Norma Técnica Interna SABESP · NBR 14039 Instalações Elétricas de Média Tensão de 1,0 kV a...

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Norma Técnica SABESP NTS 317 QUADRO DE BANCO DE CAPACITORES PBC TIPO ARMARIO NÃO COMPARTIMENTADO AUTO-PORTANTE MÉDIA TENSÃO - POTÊNCIA A PARTIR DE 450CV Especificação São Paulo Setembro-2016

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Norma Técnica SABESP NTS 317

QUADRO DE BANCO DE CAPACITORES – PBC TIPO ARMARIO NÃO COMPARTIMENTADO AUTO-PORTANTE MÉDIA TENSÃO - POTÊNCIA A PARTIR DE 450CV Especificação

São Paulo Setembro-2016

Norma Técnica SABESP NTS 317: 2016

S U M Á R I O

1. OBJETIVO. ................................................................................................................... 1

2. NORMAS TÉCNICAS. ................................................................................................... 1

3. ÊNFASE EM SEGURANÇA. ......................................................................................... 1

4. CARACTERÍSTICAS. .................................................................................................... 2

4.1 Características Elétricas ........................................................................................... 2

4.2 Características construtivas. .................................................................................... 2

4.2.1 Estrutura e Chaparia. .............................................................................................. 2

4.2.2 Grau de Proteção. ................................................................................................... 3

4.3 Equipamentos. ........................................................................................................... 3

4.3.1 Proteção contra Surtos e Descargas Atmosféricas. ............................................ 3

4.3.2 Barramentos. ........................................................................................................... 3

4.3.3 Fiação, Terminais e Dispositivos. .......................................................................... 4

4.3.4 Identificação dos Componentes ............................................................................ 4

5. TRATAMENTO DA SUPERFÍCIE, PINTURA E ACABAMENTO .................................. 5

6. INSPEÇÃO E ENSAIOS ................................................................................................ 5

6.1 Ensaios de rotina ....................................................................................................... 5

6.2 Ensaios de tipo .......................................................................................................... 5

6.3 Acompanhamentos da fabricação e inspeção ......................................................... 6

7. DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA ....................................................................................... 6

7.1 Documentos para Análise Técnica e Aprovação. .................................................... 6

7.1.1 Desenhos para aprovação. .................................................................................... 6

7.1.2 Desenhos certificados ............................................................................................ 7

7.1.3 Desenhos certificados “Como construído.” ......................................................... 7

8. RESPONSABILIDADES DO PROPONENTE/FORNECEDOR ..................................... 7

8.1 Fornecimento de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) .......................... 7

9. TREINAMENTO ............................................................................................................ 7

10. DOCUMENTOS QUE ACOMPANHAM A ESPECIFICAÇÃO ..................................... 8

Anexo A Características Elétricas e Construtivas..........................................................9

Anexo B Treinamento e Comissionamento ................................................................. 13

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QUADRO DE BANCO DE CAPACITORES – PBC MÉDIA TENSÃO - POTÊNCIA A PARTIR DE 450CV

1. OBJETIVO. Esta especificação estabelece os requisitos mínimos para fornecimento, fabricação e ensaios do Quadro de Banco de Capacitores - PBC, tipo armário compartimentado, com instalação autoportante, classe de média tensão, conforme descrição detalhada nos itens a seguir e na prescrição da NTS 255 - Norma Geral de Fornecimento de Equipamentos Elétricos e desenho padrão nº 0100-090-D129.

2. NORMAS TÉCNICAS. As normas citadas a seguir são indispensáveis à aplicação desta norma. Para referências datadas aplicam–se somente as edições citadas. Para as demais referências aplicam–se as edições mais recentes das referidas referências (incluindo emendas). NTS 255 Norma Geral de Fornecimento de Equipamentos Elétricos. NTS 266 Norma Geral para Quadros Elétricos. NBR IEC 62271-200 Conjunto de manobra e controle de alta-tensão em invólucro metálico para tensões acima de 1kV até e inclusive 52kV

NBR-IEC 62271-102 Equipamentos de Alta Tensão Parte 102: Seccionadores e chaves de aterramento.

NBR IEC 60694 Especificações comuns para normas de equipamentos de manobra de alta-tensão e mecanismos de comando.

