nome doce e santo...E achado em figura de homem, humi-lhou-se e foi obediente até à morte, e morte...
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Nº 102 - janeiro / 2018
Igreja Lusitana Católica Apostólica Evangélica Comunhão Anglicana
www.sagradafamiliaaraxa.com.br
Que nós possa-mos hoje e sem-pre pronunciar com fé e devoção
este nome doce e santo que tem
poder.
Jesus, Filho de Davi, tem piedade de
mim!
2
Escala por definir
à hora do fecho
desta edição do RR
PRESIDÊNCIA
DOS CULTOS
Senhor Deus: vimos à Tua soberana
presença para suplicar ajuda aos que
sofrem por doenças do corpo ou da
mente. Sabemos que as enfermida-
des nos favorecem momentos de
reflexão e de uma aproximação
maior de Ti. Mas pedimos-Te a tua
misericórdia e que estendas a Tua
luminosa mão sobre os que se
encontram doentes. Que a sua fé e
confiança brotem fortes nos seus
corações.
Que a Tua paz esteja com todos nós.
Que assim seja!!
Amém.
OREMOS PELOS
DOENTES
01 – Maria Cristina Santos
02 – José Eduardo Silva
02 – Luís Miguel Silva
03 – Tiago Silva Sousa
04 – Lucília Conceição Costa
04 – Maria José Fernandes
05 – Maria Manuela Silva
09 – Mariana Gomes
11 – Maria da Graça Martins
11 – Maria Emília Meireles
12 – Silvina Mendes Coelho
13 – Beatriz Meneses Coelho
15 – João Miguel Azevedo
17 – Teresa Alexandra Fernandes
20 – Sílvia Terra
21 – João Alberto Sousa
23 – José Manuel Santos
31 – Luís Miguel Cunha
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MENSAGEM DE N
ATAL - BISPO D. JO
RGE
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu …. (Isaías 9,6)
O Pedro João nasceu em pleno Tempo do Advento 2017. A sua vinda era há muito aguardada e desejada e o seu nascimento causou natural emoção e alegria entre todos. Nasceu prematuro e frágil a necessitar de cuidado e acompanhamento médico. Na sua vulnerabilidade a nossa responsabilidade. Na sua dependência o nosso amor. Nada agora ficará como antes. Os pais, a família e todos nós ficamos mais enriquecidos pela renovação e novidade que um novo nascimento sempre nos traz. Mas também todos mais comprometidos no assegurar de um futuro sustentável para as novas gerações. É um nascimento que nos leva a projetar o olhar no tempo futuro, que abre espaço para novos sonhos e projetos e que a todos nos (re)convoca na construção de uma sociedade mais justa e fraterna.
O Pedro João e todos os bebés que nascem neste Tempo do Advento são pois uma dádiva que se nos oferece e que requer a nossa «atenção e vigilância». O nosso olhar adulto e por vezes já pouco sensível requer uma nova aprendizagem, uma nova contemplação dos bebés que nascem e também, o nosso escutar e ouvir, tomado por múltiplos baru-lhos e ruídos, deve-se deixar desafiar pelo choro e gemidos de um recém-nascido. Verdadeiramente só na contemplação de um bebé e na comunhão e aceitação de tudo o que ele nos oferece, podemos perceber e acolher o «natalis» (nascimento) do menino Jesus e deixarmo-nos
surpreender pela sua fragilidade e total humanidade. Viver e celebrar o Natal de Jesus Cristo é antes de mais viver e celebrar a vida e as vidas que por amor se nos oferecem. O sentido maior do «verbo que se fez carne» (S. João 1,14) é o de nos levar a com-preender e a acolher o divino na nossa comum huma-nidade, e perceber Deus presente em cada criança que nasce e que se nos oferece.
Bem-vindo Pedro João e Santo Natal para todos!
+ Jorge Pina Cabral
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A Memória e o Futuro
Uma das características mais surpreenden-
tes da época do Natal é a de ser assinalada
por todas as pessoas, crentes, não crentes
ou desinteressados da fé cristã. Na realida-
de, na quadra natalícia não há ninguém que
a não refira e viva de modo especial, dife-
rente das outras épocas do ano. Todos, de
uma forma ou outra, respeitam e vivem o Natal de modo particular e
lembram palavras-chave: paz, alegria, amor. Muitas poderão ser as
razões, mas aquela que me parece mais plausível tem a ver com a
memória.
O tempo do Natal é fundamentalmente um tempo de memórias. De
um passado mais ou menos distante em que a nossa sensibilidade, por
esta ou aquela razão, foi tocada por palavras, gestos, prendas ou a
falta delas, momentos vividos em família, que nos ocorrem à lem-
brança saudosa, como algo que pudéssemos ‘tocar’. Lembramos os
que já passaram, o que nos adoçou o coração e aquilo que vivemos
enquanto meninos. Agora, para nós, adultos, pais, mães, responsáveis,
o presente acontece em função dessas memórias. Isto é, e numa pala-
vra, o nosso Natal passa muito por aquilo que vivenciámos, por aqui-
lo que nos transmitiram.
Que grande responsabilidade, a nossa! Nesta lógica da memória, o
Natal dos mais pequenos de hoje é o que entendermos fazer com eles.
Um dia, no futuro, eles se lembrarão – ou não – do que era o seu
Natal hoje. Então, que Natal lhes queremos ‘transmitir’?
