitui um atrativo extra para o perfil do Centro ou Campo Escutista; alarga o pblico que frequenta o Centro ou Campo Escutista; origina oportunidades de aprendizagem para o prprio Centro ou Campo Escutista, contri-

    buindo para o seu desenvolvimento.

    Esta abertura dimenso internacional pode ser feita de forma gradual e em funo das capaci-dades, perfil e dimenso do Centro ou Campo Escutista. Pode comear pela simples disponibili-zao de informao noutras lnguas (espanhol, ingls, francs) e ir evoluindo, podendo chegar a oferecer oportunidades de voluntariado para candidatos estrangeiros ou programas adaptados a diferentes culturas e realidades. Podem assim levar-se a cabo vrias iniciativas, em funo dos objetivos e disponibilidades:

    website em ingls/francs/espanhol com informao clara sobre o Centro ou Campo Es-cutista e o que oferece;

    folhetos (para download); visitas a outros Centros ou Campos Escutistas na Europa; acolhimento de membros de staff de outros Centro ou Campo Escutista na Europa (forma-

    o/ intercmbio); notcias em revistas estrangeiras; integrao na base de dados WTSIE (Where to Stay in Europe) e sua actualizao perma-

    nente (http://scout.org/en/around_the_world/europe/information_events/scout_centres); oportunidades para voluntrios ESVP (European Scout Voluntary Program) (http://www.

    rovernet.eu/rovernet/index.php?option=com_content&view=article&id=48&Itemid=151) programas do Centro ou Campo Escutista com componente internacional; programas oferecidos em lngua estrangeira; parcerias com outros Centros ou Campos Escutistas (divulgao ou intercmbio); integrao de staff portugus com experincia internacional; participao e divulgao em eventos internacionais;

    Um processo de abertura de um Centro ou Campo Escutista dimenso internacional pode, de uma forma simples, ter as seguintes fases:

    deciso sobre o tipo de abertura dimenso internacional: passiva: disponibilizar apenas informao (oferta do Centro ou Campo Escutista como es-

    pao de atividades); ativa: oferecer programas para jovens e oportunidades de integrao de voluntrios como

    staff. preparao do Centro ou Campo Escutista:

    existncia de staff mais permanente (por exemplo atravs da adeso ao SVE - Servio de Voluntariado Europeu);

  • AprovAdo no ConSELHo nACIonAL pLEnrIo dE 25 dE MAIo dE 2013 - norMAS orIEnTAdorAS pArA CEnTroS E CAMpoS ESCUTISTAS | 11

    formao especfica do staff; definio de contedos e elaborao de materiais (de promoo e/ou de programas); ajustes logsticos e administrativos do prprio Centro ou Campo Escutista. implementao; avaliao regular, de forma a potenciar um desenvolvimento permanente e realista.

    Os Centros e Campos Escutistas nacionais devero privilegiar a abertura e partilha de experi-ncias com outros Centros e Campos Escutistas internacionais. Podero tambm participar e solicitar a integrao em programas internacionais (atualmente por exemplo Goose Network e/ou programa SCENES) com o objetivo de partilhar ideias, atividades, informaes, equipas de staff, implementar e reconhecer boas prticas, contribuindo assim tambm para a divulgao dos Centros e Campos Escutistas.

  • AprovAdo no ConSELHo nACIonAL pLEnrIo dE 25 dE MAIo dE 2013 - norMAS orIEnTAdorAS pArA CEnTroS E CAMpoS ESCUTISTAS | 12

    7 - fUNCIONAMENTO E MANUTENO DE CENTROS E CAMPOS ESCUTISTAS

    Consoante o tipo de infraestruturas existentes em cada Centro ou Campo Escutista, a Direo do mesmo dever delinear e/ou rever anualmente o respetivo plano de manuteno, as regras de Campo e atividades pedaggicas disponibilizadas.

    O plano de manuteno do Centro ou Campo Escutista deve conter todo o tipo de aes neces-srias ao bom funcionamento do mesmo:

    plano de inspeces e vistorias aos equipamentos; plano de manuteno da fauna e flora existente e reflorestao, se necessrio; plano de gastos e custos operacionais; reviso de contratos de fornecimento existentes; outros que se julgue necessrio.

    Quanto ao Regulamento de Campo no qual devero constar as regras de campo este dever ser alterado, sempre que necessrio e atendendo a novas especificidades que entretan-to possam ter sido criadas no Centro ou Campo Escutista. As regras de Campo devero incluir aspetos de utilizao geral (custos, marcao, etc.) e aspectos mais especficos de cada Centro ou Campo Escutista, como por exemplo a utilizao e cedncia de material para atividades.

    Recomenda-se a existncia de um seguro que contemple a cobertura de eventuais danos, furto ou outros causados sobre as infraestruturas e bens do Centro ou Campo Escutista.

    Fruto da recolha de opinies junto dos elementos que realizaram as atividades, ouvindo as suas ideias, opinies e dificuldades, minimizando sempre os riscos (em termos de segurana) associado a cada atividade, e tendo sempre como objetivo melhorar a oferta pedaggica dispo-nibilizada, tambm as atividades pedaggicas disponibilizadas s Unidades devem ser criterio-samente analisadas e revistas, sempre que necessrio.