NBR 14039 Instalações Elétricas de Média Tensão de 1,0 kV a 36,2 kV.

NBR 5060 Guia para instalação e operação de capacitores de potencia-Procedimento.

NBR 5282 Capacitores de potência em derivação para sistema de tensão nominal acima de 1000 V - Especificação.

NBR 6649 Bobinas e chapas finas a frio de aço-carbono para uso estrutural — Especificação

NBR 6650 Bobinas e chapas finas a quente de aço-carbono para uso estrutural — Especificação

NBR 12479 Capacitores de potência em derivação, para sistema de tensão nominal acima de 1000 V- Características elétricas e construtivas - Padronização.

NBR IEC 60529 Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos (código IP).

NR-10 Norma Regulamentadora nº10 do Ministério do Trabalho.

Para os itens não abrangidos pelas Normas brasileiras citadas e por esta especificação, devem ser adotadas as normas das entidades internacionais consagradas, na última edição e revisão:

AISE - American Iron and Steel Engineers

ANSI - American National Standards Institute

CEE - International Commission on Rules for the Approval of Electricale Equipment

DIN - Deutsche Industrie Normen

IEC - International Electro technical Commission

IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers

NEC - National Electrical Code

NFPA - National Fire Protection Association

NEMA - National Electrical Manufacturers Association VDE - Verein Deutscher Elektrotechniker

3. ÊNFASE EM SEGURANÇA. Embora a norma NBR IEC 62271-200 e normas complementares sejam bastante abrangentes quanto a todos aspectos de projeto, operação, manobras, ensaios e proteção, esta norma atenta

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para os principais aspectos ligados a segurança, exigido pelas normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho NR-10 e outras NR’s associadas, que possuem conteúdos relacionados com eletricidade.

Esta especificação foi elaborada de forma que a construção dos quadros evite, ao máximo, dentro de condições aceitáveis, a formação, propagação e duração do arco elétrico. Sabe-se que o arco elétrico, principalmente aquele associado aos conjuntos de manobra, é a principal causa de ferimentos e mortes de pessoas envolvidas nos serviços de eletricidade. Portanto, nos itens seguintes são indicados aspectos construtivos importantes, reforçando a normalização no que tange aos aspectos de segurança.

4. CARACTERÍSTICAS Os Capacitores são dispositivos estáticos, com objetivo de introduzir capacitância em um circuito elétrico, compensando ou neutralizando o efeito de indução das cargas indutivas. Os Capacitores devem ser localizados o mais próximo possível das cargas, pois reduzem assim as perdas nos circuitos elétricos, elevam a tensão próxima aos pontos de consumo e aliviam a solicitação do transformador.

4.1 Características Elétricas Para características elétricas ver Anexo A desta Norma e folha de dados no desenho padrão

Sabesp n 0100-090-D129 – Quadro de Banco de Capacitores de Média Tensão – PBC.

4.2 Características construtivas. O sistema deverá ser composto por um conjunto metálico, tipo armário, não compartimentado e instalação auto portante.

O quadro deve ser constituído de estruturas de aço, rigidamente montadas, formando um conjunto auto-portante, capaz de suportar sem deformações os esforços normais resultantes de manobras dos componentes, bem como os esforços provocados no embarque e transporte.

O quadro deve ser projetado com espaço livre de no mínimo 250 mm na parte inferior para entrada de eletrodutos e cabos.

4.2.1 Estrutura e Chaparia. Deverá ser construído em perfis de chapa de aço dobrada soldado entre si, formando uma estrutura rígida, suficientemente robusta para suportar as manobras usuais e de transporte.

Sua estrutura deve ser fixada por meio de parafusos, constituída por chapas metálicas com espessuras que permitam garantir a resistência necessária para suportar o arco interno nas condições especificadas.

O quadro deverá possuir reforços onde necessários, a fim de evitar ruídos de manobra de equipamentos e vibrações em geral. Todos os equipamentos devem ser montados em placas de montagem bicromatizadas, fixadas no fundo dos quadros, exceto as botoeiras de comando, lâmpadas de sinalização, manoplas e acessórios, que devem ser instalados na porta do mesmo.

Todas as chapas de aço utilizadas devem ser lisas, isentas de pontas ou rebarbas e obedecer às normas NBR 6649 e NBR 6650 da ABNT.