O Natal comercializado, aprisionado ao quotidiano material, utilitário
e frio? Aí preponderam as prendas do Pai Natal, necessidades pré-
fabricadas de ‘coisas’ com embrulhos vistosos e de alegria efémera
que no dia seguinte se esquecem, ou ouvem-se choros e rumorejam
MENSAGEM DE N
ATAL - BISPO EMÉRITO D. FE
RNANDO
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amuos de quem queria isto e recebeu aquilo ou nada lhes foi dado. Não deixa
de ser Natal, no mais corrente dos significados, mas perde-se entre as demais
ocorrências da vida, sem consideração ou valor.
Ou, antes, esforçamo-nos por transmitir o “Natal do Menino Jesus”, do sonho
e da poesia que nos extasia, entusiasma e dilata a alma? Este é o Natal sim-
ples, com prendas também, mas recheado de carinho e significado, com a
marca da fé no Senhor “que se esvaziou a si mesmo, e assumiu a condição de
servo, tomando a semelhança humana. E achado em figura de homem, humi-
lhou-se e foi obediente até à morte, e morte de cruz!” (Fil. 2,7-8). Este é o
Natal do Senhor bondoso e acolhedor que ganha espaço largo na nossa
memória, porque é o único que na fragilidade da nossa condição humana está
sempre presente e nos ajuda a atravessar a noite, a adversidade e a contradi-
ção na vida ligados à chama pequenina da esperança (José Tolentino Men-
donça).
Um Santo Natal do Menino Jesus para todos.
+ Fernando
Lucas 2, 15-21
Dedica a Igreja o dia 1 de
Janeiro ao Santo Nome de
Jesus. É o evangelista S. Lucas
que nos narra: “Quando o
menino tinha oito dias, circun-
daram-no e puseram-lhe então
o nome de Jesus, tal como o
anjo tinha indicado, antes de
ele ser concebido”.
SANTO NOME DE JESUS - 1 DE JANEIRO
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O nome de Jesus é a palavra grega equivalente ao nome hebraico Josué. Não
nos devemos esquecer que os livros, do Antigo Testamento, foram escritos
em hebraico e nesta língua o nome Josué ou Josuá significa “O Senhor é nos-
so livramento”. Já os livros do Novo Testamento foram escritos em grego e o
nome Jesus tem o significado de Salvador.
Consequentemente, no Novo Testamento o nome que encontramos é Jesus.
Maria e José, obedecendo às instruções do anjo Gabriel, deram ao menino o
nome de Jesus. Mas, apesar de não terem cumprido a tradição judaica de dar
aos filhos o nome do pai, cumpriram a Lei e circundaram o menino e levaram
-no ao templo para ser apresentado ao Senhor e ofereceram o respetivo sacri-
fício.
Jesus nasceu de Maria assumindo a natureza humana. Na sua paixão e morte
na cruz, Jesus sofreu a dor humana, ele que não tinha pecado, foi a exigência
do Pai para que a sua morte fosse salvadora.
O homem, na sua natureza, está sujeito à tentação e a tentação pode levar o
homem a pecar. A narrativa bíblica diz-nos que o homem desde o início da
criação é tentado e deixa-se cair em pecado, desobedecendo à vontade de
Deus.
O pecado afastou e continua a afastar o homem de Deus. Era preciso a recon-
ciliação entre Deus e o homem. É Deus que toma a iniciativa desta reconci-
liação ao assumir a natureza humana em Jesus. E como Jesus disse a Nicode-
mos, todo o que crer em Jesus não perece mas tem a vida eterna.
Ao crermos em Jesus pela fé, descobrimos o nosso pecado e a necessidade de
arrependimento. Ao arrependermo-nos encontramos a graça do perdão de
Deus no sangue de Jesus derramado sobre a cruz. E neste sangue derramado
encontramos Jesus o nosso Salvador.
Carlos Duarte, Presbítero
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Mateus 2, 1-12
O texto que vou comentar é o do dia de Reis, contado segundo Mateus
2,1-12, também conhecido pela Epifania de Nosso Senhor. Três reis do
(Médio) Oriente dirigiram-se para a Galileia seguindo uma estrela, que
sabemos hoje ser um cometa; é aliás possível que alguns desses reis
soubessem que se tratava de um cometa pois a astronomia/astrologia
(na altura não se diferenciavam) era uma área muito desenvolvida em
povos daquela zona, nomeadamente na Babilónia (atual Iraque, mais ou
menos). Cometas caem na terra, se entrarem na sua órbita gravitacional.
Era possível, mesmo naqueles tempos, prever aonde se verificaria a
queda, e era interpretado sobretudo pelos magos/astrónomos como algo
que indicava fenómenos extraordinários, dada a sua escassez.
Na contínua diáspora judaica foi-se divulgando que a época da vinda do
Messias estava a chegar; para os judeus, seria o rei dos judeus que os
livraria definitivamente de qualquer jugo, quer romano, quer de outros
povos com os quais tinham constantemente combatido, tendo sido deles
escravos por várias vezes. O grande Rei dos judeus ia nascer e destitui-
ria inclusive o imperador romano. Era um acontecimento enorme sobre-
tudo face à extensão do império romano. E três reis decidiram ir ver
esse rei que nascia, mas obviamente que o cometa dava uma orientação,
não era um GPS moderno….
Ao saber que o rumor que corria na Galileia judaica já se espalhara a
este ponto, o imperador Hero-
des simula interesse, recebe os
reis e solicita que após verem o
rei que o informem doo lugar
preciso para que o possa ir ado-
rar. A hipocrisia humana que
nos adula, a mentira para ani-
quilar, humilhar alguém na
qual tantas vezes somos joga-
EPIFANIA DE NOSSO SENHOR - 6 DE JANEIRO
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dos inocentemente, esquecendo-nos que temos que ser prudentes, que os cris-
tãos são cordeiros no meio de lobos.
Mas os três Reis, quando viram o Menino sem trono tiveram uma epifania,
perceberam que era muito mais que um rei deste mundo, e não caíram na
armadilha colocada por Herodes, tendo assim salvado a vida ao Messias. Sai-
bamos ser tão prudentes quanto eles.
Clara Oliveira
Marcos 1, 4-11
João Batista não negava que na sua vida havia poder do Alto para operar a
obra que já tinha sido designada por Deus a ele desde a época dos profetas.
Esse poder consistia na pregação do Reino e na remissão dos pecados pelo
arrependimento, externado no rito do batismo nas águas.
Hoje nossa cultura religiosa limita o poder do Alto essencialmente a manifes-
tação de milagres de cura e operações sobrenaturais, pelo simples facto de
que estes sinais aconteciam no ministério de Jesus. Mas releva-se que o con-
texto onde estes eventos sobrenaturais aconteciam, eram no fundo para servi-
rem de confronto com a mentalidade religiosa e estas operações sempre servi-
ram para que a consciência dos participantes e espectadores se convertesse.
É legítimo para os cristãos acreditarem em milagres e manifestações espiri-
tuais, no entanto, não firmamos a nossa fé exclusivamente nessas ocorrências.
Firmar a nossa fé somente no que se vê de extraordinário, caso um não-
milagre aconteça, a nossa fé corre o sério risco de revelar-se superficial e ino-
perante para trazer paz à nossa vida em momentos de aflição.
O ato de retirar as sandálias era uma função dos escravos da casa de um
1º DOMINGO COMUM - FESTA DO BATISMO DE CRISTO 7 DE JANEIRO
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nobre, para após isso
lavar os pés e ungi-los
com óleo para que se
re-hidratassem da
caminhada no clima
árido do deserto. Por-
tanto era uma posição
de máxima subser-
viência ao amo. Observe-se que desamarrar era o mais simples ato deste cos-
tume comum á época, que implicava em curvar-se para tanto, um sinal que no
contexto espiritual significa reverenciar a Deus.
Por saber que o seu poder vem de Deus, João Batista submete-se a autoridade
d´Ele pois sabia que ele somente prenunciava O mais poderoso que ele have-
ria vir, colocando-se numa posição de máxima subserviência, como os escra-
vos que lavavam e hidratavam os pés do amo e seus convidados.
Mesmo com esse poder, João Batista sabia que por mais que o batismo nas
águas significasse que o interior do ser se tinha consciencializado do pecado
e do amor de Deus em implantar seu Reino entre os arrependidos, esse batis-
mo não era suficiente para fazer o homem mudar o seu instinto natural ao
pecado, necessitando da intervenção divina na vida do ser, o que só se reali-
zaria com o batismo com o Espírito Santo que só Jesus pode promover.
Para que essa possibilidade se tornasse realidade, Jesus cumpriu o rito do
batismo do arrependimento, mesmo sendo Ele um Rabi, que quer dizer Mes-
tre. Esse batismo do arrependimento de Jesus foi também o Seu batismo com
e no Espírito Santo, uma vez que o Espírito Santo desceu como uma pomba
sobre Ele. E uma voz se fez ouvir: “Este é o meu Filho querido em quem
coloquei o meu enlevo”.
Pensemos: se Jesus sendo um dos mestres judaicos, “arrependendo-se” e do
ponto-de-vista demonstrado na bíblia de que Cristo padeceu na carne do todo
tipo de tentação e inclinação carnal, portanto passível de arrependimento tam-
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bém como homem, abriu a possibilidade para que Deus transmitisse o Seu
Espírito a Ele, então essa possibilidade também está aberta a todos que assim
o desejem!
Esse objetivo divino - fazer com que o Seu Espírito faça habitação em todos
os que se arrependem - é cumprido em Cristo no seu batismo no Rio Jordão.
E o júbilo do Senhor em ver esse objetivo cumprido em Jesus é traduzido por
seu inesperado rompante declarando Sua alegria em ver seu filho amado
cumprindo a Sua vontade. O Espírito Santo é Deus guiando-nos em toda a
verdade, fazendo florescer os dons – em especial o do amor - e dando-nos a
capacitação para mudarmos a nossa mentalidade corrompida, frutificando em
obras e vida plena.
Como vivemos o nosso batismo? É importante recordar que o nosso batismo
é um compromisso de seguimento de Jesus, na transformação deste mundo
pelo amor de Deus, incutido em nosso coração por Jesus hoje batizado no
Jordão por João Batista.
Rafael Coelho, texto adaptado, disponível em https://homilia.cancaonova.com
João 1, 35-42
O texto recomendado para hoje tem alguns factos evidentes e outros precisam
de ser enquadrados e interpretados. Podemos dizer que estamos perante a
transição do Antigo Testamento para o Novo.
Vemos João Baptista cumprindo a sua missão com clareza, apontando para
Aquele que iria dar-lhe seguimento, mas com mais plenitude. Nota-se tam-
bém que os discípulos de Jesus, chamados em diferentes circunstâncias e pro-
fissões, pelo menos alguns deles já tinham sido seguidores do Baptista. Isso
indica que andavam numa busca espiritual, de modo correto e que já tinham
predisposto os seus corações para a uma chamada e um caminho mais exi-
2º DOMINGO COMUM - 14 DE JANEIRO
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gente e mais perfeito. A
chamada de Jesus “vinde
e vede” refere-se ao local
para onde ele ia, mas
implica também “vinde e
vede quem Eu sou, e o
que faço.”