O quadro auto-sustentado deverá ser montado sobre base soleira, construída em perfil apropriado de aço, com 100 mm de altura. A base soleira deverá possuir furos para os chumbadores destinados à fixação no piso. Na parte superior do quadro devem ser instalados quatro olhais para suspensão. Para o acesso dos cabos, a tampa inferior deverá ser bipartida e suas partes fixadas por meio de parafusos, de modo a permitir a sua retirada na obra para a execução dos furos necessários e a conexão de prensa-cabos.

As dimensões e arranjo interno e externo do quadro, indicado nos desenhos anexos à folha de dados, devem ser considerados somente como referência.

Dispositivos de alivio de sobre pressão no topo ou lateral devem permitir um alivio de pressão no caso de um arco interno.

Todas as portas e equipamentos, nelas instalados devem ser guarnecidos de vedações de borracha especial, à base de Neoprene com EPDM, resistente o ambiente agressivo, para evitar

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entrada de poeira, água e insetos. As portas que possuírem equipamentos embutidos devem ser reforçadas internamente.

O acesso aos equipamentos será feito pela porta frontal, quando aplicável, o acesso traseiro será através de tampas fixadas por meio de parafusos.

O compartimento de cabos deverá ser acessível pela parte traseira do quadro.

Os dispositivos de manobra, barramentos, equipamentos de medição e controle, devem ser convenientemente dispostos, fixados e interligados nos respectivos compartimentos.

Os comprimentos destinados às terminações dos cabos de força devem ser suficientemente amplos para acomodar as terminações enfaixadas e formar cones de alívio de tensão.

4.2.2 Grau de Proteção. O quadro e seus componentes, conforme as características do local em que são instalados e de sua acessibilidade devem oferecer um determinado grau de proteção. A norma NBR IEC 60529 define os graus de proteção por meio das letras características IP, seguidas por dois dígitos. 1° Digito característico – indica o grau de proteção contra penetração de corpos sólidos estranhos e contato acidental:

- 0 – não protegido

- 1 – protegido contra objetos sólidos maiores que Ø50 mm

- 2 – protegido contra objetos sólidos maiores que Ø12,5 mm

- 3 – protegido contra objetos sólidos maiores que Ø2,5 mm

- 4 – protegido contra objetos sólidos maiores que Ø1,0 mm

- 5 – protegido contra poeira

- 6 – totalmente protegido contra poeira

2° Digito característico – grau de proteção contra penetração de água no interior do quadro:

- 0 – não protegido

- 1 – protegido contra quedas verticais de gotas d’água

- 2 – protegido contra queda d’água para uma inclinação máxima de 15° com a vertical

- 3 – protegido contra água aspergida de um ângulo de 60° com a vertical

- 4 – protegido contra projeções d’água

- 5 – protegido contra jatos d’água

- 6 – protegido contra ondas do mar ou jatos potentes

- 7 – protegido contra imersão

- 8 – protegido contra submersão

O grau de proteção de um conjunto fechado deve ser pelo menos IP2X, depois de instalado conforme as instruções do fabricante.

Para conjuntos de uso ao tempo, que não tem nenhuma proteção suplementar (cobertura ou algo semelhante), o segundo número característico deve ser pelo menos 3.

O grau de proteção deverá ser preenchido no anexo A desta especificação.

4.3 Equipamentos.

4.3.1 Proteção contra Surtos e Descargas Atmosféricas. A proteção deve ser em cascata, em todos os níveis, conforme “Manual e Procedimentos – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas e Sobre tensões” - SABESP.

4.3.2 Barramentos. As interligações do circuito de força devem ser constituídas de barras de cobre eletrolíticos com 99,99% de pureza, isolado com material termo contrátil, não higroscópico e não inflamável. Junções, emendas e extremidades das barras devem ter seus contatos revestidos de prata, através de deposição eletrolítica.

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As barras de cobre devem ser dimensionadas para uma densidade máxima de corrente de 2, 00 A/mm².

Os dispositivos e parafusos de fixação das barras devem ser de aço cadmiado.

O barramento deverá ser suportado em todo o seu comprimento e instalado em compartimento distinto, com dispositivo de alívio de sobrepressão. Sua identificação deverá ser conforme a ABNT.