Aparecem-nos aqui três
títulos aplicados a Jesus,
todos eles com sentido
próprio, mas que se com-
pletam uns aos outros. Cordeiro (de Deus) é aquele que se oferece em sacrifí-
cio. Rabi é aquele que ensina. Messias / Cristo é aquele que salva. Aqui, este
conjunto ultrapassa as ideias que no Antigo Testamento eram certas mas
incompletas. Talvez ainda assim para muitos judeus do nosso tempo!
André, que seguiu o que João tinha dito, aproveita logo para avisar o seu
irmão Simão e levá-lo até Jesus que toma a iniciativa de avisar Pedro que
estava a escolhe-lo para tomar parte importante na missão que se iniciava.
Pedro era provavelmente o mais velho do grupo dos doze e seria mais tarde
uma espécie de porta-voz. Até porque a idade dava autoridade. Ainda se esta-
va em contexto judaico, que não foi possível reformar de modo suficiente,
seguindo-se a separação dos futuros cristãos. Mas daqui vem também uma
consequência válida até hoje. Além da Missão da(s) Igrejas há também o tes-
temunho individual, insubstituível - quer dos dirigentes, quer dos crentes
mais humildes. A proclamação de Evangelho e da Fé comunitária tem que ser
confirmada pelo exemplo prático dos fieis – fieis, no que esta palavra tem de
mais profundo.
Jorge Barros, Pastor
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Mateus 16, 13-19
Todos os anos este texto nos lembra um dia, em que depois de uma viagem, ou durante uma viagem, Jesus questionou os seus discípulos acerca da sua identidade. Seria muito limitado da nossa parte pensar-mos que o fez porque subitamente teve uma crise existencial no senti-do de se perder dentro de si mesmo, ou de se questionar acerca do sentido da sua missão, ou, muito menos, de querer saber se valia a pena continuar ou não. Não poderemos negar que hoje damos nomes muito mais concretos a experiências que no passado ainda não tinham designações clínicas, por isso crises de identidade devem ter existido desde sempre, apenas não tinham este nome. Na Bíblia aparecem muitas vezes a “angústia”, e o “desespero” que são estados de alma, depressões ou crises pessoais profundas. Não é o caso de Jesus que sempre se mostrou muito convicto na sua coragem e nos objetivos bem traçados da sua missão. Aqui a questão não era o próprio Senhor, eram os outros. É sempre um risco queremos saber o que os outros pensam de nós. Temos os inseguros que fazem a si próprios e aos outros esta pergunta todos os dias e várias vezes ao dia, porque sendo inseguros precisam de ser acarinhados pelos outros com boas pala-vras; temos os que fazem a pergunta “fatal” de vez em quando, só para aferir competências e desempenhos, e finalmente temos os que se orgulham de nunca sentirem necessidade de a fazer. São os que dizem: “Quero lá saber o que pensam de mim”! Para nós pessoalmen-te são os mais fracos e os mais débeis, que-rem ser heróis em permanên-cia, escon-didos numa c o r a g e m
CONFISSÃO DE S. PEDRO - 18 DE JANEIRO
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que não existe. Estamos de tal forma todos tão ligados uns aos outros e ao nosso mundo, que é impossível não querermos saber o que os outros pensam de nós. Não se trata de querer ser exaltado, ou elogiado, mas se somos ama-dos e compreendidos e isso não deixa e ser importante e estimulante. Cristo queria saber se os homens lá fora entendiam a sua missão, se entendiam a nova proveniência das suas novas palavras, se eram capazes de admitir a novidade dos seus gestos e do seu anúncio do Reino. A verdade é que para os de fora Ele continuava a parecer estar na continuidade dos antigos, como se nada de muito novo se passasse. Era a continuação da velha nobreza espiri-tual de Israel. Mas quando a pergunta passa para dentro, surge o espanto do novo. Só Pedro, com certeza em nome de todos os outros, declara a filiação divina de Cristo: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo”. Não esquecendo que era em Cesaréia de Filipe que estava a principal nascente do rio Jordão, ali Jesus é compreendido pelos de fora como Filho do “passado” proveniente de João Batista, Elias, Jeremias ou outro profeta, e pelos seus como Filho do “Futuro” por parte de Deus, o dono da História do mundo, dos homens e das mulheres. O passado respeitável de Israel e da sua fé, ali na cidade fonte do Jordão, por causa desta confissão transforma-se no futuro de toda a Humani-dade. Todos no passado se lavaram nas águas do Jordão, daqui para o futuro todos se lavarão em Cristo, Ele mesmo a fonte da água da vida nova. Todos os dias devemos fazer esta pergunta a nós mesmos: Quem continua a ser Jesus para mim?
José Manuel Cerqueira, Pastor
Marcos 1, 14-20
Quando contemplamos a realidade que nos rodeia, notamos a existência de
sombras que desfeiam o mundo e criam, tantas vezes, angústia, desilusão,
desespero e sofrimento na vida dos homens. Esse quadro não é, no entanto,
uma realidade irremediável a que estamos para sempre condenados. Nos pro-
3º DOMINGO COMUM - 21 DE JANEIRO
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jetos de Deus, está um mundo
diferente, um mundo de harmonia,
de justiça, de reconciliação, de
amor e de paz. A esse mundo
novo, Jesus chamava o “Reino de
Deus”. É esse projeto que Jesus
nos apresenta e ao qual nos convi-
da a aderir. Somos chamados a
construir, com Jesus, um mundo
onde Deus esteja presente e que se
edifique de acordo com os proje-
tos e os critérios de Deus. Estamos disponíveis para entrar nessa aventura?
Para que o “Reino de Deus” se torne uma realidade, o que é necessário fazer?
Na perspetiva de Jesus, o “Reino de Deus” exige, antes de mais, a
“conversão”. Temos de modificar a nossa mentalidade, os nossos valores, as
nossas atitudes, a nossa forma de encarar Deus, o mundo e os outros para que
se torne possível o nascimento de uma realidade diferente. Temos de alterar
as nossas atitudes de egoísmo, de orgulho, de auto-suficiência, de comodismo
e de voltar a escutar Deus e as suas propostas, para que aconteça, na nossa
vida e à nossa volta, uma transformação radical, uma transformação no senti-
do do amor, da justiça e da paz. O que é que temos de “converter” em termos
pessoais para que se manifeste, realmente, esse Reino de Deus tão esperado?
O chamamento a integrar a comunidade do “Reino” não é algo reservado a
um grupo especial de pessoas, com uma missão especial no mundo e na Igre-
ja; mas é algo que Deus dirige a cada homem e a cada mulher, sem exceção.
Todos somos chamados a ser discípulos de Jesus, a “converter-se”, a
“acreditar no Evangelho”, a seguir Jesus nesse caminho de amor e de dom da
vida. Esse chamamento é radical e incondicional, exige que o “Reino” se tor-
ne o valor fundamental, a prioridade, o principal objetivo do discípulo.
O “Reino” não é uma realidade que construímos de uma vez, mas é uma rea-
lidade sempre em construção, sempre a fazer-se, até à sua realização final, no
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fim dos tempos, quando o egoísmo e o pecado desaparecerem para sempre.
Em cada dia que passa, temos de renovar o compromisso com o “Reino” e
empenharmo-nos na sua edificação.
Jorge Filipe Fernandes
Marcos 10, 46-52
Saulo, cidadão romano por privilégio da sua cidade natal, Tarso, era um
judeu convicto, formado na escola de Gamaliel, em Jerusalém. Opôs-se deci-
didamente à nova fé que começava a propagar-se na Palestina e arredores.
Clamou pela morte de Estêvão, e tomou parte nela, guardando as capas dos
que apedrejavam o protomártir. Perseguiu violentamente os crentes em Jesus
Cristo. O seu nome causava terror nas comunidades cristãs. Ao dirigir-se para
Damasco para prender os cristãos que lá encontrasse e conduzi-los a Jerusa-
lém, encontrou Jesus ressuscitado. Esse encontro mudou-lhe para sempre a
vida, com a sua forma de crer e de pensar. Jesus ressuscitado, que ele perse-
guia, tornou-se o centro
da sua espiritualidade e
da sua teologia. Em
Antioquia, Saulo faz a
sua primeira experiência
de vida cristã. Tornado
apóstolo do Evangelho,
com o nome de Paulo,
Antioquia será também o
ponto de partida para as
suas viagens missioná-
CONVERSÃO DE S. PAULO - 25 DE JANEIRO
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rias. Funda diversas comunidades na Ásia e na Europa. Escreve cartas que
testemunham o seu amor a Jesus Cristo e à Igreja, e nos dão elementos
importantes da sua teologia. Como apóstolo verdadeiro e autêntico, Paulo
tem sempre o cuidado de voltar a Jerusalém para se confrontar com os outros
apóstolos e não correr em vão.
Há muitos séculos que a festa da conversão de S. Paulo foi fixada no dia 25
de Janeiro, talvez por causa da data da transladação do seu corpo, que atual-
mente repousa na Basílica de S. Paulo Fora dos Muros, em Roma.
A cura do cego Bartimeu representa o anseio da humanidade que se põe a
gritar: "Filho de Davi, Jesus, tem compaixão de mim!". A humanidade anda
cansada, cabisbaixa, pois não encontra solução para seus problemas e Jesus, o
"Filho de Davi" é a salvação e a esperança para um povo ‘cego’, mas que tem
a clareza e a certeza do poder divino.
Muitos tentam afastar e calar o cego, mas ele não desistiu. Ele levanta-se,
estende os braços e grita insistentemente. Essa é a atitude de milhares, diria
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milhões de criaturas que com suas orações diárias clamam por Jesus e, pedin-
do com insistência e fé, conseguem que Jesus os atenda. Como aconteceu
com o cego Bartimeu, Jesus pede aos discípulos para o chamar e o cego res-
ponde com entusiasmo e vai ao seu encontro.
Quando o cego recebe Jesus, imediatamente começa a ver e segue o Mestre
pelo caminho. É importante esse exemplo encorajador do cego Bartimeu que
passa aceitar Jesus na sua vida e a testemunhá-lo. E quantos dos nossos
irmãos recebem milagres e são testemunhas vivas de Jesus por esse mundo!
Contudo, ainda contamos com aqueles que não querem ver nada, pois como
diz o dito popular: o pior cego é aquele que não quer ver; mas o cego Barti-
meu e muitos seguidores de Jesus, conseguem enxergar com a alma e com o
coração puro as maravilhas de Deus nas suas vidas. Isso é possível através da
luz do Espírito Santo de Deus, que faz grande parte da humanidade ver que
Jesus, o Messias, o Deus encarnado é capaz de tudo, inclusive de curar os que
sofrem e são discriminados na nossa sociedade.
Talvez muitos dos próprios discípulos de Jesus, mesmo os próximos Dele,
não tinham percebido com a mesma clareza que Jesus era o enviado do Pai. É
a cegueira da alma, a mesma que impedia os fariseus de ver Jesus como o
Filho de Deus. É a mesma cegueira que impede ainda muitos de ver Jesus
caminhando ao lado do povo. É a mesma cegueira que impede de ver Deus
em toda a natureza, como na chuva, no sol, nos pássaros, nas árvores e nos
nossos irmãos, em especial naqueles que estendem as mãos e pedem uma
moeda para comprar um prato de comida e matar a fome. É o próprio Jesus
que estende a mão para nos ajudar! Não o ignoraremos, não o condenemos,
procuremos abrir os olhos, como Bartimeu e, tantas criaturas que já encontra-
ram Jesus nas suas vidas e, depois desse encontro procuram testemunhar o
quanto é importante conhecer Jesus em profundidade.