Não será admitida a utilização de cabos isolados em substituição às barras.

Todos os barramentos devem ser dimensionados e suportados de modo a resistir aos efeitos térmicos e dinâmicos da corrente nominal e de curto-circuito descrita na folha de dados.

A identificação é feita por meio de fitas adesivas nas extremidades, com as cores: A=Azul-escuro, B=Branco, C=Violeta ou Marrom e Terra=Verde/Amarelo ou verde, conforme NTS 266.

A barra de aterramento deve possuir seção mínima 30mm² e percorrer toda a extensão do quadro em sua parte inferior traseira.

Todas as partes não energizadas dos equipamentos, em cada unidade, devem ser aterradas nesta barra.

Devem ser previstos, em cada extremidade da barra de terra, conectores para cabos de bitola 50mm² a 120mm².

Detalhes típicos indicando dimensões, espaçamento e furações, especialmente das interligações, devem ser indicados nos desenhos de projeto.

No projeto, construção e seleção dos materiais dos barramentos inclusive conexões, devem ser levados em conta às contrações e expansões dos materiais, devido às variações de temperatura.

4.3.3 Fiação, Terminais e Dispositivos. Os cabos de alimentação, comando e sinais analógicos, devem possuir sistema de identificação através de luva em PVC transparente e etiqueta de policarbonato com inscrições feitas por meio de impressora especial a pena com tinta que interage quimicamente com o policarbonato da etiqueta conforme NTS 266.

4.3.3.1 Fiação para Comando e Controle. Para a fiação de Comando e Controle devem ser utilizados condutores de cobre eletrolítico, encordoamento classe 4 ou 5 de alta flexibilidade e manuseio, com isolação de composto termoplástico, não higroscópico, não propagador e auto-extinção de chamas e classe de tensão mínima 750V.

4.3.3.2 Bornes Terminais para Comando e Controle. Os bornes terminais utilizados devem ser unipolares, classe de isolação 750V, com a parte condutora e elementos de apertos construídos em material não ferroso. Os bornes terminais devem ser fixados sobre perfilados DIN em liga de alumínio e reunidos em blocos providos de placas laterais de acabamento, molas de fixação, separadores isolantes, pontes para conexões entre dois ou mais bornes contínuos e pastilhas de plástico gravadas para identificação.

As réguas terminais devem ser instaladas em planos verticais ou horizontais, em locais de fácil acesso para instalação e inspeção, e possuir no mínimo 20% de reserva. Deverá ser conectado apenas um terminal em cada borne. Caso haja a necessidade de conectar 2 cabos em um borne, deverá ser utilizado um terminal duplo.

4.3.3.3 Conexão para Potência Para as conexões internas de potência devem ser utilizados barramentos cobre estanhado ou condutores de cobre eletrolítico, encordoamento classe 4 de alta flexibilidade e manuseio, com isolação e cobertura de composto termoplástico, não higroscópico, não propagador e auto-extinção de chamas e classe de tensão mínima 8 kV. Os condutores não podem possuir emendas.

4.3.4 Identificação dos Componentes Todos os equipamentos dos quadros devem ser identificados interna e externamente por etiquetas, sendo as externas de acrílico na medida 18 x 60 mm com inscrição em branco e fundo preto fixadas por meio de parafuso e as internas através de plaquetas brancas com material de policarbonato e inscrições feitas por meio de impressora especial com tinta que interage

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quimicamente com o policarbonato da etiqueta. Deverá ser utilizada a nomenclatura do esquema elétrico para a identificação dos componentes e fixadas através de abraçadeira de nylon. Na porta do quadro deverá ser identificado o local de aplicação, potência do motor, tensão e frequência de operação, na medida 30 x 70 mm, em acrílico fundo preto, letra branca fixada através de parafusos. Além da plaqueta com as informações básicas o quadro deve ser identificado pelo fabricante por uma placa em material não corrosível, fixada na parte frontal externa e contendo, no mínimo, as seguintes informações:

Nome do fabricante;

N.º do pedido de compra;

Tensão nominal;

Frequência nominal;

Corrente nominal;

Capacidade de curto-circuito;

TAG;

Local e data de fabricação;

Número de série de fabricação;

Nível de isolamento sob impulso;

Massa (em Kg).