Acredite, tenha fé e sua vida também vai ser transformada.
Pedro Fernandes, adaptado de dehonianos.org e webartigos.com
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Marcos 1, 21-28
Mateus, no seu evangelho, destaca que Jesus, após a prisão de João,
por quem fora batizado, voltou para a Galileia e, deixando Nazaré, foi
morar em Cafarnaum. Esta é uma cidade à margem do Mar da Gali-
leia, que serviu de base para a irradiação do ministério de Jesus para a
Galileia e territórios gentílicos vizinhos. O povo da região, gentios em
geral, estava sujeito à opressão do império romano, e os vinculados ao
judaísmo, sujeitos à opressão dos seus chefes religiosos subservientes
àquele império.
Em Cafarnaum encontrava-se uma densa população em torno do
comércio dos produtos que chegavam das regiões gentílicas vizinhas
através do Mar da Galileia. Sendo um lugar de concentração de mora-
dores judeus, aí, também, localizava-se uma sinagoga, onde Jesus
entrou e começou a ensinar. O evangelista Marcos, então, menciona
que "na sinagoga deles" estava um homem com um espírito impuro.
Ao referir-se à sinagoga
"deles", Marcos insinua
que este não era o espaço
de Jesus. Na sua narrati-
va, Marcos delineia-nos o
conflito de Jesus com o
rígido sistema religioso
judaico, com a sua ideolo-
gia religiosa da superiori-
dade do povo de Israel e
do desprezo dos demais
povos. Na sinagoga, Jesus
repreende severamente o
espírito impuro com o
qual se defronta. É uma
contundente expressão
4º DOMINGO COMUM - 28 DE JANEIRO
19
que indica forte rejeição. Ela é usada com frequência nas narrativas de exor-
cismos e também na repreensão a Pedro, quando ele expõe a sua opinião de
que Jesus é o messias esperado, ao qual se atribuíam poder e glória.
Na conclusão da narrativa fica em destaque o ensinamento novo de Jesus que
vem subjugar os espíritos impuros. A palavra de Jesus é uma fonte de luz que
dissipa das mentes as trevas alienantes da ideologia do poder. É um ensina-
mento novo que liberta e gera esperança e alegria entre todos. É a novidade
do anúncio com a proposta de conversão de vida, abandonando uma religião
estéril para aderir a uma prática do amor transformante das relações humanas,
no desapego, na fraternidade, na justiça e na paz. Em continuidade, Marcos
narra a ida de Jesus, com os discípulos, para a casa de Pedro, que será a base
da comunidade no seu ministério. É a substituição da sinagoga pela igreja
doméstica.
José Manuel Santos
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REFLEXÃO SOBRE O PEREGRINO
Terminaram, no passado dia
8 de Dezembro, as sessões
relativas ao 6.º Livro deste
curso, com o tema “A Euca-
ristia”. Como já é habitual,
esta última sessão teve a
participação em conjunto
dos elementos dos 2 grupos
que se reúnem na nossa
paróquia e, como sempre, finalizou com um jantar que as nossas dedicadas e
queridas irmãs, em Cristo, Maria da Graça e Rosa Maria, nos prepararam.
Entretanto os grupos fizeram uma pausa na sua atividade, prevendo-se reco-
meçar as sessões do 7.º Livro, em meados de Janeiro de 2018.
Assim sendo, aqui fica mais um testemunho sobre a experiência de um dos
nossos irmãos, segundo consta o único 100% assíduo, neste
Curso do Peregrino.
Em anterior reflexão manifestei a minha dúvida em relação ao
que poderia ser a minha reação em relação ao Curso do Peregri-
no. Como então escrevi, o Curso do Peregrino está a ultrapas-
sar, em muito, a minha expectativa e para além de as respetivas sessões serem
excelentes momentos de reflexão e saudável troca de opiniões, algumas vezes
com contraditório, tenho aprendido muito e muito mais do que se regressasse
à Escola Dominical.
Este sexto livro fica como tão interessante quanto o foram os livros sobre o
Pai Nosso e sobre os Mandamentos. Na última sessão tive até a iniciativa de
O QUE ACONTECEU…!
21
sugerir que este tipo de encontros se pudesse prolongar para além do Curso.
Em relação ao Animador, denominação que acho inadequada preferindo que
se designasse por Orientador, não me pronuncio porque se escrevesse o que
penso poderia ser interpretado como bondade de Irmão mais velho/Padrinho.
As últimas sessões de cada livro têm tido especial ênfase porque temos duas
paroquianas exemplares pela sua disponibilidade, a Rosa Maria e a Maria da
Graça.
Parabéns e obrigado pelos excelentes momentos de reflexão que o Curso tem
proporcionado.
José Henrique Fernandes
LOJA SOCIAL
Não é hábito, provavelmente mal, o RR fazer noticia, ou dar
a conhecer a atividade da Loja Social, a não ser através da
publicitação da existência da mesma e de um ou outro apon-
tamento.
Acontece que desta vez temos boas razões para dar a conhe-
cer alguns factos ocorridos nos últimos 2 meses.