Potência do banco de Capacitores;

5. TRATAMENTO DA SUPERFÍCIE, PINTURA E ACABAMENTO Os processos para tratamento da superfície do equipamento, tipo de pintura e acabamento devem ser definidos pelo fabricante conforme o tipo de ambiente a ser instalado e NTS 266.

6. INSPEÇÃO E ENSAIOS A contratada deve enviar à SABESP 02 (duas) vias impressas e arquivo eletrônico dos relatórios de ensaios realizados nos quadros.

Os relatórios devem conter:

a) Identificação completa do equipamento ensaiado, incluindo tipo, número de série, dados de placa de identificação;

b) Resumo de cada ensaio executado com resultados e, em caso de necessidade, a interpretação destes;

6.1 Ensaios de rotina Os ensaios de rotina a serem executados em todos os módulos devem estar de acordo com a norma NBR IEC 62271-200:

- Inspeções visuais, incluindo layout interno e externo, e dimensões;

- Verificação de fiação e ensaios de operação elétrica e mecânica;

- Resistência de isolamento;

- Verificação das medidas de proteção e da continuidade elétrica dos circuitos;

- Tensão suportável à frequência industrial.

Todos os ensaios devem ser realizados na presença de inspetores da SABESP ou, credenciados por ela.

A data de realização dos ensaios deverá ser comunicada, pela contratada à SABESP com, no mínimo, 15 (quinze) dias de antecedência.

6.2 Ensaios de tipo Todos os ensaios de tipo realizados em protótipo ou em partes, conforme norma ABNT NBR IEC 62271-200, devem ser comprovados através de certificados.

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6.3 Acompanhamentos da fabricação e inspeção Os equipamentos e materiais devem ser submetidos à inspeção durante a fabricação e ensaios, pelo inspetor da SABESP, o qual deverá ter livre acesso aos laboratórios, às dependências de fabricação do equipamento, local de embalagem, e etc., O fabricante deverá fornecer pessoal qualificado a prestar informações durante a fabricação e ensaios.

As despesas relativas a material de laboratório e pessoal para execução dos ensaios, correrão por conta da contratada.

Se no equipamento e material forem constatadas falhas, durante os ensaios, não se eximirá à contratada da responsabilidade em fornecer o mesmo, na data da entrega acordada em contrato. Se a contratada não cumprir com a data de entrega, estará sujeita às penalidades aplicáveis no caso.

Em especial, são inspecionados os seguintes aspectos durante as fases de fabricação e ensaios:

- Espessura da chapa, pintura, acabamento e teste de aderência;

- Componentes de fixação do quadro na base e no plano vertical;

- Localização das réguas terminais e suportes para cabos em relação aos furos de saída dos módulos;

- Bitolas, polaridades e distâncias entre fase-fase e fase-terra dos barramentos e derivações;

- Apertos de parafusos das partes condutoras;

- Inscrição das etiquetas e placas de identificação interna e externa dos equipamentos;

- Numeração dos bornes terminais e da fiação;

- Sistema de aterramento;

- Pontos de conexão por barramento ou cabo provido de parafusos e acessório;

- Componentes e montagem de acordo com os documentos certificados;

- Sobressalentes e ferramentas especiais, se necessário;

- Acionamento manual e elétrico dos dispositivos de comando, e confirmação dos valores de saída;

- Intercambiabilidade de equipamentos do mesmo tipo;

- Cor, atuação e características nominais das lâmpadas de sinalização;

- Disposição inadequada dos componentes para manutenção e energização

- Fornecimento e acondicionamento de todos os componentes de interligação para montagem no campo após separação dos módulos para transporte.

7. DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA

7.1 Documentos para Análise Técnica e Aprovação. Conforme a NTS 255.

Toda documentação fornecida pela contratada deverá estar em língua portuguesa.

7.1.1 Desenhos para aprovação. A contratada deve fornecer 02 (dois) jogos de cópias impressas dos seguintes documentos:

a) Cronograma detalhado com todos eventos do fornecimento, inclusive inspeção de fabricação, ensaios e apresentação dos documentos definitivos;

b) Vistas frontais, laterais, cortes, arranjos físicos internos e externos do sistema, mostrando a disposição dos equipamentos devidamente identificados;

c) Especificação técnica detalhada de todos os equipamentos;

d) Desenhos dimensionais com indicação de massa dos componentes completamente montados e separados para transporte;

e) Diagramas unifilares e trifilares, detalhando as ligações de medição e proteção;

f) Diagramas funcionais;

g) Diagrama de fiação de conexão;

h) Detalhes típicos de fixação e conexão;

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i) Desenho de fixação da base;

j) Desenhos das réguas de bornes com indicação das conexões;

k) Listas de etiquetas e desenhos das placas de identificação;

l) Relação de materiais contendo características técnicas dos componentes e identificação conforme diagramas;

m) Catálogo e manuais de instalação, operação e manutenção dos equipamentos e acessórios em português;

n) Lista de desenhos e documentos.

o) Certificado do equipamento;

p) Verificações, ensaios ou extrapolações.

A SABESP devolverá 01 (um) jogo de cópia dos documentos, assinalando na capa uma das seguintes anotações:

- Aprovado;

- Aprovado com restrições;

- Reprovado.

7.1.2 Desenhos certificados A contratada, após receber os documentos aprovados, deve enviar:

- 02 (dois) jogos de cópias impressas dos desenhos e documentos certificados e 01 (um) arquivo eletrônico, assinalando em todas as folhas "Documento certificado”. A cópia digital dos desenhos deve ser em dwg;

- 02 (dois) jogos de manuais de instruções impressos e 01 (um) arquivo eletrônico para montagem, pré-operação, operação e manutenção;

- 02 (duas) vias de catálogos impressos e 01 (um) arquivo eletrônico de todos os componentes e acessórios devidamente identificados. -

7.1.3 Desenhos certificados “Como construído.” A contratada deve enviar:

- 02 (dois) jogos de cópias impressas e 01 (um) arquivo eletrônico em dwg dos documentos, assinalando em todas as folhas “Como construído”.

-

8. RESPONSABILIDADES DO PROPONENTE/FORNECEDOR É da inteira responsabilidade do proponente/fornecedor suprir a SABESP com todas as informações solicitadas, bem como a entrega dos equipamentos em perfeitas condições de operação, quando este for liberado para fabricação, com todos os elementos e acessórios necessários, de acordo com o estabelecido nesta especificação.

Como a especificação estabelece condições técnicas gerais, os itens ou serviços não mencionados na mesma, porém necessários ao funcionamento perfeito do quadro, devem fazer parte integrante do fornecimento.

A omissão em esclarecer a ausência de qualquer serviço necessário ao funcionamento perfeito, implica que os mesmos são fornecidos a SABESP sem qualquer ônus.

8.1 Fornecimento de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) É de responsabilidade do proponente/fornecedor a emissão da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) sobre o serviço de montagem e fornecimento dos quadros especificados nessa NTS.

9. TREINAMENTO Caso necessário treinamento sobre equipamentos, preencher itens no anexo B. Se requisitado, a contratada deve fornecer treinamento qualificado sobre o funcionamento de seus equipamentos, atendendo a todas as necessidades de parametrização, operação, manutenção e programação.

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Deverá ser encaminhado o cronograma, conteúdo programático e ser ministrado em português, incluindo material didático.

10. DOCUMENTOS QUE ACOMPANHAM A ESPECIFICAÇÃO

- Desenho nº 0100-090-D129 - Quadro de Banco de Capacitores de Média Tensão

- NTS 255;

- NTS 266;

- Manual e Procedimentos – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas e Sobretensões – SABESP.

ANEXOS. Características a serem fornecidas pela SABESP e pela Proponente

Características a serem fornecidas pela SABESP e pela Proponente.

Os anexos devem ser preenchidos com os seguintes objetivos:

- Anexo A: Características elétricas e construtivas do Quadro;

- Anexo B: Treinamento e Comissionamento.