Em primeiro lugar dar nota do nascimento do Leonardo Fili-
pe, filho de uma das nossas utentes, que nasceu no dia 25 de Novembro, dia
em que a Loja Social abriu, e logo podemos dar Graças a Deus pelo nasci-
mento deste nosso irmão, em Cristo. Mas o melhor aconteceu no sábado 16
de Dezembro, em que podemos contar com a presença do Leonardo no servi-
ço que antecede a abertura da Loja Social, juntamente com os seus pais, tias e
avó, o que muito nos agradou e onde foi possível felicitar pessoalmente os
pais e tirar umas fotos com o rebento, para orgulho e vaidade dos seus fami-
liares, em particular da sua avó.
Também neste dia 16 de Dezembro, as nossas irmãs, em Cristo, Maria da
Graça e Rosa Maria prepararam, como já é habitual, um pequeno lanche de
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Natal, com distribuição de lembranças para os elementos mais novos das
famílias dos nossos utentes, o que deixou muito feliz todos os presentes e
proporcionou um momento de convívio e partilha muito agradável.
Entretanto uma das nossas irmãs, na Fé, que, juntamente com a nossa irmã,
em Cristo, Maria da Graça, se dedicam a esta árdua e trabalhosa tarefa, enten-
deu (e bem!), dar um testemunho escrito de uma das muitas solicitações a que
a nossa Loja Social vai respondendo afirmativamente, apesar dos seus escas-
sos recursos, materiais e humanos.
Depois desta tragédia de incêndios que flagelou o nosso país,
não podíamos ficar indiferentes quando a nossa irmã, em Cris-
to, Berta Cardoso nos disse que ia com o marido, numa carri-
nha, entregar bens que outras entidades doaram, a algumas
pessoas que foram vítimas deste desastre nacional. Assim, a
Loja Social da nossa Paróquia associou-se a esta iniciativa e
juntou roupas de cama, vestuário, calçado, louça e bens alimentares, para que
fossem distribuídos nas localidades de Oliveira do Hospital, Tábua e Midões.
Agradecemos a todos aqueles que contribuem para a Loja Social, assim como
aos nossos irmãos, na Fé, Berta e Eduardo, por este ato solidário, bem próprio
daqueles que sustentam as suas vidas na Fé em Cristo.
Que Deus abençoe todos aqueles que estão sempre prontos a dar com o cora-
ção.
Rosa Maria Ferreira
A ÉPOCA DE NATAL DA ESCOLA DOMINICAL
Este Natal de 2017 foi muito rico em desafios e atividades, nas quais a Escola
Dominical da nossa paróquia marcou presença.
Duas dessas atividades foram a participação em tantas outras festas de Natal
de IPSS’s que dedicam a sua ação a cuidar, tratar e acompanhar pessoas com
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algumas e diferentes limita-
ções.
Assim, o sábado 16 de
Dezembro foi cheio de inicia-
tivas que envolveram os moni-
tores e os jovens da Escola
Dominical, bem como a pre-
sença de vários membros da
Paróquia.
Logo pela manhã, a Escola Dominical participou na Festa de Natal da Abra-
ço, por convite desta instituição, tendo os nossos jovens tido a oportunidade
de dançar e cantar para um numeroso grupo de pessoas. No final ainda tive-
rem direito a trazer uma pequena lembrança.
De tarde foi a vez de responderem afirmativamente ao convite da AAJUDE e
lá foram atuar, mostrando os seus dotes e ajudando a abrilhantar uma festa
que já por si é cheia de alegria e boa disposição.
Foram dois excelentes momentos de convívio e participação de todos, em que
filhos e pais tiveram a oportunidade de, particularmente neste tempo de
Advento, contactar e tomar conhecimento de realidades com as quais, habi-
tualmente, não lidam.
Foi ainda importante na formação dos nossos jovens alertando-os e desper-
tando-os para a importância da solidariedade e da igualdade.
O RR dá Graças a Deus pela disponi-
bilidade com que todos os participan-
tes acederam a dar resposta a estas
iniciativas e, de modo particular, a
todos os familiares e membros da
paróquia que fizeram questão em
estar presentes, manifestando o seu
carinho e apoio, em todos os sentidos.
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FESTA DE NATAL DO ARCIPRESTADO DO NORTE
No passado domingo, dia 17 de
Dezembro, pelas 17h, realizou-
se, como vem sendo hábito, a
Festa de Natal do Arciprestado
do Norte com o título
“Celebremos junto o Natal do
menino Jesus”, que decorreu no
Templo da Paróquia de S. João
Evangelista (Torne), em Vila
Nova de Gaia.
Foi um momento muito interessante e rico em intervenções, pois contou com
a participação das Escolas Dominicais das Paróquias do Arciprestado do Nor-
te, com uma dança, um testemunho de Ação de Graças pelo Nascimento do
menino Jesus e a interpretação de uma música em conjunto e atuações musi-
cais individuais. Houve ainda uma peça de Natal representada por alguns pais
de jovens da nossa igreja, o testemunho de algumas paróquias deste Arcipres-
tado e do Departamento das Mulheres da Igreja Lusitana e, a finalizar, uma
intervenção da Associação das Escolas do Torne e Prado, através dos jovens
do projeto Pés no Risco, que tocaram todos os presentes com um sentimento
de afeto, na partilha de um Abraço, que rapidamente contagiou todos os pre-
sentes.
A terminar o Bispo Emérito D. Fernando, dirigiu uma oração e abençoou
todos os presentes, tendo-se seguido um lanche, servido no salão do paro-
quial, anexo ao templo, onde foi possível ter um momento de convívio e de
partilha entre todos os presentes.
JUNTA PAROQUIAL
Neste Natal de 2017, a Junta Paroquial retomou um “velho” hábito e juntou-
se, no passado dia 20 de Dezembro, num pequeno convívio natalício, através
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de um encontro para jantar que decorreu num dos restaurantes da nossa cida-
de, bem perto da nossa paróquia.
Para além desta ação, mais
“mundana”, também alguns dos
seus membros aceitaram o desa-
fio lançado pelo Pastor Jorge
Barros e tiveram uma pequena
intervenção na Festa de Natal da
Paróquia, no domingo 24 de
Dezembro, através da declamação de um pequeno texto ao jeito de um jogral.
Foram momentos interessantes e importantes. Por um lado de aprofundamen-
to das relações entre os membros da Junta Paroquial. Por outro lado tomando
a iniciativa, sobre o que deve ser a participação e interação entre todos os
membros da comunidade.
CANTARES DE NATAL
Como já é hábito o Grupo Ecuménico Jovem, composto por membros de
diferentes igrejas, organizou, mais uma vez, a iniciativa “Cantares de Natal
no Porto”, que ocorreu no
passado dia 21 de Dezembro,
e percorreu algumas ruas do
centro da cidade, pela noite.
É um momento sempre vivi-
do com grande entusiasmo e
que tem contado, ano após
ano, com cada vez mais e
novos participantes, o que permite encher as ruas do Porto com um sentimen-
to de grande alegria e curiosidade pelos transeuntes que se cruzam com este
grupo, não havendo chuva, nem frio que demova os “cantadores”.
Um momento sempre imperdível, no qual a nossa paróquia marca sempre
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presença com vários dos seus membros e respetivos familiares.
FESTA DE NATAL DA PARÓQUIA
No passado domingo, dia 24 de Dezembro, IV Domingo do Advento, durante
o Culto Eucarístico, as nossas crianças e jovens da Escola Dominical tiveram
a oportunidade de expressar
e partilhar, junto da comuni-
dade paroquial, o seu sentido
de Natal.
Começaram com uma peque-
na homenagem à nossa
comunidade paroquial, em
agradecimento por aceitarem
os desafios que a Escola
Dominical vai colocando, por proporcionarem novas experiências, e por esta-
rem sempre presentes quando mais necessitam dela, através da interpretação
de um cântico que todos os domingos os nossos meninos pedem para cantar
na Escola de Dominical, e que fala em fazer Comunidade, ou seja, aquilo que
nós somos.
Depois houve uma pequena atuação baseada na letra de uma música de Natal,
bem conhecida de todos, e terminaram com a distribuição de uma pequena
recordação desta Festa de Natal.
Foi um momento de grande sentimento, com a intervenção de crianças e
jovens e envolvimento da comunidade presente.
O RR manifesta publicamente o seu agradecimento à Rosa Maria e à
Maria da Graça por todo o empenho que entregam à Loja Social, obra
que não é nossa, mas sim de Deus, bem como a todos aqueles que mensal-
mente retiram do que têm para partilhar com quem menos possui.
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Dia 06 19h - Jantar de Reis c/ Oração da Tarde (Ordem breve)
Dia 07 10h - Escola Dominical
11h - Culto Dominical
Dia 12 21h - Peregrino - Um Curso para a caminhada Cristã
Dia 13 16h - Peregrino - Um Curso para a caminhada Cristã
Dia 14 10h - Escola Dominical
10h - Reflexão Bíblica
11h - Culto Dominical (Renovação dos Votos Matrimoniais)
De 18 a 25 Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos
Dia 20 15h - Abertura Loja Social c/ Oração breve da Tarde
Dia 21 10h - Escola Dominical
11h - Culto Dominical
Dia 26 21h - Peregrino - Um Curso para a caminhada Cristã
Dia 27 16h - Peregrino - Um Curso para a caminhada Cristã
Dia 28 10h - Escola Dominical
10h - Reflexão Bíblica
11h - Culto Dominical
Dias 3, 10, 17, 24 e 31
09h
Oração da Manhã
Torne
JANEIRO - AGENDA PAROQUIAL E DIOCESANA
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ACTIVIDADES REGULARES DA PARÓQUIA
Templo - Rua Visconde de Bóbeda
Área social - Rua Barão de S. Cosme, 223
Cultos Dominicais - 11 horas
Escola Dominical - 2 classes (crianças e jovens) - Domingos, 10 horas
Loja Social - 3º sábado de cada mês - 15h
Propriedade: Paróquia do Redentor ♦ Equipa Redatorial: Jorge Filipe Fernandes, José Manuel Santos,
Pedro Miguel Fernandes ♦ Redação: Rua Barão de S. Cosme, 223 4000-503 PORTO ♦ Periodicidade:
Mensal ♦ Contactos: www.paroquiaredentor.org; [email protected]; [email protected]
♦ O conteúdo dos diferentes artigos deste Boletim é da responsabilidade dos seus autores, e não
representa necessariamente a posição da Paróquia do Redentor ou da Igreja Lusitana.
Ú
LTIM
A PAGINA - A NOSSA CAPA
O Santíssimo Nome de Jesus foi dado pelo céu; tanto assim, que o
Arcanjo Gabriel o confirma em sonho a São José:
Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em
sonhos e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria por
esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará
à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu
povo de seus pecados.
O Anjo deixou bem claro a José a razão deste nome: “porque ele salva-
rá o seu povo de seus pecados”.
A palavra “Jesus”, em hebraico, quer dizer: “Deus Salva” ou
“Salvador”.
O nome de Jesus significa também que o próprio nome de Deus está
presente na Pessoa de seu Filho feito homem para a redenção universal
e definitiva dos pecados.