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Anexo A - Características Elétricas e Construtivas

ITEM DESCRIÇÃO UNIDADE SABESP PROPONENTE

A1 CARACTERÍSTICAS NOMINAIS

a) Classe de tensão V >1000

b) Tensão de operação V

c) Corrente nominal A

d) Freqüência nominal Hz 60

e) Corrente de curto-circuito simétrico kA

A2 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS

A2.1 Grau de proteção:

a) Invólucro IP

b) Portas IP

c) Componentes IP

d) Peso total kgf *PP

A2.2 Dimensões do módulo:

a) Altura total com soleira mm *PP

b) Largura total mm *PP

c) Profundidade mm *PP

d) Tratamento da chapa e pintura NTS 266

A2.3 Sistema de ventilação: Sim

a) Venezianas com filtro (sim ou não) Sim

b) Ventilador (sim ou não) Não

A3 EQUIPAMENTOS

A3.1 Capacitor trifásico de potência para correção de fator de potência (C)

a) Fabricante *PP

b) Tipo *PP

c) Categoria de utilização AC-6b

d) Tensão nominal de isolamento V

e) Tensão da bobina V

f) Frequência nominal Hz 60

g) Corrente nominal A

h) Resistores de amortecimento Ω / W *PP

A3.2 Chave seccionadora tripolar, abertura sob-carga (S1)

a) Fabricante *PP

b) Tipo *PP

c) Classe de isolação V

d) Freqüência nominal Hz 60

e) Corrente nominal A

f) Contatos auxiliares 1NA+1NF

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Anexo A - Características Elétricas e Construtivas (continuação)

ITEM DESCRIÇÃO UNIDADE SABESP PROPONENTE

A3 EQUIPAMENTOS

A3.3 Disjuntor tripolar termomagnético em caixa moldada (Q1)

a) Fabricante *PP

b) Tipo *PP

c) Tensão nominal de isolamento V

d) Corrente nominal A *PP

e) Freqüência nominal Hz 60

f) Corrente máxima de interrupção kA *PP

g) Contatos auxiliares 1NA+1NF

A3.4 Protetor bifásico contra sobretensões com indutor em serie (PR2)

a) Fabricante *PP

b) Tipo *PP

c) Tensão nominal V

d) Tensão nominal de proteção V

e) Corrente nominal A 6

f) Descarga nominal (8/20μs) kA 2,5

g) Descarga máxima (8/20μs) kA 6,5

h) Nível de proteção modo dif/com kV ≤1,2/1,2

i) Tempo de atuação modo dif/com ns 25/≤100

j) Classe de inflamabilidade conforme UL94 V2

A3.5 Disjuntor bipolar termomagnético em caixa moldada (Q2)

a) Fabricante *PP

b) Tipo *PP

c) Tensão nominal de isolamento V

d) Corrente nominal A *PP

e) Freqüência nominal Hz 60

f) Corrente máxima de interrupção kA *PP

g) Contatos auxiliares não

A3.6 Disjuntor bipolar termomagnético em caixa moldada (Q3)

a) Fabricante *PP

b) Tipo *PP

c) Tensão nominal de isolamento V

d) Corrente nominal A *PP

e) Freqüência nominal Hz 60

f) Corrente máxima de interrupção kA *PP

g) Contatos auxiliares não

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Anexo A - Características Elétricas e Construtivas (continuação)

ITEM DESCRIÇÃO UNIDADE SABESP PROPONENTE

A3 EQUIPAMENTOS

A3.7 Contator magnético tripolar de potência (KC1, KC2,...,KCn)

a) Fabricante *PP

b) Tipo *PP

c) Tensão de isolação V 500

d) Tensão de comando Vca 220

e) Freqüência nominal Hz 60

f) Categoria de utilização AC P/capacitor

g) Corrente nominal A

h) Contatos auxiliares reversíveis 2NA+2NF

A3.8 Botão de comando pulsador (BT)

a) Fabricante *PP

b) Tipo *PP

c) Tensão nominal de isolamento V 600

d) Freqüência nominal Hz 60

e) Diâmetro do furo mm 22,5

f) Corrente térmica dos contatos A 10

g) Contatos auxiliares 1NF+1NA

A3.9 Conjunto de sinalização com 7 leds de alto brilho (H1, H2, ..., Hn)

a) Fabricante *PP

b) Tipo *PP

c) Diâmetro do furo mm 22,5

d) Tensão nominal V 220

e) Freqüência nominal Hz 60

A3.10 Placa de diodos retificadores (D1, D2,...,Dn)

a) Fabricante *PP

b) Tipo *PP

c) Tensão nominal V

A3.11 Contator auxiliar (KA1,KA2,..., Kan)

a) Fabricante *PP

b) Tipo *PP

c) Tensão de alimentação V

d) Freqüência nominal Hz 60

e) Corrente nominal dos contatos A 10

f) Contatos auxiliares 2NA+2NF

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Anexo A - Características Elétricas e Construtivas (continuação)

ITEM DESCRIÇÃO UNIDADE SABESP PROPONENTE

A3 EQUIPAMENTOS

A3.12 Chave fim de curso (FC)

a) Fabricante *PP

b) Tipo *PP

c) Tensão nominal V 220

d) Freqüência nominal Hz 60

e) Corrente térmica nominal A 10

f) Contatos auxiliares 2NA

A3.13 Higrostato regulável (TM)

a) Fabricante *PP

b) Tipo *PP

c) Tensão nominal V 220

d) Freqüência nominal Hz 60

e) Faixa de regulagem °C 0-40

f) Saída com contato reversível 1NAF

A3.14 Resistência de aquecimento blindada (RA)

a) Fabricante *PP

b) Tipo *PP

c) Tensão nominal V 220

d) Freqüência nominal Hz 60

e) Potência nominal W *PP

f) Fabricante *PP

g) Tipo *PP

h) Tensão nominal V 220

i) Freqüência nominal Hz 60

j) Corrente térmica nominal A 10

k) Contatos auxiliares 2NA

A3.15 Módulo de iluminação interna (L)

a) Fabricante *PP

b) Tipo *PP

c) Lâmpada LED W 5

A3.16 Bornes terminais para interligação de fiação de comando e controle (X1, X2)

a) Fabricante *PP

b) Tipo *PP

c) Classe de isolação V 750

d) Freqüência nominal Hz 60

e) Corrente térmica nominal A ≥20

f) Trilho Aço ( )

Al ( )

*PP = Proposto Pela Proponente

Norma Técnica SABESP NTS 317: 2016

13

Anexo B - Treinamento e Comissionamento Itens a serem preenchidos pela SABESP caso necessário treinamento.

ITEM DESCRIÇÃO UNIDADE SABESP

B1 Quantidade de participantes -

B.2 Carga Horária h

B.3 Realizado In Company (sim / não)

B.4 Equipamentos a serem treinados:

B.4.1 - Banco de Capacitores (sim / não)

B.4.2 - CLP (sim / não)

B.4.3 - IHM (sim / não)

B.4.4 - Multimedidor (sim / não)

B.4.5 - Modem (sim / não)

B.4.6 - Outros _____________________ (sim / não)

Itens a serem preenchidos pela SABESP caso necessário comissionamento.

ITEM DESCRIÇÃO UNIDADE SABESP

B.5 Comissionamento em campo (sim / não)

O comissionamento deverá ser realizado em Start-up e operação assistida e executado com participação conjunta dos técnicos do fabricante e da SABESP.

Norma Técnica SABESP NTS 317: 2014

14

QUADRO DE BANCO DE CAPACITORES – PBC MÉDIA TENSÃO - POTÊNCIA A PARTIR DE 450CV

Considerações finais: 1) Esta norma técnica, como qualquer outra, é um documento dinâmico, podendo ser alterada ou ampliada sempre que for necessário. Sugestões e comentários devem ser enviados ao Departamento de Acervo e Normalização Técnica - TXA, por meio do e-mail: [email protected].

2) Essa norma foi elaborada pela Subcomissão de Quadros Elétricos da Sabesp e tomaram parte dos trabalhos da atual edição:

DIRETORIA UNIDADE NOME

M

MMOE Andre Raul Costa Santos

MTP Antonio Carlos Batista

C CSQ Carlos Alberto Guia Pereira

T TOG Celso Haguiuda

TGT Claudio Codevila Goffi

M MME11 Fernando da Fonseca

T TOE Geraldo Kodaira

M MMOE Marcelo Ribeiro Palavicini

T TOE Marcelo de Souza

TGT Reinaldo Shoiti Yamashita

R ROM Tainã Soares Bomfim Milanelo

M MAMS Vanderlei F. Castilho

Norma Técnica SABESP NTS 317: 2016

Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

Diretoria de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente - T

Superintendência de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação - TX

Rua Costa Carvalho, 300 - CEP 05429-900

São Paulo - SP - Brasil

Palavras Chave: Quadro de banco de capacitores, Média tensão, Quadros Elétricos

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